1. G-05
Item 6 a 8 – pág. 18 a 26
A PRÁXIS EDUCOMUNICATIVA
ROSELY DE SÁ OLIVEIRA
2. Anos 2000: Educomunicação, a
busca da autonomia de uma prática
*
Reconhecimento
acadêmico na
América Latina
• A Latino América reconhece o esforço do NCE: desenvolvimento de
pesquisas entre 1997 e 1999 ( prática do movimento popular se distancia
dos modelos tradicionais de educação ou de comunicação = NOVOS
PARADIGMAS com novos referenciais teóricos e redefinição de
procedimentos;
• Garantia de acesso aos meios, domínio das linguagens, gestão da
produção e difusão da comunicação;
• META: a prática da cidadania
• Nasce o conceito EDUCOMUNICAÇÃO: confrontos e colaborações.
3. A pesquisa: Na América Latina entre 1997 a
1999 176 coordenadores de 12 países:
questionários e entrevistas a profissionais
com objetivo de identificar:
• Busca das aspirações;
• Experiências;
• Sensações de gestores de projetos da área.
• identificação do perfil dos gestores: busca de novos sentidos do “fazer comunicacional”
através
*da permanente construção da cidadania;
*universalização da prática comunicativa
• Novos traçados do NCE/USP:
• Retomar e retraçar o sentido de Comunicação e Educação evitando-se os costumeiros usos
• QUESTÃO CENTRAL: Como esses sujeitos sociais podem criar “ecossistemas comunicativos”
através da incidência dos meios tradicionais e o impacto das novas tecnologias na vida em
sociedade? (Essa era a aspiração dos pesquisadores desse projeto, no intuito da construção de
uma nova sociedade)
• CONCEPÇÃO: absorver os fundamentos tradicionais e superar barreiras epistemológicas que
ISOLAM os campos do saber, tornando-os incomunicáveis.
4. NCE/USP define conceito
de Educomunicação
• Conjunto de ações inerentes a planejamento, implementação e
avaliação de processos, programas e produtos destinados a:
• criar e a fortalecer ecossistemas comunicativos presenciais ou virtuais;
• melhorar o coeficiente comunicativo das ações educativas;
• Tem como meta o pleno exercício da liberdade de expressão dos atores sociais
• Os espaços educativos como “ecossistemas comunicativos” ( a
família, a comunidade educativa, centro cultural ou mesmo emissora
de TV (áreas de intervenção)
• Envolve os participantes e as audiências através:
• da organização do ambiente; recursos; modus faciendi dos sujeitos e o conjunto das ações que
caracterizam o fato comunicacional
• Os espaços como objetos de planejamento e acompanhamento:
• Gestão dos processos e recursos da comunicação nos espaços comunicativos;
• A expressão comunicativa;
• A educação para a comunicação;
• A mediação tecnológica nos espaços educativos
• A reflexão epistemológica
•.
5. A formação educomunicativa
na América Latina
Um breve histórico: nos anos 70 e inicio dos anos 80 acreditava-se na eficácia
do trabalho em pequenos grupos, a seguir, esse exercício incorporou a esfera
dos meios tecnológicos com a criação de redes de comunicação alternativa
na América Latina e Caribe.
CONSEQUÊNCIA: ampliação dos espaços de formação.
OBJETIVOS:
• Superação de limites
• Rompimento de barreiras;
• Ampliação coletiva dos espaços da expressividade humana.
Em 1990 : surge o PLANAGESCO: iniciativa articulada pelas organizações
católicas de comunicação (UCLAP,OCIC-AL,UNDA-AL,OCCLAC). O NCE
então solicita a inclusão da palavra “educomunicação” no seio da UNESCO,
na época, “educação e comunicação”
-Neste momento avança a Argentina que envolve 400 professores e 10 mil
alunos com a produção de 600 revistas, 80 vídeos e mais de 700 horas de rádio
6. O Brasil e América Latina
nos anos 90
• Levar a “comunicação alternativa” (essencialmente dialógica como
P.Freire)
• Comunicação como eixo transversal do processo educativo (Ongs nos
anos 2000 como assessorias às escolas a partir do conceito
COMUNICAÇÃO/PARTICIPAÇÃO
• Surgimento de parcerias: ANDI com UNICEF com bases teóricas do
NCE/USP
• Atuação de Ong’s como a Multirio, Summit for Children,
Planetapontocom
• Assessoria do NCE e as práticas educomunicativas nas redes de ensino
público e na iniciativa privada:
• Clareza na definição dos objetivos
• Especificidade de sua metodologia de trabalho
• Sujeito como colaborador de processos de planejamento e de execução de tarefas previstas de
forma a compartilhar as funções comunicativas EX: o Educom.rádio: envolvimento de professores
alunos e membros da comunidade (diálogo, definição de metas, cidadania)
7. Educomunicação como opção de
prática social
•Assimilação da reflexão epistemológica oriunda da pesquisa
acadêmica
• Projetos de políticas públicas (Educom.radio)
• Práticas auto-sugestionadas na iniciativa privada no Terceiro Setor
• Ex: Revista Viração
• Articulação social
• Colaboração dos sujeitos envolvidos (profissionais e jovens)
• Manutenção de uma agência de noticias
• Reconhecida nacionalmente elaborou um guia de educomunicação
• Coberturas oficiais: Conferências da juventude (definiram-se políticas públicas
neste tema)
• Fórum Mídia Livre e Fórum Mundial de Mídia Livre
• Recebeu o selo UNICEF Semi-Árido
• Foi reconhecida em 2009 pelo MEC como “Ponto de Mídia Livre”
8. Reações latino americanas à tese
defendida pelo NCE
•Apesar do impacto, não há unanimidade na América Latina
•Três hipóteses sobre a inter relação entre educação e
comunicação:
• Não haveria reconciliação entre os campos pois são correntes que defendem dois campos
distintos, o que gera o isolamento dentro de uma mesma instituição de ensino;
• Perspectiva de aliança estratégica no que tange a prestação de serviços de ambas as partes
(aproximação através do trabalho conjunto entre os profissionais)
• no uso das novas tecnologias no ensino presencial ou a distância
• Na produção educativa por parte dos meios massivos.
• Perspectiva do surgimento de um novo campo de natureza interdiscursiva e interdisciplinar
com referenciais teóricos próprios
• Surgimento de um novo profissional com perfil de ação comunicativa, capaz de aproximar
a Comunicação, a Educação e as Tecnologias da Informação, sempre com o objetivo da
construção da cidadania