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YORUBA-SPEAKING PEOPLES OF THE SLAVE COAST OF WEST AFRICA THEIR RELIGION,
MANNERS, CUSTOMS, LAWS., LANGUAGE, ETC.
WITH AN APPENDIX CONTAINING A COMPARISON OF THE TSHI, GA, EWE, AND YORUBA
LANGUAGES.
BY A. B. ELLIS, 1894.

CAPÍTULO VIII - A MEDIDA DO TEMPO
Os Yorubás contam o tempo por meio das fases da lua e de semanas. Uma lua ou mês é
o período de tempo entre uma lua nova e a próxima e, como ocorre com todos os povos que contam
o tempo por meses lunares, os dias começam ao por do sol, isto é, na hora em que a lua nova é
primeiramente avistada.
O costume de medir o tempo por meio dos meses lunares parece ser comum a todos os povos não
civilizados. Eles recorrem a esse fenômeno, que se repete regularmente em intervalos fixos, por propiciar
um meio natural e fácil de computar a passagem do tempo. O emprego de semanas, isto é, de subdivisões
do mês lunar, parece extraordinário, de acordo com o que se sabe acerca das maneiras empregadas pelas
raças inferiores (SIC – NT. O coronel parece ser racista) para medirem o tempo. Mas esse assunto é um
dos

que

tem

sido

muito

negligenciado

pelos

exploradores

e

existe

muito

pouca

informação para possibilitar conclusões efetivas.
As tribos Tshi da Costa do Ouro adotam (conforme foi dito no primeiro volume desta série)
uma semana de sete dias, ou, para ser mais correto, eles dividiram o mês lunar, que
possui aproximadamente vinte e nove dias e meio, em quatro partes, cada uma com sete
dias e nove horas. Desta forma, como já foi dito (no livro "Tshi-speaking Peoples of the

Gold Coast" pp. 215, 216) cada semana começa numa hora diferente do dia. Isso

ocorre em razão de vinte e nove horas e meia não serem divisíveis exatamente em
metades e quartos. O primeiro dia da semana do mês lunar começa quando a lua
nova é primeiramente percebida. O primeiro dia da segunda semana começa cerca de
nove horas mais tarde e assim por diante.
As tribos Gã têm modo similar de medir o tempo, mas seus nomes para os dias da
semana não são os mesmos empregados pelas tribos Tshi.

Eles são:
Primeiro dia. Dsu,

Segundo dia Dsu-fo,

Terceiro dia. Fso,
Quarto dia. So,
Quinto dia. So-ha,
Sexto dia. Ho,
Sétimo dia. Ho-gba.
Esses nomes parecem, como será visto, consistir de três pares e um simples, o terceiro
dia.
A semana dos Yorubá consiste de cinco dias, sendo que seis delas supõe-se perfazer um
mês lunar. Mas, desde que o primeiro dia da primeira semana sempre começa com o
aparecimento da lua nova, o mês contém de fato cinco semanas de cinco dias de duração
e uma de quatro dias e meio, aproximadamente.
Diz-se que as tribos de Benin possuem maneira similar de contar o tempo e que os

Yorubás talvez tenham tomado emprestado a semana de cinco dias deles.
Assim, as tribos Tshi e Gã adicionam umas poucas horas a cada semana de sete dias de
forma a fazer com que quatro delas coincidam com o mês lunar, enquanto os Yorubás
deduzem cerca de doze horas da última semana de cinco dias.
A razão é óbvia. Vinte e nove e meio não se pode dividir. Os números mais próximos
capazes disso são vinte e oito e trinta. Os Tshi e Gã adotaram vinte e oito e tem que
adicionar algumas horas enquanto os Yorubás adotaram trinta e tem que diminuir.
Nós dissemos que dividir o mês lunar em semanas parece ser extraordinário entre raças
inferiores, todavia temos outros exemplos.
Os Ahantas, que habitam a parte ocidental da Costa do Ouro, dividem o mês lunar em
três períodos, dois de dez dias de duração e o terceiro durando até o aparecimento da lua
nova, isto é, nove dias e meio. Os Sofalese da África Oriental devem ter sistema
semelhante, já que De Faria disse que eles dividem o mês em três semanas de dez dias e
que o primeiro dia da primeira semana era o festival da lua nova.
Quando um povo possui conhecimentos astronômicos que o capacite a adotar o ano solar
como medida de tempo, o mês, (em razão de um exato numero de meses lunares não
constituírem um ano solar), transforma-se num período civil ou um mês de calendário,
sendo arbitrariamente fixado com um certo número de dias, ou, há alguns meses são
atribuídos mais dias que a outros. Quando isso ocorre e a contagem dos dias do mês
independe da lua e de suas fases, parece que a semana (que era uma subdivisão do mês
lunar e era sem duvida desenhada para marcar as principais fases da lua) também se
torna um período civil e constitui uma subdivisão do mês civil.
Os antigos gregos tinham um mês civil de trinta dias, dividido em três semanas de dez
dias. Os javaneses, antes de adotarem a semana de sete dias dos muçulmanos, tinham
uma semana civil de cinco dias. Assim, os primeiros assemelhavam-se aos Ahantas e os
últimos aos Yorubás e, sem dúvida, quando ambos contavam o tempo pelos meses
lunares ao invés de pelos meses civis, eles, igualmente aos Ahantas e Yorubás tinham
que fazer adaptações cortando ou adicionando horas à última subdivisão do mês.
Os nomes dos dias da semana Yorubá são:

1.

Ako-ojo. Primeiro dia,

2.

Ojo-awo. Dia do segredo (sagrado para Ifá),

3.

Ojo-Ogun. Dia de Ogun,

4.

Ojo-Shango. Dia de Xangô,

5.

Ojo-Obatala. Dia de Obatala.

Ako-ojo é um sábado (os hebreus consideravam sábado – sabbath um dia sagrado. Os
cristãos chamam os sábados de domingo), ou dia de descanso geral. É considerado dia
de azar e nenhum negócio de importância é nele levado a efeito. Nesse dia, todos os
templos são varridos e água para o uso dos deuses é trazida em procissão. Cada um
dos demais dias é um dia de descanso para os seguidores do deus a quem eles são
dedicados e somente para eles. Ojo-Shango sendo o sábado para os seguidores do deus
do trovão e Ojo-Ogun para aqueles do deus do ferro , mas Ako-Ojo é um dia de
descanso para todos. Um dia sagrado é chamado de Ose (se – não permitir) e, em virtude
de cada dia sagrado repetir-se semanalmente, Ose passou a significar a semana de cinco dias,
ou o período entre dois dias sagrados.
Parece haver boa razão para supor-se que a instituição de um dia de descanso geral (não somente entre os

Yorubás, mas na maioria ou, se não, em todos os outros casos), pode estar ligada à adoração da lua. O
primeiro dia da primeira semana é percebido pelo aparecimento da lua nova no céu e era, pensamos, o
festival da lua, ou dia sagrado da lua. Esse dia sagrado, antes da invenção das semanas, repetia-se
mensalmente, mas depois que o mês lunar foi subdividido ele passou a repetir-se semanalmente, sendo o
primeiro dia da semana. Os Mendis do interior da Serra Leoa que medem o tempo por meses lunares, mas
não empregam subdivisões semanais, possuem um festival da lua nova e abstém-se de todo o trabalho no
dia da lua nova alegando que se eles infringissem essa regra o milho e o arroz ficaria vermelhos sendo o dia
da lua nova o "dia do sangue". Daí podemos talvez inferir que era, há algum tempo, costumeiro oferecer
sacrifícios humanos para a lua nova (NT. isso é que é sacar...). Os Bechuanas da África do Sul
guardam as vinte e quatro horas desde a noite em que a lua nova aparece até a noite
seguinte, como um dia de descanso e evitam ir a seus jardins. Esses são exemplos de
meses lunares.
O primeiro dia da semana Tshi, que na primeira semana do mês lunar é o dia da lua nova
é chamado Dyo-da (Adjwo-da) "Dia do Descanso" e é um dia de descanso geral. Os
outros dias da semana também são, à semelhança dos Yorubás, dias de descanso, mas
tão somente por razões particulares e não para toda a comunidade. O segundo dia, Bna-

da, é sagrado para os deuses do mar , e é o domingo dos pescadores, enquanto o
quinto dia, Fi-da, é o domingo dos agricultores. O primeiro dia da semana dos Gã, que
também é um dia de descanso geral é chamado de Dsu, "Purificação". Dsu parece
também ter sido usado como um título da Lua, pois a prata é denominada dsu-etci,
"substância da Lua" ou "pedra da Lua", e nos conhecidos idiomas Ewe e Yorubá, a Lua é
chamada Dsu-nu e Oshu respectivamente. Devido às mais recentes e mais
antropomórficas concepções acerca dos Deuses a adoração da Lua aparentemente
desapareceu, embora todos esses povos saúdem a Lua nova respeitosamente quando
ela é primeiramente percebida e um epíteto Tshi para a Lua é boshun, "sagrado", ou
"Deus". Quando, todavia, o culto da lua floresceu, esse satélite deve ter sido um dos
deuses adorados por toda a comunidade e, por isso, o dia dedicado à lua é, geralmente,
um dia de descanso, e não, como os outros dias da semana, um dia de descanso para
determinadas pessoas somente. No caso das tribos Tshi e Gã nós temos exemplos de um
sábado da lua que ocorre todas as semanas.
Parece provável que o sábado judeu esteve da mesma forma conectado primeiramente
ao culto da lua e a princípio era um festival mensal como o dos Mendis e Bechuanas, mas
tornou-se um festival semanal depois que os judeus adotaram a semana de sete dias dos
babilônios.
Nos livros históricos do Velho Testamento, Joshua, Juizes, Samuel e o primeiro livro de
Reis não há menção a um sábado semanal que é mencionado pela primeira vez em Reis
II v. 23, de fato essas passagens evidenciam que tal instituição era desconhecida; pelo
que consta de Joshua vi. 13-16, dos eventos descritos em Samuel I v. XXIX e XXX e nos
quatorze dias de festas de Salomão (I Reis VIII. 65) o que teria constituído uma violação
do sábado, "Não permitam que nenhum homem deixe esse local no sétimo dia" (Êxodos
XVI. 29). Mas, enquanto o sábado semanal não é mencionado, encontramos menções a
um festival da lua nova (Samuel XX. 05, 18, 24, 26).
Em todos os mais recentes trabalhos, escritos depois do contato com os babilônios,
achamos freqüentes menções de sábados (sabbaths), mas quase sempre em conexão
com luas novas, e o dia da lua nova, propriamente dito, era observado como um dia de descanso ou
sábado (Ezequiel XLVI. 1; Amos VIII. 5. veja também Neemias X. 23; Isaias I. 13; 1 XVI, 23; Ezequiel X1V.
17; Hosea II. 11).
Pode ser rapidamente compreendido que o sábado judeu passou a ser chamado de sétimo dia, embora
originariamente tenha sido o dia da lua nova e, conseqüentemente, o primeiro dia do mês lunar. Quando um
dia sagrado repete-se a cada sete dias, o dia em que é comemorado é chamado de sétimo dia. Assim, o dia
do sábado Yorubá, que se sucede a cada cinco dias, é chamado de quinto dia da semana, embora o

significado do nome Ako-ojo seja primeiro dia.
Parece constituir costume universal que num dia dedicado a um deus, nenhum trabalho
deve ser executado pelos seguidores deste deus.
Abster-se de trabalhar era sem dúvida uma forma de mostrar respeito pelo deus e, sendo
acreditado que qualquer falta de respeito acarretaria algum tipo de punição, a proposição
de que era azarado trabalhar num dia sagrado naturalmente tornava-se rapidamente
aceitável. Dessa forma, os Yorubás consideram que traz azar trabalhar no Ako-ojo, ou
sábado geral e, para os seguidores dos deuses a quem os demais dias são dedicados,
trabalhar nestes dias.
Entre as tribos Tshi, Gã, Ewe e Yorubá, violar um dia sagrado para um deus era uma
ofensa tão grave quanto o era violar o sábado dos judeus e, da mesma forma como entre
os judeus, a punição era a morte, havendo a noção de que, caso a honra do deus não
fosse vingada por seus seguidores, eles também sofreriam pela ofensa. Assim, o violador
dos sábados era morto pelos demais seguidores do deus por motivo de autoproteção. Na
Costa do Ouro,

há algum tempo, qualquer pescador que ousasse sair para o mar no

Bua-da, o sábado dos pescadores, seria inevitavelmente condenado à morte. As pessoas
que não fossem pescadores e conseqüentemente não seguidores dos deuses do mar
podiam proceder da forma como quisessem, pois segundo o espírito de tolerância que
quase sempre acompanha o politeísmo, eles eram considerados responsáveis apenas
aos olhos de seus próprios deuses.
Entre as tribos Yorubás, os mercados são conduzidos semanalmente, isto é, a cada cinco
dias. O dia do mercado varia em diferentes localidades, mas nunca ocorre no Ako-ojo.
Desse costume de efetuar mercados a cada cinco dias surgiu outro modo de computar o
tempo, empregando períodos de dezessete dias denominados eta-di-ogun (três menos
que vinte). Esse é o costume das sociedades de Esú ou clubes de subscrição que são
bastante comuns entre as tribos Yorubás e ainda existem sob o mesmo nome entre os
descendentes de negros nas Bahamas.

Os membros de uma sociedade Esú encontram-se a cada quinto dia de mercado e
pagam as suas subscrições, cada membro em sua vez pegando toda a quantia que
havia contribuído em um encontro. (N.T. não entendi, porém é isso o que está
escrito). O primeiro e o quinto dias de mercado são contados duas vezes e assim
o número dezessete é encontrado. Por exemplo, supondo que o segundo dia do mês
seja um dia de mercado, o segundo mercado cairia no sexto dia, o terceiro no
décimo, o quarto no décimo quarto e o quinto no décimo oitavo dia. O quinto dia
de mercado no qual os membros se reúnem e pagam as suas subscrições é contado
novamente como sendo o primeiro dia da nova série. Esses clubes ou sociedades
são tão comuns que os períodos de dezessete dias tornaram-se uma forma de
auxiliar a contagem do tempo.

Osan é dia em contraposição a oru que é noite. A divisão do dia e da noite em

horas não é conhecida, mas o dia é divido nos seguintes períodos: kutu-kutu, de
manhã cedo, owuro, manhã antes do meio dia, gangan, ou osan gangan (gangan =
perpendicular, ereto), meio dia, iji-she kpale (alongamento das sombras), tarde
e ashale ou ashewale, noite, crepúsculo. A noite é dividido em períodos segundo
o cantar dos galos. Akuko-shiwaju (o galo abrindo o caminho), o primeiro cantar
do galo, Ada-ji ou Ada-jiwa, hora do segundo cantar do galo e ofere ou ofe, hora
do cantar do galo imediatamente antes do nascer do sol.

Odun

significa ano e, como a palavra ose, semana, é também um festival anual
que é celebrado em outubro e o período de tempo decorrido entre dois festivais.
O ano é dividido em estações Ewo-erun, estação seca, Ewo-oye, estação do vento
harmattan e Ewo-ajo, estação das chuvas. Essa última é divida em ako-ro, a
primeira chuva e aro-kuro, a última chuva ou pequena estação chuvosa.

Observações :
Em
relação à semana Yorubá gostaria de colocar as seguintes
informações:
É conhecida a referencia de que a semana Yorubá tem 04 dias:

Ojo awo - dia de orunmilà
Ojo ogun

Òjó jakuta (xangô)

Òjó obatala
(J. Beniste, Águas de Oxalá)

Afolabi

Epega (Ifá ancient wisdom), diz que os Yorubá reconhecem uma
semana de 7 dias, e que os 7 dias não seriam assim uma influencia ocidental.
Explica isso dizendo que várias cerimônias, como o axexê, duram 7 dias e não 4
dias.
Ele cita que a semana de 04 dias (chamada de 5 dias) existe para
motivos de marketing e culto aos orixá. Assim Orixa’nla teria escolhido

o primeiro dia, Orunmilà o segundo, Ogun o terceiro e xangô o quarto. Assim
sendo existiriam 7 semanas em um mês lunar em Yorubaland (7 x 4).

Os 07 dias seriam:
Òjó aiku; òjó aje; Ojo isegun; òjó ru; òjó bo; òjó eti; òjó aba meta.
Racquell Narducci

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  • 1. YORUBA-SPEAKING PEOPLES OF THE SLAVE COAST OF WEST AFRICA THEIR RELIGION, MANNERS, CUSTOMS, LAWS., LANGUAGE, ETC. WITH AN APPENDIX CONTAINING A COMPARISON OF THE TSHI, GA, EWE, AND YORUBA LANGUAGES. BY A. B. ELLIS, 1894. CAPÍTULO VIII - A MEDIDA DO TEMPO Os Yorubás contam o tempo por meio das fases da lua e de semanas. Uma lua ou mês é o período de tempo entre uma lua nova e a próxima e, como ocorre com todos os povos que contam o tempo por meses lunares, os dias começam ao por do sol, isto é, na hora em que a lua nova é primeiramente avistada. O costume de medir o tempo por meio dos meses lunares parece ser comum a todos os povos não civilizados. Eles recorrem a esse fenômeno, que se repete regularmente em intervalos fixos, por propiciar um meio natural e fácil de computar a passagem do tempo. O emprego de semanas, isto é, de subdivisões do mês lunar, parece extraordinário, de acordo com o que se sabe acerca das maneiras empregadas pelas raças inferiores (SIC – NT. O coronel parece ser racista) para medirem o tempo. Mas esse assunto é um dos que tem sido muito negligenciado pelos exploradores e existe muito pouca informação para possibilitar conclusões efetivas. As tribos Tshi da Costa do Ouro adotam (conforme foi dito no primeiro volume desta série) uma semana de sete dias, ou, para ser mais correto, eles dividiram o mês lunar, que possui aproximadamente vinte e nove dias e meio, em quatro partes, cada uma com sete dias e nove horas. Desta forma, como já foi dito (no livro "Tshi-speaking Peoples of the Gold Coast" pp. 215, 216) cada semana começa numa hora diferente do dia. Isso ocorre em razão de vinte e nove horas e meia não serem divisíveis exatamente em metades e quartos. O primeiro dia da semana do mês lunar começa quando a lua nova é primeiramente percebida. O primeiro dia da segunda semana começa cerca de nove horas mais tarde e assim por diante. As tribos Gã têm modo similar de medir o tempo, mas seus nomes para os dias da semana não são os mesmos empregados pelas tribos Tshi. Eles são: Primeiro dia. Dsu, Segundo dia Dsu-fo, Terceiro dia. Fso, Quarto dia. So,
  • 2. Quinto dia. So-ha, Sexto dia. Ho, Sétimo dia. Ho-gba. Esses nomes parecem, como será visto, consistir de três pares e um simples, o terceiro dia. A semana dos Yorubá consiste de cinco dias, sendo que seis delas supõe-se perfazer um mês lunar. Mas, desde que o primeiro dia da primeira semana sempre começa com o aparecimento da lua nova, o mês contém de fato cinco semanas de cinco dias de duração e uma de quatro dias e meio, aproximadamente. Diz-se que as tribos de Benin possuem maneira similar de contar o tempo e que os Yorubás talvez tenham tomado emprestado a semana de cinco dias deles. Assim, as tribos Tshi e Gã adicionam umas poucas horas a cada semana de sete dias de forma a fazer com que quatro delas coincidam com o mês lunar, enquanto os Yorubás deduzem cerca de doze horas da última semana de cinco dias. A razão é óbvia. Vinte e nove e meio não se pode dividir. Os números mais próximos capazes disso são vinte e oito e trinta. Os Tshi e Gã adotaram vinte e oito e tem que adicionar algumas horas enquanto os Yorubás adotaram trinta e tem que diminuir. Nós dissemos que dividir o mês lunar em semanas parece ser extraordinário entre raças inferiores, todavia temos outros exemplos. Os Ahantas, que habitam a parte ocidental da Costa do Ouro, dividem o mês lunar em três períodos, dois de dez dias de duração e o terceiro durando até o aparecimento da lua nova, isto é, nove dias e meio. Os Sofalese da África Oriental devem ter sistema semelhante, já que De Faria disse que eles dividem o mês em três semanas de dez dias e que o primeiro dia da primeira semana era o festival da lua nova. Quando um povo possui conhecimentos astronômicos que o capacite a adotar o ano solar como medida de tempo, o mês, (em razão de um exato numero de meses lunares não constituírem um ano solar), transforma-se num período civil ou um mês de calendário, sendo arbitrariamente fixado com um certo número de dias, ou, há alguns meses são atribuídos mais dias que a outros. Quando isso ocorre e a contagem dos dias do mês
  • 3. independe da lua e de suas fases, parece que a semana (que era uma subdivisão do mês lunar e era sem duvida desenhada para marcar as principais fases da lua) também se torna um período civil e constitui uma subdivisão do mês civil. Os antigos gregos tinham um mês civil de trinta dias, dividido em três semanas de dez dias. Os javaneses, antes de adotarem a semana de sete dias dos muçulmanos, tinham uma semana civil de cinco dias. Assim, os primeiros assemelhavam-se aos Ahantas e os últimos aos Yorubás e, sem dúvida, quando ambos contavam o tempo pelos meses lunares ao invés de pelos meses civis, eles, igualmente aos Ahantas e Yorubás tinham que fazer adaptações cortando ou adicionando horas à última subdivisão do mês. Os nomes dos dias da semana Yorubá são: 1. Ako-ojo. Primeiro dia, 2. Ojo-awo. Dia do segredo (sagrado para Ifá), 3. Ojo-Ogun. Dia de Ogun, 4. Ojo-Shango. Dia de Xangô, 5. Ojo-Obatala. Dia de Obatala. Ako-ojo é um sábado (os hebreus consideravam sábado – sabbath um dia sagrado. Os cristãos chamam os sábados de domingo), ou dia de descanso geral. É considerado dia de azar e nenhum negócio de importância é nele levado a efeito. Nesse dia, todos os templos são varridos e água para o uso dos deuses é trazida em procissão. Cada um dos demais dias é um dia de descanso para os seguidores do deus a quem eles são dedicados e somente para eles. Ojo-Shango sendo o sábado para os seguidores do deus do trovão e Ojo-Ogun para aqueles do deus do ferro , mas Ako-Ojo é um dia de descanso para todos. Um dia sagrado é chamado de Ose (se – não permitir) e, em virtude de cada dia sagrado repetir-se semanalmente, Ose passou a significar a semana de cinco dias, ou o período entre dois dias sagrados. Parece haver boa razão para supor-se que a instituição de um dia de descanso geral (não somente entre os Yorubás, mas na maioria ou, se não, em todos os outros casos), pode estar ligada à adoração da lua. O primeiro dia da primeira semana é percebido pelo aparecimento da lua nova no céu e era, pensamos, o festival da lua, ou dia sagrado da lua. Esse dia sagrado, antes da invenção das semanas, repetia-se mensalmente, mas depois que o mês lunar foi subdividido ele passou a repetir-se semanalmente, sendo o primeiro dia da semana. Os Mendis do interior da Serra Leoa que medem o tempo por meses lunares, mas não empregam subdivisões semanais, possuem um festival da lua nova e abstém-se de todo o trabalho no dia da lua nova alegando que se eles infringissem essa regra o milho e o arroz ficaria vermelhos sendo o dia da lua nova o "dia do sangue". Daí podemos talvez inferir que era, há algum tempo, costumeiro oferecer sacrifícios humanos para a lua nova (NT. isso é que é sacar...). Os Bechuanas da África do Sul
  • 4. guardam as vinte e quatro horas desde a noite em que a lua nova aparece até a noite seguinte, como um dia de descanso e evitam ir a seus jardins. Esses são exemplos de meses lunares. O primeiro dia da semana Tshi, que na primeira semana do mês lunar é o dia da lua nova é chamado Dyo-da (Adjwo-da) "Dia do Descanso" e é um dia de descanso geral. Os outros dias da semana também são, à semelhança dos Yorubás, dias de descanso, mas tão somente por razões particulares e não para toda a comunidade. O segundo dia, Bna- da, é sagrado para os deuses do mar , e é o domingo dos pescadores, enquanto o quinto dia, Fi-da, é o domingo dos agricultores. O primeiro dia da semana dos Gã, que também é um dia de descanso geral é chamado de Dsu, "Purificação". Dsu parece também ter sido usado como um título da Lua, pois a prata é denominada dsu-etci, "substância da Lua" ou "pedra da Lua", e nos conhecidos idiomas Ewe e Yorubá, a Lua é chamada Dsu-nu e Oshu respectivamente. Devido às mais recentes e mais antropomórficas concepções acerca dos Deuses a adoração da Lua aparentemente desapareceu, embora todos esses povos saúdem a Lua nova respeitosamente quando ela é primeiramente percebida e um epíteto Tshi para a Lua é boshun, "sagrado", ou "Deus". Quando, todavia, o culto da lua floresceu, esse satélite deve ter sido um dos deuses adorados por toda a comunidade e, por isso, o dia dedicado à lua é, geralmente, um dia de descanso, e não, como os outros dias da semana, um dia de descanso para determinadas pessoas somente. No caso das tribos Tshi e Gã nós temos exemplos de um sábado da lua que ocorre todas as semanas. Parece provável que o sábado judeu esteve da mesma forma conectado primeiramente ao culto da lua e a princípio era um festival mensal como o dos Mendis e Bechuanas, mas tornou-se um festival semanal depois que os judeus adotaram a semana de sete dias dos babilônios. Nos livros históricos do Velho Testamento, Joshua, Juizes, Samuel e o primeiro livro de Reis não há menção a um sábado semanal que é mencionado pela primeira vez em Reis II v. 23, de fato essas passagens evidenciam que tal instituição era desconhecida; pelo que consta de Joshua vi. 13-16, dos eventos descritos em Samuel I v. XXIX e XXX e nos quatorze dias de festas de Salomão (I Reis VIII. 65) o que teria constituído uma violação do sábado, "Não permitam que nenhum homem deixe esse local no sétimo dia" (Êxodos XVI. 29). Mas, enquanto o sábado semanal não é mencionado, encontramos menções a um festival da lua nova (Samuel XX. 05, 18, 24, 26).
  • 5. Em todos os mais recentes trabalhos, escritos depois do contato com os babilônios, achamos freqüentes menções de sábados (sabbaths), mas quase sempre em conexão com luas novas, e o dia da lua nova, propriamente dito, era observado como um dia de descanso ou sábado (Ezequiel XLVI. 1; Amos VIII. 5. veja também Neemias X. 23; Isaias I. 13; 1 XVI, 23; Ezequiel X1V. 17; Hosea II. 11). Pode ser rapidamente compreendido que o sábado judeu passou a ser chamado de sétimo dia, embora originariamente tenha sido o dia da lua nova e, conseqüentemente, o primeiro dia do mês lunar. Quando um dia sagrado repete-se a cada sete dias, o dia em que é comemorado é chamado de sétimo dia. Assim, o dia do sábado Yorubá, que se sucede a cada cinco dias, é chamado de quinto dia da semana, embora o significado do nome Ako-ojo seja primeiro dia. Parece constituir costume universal que num dia dedicado a um deus, nenhum trabalho deve ser executado pelos seguidores deste deus. Abster-se de trabalhar era sem dúvida uma forma de mostrar respeito pelo deus e, sendo acreditado que qualquer falta de respeito acarretaria algum tipo de punição, a proposição de que era azarado trabalhar num dia sagrado naturalmente tornava-se rapidamente aceitável. Dessa forma, os Yorubás consideram que traz azar trabalhar no Ako-ojo, ou sábado geral e, para os seguidores dos deuses a quem os demais dias são dedicados, trabalhar nestes dias. Entre as tribos Tshi, Gã, Ewe e Yorubá, violar um dia sagrado para um deus era uma ofensa tão grave quanto o era violar o sábado dos judeus e, da mesma forma como entre os judeus, a punição era a morte, havendo a noção de que, caso a honra do deus não fosse vingada por seus seguidores, eles também sofreriam pela ofensa. Assim, o violador dos sábados era morto pelos demais seguidores do deus por motivo de autoproteção. Na Costa do Ouro, há algum tempo, qualquer pescador que ousasse sair para o mar no Bua-da, o sábado dos pescadores, seria inevitavelmente condenado à morte. As pessoas que não fossem pescadores e conseqüentemente não seguidores dos deuses do mar podiam proceder da forma como quisessem, pois segundo o espírito de tolerância que quase sempre acompanha o politeísmo, eles eram considerados responsáveis apenas aos olhos de seus próprios deuses. Entre as tribos Yorubás, os mercados são conduzidos semanalmente, isto é, a cada cinco dias. O dia do mercado varia em diferentes localidades, mas nunca ocorre no Ako-ojo. Desse costume de efetuar mercados a cada cinco dias surgiu outro modo de computar o tempo, empregando períodos de dezessete dias denominados eta-di-ogun (três menos
  • 6. que vinte). Esse é o costume das sociedades de Esú ou clubes de subscrição que são bastante comuns entre as tribos Yorubás e ainda existem sob o mesmo nome entre os descendentes de negros nas Bahamas. Os membros de uma sociedade Esú encontram-se a cada quinto dia de mercado e pagam as suas subscrições, cada membro em sua vez pegando toda a quantia que havia contribuído em um encontro. (N.T. não entendi, porém é isso o que está escrito). O primeiro e o quinto dias de mercado são contados duas vezes e assim o número dezessete é encontrado. Por exemplo, supondo que o segundo dia do mês seja um dia de mercado, o segundo mercado cairia no sexto dia, o terceiro no décimo, o quarto no décimo quarto e o quinto no décimo oitavo dia. O quinto dia de mercado no qual os membros se reúnem e pagam as suas subscrições é contado novamente como sendo o primeiro dia da nova série. Esses clubes ou sociedades são tão comuns que os períodos de dezessete dias tornaram-se uma forma de auxiliar a contagem do tempo. Osan é dia em contraposição a oru que é noite. A divisão do dia e da noite em horas não é conhecida, mas o dia é divido nos seguintes períodos: kutu-kutu, de manhã cedo, owuro, manhã antes do meio dia, gangan, ou osan gangan (gangan = perpendicular, ereto), meio dia, iji-she kpale (alongamento das sombras), tarde e ashale ou ashewale, noite, crepúsculo. A noite é dividido em períodos segundo o cantar dos galos. Akuko-shiwaju (o galo abrindo o caminho), o primeiro cantar do galo, Ada-ji ou Ada-jiwa, hora do segundo cantar do galo e ofere ou ofe, hora do cantar do galo imediatamente antes do nascer do sol. Odun significa ano e, como a palavra ose, semana, é também um festival anual que é celebrado em outubro e o período de tempo decorrido entre dois festivais. O ano é dividido em estações Ewo-erun, estação seca, Ewo-oye, estação do vento harmattan e Ewo-ajo, estação das chuvas. Essa última é divida em ako-ro, a primeira chuva e aro-kuro, a última chuva ou pequena estação chuvosa. Observações : Em relação à semana Yorubá gostaria de colocar as seguintes informações: É conhecida a referencia de que a semana Yorubá tem 04 dias: Ojo awo - dia de orunmilà Ojo ogun Òjó jakuta (xangô) Òjó obatala (J. Beniste, Águas de Oxalá) Afolabi Epega (Ifá ancient wisdom), diz que os Yorubá reconhecem uma semana de 7 dias, e que os 7 dias não seriam assim uma influencia ocidental. Explica isso dizendo que várias cerimônias, como o axexê, duram 7 dias e não 4 dias. Ele cita que a semana de 04 dias (chamada de 5 dias) existe para motivos de marketing e culto aos orixá. Assim Orixa’nla teria escolhido o primeiro dia, Orunmilà o segundo, Ogun o terceiro e xangô o quarto. Assim sendo existiriam 7 semanas em um mês lunar em Yorubaland (7 x 4). Os 07 dias seriam:
  • 7. Òjó aiku; òjó aje; Ojo isegun; òjó ru; òjó bo; òjó eti; òjó aba meta. Racquell Narducci