SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  16
Télécharger pour lire hors ligne
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO     -   ESCOLA POLITÉCNICA   ÍNDICE
     DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRUTURAS E FUNDAÇÕES




                                                                 Conceitos Básicos .....................................................................................................               1
                                                                 Cargas Características .................................................................................................              1
                                                                 Esforços Solicitantes e Reações ..................................................................................                    2
                                                                 Regras de Pré-dimensionamento de Peças .................................................................                              3
                                                                 Flexão Simples ...........................................................................................................            4
                                                                 Diagramas ....................................................................................................................        4
                                                                 Estado Limite Último convencional na Flexão .............................................................                             5
                                                                 Domínio de Deformação ..............................................................................................                  6
                                                                 Vigas de Seção Retangular com Armadura Simples ..............................................                                         7
                                                                 Viga de Seção “T” com Armadura Simples ..............................................................                                 9
                                                                 Viga de Seção Retangular com Armadura Dupla ....................................................                                     10
                                                                 Lajes Retangulares Maciças ......................................................................................                    12
                                                                 Lajes Armadas em uma Direção ...............................................................................                         13
                                                                 Esforços Solicitantes ....................................................................................................           13

           referência para                                       Dimensionamento à Flexão ..........................................................................................
                                                                 Altura Útil .....................................................................................................................
                                                                                                                                                                                                      14
                                                                                                                                                                                                      15
                                                                 Cálculo das Armaduras ................................................................................................               15
Cálculo de Concreto Armado                                       Escolha das Barras ......................................................................................................
                                                                 Lajes Armadas em Duas Direções ............................................................................
                                                                                                                                                                                                      16
                                                                                                                                                                                                      17
                                                                 Esforços nas Lajes Isoladas .........................................................................................                17
                                                                 Método simplificado aplicável a pisos usuais de edifícios ............................................                               18
                                                                 Altura Útil ......................................................................................................................   19
                                                                 Armaduras Mínimas .....................................................................................................              20
                                                                 Escolha das Barras ......................................................................................................            21
                                                                 Lajes Nervuradas .......................................................................................................             22
                                                                 Pilares .........................................................................................................................    23
                                                                 Tipos de Pilares ...........................................................................................................         25
                                                                 Situação de Cálculo .....................................................................................................            26
                                                                 Dimensionamento da Seção Retangular (armadura simétrica) ...................................                                         27
                                                                 Dimensões mínimas ....................................................................................................               28
                                                                 Disposições Construtivas, Bitolas e Espaçamentos ....................................................                                29
                                                                 Travamentos Adicionais na Seção Transversal .............................................................                            29




                                                                 Compilação e Projeto Gráfico:
                                                                 Karin Regina de Castro Marins, Roberto Issamu Takahashi e Tiago Gimenez Ribeiro
                                                                 [ Baseado no resumo de Marcos Silveira ]
                 São Paulo - 2000                                a partir das Apostilas do Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações da Escola Politécnica
CONCEITOS BÁSICOS
                                                                                     Esforços Solicitantes e Reações
Ao se calcular uma estrutura de concreto precisemos, primeiramente, determinar
os seguintes itens:                                                                  Esforços solicitantes e reações foram objeto de matérias básicas desta seqüência
                                                                                     de disciplinas. Na figura abaixo, a título de recordação, estão representados os
        Cargas Características;                                                      esforços solicitantes e reações de algumas situações em vigas:
        Reações;
        Esforços Solicitantes;                                                       Esforços Máximos na Viga Biapoiada
                                                                                                    q
Cargas Características

Dividem-se em cargas permanentes e variáveis (ou acidentais).                                       l                   M = q⋅ l 2 /8
                                                                                                                        V = q⋅ l /2
                                                                                            V
- Cargas Permanentes: são cargas constituídas pelo peso próprio da estrutura e
                                                                                                              V
pelos pesos de todos os elementos fixos e instalações permanentes. Abaixo estão
alguns exemplos de cargas de alguns dos materiais mais conhecidos, fornecidas
por peso específico:                                                                                M




        Concreto simples                         = 24 KN/m³                          Esforços Máximos na Viga em Balanço
        Concreto armado                          = 25 KN/m³
                                                                                                          P
        Argamassa                                = 19 KN/m³                                         q

        Alvenaria de tijolo maciço               = 16 KN/m³
        Alvenaria de tijolo furado               = 10 KN/m³                                         l
        Alvenaria de blocos de concreto          = 13 KN/m³                                                             M = q⋅ l 2/2
                                                                                            V                           V = q⋅ l + P
                                                                                            M                 V

- Cargas Variáveis ou Acidentais (NBR 6120): são as cargas que podem atuar
sobre as estruturas de edificações em função de seu uso. Abaixo estão alguns
exemplos de cargas acidentais verticais atuando nos pisos das edificações, devidas
a pessoas, móveis, utensílios, etc., e são supostas uniformemente distribuídas:      Esforços Máximos na Viga com três apoios
                                                                                                    q              q



        Salas, quartos, cozinhas e wc’s          = 1.5 KN/m³                                        l1             l2
        Escadas, corredores e terraços           = 3.0 KN/m³
                                                                                            V             V
        Restaurantes e salas de aula             = 3.0 KN/m³
        Auditórios                               = 3.0 KN/m³                                                  V            V
        Bibliotecas (estantes)                   = 6.0 KN/m³                                                  M’
        Cinemas (platéia)                        = 4.0 KN/m³
                                                                                                    M1             M2

1                                                                                                                                       Cálculo de Concreto Armado   2
FLEXÃO SIMPLES
Regras de pré-dimensionamento de peças
                                                                                   Na flexão simples a ação pode ser admitida como sendo representada apenas pelo
Ao se pré-dimensionar uma peça de concreto deve-se seguir os seguintes passos      Momento de Projeto = Md ; são adotadas como resistências aquelas oferecidas
lógicos:                                                                           pelo concreto (fck), pelo aço (fyk) e pela seção transversal (Mud); e a segurança
                                                                                   adequada é quando é verificada a condição: Md ≤ Mud. Por razão de economia,
        - Determinação das ações;                                                  faz-se Md = Mud.
        - Determinação das resistências;
        - Verificação da segurança.                                                O concreto mais utilizado tem como característica um fck entre 20 e 28 MPa
                                                                                   (KN/m³), sendo 24 MPa o mais usual, enquanto que o aço mais utilizado, o CA50A,
As ações são as solicitações à peça, as resistências levam em conta a seção        tem como fyk um valor de 50 KN/m³.
transversal e as características mecânicas dos materiais, e a segurança deve ser
garantida com um dimensionamento que supere os esforços que incidam sobre a        Além da resistência, existem ainda outras características inerentes ao concreto e
peça com uma certa “folga”.                                                        ao aço, que serão utilizadas para efeito de cálculo, a saber:

Algumas hipóteses básicas devem também ser adotadas:                                      Concreto                                  Aço
                                                                                          fck = 24 MPa                              fyk = 50 KN/cm²
- Manutenção da seção plana: as seções transversais da peça, quando fletidas,             γc = 1,4                                  γs = 1,15
não perdem a configuração plana;                                                          Ec = 30.000 MPa                           Es = 210.000 MPa
- Aderência perfeita entre o concreto e armadura: não há escorregamento entre os
materiais;
- A tensão do concreto é nula na região da seção transversal sujeita à             onde fck é, como dissemos, o valor característico da resistência do concreto, fyk
deformação de alongamento.                                                         é o valor característico de resistência da armadura correspondente ao patamar
                                                                                   de escoamento, γc é o coeficiente de ponderarão de resistência do concreto
                                                                                   (coeficiente de segurança), γs é o coeficiente de ponderação de resistência de
                                                                                   armadura (coeficiente de segurança), Es é o módulo de elasticidade do concreto e
                                                                                   Es é o módulo elasticidade do aço.

                                                                                   Diagrama Tensão-Deformação (de Cálculo) da Armadura:
                                                                                   - Aço de dureza natural (com patamar de escoamento)

                                                                                          σ sd



                                                                                           fyk
                                                                                                                   diagrama de cálculo
                                                                                           fyd




                                                                                                 arctg Es

                                                                                                                                         ε sd
                                                                                                            ε yd
                                                                                                            •




                                                                                                                              0,010




3                                                                                                                                               Cálculo de Concreto Armado   4
Diagrama Tensão-Deformação (de Cálculo) do Concreto:                                  -A deformação de alongamento na armadura mais tracionada (Esu) atinge 0,010;
- Diagrama parábola-retângulo                                                         denomina-se estado limite último (ELU) por alongamenlo plástico excessivo de
           σ   cd
                                                                                      armadura:
                                                                                                                     εc
                                      patamar
       0,85 f cd
                                                                                                         Mud



                                                                                               As
                                                             encoriamento
                           •


                                                                       ε cd                                                    ε su= 0,0035
                          0,010                         0,0035

Diagrama retangular simplificado
                                                                                      Domínios de Deformação:
                                                 kfcd

                                                                                      Conforme foi visto no ítem anterior, o estado limite último convencional ocorre
                                                             0,8 x x
                    Mud                                                               quando o diagrama de deformação passa por um dos dois pontos, A ou B, na
                                                                                      figura seguinte:
          As                                            εu
                                                        deformação de
                                                        estado limite                                                     0,0035
                                                        último (ELU)
                                                                                                                                              x23           D2
                                                                                                               Mud                                  x 34    D3
       x = altura da zona comprimida, medida a partir de borda comprimida
       k = 0,86 , quando a altura de zona comprimida não diminui em direção à borda          h d                                                            D4

       comprimida (seção retangular)                                                                As
                                                                                                                                   0,0010




Estado limite último convencional na flexão                                                  d = altura útil da seção = distância do CG da armadura à borda comprimida
                                                                                             x = altura de zona comprimida
É atingido quando ocorro uma dos seguintes situações

-A deformação de encurtamento no concreto (Ecu) atinge 0,0036; denomina-se            -   Diagrama D2: o concreto é pouco solicitado e a armadura está em escoamento:
estado limite último (ELU) por esmagamento do concreto:                                   a ruptura é do tipo “dútil” (com aviso).
                                                                                      -   Diagrama D3: o concreto está adequadamente solicitado e a armadura em
                                  ε cu= 0,0035
                                                                                          escoamento: a ruptura também é dútil. As seções acima são ditas subarmadas
                                                                                          ou normalmente armadas.
                    Mud
                                                                                      -   Diagrama D4: o concreto é muito solicitado e a armadura pouco solicitada.
                                                                                          A ruptura é do tipo “frágil” (sem aviso). A seção é dita superarmada e é uma
          As                                                                              solução antieconômica pois a armadura não é explorada ao máximo.
                                                 εs




5                                                                                                                                                          Cálculo de Concreto Armado   6
VIGA DE SEÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA SIMPLES
                                                                                         Com o valor de x, tem-se o domínio de deformação correspondente, podendo
Tem as seguintes características:                                                        ocorrer as seguintes situações:

        -     A zona comprimida da seção sujeita à flexão tem forma                      -Domínio 2, onde
              retangular;                                                                       x ≤ x23 = 0,269⋅d ; e σsd = fyd
        -     A armadura é constituída por barras agrupadas junto à borda
              tracionada e pode ser imaginada concentrada no seu centro                  -Domínio 3, onde
              de gravidade.                                                                     x23 ≤ x ≤ x34 = 0,0035d/(0,0035 + εyd); e σsd = fyd

               b
                                            0,85fcd                                      -Domínio 4, se x ≥ x34 , neste caso convém alterar a seção para se evitar a peça
                                                                      Rcd      0,4x
                                                                                         superarmada, aumentando-se h ou adotando-se armadura dupla.
                        Mud                                0,8 x x

        h d                                                                    d- 0,4x   Para a situação adequada de peça subermada tem-se
               As                               εu                                               σsd = fyd . Assim, a equação 3 nos fornece:
                                                                     Rsd
                                                 σ    sd


                                                                                                             Md               Md
Resultante dos tensões                                                                           As =                  =
                                                                                                        σsd ⋅(d-0,4⋅x)   fyd ⋅(d-0,4⋅x)

No Concreto: Rcd = 0,85⋅fcd⋅b⋅0,8⋅x = 0,68⋅b⋅x⋅fcd

Na Armadura: Rsd = As⋅σsd


Equações de equilibrío

De Força: Rcd = Rsd       ou       0,68⋅b⋅x⋅fcd = As⋅σsd                   1

De Momento:         Mud = Rcd⋅(d - 0,4x)         ou
                    Mud = Rcd⋅(d - 0,4x)

substituindo o valor das resultantes de tensão vem:

                    Mud = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4x)                    ou        2
                    Mud = As⋅σsd⋅(d - 0,4x)                                    3


Nos casos de dimensionamento, tem-se b, fck e faz-se Mud = Md, (momento fletor
solicitante em valor de cálculo). Normalmente, pode-se adotar d = 0,9⋅h. Desta
forma, a equação 2 nos fornece o valor de x:
                                       Md
        x = 1,25⋅d⋅ 1 -       1-
                                   0,425⋅b⋅ d² ⋅fcd
7                                                                                                                                          Cálculo de Concreto Armado   8
VIGA DE SEÇÃO “T” COM ARMADURA SIMPLES                                                 VIGA DE REÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA DUPLA

A análise de uma seção “T” pode ser feita como se indica a seguir:                     Quando se tem, além da armadura de tração As , outra A’s posicionada junto à
                        0,85fcd
                                                                                       borda comprimida, temos uma seção com armadura dupla. Isto é feito para se
                                                                                       conseguir uma seção subarmada sem alterar as dimensões de seção transversal. A
                                                   Rcfd
       Mud                             0,8 x x     Rcwd
                                                                         hf       1    armadura comprimida introduz uma parcela adicional na resultante de compressão,
                                                                                  2
                                                                                       permitindo assim, aumentar a resistência da seção. Vejamos as equações de
                                                                              d
                            εu                                  As
                                                                                       equilíbrio:
                                                 Rsd
                             σ    sd
                                                                                       De Força:         Rsd = Rcd + R’sd
                                                                bw                                                                                A
                                                                                                         As⋅σsd = 0,68⋅b⋅x⋅fcd + c
O problema pode ser equacionado subdividindo a zona comprimida em retângulos
(1 e 2). As resultantes de tensão sobre as partes 1 e 2 valem:
                                                                                       De Momento:       Md = Rcd⋅(d - 0,4⋅x) + R’sd⋅(d - d’)                           B
       Rcfd = 0,85⋅fcd⋅(bf - bw)⋅hf                e      Rcwd = 0,85⋅fcd⋅bw⋅(0,8⋅x)                     Md = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4⋅x) + A’s⋅σ’cd⋅(d - d’)

A equação de equilibro de momento fornece:
       Mud = Md = Mcfd + Mcwd = Rcfd⋅(d - hf /2) + Mcwd                                Temos assim duas equações (A e B) e três incógnitas: x, As e A’s (pois as tensões
                                                                                       na armadura depende de x).
Este momento deve ser resistido pela parte 2 que é uma seção retangular bw por         Costuma-se adotar um valor de x, por exemplo x = d/2. Dessa forma podem ser
d, portanto:                                                                           determinadas as armaduras As e A’s como se indica a seguir. As equações A e B
                                                                                       sugerem a decomposição mostrada na figura seguinte:
                                      Mcwd                                                                                                                                  ε
       x = 1,25⋅d⋅ 1-       1-                                                                     b                εc                                      b                   c
                                  0,425⋅bw⋅ d² ⋅fcd                                                                                                                                           d’
                                                                                                                                    0,4x      Rcd                                                     R’ d
                                                                                                                                                                                                       s
                                                                                                         M ud                   x                          A’s   M ud                    x

                                                                                               d                                                       d                                      d- d’
A equação de equilíbrio de força permite escrever:                                                                                  d- 0,4x

                                                                                                                          εu                                                        εu
                                                                                                   As1                                     Rsd1            As2                                     Rsd2
                                                                                                                           σ   sd                                                    σ   sd

       Rcd = Rcfd + Rcwd
       As⋅fyd = Rcfd + Rcwd                                                            Conforme se indica na figura acima, pode ser determinado a primeira parcela do
                                                                                       momento resistente, designada por Mwd:
                                                                                              Mwd = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4⋅x)           e        Rsd1 = Mwd /(d - 0,4x)
Portanto
                                                                                       Como σsd = fyd (peça subarmado), tem-se:
              Rcfd + Rcwd
       As =                                                                                   As = Rsd1 /fyd
                  fyd
                                                                                       Assim, fica conhecida a parcela restante do momento resistente:

                                                                                              ∆Md = Md - Mwd



9                                                                                                                                                      Cálculo de Concreto Armado                            10
LAJES RETANGULARES MACIÇAS
Também,
                                                                                    Lajes são elementos estruturais planos de concreto armado sujeitos a cargas
        ∆Md = R’sd⋅(d - d’) = A’sd⋅σ’cd⋅(d - d’)    e                               transversais a seu plano. Os apoios das lajes são, geralmente, constituídos
                                                                                    por vigas vigas de piso. Nestes casos, o cálculo das lajes é feito, de maneira
        ∆Md = R’sd2⋅(d - d’) = A’s2⋅σ’cd⋅(d - d’)                                   simplificada, como se elas fossem isoladas das vigas, com apoios livres à rotação
                                                                                    e indeslocáveis à translação, considerando, contudo, a continuidade entre lajes
Que permitem determinar as áreas restantes de armadura As2 e A’s . De fato,         contíguas.

        R’sd = Rsd2 = ∆Md /(d - d’)    e                                            Do ponto de vista de comportamento à flexão, as lajes retangulares maciças
        As2 = Rsd2 /fyd                                                             podem ser classificadas em:

                                                                                    - Lajes armadas em uma direção: quando a flexão (curvatura) é bastante
O cálculo de A’s , requer a determinação de tensão σ’sd. Com x ≤ xlim, tem-se, no   predominante segundo a direção paralela a um dos lados; correspondem às lajes
domínio 3 εc=0,0035 e, no domínio 2:                                                apoiadas em lados opostos (isoladas e contínuas, com ou sem balanços
                                                                                    laterais), e às lajes “alongadas” apoiadas em todo o perímetro.
        εc = 0,010⋅x / (d - x)    (por semelhança de triângulos)
                                                                                    - Lajes armadas em duas direções ou em cruz: quando as curvaturas paralelas
                                                                                    aos lados são valores comparáveis entre si, são lajes apoiadas em todo seu
Logo
                                                                                    contorno e com lados não muito diferentes entre si (l ≤ ly / lx ≤ 2).
        ε’s = εc (x - d’) / x

que permite obter σ’sd (no diagrama σ x ε de armadura)

Finalmente
       A’s= R’sd /σ’s e
       As = As1 + As2




11                                                                                                                                 Cálculo de Concreto Armado     12
LAJES ARMADAS EM UMA DIREÇÃO
                                                                                     Abaixo estão os gráficos destes 3 casos:
Considere-se a laje esquematizada na figura a seguir:
                                                                                     Esforços Máximos na Laje Isolada



                         A’
                 P1 V1               P2                 Vx
                                                                                                    q


        lx   B                            B’   p             Mx
                                                                                                    lx
                                                                                                                            mx = p⋅lx2/8
                                                                                            Vx                              my = υ⋅mx
                 P3 V2         1 1   P4            Vx
                                                                                                                            vx = p⋅lx/2
                         A



                          ly
                                                                                                                Vx




Sejam, lx, o vão teórico da laje, normalmente, igual à distância entre os eixos                     Mx

dos vigas de apoio, e ly o seu comprimento. Os cortes AA e BB mostram, de            Esforços Máximos na Laje em Balaço
forma esquemática, os deslocamentos apresentados pela laje ao ser submetida à
                                                                                                           P
uma carga distribuída uniforme de valor p. Constata-se a presença de curvatura                       q

e, portanto, de momento fletor segundo o corte AA. Segundo o corte BB ocorre,
praticamente uma translação com curvatura e flexão desprezíveis.                                     lx
                                                                                                                            m’x = p⋅lx2/8
Considere-se, agora, faixas isolados de larguras unitárias paralelos ao corte AA:            Vx                             vx = p⋅lx + P
o carregamento de uma dessas faixas é constituído de carga uniforme de valor                M’
                                                                                             x

p . Cada uma dessas faixas tem, aparentemente, o comportamento de uma viga
isostática e o diagrama de momento fletor é uma parábola de ordenada igual a
p⋅lx2/8. Representa-se este momento fletor por mx, com mx = p⋅lx2/8, na unidade
kN⋅m/m. Analogamente, a força cortante tem diagrama linear e seu valor máximo        Esforços Máximos na Laje Contínua
vx = p⋅lx/2. Para que as faces superior e inferior mantenham-se paralelas entre                     q                q
si aparece um momenfo fletor my = υ⋅mx atuando no plano paralelo ao lado ly,
também por unidade de largura, sendo my = 0,2⋅mx , pois no concreto υ = 0,2 . O
momenfo fletor mx é chamado de momento fletor principal e my de secundário.                         l x1             l x2

                                                                                            Vx             Vx
Esforços Solicitantes
                                                                                                                Vx          Vx

- Laje Isolada: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma                               M’

viga isolada sujeita a carga distribuída uniforme;
                                                                                                    Mx1              Mx2
- Laje em balanço: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a
uma viga em balanço e o carregamento consiste numa carga uniforme distribuída
p mais uma concentrada P aplicada junto à extremidade do balanço.                    Dimensionamento à Flexão (Estado Limite Último - ELU)

- Laje contínua: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma   O dimensionamento é feito para uma seção retangular de largura unitária
viga contínua.                                                                       (normalmente, b =1 m =100 cm) e altura igual à espessura total do laje, h.

13                                                                                                                                     Cálculo de Concreto Armado   14
Altura útil                                                                                               Nas lajes, normalmente, a flexão conduz a um dimensionamento como peça
                                                                                                          subarmada com armadura simples. Assim, conforme a figura acima, a equação de
A armadura de flexão será distribuída no largura de 100 cm. Em geral, tem-se                              equilíbrio conduz a
nos vãos, num mesmo ponto, dois momentos fletores (mx e my, positivos)
perpendiculares entre si. Desta forma, a cada um desses momentos corresponde                                      md = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4x)           com      md = γc⋅m = 1,4 m
uma altura útil; dx para o momento fletor mx e dy para o momento fletor my.
Normalmente, mx é maior que my; por isso costuma-se adotar dx > dy; para isto, a                          Resultando, para a altura de zona comprimida o valor
armadura correspondente ao momento fletor my (Asy) é colocada sobre a armadura                                                                    md
correspondente ao momento fletor mx (Asx):                                                                       x = 1,25⋅d⋅ 1-          1-
                                                                                                                                              0,425⋅bw⋅ d² ⋅fcd

                                              h dx dv
                                                                                                          e a armadura
                                                                                                                              md
                                                                            v
                                                                                                                  As =
                   100 cm
                                                                        c
                                                                            x
                                                                                                                         fyd ⋅(d-0,4⋅x)

                    Asy
                                                                                                          onde
                    Asx                                                                                           Ad = Asx    para m = mx              e
                                                                                                                  Ad = Asy    para m = my
Conforme a figura acima, tem-se:

                                                                                                          Escolha das barras
        dx = h - c - φx /2            e
        dy = h - c - φx - φy /2                                                                           A escolha da bitola o espaçamento (φ e s) é feita para as bitolas comerciais com
                                                                                                          as seguintes recomendações:
onde
        c = cobrimento mínimo de armadura em lajes, fixado em 0,5 cm nas lajes                                    φmin = 4 mm ≤ φ ≤ φmax = h/10
        protegidas com argamassa de espessura mínima de 1 cm (NBR 6118)                                           smin = 8 mm ≤ s ≤ smax = 20 cm (p/ arm. princ. limitar a 2h)
        φx = diâmetro da armadura Asx correspondente a m x
        φy = diâmefro da armadura Asy correspondente a m y
                                                                                                          Para as bitolas, adota-se um mínimo de 4 mm e um máximo correspondente
Nas lajes maciças               revestidas,       usuais   em        edíficios,        pode-se   adotar   a um décimo da espessura da laje. O espaçamento mínimo de 8 cm tem por
aproximadamente:                                                                                          finalidade facilitar a concretagem da laje, e o espaçamento máximo visa garantir a
                                                                                                          uniformidade de comportamento admitida nos cálculos. A tabela a seguir mostra
        dx = h - c - 0,5 cm               e                                                               as bitolas comerciais mais utilizadas:
        dy = h - c - 1,0 cm
                                                                                                                                100 cm

                                                                                                                                                                              φ (mm)   As1 (cm)   m1 (kg/m)
Cálculo das Armaduras                                                                                            h                                                             4,0      0,125       0,10
                                                           0,85fcd                                                                                                             5,0      0,200       0,16
                            100 cm
                                                                                                                          s
                                                                                                                                                                               6,3      0,315       0,25
                                                                     0,8x
                                                                                R cd
                                                 Md
                                                                                                                                                                               8,0      0,500       0,40
        h d                                                                                                       φ = diâmetro nominal da barra em mm                          10,0     0,800       0,63
                                                                                                                  As1 = área nominal da seção transversal de uma barra
                                                                                R sd
                                                                                                                  m1 = massa de uma barra por metro linear

15                                                                                                                                                                    Cálculo de Concreto Armado              16
LAJES ARMADAS EM DUAS DIREÇÕES (EM CRUZ)
                                                                                    onde o carregamento usual é constituído de carga distribuída uniforme, são muito
Considere-se a laje esquematizada na figura a seguir, apoiada em todo o seu         úteis as tabelas de Czèrny preparadas com coeficiente de Poisson 0,2 (admitido
contorno sobre vigas, sujeita à carga distribuída p e sejam:                        para o concreto). Os momentos fletores extremos são dados por:
                lx

                B                                                                                  p⋅lx²        p⋅ly ²         p⋅lx ²         p⋅ly ²
                                                                                           mx =          ; my =        ; m’x =        ; m’y =
                     α          lx = o menor vão teórico                                           αx           αy             βx             βy
       l
       y
            A
                                lx = o maior vão teórico (ly ≥ lx)
            C
                                                                                    onde as variáveis e estão tabeladas de em função dos seguintes parâmetros:

Normalmente consideram-se as hipóteses simplificadoras:                                     -    Tipo de carga (por ex. distribuída uniforme);
- vigas rígidas à flexão                                                                    -    Condições de apoio da laje (tipo de apoio);
- continuidade de lajes vizinhas quando no mesmo nível                                      -    Relação (ly / lx).

                                                                                    Particularmente, interessa-nos o tipo de carga distribuída uniforme, e os tipos de
A deformada da laje segundo os cortes A (paralela a lx) e B (paralela a ly) estão
                                                                                    apoio indicados a seguir:
esquematizadas na figura a seguir:
                lx                                                                                lx
                B

                                                                                            ly   1          2A           3          4A          5A      6
       ly   A


            C


                                                                                                            2B                      4B          5B



                                                                                                       engastado
Pode-se notar a presença de curvaturas comparáveis segundo os dois cortes,                             apoiado
sugerindo a presença de momentos fletores comparáveis:
       mx = momento por unidade de largura com plano de atuação paralelo a lx;      Método simplificado aplicável a pisos usuais de edifícios
       my = momento por unidade de largura com plano de atuação paralelo a ly.
                                                                                    Para os pisos usuais de edifícios residenciais e comerciais pode ser aplicado o
Considere-se o corte genérico CC e a deformada segundo este corte. Nota-se          método simplificado exposto a seguir:
também a presença de momento, podendo este ser expresso por:
                                                                                    Lajes isoladas: inicialmente separam-se as lajes admitindo-se, para cada uma
       mx = mxcos²α + mysen²α                                                       delas, as seguintes condições de apoio:

                                                                                            -    Apoio livre, quando não existir laje vizinha a este apoio;
Esforços nas lajes isoladas
                                                                                            -    Apoio engastado, quando existir laje vizinha no mesmo nível,
                                                                                                 permitindo assim a continuidade da armadura negativa de
Nas lajes interessam, particularmente, os momentos fletores máximos no vãos e
                                                                                                 flexão de uma laje para a outra;
sobre os apoios (quando engastados). Existem tabelas que nos fornecem estes
                                                                                            -    Vigas rígidas de apoio da laje;
momentos máximos para alguns casos usuais de lajes maciças. Nos edifícios,

17                                                                                                                                         Cálculo de Concreto Armado   18
e, calculam-se os momentos fletores máximos (em valor absoluto) nestas lajes           Armaduras mínimas
isoladas (mx, my, m’x, m’y).
                                                                                       -   Armaduras de vão:
Correção dos momentos fletores devido à continuidade entre as lajes vizinhas:                  (Asx ou Asy) ≥ 0,9 cm²/m   e
                                                                                                  As
-    Momentos sobre os apoios comuns às lajes adjacentes: adota-se para o                     ρ = b⋅h ≥ 0,15 % (CA50 / 60)
     momento fletor de compatibilização, o maior valor entre 0,8 m>’ e (m1’ + m2’) /                     0,20 % (CA25)
     2, onde m1’ e m2’ são os valores absolutos dos momentos negativos nas lajes
     adjacentes junto ao apoio considerado, e m>’, o maior momento entre m1’ e         -   Armaduras sobre os apoios de continuidade:
     m2’.                                                                                       As ≥ 1,5 cm²/m e
-    Momentos no vãos: para sobrecargas usuais de edifícios podem ser adotados
                                                                                                  A’s
     os momentos fletores obtidos nas lajes isoladas; portanto, sem nenhuma                   ρ = b⋅h ≥ 0,15 % (CA50 / 60)
     correção devido à continuidade. Para sobrecargas maiores convém efetuar                             0,20 % (CA25)
     essas correções.
                                                                                       Escolha das barras
Altura útil
                                                                                       -   Diâmetro : 4 mm ≤ φ ≤ h/10
Da mesma forma que para as lajes armadas em uma só direção, as alturas úteis
são dadas por:
                                                                                       -   Espaçamento entre as barras:
         dx = h - c - φx /2        e       dy = h - c - φx - φy /2                                                                           20 cm
                                                                                              armadura nos vãos:          As    8 cm ≤ s ≤
                                                                                                                                             3h

podendo ser estimadas, nas lajes usuais, por
                                                                                              armadura nos apoios:        A’s   8 cm ≤ s ≤   20 cm
                                                                                                                                             2h
         dx = h - c – 0,5 cm           e     dy = h - c – 1,0 cm

cálculo de As

                                       md
         x = 1,25⋅d⋅ 1-       1-
                                   0,425⋅b⋅ d² ⋅fcd

e a armadura
                     md
         As =
                fyd ⋅(d-0,4⋅x)

onde
         As = Asx para m = mx
         As = Asy para m = my
         As = As’ para m = m’


19                                                                                                                                    Cálculo de Concreto Armado   20
LAJES NERVURADAS                                                                      PILARES

As lajes maciças podem ser recomendadas para vãos até cerca de 5m. Para vãos          Pilares são estruturas de concreto armado que transmitem as cargas do edifício
maiores, ela se torna antieconômica devido ao seu grande peso próprio. Uma            para a fundação. A carga principal, nos edifícios, tem o sentido vertical (peso).
opção melhor para este caso pode ser conseguida através das lajes nervuradas.         Por isso, o esforço solicitante nos pilares é constituído essencialmente pela força
As nervuras tem a função de garantir a altura necessária para a armadura de           normal de compressão. Ações outras como, por exemplo, a do vento, introduzem
tração resistir à flexão.                                                             solicitações transversais nos pilares. Como a força normal de compressão é grande,
                                                                                      deve-se ainda considerar os efeitos provenientes do desaprumo construtivo, da
                                                                                      indefinição do ponto de aplicação das reações das vigas e dos deslocamentos
                                           hf > b’/5 > 4 cm
                                                                                      apresentados pelos pilares (efeito de segunda ordem). De fato, considere-se o
                                                                                      pilar em balanço esquematizado a seguir e seus esforços solicitantes usuais:
                                                                                                     P
              bw     100 cm    bw > 4 cm
                                                                                                 H

Para estas lajes tem-se as seguintes recomendações:
                                                                                             l                   Mh
-    Os esforços solicitantes podem ser obtidos pela teoria das placas para faixas
     de largura unitária; multiplicando estes esforços pelos espaçamentos entre
     nervuras tem-se os esforços atuantes em cada nervura;
-    A mesa deve ser verificada à flexão se b’ > 50 cm ou se houver carga
     concentrada atuando diretamente sobre ela;
                                                                                      Conforme a figura acima, tem-se que Mh = momento fletor devido a H, com l= 4 m;
-    A verificação do cisalhamento nas nervuras pode ser feita como laje se b’ ≤ 50
                                                                                      P = 800 kN e H = 10 kN. Assim, o momento máximo na base do pilar vale:
     cm e, como viga em caso contrário.
                                                                                              H⋅l = 10 ⋅ 4,0 = 40 kN⋅m

                                                                                      A força normal N (de compressão) vale 800 kN.
                                                                                      Considere-se agora, como mostra a figura seguinte, o efeito de um eventual
                                                                                      desaprumo (a) do pilar de, digamos, 2 cm. O deslocamento transversal da carga P
                                                                                      produz um momento fletor adicional no pilar. o momento adicional máximo vale:

                                                                                              Ma = P⋅a = 800 ⋅ 0,02 = 16 kN⋅m

                                                                                                             P
                                                                                                         a




                                                                                             l                   Ma




21                                                                                                                                    Cálculo de Concreto Armado      22
Para se ter uma idéia do efeito dos deslocamentos (efeito de segunda ordem),      O momento fletor adicional máximo vale M2 = P⋅a, então M2 = 800⋅0,0466 = 37,3
considere-se, no momento, o comportamento elástico linear do concreto com Eo =    kN⋅m. A figura a seguir representa M2:
3000 kN/cm² e seção transversal de 25 x 25 cm (seção quadrada). O deslocamento                       P
(usual) do topo do pilar devido a H vale:                                                        a



            H⋅l³        10⋅400³
        a1=       =                  = 2,18 cm
           3⋅Ec⋅Ic 3⋅3000⋅(244/12)
                                                                                         l                 M2
A consideração do equilíbrio do pilar na sua configuração deformada, acarreta
um momento fletor adicional devido ao deslocamento transversal da força P. O
deslocamento transversal final pode ser estimado através da expressão:
                                      1
        a = a1 + a2 = a1 ⋅                                                        O momento máximo na base do pilar vale:
                                  1 - P / Pfl
                                                                                          M = Mh + Ma = M2 = (1 + M1/Mh + M2/Mh)
onde
                                                                                          M = 40 ⋅ ( 1 + 16/40 + 37,3/40)
                π²⋅Ec⋅Ic       π²⋅Ec⋅Ac                      lc              Ic           M = 40 ⋅ (1 + 0,40 + 0,93)
        Pfl =              =                  , com    λ =        e   ic =
                   l²            λ²                          ic              Ac
                                                                                  Portanto, nesse caso, Ma representa 40% de Mh e, M2, 93%, mostrando a
sendo                                                                             importância do desaprumo e do deslocamento (efeito de segunda ordem) no
                                                                                  esforço solicitante final. Convém lembrar que ainda existem solicitações adicionais
        lθ = comprimento de flambagem do pilar                                    provenientes do comportamento não linear com concreto armado e da fluência
          lθ = 2⋅l no pilar em balanço;                                           que age sobre o efeito da carga permanente.
          lθ = l no pilar biarticulado com alongamento livre;
          lθ = l, biengastado com deslocamento transversal livre;
          lθ = 0,7⋅l, engastado de um lado e articulado do outro;
                                                                                  Outro fator de grande importância é a esbeltez do pilar (índice de esbeltez λ), que
        io = raio de giração da seção do pilar
                                                                                  pode ser notado através da expressão a2 , pois quanto maior for o λ, maior será o
                                                                                  momento de segunda ordem M2. Considere-se, no exemplo visto anteriormente, o
Assim                                                                             efeito da variação da seção transversal de 25 x 25 cm até 90 x 90 cm. A figura a
                                                                                  seguir apresenta os resultados obtidos:
                  Ic             244/12                                                  (Ma+ M2) / M2
        ic =         =                        = 7,22 cm
                  Ac              25²
                                                                                                     2,0
            lc   2⋅400
        λ =    =
                 7,22 = 111
                                                                                                     1,8
            ic
                                                                                                     1,6
                π²⋅Ec⋅Ic       π²⋅Ec⋅Ac       π²⋅3000⋅25²
        Pfl =              =              =                 = 1502 kN                                1,4
                   l²            λ²             111²

                                      1                    1                                     1,2
        a = a1 + a2 = a1 ⋅                   = 2,18 ⋅                = 4,66 cm
                                  1 - P / Pn          1 - 800 / 1502                                                                  λ
                                                                                                 1,0
                                                                                                            40   60 80   100 120

23                                                                                                                                 Cálculo de Concreto Armado     24
Nota-se que o efeito de segunda ordem é desprezível para valores de l até em
torno de 40 e que a partir deste valor a sua influência é cada vez maior. Assim,        -Pilares de canto: situados junto aos cantos do piso; para situação de projeto
para efeito de um método de verificação e de cálculo, a NBR 6118 propõe a               considera-se como esforços solicitantes a força normal (N) de compressão e dois
seguinte classificação dos pilares em função do índice de esbeltez:                     momentos fletores (Mx e My), atuando segundo os planos constituídos pelo pilar e
                                                                                        por cada uma das vigas nele apoiadas; normalmente o conjunto de valores (N, Mx
-    Pilar Curto: para λ ≤ 40; pode-se desprezar o efeito de segunda ordem e            e My) é substituído por (N), (eix = Mx/N) e (eiy = My/N).
     fluência;
-    Pilar Medianamente Esbelto: para 40 ≤ λ ≤ 80; o efeito de segunda ordem deve       Situação de cálculo
     der considerado (podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e pode-se
     desprezar o efeito da fluência;                                                    A situação de cálculo corresponde à verificação do estado limite último (ELU)
-    Pilar Esbelto: para 80 ≤ λ ≤ 140; o efeito de segunda ordem deve der considerado   de cada seção do pilar; aos esforços provenientes da situação de projeto são
     (podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e deve-se considerar o efeito da    acrescentados os seguintes efeitos:
     fluência (podendo ser estimada através de uma excentricidade complementar          - A indefinição do ponto de aplicação da força normal e o desaprumo do pilar
     equivalente);                                                                          que podem ser considerados através da chamada excentricidade acidental
-    Pilar Muito Esbelto: para 140 ≤ λ ≤ 200; o efeito de segunda ordem e a                 ea estimada, conforme a NBR 6118 por ea ≥ 2 cm ou h/30, com h sendo a
     fluência devem ser considerados e calculados de forma “rigorosa”, além disso           dimensão do pilar segundo a dimensão considerada;
     o coeficiente de ponderação das ações deve der majorado, passando a valer:         - Os efeitos de segunda ordem quando λ ≥ 40 que podem ser considerados
                                                                                            através da excentricidade e2. Esta excentricidade pode ser estimada, para
                                                                                            pilares medianamente esbeltos, através do método do pilar padrão. As
Tipos de Pilares                                                                            hipóteses admitidas neste método são:

Normalmente, os pilares de edifícios podem ser agrupados em dois conjuntos:                    -       Seção constante do pilar (inclusive armadura);
                                                                                               -       Configuração fletida de forma senoidal.
-    Pilares de Contraventamento: são aqueles que, devido à sua grande rigidez,
     permitem considerar os diversos pisos do edifício como, praticamente,
     indeslocáveis (caixas de elevadores, pilares enrigecidos); o seu cálculo exige                       P
     sua consideração como um todo;
                                                                                                                   y

-    Pilares contraventados: são constituídos pelos pilares menos rígidos, onde as
                                                                                                                                           r
     extremidades de cada lance podem ser consideradas indeslocáveis, graças                                                                            ε dx
     aos pilares de contraventamento; seu cálculo pode ser feito de feito de forma
     isolada em cada lance. Os pilares contraventos podem ser agrupados nos                        l          e2
     seguintes tipos:                                                                                                  d
                                                                                                                                       M

-Pilares internos: situados internamente ao piso; para situação de projeto
considera-se como esforço solicitante a fornça normal (N) de compressão;                                                                           dx          ε dx
-Pilares de estremidade: situados nas bordas do piso; para situação de projeto,
considera-se como esforços solicitantes a força normal (N) de compressão e o
momento fletor (M), atuando segundo o plano constituído pelo pilar e pela viga;
este par de esforços normalmente é substituído por (N) e (ei = M/N).


25                                                                                                                                         Cálculo de Concreto Armado   26
Conforme a figura anterior, temos:                                                                                         Situação de projeto
                                                                                                                                                            Nd


                                   lo        ()
                                              lo         lo    ()
        y = e2⋅sen πx ; ý = e2⋅sen πx ; ÿ = - π ² e2⋅sen πx = - π ² y
                   lo                                           lo                                                               hy
                                                                                                                                       el y
                                                                                                                                                    el x




                                                                ()
                                                                                                                                              hx
Com 1 = - ÿ        tem-se, para a seção do meio do vão       1 = π ² e2
    r                                                        r lo                                                                                                                         Nd
                                                                                                                                               Nd                     e2 y
                                                                                                   ey = el y
                 1/r         l² 1
ou      e2 =               = o ⋅                                                                                                                                  e y e ay
               ( π / lo )²   π² r                                                             hy                    el x   eax        e2x
                                                                                                                           ex                                         el y

Por outro lado, sendo 1/r = (εco + εo)/d , a NBR 6118 permite considerar pilares                               hx
                                                                                                                                                            hy
                                                                                                                                                                                  ey = el y
medianamente esbeltos e esbeltos:

        1      0,0035 + fyd / Es                                                                                                                                             hx
          =
        r   h ⋅ [( υd + 0,5 )p ≥ 1]                                                          Situação de cálculo 1                                         Situação de cálculo 2


                                                                                     Dimensões Mínimas
        onde Es = 21000 kN/cm²        e   υd = Nd / Ac⋅fcd
                                                                                     Para a seção retangular de dimensões hx⋅hy seja b o menor dos lados e h o maior.
                                                                                     recomenda-se:
O comprimento de flambagem do pilar (lo) é tomado aproximadamente igual ao
pé direito, pois as extremidades de cada lance do pilar podem ser consideradas       b ≥ 20 cm e lo/25 , onde lo é o pé direito livre. Neste caso, toma-se γf = 1,4.
indeslocáveis. Os efeitos de fluência (quando λ > 80) podem der considerados
através da excentricidade complementar equivalente eo.                               Excepcionalmente 12 cm ≤ b ≤ 20 cm e h ≤ 60 cm, devendo-se utilizar, neste caso,
                                                                                     γf = 1,8.
Dimensionamento da Seção Retangular (armadura simétrica)
                                                                                     Recomenda-se que a armadura tenha distribuição simétrica e que sua taxa
Costuma-se dimensionar uma seção retangular com armadura simétrica                   geométrica (ρ) obedeça a seguinte condição:
considerando-se a mais crítica entre as situações de projeto indicadas na figura a
seguir. No caso geral (pilar de canto), tem-se duas situações de cálculo sujeitas
a flexão composta oblíqua (FCO); da situação 1 resulta a taxa mecânica ω1 e da               ρmin ≤ ρ = As / Ao ≤ ρmax
situação 2, ω2; a maior destas taxas define a armadura da seção. Estas situações     onde    ρmax = 3% (6% nas emendas)
de cálculo são obtidas através do “deslocamento máximo” do ponto de aplicação                ρmin = 0,8% se λ > 30
da força normal segundo hx (situação 1) e, segundo hy (situação 2). Para pilares             ρmin = 0,5% se λ ≤ 30
internos, tem-se duas situações de cálculo sujeitas a flexão composta normal
(FCN). Nos pilares de extremidade resultam uma FCN e uma FCO. Nesta última
situação, pode-se, em geral, desprezar a excentricidade inicial resultando, então,
dois dimensionamentos a FCN.
27                                                                                                                                                          Cálculo de Concreto Armado         28
Disposições Construtivas, Bitolas e Espaçamentos



            sl                                  st
       hy



                   b<h




As disposições construtivas, bitolas e espaçamentos apresentados na figura acima
estão assim convencionados:

       10 ≤ ρ ≤ b/10 ;
       4 cm ou 4 φt ≤ sl ≤ 40 cm ;
       φt ≥ 5 ;
       7cm ≤ sl ≤ 30 cm
                    b
                    12 φt          CA50A
                    190 φ²t / φl

Travamentos Adicionais na Seção transversal

A possibilidade de flambagem das armaduras é inibida pelos estribos que
introduzem pontos de travamento, a cada distância st. Este travamento é integral
junto aos cantos, mas travamentos adicionais a cada 20 φt, são necessários nas
seções alongadas.




29

Contenu connexe

Tendances

Nbr 8953 concreto para fins estruturais
Nbr 8953   concreto para fins estruturaisNbr 8953   concreto para fins estruturais
Nbr 8953 concreto para fins estruturaisFábio Salvador
 
Catalogo aco para_construçao_civil
Catalogo aco para_construçao_civilCatalogo aco para_construçao_civil
Catalogo aco para_construçao_civilprofNICODEMOS
 
358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdf
358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdf358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdf
358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdfJânio Ribeiro Lopes
 
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016Afonso Celso Siqueira Silva
 
Aula 04 cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidade
Aula 04   cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidadeAula 04   cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidade
Aula 04 cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidadeYellon Gurgel
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigasWillian De Sá
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolDanieli Franco Mota
 
tesouras de madeira
 tesouras de madeira tesouras de madeira
tesouras de madeiraricardojaru
 
Resolução do livro de estática hibbeler 10ª ed - cap 7-10
Resolução do livro de estática   hibbeler 10ª ed - cap 7-10Resolução do livro de estática   hibbeler 10ª ed - cap 7-10
Resolução do livro de estática hibbeler 10ª ed - cap 7-10Wagner R. Ferreira
 
Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01Andre Luiz Vicente
 
Abacos pilares venturini -parte 1
Abacos pilares   venturini -parte 1Abacos pilares   venturini -parte 1
Abacos pilares venturini -parte 1Ray Aguiar
 
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terçasTabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terçasCarlos Elson Cunha
 
Apostila de concreto armado
Apostila de concreto armadoApostila de concreto armado
Apostila de concreto armadoAugusto Costa
 
Sapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdf
Sapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdfSapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdf
Sapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdfIgorg13
 
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoApostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoHenrique Almeida
 
Vigas e lajes de concreto armado
Vigas e lajes de concreto armadoVigas e lajes de concreto armado
Vigas e lajes de concreto armadothiagolf7
 

Tendances (20)

Nbr 8953 concreto para fins estruturais
Nbr 8953   concreto para fins estruturaisNbr 8953   concreto para fins estruturais
Nbr 8953 concreto para fins estruturais
 
Pilar canto
Pilar cantoPilar canto
Pilar canto
 
1 lajes -
1  lajes -1  lajes -
1 lajes -
 
Catalogo aco para_construçao_civil
Catalogo aco para_construçao_civilCatalogo aco para_construçao_civil
Catalogo aco para_construçao_civil
 
358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdf
358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdf358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdf
358726657 nbr-7584-2012-concreto-endurecido-pdf
 
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
Resistência de materiais.pdf exercícios resolvidos em 26 mar 2016
 
Aula 04 cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidade
Aula 04   cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidadeAula 04   cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidade
Aula 04 cálculo das reações de apoio, estaticidade e estabilidade
 
3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas3. cálculo dos esforços em vigas
3. cálculo dos esforços em vigas
 
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsolExercicios resolvidos de resmat mecsol
Exercicios resolvidos de resmat mecsol
 
Estruturas hiperestáticas
Estruturas hiperestáticasEstruturas hiperestáticas
Estruturas hiperestáticas
 
tesouras de madeira
 tesouras de madeira tesouras de madeira
tesouras de madeira
 
Resolução do livro de estática hibbeler 10ª ed - cap 7-10
Resolução do livro de estática   hibbeler 10ª ed - cap 7-10Resolução do livro de estática   hibbeler 10ª ed - cap 7-10
Resolução do livro de estática hibbeler 10ª ed - cap 7-10
 
Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01Fundações e obras de terra - Parte 01
Fundações e obras de terra - Parte 01
 
Abacos pilares venturini -parte 1
Abacos pilares   venturini -parte 1Abacos pilares   venturini -parte 1
Abacos pilares venturini -parte 1
 
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terçasTabela   dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
Tabela dimensões tipicas segundo o espaçamento das tesouras de terças
 
Apostila de concreto armado
Apostila de concreto armadoApostila de concreto armado
Apostila de concreto armado
 
Sapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdf
Sapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdfSapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdf
Sapatas de Divisa e Viga Alavanca.pdf
 
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexaoApostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
Apostila sensacional !! deformacao de vigas em flexao
 
Vigas e lajes de concreto armado
Vigas e lajes de concreto armadoVigas e lajes de concreto armado
Vigas e lajes de concreto armado
 
Flexão lista 1
Flexão lista 1   Flexão lista 1
Flexão lista 1
 

En vedette

Exemplos 02-manual de exemplos passo a passo
Exemplos 02-manual de exemplos passo a passoExemplos 02-manual de exemplos passo a passo
Exemplos 02-manual de exemplos passo a passoAnderson Ricardo Cunha
 
55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdf
55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdf55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdf
55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdfKeiliny Monteiro Keila
 
Pré dimensionamento estrutural
Pré dimensionamento estruturalPré dimensionamento estrutural
Pré dimensionamento estruturalCarlos Elson Cunha
 
Engenharia estrutural
Engenharia estruturalEngenharia estrutural
Engenharia estruturalJohn Fjv
 
Concepção estrutural ii slide
Concepção estrutural ii   slideConcepção estrutural ii   slide
Concepção estrutural ii slideEDER OLIVEIRA
 
Rita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto Armado
Rita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto ArmadoRita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto Armado
Rita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto Armadoritacasarin
 
Apostilinha de estruturas
Apostilinha de estruturasApostilinha de estruturas
Apostilinha de estruturasrcarc
 
Corrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto ArmadoCorrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto ArmadoRodrigo Duarte
 
2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturasWillian De Sá
 
Slides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamentoSlides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamentoshoposlor
 
11 lajes macicas
11 lajes macicas11 lajes macicas
11 lajes macicaskalelboss
 

En vedette (20)

Exemplos 02-manual de exemplos passo a passo
Exemplos 02-manual de exemplos passo a passoExemplos 02-manual de exemplos passo a passo
Exemplos 02-manual de exemplos passo a passo
 
55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdf
55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdf55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdf
55048569 calculo-estrutural-de-edificios-passo-a-passo-vigas-pilares-em-pdf
 
Pré dimensionamento estrutural
Pré dimensionamento estruturalPré dimensionamento estrutural
Pré dimensionamento estrutural
 
Amazon Postes
Amazon PostesAmazon Postes
Amazon Postes
 
Tqs 07-escadas tqs
Tqs 07-escadas tqsTqs 07-escadas tqs
Tqs 07-escadas tqs
 
Tqs 04-conceitos e modelos
Tqs 04-conceitos e modelosTqs 04-conceitos e modelos
Tqs 04-conceitos e modelos
 
Engenharia estrutural
Engenharia estruturalEngenharia estrutural
Engenharia estrutural
 
Concepção estrutural ii slide
Concepção estrutural ii   slideConcepção estrutural ii   slide
Concepção estrutural ii slide
 
Rita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto Armado
Rita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto ArmadoRita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto Armado
Rita Casarin - Reforço Estrutural em Lajes de Concreto Armado
 
Aço para concreto armado
Aço para concreto armadoAço para concreto armado
Aço para concreto armado
 
Concreto 01
Concreto 01Concreto 01
Concreto 01
 
Apostilinha de estruturas
Apostilinha de estruturasApostilinha de estruturas
Apostilinha de estruturas
 
Corrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto ArmadoCorrosão em Estrutura de Concreto Armado
Corrosão em Estrutura de Concreto Armado
 
2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas
 
Slides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamentoSlides aula concreto dimenionamento
Slides aula concreto dimenionamento
 
11 lajes macicas
11 lajes macicas11 lajes macicas
11 lajes macicas
 
Lajes 02-critérios de projeto
Lajes 02-critérios de projetoLajes 02-critérios de projeto
Lajes 02-critérios de projeto
 
Formas 03-critérios de projeto
Formas 03-critérios de projetoFormas 03-critérios de projeto
Formas 03-critérios de projeto
 
Pórtico 01-pórtico tqs
Pórtico 01-pórtico tqsPórtico 01-pórtico tqs
Pórtico 01-pórtico tqs
 
Escadas
EscadasEscadas
Escadas
 

Similaire à Cálculo de estruturas de concreto armado

Ft1802 m português
Ft1802 m  portuguêsFt1802 m  português
Ft1802 m portuguêsFmoreira4
 
Ft1802 m português
Ft1802 m  portuguêsFt1802 m  português
Ft1802 m portuguêsrambo03
 
Ft1802 m português
Ft1802 m  portuguêsFt1802 m  português
Ft1802 m portuguêsrambo03
 
Manual ft 7800 r
Manual ft 7800 rManual ft 7800 r
Manual ft 7800 rruiv
 
Manual Funpar
Manual FunparManual Funpar
Manual Funpardmazbnet
 
Manual ft 8900-r
Manual ft 8900-rManual ft 8900-r
Manual ft 8900-rruiv
 
Vx 170 portugues
Vx 170 portuguesVx 170 portugues
Vx 170 portuguespu2nbf
 
Vx 170 português
Vx 170 portuguêsVx 170 português
Vx 170 portuguêsruiv
 
Vx 170 português
Vx 170 portuguêsVx 170 português
Vx 170 portuguêsFmoreira4
 
Jeep willys Manual do Proprietario
Jeep willys Manual do Proprietario Jeep willys Manual do Proprietario
Jeep willys Manual do Proprietario Talahass
 
Alex meister amostra-apostila1
Alex meister amostra-apostila1Alex meister amostra-apostila1
Alex meister amostra-apostila1Danilo Al Varenga
 
Jquery 38book-pt-br
Jquery 38book-pt-brJquery 38book-pt-br
Jquery 38book-pt-brJean Lopes
 

Similaire à Cálculo de estruturas de concreto armado (20)

Matemática iv
Matemática ivMatemática iv
Matemática iv
 
Catalogo stamaco 2012
Catalogo stamaco 2012Catalogo stamaco 2012
Catalogo stamaco 2012
 
Ft1802 m português
Ft1802 m  portuguêsFt1802 m  português
Ft1802 m português
 
Ft1802 m português
Ft1802 m  portuguêsFt1802 m  português
Ft1802 m português
 
Ft1802 m português
Ft1802 m  portuguêsFt1802 m  português
Ft1802 m português
 
Manual ft 7800 r
Manual ft 7800 rManual ft 7800 r
Manual ft 7800 r
 
Manual funpar
Manual funparManual funpar
Manual funpar
 
Manual Funpar
Manual FunparManual Funpar
Manual Funpar
 
Manual ft 8900-r
Manual ft 8900-rManual ft 8900-r
Manual ft 8900-r
 
Vx 170 portugues
Vx 170 portuguesVx 170 portugues
Vx 170 portugues
 
Vx 170
Vx 170Vx 170
Vx 170
 
Vx 170 português
Vx 170 portuguêsVx 170 português
Vx 170 português
 
Vx 170 português
Vx 170 portuguêsVx 170 português
Vx 170 português
 
mateus
mateusmateus
mateus
 
Mapas mentais Lei 8.666.pdf
Mapas mentais Lei 8.666.pdfMapas mentais Lei 8.666.pdf
Mapas mentais Lei 8.666.pdf
 
Jeep willys Manual do Proprietario
Jeep willys Manual do Proprietario Jeep willys Manual do Proprietario
Jeep willys Manual do Proprietario
 
TDD na Prática
TDD na PráticaTDD na Prática
TDD na Prática
 
Apostila Guindaste Portuário Móvel.
Apostila Guindaste Portuário Móvel.Apostila Guindaste Portuário Móvel.
Apostila Guindaste Portuário Móvel.
 
Alex meister amostra-apostila1
Alex meister amostra-apostila1Alex meister amostra-apostila1
Alex meister amostra-apostila1
 
Jquery 38book-pt-br
Jquery 38book-pt-brJquery 38book-pt-br
Jquery 38book-pt-br
 

Plus de Renaldo Adriano

Bibliografia, gabaritos das perguntas e exercícios
Bibliografia, gabaritos das perguntas e exercíciosBibliografia, gabaritos das perguntas e exercícios
Bibliografia, gabaritos das perguntas e exercíciosRenaldo Adriano
 
Aula 25 ensaio por raios gama
Aula 25   ensaio por raios gamaAula 25   ensaio por raios gama
Aula 25 ensaio por raios gamaRenaldo Adriano
 
Aula 24 ensaio por raio x
Aula 24   ensaio por raio xAula 24   ensaio por raio x
Aula 24 ensaio por raio xRenaldo Adriano
 
Aula 23 radiografia industrial
Aula 23   radiografia industrialAula 23   radiografia industrial
Aula 23 radiografia industrialRenaldo Adriano
 
Aula 22 realizando o ensaio de ultra-som
Aula 22   realizando o ensaio de ultra-somAula 22   realizando o ensaio de ultra-som
Aula 22 realizando o ensaio de ultra-somRenaldo Adriano
 
Aula 20 partículas magnéticas
Aula 20   partículas magnéticasAula 20   partículas magnéticas
Aula 20 partículas magnéticasRenaldo Adriano
 
Aula 19 líquidos penetrantes
Aula 19   líquidos penetrantesAula 19   líquidos penetrantes
Aula 19 líquidos penetrantesRenaldo Adriano
 
Aula 17 impacto a baixas temperaturas
Aula 17   impacto a baixas temperaturasAula 17   impacto a baixas temperaturas
Aula 17 impacto a baixas temperaturasRenaldo Adriano
 
Aula 16 ensaio de impacto
Aula 16   ensaio de impactoAula 16   ensaio de impacto
Aula 16 ensaio de impactoRenaldo Adriano
 
Aula 15 ensaio de fadiga
Aula 15   ensaio de fadigaAula 15   ensaio de fadiga
Aula 15 ensaio de fadigaRenaldo Adriano
 
Aula 14 ensaio de fluência
Aula 14   ensaio de fluênciaAula 14   ensaio de fluência
Aula 14 ensaio de fluênciaRenaldo Adriano
 
Aula 13 dureza de vickers
Aula 13   dureza de vickersAula 13   dureza de vickers
Aula 13 dureza de vickersRenaldo Adriano
 
Aula 10 ensaio de torção
Aula 10   ensaio de torçãoAula 10   ensaio de torção
Aula 10 ensaio de torçãoRenaldo Adriano
 
Aula 09 ensaio de embutimento
Aula 09   ensaio de embutimentoAula 09   ensaio de embutimento
Aula 09 ensaio de embutimentoRenaldo Adriano
 
Aula 08 dobramento e flexão
Aula 08   dobramento e flexãoAula 08   dobramento e flexão
Aula 08 dobramento e flexãoRenaldo Adriano
 
Aula 06 ensaio de compressão
Aula 06   ensaio de compressãoAula 06   ensaio de compressão
Aula 06 ensaio de compressãoRenaldo Adriano
 

Plus de Renaldo Adriano (20)

Bibliografia, gabaritos das perguntas e exercícios
Bibliografia, gabaritos das perguntas e exercíciosBibliografia, gabaritos das perguntas e exercícios
Bibliografia, gabaritos das perguntas e exercícios
 
Aula 25 ensaio por raios gama
Aula 25   ensaio por raios gamaAula 25   ensaio por raios gama
Aula 25 ensaio por raios gama
 
Aula 24 ensaio por raio x
Aula 24   ensaio por raio xAula 24   ensaio por raio x
Aula 24 ensaio por raio x
 
Aula 23 radiografia industrial
Aula 23   radiografia industrialAula 23   radiografia industrial
Aula 23 radiografia industrial
 
Aula 22 realizando o ensaio de ultra-som
Aula 22   realizando o ensaio de ultra-somAula 22   realizando o ensaio de ultra-som
Aula 22 realizando o ensaio de ultra-som
 
Aula 21 ultra-som
Aula 21   ultra-somAula 21   ultra-som
Aula 21 ultra-som
 
Aula 20 partículas magnéticas
Aula 20   partículas magnéticasAula 20   partículas magnéticas
Aula 20 partículas magnéticas
 
Aula 19 líquidos penetrantes
Aula 19   líquidos penetrantesAula 19   líquidos penetrantes
Aula 19 líquidos penetrantes
 
Aula 18 ensaios visuais
Aula 18   ensaios visuaisAula 18   ensaios visuais
Aula 18 ensaios visuais
 
Aula 17 impacto a baixas temperaturas
Aula 17   impacto a baixas temperaturasAula 17   impacto a baixas temperaturas
Aula 17 impacto a baixas temperaturas
 
Aula 16 ensaio de impacto
Aula 16   ensaio de impactoAula 16   ensaio de impacto
Aula 16 ensaio de impacto
 
Aula 15 ensaio de fadiga
Aula 15   ensaio de fadigaAula 15   ensaio de fadiga
Aula 15 ensaio de fadiga
 
Aula 14 ensaio de fluência
Aula 14   ensaio de fluênciaAula 14   ensaio de fluência
Aula 14 ensaio de fluência
 
Aula 13 dureza de vickers
Aula 13   dureza de vickersAula 13   dureza de vickers
Aula 13 dureza de vickers
 
Aula 12 dureza rockwell
Aula 12   dureza rockwellAula 12   dureza rockwell
Aula 12 dureza rockwell
 
Aula 11 dureza brinell
Aula 11   dureza brinellAula 11   dureza brinell
Aula 11 dureza brinell
 
Aula 10 ensaio de torção
Aula 10   ensaio de torçãoAula 10   ensaio de torção
Aula 10 ensaio de torção
 
Aula 09 ensaio de embutimento
Aula 09   ensaio de embutimentoAula 09   ensaio de embutimento
Aula 09 ensaio de embutimento
 
Aula 08 dobramento e flexão
Aula 08   dobramento e flexãoAula 08   dobramento e flexão
Aula 08 dobramento e flexão
 
Aula 06 ensaio de compressão
Aula 06   ensaio de compressãoAula 06   ensaio de compressão
Aula 06 ensaio de compressão
 

Dernier

Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioDomingasMariaRomao
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 

Dernier (20)

Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 

Cálculo de estruturas de concreto armado

  • 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - ESCOLA POLITÉCNICA ÍNDICE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRUTURAS E FUNDAÇÕES Conceitos Básicos ..................................................................................................... 1 Cargas Características ................................................................................................. 1 Esforços Solicitantes e Reações .................................................................................. 2 Regras de Pré-dimensionamento de Peças ................................................................. 3 Flexão Simples ........................................................................................................... 4 Diagramas .................................................................................................................... 4 Estado Limite Último convencional na Flexão ............................................................. 5 Domínio de Deformação .............................................................................................. 6 Vigas de Seção Retangular com Armadura Simples .............................................. 7 Viga de Seção “T” com Armadura Simples .............................................................. 9 Viga de Seção Retangular com Armadura Dupla .................................................... 10 Lajes Retangulares Maciças ...................................................................................... 12 Lajes Armadas em uma Direção ............................................................................... 13 Esforços Solicitantes .................................................................................................... 13 referência para Dimensionamento à Flexão .......................................................................................... Altura Útil ..................................................................................................................... 14 15 Cálculo das Armaduras ................................................................................................ 15 Cálculo de Concreto Armado Escolha das Barras ...................................................................................................... Lajes Armadas em Duas Direções ............................................................................ 16 17 Esforços nas Lajes Isoladas ......................................................................................... 17 Método simplificado aplicável a pisos usuais de edifícios ............................................ 18 Altura Útil ...................................................................................................................... 19 Armaduras Mínimas ..................................................................................................... 20 Escolha das Barras ...................................................................................................... 21 Lajes Nervuradas ....................................................................................................... 22 Pilares ......................................................................................................................... 23 Tipos de Pilares ........................................................................................................... 25 Situação de Cálculo ..................................................................................................... 26 Dimensionamento da Seção Retangular (armadura simétrica) ................................... 27 Dimensões mínimas .................................................................................................... 28 Disposições Construtivas, Bitolas e Espaçamentos .................................................... 29 Travamentos Adicionais na Seção Transversal ............................................................. 29 Compilação e Projeto Gráfico: Karin Regina de Castro Marins, Roberto Issamu Takahashi e Tiago Gimenez Ribeiro [ Baseado no resumo de Marcos Silveira ] São Paulo - 2000 a partir das Apostilas do Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações da Escola Politécnica
  • 2. CONCEITOS BÁSICOS Esforços Solicitantes e Reações Ao se calcular uma estrutura de concreto precisemos, primeiramente, determinar os seguintes itens: Esforços solicitantes e reações foram objeto de matérias básicas desta seqüência de disciplinas. Na figura abaixo, a título de recordação, estão representados os Cargas Características; esforços solicitantes e reações de algumas situações em vigas: Reações; Esforços Solicitantes; Esforços Máximos na Viga Biapoiada q Cargas Características Dividem-se em cargas permanentes e variáveis (ou acidentais). l M = q⋅ l 2 /8 V = q⋅ l /2 V - Cargas Permanentes: são cargas constituídas pelo peso próprio da estrutura e V pelos pesos de todos os elementos fixos e instalações permanentes. Abaixo estão alguns exemplos de cargas de alguns dos materiais mais conhecidos, fornecidas por peso específico: M Concreto simples = 24 KN/m³ Esforços Máximos na Viga em Balanço Concreto armado = 25 KN/m³ P Argamassa = 19 KN/m³ q Alvenaria de tijolo maciço = 16 KN/m³ Alvenaria de tijolo furado = 10 KN/m³ l Alvenaria de blocos de concreto = 13 KN/m³ M = q⋅ l 2/2 V V = q⋅ l + P M V - Cargas Variáveis ou Acidentais (NBR 6120): são as cargas que podem atuar sobre as estruturas de edificações em função de seu uso. Abaixo estão alguns exemplos de cargas acidentais verticais atuando nos pisos das edificações, devidas a pessoas, móveis, utensílios, etc., e são supostas uniformemente distribuídas: Esforços Máximos na Viga com três apoios q q Salas, quartos, cozinhas e wc’s = 1.5 KN/m³ l1 l2 Escadas, corredores e terraços = 3.0 KN/m³ V V Restaurantes e salas de aula = 3.0 KN/m³ Auditórios = 3.0 KN/m³ V V Bibliotecas (estantes) = 6.0 KN/m³ M’ Cinemas (platéia) = 4.0 KN/m³ M1 M2 1 Cálculo de Concreto Armado 2
  • 3. FLEXÃO SIMPLES Regras de pré-dimensionamento de peças Na flexão simples a ação pode ser admitida como sendo representada apenas pelo Ao se pré-dimensionar uma peça de concreto deve-se seguir os seguintes passos Momento de Projeto = Md ; são adotadas como resistências aquelas oferecidas lógicos: pelo concreto (fck), pelo aço (fyk) e pela seção transversal (Mud); e a segurança adequada é quando é verificada a condição: Md ≤ Mud. Por razão de economia, - Determinação das ações; faz-se Md = Mud. - Determinação das resistências; - Verificação da segurança. O concreto mais utilizado tem como característica um fck entre 20 e 28 MPa (KN/m³), sendo 24 MPa o mais usual, enquanto que o aço mais utilizado, o CA50A, As ações são as solicitações à peça, as resistências levam em conta a seção tem como fyk um valor de 50 KN/m³. transversal e as características mecânicas dos materiais, e a segurança deve ser garantida com um dimensionamento que supere os esforços que incidam sobre a Além da resistência, existem ainda outras características inerentes ao concreto e peça com uma certa “folga”. ao aço, que serão utilizadas para efeito de cálculo, a saber: Algumas hipóteses básicas devem também ser adotadas: Concreto Aço fck = 24 MPa fyk = 50 KN/cm² - Manutenção da seção plana: as seções transversais da peça, quando fletidas, γc = 1,4 γs = 1,15 não perdem a configuração plana; Ec = 30.000 MPa Es = 210.000 MPa - Aderência perfeita entre o concreto e armadura: não há escorregamento entre os materiais; - A tensão do concreto é nula na região da seção transversal sujeita à onde fck é, como dissemos, o valor característico da resistência do concreto, fyk deformação de alongamento. é o valor característico de resistência da armadura correspondente ao patamar de escoamento, γc é o coeficiente de ponderarão de resistência do concreto (coeficiente de segurança), γs é o coeficiente de ponderação de resistência de armadura (coeficiente de segurança), Es é o módulo de elasticidade do concreto e Es é o módulo elasticidade do aço. Diagrama Tensão-Deformação (de Cálculo) da Armadura: - Aço de dureza natural (com patamar de escoamento) σ sd fyk diagrama de cálculo fyd arctg Es ε sd ε yd • 0,010 3 Cálculo de Concreto Armado 4
  • 4. Diagrama Tensão-Deformação (de Cálculo) do Concreto: -A deformação de alongamento na armadura mais tracionada (Esu) atinge 0,010; - Diagrama parábola-retângulo denomina-se estado limite último (ELU) por alongamenlo plástico excessivo de σ cd armadura: εc patamar 0,85 f cd Mud As encoriamento • ε cd ε su= 0,0035 0,010 0,0035 Diagrama retangular simplificado Domínios de Deformação: kfcd Conforme foi visto no ítem anterior, o estado limite último convencional ocorre 0,8 x x Mud quando o diagrama de deformação passa por um dos dois pontos, A ou B, na figura seguinte: As εu deformação de estado limite 0,0035 último (ELU) x23 D2 Mud x 34 D3 x = altura da zona comprimida, medida a partir de borda comprimida k = 0,86 , quando a altura de zona comprimida não diminui em direção à borda h d D4 comprimida (seção retangular) As 0,0010 Estado limite último convencional na flexão d = altura útil da seção = distância do CG da armadura à borda comprimida x = altura de zona comprimida É atingido quando ocorro uma dos seguintes situações -A deformação de encurtamento no concreto (Ecu) atinge 0,0036; denomina-se - Diagrama D2: o concreto é pouco solicitado e a armadura está em escoamento: estado limite último (ELU) por esmagamento do concreto: a ruptura é do tipo “dútil” (com aviso). - Diagrama D3: o concreto está adequadamente solicitado e a armadura em ε cu= 0,0035 escoamento: a ruptura também é dútil. As seções acima são ditas subarmadas ou normalmente armadas. Mud - Diagrama D4: o concreto é muito solicitado e a armadura pouco solicitada. A ruptura é do tipo “frágil” (sem aviso). A seção é dita superarmada e é uma As solução antieconômica pois a armadura não é explorada ao máximo. εs 5 Cálculo de Concreto Armado 6
  • 5. VIGA DE SEÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA SIMPLES Com o valor de x, tem-se o domínio de deformação correspondente, podendo Tem as seguintes características: ocorrer as seguintes situações: - A zona comprimida da seção sujeita à flexão tem forma -Domínio 2, onde retangular; x ≤ x23 = 0,269⋅d ; e σsd = fyd - A armadura é constituída por barras agrupadas junto à borda tracionada e pode ser imaginada concentrada no seu centro -Domínio 3, onde de gravidade. x23 ≤ x ≤ x34 = 0,0035d/(0,0035 + εyd); e σsd = fyd b 0,85fcd -Domínio 4, se x ≥ x34 , neste caso convém alterar a seção para se evitar a peça Rcd 0,4x superarmada, aumentando-se h ou adotando-se armadura dupla. Mud 0,8 x x h d d- 0,4x Para a situação adequada de peça subermada tem-se As εu σsd = fyd . Assim, a equação 3 nos fornece: Rsd σ sd Md Md Resultante dos tensões As = = σsd ⋅(d-0,4⋅x) fyd ⋅(d-0,4⋅x) No Concreto: Rcd = 0,85⋅fcd⋅b⋅0,8⋅x = 0,68⋅b⋅x⋅fcd Na Armadura: Rsd = As⋅σsd Equações de equilibrío De Força: Rcd = Rsd ou 0,68⋅b⋅x⋅fcd = As⋅σsd 1 De Momento: Mud = Rcd⋅(d - 0,4x) ou Mud = Rcd⋅(d - 0,4x) substituindo o valor das resultantes de tensão vem: Mud = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4x) ou 2 Mud = As⋅σsd⋅(d - 0,4x) 3 Nos casos de dimensionamento, tem-se b, fck e faz-se Mud = Md, (momento fletor solicitante em valor de cálculo). Normalmente, pode-se adotar d = 0,9⋅h. Desta forma, a equação 2 nos fornece o valor de x: Md x = 1,25⋅d⋅ 1 - 1- 0,425⋅b⋅ d² ⋅fcd 7 Cálculo de Concreto Armado 8
  • 6. VIGA DE SEÇÃO “T” COM ARMADURA SIMPLES VIGA DE REÇÃO RETANGULAR COM ARMADURA DUPLA A análise de uma seção “T” pode ser feita como se indica a seguir: Quando se tem, além da armadura de tração As , outra A’s posicionada junto à 0,85fcd borda comprimida, temos uma seção com armadura dupla. Isto é feito para se conseguir uma seção subarmada sem alterar as dimensões de seção transversal. A Rcfd Mud 0,8 x x Rcwd hf 1 armadura comprimida introduz uma parcela adicional na resultante de compressão, 2 permitindo assim, aumentar a resistência da seção. Vejamos as equações de d εu As equilíbrio: Rsd σ sd De Força: Rsd = Rcd + R’sd bw A As⋅σsd = 0,68⋅b⋅x⋅fcd + c O problema pode ser equacionado subdividindo a zona comprimida em retângulos (1 e 2). As resultantes de tensão sobre as partes 1 e 2 valem: De Momento: Md = Rcd⋅(d - 0,4⋅x) + R’sd⋅(d - d’) B Rcfd = 0,85⋅fcd⋅(bf - bw)⋅hf e Rcwd = 0,85⋅fcd⋅bw⋅(0,8⋅x) Md = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4⋅x) + A’s⋅σ’cd⋅(d - d’) A equação de equilibro de momento fornece: Mud = Md = Mcfd + Mcwd = Rcfd⋅(d - hf /2) + Mcwd Temos assim duas equações (A e B) e três incógnitas: x, As e A’s (pois as tensões na armadura depende de x). Este momento deve ser resistido pela parte 2 que é uma seção retangular bw por Costuma-se adotar um valor de x, por exemplo x = d/2. Dessa forma podem ser d, portanto: determinadas as armaduras As e A’s como se indica a seguir. As equações A e B sugerem a decomposição mostrada na figura seguinte: Mcwd ε x = 1,25⋅d⋅ 1- 1- b εc b c 0,425⋅bw⋅ d² ⋅fcd d’ 0,4x Rcd R’ d s M ud x A’s M ud x d d d- d’ A equação de equilíbrio de força permite escrever: d- 0,4x εu εu As1 Rsd1 As2 Rsd2 σ sd σ sd Rcd = Rcfd + Rcwd As⋅fyd = Rcfd + Rcwd Conforme se indica na figura acima, pode ser determinado a primeira parcela do momento resistente, designada por Mwd: Mwd = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4⋅x) e Rsd1 = Mwd /(d - 0,4x) Portanto Como σsd = fyd (peça subarmado), tem-se: Rcfd + Rcwd As = As = Rsd1 /fyd fyd Assim, fica conhecida a parcela restante do momento resistente: ∆Md = Md - Mwd 9 Cálculo de Concreto Armado 10
  • 7. LAJES RETANGULARES MACIÇAS Também, Lajes são elementos estruturais planos de concreto armado sujeitos a cargas ∆Md = R’sd⋅(d - d’) = A’sd⋅σ’cd⋅(d - d’) e transversais a seu plano. Os apoios das lajes são, geralmente, constituídos por vigas vigas de piso. Nestes casos, o cálculo das lajes é feito, de maneira ∆Md = R’sd2⋅(d - d’) = A’s2⋅σ’cd⋅(d - d’) simplificada, como se elas fossem isoladas das vigas, com apoios livres à rotação e indeslocáveis à translação, considerando, contudo, a continuidade entre lajes Que permitem determinar as áreas restantes de armadura As2 e A’s . De fato, contíguas. R’sd = Rsd2 = ∆Md /(d - d’) e Do ponto de vista de comportamento à flexão, as lajes retangulares maciças As2 = Rsd2 /fyd podem ser classificadas em: - Lajes armadas em uma direção: quando a flexão (curvatura) é bastante O cálculo de A’s , requer a determinação de tensão σ’sd. Com x ≤ xlim, tem-se, no predominante segundo a direção paralela a um dos lados; correspondem às lajes domínio 3 εc=0,0035 e, no domínio 2: apoiadas em lados opostos (isoladas e contínuas, com ou sem balanços laterais), e às lajes “alongadas” apoiadas em todo o perímetro. εc = 0,010⋅x / (d - x) (por semelhança de triângulos) - Lajes armadas em duas direções ou em cruz: quando as curvaturas paralelas aos lados são valores comparáveis entre si, são lajes apoiadas em todo seu Logo contorno e com lados não muito diferentes entre si (l ≤ ly / lx ≤ 2). ε’s = εc (x - d’) / x que permite obter σ’sd (no diagrama σ x ε de armadura) Finalmente A’s= R’sd /σ’s e As = As1 + As2 11 Cálculo de Concreto Armado 12
  • 8. LAJES ARMADAS EM UMA DIREÇÃO Abaixo estão os gráficos destes 3 casos: Considere-se a laje esquematizada na figura a seguir: Esforços Máximos na Laje Isolada A’ P1 V1 P2 Vx q lx B B’ p Mx lx mx = p⋅lx2/8 Vx my = υ⋅mx P3 V2 1 1 P4 Vx vx = p⋅lx/2 A ly Vx Sejam, lx, o vão teórico da laje, normalmente, igual à distância entre os eixos Mx dos vigas de apoio, e ly o seu comprimento. Os cortes AA e BB mostram, de Esforços Máximos na Laje em Balaço forma esquemática, os deslocamentos apresentados pela laje ao ser submetida à P uma carga distribuída uniforme de valor p. Constata-se a presença de curvatura q e, portanto, de momento fletor segundo o corte AA. Segundo o corte BB ocorre, praticamente uma translação com curvatura e flexão desprezíveis. lx m’x = p⋅lx2/8 Considere-se, agora, faixas isolados de larguras unitárias paralelos ao corte AA: Vx vx = p⋅lx + P o carregamento de uma dessas faixas é constituído de carga uniforme de valor M’ x p . Cada uma dessas faixas tem, aparentemente, o comportamento de uma viga isostática e o diagrama de momento fletor é uma parábola de ordenada igual a p⋅lx2/8. Representa-se este momento fletor por mx, com mx = p⋅lx2/8, na unidade kN⋅m/m. Analogamente, a força cortante tem diagrama linear e seu valor máximo Esforços Máximos na Laje Contínua vx = p⋅lx/2. Para que as faces superior e inferior mantenham-se paralelas entre q q si aparece um momenfo fletor my = υ⋅mx atuando no plano paralelo ao lado ly, também por unidade de largura, sendo my = 0,2⋅mx , pois no concreto υ = 0,2 . O momenfo fletor mx é chamado de momento fletor principal e my de secundário. l x1 l x2 Vx Vx Esforços Solicitantes Vx Vx - Laje Isolada: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma M’ viga isolada sujeita a carga distribuída uniforme; Mx1 Mx2 - Laje em balanço: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma viga em balanço e o carregamento consiste numa carga uniforme distribuída p mais uma concentrada P aplicada junto à extremidade do balanço. Dimensionamento à Flexão (Estado Limite Último - ELU) - Laje contínua: nesse caso, a faixa de largura unitária da laje corresponde a uma O dimensionamento é feito para uma seção retangular de largura unitária viga contínua. (normalmente, b =1 m =100 cm) e altura igual à espessura total do laje, h. 13 Cálculo de Concreto Armado 14
  • 9. Altura útil Nas lajes, normalmente, a flexão conduz a um dimensionamento como peça subarmada com armadura simples. Assim, conforme a figura acima, a equação de A armadura de flexão será distribuída no largura de 100 cm. Em geral, tem-se equilíbrio conduz a nos vãos, num mesmo ponto, dois momentos fletores (mx e my, positivos) perpendiculares entre si. Desta forma, a cada um desses momentos corresponde md = 0,68⋅b⋅x⋅fcd⋅(d - 0,4x) com md = γc⋅m = 1,4 m uma altura útil; dx para o momento fletor mx e dy para o momento fletor my. Normalmente, mx é maior que my; por isso costuma-se adotar dx > dy; para isto, a Resultando, para a altura de zona comprimida o valor armadura correspondente ao momento fletor my (Asy) é colocada sobre a armadura md correspondente ao momento fletor mx (Asx): x = 1,25⋅d⋅ 1- 1- 0,425⋅bw⋅ d² ⋅fcd h dx dv e a armadura md v As = 100 cm c x fyd ⋅(d-0,4⋅x) Asy onde Asx Ad = Asx para m = mx e Ad = Asy para m = my Conforme a figura acima, tem-se: Escolha das barras dx = h - c - φx /2 e dy = h - c - φx - φy /2 A escolha da bitola o espaçamento (φ e s) é feita para as bitolas comerciais com as seguintes recomendações: onde c = cobrimento mínimo de armadura em lajes, fixado em 0,5 cm nas lajes φmin = 4 mm ≤ φ ≤ φmax = h/10 protegidas com argamassa de espessura mínima de 1 cm (NBR 6118) smin = 8 mm ≤ s ≤ smax = 20 cm (p/ arm. princ. limitar a 2h) φx = diâmetro da armadura Asx correspondente a m x φy = diâmefro da armadura Asy correspondente a m y Para as bitolas, adota-se um mínimo de 4 mm e um máximo correspondente Nas lajes maciças revestidas, usuais em edíficios, pode-se adotar a um décimo da espessura da laje. O espaçamento mínimo de 8 cm tem por aproximadamente: finalidade facilitar a concretagem da laje, e o espaçamento máximo visa garantir a uniformidade de comportamento admitida nos cálculos. A tabela a seguir mostra dx = h - c - 0,5 cm e as bitolas comerciais mais utilizadas: dy = h - c - 1,0 cm 100 cm φ (mm) As1 (cm) m1 (kg/m) Cálculo das Armaduras h 4,0 0,125 0,10 0,85fcd 5,0 0,200 0,16 100 cm s 6,3 0,315 0,25 0,8x R cd Md 8,0 0,500 0,40 h d φ = diâmetro nominal da barra em mm 10,0 0,800 0,63 As1 = área nominal da seção transversal de uma barra R sd m1 = massa de uma barra por metro linear 15 Cálculo de Concreto Armado 16
  • 10. LAJES ARMADAS EM DUAS DIREÇÕES (EM CRUZ) onde o carregamento usual é constituído de carga distribuída uniforme, são muito Considere-se a laje esquematizada na figura a seguir, apoiada em todo o seu úteis as tabelas de Czèrny preparadas com coeficiente de Poisson 0,2 (admitido contorno sobre vigas, sujeita à carga distribuída p e sejam: para o concreto). Os momentos fletores extremos são dados por: lx B p⋅lx² p⋅ly ² p⋅lx ² p⋅ly ² mx = ; my = ; m’x = ; m’y = α lx = o menor vão teórico αx αy βx βy l y A lx = o maior vão teórico (ly ≥ lx) C onde as variáveis e estão tabeladas de em função dos seguintes parâmetros: Normalmente consideram-se as hipóteses simplificadoras: - Tipo de carga (por ex. distribuída uniforme); - vigas rígidas à flexão - Condições de apoio da laje (tipo de apoio); - continuidade de lajes vizinhas quando no mesmo nível - Relação (ly / lx). Particularmente, interessa-nos o tipo de carga distribuída uniforme, e os tipos de A deformada da laje segundo os cortes A (paralela a lx) e B (paralela a ly) estão apoio indicados a seguir: esquematizadas na figura a seguir: lx lx B ly 1 2A 3 4A 5A 6 ly A C 2B 4B 5B engastado Pode-se notar a presença de curvaturas comparáveis segundo os dois cortes, apoiado sugerindo a presença de momentos fletores comparáveis: mx = momento por unidade de largura com plano de atuação paralelo a lx; Método simplificado aplicável a pisos usuais de edifícios my = momento por unidade de largura com plano de atuação paralelo a ly. Para os pisos usuais de edifícios residenciais e comerciais pode ser aplicado o Considere-se o corte genérico CC e a deformada segundo este corte. Nota-se método simplificado exposto a seguir: também a presença de momento, podendo este ser expresso por: Lajes isoladas: inicialmente separam-se as lajes admitindo-se, para cada uma mx = mxcos²α + mysen²α delas, as seguintes condições de apoio: - Apoio livre, quando não existir laje vizinha a este apoio; Esforços nas lajes isoladas - Apoio engastado, quando existir laje vizinha no mesmo nível, permitindo assim a continuidade da armadura negativa de Nas lajes interessam, particularmente, os momentos fletores máximos no vãos e flexão de uma laje para a outra; sobre os apoios (quando engastados). Existem tabelas que nos fornecem estes - Vigas rígidas de apoio da laje; momentos máximos para alguns casos usuais de lajes maciças. Nos edifícios, 17 Cálculo de Concreto Armado 18
  • 11. e, calculam-se os momentos fletores máximos (em valor absoluto) nestas lajes Armaduras mínimas isoladas (mx, my, m’x, m’y). - Armaduras de vão: Correção dos momentos fletores devido à continuidade entre as lajes vizinhas: (Asx ou Asy) ≥ 0,9 cm²/m e As - Momentos sobre os apoios comuns às lajes adjacentes: adota-se para o ρ = b⋅h ≥ 0,15 % (CA50 / 60) momento fletor de compatibilização, o maior valor entre 0,8 m>’ e (m1’ + m2’) / 0,20 % (CA25) 2, onde m1’ e m2’ são os valores absolutos dos momentos negativos nas lajes adjacentes junto ao apoio considerado, e m>’, o maior momento entre m1’ e - Armaduras sobre os apoios de continuidade: m2’. As ≥ 1,5 cm²/m e - Momentos no vãos: para sobrecargas usuais de edifícios podem ser adotados A’s os momentos fletores obtidos nas lajes isoladas; portanto, sem nenhuma ρ = b⋅h ≥ 0,15 % (CA50 / 60) correção devido à continuidade. Para sobrecargas maiores convém efetuar 0,20 % (CA25) essas correções. Escolha das barras Altura útil - Diâmetro : 4 mm ≤ φ ≤ h/10 Da mesma forma que para as lajes armadas em uma só direção, as alturas úteis são dadas por: - Espaçamento entre as barras: dx = h - c - φx /2 e dy = h - c - φx - φy /2 20 cm armadura nos vãos: As 8 cm ≤ s ≤ 3h podendo ser estimadas, nas lajes usuais, por armadura nos apoios: A’s 8 cm ≤ s ≤ 20 cm 2h dx = h - c – 0,5 cm e dy = h - c – 1,0 cm cálculo de As md x = 1,25⋅d⋅ 1- 1- 0,425⋅b⋅ d² ⋅fcd e a armadura md As = fyd ⋅(d-0,4⋅x) onde As = Asx para m = mx As = Asy para m = my As = As’ para m = m’ 19 Cálculo de Concreto Armado 20
  • 12. LAJES NERVURADAS PILARES As lajes maciças podem ser recomendadas para vãos até cerca de 5m. Para vãos Pilares são estruturas de concreto armado que transmitem as cargas do edifício maiores, ela se torna antieconômica devido ao seu grande peso próprio. Uma para a fundação. A carga principal, nos edifícios, tem o sentido vertical (peso). opção melhor para este caso pode ser conseguida através das lajes nervuradas. Por isso, o esforço solicitante nos pilares é constituído essencialmente pela força As nervuras tem a função de garantir a altura necessária para a armadura de normal de compressão. Ações outras como, por exemplo, a do vento, introduzem tração resistir à flexão. solicitações transversais nos pilares. Como a força normal de compressão é grande, deve-se ainda considerar os efeitos provenientes do desaprumo construtivo, da indefinição do ponto de aplicação das reações das vigas e dos deslocamentos hf > b’/5 > 4 cm apresentados pelos pilares (efeito de segunda ordem). De fato, considere-se o pilar em balanço esquematizado a seguir e seus esforços solicitantes usuais: P bw 100 cm bw > 4 cm H Para estas lajes tem-se as seguintes recomendações: l Mh - Os esforços solicitantes podem ser obtidos pela teoria das placas para faixas de largura unitária; multiplicando estes esforços pelos espaçamentos entre nervuras tem-se os esforços atuantes em cada nervura; - A mesa deve ser verificada à flexão se b’ > 50 cm ou se houver carga concentrada atuando diretamente sobre ela; Conforme a figura acima, tem-se que Mh = momento fletor devido a H, com l= 4 m; - A verificação do cisalhamento nas nervuras pode ser feita como laje se b’ ≤ 50 P = 800 kN e H = 10 kN. Assim, o momento máximo na base do pilar vale: cm e, como viga em caso contrário. H⋅l = 10 ⋅ 4,0 = 40 kN⋅m A força normal N (de compressão) vale 800 kN. Considere-se agora, como mostra a figura seguinte, o efeito de um eventual desaprumo (a) do pilar de, digamos, 2 cm. O deslocamento transversal da carga P produz um momento fletor adicional no pilar. o momento adicional máximo vale: Ma = P⋅a = 800 ⋅ 0,02 = 16 kN⋅m P a l Ma 21 Cálculo de Concreto Armado 22
  • 13. Para se ter uma idéia do efeito dos deslocamentos (efeito de segunda ordem), O momento fletor adicional máximo vale M2 = P⋅a, então M2 = 800⋅0,0466 = 37,3 considere-se, no momento, o comportamento elástico linear do concreto com Eo = kN⋅m. A figura a seguir representa M2: 3000 kN/cm² e seção transversal de 25 x 25 cm (seção quadrada). O deslocamento P (usual) do topo do pilar devido a H vale: a H⋅l³ 10⋅400³ a1= = = 2,18 cm 3⋅Ec⋅Ic 3⋅3000⋅(244/12) l M2 A consideração do equilíbrio do pilar na sua configuração deformada, acarreta um momento fletor adicional devido ao deslocamento transversal da força P. O deslocamento transversal final pode ser estimado através da expressão: 1 a = a1 + a2 = a1 ⋅ O momento máximo na base do pilar vale: 1 - P / Pfl M = Mh + Ma = M2 = (1 + M1/Mh + M2/Mh) onde M = 40 ⋅ ( 1 + 16/40 + 37,3/40) π²⋅Ec⋅Ic π²⋅Ec⋅Ac lc Ic M = 40 ⋅ (1 + 0,40 + 0,93) Pfl = = , com λ = e ic = l² λ² ic Ac Portanto, nesse caso, Ma representa 40% de Mh e, M2, 93%, mostrando a sendo importância do desaprumo e do deslocamento (efeito de segunda ordem) no esforço solicitante final. Convém lembrar que ainda existem solicitações adicionais lθ = comprimento de flambagem do pilar provenientes do comportamento não linear com concreto armado e da fluência lθ = 2⋅l no pilar em balanço; que age sobre o efeito da carga permanente. lθ = l no pilar biarticulado com alongamento livre; lθ = l, biengastado com deslocamento transversal livre; lθ = 0,7⋅l, engastado de um lado e articulado do outro; Outro fator de grande importância é a esbeltez do pilar (índice de esbeltez λ), que io = raio de giração da seção do pilar pode ser notado através da expressão a2 , pois quanto maior for o λ, maior será o momento de segunda ordem M2. Considere-se, no exemplo visto anteriormente, o Assim efeito da variação da seção transversal de 25 x 25 cm até 90 x 90 cm. A figura a seguir apresenta os resultados obtidos: Ic 244/12 (Ma+ M2) / M2 ic = = = 7,22 cm Ac 25² 2,0 lc 2⋅400 λ = = 7,22 = 111 1,8 ic 1,6 π²⋅Ec⋅Ic π²⋅Ec⋅Ac π²⋅3000⋅25² Pfl = = = = 1502 kN 1,4 l² λ² 111² 1 1 1,2 a = a1 + a2 = a1 ⋅ = 2,18 ⋅ = 4,66 cm 1 - P / Pn 1 - 800 / 1502 λ 1,0 40 60 80 100 120 23 Cálculo de Concreto Armado 24
  • 14. Nota-se que o efeito de segunda ordem é desprezível para valores de l até em torno de 40 e que a partir deste valor a sua influência é cada vez maior. Assim, -Pilares de canto: situados junto aos cantos do piso; para situação de projeto para efeito de um método de verificação e de cálculo, a NBR 6118 propõe a considera-se como esforços solicitantes a força normal (N) de compressão e dois seguinte classificação dos pilares em função do índice de esbeltez: momentos fletores (Mx e My), atuando segundo os planos constituídos pelo pilar e por cada uma das vigas nele apoiadas; normalmente o conjunto de valores (N, Mx - Pilar Curto: para λ ≤ 40; pode-se desprezar o efeito de segunda ordem e e My) é substituído por (N), (eix = Mx/N) e (eiy = My/N). fluência; - Pilar Medianamente Esbelto: para 40 ≤ λ ≤ 80; o efeito de segunda ordem deve Situação de cálculo der considerado (podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e pode-se desprezar o efeito da fluência; A situação de cálculo corresponde à verificação do estado limite último (ELU) - Pilar Esbelto: para 80 ≤ λ ≤ 140; o efeito de segunda ordem deve der considerado de cada seção do pilar; aos esforços provenientes da situação de projeto são (podendo-se utilizar o método do pilar padrão) e deve-se considerar o efeito da acrescentados os seguintes efeitos: fluência (podendo ser estimada através de uma excentricidade complementar - A indefinição do ponto de aplicação da força normal e o desaprumo do pilar equivalente); que podem ser considerados através da chamada excentricidade acidental - Pilar Muito Esbelto: para 140 ≤ λ ≤ 200; o efeito de segunda ordem e a ea estimada, conforme a NBR 6118 por ea ≥ 2 cm ou h/30, com h sendo a fluência devem ser considerados e calculados de forma “rigorosa”, além disso dimensão do pilar segundo a dimensão considerada; o coeficiente de ponderação das ações deve der majorado, passando a valer: - Os efeitos de segunda ordem quando λ ≥ 40 que podem ser considerados através da excentricidade e2. Esta excentricidade pode ser estimada, para pilares medianamente esbeltos, através do método do pilar padrão. As Tipos de Pilares hipóteses admitidas neste método são: Normalmente, os pilares de edifícios podem ser agrupados em dois conjuntos: - Seção constante do pilar (inclusive armadura); - Configuração fletida de forma senoidal. - Pilares de Contraventamento: são aqueles que, devido à sua grande rigidez, permitem considerar os diversos pisos do edifício como, praticamente, indeslocáveis (caixas de elevadores, pilares enrigecidos); o seu cálculo exige P sua consideração como um todo; y - Pilares contraventados: são constituídos pelos pilares menos rígidos, onde as r extremidades de cada lance podem ser consideradas indeslocáveis, graças ε dx aos pilares de contraventamento; seu cálculo pode ser feito de feito de forma isolada em cada lance. Os pilares contraventos podem ser agrupados nos l e2 seguintes tipos: d M -Pilares internos: situados internamente ao piso; para situação de projeto considera-se como esforço solicitante a fornça normal (N) de compressão; dx ε dx -Pilares de estremidade: situados nas bordas do piso; para situação de projeto, considera-se como esforços solicitantes a força normal (N) de compressão e o momento fletor (M), atuando segundo o plano constituído pelo pilar e pela viga; este par de esforços normalmente é substituído por (N) e (ei = M/N). 25 Cálculo de Concreto Armado 26
  • 15. Conforme a figura anterior, temos: Situação de projeto Nd lo () lo lo () y = e2⋅sen πx ; ý = e2⋅sen πx ; ÿ = - π ² e2⋅sen πx = - π ² y lo lo hy el y el x () hx Com 1 = - ÿ tem-se, para a seção do meio do vão 1 = π ² e2 r r lo Nd Nd e2 y ey = el y 1/r l² 1 ou e2 = = o ⋅ e y e ay ( π / lo )² π² r hy el x eax e2x ex el y Por outro lado, sendo 1/r = (εco + εo)/d , a NBR 6118 permite considerar pilares hx hy ey = el y medianamente esbeltos e esbeltos: 1 0,0035 + fyd / Es hx = r h ⋅ [( υd + 0,5 )p ≥ 1] Situação de cálculo 1 Situação de cálculo 2 Dimensões Mínimas onde Es = 21000 kN/cm² e υd = Nd / Ac⋅fcd Para a seção retangular de dimensões hx⋅hy seja b o menor dos lados e h o maior. recomenda-se: O comprimento de flambagem do pilar (lo) é tomado aproximadamente igual ao pé direito, pois as extremidades de cada lance do pilar podem ser consideradas b ≥ 20 cm e lo/25 , onde lo é o pé direito livre. Neste caso, toma-se γf = 1,4. indeslocáveis. Os efeitos de fluência (quando λ > 80) podem der considerados através da excentricidade complementar equivalente eo. Excepcionalmente 12 cm ≤ b ≤ 20 cm e h ≤ 60 cm, devendo-se utilizar, neste caso, γf = 1,8. Dimensionamento da Seção Retangular (armadura simétrica) Recomenda-se que a armadura tenha distribuição simétrica e que sua taxa Costuma-se dimensionar uma seção retangular com armadura simétrica geométrica (ρ) obedeça a seguinte condição: considerando-se a mais crítica entre as situações de projeto indicadas na figura a seguir. No caso geral (pilar de canto), tem-se duas situações de cálculo sujeitas a flexão composta oblíqua (FCO); da situação 1 resulta a taxa mecânica ω1 e da ρmin ≤ ρ = As / Ao ≤ ρmax situação 2, ω2; a maior destas taxas define a armadura da seção. Estas situações onde ρmax = 3% (6% nas emendas) de cálculo são obtidas através do “deslocamento máximo” do ponto de aplicação ρmin = 0,8% se λ > 30 da força normal segundo hx (situação 1) e, segundo hy (situação 2). Para pilares ρmin = 0,5% se λ ≤ 30 internos, tem-se duas situações de cálculo sujeitas a flexão composta normal (FCN). Nos pilares de extremidade resultam uma FCN e uma FCO. Nesta última situação, pode-se, em geral, desprezar a excentricidade inicial resultando, então, dois dimensionamentos a FCN. 27 Cálculo de Concreto Armado 28
  • 16. Disposições Construtivas, Bitolas e Espaçamentos sl st hy b<h As disposições construtivas, bitolas e espaçamentos apresentados na figura acima estão assim convencionados: 10 ≤ ρ ≤ b/10 ; 4 cm ou 4 φt ≤ sl ≤ 40 cm ; φt ≥ 5 ; 7cm ≤ sl ≤ 30 cm b 12 φt CA50A 190 φ²t / φl Travamentos Adicionais na Seção transversal A possibilidade de flambagem das armaduras é inibida pelos estribos que introduzem pontos de travamento, a cada distância st. Este travamento é integral junto aos cantos, mas travamentos adicionais a cada 20 φt, são necessários nas seções alongadas. 29