O documento discute a eficácia de diferentes modalidades de tratamento para dependentes químicos no Paraná. Os resultados mostram que a taxa de recaída foi menor entre pacientes que tiveram tratamento ambulatorial após a alta e aqueles com internação voluntária. Tratamentos mais longos e contínuos após a alta da clínica parecem promover maior manutenção da abstinência.
2. Tratamento da
Dependência Química
Interromper as eventuais recaídas.
Tolerância zero com recaída =
recaiu, rever tratamento.
Prevenção de recaída.
Abstinência de todas as
substâncias psicoativas.
3. Proposta de Enfrentamento
Clínico
Atendimento multiprofissional integrado (medicina,
psicologia, terapia ocupacional, serviço social, educação
física, musicoterapia, enfermagem, nutrição,
fisioterapia). Atendimentos familiares.
Tempo estimado: 45 dias.
Objetivo: o paciente sair com suas comorbidades
sob controle e consciente da necessidade de
tratamento delas e da sua dependência química.
1º) Período curto de internação integral em
CLÍNICA:
4. Objetivo: manutenção da abstinência.
Reinserção familiar e social.
Prazer sem as substâncias psicoativas.
Proposta de Enfrentamento
Clínico
Atendimento multiprofissional integrado (medicina,
psicologia, terapia ocupacional, serviço social, educação
física, musicoterapia, nutrição, fisioterapia). Grupo de
voluntariado. Atendimentos familiares.
Grupos de surfe e de corrida/caminhada.
2º) Tratamento em regime de clínica-dia
(ou CAPS-AD):
Tempo estimado: 6 a 24 meses.
5. 3º) Atendimento ambulatorial
Médico (psiquiatra e especialidades das
comorbidades) e psicológico (psicoterapia
individual e orientação familiar).
Desde a alta da internação integral, por tempo indeterminado.
Objetivo: manutenção da abstinência.
Controle das comorbidades.
Prazer sem as substâncias psicoativas.
Proposta de Enfrentamento
Clínico
6. Funciona?
Qual é a resolutividade?
Como avaliar os benefícios deste tratamento?
7. MANUTENÇÃO DA
ABSTINÊNCIA EM
DEPENDENTES QUÍMICOS
E MODALIDADE DE
TRATAMENTO
Trabalho realizado com dados de pacientes
internados no ano de 2011 na Clínica de
Reabilitação Nova Esperança, em Curitiba, PR.
8. O OBJETIVO DO TRABALHO É AVALIAR A RELEVÂNCIA DO
TIPO DE TRATAMENTO NA OCORRÊNCIA OU NÃO DE
RECAÍDA DE DEPENDENTES QUÍMICOS.
COMO TODOS OS PACIENTES PASSARAM POR
INTERNAÇÃO INTEGRAL, ENTENDE-SE O TIPO DE
TRATAMENTO:
SE A INTERNAÇÃO FOI VOLUNTÁRIA OU INVOLUNTÁRIA
O TEMPO DE INTERNAÇÃO
O TIPO DE ALTA
SE HOUVE OU NÃO ACOMPANHAMENTO EM CLÍNICA-DIA
SE HOUVE OU NÃO ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL
(PSICOTERÁPICO OU PSIQUIÁTRICO).
9. Foram considerados os pacientes que receberam alta da
internação integral durante o ano de 2011 (até 31/12/2011),
com seguimento até 31/12/2012.
O tempo mínimo de acompanhamento foi de 12 meses e o
máximo de 24 meses
A população estudada (n) foi de 112 pacientes, todos com o
diagnóstico de dependência química (F10 a F19).
Não foi levado em consideração se havia ou não
comorbidades psiquiátricas
10. VISÃO GERAL
Do total (112) de pacientes acompanhados, 71 recaíram e 41
mantiveram a abstinência até o final do período.
63%
37%
Porcentagem de recaídas
sim
não
11. TIPO DE INTERNAÇÃO E
MANUTENÇÃO DA ABSTINÊNCIA
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
recaídos abstinentes
TIPO DE INTERNAÇÃO
voluntária
involuntária
16. Anexo
Em 2011, os gastos com
Dependência Química
chegaram a 2,5% do orçamento do
Ministério da Saúde.
17. = 0,25% do total para a Saúde.
Lei Orçamentária Anual 2014
Valor total para o Ministério da Saúde= 92,3 bilhões
(Investimentos da Petrobrás em 2013 = 102 bilhões)