Os documentos descrevem a erosão costeira em Portugal, com a maior parte (85-90%) sendo causada por ações humanas. As barragens reduziram os sedimentos que alimentam as praias, e o desenvolvimento excessivo ao longo da costa exacerba a erosão. Várias estruturas como espigões tentam prevenir a erosão, mas transferem o problema para outros locais. Planos de ordenamento costeiro tentam regular o uso da terra e atividades para proteger e conservar a zona costeira.
2. Erosão da zona costeira. Todos se queixam do
mar e a culpa é 90% do homem
O mar vai ganhando metros às praias do país, mas só 10%a 15% da erosão é
natural se deve à subida do nível da água.
As praias são como um rio de areia. E como qualquer rio, têm uma nascente e uma
foz. É costume "dizer-se que as praias nascem nas montanhas", mas também já é
frequente ver "as praias a morrerem no caminho para o mar”. E só uma parte
pequena da culpa se deve à subida do nível médio da água ou a fenómenos como o
ocorrido no início deste mês, em que ondas gigantes alcançaram terra adentro em
vários locais da costa de Portugal Continental - entre 85 a 90% da erosão costeira
encontra a sua causa no lado do homem, garante o investigador. E os portugueses
importam-se muito pouco com isto. A linha entre o Douro e a Nazaré é um exemplo
"paradigmático" de como a acção humana, aliada aos factores naturais, em muito
agrava o desgaste das zonas costeiras. "Em condições naturais as areias vinham
essencialmente do rio Douro, chegavam ao mar e, devido à acção das ondas, eram
transportadas para sul, ao longo do litoral". Se um rio seca quando "deixa de haver
água nas nascentes", também as praias "nascem nas montanhas" mas acabam "por
morrer no caminho", devido à "cascata de barragens" que se construiu ao longo do
Douro, avisou o investigador.
3. Litoral
Atualmente, a dinâmica da faixa litoral
é condicionada pela intervenção de
fenómenos naturais e antrópicos.
O litoral é a área de influência direta ou
indireta da ação do mar.
O mar faz-se sentir, sobretudo, sobre a
linha de costa – área de contacto entre
a terra e a mar.
As águas do mar atuam sobre os
materiais do litoral ( linha de costa)
desgastando-os através da sua ação
química e da sua ação mecânica.
4. Conceito e formas de litoral
A linha de costa portuguesa tem:
Uma extensão de cerca de 950km
Cerca de 75% da população
portuguesa vive na zona costeira
É na zona costeira que se gera cerca
de 85% do Produto Interno Bruto,
sendo fortemente do ponto de vista
socioeconómico.
É uma faixa complexa, dinâmica,
mutável e sujeita a vários processos
geológicos.
5. Zona Costeira
A zona costeira corresponde à zona de
transição entre o domínio continental e
o domínio marinho.
A ação mecânica das ondas, das
correntes e das marés são importantes
fatores modeladores das zonas
costeiras.
A energia das ondas, correntes e marés
vai modelando continuamente as faixas
costeiras. Como resultado dessa ação
originam-se:
Formas de erosão
Formas de deposição
6. Zona Costeira
A erosão provocada pela persistente
rebentação das ondas, carregadas de
partículas, contras as rochas funcionam
como autênticas lixas. Quanto mais vezes
bater, mas pequena a rocha fica, e acontece
até se tornar em muitos grãos de areia.
Este tipo de erosão, combinada com a
pressão urbanística pode levar a sérios
prejuízos às populações.
Tal como a ocupação pelo Homem das
regiões litorais pode encarar-se com
problemas de ordem geológica que é
necessário precaver.
7. Zonas Costeira
Na transição do continente para o oceano,
é possível distinguir duas formas distintas:
Costa de arriba- alta e escarpadaonde a linha de costa se insere num
relevo alto constituído por formações
rochosas mais resistentes à erosão
marinha.
Costa de praia- baixa e arenosaonde a linha de costa se insere num
relevo baixo ou as formações
rochosas são menos resistentes.
8. Zona Costeira
Resumindo…
Os factores modeladores das zonas
costeiras são, fundamentalmente:
Ação mecânica das ondas
Subida e descida das marés
Correntes marinhas
Que levam a:
Erosão
Deposição
Modelados costeiros mais comuns:
Arribas
Praias
9. Formas de Erosão
Uma arriba é considerada viva quando
ainda é modelada pela água do mar,
mas quando não é, diz-se arriba morta
ou fóssil.
Nas arribas consideradas vivas
predominam os fenómenos de abrasão
marinhas.
A ação combinada do impacto
constante da ondulação (abrasão) e da
dissolução das rochas que, ao escavar a
base da escarpa, a torna instável,
acabando por desabar.
10. Formas de Erosão
Plataforma de abrasão:
Superfície aplanada e irregular, situada
na basa da arriba, onde se depositam
detritos rochosos resultantes do
desmoronamento da arriba.
11. Praias
As praias são depósitos de sedimentos, mais usualmente arenosos.
Geralmente, estes locais são mais frágeis do que as arribas. Por vezes, em
algumas praias encontramos dunas, que são de grande importância, pois
impedem o avanço das águas do mar.
12. Evolução do Litoral
As zonas litorais são um recurso
insubstituível e não renovável do qual o
Homem obtém alimentos, recursos
minerais, lazer e turismo.
No entanto, estas zonas são muitos
dinâmicas. O litoral evolui, algumas
formas modicam-se, mudam de
posição, e outras aparecem e
desaparecem.
São sistemas dinâmicos, condicionados
por factores naturais e antrópicos.
13. Evolução do Litoral
De entre os fenómenos naturais, aos quais
o Homem não pode contrariar:
Alternância entre regressões (descida
do nível médio da água do mar) e
transgressões marinhas (subida do nível
médio da água do mar).
A existência de correntes marinhas
litorais variadas que, ao provocarem a
erosão, transporte e a deposição de
sedimentos, condicionam a morfologia
das costas
Movimentos tectónicos originam a
deformação das margens dos
continentes, provocando a elevação ou
afundamento das zonas litorais.
14. Evolução do Litoral
De entre os fenómenos causados pelo
Homem, salientam-se:
- Excesso de produção de CO2 aumento do
efeito de estufa fusão das massas
geladas expansão da agua dos oceanos
- Ocupação da faixa litoral com estruturas de
lazer e edifícios habitacionais
- Construção de barragens nos rio que levam
à diminuição de quantidade de sedimentos
que chega ao litoral
- Destruição das defesas naturais (destruição
de dunas, construção desordenada de
habitações, arranque da cobertura vegetal e
a extração de inertes para a construção.
15. Espaços litorais em risco geológico
Devido aos fatores naturais e antrópicos, 90% do litoral
está num processo rápido de erosão. No caso de
Portugal, facilmente se percebe que o nosso litoral não
tem sido gerido da melhor maneira, estando 30% da sua
extensão em forte risco, devido ao avanço das aguas do
mar.
Nos locais ocupados pelas arribas, apesar de a
submersão ser reduzida as rochas serão mais
submetidas a erosão. Por outro lado, as praias
constituídas por sedimentos, podem sofrer grandes
alterações morfológicas ao serem atacadas pela água, o
que levaria consequências económicas e sociais.
Como consequência, monumentos, hotéis, os habitats
de muitos seres vivos poderão estar em risco.
16. Medidas de prevenção
Existem várias medidas de prevenção para evitar as consequências da erosão
costeira. Embora, algumas delas já estejam implementadas, são ignoradas por
muitas pessoas, apenas resolverem os problemas temporariamente, podendo
ser transferidos para locais próximos e terem um elevado custo na sua
construção, além de não favorecer a paisagem
As medidas mais usadas em Portugal são:
Dragagens, Enroncamentos, Paredões, Quebra mares, Esporões
Esporão
Estrutura perpendicular à linha
de costa que se destina a evitar
o arrastamento de sedimentos
e areias.
18. Planos de ornamento do litoral
Para diminuir a erosão e a artificialização do litoral, procedeu-se à elaboração
dos POOC – Planos de Ordenamento da Orla Costeira. Estes abrangem uma
faixa ao longo do litoral, designada por zona terrestre de proteção.
Estes planos de ordenamento tem como propósitos:
Ordenar os diversos usos e atividades especificas da faixa costeira
Classificar as praias e regulamentar o uso balnear
Valorizar e qualificar as praias consideradas estratégicas por motivos
ambientais e turisticos
Enquadrar o desenvolvimento das atividades especificas da orla costeira
Assegurar a defesa e conservação da natureza.
19. Trabalho realizado por
Rita Oliveira
Ângela Pinto
Arlindo Pinto
Catarina Rodrigues
11CT7
Escola Secundária Francisco de Holanda