3. 3
Ácidos nucleicos
01. Após a análise e o sequenciamento do DNA do bacteriófago M13 obteve-se os seguintes resultados:
A=20%, G=30%, T=35% e C= 15%. Baseando-se nestes resultados, qual o tipo de material genético
deste vírus, DNA ou RNA? De fita simples ou dupla?
02. Suponha que você queira marcar radioativamente o DNA, mas não o RNA, em bactérias que estão
crescendo e se dividindo. Que molécula marcada com radioativo você adicionaria ao meio de
cultura? Justifique.
03. Qual o número de nucleotídeos do mRNA da enzima ribonuclease ( proteína com 124 aminoácidos)?
Por que o número de nucleotídeos do gene da ribonuclease pode ser maior do que o número de
nucleotídeos do seu mRNA? Faça a replicação e a transcrição do fragmento de DNA da
ribonuclease que tem a seguinte seqüência de nucleotídeos: 5’-
AATTCGGCTTACGGATCTCGAATGCAAAG-3’
04. Baseando-se no gráfico abaixo responda as perguntas abaixo:
E. coli
%C+G
Esperma de salmão
levedo
bacteriófago
T ( 0. C)
a) Sabendo que Tm é a temperatura média necessária para romper as duas cadeias complementares de
um DNA, qual o DNA tem maior Tm, o da E. coli ou o do esperma de salmão? Justifique.
b) Se o esperma de salmão apresenta 70% de C + G, qual será a porcentagem de A + T? Justifique.
c) Dos DNAs apresentados no gráfico, qual o que desnatura primeiro com o aumento da temperatura?
Justifique.
05. Uma determinada seqüência de um mRNA codifica apenas uma seqüência de aminoácidos de uma
proteína. A partir da seqüência de aminoácidos da proteína citocromo podemos predizer a seqüência
de nucleotídeos do mRNA que codifica esta proteína. Justifique.
06.O aminoácido valina é especificado por 4 códons diferentes. Qual dos códons abaixo prevaleceria em
algas isoladas de correntes vulcânicas? GUU, GCC, GUG, GUA. Justifique.
Aminoácidos e proteínas
01. Fez-se a curva de titulação de um aminoácido e obteve-se a seguinte curva:
11,0
8,5
pH
3,0
Equivalentes de OH-
O aminoácido apresenta quantos Pks? É um aminoácido básico, ácido ou neutro? Qual o valor do seu
PI? Este aminoácido tem força tamponante no pH 6,4? Justifique.
02. A gema de ovo contém enxofre, que se move da beira da gema formando uma margem cinza
quando o ovo é cozido por muito tempo. O enxofre é parte vital das proteínas do corpo. Qual a
importância do enxofre nas proteínas? Citar o aminoácido que contem enxofre importante na
estrutura das proteínas.
4. 4
03. Histonas são proteínas presentes nos núcleos das células eucariotas. Elas estão firmente ligadas ao
DNA que possui muitos grupos fosfato (negativos). O ponto isoelétrico das histonas é muito alto,
perto de 10,8. Quais os aminoácidos devem estar presentes em grandes quantidades nas histonas?
De que forma estes aminoácidos contribuem para a ligação entre as histonas e o DNA?
04. Um polipeptídeo sintético formado de lisinas (Lis) tem uma forma aleatória em pH=7,0, entretanto,
quando colocada em pH=10,0 ele transforma-se em hélice. Explique esta mudança
confromacional dependente do pH.
05. A proteína do feijão apresenta baixos teores dos aminoácidos Cys e Met. Os cereais (milho e arroz)
por sua vez apresentam quantidades limitadas dos aminoácidos Lis e Trp. O que aconteceria se um
indivíduo se alimentasse somente de feijão? Os povos do terceiro mundo sobrevivem bem com uma
dieta combinada de feijão com milho ou arroz com feijão. Por que?
OBS: Use a tabela de PKs para responder os exercícios a seguir.
Valores de pK dos grupos ionizáveis de alguns aa a 25C
Aminoácido pK1 pK2 pK3
-COOH -NH3 grupo R
Gly 2,34 9,6
Ala 2,34 9,69
Leu 2,36 9,60
Ser 2,21 9,15
Thr 2,63 10,43
Gln 2,17 9,13
Asp 2,09 9,82 3,86
Glu 2,19 9,67 4,25
His 1,82 9,17 6,0
Cys 1,71 10,78 8,33
Tyr 2,20 9,11 10,07
Lys 2,18 8,95 10,53
Arg 2,17 9,04 12,48
06. A pepsina do suco gástrico (pH = 1,1) é uma proteína que tem ponto isoelétrico igual a 1,5. Quais
os grupos funcionais devem estar presentes em número relativamente grande para dar a esta
proteína um ponto isoelétrico tão baixo? Quais os aminoácidos podem fornecer estes grupos?
07. Um método de separar peptídeos se baseia nas suas solubilidades diferenciais. A solubilidade dos
peptídeos depende da polaridade dos grupos R neles presentes, particularmente do número de
grupos ionizáveis. Quanto maior o número de grupos ionizáveis mais solúvel é o peptídeo. Qual o
polipeptídeo dos pares apresentados abaixo é mais solúvel:
a) (Gli)20 ou (Glu)20;
b) (Lis-Ala)3 ou (phe-Met)3;
c) (Ala-Ser-Gli)5 ou (Asn-Ser-His)3;
d) (Glu-Asp)5 ou ( Glu-Asp-Ser)2;
08. Quando colocados num campo elétrico, aminoácidos e peptídeos migrarão para o anodo (polo +) ou
para o catodo (polo -), dependendo da carga que ele apresente num determinado pH. Determine o
sentido de migração (anodo ou catodo) dos aminoácidos e peptídeos abaixo:
a) Glu (pH 7,0)
b) Glu (pH 10,0)
c) Asp-His (pH 1,0)
d) Asp-His (pH 10,0)
e) Asp-Lis-Ala-Glu ( pH 3,0)
09. Uma gota de uma mistura contendo Gli, Ala, Glu, Lis, Arg e His foi aplicada no centro de uma tira de
papel. O papel foi umedecido em tampão de pH = 6,0 e foi aplicada corrente elétrica nas pontas das
fita. Quais os aminoácidos movem para o anodo? Quais movem para o catodo? Quais permanecem
no ponto de aplicação?
10. O aminoácido glicina é freqüentemente utilizado como o principal reagente de tampões em
experimentos bioquímicos. Seus grupos ionizáveis tem valor de pK igual a 9,6 e 2,6. Qual o valor
5. 5
corresponde ao grupo amino e carboxila da glicina? A glicina tem força tamponante no pH do sangue
(7,4)? Justifique.
11. Duas amostras de sangue, uma contendo hemoglobina C (HbC) e outra contendo hemoglobina S
(HbS), perderam seus rótulos no congeladro. Sabendo-se que o 6 aminoácido da cadeia
polipeptídica da HbC é Lis e da HbS é Val, como você poderia determinar qual é uma e qual é outra?
Dado PI Val= 6,0, PI Lis = 9,8.
Enzimas
01. O sabor adocicado do milho recém-colhido é devido ao alto nível de glicose nos grãos. O milho
armazenado, vários dias após a colheita, não é mais tão doce, porque cerca de 50% da glicose é
convertida em amido. Para preservar o sabor doce do milho fresco, as espigas descascadas são
mergulhadas em água fervente por alguns minutos, em seguida resfriadas com água fria e depois
congelado para manter o sabor doce. Qual é a base Bioquímica deste procedimento?
02. A qualidade nutricional da soja é prejudicada pela presença de certos compostos químicos, que
interferem na utilização de suas proteínas pelo organismo. Estes compostos são chamados de
fatores antinutricionais e alguns deles a planta usa para se defender de animais predadores. O mais
importante destes fatores é um inibidor da tripsina, enzima secretada pelo pâncreas que quebra as
ligações peptídicas durante a digestão das proteínas. Após a fervura da soja ocorre a redução ou
eliminação dos efeitos dos fatores antinutricionais. Perguntas: O que são inibidores? Qual a
importância de se ferver a soja antes de consumi-la?
03. Algumas serpentes peçonhentas apresentam em seu veneno uma proteína, a quistrina (estrutura
semelhante ao fibrinogênio), que é capaz de impedir a formação de coágulos sangüíneos. A
quistrina injetada junto com a droga TPA (ativador do plasminogênio tecidual) dissolve os coágulos
em vítimas de infarto. Quando esta droga é utilizada na ausência da quistrina os coágulos podem
reaparecer. De acordo com a análise do gráfico abaixo responda: a) Que tipo de inibição a quistrina
induz na formação de coágulos? Por que?
Vr Sem quistrina
Vmax/2 Com quistrina
04. O padrão característico dos gatos siameses é resultado da ação de uma enzima envolvida na
síntese de pigmentos escuros existentes nos pelos. O pigmento escuro aparece apenas nas partes
frias do animal. Explique por que este fenômeno ocorre em funçao da temperatura. Esquematize um
gráfico da atividade desta enzima em fun’~ao da temperatura.
05. A peroxidase, uma enzima largamente distribuída no reino vegetal, é responsável por alterações
indesejáveis da qualidade dos alimentos. A atividade da peroxidase de cenouras durante o
armazenamento é mais pronunciada do que em outras peroxidases estudadas. Estudos mostraram
que a atividade enzimática da peroxidase da cenoura está entre o pH 6,0 a 6,4. Faça um gráfico da
Vr x pH para a peroxidase. Explique porque valores de pH interferem na atividade enzimática.
05. Um exemplo de controle irreversível das atividades enzimáticas é:
OBS: identifique cada tipo de inibição das alternativas.
a) Fosforilação pelas proteínas quinases;
b) Ligação do substrato no sítio regulador;
c) Ligação do inibidor no sítio do substrato;
d) Conversão proteolítica das enzimas digestivas;
06. A constante de Michaelis (Km) é:
a) Inalterada pela presença de um inibidor competitivo;
b) A concentração de substrato onde se obtém a Vmax.
c) A concentração de enzima onde se obtém metade da velocidade máxima;
d) Baixa quando a afinidade da enzima pelo substrato é alta;
6. 6
07. A captoprila, um inibidor competitivo da enzima conversora da angiotensina, pode ser utilizada como
agente terapêutico na hipertensão. Os inibidores competitivos alteram:
a) A velocidade máxima da reação;
b) A afinidade da enzima pelo substrato;
c) Tanto a velocidade máxima da reação a afinidade da enzima pelo substrato ;
08. Quando soluções de enzimas são aquecidas ocorre uma progressiva perda de atividade catalítica
º
com o tempo. Uma solução de hexoquinase incubada a 45 C perde 50% de sua atividade em 12
minutos. Entretanto quando a enzima é incubada a mesma temperatura na presença de grandes
quantidades de glicose (seu substrato), ela perde apenas 12% de sua atividade no mesmo período
º
de tempo. Porquê a enzima perde sua atividade quando incubada a 45 C? Porque a perda de
atividade é diminuída na presença de excesso de glicose?
Lipídeos e membranas
01. O ácido esteárico e o estearato de cálcio não apresentam ação detergente, já o estearato de sódio
constitui um bom detergente. Justifique. Lembre-se da prática de propriedades dos lípides.
02. As superfícies de plantas nativas suculentas das regiões áridas geralmente são cobertas por uma
capa de cera. Como isto ajuda a planta a sobreviver?
03. Durante o preparo do molho de Bearnaise a lecitina (fosfatidilcolina) da gema do ovo é incorporada
na manteiga fundida para estabilizar o molho e evitar a separação das fases água-óleo. Explique
como isto funciona.
04. Algumas gorduras usadas na cozinha, como a manteiga líquida, se estragam rapidamente após
exposição ao ar à temperatura ambiente, enquanto outras, como a manteiga sólida permanecem
inalteradas. Por que?
05. A Citronela é um óleo extraído de um tipo de grama chamada Cymbopogon mardus, que também
está presente na casca da laranja. A citronela é usada como repelente, devido ao seu odor
característico que irrita os insetos. A casca da laranja quando aquecida libera citronela em
pequenas quantidades. A citronela é constituída principalmente de que tipo de ácidos graxos,
saturados ou insaturados? Seu ponto de fusão é alto ou baixo? Justifique suas respostas.
06. Coloque V ou F nas afirmativas abaixo , corrigindo as incorrretas:
( ) Os triglicerídeos são os principais constituintes das membranas celulares;
( ) As ceras são lipídeos anfipáticos que têm como principal função a proteção;
( ) O colesterol não faz parte da porção lipídica das membranas celulares;
( ) A vitamina E (antioxidante) pode aumentar o nível de rancificação das gorduras estritamente saturadas;
+2 +
( ) Íons como o Ca e o Na passam livremente pelas membranas celulares através de transporte passivo;
9
( ) O açido oléico (C18 ) tem maior ponto de fusão e maior solubilidade do que o ácido palmítico (C16);
9, 12, 15 9
( ) O açido linolênico (C18 ) apresenta índice de iodo menor do que o ácido palmitoleico (C16 );
( ) O índice de saponificação do ácido esteárico (C18) é maior do que o do ácido mirístico (C14);
( ) Os ácidos graxos saturados predominam nas gorduras de origem vegetal;
( ) O colesterol é o precursor dos hormônios esteróides;
( ) Os fosfolipídeos são lipídeos hidrofóbicos localizados no interior das membranas plasmáticas;
( ) As membranas são constituídas exclusivamente de lipídeos;
( ) As glicoproteínas de membrana têm um papel importante no reconhecimento celular.
07. O que diferencia os indivíduos dos tipos sanguíneos A, B, AB e O?
08. Indique a(s) afirmativa (s) verdadeira (s) sobre as membranas:
a) A estrutura da membrana pode ser modelada pelas bicamadas fosfolipídicas ou pelos lipossomos;
b) Os fosfolipídeos são compostos anfipáticos;
c) Em comparação com os ácidos graxos insaturados, os ácidos graxos saturados possuem menores
pontos de ebulição e são mais líquidos;
d) As regiões ricas em colesterol aumentam a fluidez das membranas;
e) O colesterol está presente em todas as membranas celulares;
f) Atuam como barreiras para os gases como CO2 e O2;
g) A difusão facilitada é um processo de transporte passivo;
h) Os transportadores são proteínas transmembrana extrínsecas;
7. 7
09. Em alguns animais, os lipídeos estocados sob a pele desempenham um duplo papel . Focas, leões
marinhos, pingüins e outros animais árticos de sangue quente são amplamente “acolchoados” com
lipídeos. De qual tipo de lipídeo estamos falando? Como é a sua estrutura? Citar as suas funções
nestes animais.
Carboidratos
01. Ao se retirar a porção carboidrato da superfície de parasitos como o T. cruzi e a Leishmania, estes
parasitos deixam de ser reconhecidos pelo sistema imune do hospedeiro. Por que isto ocorre?
02. Os ferormônios são recursos utilizados pelos insetos para funções essenciais de sobrevivência como
o acasalamento e defesa. Diferenças nas estruturas destes compostos são responsáveis por
diferenças na atividade biológica. Geralmente um enantiômero é ativo, enquanto o outro não tem
atividade biológica. Em alguns casos, a presença de pequenas quantidades de um enantiômero
provoca acentuado efeito inibidor. Isto ocorre com o besouro japonês Popillia japonica, cujo olfato é
excepcionalmente refinado. Seu ferormônio sexual é constituído por um carboidrato cujo isômero R
está representado abaixo. A mistura racêmica (mistura dos isômeros R e S) não atrai nenhum
macho. A atração só é exercida quando apenas o isômero R é sintetizado. Perguntas: o que são
enantiômeros? Identifique o centro quiral na estrutura. Desenhe o isômero S. Por que você acha que
ocorre esta diferença acentuada na atividade biológica destes isômeros.
H
O
O
03. A celulose, obtida das fibras das sementes de algodão é resistente, fobrosa e completamente
insolúvel em água. Diferentemente, o glicogênio, obtido de músculos, dispers-se rapidamente em
água quente formando uma solução turva. Embora estes dois polissacarídeos tenham propriedades
físicas bastante diferentes, eles são compostos de moléculas de D-glicose polimerizadas através de
ligações 14 e tem pesos moleculares semelhantes. Quais as características estruturais provocam
estas propriedades tão diferentes? Quais as vantagens biológicas de suas respectivas propriedades
físicas?
04. Baseando-se nas estruturas (confira nos livros), indique os pares de açucares que são epímeros ou
isômeros de função:
A) D-gliceraldeído e di-hidroxiacetona;
B) D-glicose e D-frutose;
C) D-galactose e D-glicose;
05. O processo de digestão dos carboidratos começa na boca pela ação da amilase e termina no
intestino pela ação das enzimas maltase, lactase e sacarase. Quais os monossacarídeos são
produzidos pela ação das enzimas intestinais sobre os seus respectivos substratos?
Metabolismo de carboidratos
01. Explique porque o ATP pode ser substrato e ao mesmo tempo inibidor da fosfofrutoquinase.
02. Por que a glicose é fosforilada quando entra na célula?
03. Defina o que é fosforilação a nível do substrato.
04. Os músculos esqueléticos brancos têm baixa concentração de mioglobina, mitocôndrias e glicogênio.
Como estes músculos obtêm ATP para a realização da contração muscular? Por que a velocidade
de contração destes músculos é mais rápida e eles têm resistência mais baixa do que os músculos
vermelhos? Suponha que os músculos brancos sejam desprovidos da enzima lactato desidrogenase
(catalisa a reação piruvato lactato) eles seriam capazes de desenvolver atividade física intensa, ou
seja, gerar ATP em alta velocidade através da glicólise? Explique.
05. Qual a importância do perfeito funcionamento do fígado para a manutenção da glicemia? Os
músculos contribuem efetivamente para a manutenção da glicemia? Justifique.
8. 8
06. Durante uma situação de “lutar ou correr”, a liberação de adrenalina promove a glicogenólise no
fígado e músculos esqueléticos. Quais são os produtos finais da degradação do glicogênio nos
músculos e no fígado? Qual a vantagem para o organismo de se ter estas vias específicas de
degradação do glicogênio nesta situação?
07. Ë possível obter glicose a partir do piruvato se o ciclo do ácido cítrico e a fosforilação oxidativa
estiverem totalmente inibidos?
08. Qual a importância do oxaloacetato, um intermediário do ciclo do ácido cítrico, na gliconeogênese?
09. Em que locais da célula ocorrem a glicólise, o ciclo do ácido cítrico e a cadeia respiratória? Qual a
importância da compartimentalização destes processos?
10. Faça um balanço da metabolização da glicose em anaerobiose nas células ( número de ATP e de
NADH), citando os pontos onde ocorre a formação destes produtos.
11. Quais os pontos da transformação de glicose à piruvato e de piruvato à glicose são irreversíveis?
Qual a importância desta irreversibilidade?
12. Quando se faz dosagem de glicose no sangue, este é recolhido em frascos contendo fluoreto
(inibidor enzimático). Por que isto é feito?
13. As concentrações de lactato no plasma sangüíneo antes, durante e 3 horas depois de uma corrida
de 400 metros são, respectivamente, 50, 200 e 60 mg/dl. O que provoca a rápida elevação na
concentração de lactato durante a corrida? O que provoca o declínio do lactato depois do término da
corrida? Por que o declínio ocorre mais lentamente do que a elevação?
14. A frutose é encontrada no esperma humano e bovino. Os espermatozóides utilizam a frutose
anaerobicamente para produzir ATP necessário à movimentação flagelar. Utilizando o mapa
metabólico cite o saldo líquido de ATP e de NADH (via frutose frutose 1-P) do catabolismo
anaeróbico de frutose a lactato nos espermatozóides .
15. Baseando-se nos seus conhecimentos em relação à regulação do metabolismo da glicose, assinale
F (falso) ou V (verdadeiro) nas afirmativas abaixo, corrigindo as que forem falsas.
( ) 1- A fosfoglicoisomerase, que catalisa a transformação de gli-6P em frutose 6-P, é a principal
enzima reguladora da glicólise;
( ) 2- A insulina é um hormônio hiperglicemiante que aumenta a captação de glicose pelas células
ativando a glicogenólise;
( ) 3- O AMPc é o segundo mensageiro do hormônio glucagon , sua formação leva a fosforilação da
glicogênio fosforilase b (inativa) transformando-a em glicogênio fosforilase a (ativa)
favorecendo a glicólise;
( ) 4- A insulina diminui os níveis de AMPc da célula e consequentemente estimula a fosfofrutoquinase,
ativando a glicólise;
( ) 5- A diminuição da glicemia ativa a produção de glucagon que estimula a gliconeogênese e inibe a
glicogênese;
( .) 6- No diabetes mellitus, a deficiência de insulina, produz um aumento da glicemia que provoca uma
diminuição da produção de glucagon e uma diminuição da glicogenólise no fígado;
Oxidações biológicas - Ciclo do Ácido cítrico e cadeia respiratória
01. Citar a importância biológica do ciclo de Krebs. Calcule o rendimento energético do ciclo de Krebs
(considere a entrada das coenzimas reduzidas na cadeia respiratória). Durante o ciclo ocorre
fosforilação à nível do substrato? Se ocorre, em que etapa?
02. Por que o transporte de elétrons e a fosforilação oxidativa são considerados processos acoplados?
03. Em que locais da célula ocorrem o ciclo do ácido cítrico e a cadeia respiratória?
04. A rotenona inibe a enzima NADH desidrogenase (bloqueia a cadeia FMNH 2 CoQ) e a antimicina
A inibe a oxidação do ubiquinol (CoQ citocromo). Explique porque a ingestão de rotenona é letal
para alguns insetos e peixes e porque a antimicina A é um veneno para o tecido anima. Qual destas
substâncias constitui um veneno mais potente. Justifique.Quais as principais função do Ciclo do
Ácido Cítrico?
9. 9
05. Uma paciente que toma uma dose sub-letal do agente desacoplante 2,3-dinitrofenolapresenta um
quadro clínico de sudorese, respiração ofegante e febre. Explique bioquimicamente a sintomatologia
deste paciente. Houve uma época que o desacoplador 2,4-dinitrofenol era prescrito como uma
droga para provocar o emagrecimento. Como, em princípio, este desacoplador age no
emagrecimento? Depois que o uso destes agentes provocou algumas mortes eles não mais foram
empregados terapeuticamente. Porquê a ingestão de desacopladores podem levar à morte?
06. Quantas moléculas de NADH2 e FADH2 são produzidas na oxidação de uma molécula de glicose à
CO2 e H2O via ciclo de Krebs? Quantos ATPs são formados à partir da oxidação destas moléculas
na cadeia respiratória?
Metabolismo de lipídeos e proteínas
01. À medida que o inverno se aproxima os ursos polares se alimentam 20h/dia e consomem até 20.000
Kcal, principalmente carboidratos, em resposta a alterações sazonais na secreção hormonal (período
de engorda). Qual a importância da oxidação dos lipídeos durante o período de hibernação?
02. Complete o quadro abaixo:
Diferenças entre a via biossintética e oxidativa dos ácidos graxos
Biossíntese Oxidação
Localização intracelular
Doador ou aceptor de elétrons
Forma em que as unidades de
carbono participam
Enzimas reguladoras
Hormônio ativador
03. Durante uma situação de “lutar ou correr”, a liberação de adrenalina promove a lipólise ou a
lipogênese no fígado e músculos esqueléticos?
04. A quebra dos ácidos graxos nos animais leva a formação de Acetil-CoA. Porque os animais não são
capazes de obter carboidratos à partir da quebra de ácidos graxos? Porque as plantas são capazes
de sintetizar carboidratos à partir de ácidos graxos?
05. Associe as colunas:
A. LDL ( ) Transporta principalmente triglicerídeos endógenos do fígado para os tecidos periféricos
B. Quilomicron ( Q) ( ) Hormônio que ativa a lipogênese e a síntese proteica
C HDL ( ) Intermediário do ciclo de Krebs envolvido no transporte de AcetilCoA
D. Carnitina da mitocôndria para o citosol durante a lipogênese
E. VLDL ( ) Essencial para que ocorra a degradação dos ácidos graxos na mitocôndria
F. Acetil CoA ( ) Formado durante o jejum à partir do aumento da -oxidação no fígado
G. Colesterol ( ) Seu aumento está relacionado ao aumento do risco de doença arterial coronária
H. Citrato ( ) Lipídeo importante na formação das membranas celulares e precursor dos hormônios esteróides
I. Glucagon ( ) Transporta colesterol dos tecidos periféricos para o fígado
J. Corpos cetônicos ( ) Formado da junção dos lipídeos da dieta com apoproteínas
K. Insulina ( ) Ativa a lipase hormônio sensível aumentando a oxidação de ácidos graxos nos adipócitos
( ) Produto da -oxidação e precusrsor da lipogênese
06. Drogas como a Tolbutamida e Gliburida podem inibir a enzima Carnitina-transferase II. Por que esta
deficiência resulta em dor muscular, fadiga e mioglobinúria após exercícios extenuantes? O uso
contínuo destas drogas pode levar a um quadro de ceto-acidose?
07. Por que pacientes com Diabetes Mellitus insulino-dependentes, não tratados, apresentam um quadro
de ceto-acidose?
08. O exercício físico leva a um aumento de HDL no organismo , por que a tividade física é importante
para diminuir a formação das placas de ateroma? O nível de qual lipoproteína encontra-se
aumentado nos pacientes com risco alto de desenvolverem doenças cardíacas? Justifique.
09. Como o grupo -amino dos aminoácidos é transportado no sangue e excretado nos mamíferos?
10. Por que durante o exercício físico ocorre um aumento do aminoácido alanina no sangue?
11. Por que a amônia é tóxica para as células dos mamíferos?
11. 11
INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO
A- Objetivos gerais do curso prático de Bioquímica:
Ao final do curso os estudantes deveram ser capazes de:
1- Reconhecer e manipular equipamentos utilizados no laboratório de Bioquímica;
2- Manipular material biológico;
3- Conhecer as propriedades químicas das substâncias que compõem os organismos vivos;
4- Interpretar resultados experimentais.
B- Normas a serem seguidas no laboratório de bioquímica:
1- Não é permitido fumar ou comer no laboratório de bioquímica;
2- O aluno deve trabalhar sempre protegido por avental fechado;
3- Os estudantes deverão ocupar a mesma bancada no laboratório;
4- Cada grupo é responsável pela manutenção da ordem e conservação da sua bancada;
5- Cada bancada do laboratório será equipada com o material necessário à execução das práticas;
6- Qualquer dúvida sobre a prática deve ser esclarecida com o professor ou monitor;
7- Todos os trabalhos práticos devem ser executados com atenção e rigor técnico;
8- Antes de iniciar a prática, faça uma leitura geral do trabalho a ser executado;
9- Verificar se o material a ser utilizado está devidamente limpo;
10- Não usar a boca para pipetar soluções;
11- No caso de inutilização de algum material, o professor deverá ser informado;
12- Ao acender o pico de gás, não abrir a torneira antes de ter à mão a chama para acendê-lo;
13- Não operar substâncias inflamáveis (álcool, éter, etc.) nas proximidades de uma chama;
14- Os reagentes corrosivos, como ácidos e bases fortes, não deverão ser pipetados;
15- Após o uso de gás ou água, tomar o cuidado de fechar as torneiras;
16- Ao lançar nas pias os produtos das reações, fazê-lo simultaneamente com descarga de água;
17- Não lançar nas pias, papéis ou substâncias sólidas;
18- Não lançar fósforos acesos em nenhum local do laboratório;
19- .Terminado o trabalho prático, o estudante deverá proceder a limpeza do material e da bancada;
20- A limpeza da vidraria deverá ser feita imediatamente após o uso, se necessário utilizar sabão;
21- Deve ser removida qualquer tipo de marcação dos tubos de vidro, se necessário utilizar álcool;
22- O material deve secar sobre papel toalha, os tubos devem ficar emborcados no suporte;
23- Após a prática o relatório deve ser respondido e entregue ao professor (um por grupo);
C- Material do estudante:
Os estudantes deverão trazer para as aulas práticas:
1- Avental – proteção pessoal, NÃO será permitido ao aluno fazer a prática sem avental;
2- Apostila com os trabalhos práticos- Cada aluno deve ter o seu guia, que serve como fonte de
orientação e consulta sem o qual é impossível realizar as práticas;
3- Caneta de marcar – sua tinta deverá ser solúvel em água;
4- Luvas- devem ser usadas obrigatoriamente ao se manipular material biológico.
D- Cuidados com os reagentes:
1- Cada bancada terá os reagentes necessários para a execução da prática;
2- As rolhas dos frascos de reagentes não devem ser trocadas;
3- Não se deve introduzir pipetas nas soluções padrões. Deve-se transferir um pouco da solução para
um béquer limpo antes de se pipetar;
4- Não voltar o excesso das soluções padrões retiradas para o frasco original;
5- Quando autorizado pelo professor, pode-se pipetar diretamente do frasco do reagente;
12. 12
AP1- AULA PRÁTICA I – INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO
A- Objetivos específicos:
Ao final desta prática o estudante deverá ser capaz de:
1- Identificar os materiais utilizados no laboratório de bioquímica;
2- Ler as graduações de pipetas, buretas e provetas;
3- Usar pipeta, proveta, béquer, balão volumétrico para fazer medidas e preparar soluções;
4- Utilizar corretamente o bico de gás;
5- Lavar e guardar adequadamente o material utilizado;
B- Materiais e suas características:
1- Balões volumétricos- vidro comum ou pirex, com diversas capacidades. Marca um volume
exato,.que não tem variação em temperaturas de 20C 8. Utilizados para o preparo de soluções.
2- Buretas- vidro comum ou pirex, de diversas capacidades. Utilizadas em titulações e para medidas
precisas de volume. Deve-se fazer ambiente antes de utilizá-la;
3- Pipetas- vidro comum ou pirex.
Volumétricas – mede volumes exatos (ex. 1, 2, 5, 10, 20, 25 ml)
Graduadas – mede volumes fracionados ( ex: 1,2, 3,4, 7,8 ml)
Micropipetas – mede volumes abaixo de 1,0 ml;
OBS: Utilize sempre uma pipeta que tenha a capacidade de medir o volume mais próximo ao
desejado;
4- Provetas- vidro comum ou pirex, com diversas capacidades, com ou sem rolha esmerilhada. Utiliza-
se para medir volumes com precisão até 0,5%;
5- Béqueres- geralmente vidro pirex, com diversas capacidades. Não são destinados a medir volumes;
6- Erlenmeyers - vidro pirex, com diversas capacidades. Destinados principalmente à titulações;
7- Tubos de ensaio- vidro pirex ou comum. Utilizados para reações;
8- Vidros de relógio- utilizados principalmente para cobrir recipientes e colocar papel de tornassol
destinado a medir o pH de soluções;
9- Bastões de vidro- utilizado para agitar e transferir soluções;
10- Bicos de gás- possuem uma entradas para gás e ar ajustáveis, que permitem regular o tamanho e a
qualidade da chama (a chama deve estar azul para ser utilizada). Usar sempre a parte superior da
chama para aquecer os tubos;
11- Funis- usados para filtrações ou transferência de líquidos para recipientes de boca estreita;
12- Garrafas lavadoras ou pizetas- Utilizadas para completar volume de soluções e para lavagem;
13- Garras ou pinças- de metal ou de madeira. Utilizadas principalmente para prender tubos de ensaio.
C- Emprego de pipetas:
Treinar a prática de pipetar usando água destilada.
Tomar o cuidado de não deixar entrar líquido no pipetador;
Observar a leitura do menisco ao nível do olho (soluções incolores – menisco inferior, soluções
coloridas- menisco superior);
Não soprar a pipeta no fim do escoamento;
Manter a pipeta sempre na posição vertical durante o uso;
D- Operação com o bico de gás
1- Colocar cerca de 5ml de água destilada em um tubo de ensaio;
2- Aquecer a água na chama do bico de gás, agitando com cuidado até a fervura, empregando a pinça
para segurar o tubo;
OBS: Manter agitação contínua do tubo para evitar projeção do líquido e nunca manter a boca do tubo
dirigida para si ou para o colega;
Questão 01. Indicando o material de laboratório utilizado para cada medida:
10 l - 8,20 ml -
20 l - 10,00 ml -
100 l - 15,00ml -
700 l - 20,00 ml -
1,00 ml - 35,00 ml -
1,25 ml - 50,00 ml -
2,30 ml - 80,00 ml -
5,00 ml - 100,00 ml-
13. 13
AP2- AULA PRÁTICA II – PREPARO DE SOLUÇÕES
A- Preparo de soluções (p/v):
Solução 10% (p/v):
Pesar 10,0 g de NaCl corado;
Transferir o NaCl para um béquer contendo aproximadamente 20 ml de água destilada;
Agitar a solução para dissolver o sal;
Transferir a solução para o balão volumétrico com auxílio do funil e do bastão de vidro;
Lavar o béquer com 10 ml de água até retirar todo o sal, e repetir o ítem anterior;
Adicionar água ao balão e completar cuidadosamente o volume;
Inverter o balão várias vezes para homogeneizar a solução;
Transferir a solução para o vidro rotulado: solução estoque (SE).
B- Preparo de solução (v/v):
Solução 10% (v/v):
Medir 10 ml da solução estoque (SE);
Transferir os 10 ml de solução corada para um balão volumétrico;
Adicionar água destilada até próximo da marcação de volume do balão;
Completar cuidadosamente o volume com água destilada até a marca com auxílio da pizeta;
Homogeneizar a solução invertendo o balão várias vezes.
C- Diluições sucessivas:
Diluições 1:10:
Tomar 10 ml da solução estoque e transferir para o tubo 1;
Colocar 9 ml de água destilada nos tubos 2, 3 e 4;
Transferir 1 ml do tubo 1 para o tubo 2, homogeneizar;
Transferir 1 ml do tubo 2 para o tubo 3, homogeneizar;
Transferir 1 ml do tubo 3 para o tubo 4, homogeneizar;
D- Preparo de solução M (molar):
Ex: Preparo de 10 ml de uma solução 0,1 M de NaCl:
Fazer os cálculos baseando-se na relação 1M – peso molecular - 1000 ml;
Questões:
01. Qual a concentração em g/ml da solução preparada em A?
02. Qual a concentração em g/ml da solução preparada em B?
03. Qual a concentração em g/ml da solução preparada em D?
04. Calcule as concentrações das soluções obtidas em C (diluições sucessivas)e preencha o quadro:
TUBOS DILUIÇÃO CONCENTRAÇÃO (g/ml)
1 -
2 1:10
3 1:100
4 1:1000
05. Como você prepararia no laboratório 10ml de uma solução de HCl 3% (v/v)? e 1 litro de uma solução
15% p/v de NaOH? Descreva o procedimento incluindo a vidraria utilizada.
06. Como você faria para preparar 10 ml da solução estoque 1:2 e 1:5? Qual a concentração de NaCL
em g/ml nestas diluições?
07. Como você faria para preparar 200 ml de uma solução 0,2 M de NaOH (pm=40) ?
14. 14
AP 3- AULA PRÁTICA III –pH e SOLUÇÃO TAMPÃO
+
1. Concentração de H e pH:
A partir do HCl 0,1N, preparar HCl 0,01N, 0,001N, 0,0001N, 0,00001N. Estas soluções devem ser
preparadas fazendo-se diluições seriadas de 1:10;
Adicionar a cada tubo 1 gota do reativo de T’opfer e misturar sem inversão. Observar a cor formada
em cada tubo e conservá-los para comparação;
Adicionar em um tubo 9 ml de ácido ácético 0,1N + 1 gota do reativo de T’opfer e misturar sem
inversão. Observar a cor formada e comparar com a cor dos tubos de HCl. Anotar o resultado.
2. Demonstração do efeito tampão:
Construção de uma escala de pH: Tomar 8 tubos de ensaio e colocar 1,0 ml de cada solução
tampão (pH 3,0 a 10,0) + 9 ml de água destilada;
Adicionar a cada tubo 5 gotas de indicador universal. Misturar sem inversão. Observar as cores
formadas e comparar com as cores indicadas na tabela abaixo. Conservar esta escala de pH.
Coloração do indicador universal em vários pH
PH Cor
<3 Vermelho
4 Vermelho-laranja
5 Laranja
6 Amarelo
7 Verde-amarelo
8 Verde-azulado
9 Azul
10 Violeta
>10 Púrpura
Pegar outros 4 tubos de ensaio e numerá-los de 1 a 4:
Tubos 1 e 3: colocar 10 ml de água destilada;
Tubos 2 e 4 : colocar 9,0 ml de água destilada e 1,0 ml de tampão pH 7;
Adicionar a cada tubo 5 gotas de indicador universal. Misturar sem inversão.
Adicionar 2 gotas de NaOH 0,1N nos tubos 1 e 2. Misturar sem inversão. Observar se ocorreu
mudança no pH, comparando com a escala de pH. Anotar o resultado;
Com o auxílio de um canudinho, com cuidado, soprar ar dentro das soluções dos tubos 1 e 2 até que
não se verifique mudança da coloração. Determinar a mudança de pH comparando com a escala .
Anotar quanto tempo você levou para mudar o pH da solução do tubo 1 e do tubo 2;
Adicionar 2 gotas de HCl 0,1N nos tubos 3 e 4. Misturar sem inversão. Observar se ocorreu mudança
no pH, comparando com a escala de pH. Anotar o resultado;
Continuar a adição de HCl 0,1N no tubo 4, gota a gota. Determinar quantas gotas de ácido devem ser
acrescentadas até que se obtenha a mesma cor do tubo 3;
Interpretações:
Determinação de pH -A determinação do pH pode ser colorimétrica (através de indicadores líquidos ou
fitas indicadoras de pH) ou eletrométrica (através de potenciômetros). Indicadores são ácidos ou bases
orgânicas fracas cuja forma dissociada apresenta uma forma diferente da forma não dissociada. A
mudança de cor na solução de indicadores de pH depende do aumento ou do decréscimo do seu grau
+
de dissociação. O aumento da concentração de H na solução determina recuo na ionização do
+
indicador predominando a cor da molécula não dissociada. Ao contrário, a diminuição de H , eleva o
grau de dissociação, predominando a cor da forma dissociada do indicador. Existem as zonas de
transição de cor, onde tanto os íons como as moléculas não dissociadas se encontram em quantidades
variáveis. A faixa de indicação de cada indicador é dada pelo seu pK. Ex: Fenolftaleína – pK = 9,7
Faixa de 8,3 (incolor) a 10,0 (vermelho);
+
Reação: HIndicador Indicador + H
(vermelho) (amarelo)
15. 15
+
Nos potenciômetros a quantidade de íons H pode ser determinada medindo-se a diferença de potencial
+
entre uma solução contendo uma quantidade conhecida de H e a solução desconhecida através de um
eletrodo.
Tampões – São sistemas aquosos que tendem a resistir a alterações do seu pH quando pequenas
quantidades de base ou ácido são adicionados. Este sistema consiste geralmente de uma mistura de um
ácido fraco com sua base conjugada. Todo sistema tampão tem uma capacidade limitada de manter o
pH (zona de tamponamento). Os tampões biológicos mais importantes são o tampão fosfato e o tampão
bicarbonato.
- + -2
Fosfato: H2PO4 H + HPO4 pKa = 6,82
+ -
Bicarbonato: H2CO3 H + HCO3 pKa = 6,35
Questões:
1. Calcular o pH aproximado das diferentes soluções de HCl , supondo que o ácido esteja
+
completamente dissociado. PH = log 1 / [H ]
2. Qual o pH do ácido acético 0,1N (comparando com a escala de pH de HCl)? Porquê existe
diferença entre o pH do ácido acético 0,1N e do HCl 0,1N?
3. Houve variação detectável de pH detectável quando foi adicionado NaOH ao tubos 1 e 2? Justifique.
4. Por que ao soprar ar nos soluções ocorre mudança do pH? Porquê precisamos soprar mais tempo
o tubo 2 para alterarmos o pH da solução?
5. Por que precisamos de mais gotas de HCl para acidificar a solução do tubo 4? Porquê adição de
excesso de HCl modifica o pH da solução tampão do tubo 4?
6. O ácido acético têm valor de pk= 4,76 e a glicina tem pK=9,78. Qual destas duas substâncias
poderia ser utilizada para preparar um tampão de pH 9,0 no laboratório.
7. Por que os tampões fosfato e bicarbonato são adequados para tamponar os líquidos fisiológicos?
16. 16
AP4- AULA PRÁTICA IV – PROPRIEDADES DOS LIPÍDEOS
1. Propriedades dos ácidos graxos:
Colocar em 3 tubos de ensaio limpos e secos:
Tubo 1: 3 gotas de ácido acético
9
Tubo 2: 3 gotas de ácido oleico (C C18 )
Tubo 3: pequenos fragmentos de ácido esteárico (C18)
Verificar o aspecto físico de cada ácido. Adicionar a cada tubo 4 ml de água destilada e agitar.
Observar e anotar quais os ácidos foram solúveis e insolúveis em água.
Retirar uma gota de cada tubo e colocar sobre um pedaço de papel de tornassol (usar vidro de relógio
e bastão de vidro). O papel de tornassol é um papel indicador de pH, ele fica azul em meio básico e
vermelho em meio ácido. Observar e anotar quais os ácidos mudam a coloração azul do papel de
tornassol para vermelho.
Aqueça separadamente até a ebulição os três tubos. Notar o cheiro desprendido após ebulição.
Colocar, com auxílio da pinça, na extremidade de cada um dos 3 tubos (após a ebulição), um
pedacinho de papel azul de tornassol e observar a anotar o que ocorreu.
Colocar em cada um dos 3 tubos uma gota de solução alcoólica de fenolftaleína. A fenolftaleína é um
indicador de pH, em meio ácido ela fica incolor e em meio básico ela fica rosa. Adicionar gota a gota
NaOH 2N até o aparecimento de coloração rósea. Aquecer com agitação. Verificar e anotar em quais
os tubos houve a formação de sabão (aparecimento de espuma)
Questões:
1. Explique a diferença do estado físico dos 3 ácido: acético, oleico e esteárico.
2. Quais os ácidos foram solúveis e insolúveis em água? Justifique a diferença na solubilidade dos 3
ácidos.
3. Quais os ácidos foram capazes de virar o papel de tornassol para vermelho? Porquê isto ocorreu?
Porque alguns ácidos não conseguiram virar para vermelho o papel de tornassol?
4. Qual dos ácidos testados é volátil? Porquê?
5. Porquê nem todos os ácidos que você testou foi capaz de formar sabão?
17. 17
AP5- AULA PRÁTICA V – TITULAÇÃO E PESQUISA QUALITATIVA DOS
CONSTITUINTES QUÍMICOS DO LEITE
I- Titulação da Acidez do Leite
Procedimento:
Colocar 10 ml de leite em um bequer , pesar e anotar o peso;
Pingar 3 gotas da solução de fenolftaleína no leite.
Titular com bureta contendo solução de NaOH 0,1 N até a viragem do indicador (fica rosa).
Anotar a quantidade de NaOH gastos.
Realizar os cálculos:
% acidez = ml NaOH 0,1 N x 0,0994 x 0,009 x 100
peso da amostra
A acidez do leite fresco varia de 0,12% a 0,23%
II – Separação dos constituintes do leite
Separar 5 ml de leite em um tubo de 15 ml com tampa e congelar para ser utilizado na próxima
prática;
Coagulação do leite, obtenção do soro seguida de obtenção dos açucares e compostos
inorgânicos:
Em um bequer de 250 ml adicionar 50 ml de leite e 50 ml de água destilada morna;
Adicionar ácido acético gota a gota com agitação lenta e constante ( usar bastão de vidro) até que o
leite coagule.
Deixar em repouso por 5 minutos;
Filtrar o líquido sobrenadante utilizando gaze em um bequer de 250 ml (filtrado 1) e aquecer o filtrado
até a ebulição. Deixar ferver por 10 minutos. Esfriar e filtrar novamente (filtrado 2) em um tubo de
ensaio. Descartar os precipitados.
III. Pesquisa de açucar:
Colocar 2 ml do reagente de Benedict em um tubo de ensaio
Adicionar 5 gotas do filtrado 2
Aquecer até ebulição e observar a mudança de coloração do reagente
OBS: O teste de Benedict é positivo para açucares redutores. Os açucares redutores são aqueles que
têm o grupo aldeído ou cetona livres ou potencialmente livres para reduzir. As propriedades redutoras
desses açucares podem ser comprovadas pela sua capacidade de reduzir íons metálicos, especialmente
+2 +
de cobre ou prata, em solução alcalina. Quando o Cu do reagente de Benedict é reduzido, o Cu
resultante é menos solúvel e precipita-se sob a forma de Cu2O, em sólido alaranjado ou vermelho. O
açucar redutor por sua vez é oxidado, quebrado e polimerizado na solução alcalina de Benedict.
IV Pesquisa de fósforo
Colocar 2 ml do filtrado 2 em um tubo de ensaio
Adicionar 1 ml de solução de molibdato de amônia 5%. Agitar;
O teste será positivo se houver o aparecimento de cor amarelo-esverdeado (fosfomolibdato de
amônia);
V. Pesquisa de cálcio
Colocar 2 ml do filtrado 2 em um tubo de ensaio
Adicionar 10 gotas do reativo de Sulkowitch (oxalato de amônia), agitar e deixar o tubo em repouso
por 5 minutos;
O teste será positivo se houver o aparecimento de turvação ou precipitação branca (oxalato de
cálcio).
VI. Pesquisa de cloretos
Colocar 2 ml do filtrado 2 em um tubo de ensaio
Adicionar 2 a 3 gotas de HNO3 concentrado;
Adicionar 10 gotas de AGNO3 , agitar deixar em repouso por 5 minuots;
O teste será positivo se houver o aparecimento de turvação ou precipitação branca (corresponde a
AgCl).
18. 18
AP5- AULA PRÁTICA V – PESQUISA QUANTITATIVA DOS CONSTITUINTES
QUÍMICOS DO LEITE
Usar como amostra nas dosagens o leite diluído 1:2 – 1 ml de leite + 1 ml de água destilada
1. Dosagem de proteína totais – método do biureto:
As ligações peptídicas das proteínas reagem com íons cúpricos, em meio alcalino, formando um
complexo de coloração violeta que é proporcional ao teor das proteínas do meio.
Procedimento;
Marcar 3 tubos: B (branco), P (padrão) e A (amostra) e proceder como a seguir:
Branco Padrão Amostra
Amostra - - 50l
Padrão (albumina 4g/dl) - 50l -
Reagente de biureto 2,0 ml 2,0ml 2,0 ml
Homogeneizar bem e deixar em repouso por 10 minutos a temperatura ambiente. Ler a absorbância da
amostra e do padrão em 545 nm, acertando o zero com o branco. A cor é estável por 30 minutos
Cálculo:
Proteinas (g/dl) = Absorbância da amostra x4 X 2
Absorbância do padrão
2. Dosagem de albumina – método do verde de bromocresol:
Em presença de albumina, o verde de bromocresol forma um complexo corado que exibe um espectro
de absorção diferente do corante no seu estado livre.
Procedimento;
Marcar 3 tubos: B (branco), P (padrão) e A (amostra) e proceder como a seguir:
Branco Padrão Amostra
Amostra - - 10l
Padrão (albumina 3,8g/dl) - 10l -
Reagente de biureto 2,0 ml 2,0ml 2,0 ml
Homogeneizar bem e deixar em repouso por 10 minutos a temperatura ambiente. Ler a absorbância da
amostra e do padrão em 545 nm, acertando o zero com o branco. A cor é estável por 30 minutos
Cálculo:
Albumina (g/dl) = Absorbância da amostra x3,8 X 2
Absorbância do padrão
3. Dosagem de triglicerídeos- Método enzimático colorimétrico – Trinder
A determinação enzimática dos triglicerídeos é feita de acordo com as seguintes reações:
Triglicerídeos + H2O Lipase lipoproteica glicerol + ácidos graxos
Glicerol + ATP Glicerol quinase glicerol-3-fosfato+ ADP
Glicerol-3-fosfato + O2 Glicerol-3-fosfato oxidade Fosfato dihidroxiacetona + H2O2
4H2O2 + ESPA + 4-aminoantipirina peroxidase Cromógeno cereja + 4 H2O
A intensidade da cor cereja formada é diretamente proporcional à concentração de triglicerídeos da
amostra.
19. 19
Procedimento:
Marcar 3 tubos: B (branco), P (padrão) e A (amostra) e proceder como a seguir:
Branco Padrão Amostra
Amostra - - 10l
Padrão (triglicerídeos 100 mg/dl) - 10l -
Reagente enzimático 1,0 ml 1,0ml 1,0 ml
º
Homogeneizar bem e colocar em banho-maria 37 C por 10 minutos. Ler a absorbância da amostra e do
padrão em 490 nm, acertando o zero com o branco. A cor é estável por 30 minutos
Cálculo:
Triglicerídeos (mg/dl) = Absorbância da amostra x100 x 2
Absorbância do padrão
4. Dosagem de colesterol – Método enzimático colorimétrico
A determinação enzimática do colesterol é feita de acordo com as seguintes reações:
Esteres do colesterol colesterolesterase colesterol + ácidos graxos
Colesterol + O2 colesterol oxidase 4-colesteno-3-ona + H2O
2H2O2 + fenol + 4-aminoantipirina peroxidase Cromógeno cereja + 4 H2O
A intensidade da cor cereja formada é diretamente proporcional à concentração de colesterol da
amostra.
Procedimento:
Marcar 3 tubos: B (branco), P (padrão) e A (amostra) e proceder como a seguir:
Branco Padrão Amostra
Amostra - - 10l
Padrão (colesterol 200 mg/dl) - 10l -
Reagente enzimático 1,0 ml 1,0ml 1,0 ml
º
Homogeneizar bem e colocar em banho-maria 37 C por 10 minutos. Ler a absorbância da amostra e do
padrão em 490 nm, acertando o zero com o branco. A cor é estável por 30 minutos
Cálculo:
Colesterol (mg/dl) = Absorbância da amostra x200 x 2
Absorbância do padrão
20. 20
INSTRUÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO DA CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA DO LEITE
OBJETIVOS
Citar os objetivos da prática
INTRODUÇÃO
Fazer uma revisão da literatura sobre a lactação e os constituintes orgânicos e inorgânicos do
leite bem como o efeito do processamento sobre os mesmos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Descrever apenas a amostra, não precisa descrever os procedimentos técnicos pois, os mesmos
serão iguais para todos os grupos
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Colocar em tabelas os resultados obtidos e discuti-los baseando-se na literatura.
Aspectos que devem ser obrigatoriamente discutidos:
- Falar sobre a importância e o significado da determinação da acidez do leite e quais os
fatores que podem alterá-la;
- Em que se baseou os métodos de separação e obtenção dos açucares e compostos
inorgânicos do leite;
- Identificar e discutir a importância e função dos componentes (orgânicos e inorgânicos)
analisados no leite; Ex: proteínas – Quais estão presentes no leite? – função destas
proteínas.
CONCLUSÃO
Fazer as conclusões das aula praticas. Esclarecer se os objetivos propostos foram atingidos e
concluir sobre a composição bioquímica da amostra.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA