SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  71
Télécharger pour lire hors ligne
ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO
Prof. Carlos Frederico Rodrigues
Neurologia – HUPE –UERJ.

Neurocirurgia – HM Souza Aguiar – RJ.
Neurocirurgia pediátrica – Instituto Fernandes Figueira – FioCruz – RJ.
Interne service de neurochirurgie pédiatric – Hôpital de La Timone – Marseille – France.
Mestre – PUCRS.
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
• DEFINIÇÃO.
• EPIDEMIOLOGIA.
• CLASSIFICAÇÃO.
• AIT.
• AVE ISQUÊMICO.
• AVE HEMORRÁGICO.
DEFINIÇÃO

• Déficit neurológico, geralmente focal, de instalação
súbita ou de rápida evolução, sem outra causa aparente
que não vascular, com duração maior que 24 horas.
EPIDEMIOLOGIA
• Causa mais comum de óbito e internação hospitalar
clínica. (DATASUS).
• Terceira maior causa de óbito nos EUAN.

• Maior causa de morbidade.
CLASSIFICAÇÃO
• Isquêmico – 80-85%. Embólicos ou trombóticos. AIT.
CLASSIFICAÇÃO
• Hemorrágicos – 15-20% - Intraparenquimatosa e
subaracnoidea.
AIT
• Déficit focal com regressão em até 24 horas.

• A maior parte dura menos que 1 hora – 8-14 minutos.

• Déficit persiste por mais que uma hora, a probabilidade
de um AVE é grande.
AVE ISQUÊMICO
FISIOPATOLOGIA
• Infarto cerebral e zona de penumbra.
FISIOPATOLOGIA
• Trombose de grandes vasos: HAS; DM; Dislipidemias;
tabagismo e etilismo.
• Cardioembolismo: miocardiopatia; valvopatias e
arritmias.

• Trombose de pequenos vasos: vasculites;
hipercoagulabilidade; dissecções arteriais cervicais.
ATENDIMENTO INICIAL
• Todos os pacientes com AVE devem ser tratados
prioritariamente, assim como, os pacientes com IAM e
Trauma.
• Todo serviço deve ter um protocolo de atendimento para
AVE e o objetivo sempre será completar a investigação
e o diagnóstico em até 60 minutos após o evento.
ATENDIMENTO INICIAL
• Estabilização do ABC.
• História – tempo de início dos sintomas ou a última vez
que o paciente foi visto normal.

• Perguntar sobre fatores de risco para ateroesclerose e
cardiopatias, uso de
drogas, migrânea, convulsão, gravidez e quadro
infeccioso.
EXAME FÍSICO GERAL
• ABC + OXIMETRIA + TEMPERATURA.
• Examinar cabeça e pescoço.
• Ausculta cardíaca.
• Exame abdominal e tóraxico.
EXAME NEUROLÓGICO
• Breve e dirigido.
• NIHSS - quantifica o grau de déficit neurológico e
padroniza a comunicação entre os profissionais de
saúde, além de auxiliar na possível identificação do vaso
ocluído, no prognóstico, no tratamento e no manejo de
possíveis complicações.
ESCALA DE NIHSS
ESCALA DE NIHSS
• Déficit ligeiro. NIHSS < 5.
•
• Déficit moderado. NIHSS 5-17
•
• Déficit grave. NIHSS > 17-22
• Déficit muito grave. NIHSS > 22
EXAMES COMPLEMENTARES
• Gerais: glicemia, eletrólitos, função
renal, hepática, coagulograma e enzimas cardíacas.
• Específicos: RX tórax, LCR, EEG, testes
toxicológicos, gravidez e gasometria.
EXAMES DE IMAGEM
• TC de crânio de sem contraste.
• Eficaz para a maior parte dos AVEh e ajuda na
identificação de outras causas para os sintomas
neurológicos (tumor).
• Baixa sensibilidade para lesões pequenas e
agudas, sobretudo, de fossa posterior.

• A administração de contraste não promove informações
adicionais na maioria das vezes.
EXAMES DE IMAGEM
• TC de crânio multimodal.
• TC crânio + ângio TC e Pet Scan – perfusão.
• Maior sensibilidade para identificar isquemia cerebral.
• Identifica áreas de penumbra.
• Aumenta exposição ao contraste e radiação.
EXAMES DE IMAGEM
• RMN multimodal.
• Difusão, perfusão, gradiente eco etc.
• Distingue isquemia aguda e crônica, identifica pequenas
isquemias e é boa para fossa posterior.
• Contra-indicações –claustrofobia, agitação, custo e
radiação não ionizante.
EXAME DE IMAGEM
• Exame de imagem é recomendado antes de qualquer
terapia.
• Na maior parte das unidades hospitalares, a TC é o
único exame disponível antes da tomada de conduta e é
suficiente para tanto.
• Deve ser avaliado por médico experiente.

• O tratamento não deve ser postergado.
TRAMENTO GERAL
• Vias aéreas, suporte ventilatório e O2 suplementar.
• Hipóxia piora o prognóstico.
• Hipoventilação, obstrução de vias
aéreas, broncoaspiração e atelectasia.
• Se sat O2 menor que 92% - oxigênio suplementar.
• Considerar TOT.
TRATAMENTO GERAL
• Temperatura:
• Hipertermia está associada a piora do prognóstico
(mortalidade e morbidade) associado a aumenta da
demanda metabólica, liberação de neurotransmissores e
aumento da produção de radicais livres.
• administrar antitérmicos e abaixar temperatura como
fator de neuroproteção.
TRATAMENTO GERAL
TRATAMENTO GERAL
• Pressão arterial.
• Geralmente é visto uma hipertensão no momento do diagnóstico
(60% das vezes a PA está acima de 160mmHg).
• Tanto hipotensão quanto hipertensão estão associados a um pior
prognóstico.
• Há muitos dados conflitantes na literatura e apesar da indicação de
tratamento não há níveis definidos de PA para iniciar tratamento.
TRATAMENTO GERAL
• Pressão arterial.
• Pacientes elegíveis para tratamento com rtPA devem
manter PAS < 180mmHg e PAD < 120 mmHg.

• Demais pacientes hipertensos, o objetivo é reduzir 15%
do valor em 24 horas.
• Caso o paciente se apresente hipotenso: suspeitar de
aneurisma dissecante de aorta, IAM, baixa de débito
cardíaco secundário e arritmias.
TRATAMENTO GERAL
• Hipoglicemia (< 80mg/dl).
• Pode apresentar sinais neurológicos que mimetizam
AVEi e podem piorar ou ocasionar injúrias encefálicas.

• Hipoglicemia - correção imediata.
TRATAMENTO GERAL
• Hiperglicemia – (> 140 mg/dl)
• Mau prognóstico pela produção de radicais livres
secundária à acidose lática.

• Alvo – glicemia entre 80 – 140 mg/dl.
TROMBÓLISE
TROMBÓLISE
• 1996 – FDA aprova o uso de rtPA.
• NIDS rtPA stroke study – rtPA versus placebo.
rtPA

Placebo

Resultados
favoráveis

31-50%

20-38%

sangramento

6,4%

0,6%

óbito

17%

20%
TROMBÓLISE
• CONCLUSÕES
• rtPA é o único aprovado pelo FDA na dose de 0,9 mg/Kg com 10%
em bolus e o restante em uma hora.
• Bons resultados - < que 3 horas do ictus.
• Benéfico tardiamente? Protocolo até 180 minutos, mas tolera-se até
4,5 horas. Após isso é contraindicado.

• NIHSS – maior que 22, o prognóstico é pior com alto risco de
sangramento.
TROMBÓLISE
• AVEi extenso – território de artéria cerebral média ou
maiores que 3 cm. Não utilizar, pois o risco benefício é
incerto.
• O risco de sangramento é de 6% - (NINDS trials).
• Cuidados – seleção cuidadosa dos pacientes e cuidados
intensivos. (monitorização da PA).
TROMBÓLISE
• CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
• Idade maior que 18 anos.
• Diagnóstico clínico de AVE i com déficit neurológico.
• Tempo < 180 minutos.
• TC sem evidência de sangramento.
TROMBÓLISE
TROMBÓLISE
• CUIDADOS
• Exame neurológico a cada 15 minutos durante a infusão
e a cada 30 minutos nas próximas 6 horas.
• Aferir a PA a cada 15 minutos nas primeiras 2 horas e a
cada 30 minutos nas próximas 6 horas.
• Nova TC em 24 horas.
TROMBÓLISE
• TROMBÓLISE INTRA-ARTERIAL
• Poucos e pequenos estudos.
• Opção em pacientes com deltaT menor que 6 horas e
obstrução da ACM e que não é candidato à infusão de
rtPA (cirurgia recente).
• Necessidade de um centro especializado com
angiografia e intervencionistas experientes.
ANTICOAGULANTES
• Uso por mais de 50 anos.
• Controvérsias – qual a melhor droga, como administrar
(em bolus, contínuo?), nível de
anticoagulação, contínuo?
• Apesar do risco menor que trombolíticos seu uso na
urgência deve ser feito na evidência de eficácia.
ANTICOAGULANTES
• Últimos trials – administração precoce de Heparina nãofracionada e Heparina de baixo peso molecular está
associado ao aumento do risco de transformação
hemorrágica principalmente nos casos mais graves.

• Não diminui o risco de nova oclusão mesmo nos de
origem cardioembólica.
• Conclusão: indicação de terapia anticoagulação não
está indicada nas primeiras 24 horas.
ANTICOAGULANTES
• Profilaxia TVP/TEP.
• Imobilidade – HNF e HBPM – profilática.
• Somente após 24 horas?
ANTICOAGULANTES
• Necessidade de anticoagulação – AVEi e FA.
• Início da anticoagulação duas semanas após o quadro
agudo.

• INR entre 2 e 3. – objetivo.
ANTIPLAQUETÁRIOS
• CAST e International Stroke Trial – 1997 –
pequeno, mas estatisticamente significante. Queda da
mortalidade/morbidade com uso de aspirina.
• Aspirina 325 mg – dentro de 24-48 horas.
• Não deve ser considerada substituta de outras terapias.
• Valvopatia, ateroesclerose aórtica e carótidas, AVEi
criptogênico.
INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS
• Endarterectomia.
• AVE i agudo após endarterectomia carotídea.
• Rápida liberação de fluxo levando ao edema. Grande
possibilidade de transformação hemorrágica.
• Dados da literatura são insuficientes para qualquer
recomendação.
INTERVENÇÃO CIRÚRGICA
• Intervenção endovascular.
• Ainda uma grande promessa.
• MERCI – FDA aprovou o uso da técnica de remoção
mecânica do trombo de artéria intracraniana.
• Prognóstico e sobrevida são incertos.
• Restrito aos grandes centros.
AGENTES NEUROPROTETORES
• Medicações que limitam efeitos celulares da isquemia
aguda ou da reperfusão e que podem limitar os danos
neurológicos.
• Fluxo de Ca transmembrana, aa excitatórios
(glutamato), apoptose, radicais livres e resposta
inflamatória.
• Bons resultados na fase experimental versus maus
resultados nos experimentos clínicos.
AGENTES NEUROPROTETORES
• Nimodipina, N-metil D-aspartato (NMDA), diazepan...etc.
• Resultados negativos ou não favoráveis.
AGENTES NEUROPROTETORES
• HIPOTERMIA
• Diminui o metabolismo cerebral e protege neurônios na
isquemia aguda, além de diminuir o edema cerebral.

• Reações adversas: hipotensão, arritmias e infecções.
• Nível de hipotermia? Tempo de hipotermia?
Resultados?
COMPLICAÇÕES AGUDAS
• Edema cerebral
• Reações citotóxicas mediadas por diversos fatores –
radicais livres.

• Oclusão do tronco da ACM.
• 4-5 dias.
• Clínica é pobre – piora da consciência. Sinais de
envolvimento do tronco pioram o prognóstico.
COMPLICAÇÕES AGUDAS
• Manejo inicial: evitar água livre e hiperhidratação.
• Corrigir hipóxia e hipertermia.
• Hiperventilação, manitol, furosemida etc....sem
confirmação clínica de eficácia.
• Cirurgia descompressiva.
COMPLICAÇÕES AGUDAS
• TRANSFORMAÇÃO HEMORRÁGICA
• Todos os infartos tem algum componente hemorrágico –
5% deles são signifiativos.
• Uso de anticoagulantes e trombolíticos.
• Prognóstico ruim em geral.
COMPLICAÇÕES AGUDAS
• CONVULSÕES
• 2-13% nos primeiros 3 dias.
• Nas primeiras 24 horas – crises focais.

• Não há evidência para uso de DAE profilática.
TRATAMENTO GERAL
• Avaliar mudança clínica do paciente (fatores de risco).
• Riscos do rtPA.
• Prevenção de complicações.
• Prevenir novos AVEi a longo prazo.
• Reabilitação e suporte clínico para restauração
neurológica.
AVE HEMORRÁGICO
AVE HEMORRÁGICO
ETILOGIA
• HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA
• HAS – ruptura dos aneurismas de Charcot-Bouchard
(alterações das paredes das artérias e arteríolas em
decorrência de HAS crônica).

• Núcleos da base (putamen e tálamo), ponte, cerebelo e
lobos cerebrais.
• MAV, aneurismas rotos, coagulopatias, tumores
cerebrais, arterites e angiopatia amilóide.
AVE HEMORRÁGICO
ETIOLOGIA
• HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA
• Ruptura de aneurisma.
• Grave – até 70 % de óbito em algumas séries, sem
contar a morbidade.
• Bifurcações arteriais do polígono de Willis.
HSA
QUADRO CLÍNICO
• HIP - déficit focal súbito e
progressivo, nãuseas, vômitos e alterações cognitivas.

• HSA – cefaléia súbita ( a pior dor de cabeça da minha
vida) intensa e holocraniana e irritação meníngea.
EXAMES DE IMAGEM
• TC CRÂNIO
• HIP – Hiperdensa.
• HSA – hiperdensidade em cisternas e espaço
subaracnoideo.
• AGC cerebral.
IMAGENS
IMAGENS
IMAGENS
TRATAMENTO GERAL
• Tratamento inicial semelhante ao AVEi
• Monitorização em UTI.
• Controle da PA.
• Hipoglicemia/hiperglicemia.
• Hipertermia.
TRATAMENTO
TRATAMENO DA HIP
• HIC - > 20 mmmHg por mais de 5 minutos – elevada
taxa de mortalidade.
• Elevação da cabeceira, sedação e analgesia.

• DVE.
• Manitol 20% - 1g/Kg – 30 minutos.
• Hiperventilação.
TRATAMENTO HIP
• Fator VII - aprovado para uso em hemofílicos, mas tem
sido usado em pacientes sem coagulopatias com
resultados promissores.
• Cirurgia.
TRATAMENTO HIP
• ANTICOAGULAÇÃO
• QUANDO REINICIAR?
• Baixo risco de evento tromboembólico e alto risco de
hemorragia amilóide – antiagregante plaquetário.

• Alto risco de evento embólico – 7-10 dias.
• Doses profiláticas subcutâneas para TEP e TVP
, somente após 24 horas do ictus.
TRATAMENTO HSA
• Suporte clínico.
• PA < 160 mmHg.
• Tratar complicações.
• Cirurgia – clipagem e endovascular.
TRATAMENTO HSA
• VASOESPASMO
• 30% dos pacientes.
• Quarto ao décimo quarto dia de vida.

• Hipertensão e hipervolemia e hemodiluição.
TRATAMENTO HSA
• HIDROCEFALIA

• Aguda ou tardia.
• DVP.

• CONVULSÕES
• 25 % dos pacientes.
• Fenitoína.
OBRIGADO

Contenu connexe

Tendances (20)

Traumatismo cranioencefálico
Traumatismo cranioencefálicoTraumatismo cranioencefálico
Traumatismo cranioencefálico
 
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptxEMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
EMERGÊNCIAS NEUROLOGICAS.pptx
 
Avc
AvcAvc
Avc
 
AVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular CerebralAVC- Acidente Vascular Cerebral
AVC- Acidente Vascular Cerebral
 
TCE
TCETCE
TCE
 
Neurointensivismo
NeurointensivismoNeurointensivismo
Neurointensivismo
 
Armando Vasconcelos AVC
Armando Vasconcelos AVCArmando Vasconcelos AVC
Armando Vasconcelos AVC
 
Acidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular EncefálicoAcidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular Encefálico
 
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizadaSINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
SINDROME CORONARIANA AGUDA atualizada
 
AVC Isquemico
AVC IsquemicoAVC Isquemico
AVC Isquemico
 
Enfermagem em Geriatria Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria   Saúde do IdosoEnfermagem em Geriatria   Saúde do Idoso
Enfermagem em Geriatria Saúde do Idoso
 
Urgência e emergências cardiovasculares
Urgência e emergências cardiovascularesUrgência e emergências cardiovasculares
Urgência e emergências cardiovasculares
 
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaCritérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
 
Assisterncia enfermagem traqueostomia ok
Assisterncia  enfermagem traqueostomia  okAssisterncia  enfermagem traqueostomia  ok
Assisterncia enfermagem traqueostomia ok
 
Choque
Choque Choque
Choque
 
Urgências Neurológicas
Urgências NeurológicasUrgências Neurológicas
Urgências Neurológicas
 
Monitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaMonitorização Hemodinamica
Monitorização Hemodinamica
 
Noções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografiaNoções de eletrocardiografia
Noções de eletrocardiografia
 
AVC
AVCAVC
AVC
 
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso CentralTumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
Tumores Cerebrais / Sistema Nervoso Central
 

Similaire à Acidente vascular encefálico

Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoArtigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoErick Bragato
 
Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea Digão Pereira
 
Hemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
Hemorragia intraventricular e Hemorragia SubependimalHemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
Hemorragia intraventricular e Hemorragia SubependimalErion Junior de Andrade
 
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - SobralTransplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - SobralRenan Miranda Cavalcante
 
Monitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionistaMonitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionistaCarlos D A Bersot
 
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...felipe_wlanger
 
Disseccao coronaria espontanea
Disseccao coronaria espontaneaDisseccao coronaria espontanea
Disseccao coronaria espontaneaSamuel Abner
 
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxCASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxLuisDaviDiniz2
 
ACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptx
ACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptxACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptx
ACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptxNgelaNascimento11
 
PDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1A
PDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1APDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1A
PDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1AJooHenriqueCarvallho
 
Tratamento avc agudo
Tratamento avc agudoTratamento avc agudo
Tratamento avc agudoKate Antunes
 
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdfaularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdfMarcelAzevedo5
 
TRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusão
TRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusãoTRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusão
TRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusãoMayara Rodrigues
 

Similaire à Acidente vascular encefálico (20)

Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque sépticoArtigo  diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
Artigo diagnóstico inicial e manejo da sepse grave e choque séptico
 
Cardiologia
CardiologiaCardiologia
Cardiologia
 
Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea Hemorragia subaracnoidea
Hemorragia subaracnoidea
 
Caso clínico
Caso clínicoCaso clínico
Caso clínico
 
Hemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
Hemorragia intraventricular e Hemorragia SubependimalHemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
Hemorragia intraventricular e Hemorragia Subependimal
 
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - SobralTransplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
Transplante renal - Liga de Nefrologia UFC - Sobral
 
Monitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionistaMonitorização na área de radiologia intervencionista
Monitorização na área de radiologia intervencionista
 
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
Neuroimagem no acidente vascular cerebral (AVC) - Liga Acadêmica de Radiologi...
 
Disseccao coronaria espontanea
Disseccao coronaria espontaneaDisseccao coronaria espontanea
Disseccao coronaria espontanea
 
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptxCASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
CASOS CLÍNICOS HM (1) ultimo.pptx
 
Síndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana AgudaSíndrome Coronariana Aguda
Síndrome Coronariana Aguda
 
Neurologia resumo avc_tsrs
Neurologia resumo avc_tsrsNeurologia resumo avc_tsrs
Neurologia resumo avc_tsrs
 
AVC Hemorragico
AVC HemorragicoAVC Hemorragico
AVC Hemorragico
 
DAPT trial
DAPT trialDAPT trial
DAPT trial
 
ACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptx
ACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptxACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptx
ACIDENTE_VASCULAR_CEREBRAL.pptx
 
PDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1A
PDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1APDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1A
PDF UTI FORTES .pdfS211QA1QAQ1AQAAAAQQ1A
 
Tratamento avc agudo
Tratamento avc agudoTratamento avc agudo
Tratamento avc agudo
 
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdfaularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
aularesidnciaave-avc-140916144947-phpapp01.pdf
 
TRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusão
TRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusãoTRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusão
TRALI - Lesão pulmonar aguda associada à transfusão
 
Sessão caso
Sessão  casoSessão  caso
Sessão caso
 

Plus de Carlos Frederico Almeida Rodrigues

Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoCarlos Frederico Almeida Rodrigues
 

Plus de Carlos Frederico Almeida Rodrigues (20)

Hemorragia periventricular
Hemorragia periventricularHemorragia periventricular
Hemorragia periventricular
 
Transtornos do aprendizado
Transtornos do aprendizadoTranstornos do aprendizado
Transtornos do aprendizado
 
Disrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefaliasDisrafismos e hidrocefalias
Disrafismos e hidrocefalias
 
Neurofisiologia
NeurofisiologiaNeurofisiologia
Neurofisiologia
 
Líquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidianoLíquido cefalorraquidiano
Líquido cefalorraquidiano
 
Diagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMADiagnósticos desafiadores - COMA
Diagnósticos desafiadores - COMA
 
Neurocirurgia
NeurocirurgiaNeurocirurgia
Neurocirurgia
 
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriaisPrincípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
Princípios das cirurgias dos tumores supratentoriais
 
Quando encaminhar para um neurologista
Quando encaminhar para um neurologistaQuando encaminhar para um neurologista
Quando encaminhar para um neurologista
 
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regionalTraumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
Traumatismo craniano – classificação e epidemiologia regional
 
A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)A relação médico paciente na era da informatização (1)
A relação médico paciente na era da informatização (1)
 
Ataxia e ..
Ataxia e ..Ataxia e ..
Ataxia e ..
 
Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)Apresentação sist. límbico (1)
Apresentação sist. límbico (1)
 
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
Sistema Límbico: uma abordagem neuroanatômica e funcional.
 
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica patoAnálise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
Análise dos aneurismas intracranianos operados na policlínica pato
 
Toc
TocToc
Toc
 
Uno cc febril
Uno   cc febrilUno   cc febril
Uno cc febril
 
Lesões+do..
Lesões+do..Lesões+do..
Lesões+do..
 
Vias motoras
Vias motorasVias motoras
Vias motoras
 
Vias sensoriais
Vias sensoriaisVias sensoriais
Vias sensoriais
 

Acidente vascular encefálico

  • 1. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Prof. Carlos Frederico Rodrigues Neurologia – HUPE –UERJ. Neurocirurgia – HM Souza Aguiar – RJ. Neurocirurgia pediátrica – Instituto Fernandes Figueira – FioCruz – RJ. Interne service de neurochirurgie pédiatric – Hôpital de La Timone – Marseille – France. Mestre – PUCRS.
  • 2. ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO • DEFINIÇÃO. • EPIDEMIOLOGIA. • CLASSIFICAÇÃO. • AIT. • AVE ISQUÊMICO. • AVE HEMORRÁGICO.
  • 3. DEFINIÇÃO • Déficit neurológico, geralmente focal, de instalação súbita ou de rápida evolução, sem outra causa aparente que não vascular, com duração maior que 24 horas.
  • 4. EPIDEMIOLOGIA • Causa mais comum de óbito e internação hospitalar clínica. (DATASUS). • Terceira maior causa de óbito nos EUAN. • Maior causa de morbidade.
  • 5. CLASSIFICAÇÃO • Isquêmico – 80-85%. Embólicos ou trombóticos. AIT.
  • 6. CLASSIFICAÇÃO • Hemorrágicos – 15-20% - Intraparenquimatosa e subaracnoidea.
  • 7. AIT • Déficit focal com regressão em até 24 horas. • A maior parte dura menos que 1 hora – 8-14 minutos. • Déficit persiste por mais que uma hora, a probabilidade de um AVE é grande.
  • 10. FISIOPATOLOGIA • Trombose de grandes vasos: HAS; DM; Dislipidemias; tabagismo e etilismo. • Cardioembolismo: miocardiopatia; valvopatias e arritmias. • Trombose de pequenos vasos: vasculites; hipercoagulabilidade; dissecções arteriais cervicais.
  • 11. ATENDIMENTO INICIAL • Todos os pacientes com AVE devem ser tratados prioritariamente, assim como, os pacientes com IAM e Trauma. • Todo serviço deve ter um protocolo de atendimento para AVE e o objetivo sempre será completar a investigação e o diagnóstico em até 60 minutos após o evento.
  • 12. ATENDIMENTO INICIAL • Estabilização do ABC. • História – tempo de início dos sintomas ou a última vez que o paciente foi visto normal. • Perguntar sobre fatores de risco para ateroesclerose e cardiopatias, uso de drogas, migrânea, convulsão, gravidez e quadro infeccioso.
  • 13. EXAME FÍSICO GERAL • ABC + OXIMETRIA + TEMPERATURA. • Examinar cabeça e pescoço. • Ausculta cardíaca. • Exame abdominal e tóraxico.
  • 14. EXAME NEUROLÓGICO • Breve e dirigido. • NIHSS - quantifica o grau de déficit neurológico e padroniza a comunicação entre os profissionais de saúde, além de auxiliar na possível identificação do vaso ocluído, no prognóstico, no tratamento e no manejo de possíveis complicações.
  • 16. ESCALA DE NIHSS • Déficit ligeiro. NIHSS < 5. • • Déficit moderado. NIHSS 5-17 • • Déficit grave. NIHSS > 17-22 • Déficit muito grave. NIHSS > 22
  • 17. EXAMES COMPLEMENTARES • Gerais: glicemia, eletrólitos, função renal, hepática, coagulograma e enzimas cardíacas. • Específicos: RX tórax, LCR, EEG, testes toxicológicos, gravidez e gasometria.
  • 18. EXAMES DE IMAGEM • TC de crânio de sem contraste. • Eficaz para a maior parte dos AVEh e ajuda na identificação de outras causas para os sintomas neurológicos (tumor). • Baixa sensibilidade para lesões pequenas e agudas, sobretudo, de fossa posterior. • A administração de contraste não promove informações adicionais na maioria das vezes.
  • 19. EXAMES DE IMAGEM • TC de crânio multimodal. • TC crânio + ângio TC e Pet Scan – perfusão. • Maior sensibilidade para identificar isquemia cerebral. • Identifica áreas de penumbra. • Aumenta exposição ao contraste e radiação.
  • 20. EXAMES DE IMAGEM • RMN multimodal. • Difusão, perfusão, gradiente eco etc. • Distingue isquemia aguda e crônica, identifica pequenas isquemias e é boa para fossa posterior. • Contra-indicações –claustrofobia, agitação, custo e radiação não ionizante.
  • 21. EXAME DE IMAGEM • Exame de imagem é recomendado antes de qualquer terapia. • Na maior parte das unidades hospitalares, a TC é o único exame disponível antes da tomada de conduta e é suficiente para tanto. • Deve ser avaliado por médico experiente. • O tratamento não deve ser postergado.
  • 22. TRAMENTO GERAL • Vias aéreas, suporte ventilatório e O2 suplementar. • Hipóxia piora o prognóstico. • Hipoventilação, obstrução de vias aéreas, broncoaspiração e atelectasia. • Se sat O2 menor que 92% - oxigênio suplementar. • Considerar TOT.
  • 23. TRATAMENTO GERAL • Temperatura: • Hipertermia está associada a piora do prognóstico (mortalidade e morbidade) associado a aumenta da demanda metabólica, liberação de neurotransmissores e aumento da produção de radicais livres. • administrar antitérmicos e abaixar temperatura como fator de neuroproteção.
  • 25. TRATAMENTO GERAL • Pressão arterial. • Geralmente é visto uma hipertensão no momento do diagnóstico (60% das vezes a PA está acima de 160mmHg). • Tanto hipotensão quanto hipertensão estão associados a um pior prognóstico. • Há muitos dados conflitantes na literatura e apesar da indicação de tratamento não há níveis definidos de PA para iniciar tratamento.
  • 26. TRATAMENTO GERAL • Pressão arterial. • Pacientes elegíveis para tratamento com rtPA devem manter PAS < 180mmHg e PAD < 120 mmHg. • Demais pacientes hipertensos, o objetivo é reduzir 15% do valor em 24 horas. • Caso o paciente se apresente hipotenso: suspeitar de aneurisma dissecante de aorta, IAM, baixa de débito cardíaco secundário e arritmias.
  • 27. TRATAMENTO GERAL • Hipoglicemia (< 80mg/dl). • Pode apresentar sinais neurológicos que mimetizam AVEi e podem piorar ou ocasionar injúrias encefálicas. • Hipoglicemia - correção imediata.
  • 28. TRATAMENTO GERAL • Hiperglicemia – (> 140 mg/dl) • Mau prognóstico pela produção de radicais livres secundária à acidose lática. • Alvo – glicemia entre 80 – 140 mg/dl.
  • 30. TROMBÓLISE • 1996 – FDA aprova o uso de rtPA. • NIDS rtPA stroke study – rtPA versus placebo. rtPA Placebo Resultados favoráveis 31-50% 20-38% sangramento 6,4% 0,6% óbito 17% 20%
  • 31. TROMBÓLISE • CONCLUSÕES • rtPA é o único aprovado pelo FDA na dose de 0,9 mg/Kg com 10% em bolus e o restante em uma hora. • Bons resultados - < que 3 horas do ictus. • Benéfico tardiamente? Protocolo até 180 minutos, mas tolera-se até 4,5 horas. Após isso é contraindicado. • NIHSS – maior que 22, o prognóstico é pior com alto risco de sangramento.
  • 32. TROMBÓLISE • AVEi extenso – território de artéria cerebral média ou maiores que 3 cm. Não utilizar, pois o risco benefício é incerto. • O risco de sangramento é de 6% - (NINDS trials). • Cuidados – seleção cuidadosa dos pacientes e cuidados intensivos. (monitorização da PA).
  • 33. TROMBÓLISE • CRITÉRIOS DE INCLUSÃO • Idade maior que 18 anos. • Diagnóstico clínico de AVE i com déficit neurológico. • Tempo < 180 minutos. • TC sem evidência de sangramento.
  • 35. TROMBÓLISE • CUIDADOS • Exame neurológico a cada 15 minutos durante a infusão e a cada 30 minutos nas próximas 6 horas. • Aferir a PA a cada 15 minutos nas primeiras 2 horas e a cada 30 minutos nas próximas 6 horas. • Nova TC em 24 horas.
  • 36. TROMBÓLISE • TROMBÓLISE INTRA-ARTERIAL • Poucos e pequenos estudos. • Opção em pacientes com deltaT menor que 6 horas e obstrução da ACM e que não é candidato à infusão de rtPA (cirurgia recente). • Necessidade de um centro especializado com angiografia e intervencionistas experientes.
  • 37. ANTICOAGULANTES • Uso por mais de 50 anos. • Controvérsias – qual a melhor droga, como administrar (em bolus, contínuo?), nível de anticoagulação, contínuo? • Apesar do risco menor que trombolíticos seu uso na urgência deve ser feito na evidência de eficácia.
  • 38. ANTICOAGULANTES • Últimos trials – administração precoce de Heparina nãofracionada e Heparina de baixo peso molecular está associado ao aumento do risco de transformação hemorrágica principalmente nos casos mais graves. • Não diminui o risco de nova oclusão mesmo nos de origem cardioembólica. • Conclusão: indicação de terapia anticoagulação não está indicada nas primeiras 24 horas.
  • 39. ANTICOAGULANTES • Profilaxia TVP/TEP. • Imobilidade – HNF e HBPM – profilática. • Somente após 24 horas?
  • 40. ANTICOAGULANTES • Necessidade de anticoagulação – AVEi e FA. • Início da anticoagulação duas semanas após o quadro agudo. • INR entre 2 e 3. – objetivo.
  • 41. ANTIPLAQUETÁRIOS • CAST e International Stroke Trial – 1997 – pequeno, mas estatisticamente significante. Queda da mortalidade/morbidade com uso de aspirina. • Aspirina 325 mg – dentro de 24-48 horas. • Não deve ser considerada substituta de outras terapias. • Valvopatia, ateroesclerose aórtica e carótidas, AVEi criptogênico.
  • 42. INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS • Endarterectomia. • AVE i agudo após endarterectomia carotídea. • Rápida liberação de fluxo levando ao edema. Grande possibilidade de transformação hemorrágica. • Dados da literatura são insuficientes para qualquer recomendação.
  • 43. INTERVENÇÃO CIRÚRGICA • Intervenção endovascular. • Ainda uma grande promessa. • MERCI – FDA aprovou o uso da técnica de remoção mecânica do trombo de artéria intracraniana. • Prognóstico e sobrevida são incertos. • Restrito aos grandes centros.
  • 44. AGENTES NEUROPROTETORES • Medicações que limitam efeitos celulares da isquemia aguda ou da reperfusão e que podem limitar os danos neurológicos. • Fluxo de Ca transmembrana, aa excitatórios (glutamato), apoptose, radicais livres e resposta inflamatória. • Bons resultados na fase experimental versus maus resultados nos experimentos clínicos.
  • 45. AGENTES NEUROPROTETORES • Nimodipina, N-metil D-aspartato (NMDA), diazepan...etc. • Resultados negativos ou não favoráveis.
  • 46. AGENTES NEUROPROTETORES • HIPOTERMIA • Diminui o metabolismo cerebral e protege neurônios na isquemia aguda, além de diminuir o edema cerebral. • Reações adversas: hipotensão, arritmias e infecções. • Nível de hipotermia? Tempo de hipotermia? Resultados?
  • 47. COMPLICAÇÕES AGUDAS • Edema cerebral • Reações citotóxicas mediadas por diversos fatores – radicais livres. • Oclusão do tronco da ACM. • 4-5 dias. • Clínica é pobre – piora da consciência. Sinais de envolvimento do tronco pioram o prognóstico.
  • 48. COMPLICAÇÕES AGUDAS • Manejo inicial: evitar água livre e hiperhidratação. • Corrigir hipóxia e hipertermia. • Hiperventilação, manitol, furosemida etc....sem confirmação clínica de eficácia. • Cirurgia descompressiva.
  • 49. COMPLICAÇÕES AGUDAS • TRANSFORMAÇÃO HEMORRÁGICA • Todos os infartos tem algum componente hemorrágico – 5% deles são signifiativos. • Uso de anticoagulantes e trombolíticos. • Prognóstico ruim em geral.
  • 50. COMPLICAÇÕES AGUDAS • CONVULSÕES • 2-13% nos primeiros 3 dias. • Nas primeiras 24 horas – crises focais. • Não há evidência para uso de DAE profilática.
  • 51. TRATAMENTO GERAL • Avaliar mudança clínica do paciente (fatores de risco). • Riscos do rtPA. • Prevenção de complicações. • Prevenir novos AVEi a longo prazo. • Reabilitação e suporte clínico para restauração neurológica.
  • 54. ETILOGIA • HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA • HAS – ruptura dos aneurismas de Charcot-Bouchard (alterações das paredes das artérias e arteríolas em decorrência de HAS crônica). • Núcleos da base (putamen e tálamo), ponte, cerebelo e lobos cerebrais. • MAV, aneurismas rotos, coagulopatias, tumores cerebrais, arterites e angiopatia amilóide.
  • 56. ETIOLOGIA • HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA • Ruptura de aneurisma. • Grave – até 70 % de óbito em algumas séries, sem contar a morbidade. • Bifurcações arteriais do polígono de Willis.
  • 57. HSA
  • 58. QUADRO CLÍNICO • HIP - déficit focal súbito e progressivo, nãuseas, vômitos e alterações cognitivas. • HSA – cefaléia súbita ( a pior dor de cabeça da minha vida) intensa e holocraniana e irritação meníngea.
  • 59. EXAMES DE IMAGEM • TC CRÂNIO • HIP – Hiperdensa. • HSA – hiperdensidade em cisternas e espaço subaracnoideo. • AGC cerebral.
  • 63. TRATAMENTO GERAL • Tratamento inicial semelhante ao AVEi • Monitorização em UTI. • Controle da PA. • Hipoglicemia/hiperglicemia. • Hipertermia.
  • 65. TRATAMENO DA HIP • HIC - > 20 mmmHg por mais de 5 minutos – elevada taxa de mortalidade. • Elevação da cabeceira, sedação e analgesia. • DVE. • Manitol 20% - 1g/Kg – 30 minutos. • Hiperventilação.
  • 66. TRATAMENTO HIP • Fator VII - aprovado para uso em hemofílicos, mas tem sido usado em pacientes sem coagulopatias com resultados promissores. • Cirurgia.
  • 67. TRATAMENTO HIP • ANTICOAGULAÇÃO • QUANDO REINICIAR? • Baixo risco de evento tromboembólico e alto risco de hemorragia amilóide – antiagregante plaquetário. • Alto risco de evento embólico – 7-10 dias. • Doses profiláticas subcutâneas para TEP e TVP , somente após 24 horas do ictus.
  • 68. TRATAMENTO HSA • Suporte clínico. • PA < 160 mmHg. • Tratar complicações. • Cirurgia – clipagem e endovascular.
  • 69. TRATAMENTO HSA • VASOESPASMO • 30% dos pacientes. • Quarto ao décimo quarto dia de vida. • Hipertensão e hipervolemia e hemodiluição.
  • 70. TRATAMENTO HSA • HIDROCEFALIA • Aguda ou tardia. • DVP. • CONVULSÕES • 25 % dos pacientes. • Fenitoína.