2. DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
Estudo do embrião que começa a se formar a partir da
fecundação ( célula ovo). Os embriões dos vertebrados são
muito semelhantes.
O embrião se forma a partir da formação do zigoto, com
50% de material genético do pai e 50% de material
genético da mãe.
Este embrião vai sofrer sucessivas mitoses, que
posteriormente darão origem ao embrião com as
características do adulto da espécie.
As fases de embriologia são: fecundação, segmentação,
mórula, blástula, gástrula, neurula e organogenese.
3. FECUNDAÇÃO
É a união entre o gameta feminino (óvulo) e o
gameta masculina (espermatozoide), que são
células haploides ( apresentam 23 cromossomos).
Na maioria dos casos é intraespecífica, ou seja,
entre duas espécies iguais. Mas também pode ser
interespecífica, gerando descendentes inférteis e
chamados de HÍBRIDOS
O óvulo possui algumas barreiras de proteção,
como a coroa radiada ( células foliculares) e a zona
pelúcida ( células glicoproteicas). Os
espermatozoides, porém, possuem no acrossomo
enzimas hidrolíticas capazes de destruir a proteção
da célula ovo e se fundir com esta. Assim que o
primeiro espermatozoide consegue entrar no óvulo,
seu citoplasma se fecha e nenhum mais poderá
entrar.
Ocorre a formação de uma célula DIPLOIDE (
célula ovo ou zigoto) que vem a partir de duas
células HAPLOIDES ( gametas).
4. SEGMENTAÇÃO OU CLIVAGEM
Refere-se a divisão mitótica do zigoto, que dará origem a mórula,
aglomerado de células ( mais ou menos 64) denominadas
blastômeros.
Essas sucessivas mitoses formarão, de início, blastômeros com o
mesmo tamanho. Com o passar do tempo, eles vão se dividindo em
menores ( micrômeros) e maiores ( macromeros). Geralmente a mórula
tem um tamanho quase igual ao do ZIGOTO.
5. BLÁSTULA
Estágio em que os blastômeros se organizam na porção
periférica da célula e acabam secretando um líquido,
denominado BLASTOCELE. É nessa fase que ocorre a
NIDAÇÃO.
Blastomeros
Blastocele
Blastoderma
6. GÁSTRULA
Após a Blástula, o embrião passa por
uma divisão de polos, tendo o
endoderma composto pela invaginação
dos Macromeros e o Ectoderma
composta pelos Micromeros.
A invaginação do endoderma dará
origem ao arquentero, que será o
intestino PRIMITIVO do embrião. Esse
arquentero terá ligação com o exterior
através de uma cavidade denominada
BLASTÓPORO. Nos poríferos e
artrópodes, o blastóporo originara
primeiro a boca e depois o anus
(protostômios). Nos equinodermos e
cordados, originará primeiro o anus e
depois a boca ( deuterostômios)
7. NEURULA
Ocorre a formação do sistema
nervoso, através da invaginação
do ectoderma que dará origem
a placa neural. ( Dará origem ao
sistema nervoso do animal).
O teto do Arquentero formará a
Mesoderma, que dará origem
ao celoma.
Ao mesmo tempo, este mesmo
teto sofre EVAGINAÇÔES que
darão origem a notocorda, que
originará a coluna dorsal do
cordado e continuará sendo
notocorda nos invertebrados.
9. FOLHETOS EMBRIONÁRIOS
São tecidos dos quais se originam todos os outros tecidos e órgãos do
organismo.
Na fase da neurula, considerando-se um embrião como o anfioxo, já
existem os três folhetos embrionários : Endoderma, Mesoderma e
Ectoderma.
Considerando o desenvolvimento embrionário de um mamífero, estão
listados abaixo o destino de cada folheto:
Folhetos Embrionários Destino dos folhetos embrionários
Ectoderma
Epiderme e anexos ( pelos, cascos, unhas;
Sistema Nervoso;
Pele do ânus e da boca
Mesoderma
Derme;
Sistema cardiovascular;
Sistema Urogenital
Músculos e ossos.
Endoderma
Pele do Sistema Digestório;
Sistema Respiratório;
Fígado e Pâncreas
10. CLASSIFICAÇÃO EMBRIOLÓGICA DOS ANIMAIS
Quanto ao número de folhetos embrionários:Os de dois folhetos
são chamados Diblásticos (Cnidários) e os de três folhetos são
chamados Triblásticos ( platelmintos, nematelmintos, anelídeos,
moluscos, artrópodes, equinodermos, cordados)
Quanto ao destino do blastóporo: Se originar primeiro a boca,
são chamados de protostomios ( anelídeos, moluscos e
artrópodes). Se originar primeiro o ânus, são chamados de
deuterostômios ( equinodermos e cordados).
Quanto a presença de cavidades ( só representados os animais
triblásticos):
Acelomados: Aqueles que não apresentam celoma ( cavidade) :
Platelmintos.
Pseudocelomados: Apresentam celoma, responsável por levar as
substâncias do corpo, formado por mesoderma e endoderma:
Nematelmintos.
Celomados: Apresentam celoma totalmente formado por
mesoderma: Anelídeos, moluscos, artrópodes, equinodermos e
cordados.
11. TIPOS DE OVOS E SEGMENTAÇÃO
São classificados quanto a distribuição do vitelo ( composto
de proteínas e lipídeos que alimentam o embrião) em seu
zigoto.
12. Tipos de ovos Definição Ocorrência
Oligolécitos
(Isolécitos ou alécitos)
São ovos com pouco vitelo,
distribuídos de forma
homogênea no citoplasma.
Em razão de pouca nutrição, o
embrião deverá buscar fontes
externas de nutrição.
Mamíferos placentários,
equinodermos e anfioxos.
Mediolécitos
(heterolécitos ou
telolécitos incompletos)
Possuem quantidade
intermediária de vitelo,
distribuída de forma
heterogênea no citoplasma
( Polo vegetativo – maior
parte do vitelo/ Polo animal-
menos parte e núcleo)
Anfíbios e alguns tipos de peixe.
Anfíbios apresentam fase larval
por conta da precisão de
nutrientes, assim como os
alevinos dos peixes.
Megalécitos
( Telolécitos
completos)
Ovos com muito vitelo, no qual
o polo animal é o disco
germinativo e o polo
vegetativo é a parte ocupada
pelo vitelo.Se desenvolvem
fora do corpo da mãe.
Aves, répteis, alguns tipos de
peixes e mamíferos
monotremados ( ornitorrinco).
Centrolécitos
O vitelo é concentrado ao
redor do núcleo.
Encontrado nos artrópodes,
principalmente insetos. Na
maioria dos casos
desenvolvem-se larvas.
13. TIPOS DE SEGMENTAÇÃO
Ovos Tipos de segmentação
Oligolécitos Holoblástica Igual : Divide o ovo de forma
total, de modo que os blastômeros formados
são todos iguais em tamanho.
Médiolécitos Holoblástico Desigual: Divide o ovo de forma
total, de modo que o polo animal, por possuir
menos vitelo, tem blastômeros de tamanho
menor que os do polo vegetativo, com mais
vitelo.
Megalécitos Meroblástica Discoidal: Acontece apenas em
parte do zigoto, no disco germinativo ( polo
animal) com menos quantidade de vitelo.
Centrolécitos Meroblástica Superficial: Ocorre de forma
parcial, na superfície do zigoto, onde não há
vitelo.
Vale salientar que o vitelo acaba por dificultar ou mesmo impedir a segmentação
de um zigoto nos chamados blastômeros. Assim sendo, esta se apresenta de
formas diferentes, como na tabela abaixo.
14. ANEXOS EMBRIONÁRIOS
Estruturas que permitiram questões como a nutrição, a proteção por
choque térmico, a excreção de substâncias tóxicas e o dessecamento
do embrião, propiciando também a colonização do meio terrestre. Tais
estruturas , muitas vezes, não ocorrem em anfíbios e peixes, pois
grande parte delas está relacionada ao meio terrestre.
15. Anexos Função Ocorrência
Saco Vitelínico Bolsa que fica acoplada ao
futuro intestino do embrião,
com função de nutrição.
Peixes,aves e répteis (
bem desenvolvido) e
mamíferos ( bem reduzido,
por conta da placenta).
Âmnio Membrana que envolve
todo o embrião, contendo
um líquido chamado
líquido amniótico. Protege
contra choques térmicos e
desidratação.
Répteis, aves e mamíferos
e foi essencial para o
desenvolvimento da vida
terrestre, por não
necessitar de água.
Alantoide Armazena as excretas do
embrião e participa da
respiração, em conjunto
com o Cório.
Encontrado em aves e
répteis e atrofiado em
mamíferos, por conta da
placenta.
Cório Envolve todos os demais
anexos e é responsável
pelas trocas gasosas.
Em aves e mamíferos está
preso a casca do ovo e em
mamíferos forma dobras
que originarão a placenta.
16. A OCUPAÇÃO DOS ANIMAIS PELO AMBIENTE TERRESTRE
Através de estudos compreendeu-se que os vertebrados
surgiram de ancestrais que viviam em oceanos. Estes sofreram
adaptações e passaram tais adaptações adiante.
Os primeiros animais a ocuparem o ambiente terrestre foram os
anfíbios, apesar de ainda precisarem da água para a reprodução
pois realizam fecundação externa com fase larval.
Os primeiros animais a conseguirem independência do meio
aquático foram os répteis. Eles possuem ovos amnióticos, Cório,
alantoide e âmnio , além da reprodução interna na qual não há
necessidade de ambiente aquático.