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Moodle: Avaliação de Usabilidade da criação de cursos Web
Moodle: Usability Evaluation of the creation of Web courses
Roseane de Oliveira MARTINS1
Elton Rubens Vieira da SILVA2
Universidade de Pernambuco/UPE
Resumo
Este artigo apresenta a avaliação de Usabilidade do MOODLE a cerca das ferramentas
básicas do processo de criar, organizar e configurar cursos na Web. Para coleta de dados foi
aplicado um questionário, para avaliar a satisfação do usuário com relação ao sistema e as
técnicas de avaliação de Usabilidade Ensaio de Interação e Verbalização Simultânea. Como
forma de avaliar os problemas de interação encontrados foi usado o método de Avaliação
Heurística. Durante a Avaliação Heurística, foram identificados e classificados problemas de
usabilidade quanto ao seu grau de severidade, e foram sugeridas melhorias para a interface,
através de wireframes, com o objetivo de auxiliar o entendimento das sugestões propostas. As
avaliações realizadas têm a intenção de provocar uma reflexão a respeito da usabilidade das
ferramentas tomadas para análise e fornecer subsídios para o seu aprimoramento.
Palavras-chave: Moodle. Usabilidade. Avaliação heurística.
Abstract
This paper describes the usability evaluation of MOODLE, about the basic tools of the
creating, organizing and setting process of courses on the Web. To collect the data used a
questionnaire, to assess user satisfaction about the system and the evaluation technique
Usability Interaction Test and Think Aloud. In order to evaluate the interaction problems
found we used the Heuristic Evaluation Method. In the Heuristic Evaluation was identified
and classified usability problems according to their degree of severity, so were suggested
improvements to this interface, through wireframes, in order to aid the understanding of the
proposed suggestions. The evaluations are intended to provoke a discussion about the
usability of the tools taken for analysis and provide input to improve it.
Keywords: Moodle. Usability. Heuristic Evaluation.
1
roseanegus@gmail.com
2
eltonrvs@gmail.com
2
1. Introdução
Na internet, atualmente, é possível encontrar várias ferramentas voltadas para questões
educacionais, tanto que o termo Web-based Education (WEB) foi cunhado. Na Web-based
Education usa-se a Internet como plataforma, este processamento é realizado em tempo real e
em escala mundial. Permite ao professor introduzir o aluno a uma rica variedade de texto,
links externos, áudios e vídeos para a sala de aula virtual (LYNCH; LYNCH, 2012). Nesta
modalidade de ensino, a interação é mediada também através de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) como uma estratégia de aumento das possibilidades de acesso à
educação, além de uma alternativa para a socialização dos conhecimentos a um maior número
de pessoas (SCHRÖEDER, 2009).
O Moodle é um sistema para a produção de cursos à distância baseado na Web
desenvolvido para dar suporte a atividades baseadas na teoria sócio construtivista. Foi
desenvolvido com a tecnologia LMS3
, utilizada principalmente num contexto de e-learning4
ou b-learning5
, sendo atualmente o mais utilizado na maioria das instituições de ensino são
46.913 sites em 200 países, incluindo o Brasil (CÔNSOLO, 2012).
Na Educação à Distância (EaD), a relação professor-aluno, os meios usados para
veicular a informação entre essas duas partes devem ter atenção especial entre os
administradores do ambiente. Assim, a interface torna-se um dos elementos mais importantes
nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), por ser a parte de um sistema
computacional com a qual uma pessoa entra em contato físico, perceptivo ou conceitual
(MORAN, 1981). A interação entre homem e ambiente virtual precisa permitir a utilização
das ferramentas da maneira mais natural possível, mesmo àquelas que não são familiarizados
com o ambiente. Criar designs adequados a cada área de conhecimento e assunto a ser
tratado, apontar os limites do ambiente para os administradores e indicar caminhos ou
alternativas para ultrapassá-los (SIMÃO, 2009, p.85) são características indispensáveis para
que o estudante alcance os resultados educacionais esperados, diante a utilização de um AVA.
O Moodle oferece grande variedade de funções e atividades, contudo uma boa usabilidade
dessas funções fará com que a interação professor-aluno ocorra eficientemente.
Nesse contexto, o presente artigo pretende responder a seguinte questão: Qual o nível
de Usabilidade das ferramentas básicas do processo de criar e organizar uma sala virtual no
MOODLE, utilizando o seu ambiente na Web. Estudando a reação de novos usuários no
3
LSM - Learning Management System, em português: Sistema de Gestão da Aprendizagem.
4
A aprendizagem no e-learning está baseada na experiência vivenciada pelos alunos durante o
processo de aprendizagem através da interação social, pois o fundamental para essa modalidade de
ensino não é a tecnologia mais a forma de ensinar (LIMA; CAPITÃO, 2003).
5
O b-learning faz uso de tecnologias fundamentado no ensino Just-In-Time utilizando tutoriais como
ferramentas de apoio para a aprendizagem (LITTLEJOHN; PEGLER, 2007).
3
ambiente, buscando impressões livres de qualquer condicionamento. Este artigo está
estruturado da seguinte forma: A Seção 2 apresenta a revisão da literatura com conceitos
sobre Usabilidade de Software, Educação à Distância, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e
Interação Humano-Computador (IHC). A Seção 3 contém a metodologia utilizada para a
avaliação de Usabilidade do Moodle. A Seção 4 apresenta os resultados da análise dos dados
dos participantes e da avaliação de Usabilidade realizada. Por fim, a Seção 5 descreve as
considerações finais e as contribuições da pesquisa.
2. Revisão da Literatura
O processo de criar e organizar um curso a distância via Web envolve a prática de
utilizar recursos tecnológicos desenvolvidos em mídia on-line como fóruns, animações,
avaliações, exercícios interativos, blogs, links e materiais para impressão. As considerações
mais importantes na criação de cursos on-line são a legibilidade, capacidade de utilização e
complexidade da informação (MOORE; KEARSLEY, 2011).
Para desenvolver a Educação à Distância com suporte Ambientes Virtuais e Interativos
de Aprendizagem torna-se necessário à preparação de profissionais para desenvolver recursos
tecnológicos (softwares) condizentes com as necessidades educacionais (ALMEIDA, 2003).
É essencial que o AVA agrade e estimule o usuário, permita uma interação o mais amigável
possível e se mostre flexível o bastante para adaptar-se aos diversos perfis de usuários. Os
cursos criados para Web devem ser fáceis de navegar. Se bem projetada, à interface pode se
tornar uma fonte de motivação e, ainda dependendo de suas características, uma grande
ferramenta para o usuário. Contudo, a mesma interface pode se transformar em fator decisivo
para a rejeição do sistema (FERREIRA; NUNES, 2011). Uma característica importante das
interfaces em AVAs é a navegação. O termo tem sido utilizado com relação ao movimento
dos usuários em sistemas de informação analógicos e digitais. Navegação consiste em um
processo de movimentação entre nós de um espaço informacional utilizando links ou
ferramentas de auxílio à navegação. Uma boa estrutura navegacional auxilia na evolução da
usabilidade de um ambiente virtual (PADOVANI; MOURA, 2008).
Usabilidade é um atributo de qualidade que avalia a facilidade de utilização de
interfaces pelos usuários (NILSEN, 2003). Segundo a norma ISO 9241:11 (1998) a
Usabilidade pode ser especificada ou medida de acordo facilidade de aprendizado, facilidade
de memorização e baixa taxa de erros durante a manipulação do sistema. Essas condições
básicas são importantes para todos os tipos de usuários de um ambiente virtual, dos usuários
antigos àqueles que farão o primeiro contato com o sistema. Para a avaliação da adequação,
eficácia e qualidade dos sistemas é utilizada uma avaliação de Usabilidade.
4
A avaliação de usabilidade caracteriza-se por utilizar diferentes técnicas voltadas em
sua maioria para a avaliação da ergonomia dos sistemas interativos, entre as quais destaca-se
o padrão normativo ISO 9241-11 (1998), “Requisitos Ergonômicos para Trabalho de
Escritórios com Computadores Parte 11 – Orientações sobre Usabilidade” e os
pesquisadores:Ben Shneiderman (1986), “Oito regras de ouro do design de diálogo”; Donald
Norman (1988), “Princípios de orientação”; Jakob Nielsen (1993), “Heurísticas de
usabilidade”; Bruce Tognazzini (1987), “Guidelines de Interface humana” e Christien Bastien
e Dominique Scapin (1993), “Critérios ergonômicos para avaliação de interfaces humano-
computador”.
3. Metodologia
A estratégia metodológica dessa pesquisa foi dividida em três fases (Figura1). Cada
fase desenvolvida para entender e estudar todos os aspectos relacionados às questões de
pesquisa.
Figura 1: Etapas da Metodologia
Em primeiro lugar, a revisão da literatura foi realizada para tornar-se a base de o
estudo. Após o estudo teórico, e identificação do problema, foi definido o universo da
pesquisa. O público-alvo consistiu em professores graduados ou em graduação em andamento
que desejam montar cursos em salas MOODLE disponíveis gratuitamente na Web. Como
instrumento de coleta de dados utilizou-se um roteiro com a técnica de avaliação de
Usabilidade Ensaio de Interação6
e a aplicação de um Questionário. Para a aplicação das
ferramentas de coleta de dados foi selecionada uma amostra de cinco professores, número
defendido por Nielsen (1990) como suficiente para encontrar 80% dos problemas usabilidade
de uma interface. O questionário teve como objetivo coletar dados sobre o perfil do usuário e
impressões sobre a interface que passaram despercebidos durante o Ensaio de Interação. A
classificação dos dados consistiu em duas etapas: caracterização do usuário e Usabilidade do
6
Um Ensaio de Interação consiste em uma simulação de uso do sistema da qual participam pessoas
representativas de seu público-alvo onde são apresentadas algumas tarefas para o usuário realizá-las
(CYBIS, 2000).
5
Moodle. Nessa fase buscou-se averiguar o nível de experiência dos participantes da pesquisa
com relação ao uso do Moodle.
Para análise e classificação dos dados obtidos com o Ensaio de Interação foram
utilizados dois procedimentos: gravação da interação do usuário com o sistema usando um
software de captura de tela do computador e o método Verbalização Simultânea abordada por
Cybis (2000). Método que consiste em solicitar aos usuários que além de executarem a tarefa,
também comentem o que estão pensando enquanto a executam. Os comentários feitos pelos
participantes foram anotados para que posteriormente fossem analisados. Após a realização
do Ensaio de Interação e aplicação do questionário com os participantes, foi realizada a
Avaliação Heurística das funcionalidades do Moodle tomadas para análise, baseando-se nos
conceitos teóricos defendidos por Nielsen (2001). Para os problemas de usabilidade
encontrados foram sugeridas melhorias para sua interface através de wireframes7
e
intervenções projetuais em determinadas telas do sistema.
3. Resultados
3.1 Ensaio de Interação
Este processo de avaliação teve início quando foram apresentados aos 5 participantes
da pesquisa os principais recursos (cenários) do MOODLE8
. Em seguida foram apresentadas
as tarefas a serem realizadas, sendo elas: a) Criar um curso; b) Inserir um usuário dentro do
curso criado, c) Ativar edição (torna possível a edição do bloco ou item); d) Acrescentar a
atividade Fórum no curso criado, ou seja, as funções mais básicas do AVA. A síntese dos
resultados obtidos com o Ensaio de Interação pode ser observada nas tabelas a seguir:
Tabela 1: Porcentagem de tarefas realizadas com sucesso
Tarefa Tarefas completadas com sucesso
Criar um curso
100 %
Inserir usuário no curso criado
80%
Ativar edição
100 %
Acrescentar a atividade Fórum
80 %
7
Wireframe é um rascunho de uma tela específica que posiciona a informação e a navegação,
incluindo-se aí agrupamento, ordem e hierarquia do conteúdo (MEMORIA, 2005).
8
Sala virtual previamente criada e disponível em:
http://educacaoeadupe.freewebclass.com/course/view.php?id=2
6
Apesar da simplicidade das tarefas estipuladas para essa fase da avaliação, a tabela 1
demonstra que duas atividades requeridas não foram completadas. Dos cinco usuários, apenas
1, representando 20% do total não realizou as tarefas correspondentes a inserir usuário e
acrescentar a atividade Fórum no sistema.
Lembrando que o não cumprimento de qualquer uma dessas tarefas implicaria na
ineficiência na gerência de um curso através do ambiente virtual. A Figura 2 mostra o tempo
total que cada usuário levou para completar as tarefas. Por serem as ferramentas mais básicas
do sistema, esperava-se a rápida execução das tarefas.
Porém, foi registrado usuários que levaram mais de 60 minutos para a execução das
atividades. Para o tempo cronometrado individualmente dos 5 usuários foi verificado que
primeiro levou 80 min para a realização das tarefas, o segundo 60 min, o terceiro 14 min, o
quarto 15 min e o quinto 34 min. Foi observado que mesmo sendo solicitados aos usuários
que executassem apenas as tarefas do roteiro, esses exploraram todos os recursos, links,
janelas e afins de cada tarefa.
Mesmo considerando o viés dessa exploração, é importante lembrar que esses recursos
fazem parte do sistema, e por isso não deve ser discriminado no processo de avaliação da
usabilidade do MOODLE.
0
20
40
60
80
100
1 2 3 4 5
Minutos
Figura 2: Tempo total (em minutos) para execução das tarefas.
Paralelo ao ensaio de interação foi executado também o método de Verbalização
Simultânea. Através do qual os usuários expuseram suas impressões em relação ao sistema,
em tempo real. Durante a execução dos métodos, 4 usuários apresentaram dificuldades em
identificar o objetivo de algumas ferramentas, como: no processo de acrescentar uma tarefa
solicitada, os usuários não conseguiram identificar quais campos dos formulários são de
preenchimento obrigatório, pois a legenda que faz tal identificação só é mostrada no final do
formulário o que não permite uma rápida visualização de quais campos são obrigatórios.
Percebeu-se que o processo de recorrer ao menu ajuda dos sistema (identificada pelo
ícone de uma interrogação que é disponibilizada em todos os campos de cada formulário e
7
nas seções do site) gerou certa insatisfação para 2 usuários, já que muitas vezes a informação
fornecida pelo sistema não foi clara o suficiente.
Com os dados obtidos nessa avaliação conclui-se ainda que a maior dificuldade
encontrada pelos 5 usuários foi a falta de compreensão dos significado das nomenclaturas e
termos técnicos do sistema.
Tais problemas apontados pelos usuários tiveram influência direta nos resultados
demonstrados na tabela 1 e na Figura 2. A tabela 2 apresenta as tarefas realizadas conforme
os problemas de interação do sistema encontrados durante o Ensaio de Interação,
demonstrado o tipo de problema evidenciado pelos usuários em cada uma das atividades
solicitadas.
Tabela 2: Tarefas realizadas relacionadas com os problemas de interação do MOODLE.
Tarefa Problema
Criar um curso
Atribuição de significado
Inserir usuário no curso criado
Atribuição de significado/ Navegação
Ativar edição (tornar possível a edição do
bloco ou item)
Incompreensão de como usar
Acrescentar a atividade Fórum (para a
realização desta tarefa a edição precisa estar
ativada)
Atribuição de significado/ Navegação
3.2 Questionário
Após o Ensaio de Interação foi aplicado o Questionário. Com relação à Usabilidade,
procurou-se conhecer o grau de satisfação dos 5 usuários com relação ao sistema e coletar
informações sobre a sua experiência durante o processo de criar e organizar um curso no
MOODLE.
8
0 1 2 3 4 5 6
Nomenclaturas
Legibilidade das letras
Realces (ícones, cores, etc.)
Facilidade de aprendizado
Número de etapas para realizar
uma tarefa
Ajuda do sistema
Avaliações Negativas Avaliações Positivas
Figura 3: Dados coletados sobre Usabilidade do MOODLE
Os dados apresentados na Figura 3 correspondem às questões sobre o processo criar e
organizar um curso no MOODLE. Quanto às nomenclaturas dadas às janelas, tópicos e botões
3 usuários afirmaram que essas não são de fácil compreensão, 4 usuários classificaram a
forma e tamanho das letras como fáceis de ler, 4 usuários afirmaram que as tarefas podem ser
executadas de maneira rápida e/ou lógica, 3 usuários garantiram que o número de etapas para
a realização de uma tarefa é pequena, 4 usuários alegaram que o sistema disponibiliza um
menu de ajuda caso tenha alguma dúvida e os 5 usuários afirmaram que os realces (ícones,
cores, etc.) disponíveis são suficientes.
3.3 Avaliação Heurística9
A avaliação heurística foi realizada com o objetivo de estudar a usabilidade das funções
e atividades realizadas durante o ensaio de interação. Proporcionando uma justificativa teórica
para os problemas encontrados pelos participantes da pesquisa, ao utilizarem funções básicas
do MOODLE, assim como investigar outros problemas na estruturação da interface. Este
método de avaliação é baseado no julgamento dos seus avaliadores. Nessa fase, percorreu-se
a interface do MOODLE, relacionado os princípios de usabilidade (heurísticas) aos problemas
detectados classificando-os conforme o grau de severidade. Durante a avaliação, foi
encontrado um total de seis problemas. A descrição dos problemas de Usabilidade
encontrados pode ser observada nas seções a seguir.
9
A Avaliação Heurística, desenvolvida por Nielsen e Molich (1990) é um método de inspeção
sistemático de Usabilidade que tem como objetivo identificar problemas de interação com a interface, a
esses problemas são atribuídos graus de severidade.
9
Problema 1: Página inicial
A página inicial (Figura 4) não deixa claro o objetivo do site, este problema, de acordo
com as observações realizadas, corresponde a Heurística 1 – Visibilidade e Status do sistema,
classificado com grau de severidade 2 (problema de baixa prioridade - pode ser reparado). A
recomendação para esse problema é que seja apresentada ao usuário na página inicial uma
visão ampla da estratégia pedagógica do MOODLE e das suas funcionalidades.
Figura 4: Página inicial atual do MOODLE
Problema 2: Formulários
Nos formulários ao longo do site existem palavras e/ou frases de interpretação
ambígua, o usuário não consegue identificar com clareza a informação que se pede. Este
problema é relativo à Heurística 2 - Relacionamento entre a interface do sistema e o mundo
real, classificado com grau de severidade 3 - Grave (Problema de alta prioridade - deve ser
reparado).
Figura 5: Mensagem “Inserir valor” referente ao preenchimento de campo obrigatório
10
Para solucionar este problema, faz-se necessária a substituição das palavras e/ou frases
que não fazem sentido para o usuário por nomenclaturas mais compreensíveis e
contextualizadas com sua realidade.
Problema 3: Tratamento de erro do sistema
Quando aparece um erro a descrição é mostrada em inglês, este problema faz referência
a duas heurísticas diferentes: Heurística 2 - Relacionamento entre a interface do sistema e o
mundo real classificado e Heurística 9 - Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e
recuperar de erros, classificado como grau, ambos classificados com grau de severidade 3 -
Grave (Problema de alta prioridade - deve ser reparado). Aconselha-se que os erros, quando
ocorrerem seja traduzido para a língua nativa do usuário. No caso dessa avaliação,
recomenda-se a tradução dos erros para a língua portuguesa.
Figura 6: Mensagem de erro do MOODLE
Problema 4: Legenda de campos obrigatórios nos formulários
Nos formulários, a legenda que identifica os campos obrigatórios só é exibida no final
da página. Este problema faz referência à Heurística 1 - Visibilidade de Status do Sistema,
classificada com grau de severidade 2 - Simples (Problema de baixa prioridade - pode ser
reparado). Recomenda-se a possibilidade da legenda ser colocada em uma área mais visível
do site, como por exemplo, o topo da página.
Figura 7: Legenda de campos obrigatórios em um formulário no MOODLE
11
Problema 5: Ajuda do sistema
O site não possui uma seção “Ajuda” na página inicial. A ajuda é identificada pelo
ícone de uma interrogação e é disponibilizada em todos os campos de cada formulário e seção
ao longo da plataforma (Figura 8). Este problema é relativo à Heurística 10 - Ajuda e
documentação, classificado com grau de severidade 4 - Catastrófico (Muito grave, deve ser
reparado de qualquer forma). Como recomendação, sugere-se que seja criada uma seção de
ajuda ou um FAQ na página inicial apresentando uma breve descrição de seus recursos para
que os usuários entendam quais são e como estes funcionam.
Figura 8: Ajuda da seção “Criar um novo curso”
Problema 6: Ativar edição
A opção “Ativar edição” não deixa claro o objetivo da sua função, o usuário é forçando
a se lembrar de que toda vez que for acrescentar algum recurso ou personalizar suas
configurações deve acioná-la. Este problema é relativo à Heurística 6 – Reconhecer em vez
de relembrar, classificado com grau de severidade 3 - Grave (Problema de alta prioridade -
deve ser reparado).
Figura 9: Botão “Ativar edição” do MOODLE
Para a resolução desse erro, recomenda-se retirar o botão “Ativar edição” e permitir
que a edição seja realizada diretamente nos campos sem a necessidade desse processo ser
intermediado por um botão específico como é o que ocorre atualmente.
12
4. Wireframes
Com base na análise dos problemas de Usabilidade encontrados e nas recomendações
para melhoria da interface discutidas na seção anterior, foram produzidos wireframes com
propostas para a mudança da interface do MOODLE.
Neste artigo os wireframes têm como proposta auxiliar o entendimento das sugestões
de melhoria descritas e também apresentar aos desenvolvedores quais elementos da interface
necessita de correção. É importante salientar que as indicações de melhoria limitam-se aos
problemas encontrados nos recursos tomados para análise. As recomendações apresentadas
são direcionadas ao FreeWebClass10
mas podem ser aplicadas em outros ambientes de
aprendizagem que utilizam a plataforma MOODLE. Pelo MOODLE ser uma plataforma de
software de código aberto, todas essas recomendações podem ser imediatamente
implementadas.
4.1 Página inicial
Para a página inicial (Figura 4 - seção 3.3 Avaliação Heurística) foram definidos dois
botões: um com o rótulo “Sobre” e o outro “Ajuda” como mostra a Figura 10.
Figura 10: Wireframe da página inicial
Os Wireframes das seções Sobre e Ajuda pode ser visto na Figura 11. Ao clicar no
botão “Sobre” (1) o usuário seria direcionado para uma nova seção do site onde por meio de
conteúdos multimídia (2) - infográficos, textos ou vídeos, teria uma breve descrição dos
10
FreeWebClass é um servidor dedicado exclusivamente à hospedagem de salas virtuais MOODLE
disponível em: http://freewebclass.com/.
13
recursos disponíveis e uma visão geral de suas possibilidades de uso no MOODLE. Ao clicar
no botão “Ajuda” (1) o usuário seria direcionado para uma nova seção (2) onde encontraria
tutoriais em forma de texto, diagramas ou vídeos ensinando como usar os recursos ou
solucionar um determinado problema.
Figura 11: Wireframes da seção "Sobre" e "Ajuda"
A proposta dispõe ainda de um espaço para enquete na página inicial (Figura 10)
visando à possibilidade de que as respostas coletadas sirvam posteriormente como base para a
construção de um FAQ.
4.2 Formulários
Para os problemas referentes às nomenclaturas dos formulários, a criação e inserção de
atividades propõe-se a reestruturação das informações, tornando-as mais detalhadas, simples e
diretas. No formulário correspondente ao processo de criar um novo curso, substituiu-se a
descrição do campo “Nome completo” por “Nome completo do curso” conforme mostra a
Figura 13, pois os usuários confundiam a informação preenchendo o campo com o seu nome
completo, ao invés de informar o nome completo do curso.
14
Figura 12: Novo rótulo do campo do formulário para criar um novo curso
No formulário para acrescentar a atividade Fórum, substituiu-se a palavra “Inserir um
valor” por “Este campo não pode ser deixado em branco” (Figura 14) por se tratar de um
campo de preenchimento obrigatório.
Figura 13: Novo rótulo para o feedback do campo obrigatório do formulário
Com base nas observações realizadas no Ensaio de Interação e na Avaliação heurística,
a substituição do rótulo desse campo se faz necessária, já que a mensagem “Inserir um valor”
não informa com precisão qual tipo de informação deve ser inserido. Como os formulários
são muito longos, propõem-se ainda que a legenda informando a existência de campos
obrigatórios fique localizada em uma área mais visível. Nesse caso, a legenda que ficava no
final do formulário passou para o seu inicio conforme exemplifica a Figura 15.
Figura 14: Nova localização da legenda indicativa de campos obrigatórios no formulário
15
4.3 Botão Ativar edição
Para o botão “Ativar edição” recomenda-se a sua exclusão, fazendo que a edição das
configurações sejam realizadas diretamente nos campos ou seções da interface. Não mais
havendo a necessidade do intermédio desse botão para incluir atividades, personalizar a
interface ou fazer alterações nos blocos de informação, como exemplifica a Figura 16. Essa
mudança busca tornar a ativação da edição mais natural aos usuários, atrelando aos conteúdos
e não à sala de aula virtual.
Figura 15: Wireframe da edição dos campos e seções do MOODLE
5. Considerações finais
Ao fim da pesquisa, foi possível levantar dados importantes em relação à usabilidade
do AVA MOODLE. Durante todo o estudo, através dos métodos de pesquisa, percebemos
que os participantes da pesquisa apontaram vários problemas de usabilidade no sistema, e
todos esses problemas já haviam sido discutidos exaustivamente nos textos de Nielsen (1990,
2012), e por vários outros autores da área, como Agner (2008), Schneiderman (1998) e a
própria ISO 9241-11 (1998). Essas falhas apontam a falta de acuidade e, até mesmo, descaso
dos desenvolvedores do sistema MOODLE. Questões como recuperação de erros,
memorização e visibilidade das ferramentas do sistema, foram destacadas por seus conceitos
negativos durante a realização do Ensaio de Interação. Todos esses problemas influenciam
diretamente no modo de uso do sistema, pois abordamos suas funções mais básicas, e,
tratando-se de um AVA, essas dificuldades se tornam ainda mais críticas.
As recomendações presentes no texto se apresentam de fácil execução, e auxiliam a
combater os erros apontados pelos participantes da pesquisa, relacionados a questões de
16
Usabilidade e Navegabilidade. Modificação do sistema de rotulação e diminuição dos links
nas telas foram soluções para auxiliar a Navegação do sistema, que segundo Padovani e
Moura (2008) auxiliam na usabilidade do MOODLE. O desenvolvimento de um AVA requer
mais cuidado com essas questões de usabilidade, dado o seu objetivo principal. Porém o
MOODLE, por ser um sistema de código aberto, apresenta a vantagem de ser flexível, sujeito
a mudanças e passível de acompanhar o estado da arte da Usabilidade e Interação Homem-
Computador.
Neste artigo ainda, os wireframes têm como proposta auxiliar o entendimento das
sugestões de melhoria descritas e também apresentar a desenvolvedores quais ferramentas
básicas da interface do MOODLE necessitam maiores cuidados e correções. Esta é uma
pesquisa importante para o softwares de EAD, levando em consideração a relevância de
estudos na área de Interface Humano Computador – IHC, Usabilidade, Qualidade de
Softwares e de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. O próximo passo da pesquisa é
investigar também a perspectiva de professores a Usabilidade do MOODLE em outras
ferramentas específicas, e também consideradas básicas, como a inserção dos recursos Lição,
Glossário e Questionário, por essas ferramentas permitirem que o professor ao criá-las possa
avaliar a produção dos seus alunos dentro do próprio sistema.
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Moodle: Avaliação de Usabilidade da criação de cursos Web

  • 1. 1 Moodle: Avaliação de Usabilidade da criação de cursos Web Moodle: Usability Evaluation of the creation of Web courses Roseane de Oliveira MARTINS1 Elton Rubens Vieira da SILVA2 Universidade de Pernambuco/UPE Resumo Este artigo apresenta a avaliação de Usabilidade do MOODLE a cerca das ferramentas básicas do processo de criar, organizar e configurar cursos na Web. Para coleta de dados foi aplicado um questionário, para avaliar a satisfação do usuário com relação ao sistema e as técnicas de avaliação de Usabilidade Ensaio de Interação e Verbalização Simultânea. Como forma de avaliar os problemas de interação encontrados foi usado o método de Avaliação Heurística. Durante a Avaliação Heurística, foram identificados e classificados problemas de usabilidade quanto ao seu grau de severidade, e foram sugeridas melhorias para a interface, através de wireframes, com o objetivo de auxiliar o entendimento das sugestões propostas. As avaliações realizadas têm a intenção de provocar uma reflexão a respeito da usabilidade das ferramentas tomadas para análise e fornecer subsídios para o seu aprimoramento. Palavras-chave: Moodle. Usabilidade. Avaliação heurística. Abstract This paper describes the usability evaluation of MOODLE, about the basic tools of the creating, organizing and setting process of courses on the Web. To collect the data used a questionnaire, to assess user satisfaction about the system and the evaluation technique Usability Interaction Test and Think Aloud. In order to evaluate the interaction problems found we used the Heuristic Evaluation Method. In the Heuristic Evaluation was identified and classified usability problems according to their degree of severity, so were suggested improvements to this interface, through wireframes, in order to aid the understanding of the proposed suggestions. The evaluations are intended to provoke a discussion about the usability of the tools taken for analysis and provide input to improve it. Keywords: Moodle. Usability. Heuristic Evaluation. 1 roseanegus@gmail.com 2 eltonrvs@gmail.com
  • 2. 2 1. Introdução Na internet, atualmente, é possível encontrar várias ferramentas voltadas para questões educacionais, tanto que o termo Web-based Education (WEB) foi cunhado. Na Web-based Education usa-se a Internet como plataforma, este processamento é realizado em tempo real e em escala mundial. Permite ao professor introduzir o aluno a uma rica variedade de texto, links externos, áudios e vídeos para a sala de aula virtual (LYNCH; LYNCH, 2012). Nesta modalidade de ensino, a interação é mediada também através de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como uma estratégia de aumento das possibilidades de acesso à educação, além de uma alternativa para a socialização dos conhecimentos a um maior número de pessoas (SCHRÖEDER, 2009). O Moodle é um sistema para a produção de cursos à distância baseado na Web desenvolvido para dar suporte a atividades baseadas na teoria sócio construtivista. Foi desenvolvido com a tecnologia LMS3 , utilizada principalmente num contexto de e-learning4 ou b-learning5 , sendo atualmente o mais utilizado na maioria das instituições de ensino são 46.913 sites em 200 países, incluindo o Brasil (CÔNSOLO, 2012). Na Educação à Distância (EaD), a relação professor-aluno, os meios usados para veicular a informação entre essas duas partes devem ter atenção especial entre os administradores do ambiente. Assim, a interface torna-se um dos elementos mais importantes nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), por ser a parte de um sistema computacional com a qual uma pessoa entra em contato físico, perceptivo ou conceitual (MORAN, 1981). A interação entre homem e ambiente virtual precisa permitir a utilização das ferramentas da maneira mais natural possível, mesmo àquelas que não são familiarizados com o ambiente. Criar designs adequados a cada área de conhecimento e assunto a ser tratado, apontar os limites do ambiente para os administradores e indicar caminhos ou alternativas para ultrapassá-los (SIMÃO, 2009, p.85) são características indispensáveis para que o estudante alcance os resultados educacionais esperados, diante a utilização de um AVA. O Moodle oferece grande variedade de funções e atividades, contudo uma boa usabilidade dessas funções fará com que a interação professor-aluno ocorra eficientemente. Nesse contexto, o presente artigo pretende responder a seguinte questão: Qual o nível de Usabilidade das ferramentas básicas do processo de criar e organizar uma sala virtual no MOODLE, utilizando o seu ambiente na Web. Estudando a reação de novos usuários no 3 LSM - Learning Management System, em português: Sistema de Gestão da Aprendizagem. 4 A aprendizagem no e-learning está baseada na experiência vivenciada pelos alunos durante o processo de aprendizagem através da interação social, pois o fundamental para essa modalidade de ensino não é a tecnologia mais a forma de ensinar (LIMA; CAPITÃO, 2003). 5 O b-learning faz uso de tecnologias fundamentado no ensino Just-In-Time utilizando tutoriais como ferramentas de apoio para a aprendizagem (LITTLEJOHN; PEGLER, 2007).
  • 3. 3 ambiente, buscando impressões livres de qualquer condicionamento. Este artigo está estruturado da seguinte forma: A Seção 2 apresenta a revisão da literatura com conceitos sobre Usabilidade de Software, Educação à Distância, Ambientes Virtuais de Aprendizagem e Interação Humano-Computador (IHC). A Seção 3 contém a metodologia utilizada para a avaliação de Usabilidade do Moodle. A Seção 4 apresenta os resultados da análise dos dados dos participantes e da avaliação de Usabilidade realizada. Por fim, a Seção 5 descreve as considerações finais e as contribuições da pesquisa. 2. Revisão da Literatura O processo de criar e organizar um curso a distância via Web envolve a prática de utilizar recursos tecnológicos desenvolvidos em mídia on-line como fóruns, animações, avaliações, exercícios interativos, blogs, links e materiais para impressão. As considerações mais importantes na criação de cursos on-line são a legibilidade, capacidade de utilização e complexidade da informação (MOORE; KEARSLEY, 2011). Para desenvolver a Educação à Distância com suporte Ambientes Virtuais e Interativos de Aprendizagem torna-se necessário à preparação de profissionais para desenvolver recursos tecnológicos (softwares) condizentes com as necessidades educacionais (ALMEIDA, 2003). É essencial que o AVA agrade e estimule o usuário, permita uma interação o mais amigável possível e se mostre flexível o bastante para adaptar-se aos diversos perfis de usuários. Os cursos criados para Web devem ser fáceis de navegar. Se bem projetada, à interface pode se tornar uma fonte de motivação e, ainda dependendo de suas características, uma grande ferramenta para o usuário. Contudo, a mesma interface pode se transformar em fator decisivo para a rejeição do sistema (FERREIRA; NUNES, 2011). Uma característica importante das interfaces em AVAs é a navegação. O termo tem sido utilizado com relação ao movimento dos usuários em sistemas de informação analógicos e digitais. Navegação consiste em um processo de movimentação entre nós de um espaço informacional utilizando links ou ferramentas de auxílio à navegação. Uma boa estrutura navegacional auxilia na evolução da usabilidade de um ambiente virtual (PADOVANI; MOURA, 2008). Usabilidade é um atributo de qualidade que avalia a facilidade de utilização de interfaces pelos usuários (NILSEN, 2003). Segundo a norma ISO 9241:11 (1998) a Usabilidade pode ser especificada ou medida de acordo facilidade de aprendizado, facilidade de memorização e baixa taxa de erros durante a manipulação do sistema. Essas condições básicas são importantes para todos os tipos de usuários de um ambiente virtual, dos usuários antigos àqueles que farão o primeiro contato com o sistema. Para a avaliação da adequação, eficácia e qualidade dos sistemas é utilizada uma avaliação de Usabilidade.
  • 4. 4 A avaliação de usabilidade caracteriza-se por utilizar diferentes técnicas voltadas em sua maioria para a avaliação da ergonomia dos sistemas interativos, entre as quais destaca-se o padrão normativo ISO 9241-11 (1998), “Requisitos Ergonômicos para Trabalho de Escritórios com Computadores Parte 11 – Orientações sobre Usabilidade” e os pesquisadores:Ben Shneiderman (1986), “Oito regras de ouro do design de diálogo”; Donald Norman (1988), “Princípios de orientação”; Jakob Nielsen (1993), “Heurísticas de usabilidade”; Bruce Tognazzini (1987), “Guidelines de Interface humana” e Christien Bastien e Dominique Scapin (1993), “Critérios ergonômicos para avaliação de interfaces humano- computador”. 3. Metodologia A estratégia metodológica dessa pesquisa foi dividida em três fases (Figura1). Cada fase desenvolvida para entender e estudar todos os aspectos relacionados às questões de pesquisa. Figura 1: Etapas da Metodologia Em primeiro lugar, a revisão da literatura foi realizada para tornar-se a base de o estudo. Após o estudo teórico, e identificação do problema, foi definido o universo da pesquisa. O público-alvo consistiu em professores graduados ou em graduação em andamento que desejam montar cursos em salas MOODLE disponíveis gratuitamente na Web. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um roteiro com a técnica de avaliação de Usabilidade Ensaio de Interação6 e a aplicação de um Questionário. Para a aplicação das ferramentas de coleta de dados foi selecionada uma amostra de cinco professores, número defendido por Nielsen (1990) como suficiente para encontrar 80% dos problemas usabilidade de uma interface. O questionário teve como objetivo coletar dados sobre o perfil do usuário e impressões sobre a interface que passaram despercebidos durante o Ensaio de Interação. A classificação dos dados consistiu em duas etapas: caracterização do usuário e Usabilidade do 6 Um Ensaio de Interação consiste em uma simulação de uso do sistema da qual participam pessoas representativas de seu público-alvo onde são apresentadas algumas tarefas para o usuário realizá-las (CYBIS, 2000).
  • 5. 5 Moodle. Nessa fase buscou-se averiguar o nível de experiência dos participantes da pesquisa com relação ao uso do Moodle. Para análise e classificação dos dados obtidos com o Ensaio de Interação foram utilizados dois procedimentos: gravação da interação do usuário com o sistema usando um software de captura de tela do computador e o método Verbalização Simultânea abordada por Cybis (2000). Método que consiste em solicitar aos usuários que além de executarem a tarefa, também comentem o que estão pensando enquanto a executam. Os comentários feitos pelos participantes foram anotados para que posteriormente fossem analisados. Após a realização do Ensaio de Interação e aplicação do questionário com os participantes, foi realizada a Avaliação Heurística das funcionalidades do Moodle tomadas para análise, baseando-se nos conceitos teóricos defendidos por Nielsen (2001). Para os problemas de usabilidade encontrados foram sugeridas melhorias para sua interface através de wireframes7 e intervenções projetuais em determinadas telas do sistema. 3. Resultados 3.1 Ensaio de Interação Este processo de avaliação teve início quando foram apresentados aos 5 participantes da pesquisa os principais recursos (cenários) do MOODLE8 . Em seguida foram apresentadas as tarefas a serem realizadas, sendo elas: a) Criar um curso; b) Inserir um usuário dentro do curso criado, c) Ativar edição (torna possível a edição do bloco ou item); d) Acrescentar a atividade Fórum no curso criado, ou seja, as funções mais básicas do AVA. A síntese dos resultados obtidos com o Ensaio de Interação pode ser observada nas tabelas a seguir: Tabela 1: Porcentagem de tarefas realizadas com sucesso Tarefa Tarefas completadas com sucesso Criar um curso 100 % Inserir usuário no curso criado 80% Ativar edição 100 % Acrescentar a atividade Fórum 80 % 7 Wireframe é um rascunho de uma tela específica que posiciona a informação e a navegação, incluindo-se aí agrupamento, ordem e hierarquia do conteúdo (MEMORIA, 2005). 8 Sala virtual previamente criada e disponível em: http://educacaoeadupe.freewebclass.com/course/view.php?id=2
  • 6. 6 Apesar da simplicidade das tarefas estipuladas para essa fase da avaliação, a tabela 1 demonstra que duas atividades requeridas não foram completadas. Dos cinco usuários, apenas 1, representando 20% do total não realizou as tarefas correspondentes a inserir usuário e acrescentar a atividade Fórum no sistema. Lembrando que o não cumprimento de qualquer uma dessas tarefas implicaria na ineficiência na gerência de um curso através do ambiente virtual. A Figura 2 mostra o tempo total que cada usuário levou para completar as tarefas. Por serem as ferramentas mais básicas do sistema, esperava-se a rápida execução das tarefas. Porém, foi registrado usuários que levaram mais de 60 minutos para a execução das atividades. Para o tempo cronometrado individualmente dos 5 usuários foi verificado que primeiro levou 80 min para a realização das tarefas, o segundo 60 min, o terceiro 14 min, o quarto 15 min e o quinto 34 min. Foi observado que mesmo sendo solicitados aos usuários que executassem apenas as tarefas do roteiro, esses exploraram todos os recursos, links, janelas e afins de cada tarefa. Mesmo considerando o viés dessa exploração, é importante lembrar que esses recursos fazem parte do sistema, e por isso não deve ser discriminado no processo de avaliação da usabilidade do MOODLE. 0 20 40 60 80 100 1 2 3 4 5 Minutos Figura 2: Tempo total (em minutos) para execução das tarefas. Paralelo ao ensaio de interação foi executado também o método de Verbalização Simultânea. Através do qual os usuários expuseram suas impressões em relação ao sistema, em tempo real. Durante a execução dos métodos, 4 usuários apresentaram dificuldades em identificar o objetivo de algumas ferramentas, como: no processo de acrescentar uma tarefa solicitada, os usuários não conseguiram identificar quais campos dos formulários são de preenchimento obrigatório, pois a legenda que faz tal identificação só é mostrada no final do formulário o que não permite uma rápida visualização de quais campos são obrigatórios. Percebeu-se que o processo de recorrer ao menu ajuda dos sistema (identificada pelo ícone de uma interrogação que é disponibilizada em todos os campos de cada formulário e
  • 7. 7 nas seções do site) gerou certa insatisfação para 2 usuários, já que muitas vezes a informação fornecida pelo sistema não foi clara o suficiente. Com os dados obtidos nessa avaliação conclui-se ainda que a maior dificuldade encontrada pelos 5 usuários foi a falta de compreensão dos significado das nomenclaturas e termos técnicos do sistema. Tais problemas apontados pelos usuários tiveram influência direta nos resultados demonstrados na tabela 1 e na Figura 2. A tabela 2 apresenta as tarefas realizadas conforme os problemas de interação do sistema encontrados durante o Ensaio de Interação, demonstrado o tipo de problema evidenciado pelos usuários em cada uma das atividades solicitadas. Tabela 2: Tarefas realizadas relacionadas com os problemas de interação do MOODLE. Tarefa Problema Criar um curso Atribuição de significado Inserir usuário no curso criado Atribuição de significado/ Navegação Ativar edição (tornar possível a edição do bloco ou item) Incompreensão de como usar Acrescentar a atividade Fórum (para a realização desta tarefa a edição precisa estar ativada) Atribuição de significado/ Navegação 3.2 Questionário Após o Ensaio de Interação foi aplicado o Questionário. Com relação à Usabilidade, procurou-se conhecer o grau de satisfação dos 5 usuários com relação ao sistema e coletar informações sobre a sua experiência durante o processo de criar e organizar um curso no MOODLE.
  • 8. 8 0 1 2 3 4 5 6 Nomenclaturas Legibilidade das letras Realces (ícones, cores, etc.) Facilidade de aprendizado Número de etapas para realizar uma tarefa Ajuda do sistema Avaliações Negativas Avaliações Positivas Figura 3: Dados coletados sobre Usabilidade do MOODLE Os dados apresentados na Figura 3 correspondem às questões sobre o processo criar e organizar um curso no MOODLE. Quanto às nomenclaturas dadas às janelas, tópicos e botões 3 usuários afirmaram que essas não são de fácil compreensão, 4 usuários classificaram a forma e tamanho das letras como fáceis de ler, 4 usuários afirmaram que as tarefas podem ser executadas de maneira rápida e/ou lógica, 3 usuários garantiram que o número de etapas para a realização de uma tarefa é pequena, 4 usuários alegaram que o sistema disponibiliza um menu de ajuda caso tenha alguma dúvida e os 5 usuários afirmaram que os realces (ícones, cores, etc.) disponíveis são suficientes. 3.3 Avaliação Heurística9 A avaliação heurística foi realizada com o objetivo de estudar a usabilidade das funções e atividades realizadas durante o ensaio de interação. Proporcionando uma justificativa teórica para os problemas encontrados pelos participantes da pesquisa, ao utilizarem funções básicas do MOODLE, assim como investigar outros problemas na estruturação da interface. Este método de avaliação é baseado no julgamento dos seus avaliadores. Nessa fase, percorreu-se a interface do MOODLE, relacionado os princípios de usabilidade (heurísticas) aos problemas detectados classificando-os conforme o grau de severidade. Durante a avaliação, foi encontrado um total de seis problemas. A descrição dos problemas de Usabilidade encontrados pode ser observada nas seções a seguir. 9 A Avaliação Heurística, desenvolvida por Nielsen e Molich (1990) é um método de inspeção sistemático de Usabilidade que tem como objetivo identificar problemas de interação com a interface, a esses problemas são atribuídos graus de severidade.
  • 9. 9 Problema 1: Página inicial A página inicial (Figura 4) não deixa claro o objetivo do site, este problema, de acordo com as observações realizadas, corresponde a Heurística 1 – Visibilidade e Status do sistema, classificado com grau de severidade 2 (problema de baixa prioridade - pode ser reparado). A recomendação para esse problema é que seja apresentada ao usuário na página inicial uma visão ampla da estratégia pedagógica do MOODLE e das suas funcionalidades. Figura 4: Página inicial atual do MOODLE Problema 2: Formulários Nos formulários ao longo do site existem palavras e/ou frases de interpretação ambígua, o usuário não consegue identificar com clareza a informação que se pede. Este problema é relativo à Heurística 2 - Relacionamento entre a interface do sistema e o mundo real, classificado com grau de severidade 3 - Grave (Problema de alta prioridade - deve ser reparado). Figura 5: Mensagem “Inserir valor” referente ao preenchimento de campo obrigatório
  • 10. 10 Para solucionar este problema, faz-se necessária a substituição das palavras e/ou frases que não fazem sentido para o usuário por nomenclaturas mais compreensíveis e contextualizadas com sua realidade. Problema 3: Tratamento de erro do sistema Quando aparece um erro a descrição é mostrada em inglês, este problema faz referência a duas heurísticas diferentes: Heurística 2 - Relacionamento entre a interface do sistema e o mundo real classificado e Heurística 9 - Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar de erros, classificado como grau, ambos classificados com grau de severidade 3 - Grave (Problema de alta prioridade - deve ser reparado). Aconselha-se que os erros, quando ocorrerem seja traduzido para a língua nativa do usuário. No caso dessa avaliação, recomenda-se a tradução dos erros para a língua portuguesa. Figura 6: Mensagem de erro do MOODLE Problema 4: Legenda de campos obrigatórios nos formulários Nos formulários, a legenda que identifica os campos obrigatórios só é exibida no final da página. Este problema faz referência à Heurística 1 - Visibilidade de Status do Sistema, classificada com grau de severidade 2 - Simples (Problema de baixa prioridade - pode ser reparado). Recomenda-se a possibilidade da legenda ser colocada em uma área mais visível do site, como por exemplo, o topo da página. Figura 7: Legenda de campos obrigatórios em um formulário no MOODLE
  • 11. 11 Problema 5: Ajuda do sistema O site não possui uma seção “Ajuda” na página inicial. A ajuda é identificada pelo ícone de uma interrogação e é disponibilizada em todos os campos de cada formulário e seção ao longo da plataforma (Figura 8). Este problema é relativo à Heurística 10 - Ajuda e documentação, classificado com grau de severidade 4 - Catastrófico (Muito grave, deve ser reparado de qualquer forma). Como recomendação, sugere-se que seja criada uma seção de ajuda ou um FAQ na página inicial apresentando uma breve descrição de seus recursos para que os usuários entendam quais são e como estes funcionam. Figura 8: Ajuda da seção “Criar um novo curso” Problema 6: Ativar edição A opção “Ativar edição” não deixa claro o objetivo da sua função, o usuário é forçando a se lembrar de que toda vez que for acrescentar algum recurso ou personalizar suas configurações deve acioná-la. Este problema é relativo à Heurística 6 – Reconhecer em vez de relembrar, classificado com grau de severidade 3 - Grave (Problema de alta prioridade - deve ser reparado). Figura 9: Botão “Ativar edição” do MOODLE Para a resolução desse erro, recomenda-se retirar o botão “Ativar edição” e permitir que a edição seja realizada diretamente nos campos sem a necessidade desse processo ser intermediado por um botão específico como é o que ocorre atualmente.
  • 12. 12 4. Wireframes Com base na análise dos problemas de Usabilidade encontrados e nas recomendações para melhoria da interface discutidas na seção anterior, foram produzidos wireframes com propostas para a mudança da interface do MOODLE. Neste artigo os wireframes têm como proposta auxiliar o entendimento das sugestões de melhoria descritas e também apresentar aos desenvolvedores quais elementos da interface necessita de correção. É importante salientar que as indicações de melhoria limitam-se aos problemas encontrados nos recursos tomados para análise. As recomendações apresentadas são direcionadas ao FreeWebClass10 mas podem ser aplicadas em outros ambientes de aprendizagem que utilizam a plataforma MOODLE. Pelo MOODLE ser uma plataforma de software de código aberto, todas essas recomendações podem ser imediatamente implementadas. 4.1 Página inicial Para a página inicial (Figura 4 - seção 3.3 Avaliação Heurística) foram definidos dois botões: um com o rótulo “Sobre” e o outro “Ajuda” como mostra a Figura 10. Figura 10: Wireframe da página inicial Os Wireframes das seções Sobre e Ajuda pode ser visto na Figura 11. Ao clicar no botão “Sobre” (1) o usuário seria direcionado para uma nova seção do site onde por meio de conteúdos multimídia (2) - infográficos, textos ou vídeos, teria uma breve descrição dos 10 FreeWebClass é um servidor dedicado exclusivamente à hospedagem de salas virtuais MOODLE disponível em: http://freewebclass.com/.
  • 13. 13 recursos disponíveis e uma visão geral de suas possibilidades de uso no MOODLE. Ao clicar no botão “Ajuda” (1) o usuário seria direcionado para uma nova seção (2) onde encontraria tutoriais em forma de texto, diagramas ou vídeos ensinando como usar os recursos ou solucionar um determinado problema. Figura 11: Wireframes da seção "Sobre" e "Ajuda" A proposta dispõe ainda de um espaço para enquete na página inicial (Figura 10) visando à possibilidade de que as respostas coletadas sirvam posteriormente como base para a construção de um FAQ. 4.2 Formulários Para os problemas referentes às nomenclaturas dos formulários, a criação e inserção de atividades propõe-se a reestruturação das informações, tornando-as mais detalhadas, simples e diretas. No formulário correspondente ao processo de criar um novo curso, substituiu-se a descrição do campo “Nome completo” por “Nome completo do curso” conforme mostra a Figura 13, pois os usuários confundiam a informação preenchendo o campo com o seu nome completo, ao invés de informar o nome completo do curso.
  • 14. 14 Figura 12: Novo rótulo do campo do formulário para criar um novo curso No formulário para acrescentar a atividade Fórum, substituiu-se a palavra “Inserir um valor” por “Este campo não pode ser deixado em branco” (Figura 14) por se tratar de um campo de preenchimento obrigatório. Figura 13: Novo rótulo para o feedback do campo obrigatório do formulário Com base nas observações realizadas no Ensaio de Interação e na Avaliação heurística, a substituição do rótulo desse campo se faz necessária, já que a mensagem “Inserir um valor” não informa com precisão qual tipo de informação deve ser inserido. Como os formulários são muito longos, propõem-se ainda que a legenda informando a existência de campos obrigatórios fique localizada em uma área mais visível. Nesse caso, a legenda que ficava no final do formulário passou para o seu inicio conforme exemplifica a Figura 15. Figura 14: Nova localização da legenda indicativa de campos obrigatórios no formulário
  • 15. 15 4.3 Botão Ativar edição Para o botão “Ativar edição” recomenda-se a sua exclusão, fazendo que a edição das configurações sejam realizadas diretamente nos campos ou seções da interface. Não mais havendo a necessidade do intermédio desse botão para incluir atividades, personalizar a interface ou fazer alterações nos blocos de informação, como exemplifica a Figura 16. Essa mudança busca tornar a ativação da edição mais natural aos usuários, atrelando aos conteúdos e não à sala de aula virtual. Figura 15: Wireframe da edição dos campos e seções do MOODLE 5. Considerações finais Ao fim da pesquisa, foi possível levantar dados importantes em relação à usabilidade do AVA MOODLE. Durante todo o estudo, através dos métodos de pesquisa, percebemos que os participantes da pesquisa apontaram vários problemas de usabilidade no sistema, e todos esses problemas já haviam sido discutidos exaustivamente nos textos de Nielsen (1990, 2012), e por vários outros autores da área, como Agner (2008), Schneiderman (1998) e a própria ISO 9241-11 (1998). Essas falhas apontam a falta de acuidade e, até mesmo, descaso dos desenvolvedores do sistema MOODLE. Questões como recuperação de erros, memorização e visibilidade das ferramentas do sistema, foram destacadas por seus conceitos negativos durante a realização do Ensaio de Interação. Todos esses problemas influenciam diretamente no modo de uso do sistema, pois abordamos suas funções mais básicas, e, tratando-se de um AVA, essas dificuldades se tornam ainda mais críticas. As recomendações presentes no texto se apresentam de fácil execução, e auxiliam a combater os erros apontados pelos participantes da pesquisa, relacionados a questões de
  • 16. 16 Usabilidade e Navegabilidade. Modificação do sistema de rotulação e diminuição dos links nas telas foram soluções para auxiliar a Navegação do sistema, que segundo Padovani e Moura (2008) auxiliam na usabilidade do MOODLE. O desenvolvimento de um AVA requer mais cuidado com essas questões de usabilidade, dado o seu objetivo principal. Porém o MOODLE, por ser um sistema de código aberto, apresenta a vantagem de ser flexível, sujeito a mudanças e passível de acompanhar o estado da arte da Usabilidade e Interação Homem- Computador. Neste artigo ainda, os wireframes têm como proposta auxiliar o entendimento das sugestões de melhoria descritas e também apresentar a desenvolvedores quais ferramentas básicas da interface do MOODLE necessitam maiores cuidados e correções. Esta é uma pesquisa importante para o softwares de EAD, levando em consideração a relevância de estudos na área de Interface Humano Computador – IHC, Usabilidade, Qualidade de Softwares e de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. O próximo passo da pesquisa é investigar também a perspectiva de professores a Usabilidade do MOODLE em outras ferramentas específicas, e também consideradas básicas, como a inserção dos recursos Lição, Glossário e Questionário, por essas ferramentas permitirem que o professor ao criá-las possa avaliar a produção dos seus alunos dentro do próprio sistema. 6. Referências Bibliográficas AGNER, L., Ergodesign e arquitetura de informação; trabalhando com o usuário. Rio de Janeiro: Quarter, 2. ed. 2009. ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Tecnologia e educação a distância: abordagens e Contribuições dos ambientes digitais e interativos de Aprendizagem. (2003). Disponível em: http://www.imed.edu.br/files/contents/9.PDF. Acesso em 20 de abril de 2012. CÔNSOLO Adriane. MOODLE no Brasil e no mundo. Disponível em: http://www.moodlelivre.com.br/categoria/34-noticias/24-moodle-no-brasil-e-no-mundo.html. Acesso em 30 de março de 2012. DUARTE. Newton. Vygotsky e o aprender a aprender. Editora AUTORES ASSOCIADOS. 2000. FERREIRA, Simone Bacellar Leal; NUNES, Ricardo Rodrigues. e-usabilidade. Rio de Janeiro – RJ: LTC, 2011. GUERTIN, L., ORMAND, C., NOVAK, G.; GAVRIN, A. Just in Time Teaching (JiTT). Disponível em: http://serc.carleton.edu/introgeo/justintime/index.html. 2012. Acesso em 12 de agosto de 2012. ISO 9241:11. ISO: International Organization for Standardization: Ergonomic requirements for office work with visual display terminals (VDTs), part 11 -Guidelines for specifying and measuring usability: Gènève, 1998.
  • 17. 17 LIMA, Reis Jorge; Capitão Zélia. E-learning e E-conteúdos: Aplicações das teorias tradicionais e modernas de ensino e aprendizagem à organização e estruturação de e- cursos. Portugal: Centro Atlântico, 2003. LITTLEJOHN, A.; PEGLER, C. Preparing for Blended e-Learning. Routledge. (2007). LYNCH, T. D. and LYNCH, C. E. (2012). “Web-Based Education”. Published by The Innovation Journal: The Public Sector Innovation Journal www.innovation.cc Vol. 8, No.4. MEMORIA, Felipe. Design Para a Internet: projetando a experiência perfeita. Rio de Janeiro: Elsevier editora LTDA, 2005. MORAN, T. The Command Language Grammars: a representation for the user interface of interactive computer systems. Em International Journal of Man-Machine Studies, Academic Press, 1981. MOORE, Michael; KEARSLEY, Greg. Educação à Distância: uma visão integrada. São Paulo – SP: Cengage Learning, 2011. NIELSEN, J.; MOLICH, R. Heuristic evaluation of user interfaces. In: EMPOWERING PEOPLE - CHI’90 CONFERENCE Proceedings. New York: ACMPress, 1990. NIELSEN, Jakob (2003). Usability 101: Introduction to Usability. Disponível em: http://www.useit.com/alertbox/20030825.html, acesso em 09 de julho de 2012. PADOVANI, Stephania; MOURA, Dinara. Navegação em Hipermídia: uma abordagem centrada no usuário. Rio de Janeiro – RJ: Editora Ciência Moderna LTDA, 2008. SIMÃO, Neto Antonio. Didática e Design Instrucional. Curitiba – PR: IESDE BRASIL IESDE BRASIL, 2009. SCHRÖEDER, Christine da Silva. 2009. Educação a distância e mudança organizacional na escola de administração da ufrgs: uma teoria substantiva. Disponível em http://navi.ea.ufrgs.br/artigos/Tese_Christine.pdf, acesso em 8 de setembro de 2012. SHNEIDERMAN, B. Designing the user interface; estrategies for effective humancomputer interation. 3. ed. Chicago: Addison Wesley, 1998.