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Economia Monetária
Regra de Taylor e Modelos de Taylor e Walsh

Prof. Dra. Roseli da Silva
roselisilva@fearp.usp.br
Programa e Cronograma


Conteúdo

 Revisão

de macro, modelo completo com
expectativas racionais
 Modelos de Oferta e Demanda Agregadas e Regra
de Taylor para regime de Metas de Inflação



Modelo de Taylor
Modelo de Walsh
Curva de Phillips e Expectativas
Racionais


se as pessoas estão persistente e
sistematicamente cometendo erros, elas não
podem ser consideradas racionais.



Um agente racional deveria aprender com seus
erros e usar de todas as informações
disponíveis (não só os valores passados da
variável esperada) a fim de formar suas
expectativas.
Curva de Phillips e Expectativas
Racionais


Supõe-se que os mercados de bens e
serviços, assim como o de trabalho, não
sejam competitivos:
 Os

trabalhadores podem barganhar por
salários nominais maiores, se houver menos
desemprego;
 Os empresários podem formar seus preços a
partir de um mark up sobre os custos de
produção.
Curva de Phillips e Expectativas
Racionais


Os trabalhadores podem barganhar por salários
nominais maiores, se houver menos
desemprego;
 Dadas

as expectativas de preços dos trabalhadores
(Pe), eles são capazes de alcançar salários nominais
maiores (W) se o desemprego (u) for menor.
 W=Pef(u), com f’(u) < 0
 Como menos desemprego é igual a mais emprego
(N) e mais emprego é igual a mais produto (Y):
 W=Pef(Y), com f’(Y) > 0
Curva de Phillips e Expectativas
Racionais


Os empresários podem formar seus
preços (P) a partir de um mark up ()
sobre os custos de produção.
 Considerando

que os principais custos são os
salários nominais (W), temos:
 P = (1+) W
Curva de Phillips e Expectativas
Racionais


Utilizando a definição de salários anterior
W=Pef(Y) :
P

= (1+) W
 P = (1+)Pef(Y), com f’(Y) > 0


O que explica porque a curva de oferta
agregada é positivamente inclinada e que
ela depende das expectativas de preços!
Modelo Macro completo
P = nível
geral de
preços

AO
Equilíbrio
macroeconômico

P = (1+)Pef(Y)

DA
Y = f(M/P ou i, G, T, e, Y*,i*)
y = produto
real
Política econômica – DA e OA



Suponha que inicialmente partimos de um
equilíbrio de médio prazo (P = Pe), ponto A.
Política monetária restritiva, com câmbio flexível
 Via

open market: BC vende títulos públicos, preço do
título cai e sua taxa de retorno sobe.
 Elevação em juros, reduz investimento produtivo e
consumo, diminui a demanda agregada, que diminui
a renda
 Renda em queda e juros em elevação, faz as
pessoas quererem menos moeda, de fato
Política econômica – DA e OA


Renda em queda e juros em elevação 
excesso de oferta de moeda estrangeira
 queda na taxa nominal de câmbio 
estimula as importações e desestimula as
exportações, levando a um efeito ainda
maior de queda na demanda agregada.
Política econômica – DA e OA






Conforme a demanda agregada cai, e as
empresas aumentam seus estoques, passam a
produzir menos e, portanto, a contratarem
menos trabalhadores.
Com isso, aumente o desemprego e os salários
nominais caem;
Os preços dos bens e serviços, como mark-up
sobre os custos de salários, também caem.
Ponto B: equilíbrio de curto prazo
 Com

efetivo tradeoff entre inflação e desemprego
Efeitos de curto prazo
P = nível
geral de
preços

Equilíbrio
macroeconômico

P=Pe
P<Pe

AO

P = (1+)Pef(Y)

A
B
DA
Y = f(M/P ou i, G, T, e, Y*,i*)
y = produto
real
Efeitos de médio prazo







Em B, observe que os agentes estão formulando
expectativas de preços acima dos preços efetivamente
alcançados pela economia;
Como eles formam suas expectativas racionalmente,
vão revisá-las de forma a não cometerem erros
sistemáticos
E os preços esperados começam a cair.
Quando esse movimento de revisão de expectativas
ocorre ao longo do tempo, significa que os preços
praticados pelas empresas caem também, lembre-se:


P = (1+)Pef(Y), com f’(Y) > 0
Efeitos de médio prazo







Os trabalhadores também revisam suas expectativas de preços, o
que os faz aceitar salários nominais mais baixos, enquanto as
empresas contratam mais trabalhadores (a curva de Oferta
Agregada começa a se movimentar para baixo);
Conforme os preços caem, os estoques reais de ativos financeiros
se elevam, o de moeda inclusive.
As pessoas realocam seus portfólios e compram mais títulos
públicos, causando uma elevação nos preços deles e consequente
queda em sua remuneração, a taxa básica de juros.
Tal movimento expande a demanda agregada, levando a economia
de volta ao ponto de produto inicial, considerado o produto natural.
Efeitos de médio prazo
P = nível
geral de
preços

Equilíbrio
macroeconômico

P=Pe
P<Pe
P=Pe

AO

P = (1+)Pef(Y)

A
B
C

ynatural

DA
Y = f(M/P ou i, G, T, e, Y*,i*)
y = produto
real
Efeitos de médio prazo




No ponto C, a economia retornou ao seu
produto natural, compatível com o equilíbrio no
mercado de trabalho e com os equilíbrios
financeiros e real.
A política monetária restritiva teve um impacto
de curto prazo sobre o produto, mas no médio
prazo, com a revisão das expectativas, o efeito
final foi apenas sobre o nível geral de preços.
 Ou

seja: não há tradeoff entre inflação e desemprego
e a política monetária afeta apenas a inflação!
Macroeconomia Moderna


No nível da prática, pode-se dizer que há
uma visão comum da macroeconomia,
que evolui gradualmente a partir da
revolução das expectativas racionais na
década de 70 e se solidificou na década
de noventa, tanto do ponto de vista
teórico, quanto de aplicação prática.
Macroeconomia Moderna


Podem-se destacar cinco componentes fundamentais na macroeconomia
moderna:
1.
2.
3.

4.

5.

O produto real de longo prazo está associado à produtividade de fatores de
produção e tecnologia;
Não há tradeoff de longo prazo entre inflação e desemprego – a política
monetária é neutra em relação às variáveis reais no longo prazo;
Há tradeoff entre inflação e desemprego no curto prazo, com importantes
impactos sobre a flutuação econômica em torno da tendência de crescimento do
produto;
As expectativas de inflação e das decisões de política futuras afetam as
decisões dos agentes no presente (como vimos no caso do investimento
produtivo);
É melhor gerenciar a política monetária por meio de regras que
discricionariamente, ajustando a taxa de juros nominal de curto prazo – o
instrumento de política monetária – em reação aos eventos econômicos.
Crescimento econômico




A tendência do produto real de longo prazo (produto potencial)
pode ser compreendida a partir de modelos de crescimento em que
o produto depende, basicamente, dos fatores de produção capital e
trabalho e no nível de desenvolvimento tecnológico que o país
disponha, tal como estudamos no nível microeconômico
anteriormente.
Dessa forma, a análise do crescimento econômico depende
fundamentalmente do crescimento da produtividade do trabalho e
do capital por trabalhador, assim como do desenvolvimento de
novas tecnologias de produção. Consequentemente, os
determinantes do crescimento tecnológico também precisam ser
analisados, tais como educação, pesquisa e desenvolvimento, e o
processo de invenção e inovação.
Flutuações econômicas


Para compreender as flutuações em torno
do produto potencial, é necessário trazer
os demais elementos para a análise: o
tradeoff de curto prazo, as expectativas, e
a política monetária, que se combinam em
três relações de três variáveis e podem
ser combinados de uma maneira simples
num instrumental gráfico.
Demanda agregada


1. A primeira relação é entre o produto
real e a taxa real de juros. O produto real
(y) medido em termos relativos ao
potencial depende inversamente da taxa
real de juros (r) e é afetado também por
outras variáveis tais como as de política
fiscal (gastos e impostos), exportações
líquidas.
Demanda agregada


A relação inversa entre o produto real e a taxa de juros
real é facilmente compreendida com o que já estudamos
até aqui: taxa real de juros é o custo de oportunidade
para o investimento produtivo bem como para o
consumo das famílias referentes a bens de consumo
duráveis e semi-duráveis – quanto maior a taxa de juros
real, menores esses dois componentes da demanda
agregada (investimento e consumo).
y   ar  u
y  produto



real

r  taxa real de juros
u  termo

de mudança

, choque

nas exp or liq ou na pol

fiscal
Regra de política monetária




A segunda relação é entre a taxa de inflação (π) e a
taxa real de juros (r). A relação é diretamente
proporcional.
Quanto maior a taxa de inflação, mais o gestor de
política monetária eleva a taxa nominal de juros
(instrumento de política monetária) a fim de elevar a
taxa real de juros e afetar a demanda agregada para
baixo, reduzindo as pressões sobre os preços
(eliminando o excesso de demanda agregada sobre a
oferta agregada) e, portanto, buscando reduzir a inflação
futura.
Regra de política monetária


Essa é uma descrição simples de como os bancos
centrais, atualmente, gerenciam a política monetária
num regime de metas de inflação – nesse tipo de
regime, o instrumento é operado com vistas à inflação
futura, embora outras preocupações pudessem também
afetar tal decisão, como o desemprego, por exemplo.
r  b  
r  taxa real de juros

  taxa de inf lação
u  termo

de mudança

Regra de Taylor “rígida”: não
incorpora a possibilidade de
que o BC também objetive
estabilidade do produto.
Regra de política monetária



Dessa forma se estabelece a regra de atuação
na gerência da política monetária.
Note que, uma vez o banco central tenha
estabelecido a meta para o instrumento
monetário operacional, a taxa nominal de juros,
ele deve atuar no mercado monetário da
maneira que já estudamos de forma a fazer com
que a demanda e a oferta por títulos
públicos/moeda levem a uma taxa de juros de
equilíbrio compatível com a meta estipulada.
Oferta agregada




A terceira relação é entre inflação (π) e produto
real (y) e mostra que a taxa de inflação aumenta
quando o produto real está acima do potencial,
sinalizando pressões de demanda.
É uma Curva de Phillips aumentada pelas
expectativas
  

.

1

 cy

w  termo

1

 w

de mudança
Oferta agregada


Porém esse efeito não é no mesmo momento do
tempo, ou seja, há uma defasagem na
ocorrência dessa relação, prazo em que os
sistemas de mercado estão se ajustando para
os novos preços de equilíbrio, num contexto de
preços não totalmente flexíveis (um ambiente
econômico em que são considerados os
contratos).
Oferta agregada




Nesse ambiente também se supõe que as
firmas possuem algum poder de mercado e
podem reajustar os preços no período seguinte,
quando há pressões de demanda no presente
(o que é mais realista que mercados
perfeitamente competitivos).
Se houver uma expectativa, por parte das
firmas, de que haverá uma elevação na taxa de
inflação no futuro, os preços podem começar a
subir já no momento corrente.
Representação gráfica




Uma representação gráfica simples desse sistema nos
ajuda a compreender as flutuações econômicas.
Combinando as relações em 1 e 2, obtemos uma
relação negativa entre inflação e produto real,
expressando a curva de demanda agregada da
economia (DA).
Movimentos ao longo dessa curva ocorrem quando a
inflação (mostrada no eixo vertical) muda e o banco
central, em resposta, muda a taxa de juros real
causando uma mudança no produto real (eixo
horizontal).
Representação gráfica


A terceira relação também pode ser expressa
nesse mesmo gráfico como uma linha
horizontal, uma vez que a inflação muda quando
o produto está acima ou abaixo do potencial,
expressando o ajustamento lento da taxa de
inflação (preços rígidos), substituindo a curva de
oferta agregada que aparece em modelos
macroeconômicos mais antigos.
Representação gráfica
Equilíbrio
Final

Inflação (π)

AI1
B

AI (Ajustamento da
inflação – OA)
DA1
DA
Produto real (y)

Produto
Potencial

Equilíbrio
Inicial
Estática Comparativa: política fiscal









Suponha que haja um estímulo fiscal, que seja permanente, como um corte
de impostos, o que acontece nessa economia?
Esse estímulo muda permanentemente a demanda agregada dessa
economia, aumentando-a, o que equivale graficamente ao deslocamento
mostrado em DA1.
Isto provoca uma elevação no produto real no curto prazo (ponto B no
gráfico).
Ao longo do tempo, entretanto, a taxa de inflação cresce e a curva de
ajustamento da inflação começa a se mover para cima, ilustrando
exatamente o comportamento descrito pela relação 3.
Ela se move até onde?
Até que não haja mais pressão sobre os preços, ou seja, até que o produto
determinando pela demanda agregada seja igual ao potencial. Assim, no
longo prazo, o efeito do estímulo fiscal se refletiu apenas em mais inflação.
Estática Comparativa: política
monetária








O mesmo raciocínio pode ser feito para compreender os efeitos de uma
política Monetária.
Para aproveitarmos o mesmo gráfico, suponha que o banco central realize
uma operação de open market de compra de títulos públicos.
Os efeitos serão os seguintes, acompanhando o raciocínio lógico que
desenvolvemos até aqui: haverá um excesso de demanda por títulos
públicos que leva a uma elevação dos preços dos títulos e
conseqüentemente uma queda nos seus retornos – a taxa básica de juros.
Com inflação constante, a taxa real de juros também cai e isso estimula a
demanda agregada (DA1).
O produto real cresce no curto prazo, porém estando acima do potencial,
haverá pressões sobre os preços, e a curva de ajustamento da inflação
começa a mostrar o ajustamento ao longo tempo, deslocando-se para
cima.
Estática Comparativa: política
monetária





Com maior inflação (estoque real de moeda cai, os agentes vendem
títulos públicos, o que eleva a taxa básica de juros), a taxa real de
juros começa volta ao patamar anterior que é superior, o que
desestimula os investimentos e o consumo, diminuindo a demanda
agregada (caminho sobre a curva DA1, para trás) e, com isso,
diminuindo o produto e a pressão sobre os preços.
Quando o processo de ajuste termina?
Quando os preços tiverem subido o suficiente para compensar a
queda da taxa de juros nominais causada pela política Monetária e
recompor o patamar de juros reais compatíveis com a produtividade
do fator de produção capital e o produto voltar a ser igual ao
potencial – ou seja, a política monetária é totalmente ineficaz no
longo prazo.
Meta de Inflação: Modelo Taylor
y   ar  u
y  produto

Demanda Agregada
real

r  taxa real de juros
u  termo

de mudança

, choque

nas exp or liq ou na pol

r  b  
r  taxa real de juros

  taxa de inf lação
u  termo

  

1

 cy

w  termo

1

 w

de mudança

de mudança

fiscal

Regra de Taylor “rígida”:
não incorpora a
possibilidade de que o BC
também objetive
estabilidade do produto.
Oferta Agregada –
Curva de Phillips
aumentada pelas
expectativas
Representação gráfica
Equilíbrio
Final

Inflação (π)

AI1
B

AI (Ajustamento da
inflação – OA)
DA1
DA
Produto real (y)

Produto
Potencial

Equilíbrio
Inicial
Estática Comparativa: política
monetária




Este modelo é bastante simplificado e permite a
avaliação de estática comparativa em termos de
Choques (alterações nos termos de mudança de cada
componente do modelo).
Ou de alterações de política monetária




O banco central poderia considerar que o nível de inflação
alcançado após o choque positivo de demanda agregada seja
excessivo (acima da meta para o período);
Então, deveria promover uma política monetária restritiva, que,
por sua vez diminuiria a DA  o produto de curto prazo ficando
abaixo do potencial leva à revisão das expectativas de inflação
para baixo.
Modelo de Walsh


Modelo para análise macro intermediária,
com dispositivo gráfico que envolve:
gap do produto = produto observado (y) –
produto de pleno emprego (yn)
(diferentemente do modelo do Taylor)
 Taxa de inflação
o
Modelo de Walsh


Os modelos do tipo DA-OA não são
adequados para a análise macro moderna
porque:
 São

expressos em termos de produto e de
nível de preços;
 Os objetivos de política do banco central não
são explicitados.
Modelo de Walsh


Dois componentes:
 Curva

de Phillips aumentada pelas expectativas, sob
a hipótese de rigidez de preços (p. ex.: custos de
menu) e/ou salários (p. ex.: salários justapostos)
 Descrição da política monetária, que reflete as
preferências do gestor de política entre inflação e
produto (é uma representação em forma reduzida do
lado da demanda do modelo).
Walsh: Curva de Phillips




Relaciona inflação π à inflação esperada πe, ao
estado do ciclo de negócios, medido pelo gap
do produto, e a um choque de inflação (e), que
captura qualquer outro fator que a afeta:
Por conveniência, adota-se o gap do produto
em termos percentuais (x):
x 

.

y  y
y

n

n

  

e

 ax  e
Walsh: Curva de Phillips
Inflação (П, %)
CP

Пe

Gap produto (x, %)
DA tradicional




Pedagogicamente vantajoso trocar a tradicional
curva de demanda agregada, por uma que
associa inflação e gap do produto;
A hipótese implícita em modelos de DA é de que
o BC fixa o estoque nominal de moeda e não
reage sistematicamente aos acontecimentos
econômicos – o que é inapropriado para
analisar política de metas de inflação
DA tradicional
Faz parecer que a política monetária seja
exógena, ao invés de refletir o fato de que
a maior parte das ações de política
representa reações endógenas à
economia.
 Portanto, é melhor focar explicitamente na
escolha de política do banco central.

Regras de política monetária
1.

Regras de Taylor: Especifica como o bc reage
à inflação e à atividade econômica.


2.

Provê uma boa descrição empírica da política do
Federal Reserve desde meados de 1980 e do BC
brasileiro, desde junho de 1999.

Definir os objetivos do bc, tipicamente
estabilização da inflação e do gap do produto,
que então fixa seus instrumentos de política
para alcançar seus objetivos.
(2 é consistente com 1)
Regra de política monetária




A vantagem da segunda abordagem é que ela
permite compreender como mudanças ao longo
do tempo nos objetivos de política monetária
resultarão em comportamentos de política
diferentes.
Assuma que a autoridade monetária (AM) aja
sistematicamente para minimizar as flutuações
do gap do produto e da inflação em torno da sua
meta πT
Regra de política monetária
Sistematicamente, significa que a AM
equilibra os custos e benefícios marginais
de suas ações de política – age de
maneira ótima – dado seus objetivos.
 Assuma que o custo marginal seja
proporcional aos desvios da inflação e do
gap em torno de seus respectivos alvos.

Regra de política monetária


Custo marginal das flutuações do gap do produto (meta
= 0):
x



Custo marginal das flutuações da inflação (meta = πT ):



k  


T



Os parâmetros λ e k medem os custos percebidos pelo
bc
Regra de política monetária


Como exemplo, considere um bc que
enfrenta uma recessão (x < 0) e pretende
empurrar x para perto de sua meta (0).
Aumentar um pouco x, por Δx, produz um
ganho de:
  x x
Regra de política monetária


Ao mesmo tempo, há um custo, já que uma
elevação em x resultará também em elevação
da inflação, de acordo com a Curva de Phillips,
de:
  ax





O custo dessa elevação,do ponto de vista das
preferências do bc, é, então:



ak   

T

 x
Regra de política monetária


Como o comportamento otimizador do bc
o leva a escolher igualando benefícios a
custos marginais:



  x  x  ak   

x  

ak





T

 x



T


Regra de política monetária e DA




Essa relação entre gap do produto e desvios da
inflação do seu alvo é consistente com um
desenho de política monetária que minimiza os
custos da variabilidade da inflação e do produto.
Porém, outros fatores afetam a demanda
agregada e o produto em maneiras que a AM
não pode prever perfeitamente. O termo u
denota o impacto desses outros fatores
(incluindo política fiscal) sobre a demanda
agregada:
Regra de política monetária e DA
x  


ak







T

 u

Que pode ser rescrita como:
  

T

  x  u 

com

 


ak

53
Regra de política monetária e DA


Aquela equação define uma relação linear entre o gap
do produto e inflação, ignorando o termo u, intercepto da
curva RPM (regra de política monetária) é πT :
Inflação (П, %)
CP

RPM

Пe
ПT
Gap do produto (x, %)
Regra de política monetária e DA






Note que a inclinação da RPM depende da
importância relativa para a AM de seus objetivos
de produto e inflação (λ/k).
Um aumento na importância relativa do produto
(aumento em λ) aumenta a inclinação da curva
RPM.
Mudanças na curva RPM surgem a partir de u
(reações da política monetária entre inflação e
produto ocorrem ao longo da curva)
Equilíbrio Macroeconômico


O equilíbrio macroeconômico de curto prazo ocorre na intersecção
das curvas de OA e DA (ponto E1).
Inflação (П, %)
CP

RPM

Пe
E1
ПT

Gap do produto (x, %)
Equilíbrio Macro: Curto Prazo




Em E1, o benefício marginal de empurrar o gap
para sua meta é contrabalanceado pelo custo
marginal da inflação adicional que resultaria da
expansão do produto.
O produto abaixo de sua taxa natural (gap
negativo) é consistente com a escolha de
política monetária porque a inflação está acima
da meta – o bc está disposto a aceitar a
recessão porque considera a inflação muito
elevada (π1 > πT).
Equilíbrio Macro: Curto Prazo


Em E1, por outro lado, a inflação está abaixo da
esperada pelos agentes. Ao longo do tempo, os agentes
reconhecem que a inflação observada é menor que a
que eles esperam, o que fará a inflação esperada cair




 combinação entre inflação e produto no lado da oferta muda
(CP começa a se deslocar para baixo)

Com a queda na inflação, o custo marginal da inflação
também cai, levando a AM a optar por uma política
monetária expansionista (como isso se traduz em
redução da taxa de juros nominal veremos mais adiante)


 mudança de política monetária significa caminhar ao longo
da curva RPM
Equilíbrio Macro: Curto Prazo
Inflação (П, %)
CP

RPM

Пe
E1

E2
ПT

Cai o custo da inflação
 PM expansionista
 E2
Gap do produto (x, %)
Equilíbrio Macro: Longo Prazo
No longo prazo, a curva de Phillips se
move até que as expectativas dos agentes
coincida com a meta da AM.
 Neste ponto, o gap do produto é nulo.
 O ajustamento das expectativas de
inflação joga um papel crítico no
movimento da economia para o equilíbrio
de longo prazo.

Outras Análises Interessantes
Mudança na meta de inflação
 Choques temporários na economia


 Choque

de inflação
 Choque de demanda


Flutuações e a regra de política
(variabilidade do produto e da inflação)
Por trás da CPM


Até aqui, deixamos os detalhes da
implementação da política monetária implícitos:




CPM  síntese da relação inflação e gap
consistente com comportamento otimizador do bc em
equilibrar custos e benefícios de suas ações de
política

Porém, por trás da CPM há o mecanismo de
transmissão monetário – as ligações que
conectam as mudanças dos instrumentos do bc
aos resultados de inflação e produto.
Mecanismo de transmissão


Taxa de juros nominal de curto prazo
O

BC brasileiro utiliza as operações de mercado
aberto com títulos de curto prazo para controlar a
taxa básica (Selic).



A ligação entre a taxa básica e atividade
econômica e inflação se dá por meio da
Demanda Agregada.
A

tradicional curva IS trata a demanda agregada real
como uma função decrescente da taxa real de juros.
Mecanismo de transmissão


Curva IS simples (normalizada pelo produto de
pleno emprego):
y

y





n



y0

y

n



 b i

e

 u

i = taxa nominal de juros
Coeficiente negativo:
 Efeito

substituição intertemporal sobre consumo
 Efeitos sobre o investimento, enquanto custo de
oportunidade e disponibilidade de crédito.
Mecanismo de transmissão


A taxa de juros real de equilíbrio de longo
prazo é dada por (já que y = yn):
r



y0  y



by

r





x0
b

n

n
Mecanismo de transmissão


Como a análise gráfica foi expressa em termos de gap
do produto, é conveniente subtrair 1 de ambos os lados
da curva IS:
y
y

n



y0

1 

y

1 b i

n



x  x0  b i  

e

e

 u

 u
Usando r* anterior:



x  b i  

e

 r



 u
Mecanismo de transmissão


Na ausência de choques de demanda, o
produto estará abaixo da taxa natural (gap
<0) se a taxa de juros real corrente está
acima da taxa de equilíbrio de longo prazo
(r*).
Regra de Taylor


Expressar i como função da inflação e do gap
do produto.
 Como

ambos, inflação e gap, são endógenos, há
várias maneiras de expressar a regra de reação da
AM.



Como a análise gráfica mostra os valores de
equilíbrio de curto prazo de x e π como funções
de πe, πT e dos choques, uma maneira de
expressar a regra de política é:
Regra de Taylor
1.

Resolver o equilíbrio de OA e CPM para x:
 

e

 

2.

 ax  e
T

x 

  x 



T



a

e



 e



Substituindo na última equação da curva IS e
resolvendo para i:
i  r





e





T



e

b a  

 e




Regra de Taylor
3.

Somando e subtraindo πT


i  r

i  r



i  i

com

T





T

T





 

T

e





e

T



T

 r





T

T



e

 e

b a  







1
 1 
 
b a    


i



e







T



T

b a  
e









e
b a  
e

b a  




Regra de Taylor



iT é a taxa nominal de juros de equilíbrio de longo prazo
(é a meta da taxa nominal de juros perseguida pelo BC).
O coeficiente da taxa de inflação esperada é maior que
a unidade;




A regra de política requer que a taxa nominal de juros aumente
mais que um-para-um quando a inflação esperada se eleva
acima da meta do bc.
Isto assegura que um aumento na inflação esperada leve o bc a
elevar a taxa nominal de juros mais ainda, o suficiente para
aumentar a taxa real de juros, contraindo a economia real.
Regra de Taylor
A taxa nominal de juros também é
plenamente ajustada para qualquer
mudança na estimativa de r* do bc, a taxa
de juros real de equilíbrio;
 Também é elevada em resposta a um
choque positivo de inflação, já que tal
choque reduz o gap do produto.


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Regra de Taylor e modelos macroeconômicos

  • 1. Economia Monetária Regra de Taylor e Modelos de Taylor e Walsh Prof. Dra. Roseli da Silva roselisilva@fearp.usp.br
  • 2. Programa e Cronograma  Conteúdo  Revisão de macro, modelo completo com expectativas racionais  Modelos de Oferta e Demanda Agregadas e Regra de Taylor para regime de Metas de Inflação   Modelo de Taylor Modelo de Walsh
  • 3. Curva de Phillips e Expectativas Racionais  se as pessoas estão persistente e sistematicamente cometendo erros, elas não podem ser consideradas racionais.  Um agente racional deveria aprender com seus erros e usar de todas as informações disponíveis (não só os valores passados da variável esperada) a fim de formar suas expectativas.
  • 4. Curva de Phillips e Expectativas Racionais  Supõe-se que os mercados de bens e serviços, assim como o de trabalho, não sejam competitivos:  Os trabalhadores podem barganhar por salários nominais maiores, se houver menos desemprego;  Os empresários podem formar seus preços a partir de um mark up sobre os custos de produção.
  • 5. Curva de Phillips e Expectativas Racionais  Os trabalhadores podem barganhar por salários nominais maiores, se houver menos desemprego;  Dadas as expectativas de preços dos trabalhadores (Pe), eles são capazes de alcançar salários nominais maiores (W) se o desemprego (u) for menor.  W=Pef(u), com f’(u) < 0  Como menos desemprego é igual a mais emprego (N) e mais emprego é igual a mais produto (Y):  W=Pef(Y), com f’(Y) > 0
  • 6. Curva de Phillips e Expectativas Racionais  Os empresários podem formar seus preços (P) a partir de um mark up () sobre os custos de produção.  Considerando que os principais custos são os salários nominais (W), temos:  P = (1+) W
  • 7. Curva de Phillips e Expectativas Racionais  Utilizando a definição de salários anterior W=Pef(Y) : P = (1+) W  P = (1+)Pef(Y), com f’(Y) > 0  O que explica porque a curva de oferta agregada é positivamente inclinada e que ela depende das expectativas de preços!
  • 8. Modelo Macro completo P = nível geral de preços AO Equilíbrio macroeconômico P = (1+)Pef(Y) DA Y = f(M/P ou i, G, T, e, Y*,i*) y = produto real
  • 9. Política econômica – DA e OA   Suponha que inicialmente partimos de um equilíbrio de médio prazo (P = Pe), ponto A. Política monetária restritiva, com câmbio flexível  Via open market: BC vende títulos públicos, preço do título cai e sua taxa de retorno sobe.  Elevação em juros, reduz investimento produtivo e consumo, diminui a demanda agregada, que diminui a renda  Renda em queda e juros em elevação, faz as pessoas quererem menos moeda, de fato
  • 10. Política econômica – DA e OA  Renda em queda e juros em elevação  excesso de oferta de moeda estrangeira  queda na taxa nominal de câmbio  estimula as importações e desestimula as exportações, levando a um efeito ainda maior de queda na demanda agregada.
  • 11. Política econômica – DA e OA     Conforme a demanda agregada cai, e as empresas aumentam seus estoques, passam a produzir menos e, portanto, a contratarem menos trabalhadores. Com isso, aumente o desemprego e os salários nominais caem; Os preços dos bens e serviços, como mark-up sobre os custos de salários, também caem. Ponto B: equilíbrio de curto prazo  Com efetivo tradeoff entre inflação e desemprego
  • 12. Efeitos de curto prazo P = nível geral de preços Equilíbrio macroeconômico P=Pe P<Pe AO P = (1+)Pef(Y) A B DA Y = f(M/P ou i, G, T, e, Y*,i*) y = produto real
  • 13. Efeitos de médio prazo     Em B, observe que os agentes estão formulando expectativas de preços acima dos preços efetivamente alcançados pela economia; Como eles formam suas expectativas racionalmente, vão revisá-las de forma a não cometerem erros sistemáticos E os preços esperados começam a cair. Quando esse movimento de revisão de expectativas ocorre ao longo do tempo, significa que os preços praticados pelas empresas caem também, lembre-se:  P = (1+)Pef(Y), com f’(Y) > 0
  • 14. Efeitos de médio prazo     Os trabalhadores também revisam suas expectativas de preços, o que os faz aceitar salários nominais mais baixos, enquanto as empresas contratam mais trabalhadores (a curva de Oferta Agregada começa a se movimentar para baixo); Conforme os preços caem, os estoques reais de ativos financeiros se elevam, o de moeda inclusive. As pessoas realocam seus portfólios e compram mais títulos públicos, causando uma elevação nos preços deles e consequente queda em sua remuneração, a taxa básica de juros. Tal movimento expande a demanda agregada, levando a economia de volta ao ponto de produto inicial, considerado o produto natural.
  • 15. Efeitos de médio prazo P = nível geral de preços Equilíbrio macroeconômico P=Pe P<Pe P=Pe AO P = (1+)Pef(Y) A B C ynatural DA Y = f(M/P ou i, G, T, e, Y*,i*) y = produto real
  • 16. Efeitos de médio prazo   No ponto C, a economia retornou ao seu produto natural, compatível com o equilíbrio no mercado de trabalho e com os equilíbrios financeiros e real. A política monetária restritiva teve um impacto de curto prazo sobre o produto, mas no médio prazo, com a revisão das expectativas, o efeito final foi apenas sobre o nível geral de preços.  Ou seja: não há tradeoff entre inflação e desemprego e a política monetária afeta apenas a inflação!
  • 17. Macroeconomia Moderna  No nível da prática, pode-se dizer que há uma visão comum da macroeconomia, que evolui gradualmente a partir da revolução das expectativas racionais na década de 70 e se solidificou na década de noventa, tanto do ponto de vista teórico, quanto de aplicação prática.
  • 18. Macroeconomia Moderna  Podem-se destacar cinco componentes fundamentais na macroeconomia moderna: 1. 2. 3. 4. 5. O produto real de longo prazo está associado à produtividade de fatores de produção e tecnologia; Não há tradeoff de longo prazo entre inflação e desemprego – a política monetária é neutra em relação às variáveis reais no longo prazo; Há tradeoff entre inflação e desemprego no curto prazo, com importantes impactos sobre a flutuação econômica em torno da tendência de crescimento do produto; As expectativas de inflação e das decisões de política futuras afetam as decisões dos agentes no presente (como vimos no caso do investimento produtivo); É melhor gerenciar a política monetária por meio de regras que discricionariamente, ajustando a taxa de juros nominal de curto prazo – o instrumento de política monetária – em reação aos eventos econômicos.
  • 19. Crescimento econômico   A tendência do produto real de longo prazo (produto potencial) pode ser compreendida a partir de modelos de crescimento em que o produto depende, basicamente, dos fatores de produção capital e trabalho e no nível de desenvolvimento tecnológico que o país disponha, tal como estudamos no nível microeconômico anteriormente. Dessa forma, a análise do crescimento econômico depende fundamentalmente do crescimento da produtividade do trabalho e do capital por trabalhador, assim como do desenvolvimento de novas tecnologias de produção. Consequentemente, os determinantes do crescimento tecnológico também precisam ser analisados, tais como educação, pesquisa e desenvolvimento, e o processo de invenção e inovação.
  • 20. Flutuações econômicas  Para compreender as flutuações em torno do produto potencial, é necessário trazer os demais elementos para a análise: o tradeoff de curto prazo, as expectativas, e a política monetária, que se combinam em três relações de três variáveis e podem ser combinados de uma maneira simples num instrumental gráfico.
  • 21. Demanda agregada  1. A primeira relação é entre o produto real e a taxa real de juros. O produto real (y) medido em termos relativos ao potencial depende inversamente da taxa real de juros (r) e é afetado também por outras variáveis tais como as de política fiscal (gastos e impostos), exportações líquidas.
  • 22. Demanda agregada  A relação inversa entre o produto real e a taxa de juros real é facilmente compreendida com o que já estudamos até aqui: taxa real de juros é o custo de oportunidade para o investimento produtivo bem como para o consumo das famílias referentes a bens de consumo duráveis e semi-duráveis – quanto maior a taxa de juros real, menores esses dois componentes da demanda agregada (investimento e consumo). y   ar  u y  produto  real r  taxa real de juros u  termo de mudança , choque nas exp or liq ou na pol fiscal
  • 23. Regra de política monetária   A segunda relação é entre a taxa de inflação (π) e a taxa real de juros (r). A relação é diretamente proporcional. Quanto maior a taxa de inflação, mais o gestor de política monetária eleva a taxa nominal de juros (instrumento de política monetária) a fim de elevar a taxa real de juros e afetar a demanda agregada para baixo, reduzindo as pressões sobre os preços (eliminando o excesso de demanda agregada sobre a oferta agregada) e, portanto, buscando reduzir a inflação futura.
  • 24. Regra de política monetária  Essa é uma descrição simples de como os bancos centrais, atualmente, gerenciam a política monetária num regime de metas de inflação – nesse tipo de regime, o instrumento é operado com vistas à inflação futura, embora outras preocupações pudessem também afetar tal decisão, como o desemprego, por exemplo. r  b   r  taxa real de juros   taxa de inf lação u  termo de mudança Regra de Taylor “rígida”: não incorpora a possibilidade de que o BC também objetive estabilidade do produto.
  • 25. Regra de política monetária   Dessa forma se estabelece a regra de atuação na gerência da política monetária. Note que, uma vez o banco central tenha estabelecido a meta para o instrumento monetário operacional, a taxa nominal de juros, ele deve atuar no mercado monetário da maneira que já estudamos de forma a fazer com que a demanda e a oferta por títulos públicos/moeda levem a uma taxa de juros de equilíbrio compatível com a meta estipulada.
  • 26. Oferta agregada   A terceira relação é entre inflação (π) e produto real (y) e mostra que a taxa de inflação aumenta quando o produto real está acima do potencial, sinalizando pressões de demanda. É uma Curva de Phillips aumentada pelas expectativas    . 1  cy w  termo 1  w de mudança
  • 27. Oferta agregada  Porém esse efeito não é no mesmo momento do tempo, ou seja, há uma defasagem na ocorrência dessa relação, prazo em que os sistemas de mercado estão se ajustando para os novos preços de equilíbrio, num contexto de preços não totalmente flexíveis (um ambiente econômico em que são considerados os contratos).
  • 28. Oferta agregada   Nesse ambiente também se supõe que as firmas possuem algum poder de mercado e podem reajustar os preços no período seguinte, quando há pressões de demanda no presente (o que é mais realista que mercados perfeitamente competitivos). Se houver uma expectativa, por parte das firmas, de que haverá uma elevação na taxa de inflação no futuro, os preços podem começar a subir já no momento corrente.
  • 29. Representação gráfica   Uma representação gráfica simples desse sistema nos ajuda a compreender as flutuações econômicas. Combinando as relações em 1 e 2, obtemos uma relação negativa entre inflação e produto real, expressando a curva de demanda agregada da economia (DA). Movimentos ao longo dessa curva ocorrem quando a inflação (mostrada no eixo vertical) muda e o banco central, em resposta, muda a taxa de juros real causando uma mudança no produto real (eixo horizontal).
  • 30. Representação gráfica  A terceira relação também pode ser expressa nesse mesmo gráfico como uma linha horizontal, uma vez que a inflação muda quando o produto está acima ou abaixo do potencial, expressando o ajustamento lento da taxa de inflação (preços rígidos), substituindo a curva de oferta agregada que aparece em modelos macroeconômicos mais antigos.
  • 31. Representação gráfica Equilíbrio Final Inflação (π) AI1 B AI (Ajustamento da inflação – OA) DA1 DA Produto real (y) Produto Potencial Equilíbrio Inicial
  • 32. Estática Comparativa: política fiscal       Suponha que haja um estímulo fiscal, que seja permanente, como um corte de impostos, o que acontece nessa economia? Esse estímulo muda permanentemente a demanda agregada dessa economia, aumentando-a, o que equivale graficamente ao deslocamento mostrado em DA1. Isto provoca uma elevação no produto real no curto prazo (ponto B no gráfico). Ao longo do tempo, entretanto, a taxa de inflação cresce e a curva de ajustamento da inflação começa a se mover para cima, ilustrando exatamente o comportamento descrito pela relação 3. Ela se move até onde? Até que não haja mais pressão sobre os preços, ou seja, até que o produto determinando pela demanda agregada seja igual ao potencial. Assim, no longo prazo, o efeito do estímulo fiscal se refletiu apenas em mais inflação.
  • 33. Estática Comparativa: política monetária      O mesmo raciocínio pode ser feito para compreender os efeitos de uma política Monetária. Para aproveitarmos o mesmo gráfico, suponha que o banco central realize uma operação de open market de compra de títulos públicos. Os efeitos serão os seguintes, acompanhando o raciocínio lógico que desenvolvemos até aqui: haverá um excesso de demanda por títulos públicos que leva a uma elevação dos preços dos títulos e conseqüentemente uma queda nos seus retornos – a taxa básica de juros. Com inflação constante, a taxa real de juros também cai e isso estimula a demanda agregada (DA1). O produto real cresce no curto prazo, porém estando acima do potencial, haverá pressões sobre os preços, e a curva de ajustamento da inflação começa a mostrar o ajustamento ao longo tempo, deslocando-se para cima.
  • 34. Estática Comparativa: política monetária    Com maior inflação (estoque real de moeda cai, os agentes vendem títulos públicos, o que eleva a taxa básica de juros), a taxa real de juros começa volta ao patamar anterior que é superior, o que desestimula os investimentos e o consumo, diminuindo a demanda agregada (caminho sobre a curva DA1, para trás) e, com isso, diminuindo o produto e a pressão sobre os preços. Quando o processo de ajuste termina? Quando os preços tiverem subido o suficiente para compensar a queda da taxa de juros nominais causada pela política Monetária e recompor o patamar de juros reais compatíveis com a produtividade do fator de produção capital e o produto voltar a ser igual ao potencial – ou seja, a política monetária é totalmente ineficaz no longo prazo.
  • 35. Meta de Inflação: Modelo Taylor y   ar  u y  produto Demanda Agregada real r  taxa real de juros u  termo de mudança , choque nas exp or liq ou na pol r  b   r  taxa real de juros   taxa de inf lação u  termo    1  cy w  termo 1  w de mudança de mudança fiscal Regra de Taylor “rígida”: não incorpora a possibilidade de que o BC também objetive estabilidade do produto. Oferta Agregada – Curva de Phillips aumentada pelas expectativas
  • 36. Representação gráfica Equilíbrio Final Inflação (π) AI1 B AI (Ajustamento da inflação – OA) DA1 DA Produto real (y) Produto Potencial Equilíbrio Inicial
  • 37. Estática Comparativa: política monetária    Este modelo é bastante simplificado e permite a avaliação de estática comparativa em termos de Choques (alterações nos termos de mudança de cada componente do modelo). Ou de alterações de política monetária   O banco central poderia considerar que o nível de inflação alcançado após o choque positivo de demanda agregada seja excessivo (acima da meta para o período); Então, deveria promover uma política monetária restritiva, que, por sua vez diminuiria a DA  o produto de curto prazo ficando abaixo do potencial leva à revisão das expectativas de inflação para baixo.
  • 38. Modelo de Walsh  Modelo para análise macro intermediária, com dispositivo gráfico que envolve: gap do produto = produto observado (y) – produto de pleno emprego (yn) (diferentemente do modelo do Taylor)  Taxa de inflação o
  • 39. Modelo de Walsh  Os modelos do tipo DA-OA não são adequados para a análise macro moderna porque:  São expressos em termos de produto e de nível de preços;  Os objetivos de política do banco central não são explicitados.
  • 40. Modelo de Walsh  Dois componentes:  Curva de Phillips aumentada pelas expectativas, sob a hipótese de rigidez de preços (p. ex.: custos de menu) e/ou salários (p. ex.: salários justapostos)  Descrição da política monetária, que reflete as preferências do gestor de política entre inflação e produto (é uma representação em forma reduzida do lado da demanda do modelo).
  • 41. Walsh: Curva de Phillips   Relaciona inflação π à inflação esperada πe, ao estado do ciclo de negócios, medido pelo gap do produto, e a um choque de inflação (e), que captura qualquer outro fator que a afeta: Por conveniência, adota-se o gap do produto em termos percentuais (x): x  . y  y y n n    e  ax  e
  • 42. Walsh: Curva de Phillips Inflação (П, %) CP Пe Gap produto (x, %)
  • 43. DA tradicional   Pedagogicamente vantajoso trocar a tradicional curva de demanda agregada, por uma que associa inflação e gap do produto; A hipótese implícita em modelos de DA é de que o BC fixa o estoque nominal de moeda e não reage sistematicamente aos acontecimentos econômicos – o que é inapropriado para analisar política de metas de inflação
  • 44. DA tradicional Faz parecer que a política monetária seja exógena, ao invés de refletir o fato de que a maior parte das ações de política representa reações endógenas à economia.  Portanto, é melhor focar explicitamente na escolha de política do banco central. 
  • 45. Regras de política monetária 1. Regras de Taylor: Especifica como o bc reage à inflação e à atividade econômica.  2. Provê uma boa descrição empírica da política do Federal Reserve desde meados de 1980 e do BC brasileiro, desde junho de 1999. Definir os objetivos do bc, tipicamente estabilização da inflação e do gap do produto, que então fixa seus instrumentos de política para alcançar seus objetivos. (2 é consistente com 1)
  • 46. Regra de política monetária   A vantagem da segunda abordagem é que ela permite compreender como mudanças ao longo do tempo nos objetivos de política monetária resultarão em comportamentos de política diferentes. Assuma que a autoridade monetária (AM) aja sistematicamente para minimizar as flutuações do gap do produto e da inflação em torno da sua meta πT
  • 47. Regra de política monetária Sistematicamente, significa que a AM equilibra os custos e benefícios marginais de suas ações de política – age de maneira ótima – dado seus objetivos.  Assuma que o custo marginal seja proporcional aos desvios da inflação e do gap em torno de seus respectivos alvos. 
  • 48. Regra de política monetária  Custo marginal das flutuações do gap do produto (meta = 0): x  Custo marginal das flutuações da inflação (meta = πT ):  k    T  Os parâmetros λ e k medem os custos percebidos pelo bc
  • 49. Regra de política monetária  Como exemplo, considere um bc que enfrenta uma recessão (x < 0) e pretende empurrar x para perto de sua meta (0). Aumentar um pouco x, por Δx, produz um ganho de:   x x
  • 50. Regra de política monetária  Ao mesmo tempo, há um custo, já que uma elevação em x resultará também em elevação da inflação, de acordo com a Curva de Phillips, de:   ax   O custo dessa elevação,do ponto de vista das preferências do bc, é, então:  ak    T  x
  • 51. Regra de política monetária  Como o comportamento otimizador do bc o leva a escolher igualando benefícios a custos marginais:    x  x  ak    x   ak   T  x  T 
  • 52. Regra de política monetária e DA   Essa relação entre gap do produto e desvios da inflação do seu alvo é consistente com um desenho de política monetária que minimiza os custos da variabilidade da inflação e do produto. Porém, outros fatores afetam a demanda agregada e o produto em maneiras que a AM não pode prever perfeitamente. O termo u denota o impacto desses outros fatores (incluindo política fiscal) sobre a demanda agregada:
  • 53. Regra de política monetária e DA x    ak    T  u Que pode ser rescrita como:    T   x  u  com    ak 53
  • 54. Regra de política monetária e DA  Aquela equação define uma relação linear entre o gap do produto e inflação, ignorando o termo u, intercepto da curva RPM (regra de política monetária) é πT : Inflação (П, %) CP RPM Пe ПT Gap do produto (x, %)
  • 55. Regra de política monetária e DA    Note que a inclinação da RPM depende da importância relativa para a AM de seus objetivos de produto e inflação (λ/k). Um aumento na importância relativa do produto (aumento em λ) aumenta a inclinação da curva RPM. Mudanças na curva RPM surgem a partir de u (reações da política monetária entre inflação e produto ocorrem ao longo da curva)
  • 56. Equilíbrio Macroeconômico  O equilíbrio macroeconômico de curto prazo ocorre na intersecção das curvas de OA e DA (ponto E1). Inflação (П, %) CP RPM Пe E1 ПT Gap do produto (x, %)
  • 57. Equilíbrio Macro: Curto Prazo   Em E1, o benefício marginal de empurrar o gap para sua meta é contrabalanceado pelo custo marginal da inflação adicional que resultaria da expansão do produto. O produto abaixo de sua taxa natural (gap negativo) é consistente com a escolha de política monetária porque a inflação está acima da meta – o bc está disposto a aceitar a recessão porque considera a inflação muito elevada (π1 > πT).
  • 58. Equilíbrio Macro: Curto Prazo  Em E1, por outro lado, a inflação está abaixo da esperada pelos agentes. Ao longo do tempo, os agentes reconhecem que a inflação observada é menor que a que eles esperam, o que fará a inflação esperada cair    combinação entre inflação e produto no lado da oferta muda (CP começa a se deslocar para baixo) Com a queda na inflação, o custo marginal da inflação também cai, levando a AM a optar por uma política monetária expansionista (como isso se traduz em redução da taxa de juros nominal veremos mais adiante)   mudança de política monetária significa caminhar ao longo da curva RPM
  • 59. Equilíbrio Macro: Curto Prazo Inflação (П, %) CP RPM Пe E1 E2 ПT Cai o custo da inflação  PM expansionista  E2 Gap do produto (x, %)
  • 60. Equilíbrio Macro: Longo Prazo No longo prazo, a curva de Phillips se move até que as expectativas dos agentes coincida com a meta da AM.  Neste ponto, o gap do produto é nulo.  O ajustamento das expectativas de inflação joga um papel crítico no movimento da economia para o equilíbrio de longo prazo. 
  • 61. Outras Análises Interessantes Mudança na meta de inflação  Choques temporários na economia   Choque de inflação  Choque de demanda  Flutuações e a regra de política (variabilidade do produto e da inflação)
  • 62. Por trás da CPM  Até aqui, deixamos os detalhes da implementação da política monetária implícitos:   CPM  síntese da relação inflação e gap consistente com comportamento otimizador do bc em equilibrar custos e benefícios de suas ações de política Porém, por trás da CPM há o mecanismo de transmissão monetário – as ligações que conectam as mudanças dos instrumentos do bc aos resultados de inflação e produto.
  • 63. Mecanismo de transmissão  Taxa de juros nominal de curto prazo O BC brasileiro utiliza as operações de mercado aberto com títulos de curto prazo para controlar a taxa básica (Selic).  A ligação entre a taxa básica e atividade econômica e inflação se dá por meio da Demanda Agregada. A tradicional curva IS trata a demanda agregada real como uma função decrescente da taxa real de juros.
  • 64. Mecanismo de transmissão  Curva IS simples (normalizada pelo produto de pleno emprego): y y   n  y0 y n   b i e  u i = taxa nominal de juros Coeficiente negativo:  Efeito substituição intertemporal sobre consumo  Efeitos sobre o investimento, enquanto custo de oportunidade e disponibilidade de crédito.
  • 65. Mecanismo de transmissão  A taxa de juros real de equilíbrio de longo prazo é dada por (já que y = yn): r  y0  y  by r   x0 b n n
  • 66. Mecanismo de transmissão  Como a análise gráfica foi expressa em termos de gap do produto, é conveniente subtrair 1 de ambos os lados da curva IS: y y n  y0 1  y 1 b i n  x  x0  b i   e e  u  u Usando r* anterior:  x  b i   e  r   u
  • 67. Mecanismo de transmissão  Na ausência de choques de demanda, o produto estará abaixo da taxa natural (gap <0) se a taxa de juros real corrente está acima da taxa de equilíbrio de longo prazo (r*).
  • 68. Regra de Taylor  Expressar i como função da inflação e do gap do produto.  Como ambos, inflação e gap, são endógenos, há várias maneiras de expressar a regra de reação da AM.  Como a análise gráfica mostra os valores de equilíbrio de curto prazo de x e π como funções de πe, πT e dos choques, uma maneira de expressar a regra de política é:
  • 69. Regra de Taylor 1. Resolver o equilíbrio de OA e CPM para x:   e   2.  ax  e T x    x   T  a e   e  Substituindo na última equação da curva IS e resolvendo para i: i  r   e   T  e b a    e  
  • 70. Regra de Taylor 3. Somando e subtraindo πT  i  r i  r  i  i com T   T T     T e   e T  T  r   T T  e  e b a       1  1    b a      i  e    T  T b a   e     e b a   e b a    
  • 71. Regra de Taylor   iT é a taxa nominal de juros de equilíbrio de longo prazo (é a meta da taxa nominal de juros perseguida pelo BC). O coeficiente da taxa de inflação esperada é maior que a unidade;   A regra de política requer que a taxa nominal de juros aumente mais que um-para-um quando a inflação esperada se eleva acima da meta do bc. Isto assegura que um aumento na inflação esperada leve o bc a elevar a taxa nominal de juros mais ainda, o suficiente para aumentar a taxa real de juros, contraindo a economia real.
  • 72. Regra de Taylor A taxa nominal de juros também é plenamente ajustada para qualquer mudança na estimativa de r* do bc, a taxa de juros real de equilíbrio;  Também é elevada em resposta a um choque positivo de inflação, já que tal choque reduz o gap do produto. 