SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  27
Introdução da Fisiopatologia
                                                                                                27

Saúde – Bem estar físico, mental e social onde há harmonia dos fenômenos vitais.
Doença – O contrário da saúde.
Patologia – Do Latim: Pathos (doença, sofrimento) Logos (estudo).
Fisiologia – Estudo do órgão em sua condição normal.
Fisiopatologia – Estudo do órgão com sua função doente.
Obs.: É preciso ter o conhecimento normal (do órgão, por exemplo) para entender a doença.

Etiologia (agente causador da doença)
Exógenos:
- Físico (trauma, raios ultravioletas, cigarro (calor), radiação ionizante).
- Químico (álcool, cigarro).
- Biológicos (bactérias, vírus, fungos, parasitas).
Endógenos (agentes do próprio organismo)
- Doenças genéticas, Cândida albicans (altera a flora bucal).
Idiopáticos
- Não reconhece a causa (por exemplo, lupos).
Iatrogênica
- Erro do profissional.

Patogenia
- Mecanismo da doença desde seu início até o final.

Etiopatogenia
- Causa da doença e mecanismo.

Sintomatologia
- Estudo dos sinais (mudança de tamanho, vermelhão) e sintomas (dor, náusea, febre).

Fisiopatologia
- Geral.
- Especial.
- Experimental.

Estudo da Anatomia Patológica
Macroscópica – Pode dar Hipótese Diagnóstica
- Visão (aumento ou diminuição de tamanho, alteração de cor), palpação (tipo de consistência)
e olfato.

Microscópia
- Citologia esfoliativa
É coletado o material e colocado no fixador (álcool 92%).
Resultados:
Classe 0 – Material insuficiente;
Classe I – Célula normal;
                                                                                                  27
Classe II – Células inflamatórias;
 Classe III – Displasia (alteração na relação núcleo/citoplasma (o núcleo fica grande e ocupa
quase todo o citoplasma (célula atípica);
Classe VI – Fortemente sugestiva de célula malígna (carcinoma in situ (só no epitélio)).
Classe V – Conclusivo de malignidade (carcinoma avançado (invade o tecido conjuntivo)).

- Biópsia – Antes de realizar, fazer a macroscopia. Remoção cirúrgica de uma lesão para análise
em um indivíduo vivo e colocada em um fixador (formol 10%). Não há contra indicações, mas
deve ter cuidado.
Tipos:
Excisional – Remoção cirúrgica de toda a lesão.
Incisional – Remoção cirúrgica de uma parte da lesão.

- Necropsia – Remoção cirúrgica (para análise) em cadáver.
S.V. O – Serviço de verificação de óbito (quando a morte é natural).
I.M. L – Instituto médico legal (quando ocorre homicídio, crime) envolve polícia.

Inflamação e Reparo Tecidual

Processo Inflamatório
A inflamação é uma reação complexa a vários agentes nocivos como os microorganismos e
células danificadas (geralmente necróticas).
A inflamação isola o agente nocivo e desencadeia uma série de eventos que tentam curar e
reconstruir (reparar) o tecido danificado.
A inflamação é um mecanismo de defesa (e não uma doença) que tem como objetivo eliminar
a causa da lesão celular e suas consequências.

As Duas Faces do Processo Inflamatório
Benefícios
- Proteção ao organismo;
- Aumento da perfusão local (fluxo celular defensor);
- Exsudato (líquido rico em proteína plasmática): dilui ou inativa o agente prejudicial;
- Aumento da secreção glandular – limpeza local;
- Coágulo local evitando disseminação;
- Cicatrização.

Malefícios
- Lesão temporária ou permanente dos tecidos acometidos;
- Alergias;
- Hipersensibilidade (dor);
- Doenças autoimune.
Obs.: O processo inflamatório é essencial para nosso organismo não podendo viver sem a
resposta inflamatória de nosso organismo. Inflamação só ocorre em tecido vascularizado
(tecido conjuntivo).
Características da Inflamação
                                                                                                     27
Requer um estímulo inicial:
- Agente biológico (infecção);
- Região de hipersensibilidade;
- Agente químico e físico;
- Necrose tecidual;
- Ocorre somente em tecidos vivos;
- Regiões vascularizadas;
- Séries de eventos que se sobrem põem;
- É uma reação de defesa essencial à vida.




Sinais Clínicos
Cinco sinais clínicos cardeais
- Calor;
- Rubor;
- Tumor;
- Dor;
- Perda de função.

Mediadores Químicos da Inflamação
1º Agente agressor;
2º Isquemia local (vasoconstrição) – Quem faz essa vasoconstrição são as Catecolaminas
(adrenalina e noradrenalina);
3º Alterações vasculares (vasodilatação) – Aumenta o fluxo sanguíneo (hiperemia), aumenta a
permeabilidade vascular (edema (aumento de líquido entre as células)) Substância químicas
vasodilatadoras.
Derivados do plasma: – Sistema complemento C3-a e C5-a (imunoglobulinas), - fator Hageman.
Derivados da célula: - mastócitos, basófilos, plaquetas e células endoteliais.
4º Eventos celulares – 1ª fase: migração leucocitária - O leucócito sai do centro do vaso (que é
o seu lugar) e vai para periferia do vaso. A hemácia sai da periferia e vai para o centro do vaso.
Como saiu o edema o leucócito fica mais pesado.
2º fase: rolagem – O leucócito está rolando pela periferia do vaso.
3ª fase: aderência – Quando o leucócito se adere na parede do vaso.
4ª fase: transmigração – Quando o leucócito sai para fora do vaso.
5ª fase: fagocitose – Quando o leucócito reconhece a bactéria, a coloca dentro do seu
citoplasma e a destrói.
Obs.: O primeiro leucócito a sair do vaso é o neutrófilo.
Quimiotaxia  substância que movimenta o leucócito.
Diapedese  movimento do leucócito fora do vaso sanguíneo até o agressor.

- A prostaglandina e a bradicinina provocam a dor no processo inflamatório.
- A interleucina 1 (ILI), fator de necrose tecidual (TNF) e a prostaglandina provocam a febre.
- Febre – tem efeito bacteriostático (impede o crescimento das bactérias).
                                                                                               27
- Os antiinflamatórios modulam a vasodilatação, diminui o edema e a dor.

Classificação do Processo Inflamatório
Inflamação Aguda
- Agente etiológico de alta intensidade e curta duração;
- Sinais cardeais mais agudos do que na inflamação crônica;
- Maior saída de exsudato do que na inflamação crônica;
- Maior quantidade de neutrófilos.

Inflamação Crônica
- Agente etiológico de baixa intensidade e longa duração;
- Sinais cardeais menos evidentes;
- Menor saída de exsudato;
- Leucócitos que predominam são mononucleares (linfócitos e os plasmócitos).

Tipos de Inflamação Aguda
- Processo inflamatório agudo seroso – albumina (exsudato). Ex: herpes.
- Inflamação aguda supurativa ou purulenta:
 Coleção de pus:
Abscesso (- microabscesso) - formação de pus no interior de uma cavidade neoformada.
Empiema - formação de pus no interior de uma cavidade anatômica (sinusite).
- Inflamação Aguda Fibrinosa - Paredes das artérias (hipertensão arterial maligna) e na
mucosa bucal. Ex.: Se o paramono cai na mucosa.
- Processo Inflamatório Agudo Hemorrágico - Saída de hemácias com exsudato.
- Processo Inflamatório Agudo Catarral – Muco.

Tipos de Inflamação Crônica
- Inflamação crônica inespecífica- Reação do tipo humoral AgxAc. O neutrófilo reconhece a
bactéria, percebe que é de baixa intensidade e longa duração então sofre apoptose e vira
plasmócito e linfócito.
- Inflamação crônica específica ou granulomatosa – Agente etiológico de baixa intensidade e
longa duração e de alto peso molecular. Ex.: animados (bactérias e fungos) e inanimados
(corpos estranho, sem vida). Doença paracocciodiodomicose causada pelo fungo
Paracoccidiose brasiliensis.
Linfócitos + plasmócitos + capilares neoformados + fibroblastos = tecido de granulação.
Os macrófagos se unem e dá origem às células gigantes.

Vasos Linfáticos e Linfonodos na Inflamação
 Vasos linfáticos são canais delicados cobertos por endotélio continuo pouca membrana basal,
quase sem apoio muscular.
- Na inflamação
O fluxo linfático aumenta e ajuda a drenar o edema do espaço extravascular (não apenas
fluído, mas leucócitos e restos celulares e até o agente nocivo). Representam uma linha de
defesa secundária.
27
Reparação Tecidual
- Regeneração – As células lesionadas vão ser substituídas por outras células com a morfologia
e função igual ao da célula perdida. Ex.: células epiteliais e no tecido ósseo.
- Cicatrização ou Fibrose – As células lesionadas são substituídas por outras células com a
morfologia e função diferente da célula perdida. As células danificadas substituídas por fibras
colágenas vai haver perda de função. Ex.: músculo, células.

Cicatrização de Feridas
- 1ª intenção ou cicatrização primária;
- 2ª intenção ou cicatrização secundária.

Primeira Intenção
- As bordas são aproximadas: enxertos ou retalhos;
- Cicatrização mais rápida e menor produção de colágeno;
- Cicatriz mais fina e melhor qualidade estética;
- O espaço da incisão é preenchido por sangue coagulado que contém fibrina e células
sanguíneas;
- A crosta serohemática: coágulo desidratado (casquinha). Se retirar antes da hora sangra
muito porque expõem o tecido de granulação.

Segunda Intenção
- Ferida mantida aberta (as bordas não se aproximam);
- Perda extensa de tecido e células;
- Maior produção de colágeno e tempo de reepitelização prolongado;
- Resultados estéticos menos favoráveis;
- Crescimento de quantidade abundante de tecido de granulação para completar o reparo.

Reparação Tecidual
Fases da reparação por 1ª intenção:
- Espaço aberto preenchido por coágulo;
- Após 24 horas: necrose, inflamação aguda;
- Após 48 horas: células epiteliais projetam-se depositando a membrana basal (após isso a
crosta serohemática solta);
- Após 72 horas: neutrófilos são trocados por macrófagos e formação do tecido de granulação;
- 5º dia: diminuição do tecido de granulação e aumento do colágeno;
- 2ª semana: leucócitos, edema, eritema desaparecem e aumento do colágeno.
Obs.: Resistência da ferida – Ao final da 1ª semana pode-se remover as suturas porque já
temos 10% da resistência da pele original.
- Ao final da 3ª semana: teremos 70-80% da recuperação da pele original.



Fatores que Interferem na Cicatrização
- Nutrientes – má-nutrição é importante fator de interferência na cicatrização, especialmente
em idosos (deficiência de vitamina C).
- Hipoproteinemia – retardo na cicatrização, inibição da angiogênese (formação de capilares),
                                                                                                    27
da proliferação e síntese de fibroblastos, interfere no acúmulo e remodelagem ao colágeno.

- Hipóxia (falta de nutrientes, deficiência nutricional) – encontrada em pacientes anêmicos, em
choque, com sepse, nefropatas e diabéticos. Feridas infectadas com hematoma e suturas
sobtensão.

- Diabetes – Neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distúrbio metabólicos.
- a ativação reduzida das células inflamatórias e a quimiotaxia reduzida resultam em menor
eficiência na destruição das bactérias.

- Infecção – a contaminação da ferida por bactérias acarreta em infecção clínica e retardo na
cicatrização.

- Drogas e outros fatores – corticosteróides (ex.: Decadron) inibem a migração de macrófagos,
a proliferação de fibroblastos e a síntese da matriz protéica.
- irradiação local: reduz população de fibroblastos e reduz potencial proliferativo do endotélio.

Aspectos Patológicos no Reparo das Feridas
- 1. Formação inadequada de tecido de granulação: vascularização inadequada (carne
esponjosa).
- 2. Formação excessiva dos componentes de reparo: excesso de colágeno pode originar uma
tumefação elevada = quelóide (muito colágeno, o volume aumenta e não há remodelação).
Para tratamento é preciso dar corticóide para inibir a produção de colágeno.
- 3. Contraturas (observada em pele de queimados).
  - Deiscência do ferimento (reabertura): herniações. Comum em região que possui força,
tração (abdômen). Hérnia – órgão que sai da sua posição original e pode comprimir tecidos.

Reparação do Tecido Ósseo
- Osteoblasto – síntese de tecido de mineralização;
- Osteócito – quando o osteoblasto para de sintetizar tecido (célula em repouso);
- Osteoclasto – faz a remodelação do tecido ósseo (reabsorve);
- Matriz óssea – orgânica (colágeno tipo I) e inorgânica (cálcio e fosfato).

Componentes Anatômicos do Tecido Ósseo
- Porção cortical – porção externa, osso compacto;
- Porção medular – centro do osso, osso esponjoso;
- Periósteo – membrana que reveste externamente o osso.
- Endósteo – parte interna;
- Canais de “Haversiano” – responsável pela nutrição (onde passa o sangue);
- Canais de “Volkman”.

Reparação e Consolidação de Fraturas

Fases da Reparação
- Fase inflamatória;
                                                                                             27
- Fase reparadora – formação do calo ósseo (regeneração);
- Fase remodeladora – o osteoclasto reabsorve o calo ósseo para o osso ficar com o formato
que era antes.

Regeneração Óssea

Após uma fratura óssea irá ocorrer
- Coágulo e tecidos necrosados são removidos por macrófagos;
- Proliferação de endósteo e periósteo;
- Formação de cartilagem permitindo que ocorra ossificações tanto endocondral quanto
intramenbranosa;
- Formação do calo ósseo (imaturo), que é posteriormente substituído por osso lamelar.

Limitações e Complicações de Reparação de uma Fratura
- Fraturas expostas (contamina o osso e etc.);
- Fraturas cominutas (esmagamento dos ossos);
- Interposição de tecidos moles (interfere na colocação do osso ao seu lugar);
- Má irrigação sanguínea;
- Manipulação cirúrgica traumática;
- Infecção local (osteomelite que é inflamação do tecido ósseo).

Diabetes Mellitus

Pâncreas
- Glândula
Funções - exócrinas (libera enzima digestiva) e endócrinas (relacionada ao metabolismo dos
carboidratos).

1. Exócrina – Ácinos
     - Enzima digestiva
2. Endócrinas – Ilhotas de Langerhans
- β - Insulina
- α - Glucagon
- δ - Somatostatina

Insulina (hipoglicemiante, transporta a glicose para o interior da célula).
- Proteína – hormônio
- Transportar glicose para o interior da célula.

Glucagon (hiperglicemiante, faz o oposto da insulina, manda glicose para o sangue).
- Ação no metabolismo da glicose – ativa a membrana das células hepáticas;
- Decomposição do glicogênio hepático – glicogenólise;
- Aumento do glicogênese.
Somatostatina (faz o equilíbrio da produção de insulina e glucagon)
                                                                                                 27
- Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, inibe a sedação da insulina e glucagon.

Glicemia
- Em jejum;
- Normal 70 a 110 mg/dl;
- Alterada *: entre 115 a 139 mg/dl;
- Diabete >140 mg/dl.

Diabete Mellitus
Conceito
- Distúrbio do complexo metabólico na qual se caracteriza pela deficiência total ou parcial de
insulina

Classificação
Tipo I
Inicia se na infância ou na adolescência, era conhecida com diabete mellitus insulino –
dependente ou diabete infantil. Há produção de pouca ou nenhuma insulina.

Causas
- Doença autoimune que resulta em destruição permanente das células beta do pâncreas, as
quais produzem insulina;
- Traumatismo do pâncreas;
- Neoplasias;
- Hereditário;
- Idiopático (causa desconhecida);

Tipo II
Desenvolve se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação
com a obesidade e idosos, era chamada de diabetes não insulino – dependente.

Causas
- Resistência à insulina, relativo déficit de insulina e hiperglicemia;
- Produção de insulina imatura.
Obs.: Os níveis de glicose no sangue aumentam porque o transporte da glicose para as células
é mais lento.

Subtipo II (Gestacional)
Desenvolve-se durante a gravidez, e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do
bebê. Tem uma deficiência de receptores de insulina (prévia a gestação). Como na DM tipo II,
as mulheres que desenvolvem a DMG são aquelas com sobrepeso ou obesidade.

Sintomas
- Hiperglicemia ≥a 200 mg/dl;
- Glicosúria (presença de glicose na urina);
- Poliúria – paciente urina muito, como consequência a célula perde liquido. O sangue fica mais
                                                                                                  27
concentrado por causa dessa alta perda de líquido favorece também na formação de trombos
que são coágulos sanguíneos. A célula perde líquido então os receptores da membrana
mandam informações para o cérebro para aumentar e regular a sede;
- Polidipsia - muita sede por causa da perda de água;
- Polifagia - muita fome come muito carboidrato piorando ainda mais a hiperglicemia.

Sinal Patognomônico
Sinal característico de uma doença que não se encontra em outra doença.
- Emagrecimento rápido (mesmo que coma continua emagrecendo, pois com a deficiência de
insulina a célula vai buscar outras proteínas, como o metabolismo dos lipídios ocorrendo
lipólise (quebra das gorduras) e vão para o sangue).
- Emagrecimento rápido em diabete descompensado não pode ser considerado um sinal
Patognomônico porque aparece em outras doenças.

Complicações
- Gerais
- Bucais

Gerais
- Atinge vasos sanguíneos menores e maiores;
- Aterosclerose - deposição de colesterol LDL (ruim) na túnica intima das artérias que acaba
formando o que chamamos de placa de Ateroma e traz obstrução do fluxo sanguíneo
causando o infarto;
- Trombose - formação de uma massa sólida composta por coágulos sanguíneos que está
aderida na parede vascular dificultando a passagem do sangue;
- Embolia - quando qualquer massa está sendo transportada na corrente sanguínea e quando
encontra um vaso sanguíneo de menor calibre, esta massa ficará aprisionada impedindo a
passagem do sangue;
- Hipertensão arterial (pressão alta) 140 – 100, já é considerada pressão alta;
- Infarto;
- AVC Hemorrágico;
- Cetoacidose (se o sangue estiver cheio de colesterol tem presença de corpo cetônicos, se
usar muito estas células cetônicas as outras células vão morrer) a urina começa a cheirar forte
e o hálito fica com cheiro de acetona.
- Neuropatias (doenças neurológicas) - perda de memoria, confusão mental, AVC hemorrágico
e isquêmico, pode chegar até em coma, perda de sensibilidade periférica, formigamento nas
pontas dos pés e mãos por conta da má circulação sanguínea.
- Dificuldade de cicatrização;
- Hipoglicemia;
- Nefropatias Diabéticas - doença renal progressiva causada por angiopatia dos capilares nos
glomérulos renais. É caracterizada por síndrome nefrótica e glomeruloesclerose difusa;
- Anasarga - edema generalizado dos pés à cabeça, o individuo fica todo edemasiado);
- Proteinúria - Perda de proteínas na urina;
- Redução na função do órgão (insuficiência renal).
27
Nefropatias
- Anasarga;
- Insuficiência Renal;
- Diálise;
- Transplante do Rim;

Retinopatia diabética (não passa sangue);
- Alterações vasculares nos olhos;
- Lesões na retina (Tipo I e II);
- Pequenos sangramentos, perda da visão, mas ainda não é cegueira;
Outras alterações visuais
- Catarata;
- Edema macular;
- Cegueira.

Retinopatia Diabética
Neuropatia
- Alterações de sensibilidade (aumento ou redução);
- Principalmente pernas, pés e mãos;
- Sensação de formigamento ou queimação;
- Alteração secundária há menor irrigação sanguínea.

 Complicações Bucais
- Periodontal (gengivite, periodontite acarreta na perda dos dentes);
- Cáries;
- Cicatrização retardada;
- Hálito Cetônico;
- Candidíase Bucal (por causa da queda da resistência imunológica);
- Xerostomia (diminuição do fluxo salivar);
- Alterações no paladar.

Cuidados Odontológicos
- Anamnese (direcionar sinais e sintomas);
- Cuidados Pré e Pós Operatórios;
- Regime alimentar, ajustes das doses de insulina, e dos agentes hipoglicemiantes;
- Redução do estresse – condicionamento psicológico;
- Diazepam (Valium®) (benzodiazepínico);
- Lorazepam (Lorax ®) (benzodiazepínico);
- Tomar medicamento de maneira usual;
- Ingerir sua refeição normal antes da consulta
- Controlado x Tratamento odontológico;
- Não controlado x tratamento odontológico.
Hipoglicemia
                                                                                               27
- Queda de açúcar no sangue;
- Níveis de glicose no sangue abaixo de 50 mg/dl.

Causas
- Excesso de exercícios físicos;
- Falta de refeição regular ou fora do horário;
- Pouca quantidade de alimentos;
- Administração de alta dose de insulina ou ingestão de maior quantidade de hipoglicemiantes
orais;
- Consumo de bebidas alcoólicas.

Sintomas da Hipoglicemia
- Vômitos/Náuseas – rápido;
- Fadiga;
- Tremores;
- Tonturas;
- Taquicardia;
- Sudorese;
- Visão turva ou dupla;
- Dormência nos lábios e língua;
- Desorientação;
- Convulsões.

Em caso de hipoglicemia
   1. Teste de glicemia;
   2. Ingerir algum alimento, suco de frutas ou refrigerante;
   3. Se após 10 min os sintomas não melhorarem: beber água com açúcar, chocolate, bala
       ou tabletes de glicose; pacientes conscientes teste de glicemia;
   4. Medico receita: glucagon injetável (glucagon libera glicose no sangue).

Histologia Básica da Mucosa Bucal (revisão)
Existem três tipos de epitélio
    1. Epitélio Pavimentoso Estratificado Queratinizado
Sua camada córnea é amorfa, sem núcleo, eusinófila. Sua camada granulosa forma queratina,
possui camada espinhosa e basal também.
    2. Epitélio Pavimentoso Estratificado não Queratinizado
Possui camada córnea, não possui camada granulosa (por isso não forma queratina), possui
camada espinhosa e basal também.
    3. Epitélio Pavimentoso Estratificado Paraqueratinizado.
Camada córnea possui núcleos picnóticos (pequenos), não possui camada granulosa (por isso
não forma queratina), possui camada espinhosa e basal também.

Lâmina Própria – Tecido Conjuntivo.
Submucosa – Músculos e glândulas.
27
Três tipos de mucosa
    1. Mucosa de Revestimento.
Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado (porque só é mucosa de revestimento).
Localização - ventre da língua, mucosa jugal, vertente interna da gengiva livre (voltada para o
dente), mucosa labial interna, palato mole e etc.
    2. Mucosa Mastigatória
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou paraqueratinizado (porque sofre trauma).
Localização – gengiva inserida, vertente externa da gengiva livre e palato duro.
    3. Mucosa Especializada
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou paraqueratinizado.
Localização – dorso da língua e vermelhão do lábio.

Histopatologia da Mucosa Bucal

Hiperqueratose
- Aumento da camada de queratina. Clinicamente aparece como lesão branca (leucoplasia).

Hiperparaqueratose
- Aumento da camada de paraqueratina

Degeneração Hidrópica
- Ocorre acúmulo de água no interior do citoplasma da célula.

Espongiose
- Acúmulo de líquido entre as células, mas as células não perdem a sua adesão, se mantém
unidas.

Exocitose
- Presença de células inflamatórias no tecido epitelial (isso é comum no conjuntivo por ter
vasos sanguíneos).

Acantose
- Aumento da camada espinhosa porque aumenta o número de células.

Hiperplasia Pseudo-Epiteliomatosa
- Ligada a acantose. Projeções do tecido epitelial em direção à lâmina própria à custa do
aumento da camada espinhosa. Encontramos o tecido conjuntivo no meio do epitélio.

Queratinização Intra Epitelial
- Presença de queratina na camada espinhosa do tecido epitelial e deve só haver na camada
granulosa. Chamada também de pérola córnea porque a queratina se forma de uma maneira
arredondada lembrando o aspecto de uma pérola.
Atrofia Epitelial
- Diminuição do tamanho e do número de células da camada espinhosa.
27
Erosão
- Quando ocorre perda parcial do tecido epitelial sem haver a exposição do tecido conjuntivo.

Úlcera
- Perda total do tecido epitelial com exposição do tecido conjuntivo.

Acantólise
- Formação de uma bolha intra epitelial na camada espinhosa. Ex.: doença de pênfigo (doença
auto imune, perda da adesão entre as células).

Lesões Fundamentais
Descrição clínica da lesão observada na cavidade bucal de um paciente, certos termos são
utilizados com a finalidade de permitir aquele que não está vendo a lesão mentalmente
imaginar a sua apresentação.

Mácula ou Mancha
- Alterações de cor na pele ou na mucosa bucal onde não há elevação de depressão no local da
lesão.

Placa
- Pequena elevação da pele ou da mucosa de tamanho variável, sua superfície pode ser lisa ou
irregular e pode ter alteração de cor.

Vesícula
- Pequenas elevações na pele ou mucosa que contém líquido em seu interior, seu tamanho é
variável que pode ser de poucos milímetros até 1 cm.

Pústula (fístula)
- Como a vesícula, mas possui pus em seu interior. Ex.: localizado na mucosa bucal em região
de raiz, como abscesso, mas pode ser bem pequena.

Bolha
- Elevações da pele ou da mucosa com mais de 1 cm de diâmetro que contém líquido em seu
interior. Se possuir sangue em seu interior é chamada de bolha sanguinolenta, se possuir pus
bolha purulenta e etc. Quando se rompe vira úlcera.

Erosão
- Perda parcial do tecido epitelial sem exposição do tecido conjuntivo. Ex.: língua geográfica
(aumento da sensibilidade).

Úlcera
- Perda total do epitélio com exposição do tecido conjuntivo. Pode ser causada por traumas
físicos e químicos (aspirinas em baixo da língua, ácido fosfórico em mucosa e etc.).
Carcinoma Epidermóide
                                                                                                    27
-
Pápula
- Lesões sólidas (sem líquido) elevadas de 3mm a 1 cm de diâmetro, sua base pode ser
pediculada (base da lesão é menor que o tamanho da lesão) ou séssil (base da lesão é maior ou
igual ao tamanho da lesão).

Nódulo
- Lesões sólidas e elevadas de 1 a 3 cm de diâmetro e a sua base pode ser séssil ou pediculada.

Tumor
- Lesões que apresentam mais que 3 cm de diâmetro.

Distúrbios de Desenvolvimento do Complexo Maxilo Facial e Bucal
Etiologia
- 80% idiopáticos;
- 10% fatores intrínsecos - hereditários e mutações
- 10% fatores extrínseco - infecciosos, físicos, químicos, hormônios e nutricionais;

Agnatia
- Ausência de maxila ou mandíbula (criança nasce e morre);

Micrognatia
- Mandíbula é pouco desenvolvida em relação à maxila. Causa: genética, traumatismo no
côndilo que pode ocorrer durante o parto.

Macrognatia
- Mandíbula se desenvolve de forma exagerada, muito mais que a maxila. Causa: genética,
fatores hormonais, relacionados ao hormônio do crescimento GH que é secretado pela
adenohipofise. Quando ocorre em crianças é chamado de gigantismo e quando ocorre em
adultos chama-se acromegalia (crescimento das extremidades). Classificado como classe III de
Endel (dentes superiores ocluem na lingual dos dentes inferiores).

Fendas faciais
- Falhas de fusão dos processos faciais podem ocorrer nos lábios e palato. Ocorre na 15
semana de gestação.

Fendas labiais ou lábio Leporino
Classificação
- Unilateral completa ou incompleta;
- Bilateral completa ou incompleta;
- Fendas labial unilateral incompleta - quando atinge em um lado do lábio e não atinge o
palato;
- Fendas labial unilateral completa – quando atinge um lado do lábio e o palato;
- Fenda labial bilateral incompleta – quando atinge os dois lados do lábio e não atinge o palato;
- Fenda labial bilateral completa - quando atinge os dois lados do lábio e o palato;
                                                                                                    27
- Fenda palatina - atinge só o palato;

Úvula bífida
- Não fechou a parte posterior do palato durante a formação do feto, há formação de duas
úvulas.

Microglosia
- Língua pouco desenvolvida.

Macroglosia
- Língua super desenvolvida.



Língua fissurada (não patológica)
- Língua cheia de fissuras. É necessário que o paciente realize uma boa higienização, pois as
fissuras são fontes de bactéria e a má escovação pode causar halitose no paciente.

Língua geográfica ou glossite migratória benigna
- Presença de áreas erosivas no dorso da língua com aspecto de figuras geométricas. O
paciente relata uma hipersensibilidade nas áreas erosivas ao quente ou frio, alimento
condimentado e etc.

Língua pilosa
- Hipertrofia das papilas linguais, dando aspecto no dorso da língua de pelos.

Língua saburrosa
- Sujeira no dorso da língua, ocorre pela má higienização, causa halitose.

Varizes lingual
- Encontra-se no dorso da língua.

Anquiloglossia
- Língua presa. Hipertrofia do freio lingual com aspecto clínico, curto e grosso que dificulta os
movimentos da língua. Paciente tem dificuldade de falar algumas palavras. Tratamento –
cirúrgico (frenectomia lingual) e fono.

Grânulos de Fordyee
- É a presença ectópica (forma em lugar que não é de origem) de glândulas sebáceas na
mucosa bucal. Encontrada nos lábios e mucosa jugal com pápulas amareladas.

Torus palatino
- Crescimento ósseo no palato, é indolor. Se for fazer prótese total deve fazer a remoção
cirúrgica.
Torus mandibular
                                                                                                27
- Localizado na mandíbula.

Síndrome de Peutz Jeghers (polipoze intestinal)
- Doença hereditária autossômica dominante causada por mutações envolvendo o
cromossomo 19; - Presença de pólipos (verruga, possui potencial para desenvolver câncer)
intestinal, consistente no jejuno, pigmentação mucocutânea e com manchas de melanina nos
lábios, na mucosa bucal, nos lábios e nos dígitos. Tratamento cirúrgico/Exame – colonoscopia.

Displasia Ectodérmica Anidrótica
 - Origem hereditária;
- Defeitos durante a embriogênese de um ou mais tecidos originados do ectoderma;
Aspectos clínicos
- Hipotricose – perda de pelos;
- Hipohidrose – não transpira;
- Hipertermias – sente muito calor;
- Pele geralmente lisa, fina e seca;
- Unhas atróficas ou quebradiças;
- Palmas das mãos e pés com queratoses (grossa);
- Apresentam aparência senil.
Manifestações Bucais
- Hipodontia (diminuição do número de dentes) ou anodontia (ausência de dentes);
- Xerostomia – diminuição do fluxo salivar;
- Lábios protuberantes;

Disostose cleidocraneana
- Transmissão autossômica dominante;
Sinais clínicos
- Ausência ou hipoplasia (pouco desenvolvimento) das clavículas;
- Retardo na ossificação das suturas cranianas e manutenção das fontanelas abertas por longos
períodos de tempo, algumas vezes até a idade adulta;
- Bossas frontal, parietal e occipital proeminentes;
- Apresenta aspecto de prognata devido ao crescimento deficiente da maxila;
- Grande quantidade de dentes supranumerários.

Distúrbios de Desenvolvimento dos Dentes x Odontogênese
- Fatores locais;
- Fatores sistêmicos;
- Fatores genéticos;
- Tamanho;
- Forma;
- Número
- Cronologia;
- Estrutura.
Tamanho
                                                                                              27
Microdontia (dente menor do que o normal) - comum em incisivos laterais superiores e
terceiros molares superiores. Tem forma Cônica.
Macrodontia (dente maior que o normal) - pode encontrar em pacientes com aumento de GH.

Forma
Geminação - tentativa de divisão de um germe dentário resultam da formação incompleta de
dois dentes. Não há mudança no número total de dentes (encontra duas câmaras pulpares e
um canal radicular). Região anterior da maxila. Dentição decídua > dentição permanente

Fusão
União de dois dentes independentes, decíduos ou permanentes. Há mudança no número total
de dentes, a menos que envolva supranumerários. Região anterior da maxila. Dentição
decídua > dentição permanente. Raízes fusionadas (quando as raízes são unidas)
Concrecência - união de 2 dentes independentes, pelo cemento. Região posterior da maxila

Esmalte Ectópico ou pérolas de esmalte (forma tecido em lugar errado)
- Forma esmalte na região de cemento. Invaginação do esmalte com forma de globo ou pérola.

Cúspide em garra
- Invaginação do esmalte que tem forma semelhante a uma garra de águia, encontrado na
região palatina dos dentes anteriores superiores.

Dens in dente (dente invaginado) (dente dentro do outro)
- Invaginação do epitélio interno do órgão do esmalte antes da calcificação. Dentes
permanentes e supranumerários

Dilaceração
- Angulação anormal ou curvatura na raiz, menos frequentemente na coroa de um dente. Pode
ocorrer na dentição decídua ou permanente. Trauma, presença de lesão, causa idiopática;
Importância Clínica - extração; risco de ocorrer fratura; tratamento de canal (endodontia).

Taurodontismo (Taurodontia)
- Alongamento da câmara pulpar em direção apical, sendo que a divisão da raiz não ocorre ou
se dá próximo ao ápice.

Número
Anadontia
- Displasia ectodérmica anidrótica hereditária (não tem o germe do permanente).



Oligodontia
- Supranumerários disostose cleido craniana (pessoas que não possuem clavícula).

Raízes Supra Numerárias – Mesiodens
- Dentições decídua e permanente
                                                                                             27
- Molares permanentes, caninos inferiores e pré-molares.

Alterações Com Relação à Cronologia de Erupção
- Dentição pré-matura (erupcionam antes dos 3 meses de vida);
- Erupção retardada (fazer ulectomia para o permanente erupcionar);
Local
- Fibromatose gengival (causa por extração de decíduo antes da hora);
- Retenção Prolongada dos Decíduos;
Sistêmica
- Síndrome de down;
- Hipotireoidismo (diminuição dos hormônios T3 e T4);
- Hipotuítarismo (diminuição da secreção dos hormônios liberados pela hipófise anterior);
- Dentes inclusos (não tem força para erupcionar) e encravados (tem força para erupcionar,
mas tem uma barreira física que o impede de erupcionar um dente, por exemplo).

Estrutura
Esmalte - amelogênese imperfeita;
Dentina - dentinogênese imperfeita e displasia dentinária.

Amelogênese Imperfeita
- Grupo de condições que mostram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte
com ausência de alteração sistêmica.

Amelogênese Imperfeita Hipoplásica
- Deposição inadequada da matriz e calcificação apropriada do esmalte com pequenas
depressões na superfície vestibular do terço médio da coroa, o esmalte é fino e grosseiro.

Amelogênese Imperfeita Hipomaturada
- Defeito na maturação dos cristais de hidroxiapatita – o esmalte dele está amolecido com
coloração branca e opaca. (parece estar coberto de neve; facilidade para ter cárie).

Fluorose
- Hipomaturação do esmalte pela ingestão de flúor, que torna se poroso;
- Fase de maturação – 2 a 3 anos de idade; mais 1 ppm;
- Áreas brancas – aspecto mosqueado (neve)  erosão;
- Problema estético.

Dentinogênese Imperfeita
- Formação de dentina defeituosa com dentes opalescente na ausência de doença sistêmica.
- Tipo I – associada à osteogênese imperfeita (“Ossos de Vidro”);
- Tipo II – forma isolada.

Dentinogênese Imperfeita – defeito na estrutura
- Formação de dentina defeituosa com dentes opalescentes na ausência de doença sistêmica.
- Tipo I – associado à odontogênese imperfeita;
                                                                                                   27
- Tipo II – forma isolada;
- Característica clínicas-autossômica dominante, alterações dentárias nas formas Tipo I e II são
semelhantes clinicamente, radiograficamente e histológicamente. Afeta todos os dente das
duas dentições. Pode ocorrer secundariamente hipoplasia do esmalte.

Displasia Dentinária
- Formação alterada da dentina sem relação com dentinogênese imperfeita ou com doença
sistêmica.
- Tipo I – radicular (dentes sem raízes);
- Tipo II – coronária.
Tipo I - coroa clinicamente com morfologia e coloração normal na dentição decídua e
permanente, dentes mal posicionados, abscessos frequentes, obliteração pulpar e raízes
curtas na dentição decídua e permanente.
Tipo II - dentição decídua tem o mesmo fenótipo que a DI, e a Dentição Permanente é normal
ou tem discreta coloração cinza azulada. Obliteração pulpar na dentição decídua, e polpa com
morfologia anormal e calcificações na dentição permanente.

Alterações Regressivas dos Dentes
“À medida que o individuo envelhece sofre alterações”.

Atrição
- Desgaste fisiológico da estrutura dental, quando o dente entra em contato com seu
antagonista. (mastigação, faces incisal, oclusal e interproximais). Tanto a altura como a altura
são diminuídas, ocorre na dentição decídua e na permanente, mas são mais evidentes na
dentição permanente, pois eles ficam mais tempo na arcada.

Bruxismo ou Briquismo
 - Hábito que o individuo tem de ranger os dentes durante as horas de vigília causando um
desgaste muito acentuado na estrutura dental (hábito inconsciente), ligados a fatores
emocionais ou psicológicos, ou contatos prematuros na restauração.
- Disfunção da ATM;
- Perde se dimensão vertical; estalos.
- Camada pulpar vai diminuindo também.
Obs.: perguntar se vive sozinho, caso afirmativo, perguntar se sente cansaço muscular na ATM
ao acordar.
- Alterações Agressivas – placa de acrílico.

Abrasão
Desgaste patológico da estrutura dental causado por um processo mecânico anormal, forma
de letra V.
Erosão
- Desgaste patológico da estrutura dental causado por substâncias químicas que não são de
origem microbiana; cavidades larga rasa, lisa e polida; dificilmente haverá a exposição da polpa
dental.
27
Hipercementose
- Quando ocorre o aumento da quantidade de cemento que pode ser em toda a superfície
radicular ou somente na região apical, a raiz vai ficando mais espessa e arredondada.
Causas
- Pode ser por uma extrusão acelerada do dente devido à perda do seu antagonista;
- Quando tem fratura (horizontal) tem com reverter e provocar uma Hipercementose, porém
se na vertical (tem que extrair o dente);

Reabsorção Dental
Tipos
- Externa (de fora para dentro);
- Interna (começa na porção central do dente);
Obs.: polpa dental em direção – dentina – esmalte, pode iniciar do esmalte ou do cemento em
direção à polpa.
Causas da externa - reabsorção dental externa – cistos, tumores, várias causas.

Reabsorção Dental Interna
Etiologia
- É idiopática. Está havendo uma hiperplasia (é porque está havendo um aumento do número
de células da polpa dental).
Aspectos Clínicos
- Assintomática, podemos encontrar um sinal clínico quando ocorre na coroa do dente, e
começa a apresentar uma mancha rósea ou violácea; é um achado radiográfico, na porção
central do dente vejo uma imagem radiolúcida central aumentada, quando ocorre e não
perfurou raiz faço tratamento endodôntico. Se perfurar a raiz terá que fazer extração.
Se caso ocorrer na coroa e não perfurar a raiz, endodontia.

Cárie Dental
“Doença responsável pela desmineralização do esmalte à custa da placa bacteriana
cariogênica, associada a uma dieta inadequada e constante falta de higiene bucal, levando a
perdas irreversíveis do tecido dentário.” (NIKIFORUK).
“A doença cárie é um processo dinâmico que ocorre nos depósitos microbianos (placa dental
nas superfícies do dente) e que resulta em distúrbios do equilíbrio entre as substancias do
dente e o fluido da placa adjacente. Com o decorrer do tempo o resultado é a perda mineral
na superfície do dente”. (THILSTROP; FEJERSKOV)

Biofilme
- Streptococcus mutans (mais cariogênico);
- Streptococcus sobrinus;
- Lactobacillus;
- Actinomycis.
Acidogênicos e Acidúricos
Tipos de Cáries
                                                                                                  27

Cárie Incipiente
- Fase inicial da doença caracteriza – se por manchas brancas que significam descalcificação do
esmalte. Neste estágio ainda não há cavidade (buraco) e a região afetada pode, portanto ser
desmineralizada.

Cárie de Esmalte
- Nessa fase já começam a surgir pequenas cavidades no esmalte, mas até esse ponto não
causa dor, pois não atinge as terminações nervosas.

Cárie em Dentina
- Aqui o problema já começa a complicar. Depois do esmalte a cárie atinge a dentina e avança
rapidamente em direção à polpa. Nesse ponto o problema já causa dor, porque a dentina
possui terminações nervosas (sente dor comendo doce).

Infecção Pulpar
- Nesse estágio atinge a polpa causando muita dor. Quando a cárie chega a este nível é preciso
fazer o tratamento de canal.

Diagnóstico de Cárie

Doença Cárie                           ≠        Lesão Cárie
- Avaliação dos fatores etiológicos             - Exame dos dentes
- Biológicos;                                   - Avaliação da presença ou ausência das
                                                lesões
- Sócios econômicos.                            - Avaliação da profundidade
                                                - Atividade das lesões

Cáries Oclusais
- Observadas geralmente nos dentes posteriores e atingem a junção esmalte – dentina. O
aspecto radiográfico produz uma imagem radiolúcida.

Cáries Interproximais
- O aspecto radiográfico é de perda de continuidade das estruturas do esmalte produzindo
uma imagem radiolúcida.

Cáries Vestibulares/Palatinas e Linguais
- Ocorrem com frequência em orifícios e sulcos na região livre da gengiva marginal,
penetrando na junção esmalte – dentina. Radiograficamente é bem delimitada e facilmente
destacada da imagem do esmalte circundante.

Cáries Cementárias
- Localizada na região entre o esmalte e a gengiva livre. Produz imagem radiolúcida na junção
esmalte – cemento. (limite amelocementário; retração gengival).
Patologia da Polpa e do Periápice
                                                                                    27
Generalidades
- A polpa é um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado;
- A cavidade pulpar está formada por uma camada no interior da coroa e raiz;
- São vários condutos que penetram nas raízes;
- Em geral, as cavidades da polpa seguem o contorno dos dentes.

Funções da Polpa Dental
- Sensitiva;
- Nutritiva;
- Defensiva;
- 75% Água;
- 25% Matéria Orgânica.

Patologia Pulpar
Estuda as alterações, causas e enfermidades que se apresentam na polpa dental.
Causas
- Cáries;
- Traumatismo – Bruxismo;
- Traumatismo – Fraturas;
- Abrasão;
- Causas químicas – Erosão;
- Idiopática.

Causas Térmicas
- Preparo Cavitário;
- Condução de frio ou calor através de restaurações profundas sem base protetora.

Classificação da Patologia Pulpar
- Reabsorção Dental Interna;
- Calcificação Pulpar;
- Pulpite Reversível Local ou Hiperemia Pulpar;
- Pulpite Irreversível Aguda;
- Pulpite Irreversível Crônica;
- Necrose Pulpar.

Reabsorção Dental Interna
Etiologia - Idiopática
Exame Clínico
- Provas de sensibilidades positivas;
- Mancha rosada na coroa dental (*tem que fazer extração).
Calcificação Pulpar
- Causada por trauma dento-alveolar;
- Trauma oclusal;
- Degeneração pulpar;
- Por idade.
                                                                                               27

Exame Clínico
- À medida que a calcificação pulpar avança, o dente pode se tornar assintomático;
- Detectada por exames radiográficos de rotina;
- Motivo da consulta do paciente é por estética.

Imagem Radiográfica
- Observa-se diminuição do tamanho da câmara pulpar e do conduto. Em alguns casos dá para
ver nódulos calcificados na polpa dental (* não vejo os condutos).

Hiperemia Pulpar – Pulpite Local Reversível (a dor começa a diminuir, não é necessário fazer
endo).
- Ligeira inflamação da polpa na tentativa de se defender contra o agente agressor e chega à
polpa excessiva quantidade de sangue;
- Inflamação pode regredir desde que seja eliminada a causa que motivou; (hiperemia –
aumento de volume de sangue no interior do vaso sanguíneo).

Pulpite Irreversível Aguda
A polpa se encontra com vitalidade inflamada sem capacidade de recuperação, quando se
elimina os estímulos externos que provocaram o estado inflamatório.
Exame Clínico
- Sensibilidade Pulpar positiva;
- Cáries Secundárias;
- Por Trauma Oclusal;
- Materiais Irritantes.

Sinais e Sintomas
1. Estado Inicial
- Dor Moderada;
- Mudanças Térmicas provocam dor.
2. Estado avançado
- Dor constante, persistente e intensa;
- Localizado pelo paciente;
- Aumenta a dor com o calor e diminui com o frio.
Obs.: a dor aumenta com o calor porque o calor dilata os vasos sanguíneos e isso faz com que
as terminações nervosas sejas “espremidas”. O frio faz vasoconstrição.

Exames Radiográficos
- Não apresenta sinal radiográfico nas primeiras 72hrs;
- Aumento de espaço pericementário;
- Radiolúcidos na coroa compatível com cáries profundas com comprometimento pulpar.
Histopatológica
- Reação inflamatória aguda com microabscessos (dentro da polpa), predominância dos
neutrófilos. (*dentro, inflamação aguda predomina sempre os neutrófilos);
27
Pulpite Irreversível Crônica
Causas
- Cáries de grande evolução e exposição pulpar;
- Traumas;
- Restaurações profundas.

Sinais e Sintomas
- Dor leve;
- Aumenta com as mudanças térmicas;
- Pressão sobre o tecido pulpar exposto.

Histológico
- Reação inflamatória crônica com predominância dos linfócitos e plasmócitos.

Necrose Pulpar
- É a morte da polpa dental;
- Pode ser total ou parcial, dependendo de que toda a polpa ou uma parte é que está
envolvida (dente vai ficando escuro e perde o brilho).
Causas
- Traumatismo onde a polpa é destruída antes que ocorra uma reação inflamatória;
- Como resultado se produz um infarto isquêmico e causa uma polpa necrótica gangrenosa.

Manifestações Clínicas
- Assintomática, pode apresentar descoloração do dente;
- Se necrose parcial pode responder ligeiramente por estímulos térmicos, devido à presença de
terminações nervosas vitais de tecidos vizinhos inflamados;
- O acesso à câmara é indolor e reconhecido pelo odor fétido.

Pulpite Crônica Hiperplásica

Pólipo Pulpar
- Ocorre mais nas crianças e nos jovens, o dente mais envolvido é o 1º M Inferior, sua coroa
está destruída por cárie com proliferação da polpa dental preenchendo a cavidade de cárie na
coroa clínica do dente. A polpa exposta está vermelha e sangra ao mínimo toque.
Histológico
Observamos a presença de um tecido de granulação na polpa dental (capilares, linfócitos,
plasmócitos e fibroblastos) * ou trata canal ou faz extração.




Doenças do Periápice

Periodontite Apical Aguda ou Crônica (pericementite apical aguda ou crônica)
- Inflamação que ocorre no periápice podendo ser aguda ou crônica;
- Há um espessamento da lâmina dura por causa do exsudato;
                                                                                                 27
- Pode dar origem a um granuloma dental (deve haver necrose da polpa dental);
- Os osteoclastos vão reabsorver o osso e há formação de tecido de granulação.
Causas
- Pulpite (libera toxina no periápice);
- Ponto de contato prematuro (provoca traumatismo oclusal).

Cisto Radicular
- Origem odontogênica (porque é revestido por epitélio de origem odontogênica) e natureza
inflamatória;
- Cisto é uma cavidade patológica revestida por epitélio e que contém líquido ou substância
semi-sólida no seu interior;
- Deve haver necrose pulpar para ocorrer o cisto.
Necrose pulpar  formação de tecido de granulação  célula que sofre mitose  morte de
algumas células por liquefação  aumento de pressão osmótica no interior da cavidade 
aumento de tamanho (forma cisto).

Abscesso Dento Alveolar
- Formação de pus em uma cavidade neoformada.

Angina de Ludwing
- Processo infeccioso que consiste em uma celulite (o pús dissemina) do tecido conectivo
cervical e assoalho da boca.
Causas
- Infecção de origem dentária;
- Traumas;
- Extração dental;
- Infecção por microorganismos oportunistas em pacientes com sistema imunológico
comprometido.
Aspectos Clínicos
- Aumento de volume significante na região do assoalho de boca;
- Representada por uma celulite agressiva, tóxica, firme e aguda que envolve os espaços axiais
submandibular e lingual bilateralmente e o espaço mentoniano.

Patologia do Periodonto
Periodonto
- Proteção – gengiva inserida e gengiva livre (vertente externa e interna);
- Sustentação – osso alveolar, ligamento periodontal e cemento.

Doenças da Gengiva
 Induzida pela placa dental
- Associada somente à placa dental;
- Associada à puberdade;
- Associada à gravidez;
- Leucemia;
- Deficiência do ácido ascórbico.
                                                                                                  27
Não induzidas por placa dental
- Bacteriana específicas (neisseria espécies Streptococcus e outras);
- Vírus (herpes oral, varicela zoster e outras);
- Fúngica (candidíase oral).
Obs.: quem delimita o sulco gengival é a aderência da gengiva ao dente.

Gengivite Marginal Crônica (GMC)
Causa
- Associado somente à placa dental (placa bacteriana ou biofilme);
- A hialuronidase vai atuar nas substâncias intercementantes (entre as células) abrindo espaços
para que outras enzimas e toxinas liberadas pela placa bacteriana atinjam o tecido conjuntivo;
- A colagenáse quando chegar ao tecido conjuntivo vai destruir o colágeno. Quando as
proteases chegarem ao tecido conjuntivo vão causar a quebra dos aminoácidos ou das
proteínas;
- Quando isso ocorre começa haver um processo inflamatório havendo saída de neutrófilo
(que sofre apoptose após reconhecer que a inflamação é crônica). A gengiva fica vermelha e
edemaciada;
- Chegará à célula linfócitos, plasmócitos, fibroblastos e capilares neoformados, começando a
formar tecido de granulação, mas esse tecido de granulação não é saudável porque tem
toxinas e enzimas liberadas pela placa causando a má nutrição no epitélio da vertente interna
da gengiva livre;
- Isso faz com que comece a Invaginação do epitélio em direção ao ápice do dente, até achar
tecido sadio (para conseguir nutrição) quanto mais ele invagina mais ele atrofia, havendo
perda total do epitélio com exposição do conjuntivo (microulcerações);
- Quando a pessoa come uma maçã (por exemplo) sangra.

Periodontite Crônica
- Comum em adultos;
- Pode ocorrer em crianças;
- Progressão lenta e demorada;
- Possíveis níveis de progressão rápida;
- Doença inflamatória dos tecidos de suporte dos dentes;
- Destruição progressiva do ligamento periodontal e osso alveolar;
- Formação de bolsa periodontal;
- Retração gengival;
- Cálculo subgengival frequentemente encontrado.

- Tecido de granulação começa a envolver o epitélio funcional que vai migrar em direção apical
até encontrar tecido sadio. Esse epitélio acaba ficando localizado acima do osso alveolar
aumentando a profundidade do sulco gengival formando uma bolsa periodontal supraóssea;
- Os osteoclastos envolvem o osso alveolar causando uma reabsorção óssea horizontal;
- Placa bacteriana + traumatismo periodontal (bruxismo, ponto de contato prematuro, força
ortodôntica excessiva) = periodontite apical aguda;
- Só o traumatismo = periodontite apical aguda;
- A placa bacteriana forma o tecido de granulação e o trauma desorganiza o ligamento
                                                                                                 27
periodontal. O tecido de granulação envolverá a aderência epitelial e o ligamento periodontal.
- A aderência migrará em direção ao tecido sadio formando uma bolsa periodontal abaixo do
osso alveolar;
- Osteoclastos vão causar reabsorção óssea do tipo vertical.

Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) (boca de trincheira)
Causa
- Associação de bactérias fusiforme (fusobacterium nucleativa) e espiroqueta (Borrelia de
Vicenti);
- Febre;
- Mal-estar;
- Linfadenopatia regional (gânglio infartado de origem inflamatória);
- Papila interdentária apresenta sua base invertida devido à necrose que é um sinal
patognomônico da doença;
- Sangramento da gengiva;
- Halitose.

Contenu connexe

Tendances

Tendances (19)

Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
Inflamação crônica (reparo)
Inflamação crônica (reparo)Inflamação crônica (reparo)
Inflamação crônica (reparo)
 
Inflama o aguda
Inflama  o  agudaInflama  o  aguda
Inflama o aguda
 
2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica
2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica
2014916 195915 inflamação+aguda+e+crônica
 
Inflamação e Reparação
Inflamação e ReparaçãoInflamação e Reparação
Inflamação e Reparação
 
Patologia 4
Patologia 4Patologia 4
Patologia 4
 
Aula 6 inflamação crônica
Aula 6 inflamação crônicaAula 6 inflamação crônica
Aula 6 inflamação crônica
 
Inflamação aguda
Inflamação agudaInflamação aguda
Inflamação aguda
 
Processos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônicoProcessos inflamatórios - agudo e crônico
Processos inflamatórios - agudo e crônico
 
Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
Inflamação
  Inflamação  Inflamação
Inflamação
 
Reparo dos tecidos
Reparo dos tecidosReparo dos tecidos
Reparo dos tecidos
 
105240226 apostila-sobre-inflamacao
105240226 apostila-sobre-inflamacao105240226 apostila-sobre-inflamacao
105240226 apostila-sobre-inflamacao
 
Conceitos em Patologia - Juarez Quaresma
Conceitos em Patologia - Juarez QuaresmaConceitos em Patologia - Juarez Quaresma
Conceitos em Patologia - Juarez Quaresma
 
Desfecho da inflamação aguda
Desfecho da inflamação agudaDesfecho da inflamação aguda
Desfecho da inflamação aguda
 
Patologia Geral: Aula 06 2009 2
Patologia Geral: Aula 06 2009 2Patologia Geral: Aula 06 2009 2
Patologia Geral: Aula 06 2009 2
 
Patologia Médica
Patologia MédicaPatologia Médica
Patologia Médica
 
Cicatrização
CicatrizaçãoCicatrização
Cicatrização
 
2. intr. inflamação
2. intr. inflamação2. intr. inflamação
2. intr. inflamação
 

En vedette

1 introducao ao estudo da fisiopatologia
1 introducao ao estudo da fisiopatologia1 introducao ao estudo da fisiopatologia
1 introducao ao estudo da fisiopatologiaMarcio Loss
 
Resumo de fisiopatologia
Resumo de fisiopatologiaResumo de fisiopatologia
Resumo de fisiopatologiaJoão Paulo
 
Alimentacao saudavel e dcnt
Alimentacao saudavel e dcntAlimentacao saudavel e dcnt
Alimentacao saudavel e dcntkarinelc
 
Dietoterapia em pacientes queimados
Dietoterapia em pacientes queimadosDietoterapia em pacientes queimados
Dietoterapia em pacientes queimadosMica Araujo
 
Alimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças Crônica
Alimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças CrônicaAlimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças Crônica
Alimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças Crônicacipasap
 
Apresentaçao Queimados
Apresentaçao QueimadosApresentaçao Queimados
Apresentaçao Queimadoscristiane1981
 
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoHIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoAlexandre Naime Barbosa
 
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1Guilherme Terra
 
patologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostaspatologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostaslauana santos
 
Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...
Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...
Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...Isadora Ribeiro
 
Hipertensão arterial e diabetes mellitus
Hipertensão arterial e diabetes mellitusHipertensão arterial e diabetes mellitus
Hipertensão arterial e diabetes mellitusLUNATH
 
Sistema digestorio slides
Sistema digestorio slidesSistema digestorio slides
Sistema digestorio slidesFabiano Reis
 

En vedette (19)

1 introducao ao estudo da fisiopatologia
1 introducao ao estudo da fisiopatologia1 introducao ao estudo da fisiopatologia
1 introducao ao estudo da fisiopatologia
 
Sistemas Celulares
Sistemas CelularesSistemas Celulares
Sistemas Celulares
 
Resumo de fisiopatologia
Resumo de fisiopatologiaResumo de fisiopatologia
Resumo de fisiopatologia
 
Cartilha dcnt
Cartilha dcntCartilha dcnt
Cartilha dcnt
 
Exame clínico em Dentística
Exame clínico em DentísticaExame clínico em Dentística
Exame clínico em Dentística
 
Alimentacao saudavel e dcnt
Alimentacao saudavel e dcntAlimentacao saudavel e dcnt
Alimentacao saudavel e dcnt
 
Dietoterapia em pacientes queimados
Dietoterapia em pacientes queimadosDietoterapia em pacientes queimados
Dietoterapia em pacientes queimados
 
Alimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças Crônica
Alimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças CrônicaAlimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças Crônica
Alimimentação E Nutrição Na Prevenção de Doenças Crônica
 
Patologias da Coluna Vertebral
Patologias da Coluna VertebralPatologias da Coluna Vertebral
Patologias da Coluna Vertebral
 
Apresentaçao Queimados
Apresentaçao QueimadosApresentaçao Queimados
Apresentaçao Queimados
 
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e TratamentoHIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
HIV e Aids - Epidemiologia, Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento
 
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
Proteção do complexo dentino pulpar 2012-1
 
patologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostaspatologia oral - perguntas e respostas
patologia oral - perguntas e respostas
 
Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...
Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...
Promoção da saúde e prevenção de doenças: intervenções comuns às doenças crôn...
 
Palestra Nutricao
Palestra NutricaoPalestra Nutricao
Palestra Nutricao
 
Queimaduras
QueimadurasQueimaduras
Queimaduras
 
Hipertensão arterial e diabetes mellitus
Hipertensão arterial e diabetes mellitusHipertensão arterial e diabetes mellitus
Hipertensão arterial e diabetes mellitus
 
Queimaduras
QueimadurasQueimaduras
Queimaduras
 
Sistema digestorio slides
Sistema digestorio slidesSistema digestorio slides
Sistema digestorio slides
 

Similaire à Introdução à Fisiopatologia

Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo nettoPatologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo nettoJucie Vasconcelos
 
376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsss
376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsss376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsss
376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsssMayaraGomes216833
 
Imunidade parte 1
Imunidade   parte 1Imunidade   parte 1
Imunidade parte 1anabela
 
Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5Cleanto Santos Vieira
 
Imunidade Inata
Imunidade InataImunidade Inata
Imunidade InataRuth L
 
Processos imunologicos e patologicos inflamacao
Processos imunologicos e patologicos inflamacaoProcessos imunologicos e patologicos inflamacao
Processos imunologicos e patologicos inflamacaoAlexis Lousada
 
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfFERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfnayaraGomes40
 
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptxAula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptxMizaelCalcio1
 
ufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptx
ufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptxufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptx
ufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptxlioMiltonPires1
 
Reação inflamatória
Reação inflamatóriaReação inflamatória
Reação inflamatóriaGyl Souza
 
Sistema Imunitário II
Sistema Imunitário IISistema Imunitário II
Sistema Imunitário IIArtur Melo
 
AULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjf
AULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjfAULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjf
AULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjfAngelicaCostaMeirele2
 

Similaire à Introdução à Fisiopatologia (20)

Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo nettoPatologia 03   inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
Patologia 03 inflamação aguda - med resumos - arlindo netto
 
Sistema imunológico 2o b
Sistema imunológico 2o bSistema imunológico 2o b
Sistema imunológico 2o b
 
376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsss
376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsss376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsss
376928.pptx.ppaulasobreinflamacaopfddsss
 
Imunidade parte 1
Imunidade   parte 1Imunidade   parte 1
Imunidade parte 1
 
Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5Patologia geral - inflamação - capítulo 5
Patologia geral - inflamação - capítulo 5
 
Imunidade Inata
Imunidade InataImunidade Inata
Imunidade Inata
 
Feridas - FSA
Feridas - FSAFeridas - FSA
Feridas - FSA
 
IMUNIDADE II
IMUNIDADE IIIMUNIDADE II
IMUNIDADE II
 
Aula de Inflamacao
Aula de InflamacaoAula de Inflamacao
Aula de Inflamacao
 
Processos imunologicos e patologicos inflamacao
Processos imunologicos e patologicos inflamacaoProcessos imunologicos e patologicos inflamacao
Processos imunologicos e patologicos inflamacao
 
1º bimestre halita
1º bimestre   halita1º bimestre   halita
1º bimestre halita
 
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdfFERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
FERIDAS E CURATIVOS 1.pdf.pdf
 
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptxAula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
Aula-inflamaçao-Medicina-Sandra-.pptx
 
ufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptx
ufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptxufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptx
ufcd_6565_-_defesas_nao_especificas-convertido (1).pptx
 
Reação inflamatória
Reação inflamatóriaReação inflamatória
Reação inflamatória
 
Sistema Imunitário II
Sistema Imunitário IISistema Imunitário II
Sistema Imunitário II
 
15 Imun NãO Esp
15 Imun NãO Esp15 Imun NãO Esp
15 Imun NãO Esp
 
AULA 6 - Inflamação II.pdf
AULA 6 - Inflamação II.pdfAULA 6 - Inflamação II.pdf
AULA 6 - Inflamação II.pdf
 
Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
AULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjf
AULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjfAULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjf
AULA 6 - Inflamação.pptxjdhxhxnxjxjdjdjfjjf
 

Introdução à Fisiopatologia

  • 1. Introdução da Fisiopatologia 27 Saúde – Bem estar físico, mental e social onde há harmonia dos fenômenos vitais. Doença – O contrário da saúde. Patologia – Do Latim: Pathos (doença, sofrimento) Logos (estudo). Fisiologia – Estudo do órgão em sua condição normal. Fisiopatologia – Estudo do órgão com sua função doente. Obs.: É preciso ter o conhecimento normal (do órgão, por exemplo) para entender a doença. Etiologia (agente causador da doença) Exógenos: - Físico (trauma, raios ultravioletas, cigarro (calor), radiação ionizante). - Químico (álcool, cigarro). - Biológicos (bactérias, vírus, fungos, parasitas). Endógenos (agentes do próprio organismo) - Doenças genéticas, Cândida albicans (altera a flora bucal). Idiopáticos - Não reconhece a causa (por exemplo, lupos). Iatrogênica - Erro do profissional. Patogenia - Mecanismo da doença desde seu início até o final. Etiopatogenia - Causa da doença e mecanismo. Sintomatologia - Estudo dos sinais (mudança de tamanho, vermelhão) e sintomas (dor, náusea, febre). Fisiopatologia - Geral. - Especial. - Experimental. Estudo da Anatomia Patológica Macroscópica – Pode dar Hipótese Diagnóstica - Visão (aumento ou diminuição de tamanho, alteração de cor), palpação (tipo de consistência) e olfato. Microscópia - Citologia esfoliativa É coletado o material e colocado no fixador (álcool 92%). Resultados: Classe 0 – Material insuficiente;
  • 2. Classe I – Célula normal; 27 Classe II – Células inflamatórias; Classe III – Displasia (alteração na relação núcleo/citoplasma (o núcleo fica grande e ocupa quase todo o citoplasma (célula atípica); Classe VI – Fortemente sugestiva de célula malígna (carcinoma in situ (só no epitélio)). Classe V – Conclusivo de malignidade (carcinoma avançado (invade o tecido conjuntivo)). - Biópsia – Antes de realizar, fazer a macroscopia. Remoção cirúrgica de uma lesão para análise em um indivíduo vivo e colocada em um fixador (formol 10%). Não há contra indicações, mas deve ter cuidado. Tipos: Excisional – Remoção cirúrgica de toda a lesão. Incisional – Remoção cirúrgica de uma parte da lesão. - Necropsia – Remoção cirúrgica (para análise) em cadáver. S.V. O – Serviço de verificação de óbito (quando a morte é natural). I.M. L – Instituto médico legal (quando ocorre homicídio, crime) envolve polícia. Inflamação e Reparo Tecidual Processo Inflamatório A inflamação é uma reação complexa a vários agentes nocivos como os microorganismos e células danificadas (geralmente necróticas). A inflamação isola o agente nocivo e desencadeia uma série de eventos que tentam curar e reconstruir (reparar) o tecido danificado. A inflamação é um mecanismo de defesa (e não uma doença) que tem como objetivo eliminar a causa da lesão celular e suas consequências. As Duas Faces do Processo Inflamatório Benefícios - Proteção ao organismo; - Aumento da perfusão local (fluxo celular defensor); - Exsudato (líquido rico em proteína plasmática): dilui ou inativa o agente prejudicial; - Aumento da secreção glandular – limpeza local; - Coágulo local evitando disseminação; - Cicatrização. Malefícios - Lesão temporária ou permanente dos tecidos acometidos; - Alergias; - Hipersensibilidade (dor); - Doenças autoimune. Obs.: O processo inflamatório é essencial para nosso organismo não podendo viver sem a resposta inflamatória de nosso organismo. Inflamação só ocorre em tecido vascularizado (tecido conjuntivo).
  • 3. Características da Inflamação 27 Requer um estímulo inicial: - Agente biológico (infecção); - Região de hipersensibilidade; - Agente químico e físico; - Necrose tecidual; - Ocorre somente em tecidos vivos; - Regiões vascularizadas; - Séries de eventos que se sobrem põem; - É uma reação de defesa essencial à vida. Sinais Clínicos Cinco sinais clínicos cardeais - Calor; - Rubor; - Tumor; - Dor; - Perda de função. Mediadores Químicos da Inflamação 1º Agente agressor; 2º Isquemia local (vasoconstrição) – Quem faz essa vasoconstrição são as Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina); 3º Alterações vasculares (vasodilatação) – Aumenta o fluxo sanguíneo (hiperemia), aumenta a permeabilidade vascular (edema (aumento de líquido entre as células)) Substância químicas vasodilatadoras. Derivados do plasma: – Sistema complemento C3-a e C5-a (imunoglobulinas), - fator Hageman. Derivados da célula: - mastócitos, basófilos, plaquetas e células endoteliais. 4º Eventos celulares – 1ª fase: migração leucocitária - O leucócito sai do centro do vaso (que é o seu lugar) e vai para periferia do vaso. A hemácia sai da periferia e vai para o centro do vaso. Como saiu o edema o leucócito fica mais pesado. 2º fase: rolagem – O leucócito está rolando pela periferia do vaso. 3ª fase: aderência – Quando o leucócito se adere na parede do vaso. 4ª fase: transmigração – Quando o leucócito sai para fora do vaso. 5ª fase: fagocitose – Quando o leucócito reconhece a bactéria, a coloca dentro do seu citoplasma e a destrói. Obs.: O primeiro leucócito a sair do vaso é o neutrófilo. Quimiotaxia  substância que movimenta o leucócito. Diapedese  movimento do leucócito fora do vaso sanguíneo até o agressor. - A prostaglandina e a bradicinina provocam a dor no processo inflamatório. - A interleucina 1 (ILI), fator de necrose tecidual (TNF) e a prostaglandina provocam a febre.
  • 4. - Febre – tem efeito bacteriostático (impede o crescimento das bactérias). 27 - Os antiinflamatórios modulam a vasodilatação, diminui o edema e a dor. Classificação do Processo Inflamatório Inflamação Aguda - Agente etiológico de alta intensidade e curta duração; - Sinais cardeais mais agudos do que na inflamação crônica; - Maior saída de exsudato do que na inflamação crônica; - Maior quantidade de neutrófilos. Inflamação Crônica - Agente etiológico de baixa intensidade e longa duração; - Sinais cardeais menos evidentes; - Menor saída de exsudato; - Leucócitos que predominam são mononucleares (linfócitos e os plasmócitos). Tipos de Inflamação Aguda - Processo inflamatório agudo seroso – albumina (exsudato). Ex: herpes. - Inflamação aguda supurativa ou purulenta: Coleção de pus: Abscesso (- microabscesso) - formação de pus no interior de uma cavidade neoformada. Empiema - formação de pus no interior de uma cavidade anatômica (sinusite). - Inflamação Aguda Fibrinosa - Paredes das artérias (hipertensão arterial maligna) e na mucosa bucal. Ex.: Se o paramono cai na mucosa. - Processo Inflamatório Agudo Hemorrágico - Saída de hemácias com exsudato. - Processo Inflamatório Agudo Catarral – Muco. Tipos de Inflamação Crônica - Inflamação crônica inespecífica- Reação do tipo humoral AgxAc. O neutrófilo reconhece a bactéria, percebe que é de baixa intensidade e longa duração então sofre apoptose e vira plasmócito e linfócito. - Inflamação crônica específica ou granulomatosa – Agente etiológico de baixa intensidade e longa duração e de alto peso molecular. Ex.: animados (bactérias e fungos) e inanimados (corpos estranho, sem vida). Doença paracocciodiodomicose causada pelo fungo Paracoccidiose brasiliensis. Linfócitos + plasmócitos + capilares neoformados + fibroblastos = tecido de granulação. Os macrófagos se unem e dá origem às células gigantes. Vasos Linfáticos e Linfonodos na Inflamação Vasos linfáticos são canais delicados cobertos por endotélio continuo pouca membrana basal, quase sem apoio muscular. - Na inflamação O fluxo linfático aumenta e ajuda a drenar o edema do espaço extravascular (não apenas fluído, mas leucócitos e restos celulares e até o agente nocivo). Representam uma linha de defesa secundária.
  • 5. 27 Reparação Tecidual - Regeneração – As células lesionadas vão ser substituídas por outras células com a morfologia e função igual ao da célula perdida. Ex.: células epiteliais e no tecido ósseo. - Cicatrização ou Fibrose – As células lesionadas são substituídas por outras células com a morfologia e função diferente da célula perdida. As células danificadas substituídas por fibras colágenas vai haver perda de função. Ex.: músculo, células. Cicatrização de Feridas - 1ª intenção ou cicatrização primária; - 2ª intenção ou cicatrização secundária. Primeira Intenção - As bordas são aproximadas: enxertos ou retalhos; - Cicatrização mais rápida e menor produção de colágeno; - Cicatriz mais fina e melhor qualidade estética; - O espaço da incisão é preenchido por sangue coagulado que contém fibrina e células sanguíneas; - A crosta serohemática: coágulo desidratado (casquinha). Se retirar antes da hora sangra muito porque expõem o tecido de granulação. Segunda Intenção - Ferida mantida aberta (as bordas não se aproximam); - Perda extensa de tecido e células; - Maior produção de colágeno e tempo de reepitelização prolongado; - Resultados estéticos menos favoráveis; - Crescimento de quantidade abundante de tecido de granulação para completar o reparo. Reparação Tecidual Fases da reparação por 1ª intenção: - Espaço aberto preenchido por coágulo; - Após 24 horas: necrose, inflamação aguda; - Após 48 horas: células epiteliais projetam-se depositando a membrana basal (após isso a crosta serohemática solta); - Após 72 horas: neutrófilos são trocados por macrófagos e formação do tecido de granulação; - 5º dia: diminuição do tecido de granulação e aumento do colágeno; - 2ª semana: leucócitos, edema, eritema desaparecem e aumento do colágeno. Obs.: Resistência da ferida – Ao final da 1ª semana pode-se remover as suturas porque já temos 10% da resistência da pele original. - Ao final da 3ª semana: teremos 70-80% da recuperação da pele original. Fatores que Interferem na Cicatrização - Nutrientes – má-nutrição é importante fator de interferência na cicatrização, especialmente em idosos (deficiência de vitamina C).
  • 6. - Hipoproteinemia – retardo na cicatrização, inibição da angiogênese (formação de capilares), 27 da proliferação e síntese de fibroblastos, interfere no acúmulo e remodelagem ao colágeno. - Hipóxia (falta de nutrientes, deficiência nutricional) – encontrada em pacientes anêmicos, em choque, com sepse, nefropatas e diabéticos. Feridas infectadas com hematoma e suturas sobtensão. - Diabetes – Neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distúrbio metabólicos. - a ativação reduzida das células inflamatórias e a quimiotaxia reduzida resultam em menor eficiência na destruição das bactérias. - Infecção – a contaminação da ferida por bactérias acarreta em infecção clínica e retardo na cicatrização. - Drogas e outros fatores – corticosteróides (ex.: Decadron) inibem a migração de macrófagos, a proliferação de fibroblastos e a síntese da matriz protéica. - irradiação local: reduz população de fibroblastos e reduz potencial proliferativo do endotélio. Aspectos Patológicos no Reparo das Feridas - 1. Formação inadequada de tecido de granulação: vascularização inadequada (carne esponjosa). - 2. Formação excessiva dos componentes de reparo: excesso de colágeno pode originar uma tumefação elevada = quelóide (muito colágeno, o volume aumenta e não há remodelação). Para tratamento é preciso dar corticóide para inibir a produção de colágeno. - 3. Contraturas (observada em pele de queimados). - Deiscência do ferimento (reabertura): herniações. Comum em região que possui força, tração (abdômen). Hérnia – órgão que sai da sua posição original e pode comprimir tecidos. Reparação do Tecido Ósseo - Osteoblasto – síntese de tecido de mineralização; - Osteócito – quando o osteoblasto para de sintetizar tecido (célula em repouso); - Osteoclasto – faz a remodelação do tecido ósseo (reabsorve); - Matriz óssea – orgânica (colágeno tipo I) e inorgânica (cálcio e fosfato). Componentes Anatômicos do Tecido Ósseo - Porção cortical – porção externa, osso compacto; - Porção medular – centro do osso, osso esponjoso; - Periósteo – membrana que reveste externamente o osso. - Endósteo – parte interna; - Canais de “Haversiano” – responsável pela nutrição (onde passa o sangue); - Canais de “Volkman”. Reparação e Consolidação de Fraturas Fases da Reparação
  • 7. - Fase inflamatória; 27 - Fase reparadora – formação do calo ósseo (regeneração); - Fase remodeladora – o osteoclasto reabsorve o calo ósseo para o osso ficar com o formato que era antes. Regeneração Óssea Após uma fratura óssea irá ocorrer - Coágulo e tecidos necrosados são removidos por macrófagos; - Proliferação de endósteo e periósteo; - Formação de cartilagem permitindo que ocorra ossificações tanto endocondral quanto intramenbranosa; - Formação do calo ósseo (imaturo), que é posteriormente substituído por osso lamelar. Limitações e Complicações de Reparação de uma Fratura - Fraturas expostas (contamina o osso e etc.); - Fraturas cominutas (esmagamento dos ossos); - Interposição de tecidos moles (interfere na colocação do osso ao seu lugar); - Má irrigação sanguínea; - Manipulação cirúrgica traumática; - Infecção local (osteomelite que é inflamação do tecido ósseo). Diabetes Mellitus Pâncreas - Glândula Funções - exócrinas (libera enzima digestiva) e endócrinas (relacionada ao metabolismo dos carboidratos). 1. Exócrina – Ácinos - Enzima digestiva 2. Endócrinas – Ilhotas de Langerhans - β - Insulina - α - Glucagon - δ - Somatostatina Insulina (hipoglicemiante, transporta a glicose para o interior da célula). - Proteína – hormônio - Transportar glicose para o interior da célula. Glucagon (hiperglicemiante, faz o oposto da insulina, manda glicose para o sangue). - Ação no metabolismo da glicose – ativa a membrana das células hepáticas; - Decomposição do glicogênio hepático – glicogenólise; - Aumento do glicogênese.
  • 8. Somatostatina (faz o equilíbrio da produção de insulina e glucagon) 27 - Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, inibe a sedação da insulina e glucagon. Glicemia - Em jejum; - Normal 70 a 110 mg/dl; - Alterada *: entre 115 a 139 mg/dl; - Diabete >140 mg/dl. Diabete Mellitus Conceito - Distúrbio do complexo metabólico na qual se caracteriza pela deficiência total ou parcial de insulina Classificação Tipo I Inicia se na infância ou na adolescência, era conhecida com diabete mellitus insulino – dependente ou diabete infantil. Há produção de pouca ou nenhuma insulina. Causas - Doença autoimune que resulta em destruição permanente das células beta do pâncreas, as quais produzem insulina; - Traumatismo do pâncreas; - Neoplasias; - Hereditário; - Idiopático (causa desconhecida); Tipo II Desenvolve se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade e idosos, era chamada de diabetes não insulino – dependente. Causas - Resistência à insulina, relativo déficit de insulina e hiperglicemia; - Produção de insulina imatura. Obs.: Os níveis de glicose no sangue aumentam porque o transporte da glicose para as células é mais lento. Subtipo II (Gestacional) Desenvolve-se durante a gravidez, e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê. Tem uma deficiência de receptores de insulina (prévia a gestação). Como na DM tipo II, as mulheres que desenvolvem a DMG são aquelas com sobrepeso ou obesidade. Sintomas - Hiperglicemia ≥a 200 mg/dl; - Glicosúria (presença de glicose na urina);
  • 9. - Poliúria – paciente urina muito, como consequência a célula perde liquido. O sangue fica mais 27 concentrado por causa dessa alta perda de líquido favorece também na formação de trombos que são coágulos sanguíneos. A célula perde líquido então os receptores da membrana mandam informações para o cérebro para aumentar e regular a sede; - Polidipsia - muita sede por causa da perda de água; - Polifagia - muita fome come muito carboidrato piorando ainda mais a hiperglicemia. Sinal Patognomônico Sinal característico de uma doença que não se encontra em outra doença. - Emagrecimento rápido (mesmo que coma continua emagrecendo, pois com a deficiência de insulina a célula vai buscar outras proteínas, como o metabolismo dos lipídios ocorrendo lipólise (quebra das gorduras) e vão para o sangue). - Emagrecimento rápido em diabete descompensado não pode ser considerado um sinal Patognomônico porque aparece em outras doenças. Complicações - Gerais - Bucais Gerais - Atinge vasos sanguíneos menores e maiores; - Aterosclerose - deposição de colesterol LDL (ruim) na túnica intima das artérias que acaba formando o que chamamos de placa de Ateroma e traz obstrução do fluxo sanguíneo causando o infarto; - Trombose - formação de uma massa sólida composta por coágulos sanguíneos que está aderida na parede vascular dificultando a passagem do sangue; - Embolia - quando qualquer massa está sendo transportada na corrente sanguínea e quando encontra um vaso sanguíneo de menor calibre, esta massa ficará aprisionada impedindo a passagem do sangue; - Hipertensão arterial (pressão alta) 140 – 100, já é considerada pressão alta; - Infarto; - AVC Hemorrágico; - Cetoacidose (se o sangue estiver cheio de colesterol tem presença de corpo cetônicos, se usar muito estas células cetônicas as outras células vão morrer) a urina começa a cheirar forte e o hálito fica com cheiro de acetona. - Neuropatias (doenças neurológicas) - perda de memoria, confusão mental, AVC hemorrágico e isquêmico, pode chegar até em coma, perda de sensibilidade periférica, formigamento nas pontas dos pés e mãos por conta da má circulação sanguínea. - Dificuldade de cicatrização; - Hipoglicemia; - Nefropatias Diabéticas - doença renal progressiva causada por angiopatia dos capilares nos glomérulos renais. É caracterizada por síndrome nefrótica e glomeruloesclerose difusa; - Anasarga - edema generalizado dos pés à cabeça, o individuo fica todo edemasiado); - Proteinúria - Perda de proteínas na urina; - Redução na função do órgão (insuficiência renal).
  • 10. 27 Nefropatias - Anasarga; - Insuficiência Renal; - Diálise; - Transplante do Rim; Retinopatia diabética (não passa sangue); - Alterações vasculares nos olhos; - Lesões na retina (Tipo I e II); - Pequenos sangramentos, perda da visão, mas ainda não é cegueira; Outras alterações visuais - Catarata; - Edema macular; - Cegueira. Retinopatia Diabética Neuropatia - Alterações de sensibilidade (aumento ou redução); - Principalmente pernas, pés e mãos; - Sensação de formigamento ou queimação; - Alteração secundária há menor irrigação sanguínea. Complicações Bucais - Periodontal (gengivite, periodontite acarreta na perda dos dentes); - Cáries; - Cicatrização retardada; - Hálito Cetônico; - Candidíase Bucal (por causa da queda da resistência imunológica); - Xerostomia (diminuição do fluxo salivar); - Alterações no paladar. Cuidados Odontológicos - Anamnese (direcionar sinais e sintomas); - Cuidados Pré e Pós Operatórios; - Regime alimentar, ajustes das doses de insulina, e dos agentes hipoglicemiantes; - Redução do estresse – condicionamento psicológico; - Diazepam (Valium®) (benzodiazepínico); - Lorazepam (Lorax ®) (benzodiazepínico); - Tomar medicamento de maneira usual; - Ingerir sua refeição normal antes da consulta - Controlado x Tratamento odontológico; - Não controlado x tratamento odontológico.
  • 11. Hipoglicemia 27 - Queda de açúcar no sangue; - Níveis de glicose no sangue abaixo de 50 mg/dl. Causas - Excesso de exercícios físicos; - Falta de refeição regular ou fora do horário; - Pouca quantidade de alimentos; - Administração de alta dose de insulina ou ingestão de maior quantidade de hipoglicemiantes orais; - Consumo de bebidas alcoólicas. Sintomas da Hipoglicemia - Vômitos/Náuseas – rápido; - Fadiga; - Tremores; - Tonturas; - Taquicardia; - Sudorese; - Visão turva ou dupla; - Dormência nos lábios e língua; - Desorientação; - Convulsões. Em caso de hipoglicemia 1. Teste de glicemia; 2. Ingerir algum alimento, suco de frutas ou refrigerante; 3. Se após 10 min os sintomas não melhorarem: beber água com açúcar, chocolate, bala ou tabletes de glicose; pacientes conscientes teste de glicemia; 4. Medico receita: glucagon injetável (glucagon libera glicose no sangue). Histologia Básica da Mucosa Bucal (revisão) Existem três tipos de epitélio 1. Epitélio Pavimentoso Estratificado Queratinizado Sua camada córnea é amorfa, sem núcleo, eusinófila. Sua camada granulosa forma queratina, possui camada espinhosa e basal também. 2. Epitélio Pavimentoso Estratificado não Queratinizado Possui camada córnea, não possui camada granulosa (por isso não forma queratina), possui camada espinhosa e basal também. 3. Epitélio Pavimentoso Estratificado Paraqueratinizado. Camada córnea possui núcleos picnóticos (pequenos), não possui camada granulosa (por isso não forma queratina), possui camada espinhosa e basal também. Lâmina Própria – Tecido Conjuntivo. Submucosa – Músculos e glândulas.
  • 12. 27 Três tipos de mucosa 1. Mucosa de Revestimento. Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado (porque só é mucosa de revestimento). Localização - ventre da língua, mucosa jugal, vertente interna da gengiva livre (voltada para o dente), mucosa labial interna, palato mole e etc. 2. Mucosa Mastigatória Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou paraqueratinizado (porque sofre trauma). Localização – gengiva inserida, vertente externa da gengiva livre e palato duro. 3. Mucosa Especializada Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou paraqueratinizado. Localização – dorso da língua e vermelhão do lábio. Histopatologia da Mucosa Bucal Hiperqueratose - Aumento da camada de queratina. Clinicamente aparece como lesão branca (leucoplasia). Hiperparaqueratose - Aumento da camada de paraqueratina Degeneração Hidrópica - Ocorre acúmulo de água no interior do citoplasma da célula. Espongiose - Acúmulo de líquido entre as células, mas as células não perdem a sua adesão, se mantém unidas. Exocitose - Presença de células inflamatórias no tecido epitelial (isso é comum no conjuntivo por ter vasos sanguíneos). Acantose - Aumento da camada espinhosa porque aumenta o número de células. Hiperplasia Pseudo-Epiteliomatosa - Ligada a acantose. Projeções do tecido epitelial em direção à lâmina própria à custa do aumento da camada espinhosa. Encontramos o tecido conjuntivo no meio do epitélio. Queratinização Intra Epitelial - Presença de queratina na camada espinhosa do tecido epitelial e deve só haver na camada granulosa. Chamada também de pérola córnea porque a queratina se forma de uma maneira arredondada lembrando o aspecto de uma pérola. Atrofia Epitelial - Diminuição do tamanho e do número de células da camada espinhosa.
  • 13. 27 Erosão - Quando ocorre perda parcial do tecido epitelial sem haver a exposição do tecido conjuntivo. Úlcera - Perda total do tecido epitelial com exposição do tecido conjuntivo. Acantólise - Formação de uma bolha intra epitelial na camada espinhosa. Ex.: doença de pênfigo (doença auto imune, perda da adesão entre as células). Lesões Fundamentais Descrição clínica da lesão observada na cavidade bucal de um paciente, certos termos são utilizados com a finalidade de permitir aquele que não está vendo a lesão mentalmente imaginar a sua apresentação. Mácula ou Mancha - Alterações de cor na pele ou na mucosa bucal onde não há elevação de depressão no local da lesão. Placa - Pequena elevação da pele ou da mucosa de tamanho variável, sua superfície pode ser lisa ou irregular e pode ter alteração de cor. Vesícula - Pequenas elevações na pele ou mucosa que contém líquido em seu interior, seu tamanho é variável que pode ser de poucos milímetros até 1 cm. Pústula (fístula) - Como a vesícula, mas possui pus em seu interior. Ex.: localizado na mucosa bucal em região de raiz, como abscesso, mas pode ser bem pequena. Bolha - Elevações da pele ou da mucosa com mais de 1 cm de diâmetro que contém líquido em seu interior. Se possuir sangue em seu interior é chamada de bolha sanguinolenta, se possuir pus bolha purulenta e etc. Quando se rompe vira úlcera. Erosão - Perda parcial do tecido epitelial sem exposição do tecido conjuntivo. Ex.: língua geográfica (aumento da sensibilidade). Úlcera - Perda total do epitélio com exposição do tecido conjuntivo. Pode ser causada por traumas físicos e químicos (aspirinas em baixo da língua, ácido fosfórico em mucosa e etc.).
  • 14. Carcinoma Epidermóide 27 - Pápula - Lesões sólidas (sem líquido) elevadas de 3mm a 1 cm de diâmetro, sua base pode ser pediculada (base da lesão é menor que o tamanho da lesão) ou séssil (base da lesão é maior ou igual ao tamanho da lesão). Nódulo - Lesões sólidas e elevadas de 1 a 3 cm de diâmetro e a sua base pode ser séssil ou pediculada. Tumor - Lesões que apresentam mais que 3 cm de diâmetro. Distúrbios de Desenvolvimento do Complexo Maxilo Facial e Bucal Etiologia - 80% idiopáticos; - 10% fatores intrínsecos - hereditários e mutações - 10% fatores extrínseco - infecciosos, físicos, químicos, hormônios e nutricionais; Agnatia - Ausência de maxila ou mandíbula (criança nasce e morre); Micrognatia - Mandíbula é pouco desenvolvida em relação à maxila. Causa: genética, traumatismo no côndilo que pode ocorrer durante o parto. Macrognatia - Mandíbula se desenvolve de forma exagerada, muito mais que a maxila. Causa: genética, fatores hormonais, relacionados ao hormônio do crescimento GH que é secretado pela adenohipofise. Quando ocorre em crianças é chamado de gigantismo e quando ocorre em adultos chama-se acromegalia (crescimento das extremidades). Classificado como classe III de Endel (dentes superiores ocluem na lingual dos dentes inferiores). Fendas faciais - Falhas de fusão dos processos faciais podem ocorrer nos lábios e palato. Ocorre na 15 semana de gestação. Fendas labiais ou lábio Leporino Classificação - Unilateral completa ou incompleta; - Bilateral completa ou incompleta; - Fendas labial unilateral incompleta - quando atinge em um lado do lábio e não atinge o palato; - Fendas labial unilateral completa – quando atinge um lado do lábio e o palato; - Fenda labial bilateral incompleta – quando atinge os dois lados do lábio e não atinge o palato;
  • 15. - Fenda labial bilateral completa - quando atinge os dois lados do lábio e o palato; 27 - Fenda palatina - atinge só o palato; Úvula bífida - Não fechou a parte posterior do palato durante a formação do feto, há formação de duas úvulas. Microglosia - Língua pouco desenvolvida. Macroglosia - Língua super desenvolvida. Língua fissurada (não patológica) - Língua cheia de fissuras. É necessário que o paciente realize uma boa higienização, pois as fissuras são fontes de bactéria e a má escovação pode causar halitose no paciente. Língua geográfica ou glossite migratória benigna - Presença de áreas erosivas no dorso da língua com aspecto de figuras geométricas. O paciente relata uma hipersensibilidade nas áreas erosivas ao quente ou frio, alimento condimentado e etc. Língua pilosa - Hipertrofia das papilas linguais, dando aspecto no dorso da língua de pelos. Língua saburrosa - Sujeira no dorso da língua, ocorre pela má higienização, causa halitose. Varizes lingual - Encontra-se no dorso da língua. Anquiloglossia - Língua presa. Hipertrofia do freio lingual com aspecto clínico, curto e grosso que dificulta os movimentos da língua. Paciente tem dificuldade de falar algumas palavras. Tratamento – cirúrgico (frenectomia lingual) e fono. Grânulos de Fordyee - É a presença ectópica (forma em lugar que não é de origem) de glândulas sebáceas na mucosa bucal. Encontrada nos lábios e mucosa jugal com pápulas amareladas. Torus palatino - Crescimento ósseo no palato, é indolor. Se for fazer prótese total deve fazer a remoção cirúrgica.
  • 16. Torus mandibular 27 - Localizado na mandíbula. Síndrome de Peutz Jeghers (polipoze intestinal) - Doença hereditária autossômica dominante causada por mutações envolvendo o cromossomo 19; - Presença de pólipos (verruga, possui potencial para desenvolver câncer) intestinal, consistente no jejuno, pigmentação mucocutânea e com manchas de melanina nos lábios, na mucosa bucal, nos lábios e nos dígitos. Tratamento cirúrgico/Exame – colonoscopia. Displasia Ectodérmica Anidrótica - Origem hereditária; - Defeitos durante a embriogênese de um ou mais tecidos originados do ectoderma; Aspectos clínicos - Hipotricose – perda de pelos; - Hipohidrose – não transpira; - Hipertermias – sente muito calor; - Pele geralmente lisa, fina e seca; - Unhas atróficas ou quebradiças; - Palmas das mãos e pés com queratoses (grossa); - Apresentam aparência senil. Manifestações Bucais - Hipodontia (diminuição do número de dentes) ou anodontia (ausência de dentes); - Xerostomia – diminuição do fluxo salivar; - Lábios protuberantes; Disostose cleidocraneana - Transmissão autossômica dominante; Sinais clínicos - Ausência ou hipoplasia (pouco desenvolvimento) das clavículas; - Retardo na ossificação das suturas cranianas e manutenção das fontanelas abertas por longos períodos de tempo, algumas vezes até a idade adulta; - Bossas frontal, parietal e occipital proeminentes; - Apresenta aspecto de prognata devido ao crescimento deficiente da maxila; - Grande quantidade de dentes supranumerários. Distúrbios de Desenvolvimento dos Dentes x Odontogênese - Fatores locais; - Fatores sistêmicos; - Fatores genéticos; - Tamanho; - Forma; - Número - Cronologia; - Estrutura.
  • 17. Tamanho 27 Microdontia (dente menor do que o normal) - comum em incisivos laterais superiores e terceiros molares superiores. Tem forma Cônica. Macrodontia (dente maior que o normal) - pode encontrar em pacientes com aumento de GH. Forma Geminação - tentativa de divisão de um germe dentário resultam da formação incompleta de dois dentes. Não há mudança no número total de dentes (encontra duas câmaras pulpares e um canal radicular). Região anterior da maxila. Dentição decídua > dentição permanente Fusão União de dois dentes independentes, decíduos ou permanentes. Há mudança no número total de dentes, a menos que envolva supranumerários. Região anterior da maxila. Dentição decídua > dentição permanente. Raízes fusionadas (quando as raízes são unidas) Concrecência - união de 2 dentes independentes, pelo cemento. Região posterior da maxila Esmalte Ectópico ou pérolas de esmalte (forma tecido em lugar errado) - Forma esmalte na região de cemento. Invaginação do esmalte com forma de globo ou pérola. Cúspide em garra - Invaginação do esmalte que tem forma semelhante a uma garra de águia, encontrado na região palatina dos dentes anteriores superiores. Dens in dente (dente invaginado) (dente dentro do outro) - Invaginação do epitélio interno do órgão do esmalte antes da calcificação. Dentes permanentes e supranumerários Dilaceração - Angulação anormal ou curvatura na raiz, menos frequentemente na coroa de um dente. Pode ocorrer na dentição decídua ou permanente. Trauma, presença de lesão, causa idiopática; Importância Clínica - extração; risco de ocorrer fratura; tratamento de canal (endodontia). Taurodontismo (Taurodontia) - Alongamento da câmara pulpar em direção apical, sendo que a divisão da raiz não ocorre ou se dá próximo ao ápice. Número Anadontia - Displasia ectodérmica anidrótica hereditária (não tem o germe do permanente). Oligodontia - Supranumerários disostose cleido craniana (pessoas que não possuem clavícula). Raízes Supra Numerárias – Mesiodens
  • 18. - Dentições decídua e permanente 27 - Molares permanentes, caninos inferiores e pré-molares. Alterações Com Relação à Cronologia de Erupção - Dentição pré-matura (erupcionam antes dos 3 meses de vida); - Erupção retardada (fazer ulectomia para o permanente erupcionar); Local - Fibromatose gengival (causa por extração de decíduo antes da hora); - Retenção Prolongada dos Decíduos; Sistêmica - Síndrome de down; - Hipotireoidismo (diminuição dos hormônios T3 e T4); - Hipotuítarismo (diminuição da secreção dos hormônios liberados pela hipófise anterior); - Dentes inclusos (não tem força para erupcionar) e encravados (tem força para erupcionar, mas tem uma barreira física que o impede de erupcionar um dente, por exemplo). Estrutura Esmalte - amelogênese imperfeita; Dentina - dentinogênese imperfeita e displasia dentinária. Amelogênese Imperfeita - Grupo de condições que mostram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte com ausência de alteração sistêmica. Amelogênese Imperfeita Hipoplásica - Deposição inadequada da matriz e calcificação apropriada do esmalte com pequenas depressões na superfície vestibular do terço médio da coroa, o esmalte é fino e grosseiro. Amelogênese Imperfeita Hipomaturada - Defeito na maturação dos cristais de hidroxiapatita – o esmalte dele está amolecido com coloração branca e opaca. (parece estar coberto de neve; facilidade para ter cárie). Fluorose - Hipomaturação do esmalte pela ingestão de flúor, que torna se poroso; - Fase de maturação – 2 a 3 anos de idade; mais 1 ppm; - Áreas brancas – aspecto mosqueado (neve)  erosão; - Problema estético. Dentinogênese Imperfeita - Formação de dentina defeituosa com dentes opalescente na ausência de doença sistêmica. - Tipo I – associada à osteogênese imperfeita (“Ossos de Vidro”); - Tipo II – forma isolada. Dentinogênese Imperfeita – defeito na estrutura - Formação de dentina defeituosa com dentes opalescentes na ausência de doença sistêmica.
  • 19. - Tipo I – associado à odontogênese imperfeita; 27 - Tipo II – forma isolada; - Característica clínicas-autossômica dominante, alterações dentárias nas formas Tipo I e II são semelhantes clinicamente, radiograficamente e histológicamente. Afeta todos os dente das duas dentições. Pode ocorrer secundariamente hipoplasia do esmalte. Displasia Dentinária - Formação alterada da dentina sem relação com dentinogênese imperfeita ou com doença sistêmica. - Tipo I – radicular (dentes sem raízes); - Tipo II – coronária. Tipo I - coroa clinicamente com morfologia e coloração normal na dentição decídua e permanente, dentes mal posicionados, abscessos frequentes, obliteração pulpar e raízes curtas na dentição decídua e permanente. Tipo II - dentição decídua tem o mesmo fenótipo que a DI, e a Dentição Permanente é normal ou tem discreta coloração cinza azulada. Obliteração pulpar na dentição decídua, e polpa com morfologia anormal e calcificações na dentição permanente. Alterações Regressivas dos Dentes “À medida que o individuo envelhece sofre alterações”. Atrição - Desgaste fisiológico da estrutura dental, quando o dente entra em contato com seu antagonista. (mastigação, faces incisal, oclusal e interproximais). Tanto a altura como a altura são diminuídas, ocorre na dentição decídua e na permanente, mas são mais evidentes na dentição permanente, pois eles ficam mais tempo na arcada. Bruxismo ou Briquismo - Hábito que o individuo tem de ranger os dentes durante as horas de vigília causando um desgaste muito acentuado na estrutura dental (hábito inconsciente), ligados a fatores emocionais ou psicológicos, ou contatos prematuros na restauração. - Disfunção da ATM; - Perde se dimensão vertical; estalos. - Camada pulpar vai diminuindo também. Obs.: perguntar se vive sozinho, caso afirmativo, perguntar se sente cansaço muscular na ATM ao acordar. - Alterações Agressivas – placa de acrílico. Abrasão Desgaste patológico da estrutura dental causado por um processo mecânico anormal, forma de letra V. Erosão - Desgaste patológico da estrutura dental causado por substâncias químicas que não são de origem microbiana; cavidades larga rasa, lisa e polida; dificilmente haverá a exposição da polpa dental.
  • 20. 27 Hipercementose - Quando ocorre o aumento da quantidade de cemento que pode ser em toda a superfície radicular ou somente na região apical, a raiz vai ficando mais espessa e arredondada. Causas - Pode ser por uma extrusão acelerada do dente devido à perda do seu antagonista; - Quando tem fratura (horizontal) tem com reverter e provocar uma Hipercementose, porém se na vertical (tem que extrair o dente); Reabsorção Dental Tipos - Externa (de fora para dentro); - Interna (começa na porção central do dente); Obs.: polpa dental em direção – dentina – esmalte, pode iniciar do esmalte ou do cemento em direção à polpa. Causas da externa - reabsorção dental externa – cistos, tumores, várias causas. Reabsorção Dental Interna Etiologia - É idiopática. Está havendo uma hiperplasia (é porque está havendo um aumento do número de células da polpa dental). Aspectos Clínicos - Assintomática, podemos encontrar um sinal clínico quando ocorre na coroa do dente, e começa a apresentar uma mancha rósea ou violácea; é um achado radiográfico, na porção central do dente vejo uma imagem radiolúcida central aumentada, quando ocorre e não perfurou raiz faço tratamento endodôntico. Se perfurar a raiz terá que fazer extração. Se caso ocorrer na coroa e não perfurar a raiz, endodontia. Cárie Dental “Doença responsável pela desmineralização do esmalte à custa da placa bacteriana cariogênica, associada a uma dieta inadequada e constante falta de higiene bucal, levando a perdas irreversíveis do tecido dentário.” (NIKIFORUK). “A doença cárie é um processo dinâmico que ocorre nos depósitos microbianos (placa dental nas superfícies do dente) e que resulta em distúrbios do equilíbrio entre as substancias do dente e o fluido da placa adjacente. Com o decorrer do tempo o resultado é a perda mineral na superfície do dente”. (THILSTROP; FEJERSKOV) Biofilme - Streptococcus mutans (mais cariogênico); - Streptococcus sobrinus; - Lactobacillus; - Actinomycis. Acidogênicos e Acidúricos
  • 21. Tipos de Cáries 27 Cárie Incipiente - Fase inicial da doença caracteriza – se por manchas brancas que significam descalcificação do esmalte. Neste estágio ainda não há cavidade (buraco) e a região afetada pode, portanto ser desmineralizada. Cárie de Esmalte - Nessa fase já começam a surgir pequenas cavidades no esmalte, mas até esse ponto não causa dor, pois não atinge as terminações nervosas. Cárie em Dentina - Aqui o problema já começa a complicar. Depois do esmalte a cárie atinge a dentina e avança rapidamente em direção à polpa. Nesse ponto o problema já causa dor, porque a dentina possui terminações nervosas (sente dor comendo doce). Infecção Pulpar - Nesse estágio atinge a polpa causando muita dor. Quando a cárie chega a este nível é preciso fazer o tratamento de canal. Diagnóstico de Cárie Doença Cárie ≠ Lesão Cárie - Avaliação dos fatores etiológicos - Exame dos dentes - Biológicos; - Avaliação da presença ou ausência das lesões - Sócios econômicos. - Avaliação da profundidade - Atividade das lesões Cáries Oclusais - Observadas geralmente nos dentes posteriores e atingem a junção esmalte – dentina. O aspecto radiográfico produz uma imagem radiolúcida. Cáries Interproximais - O aspecto radiográfico é de perda de continuidade das estruturas do esmalte produzindo uma imagem radiolúcida. Cáries Vestibulares/Palatinas e Linguais - Ocorrem com frequência em orifícios e sulcos na região livre da gengiva marginal, penetrando na junção esmalte – dentina. Radiograficamente é bem delimitada e facilmente destacada da imagem do esmalte circundante. Cáries Cementárias - Localizada na região entre o esmalte e a gengiva livre. Produz imagem radiolúcida na junção esmalte – cemento. (limite amelocementário; retração gengival).
  • 22. Patologia da Polpa e do Periápice 27 Generalidades - A polpa é um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado; - A cavidade pulpar está formada por uma camada no interior da coroa e raiz; - São vários condutos que penetram nas raízes; - Em geral, as cavidades da polpa seguem o contorno dos dentes. Funções da Polpa Dental - Sensitiva; - Nutritiva; - Defensiva; - 75% Água; - 25% Matéria Orgânica. Patologia Pulpar Estuda as alterações, causas e enfermidades que se apresentam na polpa dental. Causas - Cáries; - Traumatismo – Bruxismo; - Traumatismo – Fraturas; - Abrasão; - Causas químicas – Erosão; - Idiopática. Causas Térmicas - Preparo Cavitário; - Condução de frio ou calor através de restaurações profundas sem base protetora. Classificação da Patologia Pulpar - Reabsorção Dental Interna; - Calcificação Pulpar; - Pulpite Reversível Local ou Hiperemia Pulpar; - Pulpite Irreversível Aguda; - Pulpite Irreversível Crônica; - Necrose Pulpar. Reabsorção Dental Interna Etiologia - Idiopática Exame Clínico - Provas de sensibilidades positivas; - Mancha rosada na coroa dental (*tem que fazer extração). Calcificação Pulpar - Causada por trauma dento-alveolar; - Trauma oclusal; - Degeneração pulpar;
  • 23. - Por idade. 27 Exame Clínico - À medida que a calcificação pulpar avança, o dente pode se tornar assintomático; - Detectada por exames radiográficos de rotina; - Motivo da consulta do paciente é por estética. Imagem Radiográfica - Observa-se diminuição do tamanho da câmara pulpar e do conduto. Em alguns casos dá para ver nódulos calcificados na polpa dental (* não vejo os condutos). Hiperemia Pulpar – Pulpite Local Reversível (a dor começa a diminuir, não é necessário fazer endo). - Ligeira inflamação da polpa na tentativa de se defender contra o agente agressor e chega à polpa excessiva quantidade de sangue; - Inflamação pode regredir desde que seja eliminada a causa que motivou; (hiperemia – aumento de volume de sangue no interior do vaso sanguíneo). Pulpite Irreversível Aguda A polpa se encontra com vitalidade inflamada sem capacidade de recuperação, quando se elimina os estímulos externos que provocaram o estado inflamatório. Exame Clínico - Sensibilidade Pulpar positiva; - Cáries Secundárias; - Por Trauma Oclusal; - Materiais Irritantes. Sinais e Sintomas 1. Estado Inicial - Dor Moderada; - Mudanças Térmicas provocam dor. 2. Estado avançado - Dor constante, persistente e intensa; - Localizado pelo paciente; - Aumenta a dor com o calor e diminui com o frio. Obs.: a dor aumenta com o calor porque o calor dilata os vasos sanguíneos e isso faz com que as terminações nervosas sejas “espremidas”. O frio faz vasoconstrição. Exames Radiográficos - Não apresenta sinal radiográfico nas primeiras 72hrs; - Aumento de espaço pericementário; - Radiolúcidos na coroa compatível com cáries profundas com comprometimento pulpar. Histopatológica - Reação inflamatória aguda com microabscessos (dentro da polpa), predominância dos neutrófilos. (*dentro, inflamação aguda predomina sempre os neutrófilos);
  • 24. 27 Pulpite Irreversível Crônica Causas - Cáries de grande evolução e exposição pulpar; - Traumas; - Restaurações profundas. Sinais e Sintomas - Dor leve; - Aumenta com as mudanças térmicas; - Pressão sobre o tecido pulpar exposto. Histológico - Reação inflamatória crônica com predominância dos linfócitos e plasmócitos. Necrose Pulpar - É a morte da polpa dental; - Pode ser total ou parcial, dependendo de que toda a polpa ou uma parte é que está envolvida (dente vai ficando escuro e perde o brilho). Causas - Traumatismo onde a polpa é destruída antes que ocorra uma reação inflamatória; - Como resultado se produz um infarto isquêmico e causa uma polpa necrótica gangrenosa. Manifestações Clínicas - Assintomática, pode apresentar descoloração do dente; - Se necrose parcial pode responder ligeiramente por estímulos térmicos, devido à presença de terminações nervosas vitais de tecidos vizinhos inflamados; - O acesso à câmara é indolor e reconhecido pelo odor fétido. Pulpite Crônica Hiperplásica Pólipo Pulpar - Ocorre mais nas crianças e nos jovens, o dente mais envolvido é o 1º M Inferior, sua coroa está destruída por cárie com proliferação da polpa dental preenchendo a cavidade de cárie na coroa clínica do dente. A polpa exposta está vermelha e sangra ao mínimo toque. Histológico Observamos a presença de um tecido de granulação na polpa dental (capilares, linfócitos, plasmócitos e fibroblastos) * ou trata canal ou faz extração. Doenças do Periápice Periodontite Apical Aguda ou Crônica (pericementite apical aguda ou crônica) - Inflamação que ocorre no periápice podendo ser aguda ou crônica;
  • 25. - Há um espessamento da lâmina dura por causa do exsudato; 27 - Pode dar origem a um granuloma dental (deve haver necrose da polpa dental); - Os osteoclastos vão reabsorver o osso e há formação de tecido de granulação. Causas - Pulpite (libera toxina no periápice); - Ponto de contato prematuro (provoca traumatismo oclusal). Cisto Radicular - Origem odontogênica (porque é revestido por epitélio de origem odontogênica) e natureza inflamatória; - Cisto é uma cavidade patológica revestida por epitélio e que contém líquido ou substância semi-sólida no seu interior; - Deve haver necrose pulpar para ocorrer o cisto. Necrose pulpar  formação de tecido de granulação  célula que sofre mitose  morte de algumas células por liquefação  aumento de pressão osmótica no interior da cavidade  aumento de tamanho (forma cisto). Abscesso Dento Alveolar - Formação de pus em uma cavidade neoformada. Angina de Ludwing - Processo infeccioso que consiste em uma celulite (o pús dissemina) do tecido conectivo cervical e assoalho da boca. Causas - Infecção de origem dentária; - Traumas; - Extração dental; - Infecção por microorganismos oportunistas em pacientes com sistema imunológico comprometido. Aspectos Clínicos - Aumento de volume significante na região do assoalho de boca; - Representada por uma celulite agressiva, tóxica, firme e aguda que envolve os espaços axiais submandibular e lingual bilateralmente e o espaço mentoniano. Patologia do Periodonto Periodonto - Proteção – gengiva inserida e gengiva livre (vertente externa e interna); - Sustentação – osso alveolar, ligamento periodontal e cemento. Doenças da Gengiva Induzida pela placa dental - Associada somente à placa dental; - Associada à puberdade; - Associada à gravidez; - Leucemia;
  • 26. - Deficiência do ácido ascórbico. 27 Não induzidas por placa dental - Bacteriana específicas (neisseria espécies Streptococcus e outras); - Vírus (herpes oral, varicela zoster e outras); - Fúngica (candidíase oral). Obs.: quem delimita o sulco gengival é a aderência da gengiva ao dente. Gengivite Marginal Crônica (GMC) Causa - Associado somente à placa dental (placa bacteriana ou biofilme); - A hialuronidase vai atuar nas substâncias intercementantes (entre as células) abrindo espaços para que outras enzimas e toxinas liberadas pela placa bacteriana atinjam o tecido conjuntivo; - A colagenáse quando chegar ao tecido conjuntivo vai destruir o colágeno. Quando as proteases chegarem ao tecido conjuntivo vão causar a quebra dos aminoácidos ou das proteínas; - Quando isso ocorre começa haver um processo inflamatório havendo saída de neutrófilo (que sofre apoptose após reconhecer que a inflamação é crônica). A gengiva fica vermelha e edemaciada; - Chegará à célula linfócitos, plasmócitos, fibroblastos e capilares neoformados, começando a formar tecido de granulação, mas esse tecido de granulação não é saudável porque tem toxinas e enzimas liberadas pela placa causando a má nutrição no epitélio da vertente interna da gengiva livre; - Isso faz com que comece a Invaginação do epitélio em direção ao ápice do dente, até achar tecido sadio (para conseguir nutrição) quanto mais ele invagina mais ele atrofia, havendo perda total do epitélio com exposição do conjuntivo (microulcerações); - Quando a pessoa come uma maçã (por exemplo) sangra. Periodontite Crônica - Comum em adultos; - Pode ocorrer em crianças; - Progressão lenta e demorada; - Possíveis níveis de progressão rápida; - Doença inflamatória dos tecidos de suporte dos dentes; - Destruição progressiva do ligamento periodontal e osso alveolar; - Formação de bolsa periodontal; - Retração gengival; - Cálculo subgengival frequentemente encontrado. - Tecido de granulação começa a envolver o epitélio funcional que vai migrar em direção apical até encontrar tecido sadio. Esse epitélio acaba ficando localizado acima do osso alveolar aumentando a profundidade do sulco gengival formando uma bolsa periodontal supraóssea; - Os osteoclastos envolvem o osso alveolar causando uma reabsorção óssea horizontal; - Placa bacteriana + traumatismo periodontal (bruxismo, ponto de contato prematuro, força ortodôntica excessiva) = periodontite apical aguda; - Só o traumatismo = periodontite apical aguda;
  • 27. - A placa bacteriana forma o tecido de granulação e o trauma desorganiza o ligamento 27 periodontal. O tecido de granulação envolverá a aderência epitelial e o ligamento periodontal. - A aderência migrará em direção ao tecido sadio formando uma bolsa periodontal abaixo do osso alveolar; - Osteoclastos vão causar reabsorção óssea do tipo vertical. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) (boca de trincheira) Causa - Associação de bactérias fusiforme (fusobacterium nucleativa) e espiroqueta (Borrelia de Vicenti); - Febre; - Mal-estar; - Linfadenopatia regional (gânglio infartado de origem inflamatória); - Papila interdentária apresenta sua base invertida devido à necrose que é um sinal patognomônico da doença; - Sangramento da gengiva; - Halitose.