3. “Viva para si mesmo e você vai
viver em vão; viva para os outros
e você vai viver de novo.”
- Bob Marley
4. Cronograma:
• José de Alencar • Tema e contexto
• Romance regionalista • Desfecho
• Aspectos • Curiosidades
• Formato • Recapitulação
• O folhetim • Conclusão
• Enredo • Dúvidas
• Análise • Questão
• Estrutura da obra • Agradecimento
• Personagens
• Personagens dinâmicas
• Tempo
• Narrador
• Espaço
• Estilo
• Verossimilhança
5. José de Alencar:
Vida;
Obras;
Características de sua
escrita;
Críticas.
6. Romance Regionalista:
• Questões sociais a respeito de determinadas regiões do Brasil
• Características de cada região
• Linguajar típico
• Personagens que vivem longe das cidades.
7. Aspectos:
Social: diferenças de
classes (escravos,
capangas, pobres e ricos).
Comportamental:
namoro de época,
educação e segredos de
família.
Cultural: costumes da
região.
Linguístico: vocabulário
regional e as falas do
caipira e do escravo.
8. Formato
Til seguiu o formato
de Folhetim, gênero
característico do
século XIX.
Foi publicado
inicialmente no jornal
“A República” entre
Novembro de 1871 e
Março de 1872.
9. O folhetim
• Narrativa periódica presente em jornais e
revistas
• Deve prender a atenção
• Narrativa ágil
10. Enredo:
• Besita desejada por Luís Galvão e Jão Fera
• Casamento de Besita com Ribeiro
• Nascimento de Berta e morte de Besita
• Envolvimento: Berta, Miguel, Afonso e Linda
• Berta altruísta: a galinha, Zana e Brás
• Jão Fera contratado por Barroso (Ribeiro) para matar
Luís Galvão
• Berta impede Jão de matar Luís
11. • Jão perseguido; queixada
• Atentado contra Luís – Jão o salva
• Jão Fera se entrega, depois foge
• Barroso tenta matar Berta, que é salva por Jão
• Jão se entrega à polícia, mas logo foge
• Berta sabe da verdade
• Jão Fera passa a trabalhar na terra
• Berta abre mão de seu amor, Miguel
• Miguel parte com a família de Luís para São Paulo
15. Personagens:
• Planas - Não são aprofundadas, não têm iniciativa, não
têm ação significativa no romance: Linda, Miguel, D.
Ermelinda, Besita e D. Tudinha.
• Esféricas – Imprevisíveis, aprofundadas
psicologicamente: Berta e Jão Fera.
16. • Berta, Inhá ou Til
• Miguel
• Linda
• Afonso
• Jão Fera ou Bugre
• Brás
• Outros: Zana, Barroso (ou Ribeiro), Luís Galvão e as
esposa, D. Ermelinda
18. Tempo:
O tempo predominante é o
PSICOLÓGICO. O narrador
utiliza disfarces físicos e
mudanças de nomes em seus
personagens.
De acordo com a chegada de
cada personagem na trama, o
tempo é manejado pelo
narrador, que torna o tempo
passado sempre presente.
19. Narrador:
A narração do romance é
feita em terceira pessoa.
O narrador é onisciente: ele
conhece, sabe todos os
pensamentos e planos do
personagem, revelando-os
ao leitor.
Ele não faz parte da história
mas não é um simples
narrador.
20. “Só Berta o poderia conseguir. A fascinação que exercia
sobre o idiota era uma sorte de encanto e magia. Sua
vontade movia aquele corpo, como se fosse o espírito
que o animava. Brás sentia e pensava unicamente
pela alma dela, que lhe transmitia as impressões no
olhar carinhoso, na voz suave, no sorriso fagueiro.”
21. O espaço:
Tudo ocorre em Santa Bárbara,
lugar próximo a Campinas no
estado de São Paulo.
O romance faz referência
também à cidade de Itu; à Vila
de Piracicaba e à fazenda do
Limoeiro. A floresta, o bar à
beira da estrada, o Bacorinho e
o lugar chamado Ave-Maria
são recursos particulares
dentro do romance.
22. Estilo:
• Carregado de sentimentalismo, com muitas descrições
e uso exagerado de adjetivos. Há o uso de neologismos
e palavras regionais.
“Ela, pequena, esbelta, ligeira, buliçosa, saltitava sobre a relva,
gárrula e cintilante do prazer de pular e correr; saciando-se na
delícia inefável de se difundir pela criação e sentir-se flor no
regaço daquela natureza luxuriante.
Ele, alto, ágil, de talhe robusto e bem conformado (...) seguia de
perto a gentil companheira, que folgava pelo campo, a volutear
e fazendo-lhe mil negaças, como a borboleta que zomba dos
esforços inúteis da criança para a colher.”
BULIÇOSA = inquieta, ativa REGAÇO = abrigo
GÁRRULA = que canta muito VOLUTEAR = rodopiar
INEFÁVEL = indizível NEGAÇA = sedução, engano
23. Verossimilhança:
• Valorização do interior do
país.
• História do Brasil -
fazendeiros, capangas,
escravos, lavouras de cana e
café.
24. Tema e contexto:
Til foi publicado em um
momento (1872) em que
surgiam discussões sobre a
exploração do chamado
“elemento servil”, no qual
a literatura buscava
fundamentar-se.
Para Alencar, o gênero
romance deveria construir
uma “fotografia da
sociedade”.
ELEMENTO SERVIL = a razão não predomina, apenas
sentimentos momentâneos, esporádicos.
25. Movimento literário
Características do Romantismo presentes na obra:
• valorização dos elementos da cultura em formação
• enaltecimento da pátria
• idealização da natureza
• subjetivismo
• beleza da natureza x realidade regional
27. Curiosidades:
• Atitude altruísta de Berta (abrir mão da pessoa
amada) – tema comum na atualidade.
Observa-se na canção “Você me Bagunça” do grupo
Teatro Mágico.
“Se perder sem se podar e se importar comigo
Aprender você sem te prender comigo.”
28. • Nominação da obra – devido ao sinal gráfico (~)
“Continuaram as cenas da escola; e repetiram-se as visagens e gaifonas à
vista do til; porém desta vez em maior escala, pela liberdade em que
estava o parvalhão do rapaz.
[...] – Eu sou til!”
• Berta comparada à flor
Manhã: "Eram dois, ele e ela, ambos na flor da beleza e mocidade."
Poente: "Era a flor da caridade, alma soror."
Essência: “Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde
não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para
perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela
desgraça.”
SÓROR = feminino de frei
ALGAR = caverna
29. • Berta comparada à flor
Manhã: "Eram dois, ele e ela, ambos na flor da beleza e mocidade."
Poente: "Era a flor da caridade, alma soror."
Essência: “Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares,
onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta
fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam
nas almas, subvertidas pela desgraça.”
SÓROR = feminino de frei
ALGAR = caverna
30. • Intertextualidade com as tragédias gregas ao narrar a
“Ave-Maria”, muitas mortes e muitos órfãos.
Tragédia grega: se caracteriza pela sua seriedade e
dignidade, frequentemente envolvendo um conflito entre
uma personagem e algum poder de instância maior.
31. Til x Iracema
Em ambos, a personagem protagonista é
uma mulher.
Til, a protagonista é ótima representação de
heroína romântica: sofredora, corajosa, decidida,
mas ao mesmo tempo dócil, meiga e sonhadora.
Porém, o que chama mais atenção na
menina não é sua beleza (como em Iracema), mas
sim sua caridade, seus valores e sua dedicação
para com os excluídos.
32. A nova mulher Alencariana
No Romantismo, a figura feminina é uma
subversão da tradição da passividade, e as personagens
femininas são ambíguas, com dualidades de caráter, que
as fazem equilibrar a antítese entre a mulher anjo e a
mulher demônio (ambas idealizadas).
Berta desfaz o modelo tradicional, e inova o
comportamento feminino porque decide ficar sozinha e
não se casar, o que mostra uma mulher que segue as
próprias escolhas e faz o próprio destino (diferente do
que ocorreu com Besita, sua mãe).
36. Questão
No Romance Til, expoente do Romantismo, muitos
personagens são idealizados em coragem, beleza e força.
Como exemplo de personagem com força e
habilidades físicas excepcionais do romance está:
a) Luis Galvão, dono da fazenda, que luta contra os que o
tentam assassinar numa emboscada e os vence.
b) Berta que não sofre danos ao fugir de uma manada de
porcos selvagens, por correr velozmente.
c) Miguel, excelente caçador e famoso pela força.
d) Bugre ou Jão Fera, homem enorme, contratado como
capanga para executar mortes e trabalhos afins.