1. Uma velha
canção de
Jobim
“
Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
SOBRAMES-SP - Regional do Estado de São Paulo
O Bandeirante
Um
a publicação
feita por
M
édicos
Escritores
15
Ano XIV - n° 159 - Fevereiro de 2006
Suplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento LiterárioSuplemento Literário
Não deixe de apreciar os
talentos desta edição
Marco Antonio Fabiani,
Aldo Miletto, Josef Tock,
Mário de Mello Faro, Geováh Paulo
da Cruz, Thereza Freire Vieira,
Alcione Alcântara Gonçalves, Carlos
José Benatti, Arlete M.M.Giovani,
Hélio José Déstro.
Os livros têm os mesmos
inimigos que o homem: o
fogo, a umidade, os
bichos, o tempo; e o seu
próprio conteúdo.
Paul Valéry (1871-1945), in
Literatura
“ Sabe aquele seu colega
cardiologista, que vive
falando do coração em
versos? Traga-o para a
SOBRAMES-SP!
Sérgio Perazzo
Acordo sem motivo
aparente na madrugada de
verão. Mais que alucinações
auditivas, mais que a voz de
sonhos perdidos, alguns acordes
da memória. Um samba-canção
do Tom com mais uma
declaração de amor do Vinícius
como letra.
Vem de longe, vem
de dentro, lá dos anos 50, uma
colagem de frases: “...eu sei e
você sabe que a distância não
existe...assim como viver sem
ter amor não é viver... não há você sem mim e eu
não existo sem você.”
Não sei bem porque, nesse trem de
coisas, nesses vagões associativos que nos
transportam para não se sabe onde, lá fui eu
aterrisar bem no meio da mesa em “u” das nossas
“Pizzas Literárias.”
Escuto nossas risadas. Algumas piadas.
Meia dúzia de avisos. Pequenas homenagens.
Descontração e até um pouquinho de formalidade.
Faz parte da festa.
De repente, como um rio a murmurar,
uma corrente cristalina de poesias, contos,
crônicas, ensaios, sátiras, textos de guardanapos.
De novo um outro vagão da memória e
lá estou, também na madrugada, nos plantões de
pronto-socorro há mais de 30 anos, naquela hora
deserta em que até o sofrimento dá uma folga e
em que nós, o pessoal daquele turno, vamos todos
para a cozinha tomar café requentado e comer
pão dormido.
É a hora da verdade
desarmada. Hora de não
sentir sono. Algumas
confidências, algumas
piadas, alguns causos,
algumas risadas no intervalo
do circo de horrores, que
fingimos não ser horror, das
emergências que mancham
de sangue o nosso uniforme
branco. E a gente pensava
que ia somente pra
Maracangalha!
Ficamos felizes
quando conseguimos dar um tempo. Adiar a morte
para depois de amanhã. Lutamos a cada minuto
contra o embrutecimento que esta guerra
constante e inglória, que esta formolização de
anfiteatro de anatomia nua e crua, que esta
armadura de cruzados enfiada goela abaixo, tenta
afastar qualquer vestígio de uma perspectiva
poética de viver. Mesmo assim sobrevivemos.
Mesmo cercados por todos os lados pelo lodo das
desigualdades sociais. Sobramizamos.
Por isso a mesa em “u” com um lado
aberto para a entrada da poesia, do conto, da
crônica, do ensaio, da sátira, do texto de
guardanapo, convivas retardatários embora
sempre a tempo, cabelos brancos, um pouco
mancos, talvez, mas que não nos faltam jamais,
pulverizando qualquer distância numa trajetória
de amor que dá sentido ao viver. Não há você
sem mim. Tenho certeza. Eu sei e você sabe.
Sérgio Perazzo é médico
psicodramatista em São Paulo
2. O Bandeirante - ANO XIV - nº 159 - Fevereiro 2006 - Publicação da SOBRAMES-SP - Sociedade Brasileira de Médicos
Escritores Regional do Estado de São Paulo - Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - CEP 05410-000 - Pinheiros - São Paulo - SP - telefax (11)
3062.9887 / 3062-3604 - Projeto Gráfico e Diagramação: Rumo Editorial Produções e Edições Ltda. - E-mail: rumoeditorial@uol.com.br
Editores: Flerts Nebó, Marcos Gimenes Salun. Redatores: Luiz Giovani, Marcos Gimenes Salun. Jornalista Responsável: Marcos Gimenes
Salun - MTb 20.405 - SP - Correspondência: Av.Prof. Sylla Mattos, 652 - apto. 12 - Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 -
E-mail: sobrames@uol.com.br - Diretoria Gestão 2005/2006 - Presidente: Flerts Nebó. Primeiro-secretário: Marcos Gimenes Salun
Segundo-secretário: Maria do Céu Coutinho Louzã. Tesoureiro: Milton Maretti. Conselho Fiscal Efetivos: Luiz Giovani, Madalena
J.G.M.Nebó, José Rodrigues Louzã. Suplentes: Sérgio Perazzo, José Jucovsky, Arlete M.M.Giovani.
O Bandeirante
Fevereiro 2006
Lado a lado outra vez
HOSPITAL METROPOLITANO
Serviços de Pronto-socorro
e tratamentos de ambulatório.
Rua Marcelina, 441 - Vila Romana - SP
(11) 3677.2000
2Editorial
LIFE SYSTEM
ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA
Avenida Brasil, 598 – Jardim América – SP
(11) 3885 – 8000
lifesystem@uol.com.br
Flerts Nebó
Expediente
Rápidas
12ª Superpizza
Minha sogra, meu amor...
Cada um de nós tem seu conceito sobre o valor das
coisas. Por algumas dessas coisas temos um amor ou carinho
todo especial. Digo isto porque foi exatamente o que senti
ao receber a edição 158, de janeiro de 2006, de nosso jornal
“O Bandeirante”, do qual tenho a honra de ser co-editor
há vários anos.
Mantenho todos os números que foram editados
até hoje devidamente encadernados, ano após ano, assim
como também estão encadernadas as edições de “Páginas
Sobramicas” editadas durante a gestão do Walter Harris na
presidência desta regional. Hoje a denominação dessa parte
do jornal, dedicada aos textos literários dos associados,
continua com a mesma filosofia e objetivo, nas páginas
centrais de cada edição, porém com o título de Suplemento
Literário.
O prazer de poder, a qualquer instante, ter em nossas
mãos aquilo que os colegas escreveram, seja como artigos
contos ou poesias, ou qualquer outro tipo de literatura,
nos faz voltar ao passado bem próximo. Nossa Regional foi
fundada em 1988 e foi graças às reuniões mensais, tornadas
célebres com o nome de PIZZAS LITERÁRIAS, que nos
sentimos sempre perto de nossos companheiros.
Ao reler estas edições antigas, volto a viver
momentos de alegria e de prazer por termos estado tão
próximos, embora os anos tenham se passado. E o tempo,
dizem, não volta mais. Mentira! Reler as edições que guardo
é reviver, voltar no tempo, é estar lado a lado com os
companheiros outra vez. Isto sem falar das Antologias e das
Coletâneas, que nos enchem de orgulho e prazer, além de
perpetuar nossa obra e nosso pensamento para sempre.
É por isso que insisto em chamar os ausentes. Você,
que está um tanto afastado de nossas reuniões mensais,
VOLTE e torne a sentir o prazer do convívio com nossos
amigos, que muito mais que simples amigos, tornam-se nossos
irmãos. Alegra-nos o coração poder ouví-los e trocar palavras
e comentários sobre nossas coisas e nossas vidas.
Lembro também que neste ano teremos a realização
do XXI Congresso Nacional, em Alagoas, no mês de abril.
Esta é mais uma oportunidade de encontro com os confrades
de todo o Brasil. Quem puder, participe! Valerá a pena!
O importante mesmo é que possamos manter sempre
o vínculo que temos e o compromisso que firmamos com a
literatura. E através dela, consolidar o elo inseparável com
nossos verdadeiros amigos.
DISQUETES - Os confrades que já se habituaram a entregar
seus textos literários gravados em disquetes para facilitar o
trabalho dos editores deste jornal, voltarão a receber o
“vasilhame” a partir de fevereiro. Quem entregar seu texto
gravado receberá disquete formatado.
ETIMOLOGIA - Uma edição especial da revista “LINGUA
Portuguesa” da Editora Segmento, está nas bancas e promete
desvendar alguns mistérios e segredos da matéria-prima
essencial de todos os escritores: a origem das palavras.
Procure nas bancas. Custa R$ 7,90. Também pode ser
conhecida em www.revistalingua.com.br.
ENTRELIVROS - Outra publicação que não pode ser
desprezada pelos amantes da palavra e dos livros é a revista
ENTRELIVROS da Editora Dueto. A edição nº 9 custa R$ 9,90
e está nas bancas desde janeiro, com destaque para o
grande João Guimarães Rosa. www.revistaentrelivros.com.br
CONCURSOS - Os concursos literários permanentes da
SOBRAMES-SP para textos de poesia e prosa apresentados
nas Pizzas Literárias continuam a todo vapor. Para participar,
os concorrentes precisam entregar uma cópia do trabalho
aos organizadores - em disquete ou impressa - logo após sua
apresentação nos encontros mensais.
Apesar do inevitável estigma que acompanha este
personagem de nossas relações familiares - alguns até dizem
que sogra não é parente - há por certo muitos casos em
que o amor e a afinidade entre a sogra e seus genros ou
noras superam qualquer outro sentimento mais hostil ou
menos amistoso. É isto o que pretendemos ouvir de nossos
autores na próxima quinta-feira, 16 de fevereiro, durante a
Pizza Literária, quando nossos confrades poderão apresentar
textos em prosa ou poesia inspirados no tema AMOR DE
SOGRA, sugerido para a 12ª edição do desafio literário da
SUPERPIZZA. Os textos apresentados sob este tema serão
avaliados por leitores convidados e o que for apontado como
o melhor deles receberá um pequeno “regalo”. Os autores
que não tenham intenção de participar do desafio poderão
apresentar textos com temas livres, como sempre acontece.
O importante, acima de tudo, é manter sempre ativa a chama
da criação literária.
3. Murmúrios
3O Bandeirante
Fevereiro 2006SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Marco Antonio Fabiani
Médico cardiologista - Londrina - PR
“Você é quem diz que a vida flui. Como um
remanso, desliza suave. Não flui, digo eu. Vida não flui,
enrosca. Vida mesmo, corcoveia, empaca. Faz que vai,
volta. Prepara armadilha, espreita. E quando se passa,
seguro e certo, sem esperar, e aí? Aí aparece o canguçu
traiçoeiro, rosnando, se transformando em serpente e
te ataca. Se enrosca e te beija com língua de brasa.
Instila o fel do fracasso. Acha que tudo anda no comando
da tua rédea? Acha que vida é cavalo domado, obediente,
que sente teu mando? Ah! Não vem com essa. Na primeira
curva, salta as pedras e te carrega no lombo para onde
ela quer.
Você, com tua boquinha sagrada, essa voz de
passarinho, é que diz que na vida há um doce, espalhado
no vento, colhido da flor. Eu te falo com franqueza: Vai
se acostumando com o amargo, porque esse é o gosto
do dia a dia. Pode ser que um diazinho ou outro vem lá
um docinho. Mas não espere. A gente olha e vê alegria
pululando na casa. Criança brincando, cachorro correndo,
movimento dos vivos de corpo e de alma. Quando menos
se espera e num repente assim sem que se explique e
aparece o bafo da morte, preto, grosso, entrando
sorrateiro e espalhando que nem fumaça e leva o que
você mais quer. Aquilo que você um dia dizia: “Não fico
sem”. É o que ela tira e leva. Não tem um macio, que
você pode encostar o corpo e deixar o cansaço ir embora
e depois de um tempo levantar pronto para tudo. A vida
te faz correr nas pedras com bolhas nos pés e não adianta
queixa. Aceita a dor e enfrenta. Pois não foi
assim com o Leonino Peres? Saiu de manhã
com a vida a prumo. Cabeça assentada, filhos
na escola , a mulher cozinhando e esperando
para o almoço. Naquele dia mesmo conheceu a
Mariana, A cabeça virou e o coração que vinha
no manso se destemperou. Largou os filhos na rua, a
mulher não quis mais ver. Pensou só na Mariana e na
cachaça. Brigou um dia e morreu de tiro. Quem destrilhou
a vida dele? Mistério. Você é quem me fala que em tudo o
que se perde vem uma compensação. Do que é tirado
vem a reposição. É só esperar, com paciência e alma leve
que tudo volta. Toda a vez que me fala isso, logo depois,
com sorriso manso, se levanta e com esse andar gracioso
que mais parece o vôo da tarde da garcinha branca. E
vem, paciente, estendendo um quitute feitinho na hora,
cheiroso, que quando a gente põe na boca acha que
paraíso é aqui mesmo. E aí mansinha me fala que na
vida tudo se explica. Mesmo que no agora, aqui mesmo
na terra, entre os viventes, não se ache o porquê, um
dia e em algum lugar tudo se encaixa. Não se explica
não. Tudo acontece no acaso e no desencontrado. Se não
porque tantas vezes os velhos é que enterram os moços.
Quando na ordem seria sempre o contrário. E aí vem você
com a costa da mão, como seda e passa em meu rosto e
diz que é melhor não correr atrás do que a vida esconde.
Aceita com o coração em paz, que ela acontece sem pulos.
E eu fico calado, corpo solto e adormeço sonhando que
sai voando por aí. Acordo pensando que a vida espreita,
traidora, mas mesmo pra mim, que não espero o bom,
ela me entregou, assim, generosamente, você”
Do livro de estréia do autor, “Trilhas do Fogo”,
dezembro de 2004
Musa paradisíaca
Aldo Miletto
Médico psiquiatra - São Paulo - SP
Você sabe qual o nome
oficial dessa banana,
que é gostosa e que se come
sete dias por semana...
cheia de mil vitaminas
de Potássio... o Kalium,
que, ideográfica, tu assinas
com a letra “K” comum?
Pois então fica sabendo:
nessa escrita que se usa
abreviar co’a letra “K”,
acabamos sempre lendo
a chamada e rica “musa”
a “Paradisia... K!”
Desejo
Josef Tock
Médico oftalmologista - São Paulo - SP
Olho para o céu, vejo teus olhos,
olho para a chuva, também os vejo.
Em qualquer lugar eles me olham,
em qualquer lugar com o mesmo desejo.
Procuro teus olhos, mas vejo a chuva.
Olho para o céu, mas o sol me cega.
Procuro teu amor, mas tu o negas.
Oh, Deus! Por que a mim torturas?
Noites e dias em ti pensando,
nas ruas desertas
teus olhos procurando.
Trilhei caminhos desejando,
em cada cruzamento, nas esquinas,
amar-te loucamente em te achando.
4. 4O Bandeirante
Fevereiro 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
Arte de viver
Mário de Mello Faro
Médico pneumologista - São Paulo - SP
Viver sem preconceitos e muita
liberalidade, meta para que possamos sair
da ficção e penetrar na realidade. Todavia, para que
isso ocorra é necessário muito imaginação e sacrifício,
ingredientes perfeitos para uma boa fantasia e forma
de viver, nesse mundo ameaçado por inúmeros fatores
agressivos, levando ao indivíduo mensagens
inquietantes, com pesadelos e delírios. Assim
procedendo, penetramos na trama filosófica da vida,
onde são estabelecidos os parâmetros do bem viver, com
muita transparência e eficiência.
Enfrentamos então, a crueza dos acontecimentos,
que contam uma história fascinante, melódica e também
curiosa e inquietante. Levando assim, o portador a
meditar, expondo o seu íntimo, tornando-o aberto ao
conhecimento contemporâneo e às novas conquistas do
mundo moderno.
Dar azo à imaginação, sem pudor, revelando toda
a sua plenitude e grandeza. Atingimos então o concreto,
passando pelo abstrato, como etapa primeira de um
processo de evolução, que caminha com harmonia e
magnitude, para a franqueza da vida, deixando para traz
os fatores adversos e salientando a corrida dos elementos
progressivos, margeando o caminho da verdade, da
segurança e da certeza.
Para afinal, sentir de forma retumbante e sonora,
os ruídos múltiplos captados pela mente e armazenados
no subconsciente, projetados em seguida, como um
conceito real de vida, carregando um aprendizado
concreto e harmonioso.
O corpo humano repleto de energia física conduz
imagens que transportam o presente para um passado
próximo ou remoto, de tal forma que o indivíduo,
integrante da sociedade vigente, possa enviar à mesma
a mensagem do que é viver em harmonia, constituindo
elemento de aglutinação do núcleo familiar, passando
por evoluções, seguindo a trilha de Darwin... até chegar
ao homem moderno, rico em conhecimentos, que saindo
da caverna, se implantou nos espaços abertos pelo
rompimento da Pagéia, formando os vários continentes,
com as suas características peculiares e padrões de
evolução e desenvolvimento, até chegar aos povos de
hoje. Percurso trilhado, extremamente discutível,
controvertido e de difícil comprovação, apesar dos
estudos sobre o DNA e seus mitocôndrios.
Muitos sacrifícios serão ainda exigidos do
indivíduo e da sociedade para que, com transparência e
eficiência, deixem para traz o pesadelo e cheguem ao
porvir, com grandeza e luminosidade, gerando completa
lucidez. Os preconceitos serão superados com pertinácia,
atingindo etapas sucessivas, tendo como meta derradeira
a apoteose, com todo o seu esplendor. Permeando fluídos
que chegarão ao âmago, para em seguida abrir suas
portas e formar torrentes de sabedoria, que serão
captadas pelo ser humano, saindo da época da caverna,
caminhando para o asfalto, com brilho e satisfação,
sentindo a missão terrena cumprida, em busca
de caminhos cruzados para chegar a novos
destinos, de percursos variáveis.
O ser humano aprendeu a lidar com os
fenômenos da natureza, conseguiu dominá-los
e superá-los, incorporando-os no seu próprio
bem estar, transportando características
estimulantes e criativas, que do nada, tudo realizam e
concretizam.
Utilizando a imaginação, sem metáforas,
procurando criar dogmas de vida, enriquecidos no tempo,
através da mistura da subserviência e do poder exagerado
de indivíduos ou de países, que com prepotência
ostensiva, procuram sufocar sentimentos, destruir
culturas e afogar seres humanos no mar da especulação e
da arbitrariedade.
Infelizmente, vivemos à sombra do poder
econômico, que em seu benefício próprio arrasa povos e
culturas.
Depoimento no parlamento
(tributo a Kafka)
Geováh Paulo da Cruz
Médico oftalmologista - São Paulo - SP
Eu não disse que disse
Como disse quem o disse.
Repilo!
Não fi-lo!
E nem qui-lo.
Nunca diria aquilo...
Como poderia di-lo?
Mesmo que quisesse e fizesse
E dissesse o que não disse,
Ou fizesse o que quisesse,
E dissesse o que se disse,
Isso é meu compromisso,
Jamais nisso seria omisso.
Se eu dissesse o que dizem
E dizem que eu dissera,
Eu digo que não disse.
Digam: eu disse a quem?
Sou discreto e sou de bem,
Além de muito honesto comigo:
Nunca disse que não digo.
Espero que quem disse
E disse que eu o fizera
Desdisse o que disse
E dissesse que eu não era.
Ou explicasse com que fito
Fez espalhar o mito,
Como se dito eu houvera.
Que acabasse o diz que diz,
Como eu sempre quis.
Se desse por fim ao conflito
E ficasse o dito pelo não dito.
Proclamo em alto brado,
Deixando tudo claro e bem explícito:
Nada a negar... nem a confirmar!
Pois como diz o ditado:
A verdade cabe em todo lugar.
Tenho dito!
5. O Bandeirante
Fevereiro 2006 5SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
“Os pobres querem se passar por ricos e os ricos
querem se passar por pobres...”. “Certas dores o tempo
não cura”. “Ver seu filho no caixão é contra qualquer lei
da natureza”. “Nosso país jamais andará para frente
enquanto uma bomba não destruir a burocracia”. “Nunca
desperdice um convite para trabalhar”.
Todas estas frases você encontrará no livro de
Danuza Leão, “Quase tudo”. Um livro excepcional.
Humano. Realista. Atraído pelo anúncio do Premio Jabuti
de 2005 iniciei minha leitura do livro de Nélida Piñon
“Vozes do Deserto” e estava no capítulo 11 achando o
livro chatíssimo e manótono e aí me cai nas mãos essa
maravilha de biografia. Para quem não acredita em
astrologia que aponta o planeta Plutão em cima de nossa
casa por aquelas fases de baixo astral que todos temos
na vida basta dizer que Danuza Leão interrompe uma
vida gloriosa por nada mais, nada menos, que vários
acontecimentos seguidos, tipo: tumor cerebral e morte
de sua irmã Nara Leão, morte do marido Samuel Weiner
(jornalista fundador da Última Hora e autor de um
maravilhoso livro chamado “Minha razão de viver”),
assalto violento no Rio de Janeiro, defronte de sua casa,
morte de seu filho Samuca, morte de seu segundo marido,
Antonio Maria, morte de seu pai por suicídio, morte de
sua mãe. E agora, o que acha de Plutão?
A vida de artistas, empresários, boêmios é contada
em detalhes na convivência que teve com eles e com as
“socialites”. Danuza fez coisas inacreditáveis como viajar
todo fim de semana para Paris durante 39 semanas
seguidas! Seu terceiro e último casamento foi com Renato
Machado, hoje na Globo, de quem veio a se separar por
achá-lo muito “mulherengo”. Foi amicíssima de Lily de
Carvalho e consolo dela na morte de seu marido Horácio
e do filho Horacinho. Mais tarde Lily viria a se casar com
Roberto Marinho. Ganhou de presente do ex-casal um
apartamento em Copacabana pelos longos anos de
solidariedade.
Há momentos no livro extremamente comoventes.
A descrição da morte do filho Samuca me fez chorar pois
muitas vezes tive amigos que perderam filhos e nunca
pude avaliar a extensão e profundidade deste sofrimento.
Chorei por todas as mães e pais que deixei de consolar.
Nunca uma leitura me marcou tão profundamente pela
sinceridade dos sentimentos de Danuza e seu grande
sofrimento. Danuza várias vezes mergulhou no mundo
do álcool e das drogas pesadas e soube se reerguer. Hoje
é uma bem sucedida cronista da Folha de São Paulo.
Enfim, um livro imperdível para quem gosta de
fofocas, da vida dos ricos, de grandes emoções e quer
entender um pouco do outro lado da meia-noite. Um livro
com alma.
Um homem ou
a liberdade
Carlos José Benatti
Médico ginecologista - São Paulo - SP
Imagem no espelho
retrato da gente
reflete o semblante
do ente que passa
daquele que olha
contornos do corpo
buscando um conforto
ao ver na pantalha
a bela figura
sorriso aberto!
Alegria que espalha
nas faces rosadas
nos olhos brilhantes.
Cabelos sedosos
um busto que arfa
cintura delgada
no corpo esbelto
mãos afiladas
pernas torneadas
que vulto mirabolante
surgiu num relâmpago
e sumiu de repente
no espelho quebrado.
Espelho quebrado
Alcione Alcântara Gonçalves
Médico psiquiatra - Tupã - SP
A lágrima e a flor
Thereza Freire Vieira
Médica geriatra - Taubaté - SP
A flor balançando na haste,
sacudida pelo vento, estremece.
Dança, passeia de lá para cá
E quase sufocada pelo vento,
Vai chorando em pétalas de amor...
A lágrima pendente nas pálpebras,
passeando nos olhos e no rosto
em anseios, vibrando em súplicas
ao coração amante, que se abre
desabrochando em flor...
A natureza inquieta procurando
maravilhas de esperança e alegria
desabrocha em flores coloridas.
A flor é a lágrima da natureza,
a lágrima é a flor do amor...
6. 6
O Bandeirante
Fevereiro 2006 SuplementoSuplementoSuplementoSuplementoSuplemento
LiterárioLiterárioLiterárioLiterárioLiterário
A sentença
Arlete M.M.Giovani
Mestre em Ciências - São Paulo - SP
Tento me concentrar, porém em
vão. Sentidos todos acionados, coração a galope
constante e mãos ávidas por uma ocupação
qualquer.
Escuro absoluto. Visão e audição em alerta.
Ouço cochichos: “Que coisa, heim!!! Cabeças
guardadas no freezer! Que estranho! Nunca ouvi
falar... será que é isto mesmo que entendi? Li e
reli várias vezes... parece que é isto mesmo. Tem
até algumas guardadas em um outro negócio, acho
que é glicerol, se é que entendi bem! A gente não
está acostumado com isso, não é mesmo?”
Fixei meu olhar naqueles olhares
interrogativos e me dispus a explicar. Então,
disseram: “Vossa Senhoria tem trinta minutos!”.
Tinha tanto para falar, será que poderia
me demorar mais alguns minutos? Talvez não,
melhor me ater ao tempo estipulado. Quanto mais
se fala, maior o risco de dizer bobagens.
Explico com convicção! Como as cabeças
foram arrancadas, meticulosamente embrulhadas
e guardadas no gelo ou na tal substância. Observo
convicção nos olhos dos ouvintes, acredito que os
convenci: “Sim! Elas ficaram ótimas, todas elas
perfeitamente conservadas!”.
Respondo todas as perguntas com
conhecimento de causa. Afinal, não fora eu mesma
quem fizera tudo sozinha? Mas assumo todos os
riscos: “Sim, fui eu! Bem, Vossa Excelência, sou
obrigada a confessar alto e em bom tom, para
que todos me ouçam, e sem acusações. Nunca
estive só, muitos participaram, não consigo nem
precisar quantos. Alguns nem sabem que ajudaram
e muito! Afinal, como poderia eu fazer isto
sozinha?”.
Respondo com firmeza: “Sim, Excelência!
Os mais próximos vibraram e vibraram muito,
quando conseguimos a primeira cabeça. Era o
início de tudo!”.
Durante o debate intenso, perguntas e
respostas, palavras em algum lugar de meu
cérebro: “Calma, ninguém melhor do que você
para saber o que fez! Respire fundo e responda
com firmeza, sem arrependimentos! A
responsabilidade é toda sua, não é mesmo? Sim,
a idéia foi minha, é este meu entusiasmo pelo
desconhecido! Assumo!”.
E de repente lá estou de pé, calada,
aguardando as palavras finais de Vossa Excelência.
Sinto o silêncio e o respirar das pessoas em volta.
Olhos parados, a respiração superficial,
uma vibração intensa, um mar de energia
me atingindo aos poucos como flecha e
se dissipando por todo o meu ser, uma
sensação desconhecida, nunca
experimentada antes.
Enfim, o impacto. Abruptamente, me curvo
diante do veredicto final de meu júri tão peculiar:
“Concedemos a Vossa Senhoria, após a avaliação
feita, segundo as normas desta casa, o título de
Mestre em Ciências”.
E engulo o choro diante dos aplausos e
assovios de viva.
Bem-te-vi
Hélio José Déstro
Dentista - São Paulo - SP
Ali... Bem ali...
Olha o Bem-te-vi
Você viu ou não viu.
- Eu vi... Eu vi.
Bem-te-vi de peito amarelo.
Canta feliz o seu trinado.
O belo canto cadenciado.
Valente, igual nunca viu.
O dono dos espaços.
A perseguir outros pássaros.
Do alto do pessegueiro
Abaixo a colméia de abelhas.
Num mergulho.
Apanha zangões na sua refeição
Bem-te-vi.
Na mira certeira.
Leva no peito um pedregulho.
Bem-te-vi... Bem-te-vi.
De estilingue nas mãos.
O moleque daqui
A pedra certeira estilhaços de penas
É morte a ti.
Protegendo os zangões.
Obedecendo ao pai.
Apicultor.
Na grama o bem-te-vi.
Morto, e estilhaçado. Sem dor.
O canto é, e está mudo.
As abelhas, sem perigo de ti,
voam no seu bailado.
7. Chegou também na redação a edição de dezembro de 2005
da revista “Destaque Metropolitano”, da cidade de Santos,
que comemora 29 anos de publicação. Voltada para divulgação
de fatos culturais e sociais da cidade, a presente edição
traz, entre outras, reportagem sobre o lançamento do livro
“Meu Jardim de Emoções” da nossa confreira Gessilda Porto
Alegre Falcão, realizada no dia 22 de outubro.
Confira e anote nossos
compromissos para 2006
O Bandeirante
Fevereiro 2006 7
Certamente você não vai querer perder nenhuma das
atividades da SOBRAMES-SP para 2006. Esta coluna não deixa
você esquecer desses compromissos. Anote e participe!
AgendaRegistro
Começamos 2006 muito bem!
Se 2005 foi algo tenebroso para a SOBRAMES-SP, 2006 não
poderia ter iniciado com melhor augúrio. Da 186ª Pizza
Literária realizada em 19.01.2006 participaram 26 pessoas.
Além dos confrades da regional tivemos também a
participação dos convidados Priscila Faria de Almeida e do
casal Reinaldo Musetti Naccache e Silvia Maria Louzã
Nacache. Na reunião foram apresentados 14 textos literários
em prosa e verso, todos da melhor qualidade, como de
costume. Eles serão divulgados ao longo de nossas edições
e participarão dos concursos literários em vigor. Mas o mais
importante foi o clima de intensa harmonia e grande
confraternização vivido pelos participantes. O grande poder
reinante foi o do culto à boa e velha literatura brasileira. A
grande magia, infalível, foi a do amor e a do respeito aos
convivas. Por essas coisas, apenas, é que nos encontramos
e sempre nos confraternizamos.
Movimento Poético Nacional
Recebemos mais uma edição do jornal “A Voz da Poesia”, a
de nº 72, de outubro a dezembro de 2005, publicação que é
editada pelo Movimento Poético Nacional, com sede na
cidade de São Paulo e presidido atualmente pelo poeta
Walter Argento. Além da produção de seus associados a
publicação traz ainda o noticiário do período e um convite
para admissão de novos poetas. A entidade literária reune-
se duas vezes por mês, aos sábados. Os interessados poderão
obter maiores informações na sede do MPN, na Rua dos
Bogaris, 183 - CEP 04047-020 - Mirandópolis - SP. Fone (11)
5072-1665.
Novo romance de Thereza Freire
Acabamos de receber o mais novo livro de Thereza Freire
Vieira, médica geriatra residente em Taubaté, membro da
SOBRAMES-SP. Trata-se do romance “Encontro com o
Passado” (172 pgs. - Scortecci Editora - SP - 2005), onde a
autora mostra uma história comovente, carregada de lances
de emoção e mistério. Valendo-se quase que exclusivamente
de diálogos, a autora desenvolve ao longo dos 63 capítulos
curtos da obra toda a trama de sua história, com agilidade e
maestria. Aquisições do livro e contatos com a Dra. Thereza
Freire Vieira poderão ser feitos escrevendo-se para Rua 29
de Agosto, 177 - Morumbi - Taubaté - SP, CEP 12060-410.
Revista Destaque Metropolitano Endereços, horários e referências
Pizza Literária: São realizadas na Rua Oscar Freire, 1597 -
Pizzaria Bonde Paulista - a partir de 19h30
Reunião de Diretoria: São realizadas na sede da
sociedade, na Rua Alves Guimarães, 251 - a partir de 20h30
XXI Congresso Brasileiro de Médicos Escritores: Será
realizado de 20 a 22 de abril de 2006, na cidade de Maceió.
Informações com os organizadores: (082) 3221-5323
07.02.2006 Reunião de Diretoria
16.02.2006 187ª Pizza Literária
12ª Superpizza (apresentação de textos)
07.03.2006 Reunião de diretoria
16.03.2006 188ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
04.04.2006 Reunião de diretoria
20.04.2006 XXI Congresso Brasileiro de Médicos
Escritores (Maceió - AL)
27.04.2006 189ª Pizza Literária
Divulgação do tema da próxima Superpizza
02.05.2006 Reunião de diretoria
18.05.2006 190ª Pizza Literária
13ª Superpizza (apresentação de textos)
06.06.2006 Reunião de diretoria
22.06.2006 191ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
04.07.2006 Reunião de diretoria
20.07.2006 192ª Pizza Literária dedicada a Escritores
Consagrados, favoritos dos membros.
Divulgação do tema da próxima Superpizza
01.08.2006 Reunião de diretoria
17.08.2006 193ª Pizza Literária
14ª Superpizza (apresentação de textos)
05.09.2006 Reunião de diretoria
21.09.2006 194ª Pizza Literária
Premiação da Superpizza anterior
Assembléia Geral Ordinária.
Eleições de diretoria para biênio 2007/2008.
03.10.2006 Reunião de diretoria.
19.10.2006 195ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO FLERTS NEBÓ (prosa)
Divulgação do tema da próxima Superpizza
07.11.2006 Reunião de diretoria
16.11.2006 196ª Pizza Literária
15ª Superpizza (apresentação de textos)
05.12.2006 Reunião de Diretoria
21.12.2006 197ª Pizza Literária
Entrega do PRÊMIO BERNARDO DE OLIVEIRA
MARTINS (poesia)
Premiação da SUPERPIZZA anterior
Transmissão de cargos para Diretoria Eleita
ENDOMED MEDICINA
LABORATORIAL
Sede: Av. Eng. George Corbisier, 746
Pq. Jabaquara - SP
CAC 0800-170-004
O envio de notícias, publicações ou informações sobre
lançamentos de livros para a redação do jornal “O
Bandeirante” pode ser feito para um dos seguintes
endereços: Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12
- Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 *
Sede: Rua Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - São Paulo -
SP - CEP 05410-000
8. É tempo de contribuir,
pagando a anuidade de 2006
XXI Congresso Nacional:
inscrições vão até dia 15
Até o próximo dia 15 de fevereiro estarão
sendo recebidas pelos organizadores as inscrições
para o XXI Congresso Brasileiro de Médicos
Escritores, que acontecerá de 20 a 22 de abril de
2006 na cidade de Maceió, Alagoas. No material
promocional do evento encontra-se a programação
básica e as regras de participação. O folder enviado
recentemente aos membros da SOBRAMES em todo
Brasil traz ainda as indicações e sugestões de
hospedagem, com preços e condições de
parcelamento, além de indicação de agencia de
turismo (Mangabeira Turismo) e companhia aérea
(Gol) escolhidas para o evento e que oferecem
serviços e condições especiais.
As taxas de inscrição variam de R$ 50,00
para os acadêmicos e estudantes que se
inscreverem antecipadamente, até R$ 200,00 para
médicos que se inscreverem no local. Para conhecer
todos os valores os interessados podem consultar
o material recebido ou então fazer contato com
os organizadores, pelos telefones (082) 3221.5323
ou 3336.3532. Também poderá ser encaminhada
correspondência para Rua Afonso Pena, 82 - Maceió
- Alagoas - CEP 57021-040. Está disponível ainda
para esclarecer dúvidas e atender os interessados,
o e-mail conepaki@uol.com.br.
Além da programação literária, cultural e
turística, no XXI Congresso Brasileiro de Médicos
Escritores acontecerá a importante eleição do novo
presidente da SOBRAMES Nacional para o próximo
biênio, além de escolher a sede do XXII Congresso
Nacional, em 2008. Prestigie e participe.
8
O Bandeirante
Fevereiro 2006
Finanças Congresso
Endereços, horários e referências
Pizza Literária: Rua Oscar Freire, 1597 - Pizzaria Bonde
Paulista - a partir de 19h30 / Reunião de Diretoria: Rua
Alves Guimarães, 251 - Pinheiros - a partir de 20h30
FEVEREIRO 2006
07 - Reunião de Diretoria
16 - 187ª Pizza Literária - Apresentação de textos
com temas livres. Apresentação de textos da 12ª
Superpizza.
MARÇO 2006
07 - Reunião de Diretoria
16 - 188ª Pizza Literária - Apresentação de textos
com temas livres. Divulgação do texto vencedor da 12ª
Superpizza.
Nossos próximos eventos
Anote
Única fonte de receitas da SOBRAMES-SP,
a anuidade cobrada de seus associados visa dar
continuidade às atividades básicas da regional,
principalmente em relação às publicações
periódicas que mantém, às despesas com correio,
honorários contábeis e outras despesas
indispensáveis ao seu funcionamento. Daí a
fundamental importância de que todos os membros
colaborem pagando a anuidade.
Valores para 2006. Até 31 de janeiro de
2006 o valor pago pelos associados foi de R$
120,00. De 01 a 28 de fevereiro a anuidade poderá
ser quitada pelo valor de R$ 130,00. A partir de
01.03.2006 este valor ficará fixado em R$ 140,00.
Saliente-se que os membros acadêmicos pagam
50% do valor da anuidade, estando dispensados
do pagamento os membros honorários, eméritos
e beneméritos.
Como pagar. Envie um cheque cruzado e
nominal a SOBRAMES-SP para a sede da entidade,
no seguinte endereço: Rua Alves Guimarães, 251
- CEP 05410-000 - São Paulo - SP. Para fins de
determinação dos valores, será considerada a data
de postagem nos correios. Assim, não será mais
possível o pagamento pelo valor de R$ 120,00,
válido apenas para o mês de janeiro. O recibo
será enviado pelo correio. Quem preferir poderá
efetuar o pagamento diretamente ao tesoureiro,
Dr. Milton Maretti, nas Pizzas Literárias.
Quem já contribuiu. Até a data do
fechamento desta edição já haviam contribuído
pagando a sua anuidade os seguintes confrades:
Aída Lúcia P.S.Begliomini,AlcioneA.Gonçalves,Aldo
Miletto, Arlete M.M.Giovani, Fernando Batigália,
Geováh P.da Cruz, Hélio J.Déstro, Helio Begliomini,
Helmut A.Mataré, José Jucovsky, José R.Louzã,
Lígia T. Pezutto, Luiz Giovani, Madalena
J.G.M.Nebó, Manlio M.M.Napoli, Marcos G.Salun,
Maria da Glória Civile, Maria do Céu C.Louzã,
Maria Virgínia Bosco, Mario de Mello Faro, Milton
Maretti, Rodolpho Civile, Sérgio Perazzo e Walter
W.Harris. Colabore você também para que as
atividades da regional São Paulo continuem
acontecendo. Qualquer dúvida sobre o pagamento
da anuidade poderá ser esclarecida pelo e-mail
SOBRAMES@UOL.COM.BR ou pelo telefone (11)
9182-4815.