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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE




                  LUCIANE SALETE DOS SANTOS




PLANO DE NEGÓCIOS: ESTUDO DA VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE
        UMA LOJA DE LINGERIE NA CIDADE DE SAPIRANGA-RS




                  Novo Hamburgo, maio de 2007.
LUCIANE SALETE DOS SANTOS




PLANO DE NEGÓCIOS: ESTUDO DA VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE
        UMA LOJA DE LINGERIE NA CIDADE DE SAPIRANGA-RS




                    Centro Universitário Feevale
                   Instituto de Ciências Aplicadas
                Curso de Administração de Empresas
                  Trabalho de Conclusão de Curso




             Professor Orientador: Ms. José Airton Brutti




                   Novo Hamburgo, maio de 2007.
LUCIANE SALETE DOS SANTOS


Trabalho de Conclusão do Curso de Administração – Habilitação Administração de
Empresas, com título PLANO DE NEGÓCIOS: ESTUDO DA VIABILIDADE PARA A
IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE LINGERIE NA CIDADE DE SAPIRANGA-RS,
submetido ao corpo docente do Centro Universitário Feevale, como requisito
necessário para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas.



Aprovado por:



_________________________________
Prof. Ms. José Airton Brutti
Orientador


________________________________
Prof. Ms.
Banca Examinadora


________________________________
Prof. Ms.
Banca Examinadora


________________________________
Prof. Ms.
Banca Examinadora



                                   Novo Hamburgo, maio de 2007.
Dedico este trabalho com todo amor e
carinho aos meus pais, Alzira e Nestor,
      por todo apoio, dedicação, educação
 e compreensão que me deram sempre, em
       todos os momentos da minha vida,
 e principalmente por acreditarem em mim
  e na minha capacidade, me incentivando
   e dando forças através de exemplos de
           humildade, dignidade, respeito
                          e honestidade.
AGRADEÇO...

                                          A Deus,
    pela fé e pela coragem que tive desde o início,
       o que me fez acreditar que era capaz e que
                  conseguiria realizar este sonho.

                                  Aos meus pais,
 por acreditarem em mim e na minha capacidade,
   além da paciência e da compreensão nos meus
               momentos de angústia, desânimo,
                                 estresse e medo.

                Aos meus amigos e familiares,
   que sempre torceram por mim e pela conquista
         do meu ideal, e que também entenderam
                               a minha ausência.

           Aos professores José Airton Brutti,
meu orientador, Alexandre Zeni e César Roth,
            pela boa vontade ao me ajudar, pelos
 ensinamentos passados, orientação e paciência,
   que possibilitaram a realização deste trabalho.

            Por fim, agradeço a todas as pessoas
          que de alguma forma contribuíram para
                   a concretização de meu sonho.
RESUMO




O presente trabalho tem o objetivo de elaborar um plano de negócios para uma loja
de lingeries, situada em Sapiranga. Primeiramente, este estudo buscou verificar a
possibilidade de sucesso na implantação do empreendimento. A bibliografia
estudada está focada no Plano de Negócios, Empreendedorismo e o motivo do
negócio, ou seja, Moda Íntima. Quanto à Metodologia, utilizou-se a pesquisa
bibliográfica, descritiva e a pesquisa exploratória. Os dados foram coletados através
de entrevistas, questionários, além da observação. Com os conhecimentos obtidos
através dos diversos conceitos formados e informações levantadas, pôde-se
elaborar o plano de negócios, que mostrará se há viabilidade de sucesso assim
como, auxiliará na tomada de decisões e no aproveitamento de quaisquer
oportunidades frente ao negócio. Após a elaboração deste plano de negócios,
percebe-se que a abertura de uma loja de lingeries na cidade de Sapiranga
realmente é viável, com grandes oportunidades de sucesso.

Palavras-chave: Empreendedorismo - Plano de Negócios - Moda Íntima -
Viabilidade
ABSTRACT




This present work has the purpose to elaborate a business plan for an underwear
store, placed in Sapiranga. At first, this study wanted verifying the possibility to
success in the implantation of the undertaking. The bibliography studied is focused to
the Business Plan, Entrepreneurial and the reason of the business, so, Intimate
Fashion. About the Methodology, used the bibliographic search, descriptive and
exploring search. The dates were collected through of interviews, questionnaires,
besides observation. With these knowledge obtained through of diverse formed
concepts and lifted up information, could be elaborated the business plan, which will
show if there is possibility of success such will help to make decisions and utilize any
opportunities before the business. Therewith, the elaboration of this business plan, it
perceives that the opening of a underwear store in Sapiranga city is true possible,
with great opportunities of success.

Keywords: Entrepreneurial - Business Plan - Intimate Fashion - Opportunity
LISTA DE QUADROS




Quadro n. 1 – Medidas e tamanhos do sutiã............................................................39
Quadro n. 2 – Medidas e tamanhos da calcinha ......................................................40
Quadro n. 3 – Matriz SWOT .....................................................................................85
Quadro n. 4 – Projeção de Vendas ........................................................................100
Quadro n. 5 – Preços dos Produtos .......................................................................111
Quadro n. 6 – Investimentos Iniciais ......................................................................124
Quadro n. 7 – Custo Individual de Mercadoria .......................................................125
Quadro n. 8 – Despesas ........................................................................................126
Quadro n. 9 – Receitas ..........................................................................................127
Quadro n. 10 – Fluxo de Caixa...............................................................................129
Quadro n. 11 – Fluxo de Caixa Anual ....................................................................130
Quadro n. 12 – TIR e VPL ......................................................................................130
Quadro n. 13 – Tempo de Recuperação de Capital ...............................................131
Quadro n. 14 – Custos Variáveis............................................................................132
SUMÁRIO




INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12
1 CONTEXTUALIZAÇÃO .........................................................................................16
  1.1 Definição do Problema .....................................................................................16
     1.1.2 Hipótese Básica .......................................................................................16
     1.1.3 Hipóteses Secundárias.............................................................................16
  1.2 Justificativa .......................................................................................................17
  1.3 Objetivos...........................................................................................................19
  1.3.1 Geral..............................................................................................................19
  1.3.2 Específicos ....................................................................................................20
2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................21
  2.1 Moda: Mercado Atual e Futuro .........................................................................21
     2.1.2 Moda e Oportunidades de Negócios ........................................................24
     2.1.3 História do Lingerie ..................................................................................27
     2.1.4 Moda Íntima..............................................................................................37
  2.2 Empreendedorismo ..........................................................................................42
     2.2.1 Perfil do Empreendedor............................................................................47
  2.3 Plano de Negócios............................................................................................51
     2.3.1 Situação Jurídica da Empresa..................................................................53
     2.3.2 Planejamento Estratégico do Negócio .....................................................53
     2.3.3 Plano de Marketing e Vendas ..................................................................57
     2.3.4 Descrição do Mercado .............................................................................60
     2.3.5 Plano Gerencial........................................................................................61
     2.3.6 Plano Operacional de Comercialização ...................................................62
     2.3.7 Plano Financeiro ......................................................................................62
     2.3.8 Custos ......................................................................................................64
3 METODOLOGIA ...................................................................................................66
  3.1 Pesquisa Bibliográfica ......................................................................................67
  3.2 Pesquisa Descritiva ..........................................................................................67
  3.3 Pesquisa Exploratória.......................................................................................69
10


  3.4 Coleta de Dados ...............................................................................................70
  3.5 Método da Observação ....................................................................................72
  3.6 Método da Comunicação..................................................................................73
  3.7 Análise de Dados..............................................................................................76
4 PLANO DE NEGÓCIOS: LOJA DE LINGERIE .....................................................78
4.1 SITUAÇÃO JURÍDICA DA EMPRESA...............................................................79
4.1.1 Nome do Empreendimento...............................................................................79
4.1.2 Endereço ..........................................................................................................79
4.1.3 Fone/Fax ..........................................................................................................79
4.1.4 E-mail e Home-page.........................................................................................79
4.1.5 Pessoa de Contato ..........................................................................................79
4.1.6 Natureza Jurídica .............................................................................................79
4.1.7 Porte da Empresa ............................................................................................80
4.1.8 Ramo de Atividade ...........................................................................................80
4.1.9 Data da Constituição ........................................................................................80
4.1.10 Nome dos sócios, cargos, endereços e telefones ..........................................80
4.2 SUMÁRIO EXECUTIVO......................................................................................80
4.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO NEGÓCIO............................................82
4.3.1 Negócio da Empresa ........................................................................................82
4.3.2 Visão da Empresa ............................................................................................82
4.3.3 Missão da Empresa..........................................................................................83
4.3.4 Valores .............................................................................................................83
4.3.5 Análise do Ambiente Externo e Interno (matriz FOFA ou SWOT)....................84
4.3.6 Objetivos ..........................................................................................................86
4.3.7 Metas................................................................................................................86
4.3.8 Formulação da Estratégia ................................................................................87
4.3.9 Feed-back ou Monitoramento de Resultados...................................................88
4.4 PLANO DE MARKETING/VENDAS ..................................................................88
4.4.1 Produto.............................................................................................................89
4.4.2 Clientes Potenciais ..........................................................................................93
4.4.3 Diferenciação ...................................................................................................95
4.4.4 Mercado ...........................................................................................................96
4.4.5 Vendas .............................................................................................................98
4.4.6 Situações Sazonais ........................................................................................101
4.4.7 Canais de Distribuição....................................................................................104
4.4.8 Propaganda....................................................................................................105
4.5 DESCRIÇÃO DO MERCADO ..........................................................................106
4.5.1 Aceitação........................................................................................................107
4.5.2 Segmentação .................................................................................................107
4.5.3 Concorrência ..................................................................................................108
4.5.4 Preço ..............................................................................................................110
4.5.5 Localização ....................................................................................................111
11


4.5.6 Empresas Líderes ..........................................................................................112
4.6 PLANO GERENCIAL .......................................................................................112
4.6.1 Atribuições dos Sócios ...................................................................................112
4.6.2 Serviços Terceirizados ...................................................................................113
4.6.3 Estrutura Funcional ........................................................................................113
4.6.4 Recrutamento e Seleção ................................................................................114
4.7 PLANO DE COMERCIALIZAÇÃO ..................................................................114
4.7.1 Produto e Comercialização ............................................................................114
4.7.2 Capacidade ....................................................................................................116
4.7.3 Espaço Físico/Layout .....................................................................................117
4.7.4 Tecnologia......................................................................................................118
4.7.5 Fornecedores .................................................................................................118
4.7.6 Funcionários...................................................................................................120
4.8 PLANO FINANCEIRO ......................................................................................122
4.8.1 Investimento ...................................................................................................123
4.8.2 Despesas e Receitas......................................................................................126
4.8.3 Fluxo de Caixa ...............................................................................................128
4.9 CUSTOS ...........................................................................................................132
4.9.1 Custo Variável ................................................................................................132
4.9.2 Custo Fixo ......................................................................................................132
4.9.3 Formação de Preço ........................................................................................133
4.9.4 Fatores Financeiros Críticos...........................................................................133
4.9.5 Resultados Relevantes ............................................................................................ 133
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................134
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................137
ANEXOS .................................................................................................................141
INTRODUÇÃO




       Percebe-se analisando o mercado atual, que o mesmo está cada vez mais
competitivo, de maneira que abre um espaço cada vez maior para a economia
informal, que cresce rapidamente assim como a busca de negócios próprios, que
possibilitem autonomia, segurança e chances individuais de crescimento profissional
e pessoal, fazendo com que cresça consideravelmente o surgimento de novos
empreendedores que, muitas vezes, são estimulados pelo desenvolvimento
econômico e pela busca da auto-realização, já que pesquisas indicam que o
empreendedorismo oferece graus elevados de realização pessoal e que a atividade
empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos.



       Este crescimento acelerado se dá devido ao fato de muitas empresas
estarem reduzindo seus custos com salários baixos oferecidos aos seus
empregados e a diminuição de incentivos dos trabalhadores formais. Além disso, o
elevado índice de desemprego leva as pessoas à procura de outras alternativas para
a sobrevivência.



       Por isso é importante que todos sejam pró-ativos e que busquem os seus
objetivos e sonhos, dificuldades sempre existirão, mas o mais importante é o espírito
empreendedor de cada um e a vontade de vencer.
13


       Um empreendimento é algo grandioso, pois além de fazer o empreendedor
se realizar e crescer junto com seu negócio, ele pode destacar e promover a
sociedade onde está situado, portanto, os empreendimentos são imprescindíveis
para o crescimento geral do país, gerando empregos e beneficiando investidores e
empreendedores, que se dispõe a enfrentar as inúmeras dificuldades e incertezas
do mercado.



       A realidade nos mostra que a grande maioria dos novos empreendimentos
não sobrevive aos primeiros anos de vida. As causas desse problema são inúmeras,
entre elas a falta de conhecimento no mercado de atuação, localização errada,
ausência de controle de custos e gestão financeira, pouca qualificação profissional,
falta de planejamento operacional e estratégico do negócio, inexistência de
competência gerencial. Estes são apenas alguns dos fatores de risco que podem
transformar-se em causas de fracasso das novas empresas e que devem ser
atentadas pelo empreendedor.



       Com um plano de negócios eficiente é possível reduzir os riscos de
insucesso, assim como ter certeza da vontade de implantação do empreendimento,
mostrando ou não sua viabilidade. Com essa ferramenta, o empreendedor consegue
administrar as constantes transformações do mercado, daí a importância da
elaboração deste trabalho e sua aplicação prática.



       Os novos empreendimentos que prosperam e seguem em frente,
ultrapassando todos os obstáculos, são administrados com base em características
como planejamento e controle, tendo como evidência a necessidade de um plano de
negócios, que orienta o empreendedor que está iniciando uma nova empresa ou
atividade de expansão, a tomar decisões estratégicas acertadas. Empreender sem
planejar é um risco muito elevado e que deve ser evitado.



       Entretanto, pode-se afirmar que o plano de negócios, apesar de ser uma
ferramenta importante, que diminui os riscos de fracasso, não é garantia de sucesso
14


empresarial, mas, da mesma forma, se não o utilizarmos, as chances de
sobrevivência da empresa diminuem consideravelmente.



        Através dele, somos capazes de estruturar as principais concepções e
alternativas para uma análise correta de viabilidade do negócio pretendido e assim,
avaliarmos a nova idéia, antes de ser colocada em prática, de forma que, elimina ou
reduz esforços inúteis e desnecessários em projetos que são inviáveis.



        A importância de um plano de negócios será mostrada ao longo do trabalho,
pois esta ferramenta serve também como instrumento para a solicitação de
empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, podendo, ainda, ser
utilizado na busca de novos sócios e parceiros. Portanto, deve ser aproveitada como
vantagem competitiva, uma estratégia de sucesso que poderá significar a
sobrevivência da empresa no futuro.



        Genericamente, pode-se afirmar que os empreendedores são pessoas
dispostas a se arriscar na criação de novos negócios, inovando e gerando
oportunidades e prosperidade, aumentando riquezas e o desenvolvimento
econômico, promovendo assim o progresso e o bem estar da sociedade em geral.



        Dessa forma, o objetivo geral deste estudo é o desenvolvimento de um plano
de negócio para uma Loja de Lingerie, de modo que forneça segurança para a sua
implantação e desenvolvimento.



        O trabalho é composto por duas etapas, a primeira teórica e a segunda
prática; sendo que a primeira é revisão da literatura, feita através de consultas a
livros, revistas e Internet, onde são abordados os temas empreendedorismo e plano
de negócios, bem como busca os mais variados dados e informações sobre moda
íntima, que é o foco do trabalho.
15


        Na segunda etapa é desenvolvido o plano de negócios da loja de moda
íntima, elaborado a partir da bibliografia estudada e dos resultados das entrevistas e
questionários realizados entre os meses de março e abril de 2007, onde futuros
clientes e concorrentes potenciais responderam questões consideradas importantes
para análise da viabilidade do negócio. Além do método de observação, possibilitado
a partir de visitas a concorrentes e lojas do setor localizadas na cidade, além da
observação direta aos clientes já atendidos, informalmente, pela autora do trabalho.



        Em sua estrutura, o trabalho está dividido em cinco capítulos: no primeiro,
são apresentadas a definição do problema e a sua justificativa, mostrando o porquê
da realização do trabalho, e a importância do tema na vida acadêmica e profissional,
ou seja, os motivos da escolha do tema específico, além de levantar hipóteses em
torno do tema central do trabalho. Além disso, são esclarecidos o objetivo geral e os
específicos do trabalho.



        No segundo capítulo, é feita a revisão da literatura, abordando os temas
empreendedorismo, plano de negócios e moda íntima.



        No terceiro capítulo é mostrada a metodologia utilizada para a elaboração do
trabalho, que é pesquisa bibliográfica, descritiva e exploratória.



        E, finalmente, o quarto capítulo, apresenta o plano de negócios composto de
toda a estrutura necessária para a abertura da loja de moda íntima: Planejamento
Estratégico do Negócio, Plano de Marketing e Vendas, Descrição do Mercado, Plano
Gerencial, Plano de Comercialização, Plano Financeiro e Custos, destacando sua
importância para as pequenas empresas, além de mostrar os resultados quanto à
viabilidade, através da análise da coleta de dados obtidos anteriormente.
1 CONTEXTUALIZAÇÃO




1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA



       Como pode ser viável a abertura de uma loja para revendedoras de
lingeries? Em que condições?




       1.1.2 Hipótese básica



       Acredita-se que a abertura desta loja é viável, pois todo empreendimento
tem riscos, mas com um plano de negócios elaborado de maneira adequada, as
chances de insucesso diminuem consideravelmente, ou seja, a elaboração do plano
de negócios mostrará realmente se o empreendimento é viável ou não.




       1.1.3 Hipóteses secundárias



       O sucesso e o retorno esperados pela empreendedora não chegarão a curto
prazo, por isso esta deve estar consciente e mesmo sendo uma pessoa de grande
senso de urgência ter paciência e perseverança.
17


       Os objetivos e metas mais importantes devem ser identificados, e buscados
de forma ágil e decidida, pois provavelmente a empresa deverá ser muito dinâmica
frente ao mercado de atuação que é bastante amplo e competitivo.



       É possível que a empresa enfrente problemas de penetração de mercado,
pois existem muitos concorrentes formais e informais, portanto o ambiente deve ser
analisado e o mercado segmentado de acordo com os objetivos e princípios da
empresa. Também existe a possibilidade que a empresa tenha dificuldades junto aos
fornecedores, pela falta de poder de barganha e pelo baixo capital de giro inicial da
empresa.



       Possivelmente o desconhecimento do mercado em geral pode afetar o
sucesso do negócio a curto prazo, mas a experiência obtida no ramo, mesmo que de
maneira informal, será decisiva nas primeiras decisões tomadas.




1.2 JUSTIFICATIVA



       A escolha deste tema se dá pela relevância do mesmo, pois permite um
amplo conhecimento do mercado e da realidade à qual fazemos parte, além nas
oportunidades possibilitadas pelo empreendedorismo.



       Muitas empresas iniciam suas atividades sem estabelecer e classificar seus
objetivos e desafios mais importantes, resultando numa perda de foco que leva à
prejuízos, pois as oportunidades que permitem o alcance dos objetivos não são
percebidas, muito menos, aproveitadas. A necessidade da empresa em alcançar
objetivos e metas a leva ao crescimento, mas somente planejando suas ações é que
ela estará orientada para as escolhas certas e as mudanças adequadas.
18


        A empresa precisa saber para onde quer ir e como fará para chegar aonde
deseja, assim deve identificar sua missão, visão, valores, propósitos, e adotar uma
postura estratégica diante das diversas situações que terá que superar. Assim, a
necessidade de se fazer um plano de negócios antes da abertura de qualquer
empresa se dá pela competitividade do cenário econômico atual, tornando-o uma
ferramenta importante, indicada para analisar a abertura de uma empresa, quanto a
sua viabilidade. Cada vez mais precisamos estar preparados para fazer com que o
negócio dê certo, crescendo e gerando excelentes resultados, otimizando os lucros
e atingindo dessa forma, a satisfação dos clientes e investidores.



        Para que os resultados sejam bons é necessário adequar-se à prática,
levando em consideração as condições internas e externas da empresa,
relacionando-as com a evolução esperada; mantendo coerência e decisões firmes
para que o plano de negócios tenha bases sólidas com respeito às crenças da
empresa e de seu empreendedor.



        Para Dornelas (2001), o plano de negócios tem a capacidade de explorar os
potenciais da empresa, medindo e concentrando esforços a fim de atingir os
objetivos e metas mais visados, ele é utilizado na tomada de decisões através da
análise de informações; aumentando a competitividade da empresa frente aos seus
concorrentes, fornecedores e assim, conquistando cada vez mais clientes e
maximizando lucros, além de prever e contornar as incertezas, que atualmente são
inúmeras em qualquer mercado de atuação. Portanto, pode-se afirmar que um plano
de negócios pode se tornar uma vantagem competitiva que no futuro representará a
sobrevivência da mesma, pois avalia a idéia antes de colocá-la em prática,
reduzindo assim as possibilidades de resultados indesejáveis.



        Academicamente, este tema é muito interessante e rico, pois engloba
diversas variáveis que devem ser exploradas para haver uma boa performance do
empreendedor nos negócios, reduzindo a possibilidade de sofrer prejuízos. A
19


elaboração de um plano de negócios é muito ampla e dinâmica, possibilitando um
extenso aprendizado em áreas diversas, e ao mesmo tempo, interligadas.



        Da mesma forma, profissionalmente abrirá novos horizontes para que no
futuro exista essa oportunidade de sucesso na vida profissional do empreendedor, já
que o mesmo possui conhecimentos e interesse em trabalhar na área de atuação
escolhida, sendo que a mesma aparece como uma forte oportunidade de negócio na
atualidade.



        De acordo com Lakatos e Marconi (2007), o problema escolhido pela autora,
é apropriado, pois sendo analisado quanto à sua valoração, ele corresponde quanto
a   fatores   importantes:   a)   relevância:   trazendo   conhecimentos   novos;   b)
exeqüibilidade: podendo chegar a uma conclusão válida; c) oportunidade: atendendo
a interesses particulares e gerais.



        Além disso, deve ser analisado o fato de se possuir um perfil empreendedor,
fato que torna frustrante a escolha de outro tema frente às suas perspectivas, seus
sonhos e a realidade competitiva e dinâmica do mercado atual. Diante de tais
considerações, justifica-se a importância de se realizar este trabalho.




1.3 OBJETIVOS



1.3.1 GERAL



        Elaborar um plano de negócios a fim de verificar a viabilidade de abertura de
uma loja de lingerie na cidade de Sapiranga - RS, visando os melhores resultados e
um considerável retorno ao investidor.
20


1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS



      • Estudar as possibilidades oferecidas pelo mercado, verificando a
        viabilidade econômica e financeira do projeto.

      • Analisar o mercado consumidor, suas vontades e características, através
        de uma pesquisa de campo.

      • Levantar os custos e investimentos necessários à implantação do projeto.

      • Conhecer e analisar os fornecedores e os concorrentes.

      • Identificar e valorizar as vantagens competitivas, com a elaboração do
        plano estratégico do negócio.
2 REVISÃO DA LITERATURA




2.1 MODA: MERCADO ATUAL E FUTURO



       A seguir, é abordado um referencial teórico sobre o tema Moda Íntima, assim
como conceitos de moda no geral, suas perspectivas e a evolução até os dias de
hoje, pois há a necessidade de se conhecer sobre o produto que pretende
comercializar dentro de seu empreendimento.



       Pode-se perceber analisando o comportamento da sociedade atual que o
lingerie adquiriu características novas nos últimos tempos. Deixou de ser apenas
peça de uso comum e obrigatório, para se destacar fazendo parte do imaginário
sensual de mulheres e homens. Para atender esse público, cada vez mais exigente,
empresas do setor estão investindo em coleções mais ousadas, com peças
diferenciadas que brincam com fantasias e fetiches, além de valorizar a mulher
aumentando sua auto-estima, segundo Feghali e Dwyer (2004).



       Com o passar os anos a moda foi evoluindo e se modificando, se tornando
mais versátil e flexível, abrindo espaços para novos empreendedores. Portanto,
conclui-se que este é um mercado promissor para a criação de novos negócios, já
que está em expansão e possui inúmeras alternativas de investimento.
22


        Conforme as autoras Feghali e Dwyer (2004), o mercado nacional de lingerie
movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano de faturamento total; e reúne mais de seis
mil confecções, muitas são empresas de pequeno porte que empregam mais de
trinta mil costureiras e fabricam mais de quinhentos milhões de peças por ano. Com
esses índices e a cultura mundial de que o Brasil é o país da sensualidade, o
segmento de moda íntima tem pleno potencial para e tornar grande exportador, seja
com produtos ou com tendências, devido à eficiência e o desenvolvimento do setor,
além disso, possui excelente qualidade e uma boa competitividade de custo das
confecções e tecidos nacionais. Com isso, percebe-se que a movimentação geral
deste segmento vem crescendo constantemente em números e valores.



        Com o passar dos séculos, as mudanças na moda passaram a ser tantas e
tão rápidas, surgindo diferentes tipos de tecidos, que as peças e seu tempo acabam
se confundindo, diversas vezes, voltando a moda que já foi utilizada no passado, ou
seja, é preciso para trabalhar com sucesso nesse ramo, ser um profissional com
agilidade e versatilidade, constantemente qualificado e informado, mantendo-se
atualizado e atento às tendências que o mercado apresenta, pois o mesmo é
bastante dinâmico, de acordo com a autora do trabalho que vem observando o
mercado desde os últimos dois anos, percebendo que está em constante mudança,
com novas oportunidades surgindo a cada instante. A autora do trabalho percebeu
ainda que, cada vez mais os clientes estão mais informados e querem novidades,
além de valorizarem informações diferenciais e detalhes específicos de cada produto
que compram.



        De acordo com Feghali e Dwyer (2004), independente da época ou lugar, a
roupa sempre foi um diferenciador social, retratando uma comunidade ou classe,
sendo que a moda pode revelar o perfil de uma pessoa, podendo também estar
vestido para influenciar, impressionar ou seduzir alguém. Mais do que tudo, portanto,
a maneira de vestir expressa a personalidade e o status social. De acordo com o
desenvolvimento da humanidade, a evolução e a mudança de costumes, está
inserida a história da moda. Estudos feitos na área do vestuário mostram que a
indústria têxtil pode ter surgido ainda durante a pré-história (10000 a 5000 a.C.).
23


        Analisando cenário atual, nota-se que a moda já deixou de ser sinônimo de
futilidade e improvisação há muito tempo, ela evoluiu e continuará a evoluir
paralelamente ao mundo, tornando o supérfluo uma necessidade. Hoje, nesse
mercado em franco crescimento, tecnologia e profissionalismo são imprescindíveis
para o sucesso de qualquer empreendimento, pois os consumidores estão cada vez
mais exigentes, uma vez que estão dispostos a pagar preços elevados por produtos
de qualidade, segundo sondagem elaborada pela autora do trabalho, durante suas
vendas informais.



        Conforme Feghali e Dwyer (2004, p.139):



                         A moda funciona rapidamente em ciclos semestrais de tendências, e é
                         preciso estar sempre em sintonia com as mudanças. Mas quem pretende
                         trabalhar nessa área e tomar a moda como um negócio deve enxergar além,
                         percebendo as tendências globais do comércio com sensibilidade suficiente
                         para entender em que ponto elas podem exercer influência sobre a moda.



        Através     da     observação      ao   mercado,      constatou-se     que    hoje,    as
consumidoras estão arrojadas, exigindo individualismo, imediatismo e valor, e
amanhã certamente o grau de exigência aumentará. Esses aspectos precisam ser
explorados pelas empresas, nos quais estarão as bases para a tomada de decisões
e estratégia.



        Feghali e Dwyer (2004) apontam algumas tendências do futuro que precisam
ser analisadas: As compras continuarão a ser vistas como uma atividade de lazer; o
consumo do vestuário continuará a crescer; o consumidor ficará cada vez mais
consciente das marcas, mas sem deixar de guardar o impulso básico de garantir
valor; assim como, a tecnologia será um dos principais impulsos do mercado,
agilizando o desenvolvimento do produto e a nova vantagem competitiva será a
capacidade de mudar rapidamente com base na resposta do consumidor, e foco
será em funções de valores estratégicos.
24


       2.1.2 Moda e oportunidades de negócios



       Ano após ano, a economia sempre foi movimentada pela comercialização de
mercadorias, desde as civilizações mais antigas, mesmo com a oferta e a demanda
restritas, através de trocas entre as pessoas e entre comunidades vizinhas.



       Feghali e Dwyer (2004) afirmam que fazer negócio consiste em agenciar,
fazer transação comercial de qualquer espécie, em qualquer tempo. Os negócios
existem desde a época dos Fenícios, e, embora realizados em dimensões menores,
sempre tiveram a visão de se instalar, comprar e vender algo, buscando o lucro.



       É importante saber sobre o mercado global que cerca o lingerie. As
indústrias têxteis e de confecções estão entre as atividades industriais mais antigas
da humanidade e absorvem grande mão-de-obra, conforme foi evoluindo, passou de
produção manual para a confecção industrializada.



       Segundo Feghali e Dwyer (2004, p.24):



                     No Brasil, o complexo têxtil é composto atualmente de aproximadamente
                     4.391 indústrias têxteis e 18 mil confecções registradas. No setor de
                     confecções, é grande o número de empresas informais, que de acordo com
                     estimativas extra-oficiais, chegam a superar em quantidade as empresas
                     legalmente constituídas.O faturamento total do setor é de aproximadamente
                     US$ 24 bilhões.



       A revista Exame afirma que a criatividade nacional para roupas íntimas já foi
reconhecida no exterior: a modelagem fio dental se consagrou na Europa com nome
de calcinha brasileira. Mas ainda são baixas as vendas de lingeries brasileiros fora
daqui. Em 2003, as exportações de roupas íntimas responderam por 1,5% do 1,6
bilhões de dólares comercializados pelo setor têxtil neste mesmo ano.
25


       Nos    últimos   anos,   grandes   mudanças    ocorreram    e   geraram       o
desenvolvimento da moda no Brasil, hoje é empregada a inovação nos acabamentos
e nos materiais que obedecem as normas técnicas estabelecidas, além disso,
máquinas modernas são importadas, padronizando a qualidade dos produtos,
afirmam Feghali e Dwyer (2004).



       A elaboração de um plano de negócios para uma loja de lingerie, se dá pelo
conhecimento no ramo, com o trabalho na venda informal há cerca de dois anos.
Este tipo de vendedora é conhecido popularmente como sacoleira.



       As sacoleiras ganham cada vez mais espaço no concorrido ramo de vendas
de lingeries, a demanda é grande, mas o número de sacoleiras vem crescendo
significativamente, daí a necessidade de se ter um diferencial para competir com as
concorrências formal e informal. Elas são vendedoras ambulantes que atuam num
tipo de comércio totalmente informal e adquirem somente roupas totalmente prontas
para vender. Seu atendimento é feito de modo exclusivo.



       Cada caso é um caso e cada cliente é diferente, ou seja, única, por isso é
preciso vender não apenas lingerie, mas sim conforto, glamour, sedução, encanto,
auto-estima, e todas essas características dentro de um preço competitivo. Conhece
profundamente os seus clientes, suas características e seus desejos, por
conseguinte, passa a oferecer as peças adequadas ao estilo e ao gosto de cada um,
depois de um primeiro contato, onde descobre o que cada cliente espera, suas
preferências e necessidades. Oferece um serviço personalizado, que em geral, as
lojas não conseguem oferecer, outra vantagem é a flexibilidade de horário de que
dispõem, que pode ser ajustada de acordo com os horários disponíveis da clientela.



       As sacoleiras têm que ser versáteis e ágeis para aproveitar a grande
demanda do mercado atual e atender incansavelmente o máximo de clientes
possível, para tanto, em suas sacolas, carregam as mais variadas opções para os
26


mais diversos estilos e tamanhos, além de cores diversas, e ainda, precisam estar
sempre atentas às novidades a fim de satisfazer as clientes mais exigentes.



       A aparência e o charme da sacoleira, sem dúvidas, são fundamentais no
momento de expor os produtos e no fechamento da venda, é imprescindível
demonstrar seriedade, segurança, conhecimento, além de muito bom humor e
simpatia. Apesar do dia a dia corrido, a sacoleira sempre tem que estar de bem com
a vida, bem vestida e alegre, isso é necessário para passar uma boa impressão para
as clientes, pois as atendendo da melhor maneira possível conquistará admiração e
fidelidade, sendo até mesmo indicada para novas clientes.



       A experiência da empreendedora como sacoleira será muito importante para
o sucesso do negócio, pois apesar de ser uma atividade informal, é complexa como
uma loja formal, pois a sacoleira compra, mostra, troca, encomenda, vende, cobra,
recebe e paga os fornecedores, precisa estar constantemente buscando novos
clientes, da mesma forma que é necessário manter e fidelizar os antigos.



       Para ser eficiente, a sacoleira precisa ser organizada e responsável, ela
deve cadastrar todas as clientes, planejar visitas, agendar horários de venda e de
cobrança, ou seja, administrar o seu tempo, além de fazer o seu planejamento
financeiro, organizando seu caixa, e suas contas a pagar e a receber.



       Entretanto, muitas vezes, é uma atividade discriminada e que sofre
preconceitos, apesar de ser um trabalho digno e honesto. Mas sem dúvida, é um
trabalho extremamente gratificante, que envolve muito entusiasmo, onde se vencem
muitos desafios com a possibilidade de lucros consideráveis.
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       2.1.3 História do lingerie



       Vestir a calcinha ou o sutiã é algo normal. Naturalmente nem paramos para
pensar que o lingerie tem uma história. As peças que usamos hoje só existem
graças ao desenvolvimento de roupas íntimas criadas há séculos, na Antigüidade. A
evolução do lingerie ao longo da História é um fenômeno interessante, que mostra
uma trajetória de desconforto e sensualidade. A seguir será descrito todo um
histórico do tema moda íntima.




       Uma história bem antiga



       Segundo o site http://www.lucitex.com.br, a história do lingerie começa por
volta do segundo milênio antes de Cristo. Em Creta, as mulheres usavam um
corpete simples que sustentava a base do busto, projetando os seios nus.



       Na Antigüidade, as egípcias não usavam nada por baixo de suas túnicas de
linho. Já em Atenas, na Grécia Antiga, as mulheres tomavam banho nas fontes e
cobriam o púbis com o que é considerada a primeira tanga: um tecido em forma de
triângulo preso por fios amarrados nos quadris.



       Conforme o site http://www.delrio.com.br, no período da Idade Média, para
evitar o contato da pele com os tecidos ásperos e pesados da época, as mulheres
passaram a usar uma longa camisola de mangas compridas, além de uma espécie
de corpete amarrado atrás ou nas laterais, somente no final deste período, as
mulheres nobres passaram a usar um longo cinto sob o busto que, além de
sustentar os seios, eles pareciam mais volumosos.



       Durante a Renascença no Século XV, o lingerie passa por transformações
para acompanhar a evolução do vestuário. Os ingleses passam a dar muita
28


importância ao modo de vestir. As mulheres se enfeitavam para ostentar a riqueza
da família e do homem que pagava suas contas. O volume das saias passou a
significar riqueza e então surgiram os saiotes. As mulheres do povo, em sua maioria
camponesa, precisavam de liberdade de movimento e não usavam a armação. No
final do período renascentista já se observava o uso de meias de algodão ou lã
presas por ligas de lã, conforme o site http://www.delrio.com.br




        O desconforto do espartilho



        A roupa feminina ficou mais rígida, surgindo um corpete que apertava o
ventre, afinava a cintura e deixava os seios com aspecto de cones, esta peça era
construída com uma haste, que era feita de madeira e havia ainda uma haste
central, que em alguns modelos chegava a pesar até um quilo. Essa peça acabou
obrigatória para mulheres, sendo que começaram a causar polêmica entre os
médicos esclarecidos, pois comprimiam órgãos internos, causando entrelaçamento
de costelas, não raros desmaios, e até a morte.



        De acordo com o site http://www.lucitex.com.br, no século XVII surgiu na
Espanha o famoso espartilho, feito de tecido rígido que cobria apenas o abdômen
com o objetivo de disfarçar as formas. Cada vez mais apertado para modelar o
corpo, provocando desconforto. Os modelos que enclausuravam a mulher,
achatando o busto, se consagraram nesse período. Uma longa camisa rendada
isolava do corpo o corpete, era uma verdadeira armadura que moldava o corpo
feminino.



        Somente no século XVIII, as hastes de madeira e metal foram substituídas
pelas barbatanas de baleia, os decotes aumentaram e os corseletes passaram a ser
confeccionados para comprimir a base do busto, deixando os seios em evidência.
29


        No século XIX, anáguas e calçolas completavam o vestuário feminino e o
corselete continuou na moda, ganhando sofisticação com bordados e laços.



        O espartilho submeteu as mulheres a quatro séculos de sacrifício em nome
da beleza. Cordões bem apertados forçavam os seios para cima e aceleravam a
respiração, em uma época na qual as mulheres se sujeitavam a problemas
respiratórios, digestivos e circulatórios para terem seios sensuais.



        Neste período, os homens dominavam a indústria de lingerie, e estimulavam
o uso do corpete para garantirem a "beleza das mulheres" e também os seus lucros.



        Finalmente, em 1914, o espartilho foi substituído pela cinta, pois com o início
da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas e isso fez com
que ela precisasse de um novo lingerie que lhe permitisse movimentação.




        A história do sutiã



        De acordo com o site http://www.lucitex.com.br, há milênios as mulheres
vinham procurando uma matéria-prima para confeccionar algo que desafiasse a lei
da gravidade e sustentasse os seios. Referências revelam que em 2000 a.C., na Ilha
de Creta, elas usavam tiras de pano para modelá-los. Mais tarde, as gregas
passaram a enrolá-los para que não balançassem. Já as romanas adotaram uma
faixa para diminuí-los. O sutiã apareceu para libertar a mulher do uso do espartilho.



        Um modelo semelhante ao conhecido sutiã de hoje, de algodão e seda, foi
desenvolvido em 1912, e em 1914 o sutiã foi devidamente reconhecido e patenteado
nos Estados Unidos. Era feito com dois lenços, um pedaço de fita cor-de-rosa e um
pouco de cordão. Ele foi vendido e patenteado a uma fábrica de roupas femininas
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por 15 mil dólares na época. Era o início da industrialização do lingerie, porém havia
pouca opção de tamanho.



         Somente na década de 30 é que os diferentes tamanhos e formatos dos
seios passaram a ser considerados na hora de produzir uma peça, e começaram a
ser fabricados sutiãs em tamanhos que variavam de A a D. A partir daí, o sutiã
ganha novos materiais, modelos e passa a ter uma ligação com o comportamento da
mulher diante da sociedade, conforme o site http://www.valisere.com.br



         Com a escassez da seda provocada pela Segunda Guerra Mundial (1939 a
1945), a indústria têxtil precisou buscar novos materiais. Surgem as fibras sintéticas,
que davam aos sutiãs elasticidade e resistência. O artigo de sustentação dos seios
sofreu várias alterações, acompanhando a anatomia dos bustos generosos das
estrelas da época.



         Convencidas de que o sutiã era o principal símbolo da repressão sexual
masculina, feministas queimam sutiãs em praça pública, incentivando as mulheres a
abolirem o uso da peça. O protesto aconteceu em 1958, logo após o surgimento da
lycra, que permitia mais movimento e conforto.



         Era o início da revolução sexual dos anos 60, momento no qual as mulheres
se mostravam cada vez mais soltas. São os tempos de valorização dos seios
pequenos e de sutiã mais delicados e livres de costuras, com diversos tipos de
modelagens.



         Porém, alguns anos depois, as mulheres passam a perceber que o sutiã,
além de acessório sedutor, tem a função de sustentar os seios, e o sutiã volta a ser
usado.
31


        Nos anos 80 o lingerie para os seios passa a ser um grande aliado das
mulheres que aderiram à moda aeróbica. Em 1982, a evolução continua, surgindo as
rendas com lycra.



        Conforme a revista Época, a moda sempre impôs seu estilo à beleza e vice-
versa. Até o início do século XX, a mulher sofreu muito em nome dos padrões
estéticos, além de se submeterem aos espartilhos, com o sutiã surge uma nova
expectativa: ao contrário da função que exerce hoje, deixar o corpo da mulher mais
bonito e sexy, era usado para achatar os seios e empurrá-los para baixo.



        Após décadas de seios camuflados, os anos 90 trazem a valorização do
busto como referência de feminilidade. Junto de novos tecidos e cores, surgem
modelos para realçar ou aumentar os seios. A ciência passa a ser mais uma
ferramenta da indústria para garantir a satisfação das mulheres com o sutiã.



        De acordo com o site http://www.valisere.com.br, neste quase um século de
existência, ele se tornou ''o amigo do peito'' e exerceu as mais diferentes funções:
aumentou o seio, diminuiu-o, escondeu-o, exibiu-o. Transformou a coadjuvante
roupa de baixo em protagonista do figurino da mulher com lingeries sensuais. Antes
escondido, hoje é usado até como roupa de cima. Surgem os bojos de enchimento e
as estruturas de metal para aumentar os seios. Virou um aliado na busca da beleza,
do conforto e da sedução.



        Por ser uma peça de contato muito íntimo, o sutiã precisa ser trocado
diariamente para ficar livre de suor. Já a limpeza exige certos cuidados para garantir
sua durabilidade. É preciso lavá-lo sempre a mão se conter bojo e aro, caso
contrário, poderá ser lavado na máquina de lavar, junto com roupas delicadas.
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        Para guardar os sutiãs com bojo, é necessário inverter os bojos de forma
que fiquem um dentro do outro, como uma concha, colocando-os numa gaveta com
altura suficiente para que eles não sejam amassados.



        Conforme a revista Terra Mulher, atualmente, o mercado oferece diferentes
formas de sutiãs, para todos os gostos e necessidades, desde os que apenas
levantam ou dão sustentação até os que aumentam o volume dos seios. Cada um
deles tem características específicas que garantem esses resultados.



        Seios fartos: se a mulher tem seios grandes e não gosta deste volume, o
ideal são sutiãs com aro, sem bojo e, preferencialmente, de copa inteira. Este tipo de
peça irá auxiliar no "disfarce" do volume. Agora se a mulher gostar de ostentar o
volume do seu peito, deve procurar sutiãs com aro, bojo e que tenham o decote
pronunciado, expondo seu colo.



        Seios flácidos: a questão não é o seio ser flácido ou não, mas o tamanho do
seio. De um modo geral, os seios flácidos pedem pela dupla: aro e bojo.



        Seios pequenos: o sutiã push-up é a melhor opção. Ele possui fechamento
frontal, levanta e junta os seios.



        Seios normais: optar por um modelo que faça a mulher se sentir melhor,
mais segura e que lhe traga liberdade e conforto.



        Seios de lactantes: mulheres que estão amamentando precisam manter os
seios no lugar com sutiãs que sejam de sustentação, com aro e alças mais largas
para poder suportar o peso da mama e o distribuir regularmente nos ombros,
diminuindo o impacto deste peso na coluna. Outra sugestão é usar peças com
abertura no bojo para facilitar a amamentação e escolher sempre tecidos de fibras
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naturais ou de microfibras, que possuem tratamento hidrófilo para evitar a retenção
da transpiração, proporcionando conforto e higiene.




       Evolução do lingerie



       Segundo a revista Época, ao longo dos anos, existe uma considerável
evolução do lingerie, caracterizada por movimentos significativos que vêm
acontecendo há muitos anos até os dias de hoje. Desde os modelos, até o
comportamento das mulheres formulam um histórico interessante que explica o
comportamento atual do mercado.



       De acordo com o site http://www.tialingerie.com.br, dentro das peças íntimas
mais sensuais deve-se citar a cinta-liga, que foi um acessório sensual muito usado
na década de 20, criada para segurar as meias 7/8, nessa década, as roupas
íntimas ainda eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas,
combinações e espartilhos bem mais flexíveis, e o lingerie passou a ter outras cores,
além do tradicional branco.



       Ainda nos anos 30, a cinta-liga era o único acessório disponível para prender
as meias das mulheres, que só tiveram as meias-calças à sua disposição a partir da
década de 40, com a invenção do náilon em 1935.



       Conforme o site http://www.valisere.com.br, na década de 60, as feministas
queimaram sutiãs em praça pública para expressar a necessidade de mudança do
papel da mulher na sociedade, iniciando o período em que prevalecia a imagem da
mulher masculinizada, necessária para a entrada no mercado de trabalho. As roupas
que a tornavam invisível sexualmente, acentuando, em vez disso, a sua
competência profissional, dominaram os anos 70.
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        Mas, no início dos anos 80, com o inicio do culto ao corpo e de um
movimento de modificação da relação feminina com o lingerie, a inspiração
romântica tomou conta da moda, cinta-liga, meias 7/8 e corseletes, sem a antiga
modelagem apertada, voltaram à moda, com rendas, laços e tecidos delicados
enfeitando calcinhas e sutiãs.



        Conforme o site http://www.manequim.com.br, há forte influência da cantora
Madonna, que recriou a moda-fetiche usando em seus shows roupas altamente
sensuais, e consagrou a exposição do lingerie, usando sutiãs, corpetes e cintas-ligas
como roupas, e não mais como underwear (roupa de baixo). O público feminino
adotou a idéia e a explora até hoje. A indústria de lingeries, por sua vez, elabora
modelos cada vez mais sensuais e de materiais confortáveis. Transparências
passaram a revelar belos sutiãs e corseletes, usados até mesmo em ocasiões
formais. Perto do ano 2000, as alças dos sutiãs são propositalmente deixadas à
mostra. Revelando que as roupas íntimas estão longe de servir apenas para manter
a higiene e conforto das mulheres, mas fazer parte da moda e do seu arsenal de
sedução.



        Espartilhos, meias de seda 7/8, ligas avulsas presas às cintas, continuaram
sendo usados por muitas mulheres, mas não mais por uma imposição ou falta de
opções, mas por uma questão de estilo ou fetiche, já que esses acessórios se
tornaram símbolos de erotismo e sensualidade na sociedade ocidental.



        A mulher ideal deveria ter êxito profissional e pessoal, ter o corpo bonito,
mas não poderia deixar de lado a sensualidade e o erotismo. E é esta a idéia que
prevalece no século XXI, as mulheres progrediram social e profissionalmente,
tornaram-se cada vez mais independentes e respeitadas, e de símbolo da opressão
feminina, o sutiã tornou-se item indispensável para a sedução e beleza.



        Conforme o site http://www.fiquelinda.com.br, o mercado está atento às
necessidades da mulher moderna, as confecções de lingerie investiram no
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desenvolvimento e design de tecidos. A evolução tecnológica possibilitou o
surgimento de novos materiais e já estão disponíveis no mercado calcinhas
aromáticas, anticelulite, que diminuem a barriga ou que levantam o bumbum, e
sutiãs que aumentam e modelam os seios. No Brasil, o mercado de lingerie está em
plena expansão. O Pólo de Moda Íntima de Nova Friburgo e Região reúnem mais de
900 empresas de confecção de lingerie, moda praia e fitness, na região serrana do
Rio de Janeiro, é um exemplo do sucesso do setor. O faturamento das empresas
que formam o Pólo chega a R$ 600 milhões e o volume das exportações não pára
de crescer: em 2004, foram US$ 4,6 milhões. As peças produzidas no Pólo de Moda
Íntima já podem ser encontradas em países como Espanha, Portugal, Canadá,
Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos.



        Personagens da TV usam lingerie como item de destaque no figurino. Como
a novela no Brasil reflete e influencia mudanças de comportamento e as peças estão
cada vez mais bonitas, pode-se prever que esta peça do vestuário dará mais um
passo na evolução da sua história na moda nacional, mostrando a influência da
mídia na escolhas e nas compras das mulheres.



        A indústria têxtil está constantemente criando. Agora é a vez dos tecidos
com adição de substâncias similares às utilizadas em cosméticos. Trata-se de uma
espécie de tratamento complementar, mas não se comparam com cremes ou
desodorantes nem os substituem.



        Segundo a revista Veja, a quantidade de lançamentos indica o quão é
valorizada a tecnologia neste segmento de mercado e que não é apenas moda
passageira, realmente as clientes se preocupam com o que realmente o lingerie
pode oferecer. Está para ser lançado um sutiã no mercado, com forro que recebe
micro cápsulas de aloe vera, de ação hidratante, e vitamina E, um antioxidante que
ajuda a prevenir o envelhecimento das células da pele. O princípio ativo resiste a
cerca de trinta lavagens.
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        Outro exemplo é que existem modelos de calcinhas com forro antibacteriano
de algodão. O tecido recebe tratamento com o mesmo ingrediente encontrado em
alguns cremes dentais, com a quantidade de lavagens não interferindo na ação do
produto.



        Há ainda outros modelos de calcinhas feitas com microfibra que contém
micro cápsulas com elementos que ajudam a combater a celulite, como cafeína,
chitosan, mentol e retinol A e o efeito resiste a cerca de vinte lavagens.




        Sensualidade explorada



        Concordando com o site http://www.lucitex.com.br, os primeiros registros
que mostram modelos de calcinhas datam do ano 40 A.C., em Roma. Pedaços de
algodão, linho ou lã eram amarrados ao corpo como fraldas. Faixas de pano também
eram amarradas na altura dos seios. O uso de uma espécie de calção, inspirado nos
culotes masculinos, foi introduzido no século XVI, utilizado para montar a cavalo. A
partir desse século, a roupa íntima feminina, mais elaborada e produzida com
tecidos claros, começou a distinguir-se mais da masculina, apertando mais a cintura
e os seios, dando a impressão de quadris bem largos.



        Segundo o site http://www.delrio.com.br, mais tarde, surge o fio-dental, o
modelo de calcinha que foi a grande revolução em matéria de lingerie. Praticamente
invisível esse modelo é confeccionado com pequenos cortes de rendas e tecidos
elásticos. A minúscula calcinha é cômoda de ser usada e acrescenta uma forte dose
de erotismo como lingerie ou biquíni.
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        Essa peça foi vista pela primeira vez como traje dos indígenas masculinos.
Depois, durante muitos anos permaneceu oculta até que as brasileiras puseram-na
em moda nas praias. Esse modelo provoca discussões entre as mulheres que
querem se afastar do lingerie convencional e as que preferem os modelos mais
tradicionais.



        Conforme a revista Malu, a escolha certa do lingerie faz a diferença na hora
de criar um clima especial. É importante estar atenta às cores das peças. O tom
certo pode valorizar ainda mais o visual.



        - Branco: é sempre bem vindo especialmente se tiver detalhes em renda.
          Cores claras conferem um ar de pureza e ficam ainda melhor com a pele
          bronzeada.



        - Preto: é clássico e chique. Não precisa de muitos detalhes para valorizar a
          peça, são sensuais em todas as ocasiões e ajudam a esconder as
          imperfeições do corpo.



        - Vermelho: é o tom da paixão. Com rendas, sutiãs e calcinhas dessa cor
          são ainda mais femininos.




        2.1.4 Moda Íntima



        Existem diversos fatores que são importantes no que se refere ao lingerie.
Dentre eles estão: a escolha do tamanho adequado até os cuidados que devem ser
tomados ao longo de seu uso.




        Tamanho do Lingerie
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        Segundo o site http://www.lucitex.com.br, o lingerie sempre deve ser do
tamanho certo, seja qual for o seu modelo, pois quando apertado, é deselegante e
deforma a silhueta. Vestir um sutiã de tamanho inferior não aumenta o busto,
apenas prejudica a postura, assim como calcinha menor não é mais sensual, ao
contrário, marca a roupa e acentua as "sobrinhas laterais".



        A escolha do lingerie mais adequado é importante para ficar de acordo com
as roupas que serão vestidas.



        O elástico da calcinha só pode aparecer nas peças desenvolvidas com esse
objetivo. É o caso das calcinhas de elásticos com frases ou figuras divertidas, uma
febre do público teen.



        Se a pele ficar marcada, é sinal de que não se está usando o tamanho ou
modelo adequado. Em geral, deve-se optar pelo tamanho maior e regular as alças a
fim de delinear melhor o decote.



        As tangas são mais indicadas para bumbuns pequenos. Caso o bumbum
seja avantajado, deve-se optar por modelos mais largos nas laterais, tipo short,
evitando assim, a divisão no quadril e modelando melhor a silhueta.



        O   site   http://www.lucitex.com.br   mostra    como   tomar   as   medidas
corretamente:

        1 - Abaixo do busto - Passar a fita métrica abaixo das axilas e abaixo do
busto, sem apertar.

        2 - Busto - Passar a fita métrica abaixo das axilas e sobre o ponto mais
saliente do busto, sem apertar.

        3 - Cintura - Contornar a cintura com a fita métrica.
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       4 - Quadril - Passar a fita métrica ao redor da parte mais saliente dos
quadris, na altura das nádegas.



                                             Sutiã

                      Tamanho                              Medida

     Brasil      FR         Europa US                 Abaixo do         Busto
                                                        Busto
            36         75         60          28     58 a 62 cm      74 a 78 cm
            38         80         65          30     63 a 67 cm      79 a 83 cm
            40         85         70          32     68 a 72 cm      84 a 88 cm
            42         90         75          34     73 a 77 cm      88 a 92 cm
            44         95         80          36     78 a 82 cm      92 a 96 cm
            46        100         85          38     83 a 87 cm      96 a 100 cm
            48        105         90          40     88 a 92 cm      100 a 104 cm
            50        110         95          42     93 a 97 cm      106 a 110 cm
            52        115        100          44     98 a 102 cm     110 a 118 cm
    Quadro n. 1: Medidas e tamanhos do sutiã
    Fonte: Adaptado pelo autor do site http://www.lucitex.com.br




                                            Calcinha


                       Tamanho                                 Medidas
          Brasil       FR  Europa             US        Cintura      Quadril

      PP                     1         36          XS 58 a 64 cm     82 a 90cm

      P                      2         38           S 64 a 72 cm     90 a 94 cm

      M                      3         40          M 72 a 80 cm      96 a 102 cm

      G                      4         42           L 80 a 88 cm     104 a 112 cm

      GG                     5         44          XL 88 a 100 cm    114 a 122 cm

      Quadro n. 2: Medidas e tamanhos da calcinha
      Fonte: Adaptado pelo autor do site http://www.lucitex.com.br
40


        Cuidados especiais com o Lingerie



        De acordo com o site http://www.lucitex.com.br, são necessários alguns
cuidados para prolongar a vida útil do lingerie.

        - Lavar preferencialmente as peças à mão, com água no máximo a 40º C e
          sabão neutro (Obs.: sabões em pó, de coco e sabonetes não são neutros).

        - Se não puder evitar a lavagem na máquina, usar um saquinho de tecido
          permeável, bem fechado. Há saquinhos próprios para irem à máquina com
          peças delicadas, mas também pode usar uma fronha.

        - Não usar produtos alvejantes ou removedores de manchas. Além da
          coloração, a elasticidade do fio pode ser comprometida.

        - Não guardar o lingerie molhado e não deixar de molho.

        - Deixar secar à sombra e evitar secagem em máquina.

        - As peças não devem ser colocadas em contato com produtos cosméticos
          (como cremes, óleos e bronzeadores) ou produtos químicos, para evitar
          manchas e desgaste antecipado do fio elastano.

        - Evitar o contato do tecido com áreas ásperas, para que não ocorra
          rompimento do fio.



        Por serem peças delicadas, devem ser respeitado os avisos e dicas de uso
contidas nas etiquetas, como:

        - Lavar à Mão - A peça somente deve ser lavada à mão.

        - Lavar à Máquina Delicadamente - A peça pode ser lavada na máquina no
          programa de roupa delicada.
41


       - Cloro - Não usar cloro

       - Não secar à Máquina - A peça não deve secar na máquina.

       - Secar à Máquina - A peça pode secar na máquina.

       - Não Passar a Ferro - A peça não deve ser passada a ferro.

       - Passar a Ferro - A peça pode ser passada a ferro.

       - Não Limpar a Seco - A peça não deve ser limpa a seco.

       - Limpar a Seco - A peça pode ser limpa a seco.




       Produtos Inovadores



       Conforme o site http://www.fiquelinda.com.br as indústrias de lingerie
investem cada vez mais em tecnologia, para tornar os produtos mais confortáveis,
bonitos e duráveis. Um exemplo disso é o desenvolvimento de novos fios e tecidos,
como a Lycra e o Tactel.



       A realidade da maioria das mulheres é que não possuem um corpo perfeito,
sempre há imperfeições em suas silhuetas causadas por diversos fatores. Pensando
nelas, as fabricantes criaram vários modelos que ajudam a esculpir o corpo, são os
chamados lingeries estéticos:



       Sutiãs: existe um modelo para cada tipo de seios. Os modelos com
enchimento que elevam levemente os peitos, de modo que um se aproxime do outro,
conferindo volume aos seios - é ideal para seios separados e caídos. Há ainda os
modelos com gel de silicone no bojo que aumentam e valorizam os peitos. Para os
seios grandes, o modelo top diminui o volume sem deixá-los achatados, pois conta
com uma costura que separa os peitos.
42


          Corseletes: valorizam os seios e modelam a cintura.



          Calcinhas: há diversos tipos e utilidades no mercado. Podem ajudar a
esconder a barriga, definir cintura, aumentar as nádegas, enrijecer o bumbum, entre
outras.



          Shorts: parecem meias-calças com as pernas cortadas, mas possuem
diferentes tipos de tensão e elasticidade nas regiões da barriga, dos culotes e das
nádegas.



          Calças: são confeccionadas para proporcionar, assim como o shorts, uma
camuflagem das irregularidades da silhueta das pernas, principalmente a celulite.



          Bodies: há modelos com ou sem pernas. Ajudam a modelar o corpo e são
ideais para serem usados sob vestidos justos, pois modelam a silhueta.



          A busca de conhecimento através dos estudos realizados em relação ao
tema lingerie possibilitou um maior entendimento desse assunto, o qual será
utilizado na posterior construção do plano de negócios.



          O tema empreendedorismo também é de extrema relevância, pois somente
com atitudes empreendedoras é que pode ser construído um plano de negócios
eficaz.




2.2 EMPREENDEDORISMO
43


       Empreender significa correr riscos, mas riscos calculados, previsíveis e
mensurados. A maioria das pessoas fracassa por medo, o qual paralisa a razão,
desencoraja a iniciativa e leva à incerteza do objetivo; para que possamos
empreender é preciso deixar a criatividade fluir, é preciso sonhar e sentir-se lá,
mesmo estando aqui, é, sobretudo, ter a coragem de tirar um projeto do papel e
colocá-lo em prática, correndo riscos e assumindo responsabilidades, concordando
com as idéias de Dornelas (2001).



       A ação empreendedora se dá através da combinação de fatores pessoais,
ambientais e sociais que motivam a criação de um novo negócio.



       Segundo Dolabela (1999), pesquisas indicam que o empreendedorismo
oferece graus elevados de realização pessoal, ou seja, afirma que a atividade
empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos. Atualmente, é preciso
se diferenciar no mercado, desenvolvendo um perfil empreendedor, e não se pode
estar sujeito à capacidade de se adaptar à mudança, mas sim de iniciá-la, o mais
importante é o nível de autonomia de cada um.



       Conforme Timmons (1990): O empreendedorismo é uma revolução
silenciosa, que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para
para o século XX.



       De acordo com Dolabela (2001), o empreendedorismo conduz ao
desenvolvimento econômico, gerando e distribuindo riquezas e benefícios à
sociedade, com isso, o empreendedor evolui, estando constantemente diante do
novo, num processo interativo de tentativa e erro, avançando através de suas
descobertas, como formas de comercialização, vendas e gestão de pessoas.



       Dobabela (1999) enfatiza a importância do empreendedorismo, uma vez que
o mesmo promove a sensibilização das forças da sociedade para a importância da
44


pequena empresa, atua de forma comunitária, onde sociedades desfavorecidas
articulam para enfrentar a adversidade, provoca a geração do auto-emprego,
possibilita a identificação, criação e busca de oportunidades para empresas
existentes e novas, promove o desenvolvimento econômico local e faz com que
exista a criação novas empresas.



       Filion (2000) nos diz que é preciso criar oportunidades diante das tendências
de mercado, como exemplo, o enxugamento das empresas que leva a existência de
trabalhos autônomos, informais e ao próprio empreendedorismo, diante disso, a
importância de se empreender se reflete no crescimento econômico de uma cidade
ou região.



       A escolha deste tema certamente envolve a idéia de empreender algo novo,
buscando otimizar resultados para a própria empreendedora e para a sociedade da
qual faz parte. Dolabela (1999) afirma que o empreendedor cria e aloca valores e
recursos para a sociedade, ou seja, é fator de inovação tecnológica e crescimento
econômico.



       Conforme Filion (2000), as oportunidades devem seguir as necessidades do
mercado, identificando, acima de tudo, os desejos do empreendedor, que deve
trabalhar com prazer e se realizar plenamente na escolha da empresa que cria, é
preciso ter paixão pelo que faz, pois só assim terá entusiasmo e vontade de
aprender e evoluir para conquistar o sucesso futuramente. É inviável colocar o lucro
à frente da vocação, para evitar o desânimo e a desistência com o passar dos anos.
Também é necessário que se faça um minucioso estudo de mercado e possuir certo
conhecimento no ramo.



       Segundo Dolabela (1999), o empreendedorismo estimula a economia,
agindo com inovação em meio à mudanças, sendo capaz de desencadear o
crescimento   econômico,    ou     seja,   acredita-se   que   através   da   atividade
empreendedora, a comunidade possa ter a iniciativa de liderar e coordenar o esforço
45


no sentido do seu próprio crescimento econômico, acredita-se ser possível mudar a
estagnação econômica e social induzindo atividades inovadoras, capazes de
agregar valores econômicos e sociais.



          Para Hisrich e Peters (2004), o empreendedorismo é o processo dinâmico
de gerar mais riqueza, com a criação de algo novo com valor, dedicando tempo e
esforço, assumindo riscos financeiros, psíquicos e sociais com relação à patrimônio,
tempo e comprometimento com a carreira; por outro lado, recebe-se como
recompensas a satisfação e a independência econômica e pessoal.



          De acordo com Dolabela (1999), muitas pessoas ainda não valorizam as
características empreendedoras, pois não têm a capacidade de analisar o mercado e
inserir-se profissionalmente da maneira mais adequada, com o aproveitamento de
suas habilidades pessoais, devido a fatores sociais, como a “síndrome do
empregado”, o que faz com que as pessoas se comportem de maneira contrária ao
empreendedor, ou seja, não sendo pró-ativo, sem criatividade, não analisa o
mercado como um todo, e não se preocupa em buscar novas oportunidades. Assim,
acaba se tornando um profissional dependente do mercado e não de suas próprias
ações, sempre necessitando que alguém crie e lhe ofereça condições para que
desenvolva seu trabalho, sem nenhuma auto-suficiência.



          É de extrema importância, que antes de decidir abrir um negócio, as
pessoas verifiquem se existem ou não características empreendedoras em seu
perfil.



          Falando em empreendedorismo no Brasil, é preciso atentar para o fato de
que o brasileiro tem mostrado sua força e criatividade mais para resistir à
adversidade do ambiente do que para modificá-lo e adequá-lo a seus sonhos e
necessidades, revelando atitudes de sobrevivência passivas e não pró-ativas. Assim
como há a descrença de que o indivíduo possa mudar sua realidade com seu
46


esforço e determinação, uma vez que a sociedade brasileira vê seus indivíduos
como seres reativos, de acordo com Dolabela (1999).



        Necessariamente,     os    empreendedores,       devem      identificar   suas
características especiais, como autoconfiança e liderança, podendo assim usufruí-
las para alcançar seu sucesso e realização pessoal, direcionando seus esforços
para atividades que lhe tragam resultados prazerosos futuramente.



        Conforme Hisrich e Peters (2004), os empreendedores possuem senso de
controle, têm necessidade de independência, geralmente com dificuldade de
trabalhar para os outros; além de buscar a realização pessoal, através de atitudes
como assumir responsabilidade individual para resolver problemas, estabelecer
metas e atingi-las com seu próprio esforço, aceitando riscos.



        Para Dolabela (1999), sem dúvidas, os valores de nossa sociedade,
impactam na formação de uma cultura empreendedora, devido aos grandes
contrastes sócio-econômicos da sociedade brasileira, como má distribuição de renda
e dificuldades de acesso à educação. Normalmente o sucesso financeiro e pessoal
dos indivíduos, é atribuído à sorte, à herança ou mesmo à atividades pouco lícitas,
de modo que o espírito empreendedor individual não é percebido, tampouco
valorizado.



        Segundo os autores Hisrich e Peters (2004), a educação é importante na
criação do empreendedor, não só no nível educacional obtido, mas também no fato
de que continua a desempenhar um papel importante, auxiliando o empreendedor a
resolver os problemas que vir a enfrentar. Além disso, são apontados valores
pessoais, como ética nos negócios e a crença na própria vitória, como condição para
que ele realmente vença, sendo diferenciais de sucesso do perfil dos
empreendedores.
47


        Segundo Dolabela (1999, p.61):



                     Portanto, é fundamental que busquemos entender nossas origens e a
                     estrutura de valores dentro da qual nos desenvolvemos como sociedade,
                     pois é a partir do conhecimento da realidade que criamos as condições para
                     mudá-la.



        Conforme Hisrich e Peters (2004), as pessoas que se sentem confortáveis e
seguros em uma situação de emprego, têm o apoio da família e preferem seu atual
estilo de vida e seu tempo livre razoavelmente previsível, quase nunca assumem os
riscos associados ao empreendedorismo, somente a motivação própria do
empreendedor é que o faz suportar as frustrações e adversidades, idealizando
oportunidades, realização pessoal com o trabalho, satisfação e dinheiro.



        2.2.1 Perfil do empreendedor



        Antes de empreender um negócio, é importante perceber se existem
características do perfil empreendedor em si próprio, procurando evitar frustrações
futuras com relação ao trabalho e atividades que envolvem a ação empreendedora.



        O empreendedor é aquele que faz com que as coisas aconteçam, se
antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização, não tem medo de se
arriscar e geralmente tem uma visão otimista dos fatos. São necessárias criatividade
e persistência, entretanto, não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho
em ações concretas, reais e mensuráveis, conforme Dornelas (2001).



        Segundo Dolabela (1999): Um empreendedor é uma pessoa que imagina,
desenvolve e realiza visões. Não é indispensável que ele possua os meios
necessários à criação de sua empresa e sim deve ser capaz de atrair tais recursos,
comprovando que tem condições de tornar seu projeto uma realidade mostrando o
seu valor.
48


        Conforme Filion (2000), a atividade principal do empreendedor é descobrir
oportunidades de negócio. O empreendedor transforma idéias gerais e abstratas, em
oportunidades que representam uma possibilidade concreta, voltada a sua
realização na prática, de ocupar um nicho no mercado. É necessário que envolva
uma ação, que represente algo novo e diferente: criação de novos produtos/serviços
ou melhorar os já existentes, agregando valor para o consumidor através da
satisfação de uma necessidade ainda não percebida pelo mercado.



        Desta forma, o empreendedor transforma as necessidades dos clientes em
oportunidades de sucesso, explorando-as em seu empreendimento. Dentro do
negócio escolhido pela autora do trabalho, serão supridas necessidades
consideradas primárias, ou seja, necessidades básicas à sobrevivência de todos,
que é o caso da vestimenta. No caso deste trabalho, a oportunidade a ser explorada
é a abertura da loja de Lingerie.



        Para Dornelas (2001), o empreendedor tem a capacidade de enxergar
objetivos com clareza e traçar planos para atingi-los em prazos preestabelecidos,
além da predisposição para aceitar riscos, o que exige tolerância às frustrações e
motivação diante de desafios, assim como muita iniciativa, persistência e atitude pró-
ativa para transformar oportunidades em realidade de sucesso. O empreendedor
identifica oportunidades, através de sua curiosidade e está atento a todo tipo de
informações constantemente.



        Existem vários tipos de empreendedores em nossa sociedade; muitos ficam
na economia informal, motivados pela falta de capital, pelo excesso de impostos e
pelas altas taxas de juros, como as revendedoras autônomas de lingerie.



        A função essencial do empreendedor é perguntar; conseguir a resposta é a
tarefa necessária, porque significa criatividade e inovação, portanto, o ato de
procurar respostas às questões que não domina é o instrumento fundamental na
49


prospecção da realidade e na construção do seu projeto, de acordo com Dolabela
(2000).



          Dornelas (2001) nos diz que nem todo empreendedor é empresário e nem
todo empresário é empreendedor. O empreendedor é aquele que tem boas idéias,
não só na abertura da empresa, mas em toda sua trajetória, sabe transformá-las em
projetos e implementá-los com sucesso. Já aquele que é apenas dono da empresa
deve ser chamado de empresário, são aqueles que herdam os negócios dos pais ou
parentes e que dão continuidade a empresas criadas há décadas, sendo que, muitas
vezes, apenas seguem o rumo de seus antecessores, portanto não se pode
considerar empreendedor aquele que somente gerencia o negócio, sem inovar e
ampliar o que já está obsoleto, na maneira de vender, produzir ou tratar os clientes.



          O empreendedor precisa saber exatamente o que deseja fazer, e quais os
seus reais conhecimentos na área em que se pretende atuar, e ainda, identificar
quais são os conhecimentos que não possui e que precisará buscá-los, afinal,
nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.



          Segundo o autor Dornelas (2001), atualmente, são feitas muitas pesquisas
em todo o mundo sobre o perfil do empreendedor, que mostram que este é um
fenômeno      regional,   ou   seja,   existem   cidades,   países   e   regiões   mais
empreendedoras que outras; e cultural, isto é, aquele que empreende se origina
influenciado pelo meio em que vive, da época e do lugar, das suas necessidades e
da cultura que está inserido, mas acima de tudo são pessoas que apresentam
características e atitudes diferenciadas, que arriscam, que questionam, que querem
algo mais, algo diferente, são visionários que fazem acontecer, fazendo a diferença,
além disso, são apaixonadas pelo que fazem e portanto têm motivação singular.



          Embora se formando como administradores são muitas as diferenças entre
administrador e empreendedor, sendo que todo administrador de sucesso precisa
empreender constantemente em seu dia-a-dia. O trabalho do administrador
50


concentra-se em planejar, organizar, dirigir e controlar. Para Dornelas (2001), o
empreendedor de sucesso, possui características extras, além dos atributos do
administrador, e alguns atributos pessoais, que somados ao ambiente e a
sociedade, permitem o nascimento de uma nova empresa. Sobretudo, é importante
ressaltar, que todo empreendedor necessariamente, deve ser um bom administrador
para obter sucesso.



       Conforme Dornelas (2001), podemos citar como características dos
empreendedores de sucesso, que são indivíduos que sabem tomar decisões; sabem
explorar ao máximo as oportunidades; assumem riscos calculados; criam valor para
a sociedade; são determinados e dinâmicos; são dedicados, organizados e
otimistas; são independentes e constroem o próprio destino; são líderes e
formadores de equipes; são bem relacionados; planejam muito, possuem
conhecimento e normalmente ficam ricos, mas para o empreendedor ficar rico não é
o seu principal objetivo, ele acha que o dinheiro é o resultado de seu trabalho, ou
seja, conseqüência do sucesso dos seus negócios.



       Conforme Hisrich e Peters (2004), houve um aumento significativo no
número de mulheres trabalhando por conta própria, atualmente iniciando novos
empreendimentos três vezes mais que os homens. Existem hoje mais de 8,5 milhões
de pequenas empresas, que empregam mais de 17 milhões de pessoas, guiadas
por mulheres, significando mais de 70 % de todos os novos negócios.



       O processo empreendedor é algo complexo, para Dornelas (2001), envolve
o processo de criação de algo inovador e de valor, além disso, requer
comprometimento de tempo e o esforço necessário para a empresa crescer, acima
de tudo envolve ousadia e devoção, e que se tomem decisões críticas e que não se
desanime com as falhas e erros.
51


        Finalmente, é necessária a busca pelo conhecimento do tema plano de
negócios, por se tratar de um tema amplo e complexo, que engloba inúmeras
variáveis.




2.3 PLANO DE NEGÓCIOS



        O tema plano de negócios, muito discutido atualmente, tem sua importância
dentro de um contexto de minimização de riscos e maximização de resultados,
conforme Dornelas (2001), o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas
brasileiras, nos primeiros anos de existência, atinge o percentual de 70% ou mais,
dentre as possíveis causas desse índice assustador estão: localização errada,
expansão inexplicada, difícil obtenção de crédito, entre outros. Dá-se dessa maneira,
a devida importância de um plano de negócios, pois assim procura-se evitar
frustrações indesejadas no futuro.



        Conforme Hisrich e Peters (2004), o plano de negócio é um documento
descrevendo todos os elementos e estratégias internos e externos relevantes para
se   iniciar   um   empreendimento,   permitindo   ao   empreendedor    um    melhor
entendimento de todas as características relevantes do negócio, em relação ao
mercado, aos produtos, à sua forma de comercialização, à equipe administrativa e
às necessidades financeiras que necessita o empreendimento.



        Para a elaboração de um plano de negócios é necessária muita criatividade,
mas o empreendedor tem como característica ser criativo. Segundo Filion (2000,
p.33): “Para uma pessoa criativa, um problema se transforma em oportunidade”.



        Segundo Dolabela (2000), o plano de negócios não é apenas um
instrumento técnico, pois existe um vínculo inseparável com o seu criador, que
insere suas características pessoais e determina como se dará a criação da
empresa em si, sendo que este é um processo essencialmente humano.
52


                    Plano de negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma idéia,
                    que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da
                    empresa, o qual mostrará elementos para decidir se deve ou não abrir a
                    empresa que imaginou, lançar um novo produto, ou mesmo realizar uma
                    expansão. Qualquer atividade empresarial, por mais simples que seja,
                    deveria se fundamentar em um plano de negócios (DOLABELA, 2000, p.
                    164).



       Conforme Hisrich e Peters (2004), o plano de negócios pode ser lido pelos
funcionários, investidores, fornecedores, clientes e consultores. Sua importância se
dá à medida que determina a viabilidade do empreendimento em um mercado
específico, além de orientar o empreendedor no planejamento do negócio. “Um
negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele sem
planejamento, na mesma igualdade de condições” (DORNELAS, 2001, p.91).



       Conforme Hisrich e Peters (2004) é preciso atentar para as possíveis causas
de fracasso dos planos de negócios, como metas estabelecidas não mensuráveis,
falta de comprometimento do empreendedor, falta de experiência no negócio
planejado, falta de conhecimento quanto às possíveis ameaças e pontos fracos do
negócio, assim como, ignorar as necessidades dos clientes.



       De acordo com Dornelas (2001), o plano de negócio precisa ser
constantemente avaliado, pois é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada.
É uma hipótese a respeito de coisas que estão em fluxo constante – a sociedade, os
mercados, os clientes, a tecnologia. Portanto, a teoria do negócio deve ter a
capacidade para mudar a si mesma, uma vez que o ato de planejar é dinâmico e
corresponde a um processo cíclico.



                    Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer
                    empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, ou seja, o
                    plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor,
                    seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom
                    administrador (DORNELAS, 2001, p.95).
53


        Dessa forma, para Hisrich e Peters (2004), o plano de negócio é
fundamental, sendo que nele são descritos todos os elementos externos e internos
relevantes que envolvem a criação de um empreendimento, abrangendo as áreas de
marketing, finanças, produção e recursos humanos, inclusive, pode ser utilizado
junto à busca de recursos financeiros, quando se fizer necessário.



        Concordando com as idéias de Dornelas (2001), a elaboração do plano de
negócios envolve um processo de aprendizado e auto-conhecimento, além de
permitir ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. As informações
nele contidas devem ser claras e precisas, transmitindo uma sensação de otimismo
e entusiasmo, levando uma mensagem positiva e interessante, contudo, se houver
excesso de sentimentalismo, as pessoas não levarão o plano a sério.




        2.3.1 Situação Jurídica da Empresa



        O futuro empreendimento que caracteriza este trabalho será considerado
uma firma individual. Para Gitman (2001), uma firma individual é um negócio que
pertence a uma pessoa, que o opera para seu próprio lucro, significam em torno de
75% de todas as empresas, se caracteriza por ser um pequeno negócio, onde o
proprietário opera o negócio.




        2.3.2 Planejamento Estratégico do Negócio



        Dentro do plano de negócios, será descrito o planejamento estratégico do
negócio, onde são definidos os rumos da empresa, apresentadas a visão e missão,
sua situação atual, as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas,
suas metas e objetivos. Conforme Vasconcelos e Pagnoncelli (2001) utiliza-se o
planejamento estratégico na tomada de decisões, visando a garantia de sucesso da
empresa em seu ambiente futuro. A partir do planejamento estratégico, se definem
54


os conceitos de negócio, visão, missão e valores, que auxiliam a empresa a formular
estratégias, estipular metas e alcançar os objetivos esperados.



        Primeiramente, é importante a definição do negócio da empresa, ou seja, é
necessário identificar o benefício que seu produto/serviço proporciona ao cliente,
este é o negócio e não o produto ou serviço propriamente dito. Para Vasconcelos
Filho e Pagnoncelli (2001), o negócio é o entendimento do principal benefício
esperado pelo cliente. A sua correta definição traz inúmeros benefícios à empresa,
como: definir o diferencial competitivo, orientar os investimentos e o posicionamento
estratégico, identificar os concorrentes, conquistar o mercado, dentre outros.



        Segundo Ambrosio (1999), na definição do negócio são estabelecidos os
propósitos como: o ramo de atuação, os produtos oferecidos ao mercado e as
necessidades dos clientes que pretende atender.



        Dentro de seu negócio, a empresa assume um papel, que é a sua missão.
As mudanças e tendências do mercado devem ser refletidas na missão, que deve
ser atualizada, para que não se torne obsoleta.



                     A missão descreve a filosofia da empresa, seus propósitos e a razão de sua
                     existência, através dela a empresa é orientada sobre as decisões e ações a
                     serem tomadas, depois de iniciadas suas atividades, é fundamental que
                     todos os colaboradores da empresa percebam claramente a importância de
                     sua contribuição para que a missão seja alcançada (DOLABELA, 1999,
                     p.169).



        Para Ambrosio (1999), é através da missão, que a empresa mostra como
espera obter lucro, ou seja, por meio de um produto ou prestação de um serviço útil
e desejável.



        É necessário que a empresa tenha uma visão definida, para guiar suas
atividades de forma coerente.
55


        Ambrosio (1999) afirma que na fase de definição da visão dentro do
planejamento estratégico é onde se estabelece a visão de futuro da empresa, da
maneira mais precisa possível, procurando determinar elementos que a ajudem a
controlar o próprio destino.



        A empresa precisa ter valores, nos quais acredita, tendo-os como base para
guiar suas ações corretamente, evitando descrença em meio a problemas e
dificuldades. É fundamental que os funcionários conheçam e se identifiquem com os
valores da empresa. Segundo Vasconcelos Filho e Pagnoncelli (2001), são os
valores que definem a empresa, servindo como base para a tomada de decisões
com êxito a longo prazo, pois são eles que definem o que é ou não importante para
a empresa, desde que sejam coerentes.



        Com a definição dos conceitos da empresa, deve-se analisar o mercado,
dentro do cenário onde a empresa irá atuar, prevendo estratégias para uma
considerável atuação futura neste mercado, prevendo fatores que influenciam ou
podem influenciar o desempenho da empresa, afirma Ambrosio (1999).



        Conforme Vasconcelos Filho e Pagnoncelli (2001), a análise do ambiente
dinamiza o processo de planejamento estratégico e sintoniza a empresa com o
futuro respondendo quem são os clientes, os concorrentes e todo o público relevante
que a cerca.



        De acordo com Ambrosio (1999), é importante uma análise externa, que é
uma atividade de levantamento e análise dos fatores ambientais que afetam a
empresa, assim como análise interna, onde se busca um conhecimento profundo da
própria empresa e do seu ambiente, por parte dos envolvidos na sua atividade
56


       “A análise do ambiente é um conjunto de técnicas que permitem identificar e
monitorar permanentemente as variáveis competitivas que afetam a performance da
empresa” (VASCONCELOS FILHO; PAGNOCELLI, 2001, p.197).



       A análise do ambiente se dá através da Matriz FOFA ou SWOT, onde o
empreendedor vai avaliar seus pontos fortes e fracos, oportunidades de negócio e
as ameaças que o ambiente representa para ele, potencializando o que tem de
diferencial e melhorando as suas limitações, otimizando os seus recursos a fim de
que os resultados esperados sejam alcançados, conforme Filion (2000).



                    O ambiente externo é feito de oportunidades e ameaças, que são situações
                    externas, atuais ou futuras, que podem influenciar de forma positiva e
                    negativa, respectivamente, o desempenho da empresa; já o ambiente
                    interno, é formado por forças e fraquezas, que são características ou
                    qualidades da empresa, tangíveis ou não, que podem influenciar de maneira
                    positiva e negativa, respectivamente o desempenho da empresa
                    (VASCONCELOS FILHO; PAGNOCELLI, 2001, p.210).



       A empresa precisa ter objetivos, que servem para saber aonde se quer
chegar, e estes devem ser definidos de acordo com o negócio da empresa.



       Dolabela (2000) afirma que os objetivos da empresa devem ser
estabelecidos a curto, médio e longo prazo e deve ser determinada a forma como
serão alcançados considerando o foco principal de seu negócio.



       “Os objetivos são resultados que a empresa deve alcançar, em prazo
determinado, para cumprir sua missão e concretizar sua visão sendo competitiva no
ambiente atual e no futuro” (VASCONCELOS FILHO; PAGNOCELLI, 2001, p.268).



       Toda empresa, não importa seu tamanho, precisa definir estratégias para
desenvolver as suas atividades, buscando resultados significativos que justifiquem
seu planejamento estratégico.
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  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE LUCIANE SALETE DOS SANTOS PLANO DE NEGÓCIOS: ESTUDO DA VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE LINGERIE NA CIDADE DE SAPIRANGA-RS Novo Hamburgo, maio de 2007.
  • 2. LUCIANE SALETE DOS SANTOS PLANO DE NEGÓCIOS: ESTUDO DA VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE LINGERIE NA CIDADE DE SAPIRANGA-RS Centro Universitário Feevale Instituto de Ciências Aplicadas Curso de Administração de Empresas Trabalho de Conclusão de Curso Professor Orientador: Ms. José Airton Brutti Novo Hamburgo, maio de 2007.
  • 3. LUCIANE SALETE DOS SANTOS Trabalho de Conclusão do Curso de Administração – Habilitação Administração de Empresas, com título PLANO DE NEGÓCIOS: ESTUDO DA VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA LOJA DE LINGERIE NA CIDADE DE SAPIRANGA-RS, submetido ao corpo docente do Centro Universitário Feevale, como requisito necessário para obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas. Aprovado por: _________________________________ Prof. Ms. José Airton Brutti Orientador ________________________________ Prof. Ms. Banca Examinadora ________________________________ Prof. Ms. Banca Examinadora ________________________________ Prof. Ms. Banca Examinadora Novo Hamburgo, maio de 2007.
  • 4. Dedico este trabalho com todo amor e carinho aos meus pais, Alzira e Nestor, por todo apoio, dedicação, educação e compreensão que me deram sempre, em todos os momentos da minha vida, e principalmente por acreditarem em mim e na minha capacidade, me incentivando e dando forças através de exemplos de humildade, dignidade, respeito e honestidade.
  • 5. AGRADEÇO... A Deus, pela fé e pela coragem que tive desde o início, o que me fez acreditar que era capaz e que conseguiria realizar este sonho. Aos meus pais, por acreditarem em mim e na minha capacidade, além da paciência e da compreensão nos meus momentos de angústia, desânimo, estresse e medo. Aos meus amigos e familiares, que sempre torceram por mim e pela conquista do meu ideal, e que também entenderam a minha ausência. Aos professores José Airton Brutti, meu orientador, Alexandre Zeni e César Roth, pela boa vontade ao me ajudar, pelos ensinamentos passados, orientação e paciência, que possibilitaram a realização deste trabalho. Por fim, agradeço a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para a concretização de meu sonho.
  • 6. RESUMO O presente trabalho tem o objetivo de elaborar um plano de negócios para uma loja de lingeries, situada em Sapiranga. Primeiramente, este estudo buscou verificar a possibilidade de sucesso na implantação do empreendimento. A bibliografia estudada está focada no Plano de Negócios, Empreendedorismo e o motivo do negócio, ou seja, Moda Íntima. Quanto à Metodologia, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, descritiva e a pesquisa exploratória. Os dados foram coletados através de entrevistas, questionários, além da observação. Com os conhecimentos obtidos através dos diversos conceitos formados e informações levantadas, pôde-se elaborar o plano de negócios, que mostrará se há viabilidade de sucesso assim como, auxiliará na tomada de decisões e no aproveitamento de quaisquer oportunidades frente ao negócio. Após a elaboração deste plano de negócios, percebe-se que a abertura de uma loja de lingeries na cidade de Sapiranga realmente é viável, com grandes oportunidades de sucesso. Palavras-chave: Empreendedorismo - Plano de Negócios - Moda Íntima - Viabilidade
  • 7. ABSTRACT This present work has the purpose to elaborate a business plan for an underwear store, placed in Sapiranga. At first, this study wanted verifying the possibility to success in the implantation of the undertaking. The bibliography studied is focused to the Business Plan, Entrepreneurial and the reason of the business, so, Intimate Fashion. About the Methodology, used the bibliographic search, descriptive and exploring search. The dates were collected through of interviews, questionnaires, besides observation. With these knowledge obtained through of diverse formed concepts and lifted up information, could be elaborated the business plan, which will show if there is possibility of success such will help to make decisions and utilize any opportunities before the business. Therewith, the elaboration of this business plan, it perceives that the opening of a underwear store in Sapiranga city is true possible, with great opportunities of success. Keywords: Entrepreneurial - Business Plan - Intimate Fashion - Opportunity
  • 8. LISTA DE QUADROS Quadro n. 1 – Medidas e tamanhos do sutiã............................................................39 Quadro n. 2 – Medidas e tamanhos da calcinha ......................................................40 Quadro n. 3 – Matriz SWOT .....................................................................................85 Quadro n. 4 – Projeção de Vendas ........................................................................100 Quadro n. 5 – Preços dos Produtos .......................................................................111 Quadro n. 6 – Investimentos Iniciais ......................................................................124 Quadro n. 7 – Custo Individual de Mercadoria .......................................................125 Quadro n. 8 – Despesas ........................................................................................126 Quadro n. 9 – Receitas ..........................................................................................127 Quadro n. 10 – Fluxo de Caixa...............................................................................129 Quadro n. 11 – Fluxo de Caixa Anual ....................................................................130 Quadro n. 12 – TIR e VPL ......................................................................................130 Quadro n. 13 – Tempo de Recuperação de Capital ...............................................131 Quadro n. 14 – Custos Variáveis............................................................................132
  • 9. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO .........................................................................................16 1.1 Definição do Problema .....................................................................................16 1.1.2 Hipótese Básica .......................................................................................16 1.1.3 Hipóteses Secundárias.............................................................................16 1.2 Justificativa .......................................................................................................17 1.3 Objetivos...........................................................................................................19 1.3.1 Geral..............................................................................................................19 1.3.2 Específicos ....................................................................................................20 2 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................21 2.1 Moda: Mercado Atual e Futuro .........................................................................21 2.1.2 Moda e Oportunidades de Negócios ........................................................24 2.1.3 História do Lingerie ..................................................................................27 2.1.4 Moda Íntima..............................................................................................37 2.2 Empreendedorismo ..........................................................................................42 2.2.1 Perfil do Empreendedor............................................................................47 2.3 Plano de Negócios............................................................................................51 2.3.1 Situação Jurídica da Empresa..................................................................53 2.3.2 Planejamento Estratégico do Negócio .....................................................53 2.3.3 Plano de Marketing e Vendas ..................................................................57 2.3.4 Descrição do Mercado .............................................................................60 2.3.5 Plano Gerencial........................................................................................61 2.3.6 Plano Operacional de Comercialização ...................................................62 2.3.7 Plano Financeiro ......................................................................................62 2.3.8 Custos ......................................................................................................64 3 METODOLOGIA ...................................................................................................66 3.1 Pesquisa Bibliográfica ......................................................................................67 3.2 Pesquisa Descritiva ..........................................................................................67 3.3 Pesquisa Exploratória.......................................................................................69
  • 10. 10 3.4 Coleta de Dados ...............................................................................................70 3.5 Método da Observação ....................................................................................72 3.6 Método da Comunicação..................................................................................73 3.7 Análise de Dados..............................................................................................76 4 PLANO DE NEGÓCIOS: LOJA DE LINGERIE .....................................................78 4.1 SITUAÇÃO JURÍDICA DA EMPRESA...............................................................79 4.1.1 Nome do Empreendimento...............................................................................79 4.1.2 Endereço ..........................................................................................................79 4.1.3 Fone/Fax ..........................................................................................................79 4.1.4 E-mail e Home-page.........................................................................................79 4.1.5 Pessoa de Contato ..........................................................................................79 4.1.6 Natureza Jurídica .............................................................................................79 4.1.7 Porte da Empresa ............................................................................................80 4.1.8 Ramo de Atividade ...........................................................................................80 4.1.9 Data da Constituição ........................................................................................80 4.1.10 Nome dos sócios, cargos, endereços e telefones ..........................................80 4.2 SUMÁRIO EXECUTIVO......................................................................................80 4.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO NEGÓCIO............................................82 4.3.1 Negócio da Empresa ........................................................................................82 4.3.2 Visão da Empresa ............................................................................................82 4.3.3 Missão da Empresa..........................................................................................83 4.3.4 Valores .............................................................................................................83 4.3.5 Análise do Ambiente Externo e Interno (matriz FOFA ou SWOT)....................84 4.3.6 Objetivos ..........................................................................................................86 4.3.7 Metas................................................................................................................86 4.3.8 Formulação da Estratégia ................................................................................87 4.3.9 Feed-back ou Monitoramento de Resultados...................................................88 4.4 PLANO DE MARKETING/VENDAS ..................................................................88 4.4.1 Produto.............................................................................................................89 4.4.2 Clientes Potenciais ..........................................................................................93 4.4.3 Diferenciação ...................................................................................................95 4.4.4 Mercado ...........................................................................................................96 4.4.5 Vendas .............................................................................................................98 4.4.6 Situações Sazonais ........................................................................................101 4.4.7 Canais de Distribuição....................................................................................104 4.4.8 Propaganda....................................................................................................105 4.5 DESCRIÇÃO DO MERCADO ..........................................................................106 4.5.1 Aceitação........................................................................................................107 4.5.2 Segmentação .................................................................................................107 4.5.3 Concorrência ..................................................................................................108 4.5.4 Preço ..............................................................................................................110 4.5.5 Localização ....................................................................................................111
  • 11. 11 4.5.6 Empresas Líderes ..........................................................................................112 4.6 PLANO GERENCIAL .......................................................................................112 4.6.1 Atribuições dos Sócios ...................................................................................112 4.6.2 Serviços Terceirizados ...................................................................................113 4.6.3 Estrutura Funcional ........................................................................................113 4.6.4 Recrutamento e Seleção ................................................................................114 4.7 PLANO DE COMERCIALIZAÇÃO ..................................................................114 4.7.1 Produto e Comercialização ............................................................................114 4.7.2 Capacidade ....................................................................................................116 4.7.3 Espaço Físico/Layout .....................................................................................117 4.7.4 Tecnologia......................................................................................................118 4.7.5 Fornecedores .................................................................................................118 4.7.6 Funcionários...................................................................................................120 4.8 PLANO FINANCEIRO ......................................................................................122 4.8.1 Investimento ...................................................................................................123 4.8.2 Despesas e Receitas......................................................................................126 4.8.3 Fluxo de Caixa ...............................................................................................128 4.9 CUSTOS ...........................................................................................................132 4.9.1 Custo Variável ................................................................................................132 4.9.2 Custo Fixo ......................................................................................................132 4.9.3 Formação de Preço ........................................................................................133 4.9.4 Fatores Financeiros Críticos...........................................................................133 4.9.5 Resultados Relevantes ............................................................................................ 133 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................134 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................137 ANEXOS .................................................................................................................141
  • 12. INTRODUÇÃO Percebe-se analisando o mercado atual, que o mesmo está cada vez mais competitivo, de maneira que abre um espaço cada vez maior para a economia informal, que cresce rapidamente assim como a busca de negócios próprios, que possibilitem autonomia, segurança e chances individuais de crescimento profissional e pessoal, fazendo com que cresça consideravelmente o surgimento de novos empreendedores que, muitas vezes, são estimulados pelo desenvolvimento econômico e pela busca da auto-realização, já que pesquisas indicam que o empreendedorismo oferece graus elevados de realização pessoal e que a atividade empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos. Este crescimento acelerado se dá devido ao fato de muitas empresas estarem reduzindo seus custos com salários baixos oferecidos aos seus empregados e a diminuição de incentivos dos trabalhadores formais. Além disso, o elevado índice de desemprego leva as pessoas à procura de outras alternativas para a sobrevivência. Por isso é importante que todos sejam pró-ativos e que busquem os seus objetivos e sonhos, dificuldades sempre existirão, mas o mais importante é o espírito empreendedor de cada um e a vontade de vencer.
  • 13. 13 Um empreendimento é algo grandioso, pois além de fazer o empreendedor se realizar e crescer junto com seu negócio, ele pode destacar e promover a sociedade onde está situado, portanto, os empreendimentos são imprescindíveis para o crescimento geral do país, gerando empregos e beneficiando investidores e empreendedores, que se dispõe a enfrentar as inúmeras dificuldades e incertezas do mercado. A realidade nos mostra que a grande maioria dos novos empreendimentos não sobrevive aos primeiros anos de vida. As causas desse problema são inúmeras, entre elas a falta de conhecimento no mercado de atuação, localização errada, ausência de controle de custos e gestão financeira, pouca qualificação profissional, falta de planejamento operacional e estratégico do negócio, inexistência de competência gerencial. Estes são apenas alguns dos fatores de risco que podem transformar-se em causas de fracasso das novas empresas e que devem ser atentadas pelo empreendedor. Com um plano de negócios eficiente é possível reduzir os riscos de insucesso, assim como ter certeza da vontade de implantação do empreendimento, mostrando ou não sua viabilidade. Com essa ferramenta, o empreendedor consegue administrar as constantes transformações do mercado, daí a importância da elaboração deste trabalho e sua aplicação prática. Os novos empreendimentos que prosperam e seguem em frente, ultrapassando todos os obstáculos, são administrados com base em características como planejamento e controle, tendo como evidência a necessidade de um plano de negócios, que orienta o empreendedor que está iniciando uma nova empresa ou atividade de expansão, a tomar decisões estratégicas acertadas. Empreender sem planejar é um risco muito elevado e que deve ser evitado. Entretanto, pode-se afirmar que o plano de negócios, apesar de ser uma ferramenta importante, que diminui os riscos de fracasso, não é garantia de sucesso
  • 14. 14 empresarial, mas, da mesma forma, se não o utilizarmos, as chances de sobrevivência da empresa diminuem consideravelmente. Através dele, somos capazes de estruturar as principais concepções e alternativas para uma análise correta de viabilidade do negócio pretendido e assim, avaliarmos a nova idéia, antes de ser colocada em prática, de forma que, elimina ou reduz esforços inúteis e desnecessários em projetos que são inviáveis. A importância de um plano de negócios será mostrada ao longo do trabalho, pois esta ferramenta serve também como instrumento para a solicitação de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, podendo, ainda, ser utilizado na busca de novos sócios e parceiros. Portanto, deve ser aproveitada como vantagem competitiva, uma estratégia de sucesso que poderá significar a sobrevivência da empresa no futuro. Genericamente, pode-se afirmar que os empreendedores são pessoas dispostas a se arriscar na criação de novos negócios, inovando e gerando oportunidades e prosperidade, aumentando riquezas e o desenvolvimento econômico, promovendo assim o progresso e o bem estar da sociedade em geral. Dessa forma, o objetivo geral deste estudo é o desenvolvimento de um plano de negócio para uma Loja de Lingerie, de modo que forneça segurança para a sua implantação e desenvolvimento. O trabalho é composto por duas etapas, a primeira teórica e a segunda prática; sendo que a primeira é revisão da literatura, feita através de consultas a livros, revistas e Internet, onde são abordados os temas empreendedorismo e plano de negócios, bem como busca os mais variados dados e informações sobre moda íntima, que é o foco do trabalho.
  • 15. 15 Na segunda etapa é desenvolvido o plano de negócios da loja de moda íntima, elaborado a partir da bibliografia estudada e dos resultados das entrevistas e questionários realizados entre os meses de março e abril de 2007, onde futuros clientes e concorrentes potenciais responderam questões consideradas importantes para análise da viabilidade do negócio. Além do método de observação, possibilitado a partir de visitas a concorrentes e lojas do setor localizadas na cidade, além da observação direta aos clientes já atendidos, informalmente, pela autora do trabalho. Em sua estrutura, o trabalho está dividido em cinco capítulos: no primeiro, são apresentadas a definição do problema e a sua justificativa, mostrando o porquê da realização do trabalho, e a importância do tema na vida acadêmica e profissional, ou seja, os motivos da escolha do tema específico, além de levantar hipóteses em torno do tema central do trabalho. Além disso, são esclarecidos o objetivo geral e os específicos do trabalho. No segundo capítulo, é feita a revisão da literatura, abordando os temas empreendedorismo, plano de negócios e moda íntima. No terceiro capítulo é mostrada a metodologia utilizada para a elaboração do trabalho, que é pesquisa bibliográfica, descritiva e exploratória. E, finalmente, o quarto capítulo, apresenta o plano de negócios composto de toda a estrutura necessária para a abertura da loja de moda íntima: Planejamento Estratégico do Negócio, Plano de Marketing e Vendas, Descrição do Mercado, Plano Gerencial, Plano de Comercialização, Plano Financeiro e Custos, destacando sua importância para as pequenas empresas, além de mostrar os resultados quanto à viabilidade, através da análise da coleta de dados obtidos anteriormente.
  • 16. 1 CONTEXTUALIZAÇÃO 1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Como pode ser viável a abertura de uma loja para revendedoras de lingeries? Em que condições? 1.1.2 Hipótese básica Acredita-se que a abertura desta loja é viável, pois todo empreendimento tem riscos, mas com um plano de negócios elaborado de maneira adequada, as chances de insucesso diminuem consideravelmente, ou seja, a elaboração do plano de negócios mostrará realmente se o empreendimento é viável ou não. 1.1.3 Hipóteses secundárias O sucesso e o retorno esperados pela empreendedora não chegarão a curto prazo, por isso esta deve estar consciente e mesmo sendo uma pessoa de grande senso de urgência ter paciência e perseverança.
  • 17. 17 Os objetivos e metas mais importantes devem ser identificados, e buscados de forma ágil e decidida, pois provavelmente a empresa deverá ser muito dinâmica frente ao mercado de atuação que é bastante amplo e competitivo. É possível que a empresa enfrente problemas de penetração de mercado, pois existem muitos concorrentes formais e informais, portanto o ambiente deve ser analisado e o mercado segmentado de acordo com os objetivos e princípios da empresa. Também existe a possibilidade que a empresa tenha dificuldades junto aos fornecedores, pela falta de poder de barganha e pelo baixo capital de giro inicial da empresa. Possivelmente o desconhecimento do mercado em geral pode afetar o sucesso do negócio a curto prazo, mas a experiência obtida no ramo, mesmo que de maneira informal, será decisiva nas primeiras decisões tomadas. 1.2 JUSTIFICATIVA A escolha deste tema se dá pela relevância do mesmo, pois permite um amplo conhecimento do mercado e da realidade à qual fazemos parte, além nas oportunidades possibilitadas pelo empreendedorismo. Muitas empresas iniciam suas atividades sem estabelecer e classificar seus objetivos e desafios mais importantes, resultando numa perda de foco que leva à prejuízos, pois as oportunidades que permitem o alcance dos objetivos não são percebidas, muito menos, aproveitadas. A necessidade da empresa em alcançar objetivos e metas a leva ao crescimento, mas somente planejando suas ações é que ela estará orientada para as escolhas certas e as mudanças adequadas.
  • 18. 18 A empresa precisa saber para onde quer ir e como fará para chegar aonde deseja, assim deve identificar sua missão, visão, valores, propósitos, e adotar uma postura estratégica diante das diversas situações que terá que superar. Assim, a necessidade de se fazer um plano de negócios antes da abertura de qualquer empresa se dá pela competitividade do cenário econômico atual, tornando-o uma ferramenta importante, indicada para analisar a abertura de uma empresa, quanto a sua viabilidade. Cada vez mais precisamos estar preparados para fazer com que o negócio dê certo, crescendo e gerando excelentes resultados, otimizando os lucros e atingindo dessa forma, a satisfação dos clientes e investidores. Para que os resultados sejam bons é necessário adequar-se à prática, levando em consideração as condições internas e externas da empresa, relacionando-as com a evolução esperada; mantendo coerência e decisões firmes para que o plano de negócios tenha bases sólidas com respeito às crenças da empresa e de seu empreendedor. Para Dornelas (2001), o plano de negócios tem a capacidade de explorar os potenciais da empresa, medindo e concentrando esforços a fim de atingir os objetivos e metas mais visados, ele é utilizado na tomada de decisões através da análise de informações; aumentando a competitividade da empresa frente aos seus concorrentes, fornecedores e assim, conquistando cada vez mais clientes e maximizando lucros, além de prever e contornar as incertezas, que atualmente são inúmeras em qualquer mercado de atuação. Portanto, pode-se afirmar que um plano de negócios pode se tornar uma vantagem competitiva que no futuro representará a sobrevivência da mesma, pois avalia a idéia antes de colocá-la em prática, reduzindo assim as possibilidades de resultados indesejáveis. Academicamente, este tema é muito interessante e rico, pois engloba diversas variáveis que devem ser exploradas para haver uma boa performance do empreendedor nos negócios, reduzindo a possibilidade de sofrer prejuízos. A
  • 19. 19 elaboração de um plano de negócios é muito ampla e dinâmica, possibilitando um extenso aprendizado em áreas diversas, e ao mesmo tempo, interligadas. Da mesma forma, profissionalmente abrirá novos horizontes para que no futuro exista essa oportunidade de sucesso na vida profissional do empreendedor, já que o mesmo possui conhecimentos e interesse em trabalhar na área de atuação escolhida, sendo que a mesma aparece como uma forte oportunidade de negócio na atualidade. De acordo com Lakatos e Marconi (2007), o problema escolhido pela autora, é apropriado, pois sendo analisado quanto à sua valoração, ele corresponde quanto a fatores importantes: a) relevância: trazendo conhecimentos novos; b) exeqüibilidade: podendo chegar a uma conclusão válida; c) oportunidade: atendendo a interesses particulares e gerais. Além disso, deve ser analisado o fato de se possuir um perfil empreendedor, fato que torna frustrante a escolha de outro tema frente às suas perspectivas, seus sonhos e a realidade competitiva e dinâmica do mercado atual. Diante de tais considerações, justifica-se a importância de se realizar este trabalho. 1.3 OBJETIVOS 1.3.1 GERAL Elaborar um plano de negócios a fim de verificar a viabilidade de abertura de uma loja de lingerie na cidade de Sapiranga - RS, visando os melhores resultados e um considerável retorno ao investidor.
  • 20. 20 1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Estudar as possibilidades oferecidas pelo mercado, verificando a viabilidade econômica e financeira do projeto. • Analisar o mercado consumidor, suas vontades e características, através de uma pesquisa de campo. • Levantar os custos e investimentos necessários à implantação do projeto. • Conhecer e analisar os fornecedores e os concorrentes. • Identificar e valorizar as vantagens competitivas, com a elaboração do plano estratégico do negócio.
  • 21. 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 MODA: MERCADO ATUAL E FUTURO A seguir, é abordado um referencial teórico sobre o tema Moda Íntima, assim como conceitos de moda no geral, suas perspectivas e a evolução até os dias de hoje, pois há a necessidade de se conhecer sobre o produto que pretende comercializar dentro de seu empreendimento. Pode-se perceber analisando o comportamento da sociedade atual que o lingerie adquiriu características novas nos últimos tempos. Deixou de ser apenas peça de uso comum e obrigatório, para se destacar fazendo parte do imaginário sensual de mulheres e homens. Para atender esse público, cada vez mais exigente, empresas do setor estão investindo em coleções mais ousadas, com peças diferenciadas que brincam com fantasias e fetiches, além de valorizar a mulher aumentando sua auto-estima, segundo Feghali e Dwyer (2004). Com o passar os anos a moda foi evoluindo e se modificando, se tornando mais versátil e flexível, abrindo espaços para novos empreendedores. Portanto, conclui-se que este é um mercado promissor para a criação de novos negócios, já que está em expansão e possui inúmeras alternativas de investimento.
  • 22. 22 Conforme as autoras Feghali e Dwyer (2004), o mercado nacional de lingerie movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano de faturamento total; e reúne mais de seis mil confecções, muitas são empresas de pequeno porte que empregam mais de trinta mil costureiras e fabricam mais de quinhentos milhões de peças por ano. Com esses índices e a cultura mundial de que o Brasil é o país da sensualidade, o segmento de moda íntima tem pleno potencial para e tornar grande exportador, seja com produtos ou com tendências, devido à eficiência e o desenvolvimento do setor, além disso, possui excelente qualidade e uma boa competitividade de custo das confecções e tecidos nacionais. Com isso, percebe-se que a movimentação geral deste segmento vem crescendo constantemente em números e valores. Com o passar dos séculos, as mudanças na moda passaram a ser tantas e tão rápidas, surgindo diferentes tipos de tecidos, que as peças e seu tempo acabam se confundindo, diversas vezes, voltando a moda que já foi utilizada no passado, ou seja, é preciso para trabalhar com sucesso nesse ramo, ser um profissional com agilidade e versatilidade, constantemente qualificado e informado, mantendo-se atualizado e atento às tendências que o mercado apresenta, pois o mesmo é bastante dinâmico, de acordo com a autora do trabalho que vem observando o mercado desde os últimos dois anos, percebendo que está em constante mudança, com novas oportunidades surgindo a cada instante. A autora do trabalho percebeu ainda que, cada vez mais os clientes estão mais informados e querem novidades, além de valorizarem informações diferenciais e detalhes específicos de cada produto que compram. De acordo com Feghali e Dwyer (2004), independente da época ou lugar, a roupa sempre foi um diferenciador social, retratando uma comunidade ou classe, sendo que a moda pode revelar o perfil de uma pessoa, podendo também estar vestido para influenciar, impressionar ou seduzir alguém. Mais do que tudo, portanto, a maneira de vestir expressa a personalidade e o status social. De acordo com o desenvolvimento da humanidade, a evolução e a mudança de costumes, está inserida a história da moda. Estudos feitos na área do vestuário mostram que a indústria têxtil pode ter surgido ainda durante a pré-história (10000 a 5000 a.C.).
  • 23. 23 Analisando cenário atual, nota-se que a moda já deixou de ser sinônimo de futilidade e improvisação há muito tempo, ela evoluiu e continuará a evoluir paralelamente ao mundo, tornando o supérfluo uma necessidade. Hoje, nesse mercado em franco crescimento, tecnologia e profissionalismo são imprescindíveis para o sucesso de qualquer empreendimento, pois os consumidores estão cada vez mais exigentes, uma vez que estão dispostos a pagar preços elevados por produtos de qualidade, segundo sondagem elaborada pela autora do trabalho, durante suas vendas informais. Conforme Feghali e Dwyer (2004, p.139): A moda funciona rapidamente em ciclos semestrais de tendências, e é preciso estar sempre em sintonia com as mudanças. Mas quem pretende trabalhar nessa área e tomar a moda como um negócio deve enxergar além, percebendo as tendências globais do comércio com sensibilidade suficiente para entender em que ponto elas podem exercer influência sobre a moda. Através da observação ao mercado, constatou-se que hoje, as consumidoras estão arrojadas, exigindo individualismo, imediatismo e valor, e amanhã certamente o grau de exigência aumentará. Esses aspectos precisam ser explorados pelas empresas, nos quais estarão as bases para a tomada de decisões e estratégia. Feghali e Dwyer (2004) apontam algumas tendências do futuro que precisam ser analisadas: As compras continuarão a ser vistas como uma atividade de lazer; o consumo do vestuário continuará a crescer; o consumidor ficará cada vez mais consciente das marcas, mas sem deixar de guardar o impulso básico de garantir valor; assim como, a tecnologia será um dos principais impulsos do mercado, agilizando o desenvolvimento do produto e a nova vantagem competitiva será a capacidade de mudar rapidamente com base na resposta do consumidor, e foco será em funções de valores estratégicos.
  • 24. 24 2.1.2 Moda e oportunidades de negócios Ano após ano, a economia sempre foi movimentada pela comercialização de mercadorias, desde as civilizações mais antigas, mesmo com a oferta e a demanda restritas, através de trocas entre as pessoas e entre comunidades vizinhas. Feghali e Dwyer (2004) afirmam que fazer negócio consiste em agenciar, fazer transação comercial de qualquer espécie, em qualquer tempo. Os negócios existem desde a época dos Fenícios, e, embora realizados em dimensões menores, sempre tiveram a visão de se instalar, comprar e vender algo, buscando o lucro. É importante saber sobre o mercado global que cerca o lingerie. As indústrias têxteis e de confecções estão entre as atividades industriais mais antigas da humanidade e absorvem grande mão-de-obra, conforme foi evoluindo, passou de produção manual para a confecção industrializada. Segundo Feghali e Dwyer (2004, p.24): No Brasil, o complexo têxtil é composto atualmente de aproximadamente 4.391 indústrias têxteis e 18 mil confecções registradas. No setor de confecções, é grande o número de empresas informais, que de acordo com estimativas extra-oficiais, chegam a superar em quantidade as empresas legalmente constituídas.O faturamento total do setor é de aproximadamente US$ 24 bilhões. A revista Exame afirma que a criatividade nacional para roupas íntimas já foi reconhecida no exterior: a modelagem fio dental se consagrou na Europa com nome de calcinha brasileira. Mas ainda são baixas as vendas de lingeries brasileiros fora daqui. Em 2003, as exportações de roupas íntimas responderam por 1,5% do 1,6 bilhões de dólares comercializados pelo setor têxtil neste mesmo ano.
  • 25. 25 Nos últimos anos, grandes mudanças ocorreram e geraram o desenvolvimento da moda no Brasil, hoje é empregada a inovação nos acabamentos e nos materiais que obedecem as normas técnicas estabelecidas, além disso, máquinas modernas são importadas, padronizando a qualidade dos produtos, afirmam Feghali e Dwyer (2004). A elaboração de um plano de negócios para uma loja de lingerie, se dá pelo conhecimento no ramo, com o trabalho na venda informal há cerca de dois anos. Este tipo de vendedora é conhecido popularmente como sacoleira. As sacoleiras ganham cada vez mais espaço no concorrido ramo de vendas de lingeries, a demanda é grande, mas o número de sacoleiras vem crescendo significativamente, daí a necessidade de se ter um diferencial para competir com as concorrências formal e informal. Elas são vendedoras ambulantes que atuam num tipo de comércio totalmente informal e adquirem somente roupas totalmente prontas para vender. Seu atendimento é feito de modo exclusivo. Cada caso é um caso e cada cliente é diferente, ou seja, única, por isso é preciso vender não apenas lingerie, mas sim conforto, glamour, sedução, encanto, auto-estima, e todas essas características dentro de um preço competitivo. Conhece profundamente os seus clientes, suas características e seus desejos, por conseguinte, passa a oferecer as peças adequadas ao estilo e ao gosto de cada um, depois de um primeiro contato, onde descobre o que cada cliente espera, suas preferências e necessidades. Oferece um serviço personalizado, que em geral, as lojas não conseguem oferecer, outra vantagem é a flexibilidade de horário de que dispõem, que pode ser ajustada de acordo com os horários disponíveis da clientela. As sacoleiras têm que ser versáteis e ágeis para aproveitar a grande demanda do mercado atual e atender incansavelmente o máximo de clientes possível, para tanto, em suas sacolas, carregam as mais variadas opções para os
  • 26. 26 mais diversos estilos e tamanhos, além de cores diversas, e ainda, precisam estar sempre atentas às novidades a fim de satisfazer as clientes mais exigentes. A aparência e o charme da sacoleira, sem dúvidas, são fundamentais no momento de expor os produtos e no fechamento da venda, é imprescindível demonstrar seriedade, segurança, conhecimento, além de muito bom humor e simpatia. Apesar do dia a dia corrido, a sacoleira sempre tem que estar de bem com a vida, bem vestida e alegre, isso é necessário para passar uma boa impressão para as clientes, pois as atendendo da melhor maneira possível conquistará admiração e fidelidade, sendo até mesmo indicada para novas clientes. A experiência da empreendedora como sacoleira será muito importante para o sucesso do negócio, pois apesar de ser uma atividade informal, é complexa como uma loja formal, pois a sacoleira compra, mostra, troca, encomenda, vende, cobra, recebe e paga os fornecedores, precisa estar constantemente buscando novos clientes, da mesma forma que é necessário manter e fidelizar os antigos. Para ser eficiente, a sacoleira precisa ser organizada e responsável, ela deve cadastrar todas as clientes, planejar visitas, agendar horários de venda e de cobrança, ou seja, administrar o seu tempo, além de fazer o seu planejamento financeiro, organizando seu caixa, e suas contas a pagar e a receber. Entretanto, muitas vezes, é uma atividade discriminada e que sofre preconceitos, apesar de ser um trabalho digno e honesto. Mas sem dúvida, é um trabalho extremamente gratificante, que envolve muito entusiasmo, onde se vencem muitos desafios com a possibilidade de lucros consideráveis.
  • 27. 27 2.1.3 História do lingerie Vestir a calcinha ou o sutiã é algo normal. Naturalmente nem paramos para pensar que o lingerie tem uma história. As peças que usamos hoje só existem graças ao desenvolvimento de roupas íntimas criadas há séculos, na Antigüidade. A evolução do lingerie ao longo da História é um fenômeno interessante, que mostra uma trajetória de desconforto e sensualidade. A seguir será descrito todo um histórico do tema moda íntima. Uma história bem antiga Segundo o site http://www.lucitex.com.br, a história do lingerie começa por volta do segundo milênio antes de Cristo. Em Creta, as mulheres usavam um corpete simples que sustentava a base do busto, projetando os seios nus. Na Antigüidade, as egípcias não usavam nada por baixo de suas túnicas de linho. Já em Atenas, na Grécia Antiga, as mulheres tomavam banho nas fontes e cobriam o púbis com o que é considerada a primeira tanga: um tecido em forma de triângulo preso por fios amarrados nos quadris. Conforme o site http://www.delrio.com.br, no período da Idade Média, para evitar o contato da pele com os tecidos ásperos e pesados da época, as mulheres passaram a usar uma longa camisola de mangas compridas, além de uma espécie de corpete amarrado atrás ou nas laterais, somente no final deste período, as mulheres nobres passaram a usar um longo cinto sob o busto que, além de sustentar os seios, eles pareciam mais volumosos. Durante a Renascença no Século XV, o lingerie passa por transformações para acompanhar a evolução do vestuário. Os ingleses passam a dar muita
  • 28. 28 importância ao modo de vestir. As mulheres se enfeitavam para ostentar a riqueza da família e do homem que pagava suas contas. O volume das saias passou a significar riqueza e então surgiram os saiotes. As mulheres do povo, em sua maioria camponesa, precisavam de liberdade de movimento e não usavam a armação. No final do período renascentista já se observava o uso de meias de algodão ou lã presas por ligas de lã, conforme o site http://www.delrio.com.br O desconforto do espartilho A roupa feminina ficou mais rígida, surgindo um corpete que apertava o ventre, afinava a cintura e deixava os seios com aspecto de cones, esta peça era construída com uma haste, que era feita de madeira e havia ainda uma haste central, que em alguns modelos chegava a pesar até um quilo. Essa peça acabou obrigatória para mulheres, sendo que começaram a causar polêmica entre os médicos esclarecidos, pois comprimiam órgãos internos, causando entrelaçamento de costelas, não raros desmaios, e até a morte. De acordo com o site http://www.lucitex.com.br, no século XVII surgiu na Espanha o famoso espartilho, feito de tecido rígido que cobria apenas o abdômen com o objetivo de disfarçar as formas. Cada vez mais apertado para modelar o corpo, provocando desconforto. Os modelos que enclausuravam a mulher, achatando o busto, se consagraram nesse período. Uma longa camisa rendada isolava do corpo o corpete, era uma verdadeira armadura que moldava o corpo feminino. Somente no século XVIII, as hastes de madeira e metal foram substituídas pelas barbatanas de baleia, os decotes aumentaram e os corseletes passaram a ser confeccionados para comprimir a base do busto, deixando os seios em evidência.
  • 29. 29 No século XIX, anáguas e calçolas completavam o vestuário feminino e o corselete continuou na moda, ganhando sofisticação com bordados e laços. O espartilho submeteu as mulheres a quatro séculos de sacrifício em nome da beleza. Cordões bem apertados forçavam os seios para cima e aceleravam a respiração, em uma época na qual as mulheres se sujeitavam a problemas respiratórios, digestivos e circulatórios para terem seios sensuais. Neste período, os homens dominavam a indústria de lingerie, e estimulavam o uso do corpete para garantirem a "beleza das mulheres" e também os seus lucros. Finalmente, em 1914, o espartilho foi substituído pela cinta, pois com o início da Primeira Guerra Mundial, a mulher teve de trabalhar nas fábricas e isso fez com que ela precisasse de um novo lingerie que lhe permitisse movimentação. A história do sutiã De acordo com o site http://www.lucitex.com.br, há milênios as mulheres vinham procurando uma matéria-prima para confeccionar algo que desafiasse a lei da gravidade e sustentasse os seios. Referências revelam que em 2000 a.C., na Ilha de Creta, elas usavam tiras de pano para modelá-los. Mais tarde, as gregas passaram a enrolá-los para que não balançassem. Já as romanas adotaram uma faixa para diminuí-los. O sutiã apareceu para libertar a mulher do uso do espartilho. Um modelo semelhante ao conhecido sutiã de hoje, de algodão e seda, foi desenvolvido em 1912, e em 1914 o sutiã foi devidamente reconhecido e patenteado nos Estados Unidos. Era feito com dois lenços, um pedaço de fita cor-de-rosa e um pouco de cordão. Ele foi vendido e patenteado a uma fábrica de roupas femininas
  • 30. 30 por 15 mil dólares na época. Era o início da industrialização do lingerie, porém havia pouca opção de tamanho. Somente na década de 30 é que os diferentes tamanhos e formatos dos seios passaram a ser considerados na hora de produzir uma peça, e começaram a ser fabricados sutiãs em tamanhos que variavam de A a D. A partir daí, o sutiã ganha novos materiais, modelos e passa a ter uma ligação com o comportamento da mulher diante da sociedade, conforme o site http://www.valisere.com.br Com a escassez da seda provocada pela Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), a indústria têxtil precisou buscar novos materiais. Surgem as fibras sintéticas, que davam aos sutiãs elasticidade e resistência. O artigo de sustentação dos seios sofreu várias alterações, acompanhando a anatomia dos bustos generosos das estrelas da época. Convencidas de que o sutiã era o principal símbolo da repressão sexual masculina, feministas queimam sutiãs em praça pública, incentivando as mulheres a abolirem o uso da peça. O protesto aconteceu em 1958, logo após o surgimento da lycra, que permitia mais movimento e conforto. Era o início da revolução sexual dos anos 60, momento no qual as mulheres se mostravam cada vez mais soltas. São os tempos de valorização dos seios pequenos e de sutiã mais delicados e livres de costuras, com diversos tipos de modelagens. Porém, alguns anos depois, as mulheres passam a perceber que o sutiã, além de acessório sedutor, tem a função de sustentar os seios, e o sutiã volta a ser usado.
  • 31. 31 Nos anos 80 o lingerie para os seios passa a ser um grande aliado das mulheres que aderiram à moda aeróbica. Em 1982, a evolução continua, surgindo as rendas com lycra. Conforme a revista Época, a moda sempre impôs seu estilo à beleza e vice- versa. Até o início do século XX, a mulher sofreu muito em nome dos padrões estéticos, além de se submeterem aos espartilhos, com o sutiã surge uma nova expectativa: ao contrário da função que exerce hoje, deixar o corpo da mulher mais bonito e sexy, era usado para achatar os seios e empurrá-los para baixo. Após décadas de seios camuflados, os anos 90 trazem a valorização do busto como referência de feminilidade. Junto de novos tecidos e cores, surgem modelos para realçar ou aumentar os seios. A ciência passa a ser mais uma ferramenta da indústria para garantir a satisfação das mulheres com o sutiã. De acordo com o site http://www.valisere.com.br, neste quase um século de existência, ele se tornou ''o amigo do peito'' e exerceu as mais diferentes funções: aumentou o seio, diminuiu-o, escondeu-o, exibiu-o. Transformou a coadjuvante roupa de baixo em protagonista do figurino da mulher com lingeries sensuais. Antes escondido, hoje é usado até como roupa de cima. Surgem os bojos de enchimento e as estruturas de metal para aumentar os seios. Virou um aliado na busca da beleza, do conforto e da sedução. Por ser uma peça de contato muito íntimo, o sutiã precisa ser trocado diariamente para ficar livre de suor. Já a limpeza exige certos cuidados para garantir sua durabilidade. É preciso lavá-lo sempre a mão se conter bojo e aro, caso contrário, poderá ser lavado na máquina de lavar, junto com roupas delicadas.
  • 32. 32 Para guardar os sutiãs com bojo, é necessário inverter os bojos de forma que fiquem um dentro do outro, como uma concha, colocando-os numa gaveta com altura suficiente para que eles não sejam amassados. Conforme a revista Terra Mulher, atualmente, o mercado oferece diferentes formas de sutiãs, para todos os gostos e necessidades, desde os que apenas levantam ou dão sustentação até os que aumentam o volume dos seios. Cada um deles tem características específicas que garantem esses resultados. Seios fartos: se a mulher tem seios grandes e não gosta deste volume, o ideal são sutiãs com aro, sem bojo e, preferencialmente, de copa inteira. Este tipo de peça irá auxiliar no "disfarce" do volume. Agora se a mulher gostar de ostentar o volume do seu peito, deve procurar sutiãs com aro, bojo e que tenham o decote pronunciado, expondo seu colo. Seios flácidos: a questão não é o seio ser flácido ou não, mas o tamanho do seio. De um modo geral, os seios flácidos pedem pela dupla: aro e bojo. Seios pequenos: o sutiã push-up é a melhor opção. Ele possui fechamento frontal, levanta e junta os seios. Seios normais: optar por um modelo que faça a mulher se sentir melhor, mais segura e que lhe traga liberdade e conforto. Seios de lactantes: mulheres que estão amamentando precisam manter os seios no lugar com sutiãs que sejam de sustentação, com aro e alças mais largas para poder suportar o peso da mama e o distribuir regularmente nos ombros, diminuindo o impacto deste peso na coluna. Outra sugestão é usar peças com abertura no bojo para facilitar a amamentação e escolher sempre tecidos de fibras
  • 33. 33 naturais ou de microfibras, que possuem tratamento hidrófilo para evitar a retenção da transpiração, proporcionando conforto e higiene. Evolução do lingerie Segundo a revista Época, ao longo dos anos, existe uma considerável evolução do lingerie, caracterizada por movimentos significativos que vêm acontecendo há muitos anos até os dias de hoje. Desde os modelos, até o comportamento das mulheres formulam um histórico interessante que explica o comportamento atual do mercado. De acordo com o site http://www.tialingerie.com.br, dentro das peças íntimas mais sensuais deve-se citar a cinta-liga, que foi um acessório sensual muito usado na década de 20, criada para segurar as meias 7/8, nessa década, as roupas íntimas ainda eram formadas por um conjunto de cintas, saiotes, calcinhas, combinações e espartilhos bem mais flexíveis, e o lingerie passou a ter outras cores, além do tradicional branco. Ainda nos anos 30, a cinta-liga era o único acessório disponível para prender as meias das mulheres, que só tiveram as meias-calças à sua disposição a partir da década de 40, com a invenção do náilon em 1935. Conforme o site http://www.valisere.com.br, na década de 60, as feministas queimaram sutiãs em praça pública para expressar a necessidade de mudança do papel da mulher na sociedade, iniciando o período em que prevalecia a imagem da mulher masculinizada, necessária para a entrada no mercado de trabalho. As roupas que a tornavam invisível sexualmente, acentuando, em vez disso, a sua competência profissional, dominaram os anos 70.
  • 34. 34 Mas, no início dos anos 80, com o inicio do culto ao corpo e de um movimento de modificação da relação feminina com o lingerie, a inspiração romântica tomou conta da moda, cinta-liga, meias 7/8 e corseletes, sem a antiga modelagem apertada, voltaram à moda, com rendas, laços e tecidos delicados enfeitando calcinhas e sutiãs. Conforme o site http://www.manequim.com.br, há forte influência da cantora Madonna, que recriou a moda-fetiche usando em seus shows roupas altamente sensuais, e consagrou a exposição do lingerie, usando sutiãs, corpetes e cintas-ligas como roupas, e não mais como underwear (roupa de baixo). O público feminino adotou a idéia e a explora até hoje. A indústria de lingeries, por sua vez, elabora modelos cada vez mais sensuais e de materiais confortáveis. Transparências passaram a revelar belos sutiãs e corseletes, usados até mesmo em ocasiões formais. Perto do ano 2000, as alças dos sutiãs são propositalmente deixadas à mostra. Revelando que as roupas íntimas estão longe de servir apenas para manter a higiene e conforto das mulheres, mas fazer parte da moda e do seu arsenal de sedução. Espartilhos, meias de seda 7/8, ligas avulsas presas às cintas, continuaram sendo usados por muitas mulheres, mas não mais por uma imposição ou falta de opções, mas por uma questão de estilo ou fetiche, já que esses acessórios se tornaram símbolos de erotismo e sensualidade na sociedade ocidental. A mulher ideal deveria ter êxito profissional e pessoal, ter o corpo bonito, mas não poderia deixar de lado a sensualidade e o erotismo. E é esta a idéia que prevalece no século XXI, as mulheres progrediram social e profissionalmente, tornaram-se cada vez mais independentes e respeitadas, e de símbolo da opressão feminina, o sutiã tornou-se item indispensável para a sedução e beleza. Conforme o site http://www.fiquelinda.com.br, o mercado está atento às necessidades da mulher moderna, as confecções de lingerie investiram no
  • 35. 35 desenvolvimento e design de tecidos. A evolução tecnológica possibilitou o surgimento de novos materiais e já estão disponíveis no mercado calcinhas aromáticas, anticelulite, que diminuem a barriga ou que levantam o bumbum, e sutiãs que aumentam e modelam os seios. No Brasil, o mercado de lingerie está em plena expansão. O Pólo de Moda Íntima de Nova Friburgo e Região reúnem mais de 900 empresas de confecção de lingerie, moda praia e fitness, na região serrana do Rio de Janeiro, é um exemplo do sucesso do setor. O faturamento das empresas que formam o Pólo chega a R$ 600 milhões e o volume das exportações não pára de crescer: em 2004, foram US$ 4,6 milhões. As peças produzidas no Pólo de Moda Íntima já podem ser encontradas em países como Espanha, Portugal, Canadá, Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. Personagens da TV usam lingerie como item de destaque no figurino. Como a novela no Brasil reflete e influencia mudanças de comportamento e as peças estão cada vez mais bonitas, pode-se prever que esta peça do vestuário dará mais um passo na evolução da sua história na moda nacional, mostrando a influência da mídia na escolhas e nas compras das mulheres. A indústria têxtil está constantemente criando. Agora é a vez dos tecidos com adição de substâncias similares às utilizadas em cosméticos. Trata-se de uma espécie de tratamento complementar, mas não se comparam com cremes ou desodorantes nem os substituem. Segundo a revista Veja, a quantidade de lançamentos indica o quão é valorizada a tecnologia neste segmento de mercado e que não é apenas moda passageira, realmente as clientes se preocupam com o que realmente o lingerie pode oferecer. Está para ser lançado um sutiã no mercado, com forro que recebe micro cápsulas de aloe vera, de ação hidratante, e vitamina E, um antioxidante que ajuda a prevenir o envelhecimento das células da pele. O princípio ativo resiste a cerca de trinta lavagens.
  • 36. 36 Outro exemplo é que existem modelos de calcinhas com forro antibacteriano de algodão. O tecido recebe tratamento com o mesmo ingrediente encontrado em alguns cremes dentais, com a quantidade de lavagens não interferindo na ação do produto. Há ainda outros modelos de calcinhas feitas com microfibra que contém micro cápsulas com elementos que ajudam a combater a celulite, como cafeína, chitosan, mentol e retinol A e o efeito resiste a cerca de vinte lavagens. Sensualidade explorada Concordando com o site http://www.lucitex.com.br, os primeiros registros que mostram modelos de calcinhas datam do ano 40 A.C., em Roma. Pedaços de algodão, linho ou lã eram amarrados ao corpo como fraldas. Faixas de pano também eram amarradas na altura dos seios. O uso de uma espécie de calção, inspirado nos culotes masculinos, foi introduzido no século XVI, utilizado para montar a cavalo. A partir desse século, a roupa íntima feminina, mais elaborada e produzida com tecidos claros, começou a distinguir-se mais da masculina, apertando mais a cintura e os seios, dando a impressão de quadris bem largos. Segundo o site http://www.delrio.com.br, mais tarde, surge o fio-dental, o modelo de calcinha que foi a grande revolução em matéria de lingerie. Praticamente invisível esse modelo é confeccionado com pequenos cortes de rendas e tecidos elásticos. A minúscula calcinha é cômoda de ser usada e acrescenta uma forte dose de erotismo como lingerie ou biquíni.
  • 37. 37 Essa peça foi vista pela primeira vez como traje dos indígenas masculinos. Depois, durante muitos anos permaneceu oculta até que as brasileiras puseram-na em moda nas praias. Esse modelo provoca discussões entre as mulheres que querem se afastar do lingerie convencional e as que preferem os modelos mais tradicionais. Conforme a revista Malu, a escolha certa do lingerie faz a diferença na hora de criar um clima especial. É importante estar atenta às cores das peças. O tom certo pode valorizar ainda mais o visual. - Branco: é sempre bem vindo especialmente se tiver detalhes em renda. Cores claras conferem um ar de pureza e ficam ainda melhor com a pele bronzeada. - Preto: é clássico e chique. Não precisa de muitos detalhes para valorizar a peça, são sensuais em todas as ocasiões e ajudam a esconder as imperfeições do corpo. - Vermelho: é o tom da paixão. Com rendas, sutiãs e calcinhas dessa cor são ainda mais femininos. 2.1.4 Moda Íntima Existem diversos fatores que são importantes no que se refere ao lingerie. Dentre eles estão: a escolha do tamanho adequado até os cuidados que devem ser tomados ao longo de seu uso. Tamanho do Lingerie
  • 38. 38 Segundo o site http://www.lucitex.com.br, o lingerie sempre deve ser do tamanho certo, seja qual for o seu modelo, pois quando apertado, é deselegante e deforma a silhueta. Vestir um sutiã de tamanho inferior não aumenta o busto, apenas prejudica a postura, assim como calcinha menor não é mais sensual, ao contrário, marca a roupa e acentua as "sobrinhas laterais". A escolha do lingerie mais adequado é importante para ficar de acordo com as roupas que serão vestidas. O elástico da calcinha só pode aparecer nas peças desenvolvidas com esse objetivo. É o caso das calcinhas de elásticos com frases ou figuras divertidas, uma febre do público teen. Se a pele ficar marcada, é sinal de que não se está usando o tamanho ou modelo adequado. Em geral, deve-se optar pelo tamanho maior e regular as alças a fim de delinear melhor o decote. As tangas são mais indicadas para bumbuns pequenos. Caso o bumbum seja avantajado, deve-se optar por modelos mais largos nas laterais, tipo short, evitando assim, a divisão no quadril e modelando melhor a silhueta. O site http://www.lucitex.com.br mostra como tomar as medidas corretamente: 1 - Abaixo do busto - Passar a fita métrica abaixo das axilas e abaixo do busto, sem apertar. 2 - Busto - Passar a fita métrica abaixo das axilas e sobre o ponto mais saliente do busto, sem apertar. 3 - Cintura - Contornar a cintura com a fita métrica.
  • 39. 39 4 - Quadril - Passar a fita métrica ao redor da parte mais saliente dos quadris, na altura das nádegas. Sutiã Tamanho Medida Brasil FR Europa US Abaixo do Busto Busto 36 75 60 28 58 a 62 cm 74 a 78 cm 38 80 65 30 63 a 67 cm 79 a 83 cm 40 85 70 32 68 a 72 cm 84 a 88 cm 42 90 75 34 73 a 77 cm 88 a 92 cm 44 95 80 36 78 a 82 cm 92 a 96 cm 46 100 85 38 83 a 87 cm 96 a 100 cm 48 105 90 40 88 a 92 cm 100 a 104 cm 50 110 95 42 93 a 97 cm 106 a 110 cm 52 115 100 44 98 a 102 cm 110 a 118 cm Quadro n. 1: Medidas e tamanhos do sutiã Fonte: Adaptado pelo autor do site http://www.lucitex.com.br Calcinha Tamanho Medidas Brasil FR Europa US Cintura Quadril PP 1 36 XS 58 a 64 cm 82 a 90cm P 2 38 S 64 a 72 cm 90 a 94 cm M 3 40 M 72 a 80 cm 96 a 102 cm G 4 42 L 80 a 88 cm 104 a 112 cm GG 5 44 XL 88 a 100 cm 114 a 122 cm Quadro n. 2: Medidas e tamanhos da calcinha Fonte: Adaptado pelo autor do site http://www.lucitex.com.br
  • 40. 40 Cuidados especiais com o Lingerie De acordo com o site http://www.lucitex.com.br, são necessários alguns cuidados para prolongar a vida útil do lingerie. - Lavar preferencialmente as peças à mão, com água no máximo a 40º C e sabão neutro (Obs.: sabões em pó, de coco e sabonetes não são neutros). - Se não puder evitar a lavagem na máquina, usar um saquinho de tecido permeável, bem fechado. Há saquinhos próprios para irem à máquina com peças delicadas, mas também pode usar uma fronha. - Não usar produtos alvejantes ou removedores de manchas. Além da coloração, a elasticidade do fio pode ser comprometida. - Não guardar o lingerie molhado e não deixar de molho. - Deixar secar à sombra e evitar secagem em máquina. - As peças não devem ser colocadas em contato com produtos cosméticos (como cremes, óleos e bronzeadores) ou produtos químicos, para evitar manchas e desgaste antecipado do fio elastano. - Evitar o contato do tecido com áreas ásperas, para que não ocorra rompimento do fio. Por serem peças delicadas, devem ser respeitado os avisos e dicas de uso contidas nas etiquetas, como: - Lavar à Mão - A peça somente deve ser lavada à mão. - Lavar à Máquina Delicadamente - A peça pode ser lavada na máquina no programa de roupa delicada.
  • 41. 41 - Cloro - Não usar cloro - Não secar à Máquina - A peça não deve secar na máquina. - Secar à Máquina - A peça pode secar na máquina. - Não Passar a Ferro - A peça não deve ser passada a ferro. - Passar a Ferro - A peça pode ser passada a ferro. - Não Limpar a Seco - A peça não deve ser limpa a seco. - Limpar a Seco - A peça pode ser limpa a seco. Produtos Inovadores Conforme o site http://www.fiquelinda.com.br as indústrias de lingerie investem cada vez mais em tecnologia, para tornar os produtos mais confortáveis, bonitos e duráveis. Um exemplo disso é o desenvolvimento de novos fios e tecidos, como a Lycra e o Tactel. A realidade da maioria das mulheres é que não possuem um corpo perfeito, sempre há imperfeições em suas silhuetas causadas por diversos fatores. Pensando nelas, as fabricantes criaram vários modelos que ajudam a esculpir o corpo, são os chamados lingeries estéticos: Sutiãs: existe um modelo para cada tipo de seios. Os modelos com enchimento que elevam levemente os peitos, de modo que um se aproxime do outro, conferindo volume aos seios - é ideal para seios separados e caídos. Há ainda os modelos com gel de silicone no bojo que aumentam e valorizam os peitos. Para os seios grandes, o modelo top diminui o volume sem deixá-los achatados, pois conta com uma costura que separa os peitos.
  • 42. 42 Corseletes: valorizam os seios e modelam a cintura. Calcinhas: há diversos tipos e utilidades no mercado. Podem ajudar a esconder a barriga, definir cintura, aumentar as nádegas, enrijecer o bumbum, entre outras. Shorts: parecem meias-calças com as pernas cortadas, mas possuem diferentes tipos de tensão e elasticidade nas regiões da barriga, dos culotes e das nádegas. Calças: são confeccionadas para proporcionar, assim como o shorts, uma camuflagem das irregularidades da silhueta das pernas, principalmente a celulite. Bodies: há modelos com ou sem pernas. Ajudam a modelar o corpo e são ideais para serem usados sob vestidos justos, pois modelam a silhueta. A busca de conhecimento através dos estudos realizados em relação ao tema lingerie possibilitou um maior entendimento desse assunto, o qual será utilizado na posterior construção do plano de negócios. O tema empreendedorismo também é de extrema relevância, pois somente com atitudes empreendedoras é que pode ser construído um plano de negócios eficaz. 2.2 EMPREENDEDORISMO
  • 43. 43 Empreender significa correr riscos, mas riscos calculados, previsíveis e mensurados. A maioria das pessoas fracassa por medo, o qual paralisa a razão, desencoraja a iniciativa e leva à incerteza do objetivo; para que possamos empreender é preciso deixar a criatividade fluir, é preciso sonhar e sentir-se lá, mesmo estando aqui, é, sobretudo, ter a coragem de tirar um projeto do papel e colocá-lo em prática, correndo riscos e assumindo responsabilidades, concordando com as idéias de Dornelas (2001). A ação empreendedora se dá através da combinação de fatores pessoais, ambientais e sociais que motivam a criação de um novo negócio. Segundo Dolabela (1999), pesquisas indicam que o empreendedorismo oferece graus elevados de realização pessoal, ou seja, afirma que a atividade empreendedora faz com que trabalho e prazer andem juntos. Atualmente, é preciso se diferenciar no mercado, desenvolvendo um perfil empreendedor, e não se pode estar sujeito à capacidade de se adaptar à mudança, mas sim de iniciá-la, o mais importante é o nível de autonomia de cada um. Conforme Timmons (1990): O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para para o século XX. De acordo com Dolabela (2001), o empreendedorismo conduz ao desenvolvimento econômico, gerando e distribuindo riquezas e benefícios à sociedade, com isso, o empreendedor evolui, estando constantemente diante do novo, num processo interativo de tentativa e erro, avançando através de suas descobertas, como formas de comercialização, vendas e gestão de pessoas. Dobabela (1999) enfatiza a importância do empreendedorismo, uma vez que o mesmo promove a sensibilização das forças da sociedade para a importância da
  • 44. 44 pequena empresa, atua de forma comunitária, onde sociedades desfavorecidas articulam para enfrentar a adversidade, provoca a geração do auto-emprego, possibilita a identificação, criação e busca de oportunidades para empresas existentes e novas, promove o desenvolvimento econômico local e faz com que exista a criação novas empresas. Filion (2000) nos diz que é preciso criar oportunidades diante das tendências de mercado, como exemplo, o enxugamento das empresas que leva a existência de trabalhos autônomos, informais e ao próprio empreendedorismo, diante disso, a importância de se empreender se reflete no crescimento econômico de uma cidade ou região. A escolha deste tema certamente envolve a idéia de empreender algo novo, buscando otimizar resultados para a própria empreendedora e para a sociedade da qual faz parte. Dolabela (1999) afirma que o empreendedor cria e aloca valores e recursos para a sociedade, ou seja, é fator de inovação tecnológica e crescimento econômico. Conforme Filion (2000), as oportunidades devem seguir as necessidades do mercado, identificando, acima de tudo, os desejos do empreendedor, que deve trabalhar com prazer e se realizar plenamente na escolha da empresa que cria, é preciso ter paixão pelo que faz, pois só assim terá entusiasmo e vontade de aprender e evoluir para conquistar o sucesso futuramente. É inviável colocar o lucro à frente da vocação, para evitar o desânimo e a desistência com o passar dos anos. Também é necessário que se faça um minucioso estudo de mercado e possuir certo conhecimento no ramo. Segundo Dolabela (1999), o empreendedorismo estimula a economia, agindo com inovação em meio à mudanças, sendo capaz de desencadear o crescimento econômico, ou seja, acredita-se que através da atividade empreendedora, a comunidade possa ter a iniciativa de liderar e coordenar o esforço
  • 45. 45 no sentido do seu próprio crescimento econômico, acredita-se ser possível mudar a estagnação econômica e social induzindo atividades inovadoras, capazes de agregar valores econômicos e sociais. Para Hisrich e Peters (2004), o empreendedorismo é o processo dinâmico de gerar mais riqueza, com a criação de algo novo com valor, dedicando tempo e esforço, assumindo riscos financeiros, psíquicos e sociais com relação à patrimônio, tempo e comprometimento com a carreira; por outro lado, recebe-se como recompensas a satisfação e a independência econômica e pessoal. De acordo com Dolabela (1999), muitas pessoas ainda não valorizam as características empreendedoras, pois não têm a capacidade de analisar o mercado e inserir-se profissionalmente da maneira mais adequada, com o aproveitamento de suas habilidades pessoais, devido a fatores sociais, como a “síndrome do empregado”, o que faz com que as pessoas se comportem de maneira contrária ao empreendedor, ou seja, não sendo pró-ativo, sem criatividade, não analisa o mercado como um todo, e não se preocupa em buscar novas oportunidades. Assim, acaba se tornando um profissional dependente do mercado e não de suas próprias ações, sempre necessitando que alguém crie e lhe ofereça condições para que desenvolva seu trabalho, sem nenhuma auto-suficiência. É de extrema importância, que antes de decidir abrir um negócio, as pessoas verifiquem se existem ou não características empreendedoras em seu perfil. Falando em empreendedorismo no Brasil, é preciso atentar para o fato de que o brasileiro tem mostrado sua força e criatividade mais para resistir à adversidade do ambiente do que para modificá-lo e adequá-lo a seus sonhos e necessidades, revelando atitudes de sobrevivência passivas e não pró-ativas. Assim como há a descrença de que o indivíduo possa mudar sua realidade com seu
  • 46. 46 esforço e determinação, uma vez que a sociedade brasileira vê seus indivíduos como seres reativos, de acordo com Dolabela (1999). Necessariamente, os empreendedores, devem identificar suas características especiais, como autoconfiança e liderança, podendo assim usufruí- las para alcançar seu sucesso e realização pessoal, direcionando seus esforços para atividades que lhe tragam resultados prazerosos futuramente. Conforme Hisrich e Peters (2004), os empreendedores possuem senso de controle, têm necessidade de independência, geralmente com dificuldade de trabalhar para os outros; além de buscar a realização pessoal, através de atitudes como assumir responsabilidade individual para resolver problemas, estabelecer metas e atingi-las com seu próprio esforço, aceitando riscos. Para Dolabela (1999), sem dúvidas, os valores de nossa sociedade, impactam na formação de uma cultura empreendedora, devido aos grandes contrastes sócio-econômicos da sociedade brasileira, como má distribuição de renda e dificuldades de acesso à educação. Normalmente o sucesso financeiro e pessoal dos indivíduos, é atribuído à sorte, à herança ou mesmo à atividades pouco lícitas, de modo que o espírito empreendedor individual não é percebido, tampouco valorizado. Segundo os autores Hisrich e Peters (2004), a educação é importante na criação do empreendedor, não só no nível educacional obtido, mas também no fato de que continua a desempenhar um papel importante, auxiliando o empreendedor a resolver os problemas que vir a enfrentar. Além disso, são apontados valores pessoais, como ética nos negócios e a crença na própria vitória, como condição para que ele realmente vença, sendo diferenciais de sucesso do perfil dos empreendedores.
  • 47. 47 Segundo Dolabela (1999, p.61): Portanto, é fundamental que busquemos entender nossas origens e a estrutura de valores dentro da qual nos desenvolvemos como sociedade, pois é a partir do conhecimento da realidade que criamos as condições para mudá-la. Conforme Hisrich e Peters (2004), as pessoas que se sentem confortáveis e seguros em uma situação de emprego, têm o apoio da família e preferem seu atual estilo de vida e seu tempo livre razoavelmente previsível, quase nunca assumem os riscos associados ao empreendedorismo, somente a motivação própria do empreendedor é que o faz suportar as frustrações e adversidades, idealizando oportunidades, realização pessoal com o trabalho, satisfação e dinheiro. 2.2.1 Perfil do empreendedor Antes de empreender um negócio, é importante perceber se existem características do perfil empreendedor em si próprio, procurando evitar frustrações futuras com relação ao trabalho e atividades que envolvem a ação empreendedora. O empreendedor é aquele que faz com que as coisas aconteçam, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização, não tem medo de se arriscar e geralmente tem uma visão otimista dos fatos. São necessárias criatividade e persistência, entretanto, não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais e mensuráveis, conforme Dornelas (2001). Segundo Dolabela (1999): Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões. Não é indispensável que ele possua os meios necessários à criação de sua empresa e sim deve ser capaz de atrair tais recursos, comprovando que tem condições de tornar seu projeto uma realidade mostrando o seu valor.
  • 48. 48 Conforme Filion (2000), a atividade principal do empreendedor é descobrir oportunidades de negócio. O empreendedor transforma idéias gerais e abstratas, em oportunidades que representam uma possibilidade concreta, voltada a sua realização na prática, de ocupar um nicho no mercado. É necessário que envolva uma ação, que represente algo novo e diferente: criação de novos produtos/serviços ou melhorar os já existentes, agregando valor para o consumidor através da satisfação de uma necessidade ainda não percebida pelo mercado. Desta forma, o empreendedor transforma as necessidades dos clientes em oportunidades de sucesso, explorando-as em seu empreendimento. Dentro do negócio escolhido pela autora do trabalho, serão supridas necessidades consideradas primárias, ou seja, necessidades básicas à sobrevivência de todos, que é o caso da vestimenta. No caso deste trabalho, a oportunidade a ser explorada é a abertura da loja de Lingerie. Para Dornelas (2001), o empreendedor tem a capacidade de enxergar objetivos com clareza e traçar planos para atingi-los em prazos preestabelecidos, além da predisposição para aceitar riscos, o que exige tolerância às frustrações e motivação diante de desafios, assim como muita iniciativa, persistência e atitude pró- ativa para transformar oportunidades em realidade de sucesso. O empreendedor identifica oportunidades, através de sua curiosidade e está atento a todo tipo de informações constantemente. Existem vários tipos de empreendedores em nossa sociedade; muitos ficam na economia informal, motivados pela falta de capital, pelo excesso de impostos e pelas altas taxas de juros, como as revendedoras autônomas de lingerie. A função essencial do empreendedor é perguntar; conseguir a resposta é a tarefa necessária, porque significa criatividade e inovação, portanto, o ato de procurar respostas às questões que não domina é o instrumento fundamental na
  • 49. 49 prospecção da realidade e na construção do seu projeto, de acordo com Dolabela (2000). Dornelas (2001) nos diz que nem todo empreendedor é empresário e nem todo empresário é empreendedor. O empreendedor é aquele que tem boas idéias, não só na abertura da empresa, mas em toda sua trajetória, sabe transformá-las em projetos e implementá-los com sucesso. Já aquele que é apenas dono da empresa deve ser chamado de empresário, são aqueles que herdam os negócios dos pais ou parentes e que dão continuidade a empresas criadas há décadas, sendo que, muitas vezes, apenas seguem o rumo de seus antecessores, portanto não se pode considerar empreendedor aquele que somente gerencia o negócio, sem inovar e ampliar o que já está obsoleto, na maneira de vender, produzir ou tratar os clientes. O empreendedor precisa saber exatamente o que deseja fazer, e quais os seus reais conhecimentos na área em que se pretende atuar, e ainda, identificar quais são os conhecimentos que não possui e que precisará buscá-los, afinal, nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir. Segundo o autor Dornelas (2001), atualmente, são feitas muitas pesquisas em todo o mundo sobre o perfil do empreendedor, que mostram que este é um fenômeno regional, ou seja, existem cidades, países e regiões mais empreendedoras que outras; e cultural, isto é, aquele que empreende se origina influenciado pelo meio em que vive, da época e do lugar, das suas necessidades e da cultura que está inserido, mas acima de tudo são pessoas que apresentam características e atitudes diferenciadas, que arriscam, que questionam, que querem algo mais, algo diferente, são visionários que fazem acontecer, fazendo a diferença, além disso, são apaixonadas pelo que fazem e portanto têm motivação singular. Embora se formando como administradores são muitas as diferenças entre administrador e empreendedor, sendo que todo administrador de sucesso precisa empreender constantemente em seu dia-a-dia. O trabalho do administrador
  • 50. 50 concentra-se em planejar, organizar, dirigir e controlar. Para Dornelas (2001), o empreendedor de sucesso, possui características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais, que somados ao ambiente e a sociedade, permitem o nascimento de uma nova empresa. Sobretudo, é importante ressaltar, que todo empreendedor necessariamente, deve ser um bom administrador para obter sucesso. Conforme Dornelas (2001), podemos citar como características dos empreendedores de sucesso, que são indivíduos que sabem tomar decisões; sabem explorar ao máximo as oportunidades; assumem riscos calculados; criam valor para a sociedade; são determinados e dinâmicos; são dedicados, organizados e otimistas; são independentes e constroem o próprio destino; são líderes e formadores de equipes; são bem relacionados; planejam muito, possuem conhecimento e normalmente ficam ricos, mas para o empreendedor ficar rico não é o seu principal objetivo, ele acha que o dinheiro é o resultado de seu trabalho, ou seja, conseqüência do sucesso dos seus negócios. Conforme Hisrich e Peters (2004), houve um aumento significativo no número de mulheres trabalhando por conta própria, atualmente iniciando novos empreendimentos três vezes mais que os homens. Existem hoje mais de 8,5 milhões de pequenas empresas, que empregam mais de 17 milhões de pessoas, guiadas por mulheres, significando mais de 70 % de todos os novos negócios. O processo empreendedor é algo complexo, para Dornelas (2001), envolve o processo de criação de algo inovador e de valor, além disso, requer comprometimento de tempo e o esforço necessário para a empresa crescer, acima de tudo envolve ousadia e devoção, e que se tomem decisões críticas e que não se desanime com as falhas e erros.
  • 51. 51 Finalmente, é necessária a busca pelo conhecimento do tema plano de negócios, por se tratar de um tema amplo e complexo, que engloba inúmeras variáveis. 2.3 PLANO DE NEGÓCIOS O tema plano de negócios, muito discutido atualmente, tem sua importância dentro de um contexto de minimização de riscos e maximização de resultados, conforme Dornelas (2001), o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas brasileiras, nos primeiros anos de existência, atinge o percentual de 70% ou mais, dentre as possíveis causas desse índice assustador estão: localização errada, expansão inexplicada, difícil obtenção de crédito, entre outros. Dá-se dessa maneira, a devida importância de um plano de negócios, pois assim procura-se evitar frustrações indesejadas no futuro. Conforme Hisrich e Peters (2004), o plano de negócio é um documento descrevendo todos os elementos e estratégias internos e externos relevantes para se iniciar um empreendimento, permitindo ao empreendedor um melhor entendimento de todas as características relevantes do negócio, em relação ao mercado, aos produtos, à sua forma de comercialização, à equipe administrativa e às necessidades financeiras que necessita o empreendimento. Para a elaboração de um plano de negócios é necessária muita criatividade, mas o empreendedor tem como característica ser criativo. Segundo Filion (2000, p.33): “Para uma pessoa criativa, um problema se transforma em oportunidade”. Segundo Dolabela (2000), o plano de negócios não é apenas um instrumento técnico, pois existe um vínculo inseparável com o seu criador, que insere suas características pessoais e determina como se dará a criação da empresa em si, sendo que este é um processo essencialmente humano.
  • 52. 52 Plano de negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma idéia, que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa, o qual mostrará elementos para decidir se deve ou não abrir a empresa que imaginou, lançar um novo produto, ou mesmo realizar uma expansão. Qualquer atividade empresarial, por mais simples que seja, deveria se fundamentar em um plano de negócios (DOLABELA, 2000, p. 164). Conforme Hisrich e Peters (2004), o plano de negócios pode ser lido pelos funcionários, investidores, fornecedores, clientes e consultores. Sua importância se dá à medida que determina a viabilidade do empreendimento em um mercado específico, além de orientar o empreendedor no planejamento do negócio. “Um negócio bem planejado terá mais chances de sucesso que aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condições” (DORNELAS, 2001, p.91). Conforme Hisrich e Peters (2004) é preciso atentar para as possíveis causas de fracasso dos planos de negócios, como metas estabelecidas não mensuráveis, falta de comprometimento do empreendedor, falta de experiência no negócio planejado, falta de conhecimento quanto às possíveis ameaças e pontos fracos do negócio, assim como, ignorar as necessidades dos clientes. De acordo com Dornelas (2001), o plano de negócio precisa ser constantemente avaliado, pois é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada. É uma hipótese a respeito de coisas que estão em fluxo constante – a sociedade, os mercados, os clientes, a tecnologia. Portanto, a teoria do negócio deve ter a capacidade para mudar a si mesma, uma vez que o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico. Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, ou seja, o plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador (DORNELAS, 2001, p.95).
  • 53. 53 Dessa forma, para Hisrich e Peters (2004), o plano de negócio é fundamental, sendo que nele são descritos todos os elementos externos e internos relevantes que envolvem a criação de um empreendimento, abrangendo as áreas de marketing, finanças, produção e recursos humanos, inclusive, pode ser utilizado junto à busca de recursos financeiros, quando se fizer necessário. Concordando com as idéias de Dornelas (2001), a elaboração do plano de negócios envolve um processo de aprendizado e auto-conhecimento, além de permitir ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. As informações nele contidas devem ser claras e precisas, transmitindo uma sensação de otimismo e entusiasmo, levando uma mensagem positiva e interessante, contudo, se houver excesso de sentimentalismo, as pessoas não levarão o plano a sério. 2.3.1 Situação Jurídica da Empresa O futuro empreendimento que caracteriza este trabalho será considerado uma firma individual. Para Gitman (2001), uma firma individual é um negócio que pertence a uma pessoa, que o opera para seu próprio lucro, significam em torno de 75% de todas as empresas, se caracteriza por ser um pequeno negócio, onde o proprietário opera o negócio. 2.3.2 Planejamento Estratégico do Negócio Dentro do plano de negócios, será descrito o planejamento estratégico do negócio, onde são definidos os rumos da empresa, apresentadas a visão e missão, sua situação atual, as potencialidades e ameaças externas, suas forças e fraquezas, suas metas e objetivos. Conforme Vasconcelos e Pagnoncelli (2001) utiliza-se o planejamento estratégico na tomada de decisões, visando a garantia de sucesso da empresa em seu ambiente futuro. A partir do planejamento estratégico, se definem
  • 54. 54 os conceitos de negócio, visão, missão e valores, que auxiliam a empresa a formular estratégias, estipular metas e alcançar os objetivos esperados. Primeiramente, é importante a definição do negócio da empresa, ou seja, é necessário identificar o benefício que seu produto/serviço proporciona ao cliente, este é o negócio e não o produto ou serviço propriamente dito. Para Vasconcelos Filho e Pagnoncelli (2001), o negócio é o entendimento do principal benefício esperado pelo cliente. A sua correta definição traz inúmeros benefícios à empresa, como: definir o diferencial competitivo, orientar os investimentos e o posicionamento estratégico, identificar os concorrentes, conquistar o mercado, dentre outros. Segundo Ambrosio (1999), na definição do negócio são estabelecidos os propósitos como: o ramo de atuação, os produtos oferecidos ao mercado e as necessidades dos clientes que pretende atender. Dentro de seu negócio, a empresa assume um papel, que é a sua missão. As mudanças e tendências do mercado devem ser refletidas na missão, que deve ser atualizada, para que não se torne obsoleta. A missão descreve a filosofia da empresa, seus propósitos e a razão de sua existência, através dela a empresa é orientada sobre as decisões e ações a serem tomadas, depois de iniciadas suas atividades, é fundamental que todos os colaboradores da empresa percebam claramente a importância de sua contribuição para que a missão seja alcançada (DOLABELA, 1999, p.169). Para Ambrosio (1999), é através da missão, que a empresa mostra como espera obter lucro, ou seja, por meio de um produto ou prestação de um serviço útil e desejável. É necessário que a empresa tenha uma visão definida, para guiar suas atividades de forma coerente.
  • 55. 55 Ambrosio (1999) afirma que na fase de definição da visão dentro do planejamento estratégico é onde se estabelece a visão de futuro da empresa, da maneira mais precisa possível, procurando determinar elementos que a ajudem a controlar o próprio destino. A empresa precisa ter valores, nos quais acredita, tendo-os como base para guiar suas ações corretamente, evitando descrença em meio a problemas e dificuldades. É fundamental que os funcionários conheçam e se identifiquem com os valores da empresa. Segundo Vasconcelos Filho e Pagnoncelli (2001), são os valores que definem a empresa, servindo como base para a tomada de decisões com êxito a longo prazo, pois são eles que definem o que é ou não importante para a empresa, desde que sejam coerentes. Com a definição dos conceitos da empresa, deve-se analisar o mercado, dentro do cenário onde a empresa irá atuar, prevendo estratégias para uma considerável atuação futura neste mercado, prevendo fatores que influenciam ou podem influenciar o desempenho da empresa, afirma Ambrosio (1999). Conforme Vasconcelos Filho e Pagnoncelli (2001), a análise do ambiente dinamiza o processo de planejamento estratégico e sintoniza a empresa com o futuro respondendo quem são os clientes, os concorrentes e todo o público relevante que a cerca. De acordo com Ambrosio (1999), é importante uma análise externa, que é uma atividade de levantamento e análise dos fatores ambientais que afetam a empresa, assim como análise interna, onde se busca um conhecimento profundo da própria empresa e do seu ambiente, por parte dos envolvidos na sua atividade
  • 56. 56 “A análise do ambiente é um conjunto de técnicas que permitem identificar e monitorar permanentemente as variáveis competitivas que afetam a performance da empresa” (VASCONCELOS FILHO; PAGNOCELLI, 2001, p.197). A análise do ambiente se dá através da Matriz FOFA ou SWOT, onde o empreendedor vai avaliar seus pontos fortes e fracos, oportunidades de negócio e as ameaças que o ambiente representa para ele, potencializando o que tem de diferencial e melhorando as suas limitações, otimizando os seus recursos a fim de que os resultados esperados sejam alcançados, conforme Filion (2000). O ambiente externo é feito de oportunidades e ameaças, que são situações externas, atuais ou futuras, que podem influenciar de forma positiva e negativa, respectivamente, o desempenho da empresa; já o ambiente interno, é formado por forças e fraquezas, que são características ou qualidades da empresa, tangíveis ou não, que podem influenciar de maneira positiva e negativa, respectivamente o desempenho da empresa (VASCONCELOS FILHO; PAGNOCELLI, 2001, p.210). A empresa precisa ter objetivos, que servem para saber aonde se quer chegar, e estes devem ser definidos de acordo com o negócio da empresa. Dolabela (2000) afirma que os objetivos da empresa devem ser estabelecidos a curto, médio e longo prazo e deve ser determinada a forma como serão alcançados considerando o foco principal de seu negócio. “Os objetivos são resultados que a empresa deve alcançar, em prazo determinado, para cumprir sua missão e concretizar sua visão sendo competitiva no ambiente atual e no futuro” (VASCONCELOS FILHO; PAGNOCELLI, 2001, p.268). Toda empresa, não importa seu tamanho, precisa definir estratégias para desenvolver as suas atividades, buscando resultados significativos que justifiquem seu planejamento estratégico.