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CECÍLIA
MEIRELES
Vida
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco
do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora
municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu em 7 de
novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única
sobrevivente dos quatros filhos do casal.

Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18
anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro
“Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o
auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada
pelo movimento literário simbolista.
Sua formação como professora e
interesse pela educação levou-a a
fundar a primeira biblioteca infantil
do Rio de Janeiro no ano de 1934.
Escreveu várias obras na área de
literatura infantil como, por exemplo,
―O cavalinho branco‖, ―Colar de
Carolina‖, ―Sonhos de menina‖, ―O
menino azul‖, entre outros. Estes
poemas infantis são marcados pela
musicalidade (uma das principais
características de sua poesia).
No ano de 1939, Cecília
publicou o livro Viagem. A
beleza das poesias trouxe-lhe
um grande reconhecimento dos
leitores e também dos
acadêmicos da área
de literatura. Com este livro,
ganhou o Prêmio de Poesia da
Academia Brasileira de Letras.
Cecília faleceu em sua cidade
natal no dia 9 de novembro de
1964.
Amores
No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias.
Com ele, a escritora teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria
Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco
netos.

O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por
depressão aguda. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em
1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo e professor Heitor
Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972.
Obras
Espectro - 1919
Criança, meu amor - 1923
Nunca mais... - 1923
Poema dos Poemas -1923
Baladas para El-Rei - 1925
O Espírito Vitorioso - 1935
Viagem - 1939
Vaga Música - 1942
Poetas Novos de Portugal - 1944
Mar Absoluto - 1945
Rute e Alberto - 1945
Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948
Retrato Natural - 1949
Amor em Leonoreta - 1952
12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952
Romanceiro da Inconfidência -1953
Poemas Escritos na Índia - 1953
Batuque - 1953
Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955
Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955
Panorama Folclórico de Açores -1955
Canções - 1956
Giroflê, Giroflá - 1956
Romance de Santa Cecília - 1957
A Rosa - 1957
Obra Poética -1958
Metal Rosicler -1960
Solombra -1963
Ou Isto ou Aquilo -1964
Escolha o Seu Sonho - 1964
Características
A LINGUAGEM
 No plano estilístico – ao contrário do coloquialismo dos poetas
modernos – há em sua obra uma tendência à linguagem elevada,
sempre carregada de musicalidade. A música, algumas vezes,
parece ser mais importante que o próprio sentido dos versos.
Também a exemplo dos simbolistas, as palavras para a autora
mais sugerem do que descrevem.

A TEMÁTICA
  A poesia de Cecília Meireles revela ligações com várias estéticas
tradicionais, especialmente o Simbolismo. Entre os seus motivos
dominantes figuram: O registro de estados de ânimo vagos e
quase incorpóreos.
  Uma aguda consciência da passagem do tempo, da brevidade
enganosa de todas as coisas, sobremodo dos sentimentos.A
atmosfera de dor existencial que emana dos poemas de Cecília
Meireles é centrada na percepção de que tudo passa e de que o
fluir do tempo dissolve as ilusões e os amores, o corpo e mesmo a
memória..
Poemas
Tu Tens Um Medo
―Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.‖
Retrato
“Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?”
Timidez
“Basta-me um pequeno gesto,      - que amargamente inventei.
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo           E, enquanto não me descobres,
e eu para sempre te leve...      os mundos vão navegando
                                 nos ares certos do tempo,
- mas só esse eu não farei.      até não se sabe quando...

Uma palavra caída                 e um dia me acabarei.”
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...

- palavra que não direi.

Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
O Amor
―É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor são os
fortes.
Os que sabem o que querem e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!‖
Marcha
''Quando penso no teu rosto, fecho os olhos de saudade
Tenho visto muita coisa, menos a felicidade
Soltam-se meus dedos tristes
dos sonhos claros que invento
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento

Gosto da minha palavra pelo sabor que me deste
Mesmo quando é linda, amarga
Como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo que tenho
entre o sol e o vento.
Meu vestido, minha música,
meu sonho, meu alimento.''
Motivo
―Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E sei que um dia estarei mudo:
- mais nada.‖
EREM Professor Trajano de Mendonça
Alunas: Iris Cynthia   (2ª A)
        Juliane Araújo (2ª A)

Trabalho feito sobre a escritora Cecília Meireles para a
Semana Rosa e Lilás.

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Cecilia meireles

  • 2. Vida Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista.
  • 3. Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, ―O cavalinho branco‖, ―Colar de Carolina‖, ―Sonhos de menina‖, ―O menino azul‖, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia).
  • 4. No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.
  • 5. Amores No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos. O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão aguda. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo e professor Heitor Vinícius da Silveira Grilo, falecido em 1972.
  • 6. Obras Espectro - 1919 Criança, meu amor - 1923 Nunca mais... - 1923 Poema dos Poemas -1923 Baladas para El-Rei - 1925 O Espírito Vitorioso - 1935 Viagem - 1939 Vaga Música - 1942 Poetas Novos de Portugal - 1944 Mar Absoluto - 1945 Rute e Alberto - 1945 Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948 Retrato Natural - 1949 Amor em Leonoreta - 1952 12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952
  • 7. Romanceiro da Inconfidência -1953 Poemas Escritos na Índia - 1953 Batuque - 1953 Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955 Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955 Panorama Folclórico de Açores -1955 Canções - 1956 Giroflê, Giroflá - 1956 Romance de Santa Cecília - 1957 A Rosa - 1957 Obra Poética -1958 Metal Rosicler -1960 Solombra -1963 Ou Isto ou Aquilo -1964 Escolha o Seu Sonho - 1964
  • 8. Características A LINGUAGEM No plano estilístico – ao contrário do coloquialismo dos poetas modernos – há em sua obra uma tendência à linguagem elevada, sempre carregada de musicalidade. A música, algumas vezes, parece ser mais importante que o próprio sentido dos versos. Também a exemplo dos simbolistas, as palavras para a autora mais sugerem do que descrevem. A TEMÁTICA A poesia de Cecília Meireles revela ligações com várias estéticas tradicionais, especialmente o Simbolismo. Entre os seus motivos dominantes figuram: O registro de estados de ânimo vagos e quase incorpóreos. Uma aguda consciência da passagem do tempo, da brevidade enganosa de todas as coisas, sobremodo dos sentimentos.A atmosfera de dor existencial que emana dos poemas de Cecília Meireles é centrada na percepção de que tudo passa e de que o fluir do tempo dissolve as ilusões e os amores, o corpo e mesmo a memória..
  • 9. Poemas Tu Tens Um Medo ―Tu tens um medo: Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo o dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno.‖
  • 10. Retrato “Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, Tão paradas e frias e mortas; Eu não tinha este coração Que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida A minha face?”
  • 11. Timidez “Basta-me um pequeno gesto, - que amargamente inventei. feito de longe e de leve, para que venhas comigo E, enquanto não me descobres, e eu para sempre te leve... os mundos vão navegando nos ares certos do tempo, - mas só esse eu não farei. até não se sabe quando... Uma palavra caída e um dia me acabarei.” das montanhas dos instantes desmancha todos os mares e une as terras mais distantes... - palavra que não direi. Para que tu me adivinhes, entre os ventos taciturnos, apago meus pensamentos, ponho vestidos noturnos,
  • 12. O Amor ―É difícil para os indecisos. É assustador para os medrosos. Avassalador para os apaixonados! Mas, os vencedores no amor são os fortes. Os que sabem o que querem e querem o que têm! Sonhar um sonho a dois, e nunca desistir da busca de ser feliz, é para poucos!‖
  • 13. Marcha ''Quando penso no teu rosto, fecho os olhos de saudade Tenho visto muita coisa, menos a felicidade Soltam-se meus dedos tristes dos sonhos claros que invento Nem aquilo que imagino já me dá contentamento Gosto da minha palavra pelo sabor que me deste Mesmo quando é linda, amarga Como qualquer fruto agreste. Mesmo assim amarga, é tudo que tenho entre o sol e o vento. Meu vestido, minha música, meu sonho, meu alimento.''
  • 14. Motivo ―Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou edifico, se permaneço ou me desfaço, - não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno e asa ritmada. E sei que um dia estarei mudo: - mais nada.‖
  • 15. EREM Professor Trajano de Mendonça Alunas: Iris Cynthia (2ª A) Juliane Araújo (2ª A) Trabalho feito sobre a escritora Cecília Meireles para a Semana Rosa e Lilás.