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Desenho
   "Antes eu desenhava como Rafael, mas precisei de toda uma
existência para aprender a desenhar como as crianças". (Picasso)
Descoberta de um Universo: A Evolução do Desenho Infantil

   O estudo do desenho infantil da criança começou após a
Revolução francesa, o que significa que anda ligado aos
princípios da liberdade.

   A partir desta altura a criança deixa de ser vista como um
adulto em ponto pequeno que era necessário criar com todos
os requintes da educação autoritária.

   A educação começa a ir de encontro ao interesse natural
da criança, de forma a torná-la feliz.
O pedagogo ROUSSEAU, defende que a escola :
• deve ser uma escola activa.
• deve assegurar o desenvolvimento das faculdades
naturais da criança.
• não deve usar a repressão.
• o ambiente deve promover e desenvolver as faculdades
infantis.



  Uma vez que a criança não é um recipiente vazio que se
vai enchendo.
Alguns pedagogos defendem que:

• “ Não pode ensinar-se a criança a desenvolver-se, o que pode

fazer-se, sim, é oferecer-lhe muitas e muitas ocasiões de promover e

estimular o seu desenvolvimento.” Abreu, R. (1961)

• “ O educador, não pode forçar o botão a desenvolver. Tem de

esperar que a natureza o revele no momento próprio. E, até lá, vai-se

alimentando a planta, vai-se tirando, delicadamente, as folhas secas

… e respeite e estimule tudo quanto for espontâneo.”
• A criança tem de viver o seu mundo, o mundo infantil,
que deve exigir ao adulto respeito e compreensão.

• A criança tem de experimentar, manipular, fazer,
descobrir.
Desenho Infantil
       O desenho infantil é uma das principais manifestações da
criança. A linguagem gráfica, tal como a linguagem oral, é uma das
formas que a criança tem de comunicar com os outros. Através dela
mostra o seu próprio modo de pensar, aprender e brincar.
  Os desenhos das crianças, são importantes não como “obras de arte”,
mas sim como reflexo do seu pensamento e sentimento da criança.
•   O Educador de Infância e o Assistente de Acção Educativa
ao formar a criança, devem criar condições para que surjam
aprendizagens, orientá-la, fornecer estratégias, materiais
para que a criança adquira a aprendizagem por si própria.
Para desenvolver competências é necessário colocar o aluno em
situações complexas, que exigem e treinam a mobilização dos seus
conhecimentos: um enigma a descobrir, um problema a resolver, uma
decisão a tomar, um projecto a conceber e desenvolver.” (Perrenoud,
2001:23)
   As creches, os jardins de infância e os Atl, bem apetrechados, com
espaços bem planeados, organizados, dão plena satisfação às
necessidades das crianças.
   Devem criar-lhes interesse e, portanto, despertar-lhe a curiosidade é
estimular-lhes o desejo de saber e agir.
O desenho é uma actividade lúdica
  • As crianças gostam de desenhar, sem demonstrar aborrecimento.
  • As crianças demonstram grande interesse em desenhar se lhe for
  dada toda a liberdade.
  • Não tem dificuldades.
  • Não necessitam de pedir ajuda nem informações ao professor.

  • Desenham com prazer.


   Uma criança que não gosta de desenhar revela anomalia,
pelo que necessita de observação clínica.
FASES DO DESENHO
      De 1 a 3 anos
 É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle
motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar,
avançando os traçados pelas paredes e chão.

 As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando
circulares e, por fim, se fecham em formas independentes.

 Figuras humanas com cabeça e olhos..
De 3 a 4 anos
 conquistou a forma e os seus desenhos têm a intenção de reproduzir
algo.
 respeita melhor os limites do papel.
 desenho um ser humano com pernas, braços, pescoço e tronco.
De 4 a 5 anos
 É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas,
flores, super-heróis, veículos e animais
 Varia no uso das cores e procura um certo realismo.
 Figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a
distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto

da folha.
    Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar
características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e
boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.
De 5 a 6 anos
 Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim.
 Figuras humanas aparecem vestidas.
 Grande atenção a detalhes como as cores.
 Os temas variam e o facto de não terem nada a ver com a vida dela são um indício
de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.
De 7 a 8 anos
 O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva,
ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância.
 Extremamente exigentes, muitas crianças deixam de desenhar, se acharem que
seus trabalhos não ficam bonitos.
    Nota: O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa
desenhar livremente, sem intervenção directa, explorando diversos materiais,
suportes e situações.
Síntese:
 Em todas as fases deve ser fomentando o sentido estético, o gosto pelo belo.
 A expressão artística deve ser considerada como um registo da sua personalidade,
pelo que favorecer as suas experiências, é ajudar o seu desenvolvimento.
 O Assistente deve encorajar, animar, estimular a criança a desenhar por si própria,
de forma livre para criar, exprimir ideias, cultivar o individualismo e originalidade e não
ser levada a desenhar a imitar/copiar e usar livros para colorir.
 Não se deve desenhar para a criança, não alterar o trabalho da criança, nem
auxiliar, mas ajuda-la a clarificar o seu pensamento por meio de perguntas sobre as
suas ideias para que ela se orgulhe do seu trabalho final.
Materiais e Técnicas
   "...O instrumento, seja ele um lápis, caneta, giz ou pincel fará
manchas características da sua natureza e estrutura e o material ou
meio manifestará uma resposta ... conforme a sua natureza..." Maurice
de Sausmarez
Quando existe um interesse especial da criança pelo desenho, pode-se orientá-la
acerca de algumas técnicas, oferecendo-lhe diferentes materiais para que os prove. A
técnica, no que ser refere ao domínio instrumental, não necessita ser ensinada.
Adquire-se com a prática e experiência. A criança que gosta muito de desenhar, cada
vez se sentirá atraída por outros materiais, e assim irá crescendo neste mundo tão
mágico que é o desenho. Conheça alguns materiais:
 Lápis de cera: por ser de fácil e cómodo de manejar, é o lápis ideal para os
primeiros “desenhos” das crianças. Pode-se encontrar lápis de cera de distintas
formas. Com pontas finas ou arredondadas, e de todas as cores.
 Giz: é um material suave, leve e que se quebra com facilidade, por isso exige
alguma habilidade nas crianças para sua utilização. Normalmente a partir dos dois
anos é interessante oferecer giz e um quadro à criança, pois ajudará a criança
controlar a intensidade do seu traço.
 Marcadores de texto: são de distintas cores e grossuras. São ideais para os traços
e contornos, e podem ser utilizados em todo tipo de papel. Permite controlar a
pressão   muscular,   desenvolver    a   coordenação     e   exercitar   o sentido de
responsabilidade. É difícil de apagar, e por isso exige muita responsabilidade.
Pintura com o pincel à mão: é muito divertida sua utilização para as crianças.
Permitem-lhes criar novos efeitos, descobrir as mesclas de cores, adquirir novos
movimentos de coordenação, exercer distintas pressões do traço, etc. Ao pintar com a
mão, a criança estará criando uma interacção física e directa com o material.
Desfrutará de sentidos como o tacto e aroma e favorecerá seu sentido de exploração.




    Nota: Em todo caso, as crianças reagirão sempre de diferentes
maneiras dependendo do tipo de material que utilizem.
Em conclusão
         O Desenho infantil é uma
         linguagem que a criança
           usa para se exprimir.

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  • 1. Desenho "Antes eu desenhava como Rafael, mas precisei de toda uma existência para aprender a desenhar como as crianças". (Picasso)
  • 2. Descoberta de um Universo: A Evolução do Desenho Infantil O estudo do desenho infantil da criança começou após a Revolução francesa, o que significa que anda ligado aos princípios da liberdade. A partir desta altura a criança deixa de ser vista como um adulto em ponto pequeno que era necessário criar com todos os requintes da educação autoritária. A educação começa a ir de encontro ao interesse natural da criança, de forma a torná-la feliz.
  • 3. O pedagogo ROUSSEAU, defende que a escola : • deve ser uma escola activa. • deve assegurar o desenvolvimento das faculdades naturais da criança. • não deve usar a repressão. • o ambiente deve promover e desenvolver as faculdades infantis. Uma vez que a criança não é um recipiente vazio que se vai enchendo.
  • 4. Alguns pedagogos defendem que: • “ Não pode ensinar-se a criança a desenvolver-se, o que pode fazer-se, sim, é oferecer-lhe muitas e muitas ocasiões de promover e estimular o seu desenvolvimento.” Abreu, R. (1961) • “ O educador, não pode forçar o botão a desenvolver. Tem de esperar que a natureza o revele no momento próprio. E, até lá, vai-se alimentando a planta, vai-se tirando, delicadamente, as folhas secas … e respeite e estimule tudo quanto for espontâneo.”
  • 5. • A criança tem de viver o seu mundo, o mundo infantil, que deve exigir ao adulto respeito e compreensão. • A criança tem de experimentar, manipular, fazer, descobrir.
  • 6. Desenho Infantil O desenho infantil é uma das principais manifestações da criança. A linguagem gráfica, tal como a linguagem oral, é uma das formas que a criança tem de comunicar com os outros. Através dela mostra o seu próprio modo de pensar, aprender e brincar. Os desenhos das crianças, são importantes não como “obras de arte”, mas sim como reflexo do seu pensamento e sentimento da criança.
  • 7. O Educador de Infância e o Assistente de Acção Educativa ao formar a criança, devem criar condições para que surjam aprendizagens, orientá-la, fornecer estratégias, materiais para que a criança adquira a aprendizagem por si própria.
  • 8. Para desenvolver competências é necessário colocar o aluno em situações complexas, que exigem e treinam a mobilização dos seus conhecimentos: um enigma a descobrir, um problema a resolver, uma decisão a tomar, um projecto a conceber e desenvolver.” (Perrenoud, 2001:23) As creches, os jardins de infância e os Atl, bem apetrechados, com espaços bem planeados, organizados, dão plena satisfação às necessidades das crianças. Devem criar-lhes interesse e, portanto, despertar-lhe a curiosidade é estimular-lhes o desejo de saber e agir.
  • 9.
  • 10. O desenho é uma actividade lúdica • As crianças gostam de desenhar, sem demonstrar aborrecimento. • As crianças demonstram grande interesse em desenhar se lhe for dada toda a liberdade. • Não tem dificuldades. • Não necessitam de pedir ajuda nem informações ao professor. • Desenham com prazer. Uma criança que não gosta de desenhar revela anomalia, pelo que necessita de observação clínica.
  • 11. FASES DO DESENHO De 1 a 3 anos  É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão.  As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes.  Figuras humanas com cabeça e olhos..
  • 12. De 3 a 4 anos  conquistou a forma e os seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo.  respeita melhor os limites do papel.  desenho um ser humano com pernas, braços, pescoço e tronco.
  • 13. De 4 a 5 anos  É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais  Varia no uso das cores e procura um certo realismo.  Figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha.  Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.
  • 14.
  • 15.
  • 16. De 5 a 6 anos  Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim.  Figuras humanas aparecem vestidas.  Grande atenção a detalhes como as cores.  Os temas variam e o facto de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.
  • 17. De 7 a 8 anos  O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva, ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância.  Extremamente exigentes, muitas crianças deixam de desenhar, se acharem que seus trabalhos não ficam bonitos. Nota: O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção directa, explorando diversos materiais, suportes e situações.
  • 18. Síntese:  Em todas as fases deve ser fomentando o sentido estético, o gosto pelo belo.  A expressão artística deve ser considerada como um registo da sua personalidade, pelo que favorecer as suas experiências, é ajudar o seu desenvolvimento.  O Assistente deve encorajar, animar, estimular a criança a desenhar por si própria, de forma livre para criar, exprimir ideias, cultivar o individualismo e originalidade e não ser levada a desenhar a imitar/copiar e usar livros para colorir.  Não se deve desenhar para a criança, não alterar o trabalho da criança, nem auxiliar, mas ajuda-la a clarificar o seu pensamento por meio de perguntas sobre as suas ideias para que ela se orgulhe do seu trabalho final.
  • 19. Materiais e Técnicas "...O instrumento, seja ele um lápis, caneta, giz ou pincel fará manchas características da sua natureza e estrutura e o material ou meio manifestará uma resposta ... conforme a sua natureza..." Maurice de Sausmarez
  • 20. Quando existe um interesse especial da criança pelo desenho, pode-se orientá-la acerca de algumas técnicas, oferecendo-lhe diferentes materiais para que os prove. A técnica, no que ser refere ao domínio instrumental, não necessita ser ensinada. Adquire-se com a prática e experiência. A criança que gosta muito de desenhar, cada vez se sentirá atraída por outros materiais, e assim irá crescendo neste mundo tão mágico que é o desenho. Conheça alguns materiais:  Lápis de cera: por ser de fácil e cómodo de manejar, é o lápis ideal para os primeiros “desenhos” das crianças. Pode-se encontrar lápis de cera de distintas formas. Com pontas finas ou arredondadas, e de todas as cores.
  • 21.  Giz: é um material suave, leve e que se quebra com facilidade, por isso exige alguma habilidade nas crianças para sua utilização. Normalmente a partir dos dois anos é interessante oferecer giz e um quadro à criança, pois ajudará a criança controlar a intensidade do seu traço.
  • 22.  Marcadores de texto: são de distintas cores e grossuras. São ideais para os traços e contornos, e podem ser utilizados em todo tipo de papel. Permite controlar a pressão muscular, desenvolver a coordenação e exercitar o sentido de responsabilidade. É difícil de apagar, e por isso exige muita responsabilidade.
  • 23. Pintura com o pincel à mão: é muito divertida sua utilização para as crianças. Permitem-lhes criar novos efeitos, descobrir as mesclas de cores, adquirir novos movimentos de coordenação, exercer distintas pressões do traço, etc. Ao pintar com a mão, a criança estará criando uma interacção física e directa com o material. Desfrutará de sentidos como o tacto e aroma e favorecerá seu sentido de exploração. Nota: Em todo caso, as crianças reagirão sempre de diferentes maneiras dependendo do tipo de material que utilizem.
  • 24. Em conclusão O Desenho infantil é uma linguagem que a criança usa para se exprimir.