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DOCUMENTO SECRETO EGITO
DOS PAPIROS DO SCRIBA Antigo Egito foi uma civilização da antiguidade oriental do Norte de África, concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo, no que é hoje é o país moderno Egito. Era parte de um complexo de civilizações, as Civilizações do Vale do Nilo, dos quais as regiões ao sul do Egito (hoje no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) são uma parte. Tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo. Pirâmides de Guiza (ou Gizé), um dos monumentos mais emblemáticos do Antigo Egito
DOS PAPIROS DO SCRIBA A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3150 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó, e se desenvolveu ao longo dos três milênios. Sua história ocorreu três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o Império Novo, uma era cosmopolita durante a qual o Egito dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates, após o que entrou em um período de lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras, neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C. quando o Egito caiu sob o Império Romano e se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Por volta de 5500 a.C., pequenas tribos que viviam no vale do Nilo haviam se desenvolvido em uma série de culturas demonstrando o firme controle da agricultura e pecuária, e são identificáveis pela sua cerâmica e objetos pessoais, como pentes, pulseiras e colares. No Norte as culturas que mais se destacaram foram a cultura Faium, a que começou a tecer e a cultura El-Omari, já que foi nela que surgiram os cemitérios. E no sul do Egito, a Badariana, era conhecida por sua cerâmica de alta qualidade, ferramentas de pedra e seu uso de cobre. No sul do Egito, a cultura Badariana foi sucedida pelas culturas Amratiana e Gerzeana, que apresentaram uma série de melhorias técnicas. No período Gerzeano, evidências iniciais existem a respeito do contato com Canaã e a costa de Biblos. recriação de um sepultamento pré-dinástico
DOS PAPIROS DO SCRIBA No sul do Egito, A cultura Naqada, semelhante a Badariana, começou a se expandir ao longo do Nilo por cerca de 4000 a.C. Com o estabelecimento de um centro de poder em Nekhen e, posteriormente, em Abidos, líderes de Naqada III expandiram seu controle sobre o Norte do Egito ao longo do Nilo. Eles também negociaram com a Núbia, ao sul, os oásis do deserto ocidental, a oeste, e as culturas do Mediterrâneo Oriental, ao leste. A cultura Naqada fabricou uma gama diversificada de bens materiais, reflexo do crescente poder e da riqueza da elite, que inclui pintura, cerâmica de alta qualidade, vasos de pedra decorados com motivos geométricos e animais estilizados, paletas de cosméticos e joias feitas de ouro, lápis-lazúli e marfim. Eles também desenvolveram um esmalte cerâmico conhecido como faiança, que foi bem usado no período romano para decorar copos, amuletos e figurinhas. Durante a última fase do período pré-dinástico, a cultura Naqada começou a usar símbolos escritos que acabariam por evoluir para um sistema cheio de hieróglifos para escrever a antiga língua egípcia.
DOS PAPIROS DO SCRIBA O período tinita, c. de 3150 a.C., o primeiro dos faraós solidificou seu controle sobre o Alto Egito mudando a capital de Tinis para a recém-fundada Mênfis, a partir da qual eles poderiam controlar a força de trabalho e a agricultura do fértil Delta, bem como as rotas do lucrativo e fundamental comércio com o Levante. O crescente poder e a riqueza dos faraós durante o período dinástico se refletiu em suas mastabas elaboradas e em estruturas de culto mortuário em Abidos, que foram utilizadas para celebrar o faraó endeusado após sua morte. A forte instituição da realeza desenvolvida pelos faraós serviu para legitimar o controle estatal sobre a terra, trabalho e recursos que foram essencialmente para a sobrevivência e o crescimento da antiga civilização egípcia. Durante o período tinita os faraós realizaram ataques contra os núbios, líbios e beduínos, assim como realizaram incursões contra o Sinai em busca de cobre e turquesa e no Mar Vermelho para exploração das minas locais. Também comercializaram com a região Síria-Palestina de onde obtinham a madeira de cedro.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Mastaba Período tinita Uma mastaba é um túmulo egípcio, era uma capela, com a forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em direção a um topo plano de menores dimensões que a base), cujo comprimento era aproximadamente quatro vezes a sua largura. Começaram-se a construir desde a primeira era dinástica no que chamavam de período arcaico (cerca de 3500 a.C.) e foi o género de edifício que precedeu e preparou as pirâmides. Quando estas começaram a ser construídas, mais exigentes do ponto de vista técnico e económico, a mastaba permaneceu a sua mais simples alternativa Diagrama de uma mastaba
DOS PAPIROS DO SCRIBA ANTIGO IMPÉRIO 3125 a.C. – 2055 a.C. Impressionante avanço na arquitetura, arte e tecnologia foram feitos durante o Império Antigo, alimentado pelo aumento da produtividade agrícola possível graças a uma administração central bem desenvolvida. Sob a direção do vizir, os impostos arrecadados pelos funcionários do Estado, coordenados projetos de irrigação para melhorar o rendimento da cultura, camponeses recrutados para trabalhar em projetos de construção, e o estabelecimento de um sistema de justiça para manter a ordem e a paz. Com o excedente dos recursos disponibilizados por uma economia produtiva e estável, o Estado foi capaz de patrocinar a construção de monumentos colossais e à excepcional comissão de obras de arte para as oficinas reais. Estátua de Menkaura, feita de alabastro, localizada no Museu de Belas Artes de Boston.
DOS PAPIROS DO SCRIBA O Império Antigo é caracterizado por um crescente comércio com o Líbano, Palestina, Mesopotâmia e Punt, assim como por expedições comerciais para exploração mineral nas minas do Sinai e Mar Vermelho (Deserto Oriental) e por campanhas militares contra núbios e líbios. Com suas campanhas militares e comerciais o Egito além de criar acampamentos estratégicos também adquiriu ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro, mirra, malaquita e electrum. Sob Sahuré, com o crescente comércio, foi criada a primeira frota marítima egípcia.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Junto com a crescente importância de uma administração central surgiu uma nova classe de educados escribas e funcionários que receberam propriedades do faraó em pagamento a seus serviços. Os faraós também fizeram concessões de terras para seus cultos mortuários e templos locais para assegurar que estas instituições teriam recursos necessários para a adoração do faraó após a sua morte. Até o final do Império Antigo, cinco séculos de práticas feudais corroeram o poder econômico do faraó, que já não podia dar-se ao luxo de suportar uma grande administração centralizada. Como o poder do faraó diminuiu, governantes regionais chamados nomarcas começaram a desafiar a supremacia do faraó. Isso, juntamente com secas severas entre 2200 e 2150 a.C., em última análise, fizeram o país entrar num período de 140 anos de fome e conflitos conhecidos como o Primeiro Período Intermediário.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Durante o Império Antigo, houve uma tendência para a construção de pirâmides como monumentos fúnebres para os faraós. Entre as mais proeminentes pode-se citas as pirâmides de Djoser (Pirâmide de degraus), Seneferu (Pirâmide de Meidum, Pirâmide Romboidal e Pirâmide Vermelha), Quéops (Pirâmide de Quéops), Quéfren (Pirâmide de Quéfren e a Esfinge de Guizé) e Miquerinos (Pirâmide de Miquerinos). Os faraós Djedefre (Pirâmide de Abu Roach), Chepseskaf (Pirâmide Purificada), Userkaf (Pirâmide de Userkaf), Sahuré (Pirâmide de Sahuré), Neferirkaré (Pirâmide de Neferirkaré), Neferefré (Pirâmide de Nedefefré), Niuserré (Pirâmide de Niuserré), DjedkaréIsesi (Pirâmide de DjedkaréIsesi), Unas (Pirâmide de Unas), Teti (Pirâmide de Teti), Pepi I (Pirâmide de Pepi I), Merenré I (Pirâmide de Merenré) e Pepi II (Pirâmide de Pepi II) também empreenderam a construção de outras pirâmides. A primeira pirâmide construída no Egito Foi feita pelo arquiteto Imhotep Esfinge de Guizé
DOS PAPIROS DO SCRIBA Antes das pirâmides os faraós egípcios eram enterrados em um espécie de túmulo chamado de mastaba. As mastabas pareciam uma montanha de pedra e depois eles cavavam um túmulo bem a baixo da mastaba. Eles acreditavam que no início dos tempos tudo era água e surgiu da água uma montanha, igual a mastaba. Por isso eles acreditavam que iriam encontrar a eternidade se enterrando embaixo de uma mastaba. Os egípcios acreditavam que quando se era enterrado numa pirâmide, subiria até ao céu e se juntar aos deuses. Todas as pirâmides foram construídas no lado oeste do Nilo, onde o sol se põe. Para eles a pirâmide significava raios do deus Rá que era o deus sol.
DOS PAPIROS DO SCRIBA MÉDIO IMPÉRIO 2055 a.C. – 1550 a.C. Os faraós do Império Médio restauraram a prosperidade do país e a estabilidade, estimulando um renascimento da arte, literatura e projetos grandiosos de construção. Mentuhotep II e seus sucessores da XI dinastia governaram de Tebas, mas o vizir Amenemhat I, ao assumir ao trono dando início a XII dinastia por volta de 1985 a.C., mudou a capital do país para a cidade de Itjtawy, localizada no Faium. De Itjtawy, os faraós da XII dinastia comprometeram-se a realizarem uma recuperação de áreas degradadas e melhorar o sistema de irrigação para aumentar a produção agrícola na região. Além disso, houve a reconquista militar de toda a Núbia, rica em pedreiras e minas de ouro, enquanto que trabalhadores construíram uma estrutura defensiva no Delta Oriental, chamada "Muros-do-Rei", para defender o Egito contra os ataques estrangeiros. Florescimento da arte pictórica
DOS PAPIROS DO SCRIBA Tendo garantido a segurança militar e política e a riqueza agrícola assim como uma vasta quantidade de minerais, a população, a arte e a religião floresceram. Em contraste com a atitude elitista do Império Antigo para os deuses, o Império Médio teve um aumento nas expressões da piedade pessoal o que poderia ser chamado de democratização da vida após a morte, em que todas as pessoas possuíam uma alma e poderiam ser recebidos na companhia dos deuses após a morte. A literatura do Império Médio destaca temas sofisticados e os caracteres escritos em um estilo confiante e eloquente, e a escultura em relevo e retrato capturou a sutileza, detalhes individuais que atingiram um novo patamar da perfeição técnica. Todos os governantes do Império Médio erigiram pirâmides.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Durante o Império Médio, como forma de assegurar a sucessão ainda em vida, foi comum os faraós dividirem o trono com seus sucessores, mantendo-os como co-faraós. Durante este período foi mantido relações comerciais com a Fenícia, com Creta e houve expedições comerciais a Punt. O último grande governante do Império Médio, Amenemhat III, permitiu colonos asiáticos na região do Delta para fornecer uma força de trabalho suficiente para sua especialmente ativa mineração e campanhas de construção. Estas ambiciosas atividades de mineração e construção, porém, combinadas com inadequadas inundações do Nilo em seu reinado, fragilizaram a economia e precipitaram um lento declínio no Segundo Período Intermediário durante as posteriores dinastias XIII e XIV. Durante esse declínio, os colonos asiáticos começaram a assumir o controle da região do Delta, acabando por chegar ao poder, como os hicsos.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Por volta de 1785 a.C., com o poder dos faraós do Império Médio enfraquecido, os imigrantes asiáticos residentes na cidade do Delta Oriental Aváris assumiu o controle da região e forçou o governo central a se retirar para Tebas, onde o faraó era tratado como um vassalo e esperava-se pagamento de tributo. Os hicsos (Heka-khasut, governantes estrangeiros) imitaram o modelo egípcio de governo e se apresentaram como faraós, integrando elementos egípcios na sua cultura da Idade do Bronze Médio. Após sua retirada, os reis de Tebas se viram presos entre os hicsos no norte e os aliados núbios dos hicsos, os cuchitas, ao sul. Após anos de inação tênue, Tebas reuniu forças suficientes para desafiar os hicsos em um conflito que duraria mais de 30 anos, até 1555 a.C. Os faraós Taá II e Kamés acabaram por serem capazes de derrotar os núbios, mas foi o sucessor de Kamés, Ahmés, que empreendeu como sucesso uma série de campanhas que permanentemente erradicaram a presença dos hicsos no Egito. No Império Novo que se seguiu, os militares se tornaram uma prioridade central para os faraós que procuraram expandir as fronteiras do Egito e garantir o domínio completo do Oriente Próximo. Os hicsos introduziram elementos novos na civilização egípcia como o cavalo, os carros de guerra, novos métodos de fiação e tecelagem e novos instrumentos musicais.
DOS PAPIROS DO SCRIBA A sociedade do Antigo Egito apresentava uma estrutura fortemente hierarquizada, o que formou uma pirâmide social. No topo estava o faraó, considerado um deus vivo. Tinha poderes absolutos e era dono de todas as terras. Ele tomava decisões militares, religiosas, econômicas e judiciárias. Em períodos de cheia o faraó ordenava que a população exercesse outras funções com construção de obras públicas. O rei vivo era encarado como uma personificação do deus Hórus, enquanto que o rei morto que o tinha antecedido era associado a Osíris, pai de Hórus, independentemente de existir uma relação familiar entre soberanos.A partir da V dinastia os reis apresentam-se também como filhos de Rá, o deus solar. A palavra faraó, vinda do egípcio per aâ, significa "Casa Grande". Tornou-se o nome oficial dos líderes do Egito apenas durante a XVIII dinastia, pois, até este momento, habitualmente os líderes gostavam de referir-se a si mesmo de nesu (rei) ou neb (senhor). A partir da V dinastia a titulatura do reis incluía cinco nomes reais: nome de Hórus, nome das Duas Mestras, nome de Hórus de Ouro, prenome e nome. Os faraós tinham muitas mulheres e filhos. Sua mulher principal , denominada hemetnesut, "esposa do rei", podia ser sua irmã ou uma de suas filhas.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Abaixo do faraó a população era dividida em duas classes: dominantes e dominados  DOMINANTES Eram conhecidos como "classe do saiote branco", em referência ao vestuário de linho decorado que serviu como uma marca de sua categoria.     * Nomarcas: administravam as províncias imperiais, os nomos. Seus cargos eram hereditários.     * Vizires: controlavam o arrecadamento de impostos, fiscalizavam as construções, as obras públicas, os celeiros reais, participavam do alto tribunal de justiça e chefiavam a polícia e as tropas.     * Sacerdotes: administravam os templos, cultos e as festas religiosas, eram conselheiros dos faraós e gozavam de terras, isenção de impostos e prestígio. * Escribas: cobravam impostos, organizavam as leis e a escrita, determinavam o valor das terras, copiavam poemas, hinos e histórias, escreviam cartas, realizavam censos populacionais e calculavam os estoques de alimentos, produção agrícola, tamanho de terras aráveis, atividades comerciais, de soldados, necessidades do palácio etc.     * Grandes comerciantes: dominavam o comércio externo.
DOS PAPIROS DO SCRIBA  * Soldados: recebiam produtos por serviços prestados e tomavam espólios de saques; não atingiam altos postos no exército.     * Artesãos: eram pintores, couristas, barbeiros, tecelões, cozinheiros, barqueiros, ceramistas, mercenários, escultores, joalheiros, ferreiros, desenhistas, pedreiros, ourives, carpinteiros etc. Trabalhavam especialmente para os reis, nobreza e para os templos. Recebiam alimentos e matéria-prima.     * Pequenos comerciantes: vendiam produtos nos mercados das cidades.     * Camponeses: ou félas formavam a maior parte da população e eram agricultores, pecuaristas e pescadores. Mesmo sendo eles os produtores, os produtos agrícolas foram propriedade direta do Estado, dos templos ou da família nobre que possuía a terra. Os camponeses também foram sujeitos a um imposto sobre o trabalho e foram obrigados a trabalhar em na construção de obras públicas e limpeza de canais de água em um sistema de corveia. Também eram obrigados a trabalhar nos transportes e, às vezes, no exército. Recebiam parte das colheitas.     * Escravos: cativos ou condenados da justiça, trabalhavam em atividades domésticas, públicas ou religiosas. Gozavam de direitos civís e aprendiam o egípcio. No entanto, atualmente não existe conclusões acerca de quanto a agricultura foi importante para o Estado egípcio. Em egípcio, escravo significa hemu e baku. Dominados
DOS PAPIROS DO SCRIBA NOVO IMPÉRIO Os faraós do Império Novo estabeleceram um período de prosperidade sem precedentes, ao assegurar suas fronteiras e reforçar os laços diplomáticos com seus vizinhos. Campanhas militares sob Tutmés I e seu neto Tutmés III, estenderam a influência dos faraós para o maior império que o Egito já havia visto. Quando Tutmés morreu em 1425 a.C., o Egito se estendia de Niya no norte da Síria até a quarta catarata do Nilo, na Núbia, cimentando lealdades e abrindo acesso às importações essenciais, como bronze e madeira. Os faraós do Império Novo começaram uma campanha de construção em grande escala para promover o deus Amom, cujo culto foi crescendo com base em Karnak. Eles também construíram monumentos para glorificar suas próprias realizações, tanto reais como imaginárias. A faraó feminina Hatchepsut usou como propaganda para legitimar sua pretensão ao trono. Seu reinado bem sucedido foi marcado por expedições comerciais em Punt, um templo mortuário elegante, um par de obeliscos colossais e uma capela em Karnak. Apesar de suas realizações, o sobrinho e enteado de Hatchepsut, Tutmés III tentou apagar o seu legado perto do fim de seu reinado, possivelmente em represália por usurpar seu trono. Sob Tutmés IV (1397-1388 a.C.) realizou uma aliança com Mitanni para empreender ataques contra os hititas.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Durante Amenófis III foram edificados os templos de Luxor, o palácio de Malaqata e o Templo de Milhões de Anos, do qual atualmente só restam os conhecidos "Colossos de Memnon"; também mandou ampliar o templo de Amon em Karnak. Durante seu reinado, com colheitas férteis e excedentes, Amenófis III pode assegurar relações com os reinos orientais assim como os nobres das cidades Sírio-Palestinas por meio de acordo diplomáticos que podiam envolver casamentos reais. Cerca de 1350 a.C., a estabilidade do Império Novo foi ameaçada quando Amenófis IV subiu ao trono e instituiu uma série de reformas radicais e caóticas. Mudando seu nome para Akhenaton (O Esplendor de Aton), ele classificou o anteriormente obscuro deus sol Aton como a divindade suprema, suprimindo o culto de outras divindades, e atacando o poder do estabelecimento sacerdotal. Mudando a capital para a nova cidade de Akhetaten (Horizonte de Áton, atual Amarna), Akhenaton tornou-se desatento aos negócios estrangeiros deixando-se absorver pela devoção a Aton e a sua personalidade de artista e pacifista. Durante seu reinado as relações comerciais com o mar Egeu (minoicos e micênicos) são cortadas e os hititas começam a por em dúvida a soberania egípcia na Síria. Após sua morte, o culto de Aton foi rapidamente abandonado, e os faraós Tutankhamon, Ay e Horemheb apagaram todas as referências a heresia de Akhenaton, agora conhecida como Período Amarna.
DOS PAPIROS DO SCRIBA Sob Seti I, o Egito controlou revoltas e conquistou a cidade de Kadesh e da região vizinha de Amurru, ambas localidades palestinas.[51] Cerca de 1279 a.C., Ramsés II também conhecido como Ramsés, o Grande ascendeu ao trono, e passou a construir mais templos, erguer mais estátuas e obeliscos, além de ter sido o faraó com a maior quantidade de filhos da história. Ramsés II também mudou a capital do império de Tebas para Pi-Ramsés no Delta Oriental. Ousado líder militar, Ramsés II levou seu exército contra os hititas na Batalha de Kadesh em 1274 a.C. e depois de um empate, assinou, em 1258 a.C., o primeiro tratado de paz da história, onde ambas as nações comprometiam-se a se ajudaram mutuamente contra inimigos internos ou externos. O tratado foi selado com o casamento de Ramsés II e a filha mais velha do imperador Hatusil III. A riqueza do Egito fez dele um alvo tentador para uma invasão, em especial de líbios e dos povos do mar.  Sob Merenptah o Egito começou a enfrentar a ameaça dos povos do mar.  Aliaram-se com os líbios planejando atacar o Egito, assim como incitaram os núbios a revolta, no entanto, Merenptah conseguiu suplantar os revoltosos na medida em que repeliu os invasores.  Durante o reinado de Ramsés III o faraó conseguiu em duas grandes batalhas expulsando os povos do mar para fora do Egito, no entanto, eles acabariam por se assentarem na costa palestina e durante o reinado de seus sucessores tomariam por completo a região.
DOS PAPIROS DO SCRIBA No entanto, o império não estava enfrentando apenas problemas no exterior. Após a morte de Ramsés II e a subida ao trono de seu filho Merenptah, uma terrível instabilidade política assolou o Egito. Diversos golpes de Estado depuseram muitos faraós em pouco tempo.  Além disso diversos distúrbios civis, corrupção, revoltas de trabalhadores e roubos de túmulos também assolaram o país.  Durante o início da XX dinastia, como forma de ganhar popularidade, concedeu muitas terras, tesouros e escravos para os templos de Amon, o que fortaleceu o poder destes, e seu crescente poder, fragmentou o país durante o Terceiro Período Intermediário. RAMSES II
DOS PAPIROS DO SCRIBA O Egito tornou-se uma província do Império Romano em 30 a.C., após a derrota de Marco Aurélio e Cleópatra VII por Otaviano (posterior o imperador Augusto) na Batalha de Actium. Os romanos dependiam fortemente das remessas de grãos do Egito, e o exército romano, sob o controle de um prefeito nomeado pelo imperador, reprimiu revoltas, aplicando estritamente a cobrança de pesados impostos, e impediu os ataques de bandidos, que havia se tornado um problema notório durante o período. Alexandria se tornou um centro cada vez mais importante na rota de comércio com o Oriente, como luxos exóticos que estavam em alta demanda em Roma. Acima. A atriz que vai interpretar Cleópatra  na primeira novela árabe sobre a última  Rainha do Egito. Cleópatra
DOS PAPIROS DO SCRIBA A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contatos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade. O sucesso da antiga civilização egípcia foi causada em parte por sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do rio Nilo. A inundação previsível e a irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentes, o que alimentou o desenvolvimento social e cultural. Com recursos de sobra, o governo patrocinou a exploração mineral do Vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de agricultura, o comércio com regiões vizinhas e campanhas militares para derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. Para motivar e organizar estas atividades surgiu uma burocracia dos escribas de elite, líderes religiosos e  administradores sob o controle de um faraó que garantiu a cooperação e a unidade do povo egípcio e no âmbito de um elaborado sistema de crenças religiosas.
DOS PAPIROS DO SCRIBA As muitas realizações dos antigos egípcios incluem o levantamento de pedreiras, e técnicas de construção que facilitaram a construções das monumentais pirâmides, templos e obeliscos, um sistema de matemática, um sistema prático e eficaz da medicina, sistemas de irrigação e técnicas de produção agrícola, os primeiros navios conhecidos, faiança egípcia e tecnologia com vidro, novas formas de literatura e o mais antigo tratado de paz conhecido. O Egito deixou um legado duradouro. Sua arte e arquitetura foram amplamente copiadas e suas antiguidades levados para cantos distintos do mundo. Suas ruínas monumentais inspiraram a imaginação dos viajantes e escritores há séculos. Um novo respeito por antiguidades e escavações no início do período moderno levou a investigação científica da civilização egípcia e uma maior valorização do seu legado cultural, para o Egito e o mundo Templo de karnak
DOS PAPIROS DO SCRIBA Para saber mais Wikipédia=http://pt.wikipedia.org Antigo Egito= http://antigoegipto.com.sapo.pt/index.html Templos do Egito= http://www.starnews2001.com.br/egypt/temples.html O fascínio do Egito= http://www.fascinioegito.sh06.com Os deuses egípcios = http://www.fascinioegito.sh06.com/panteao.htm

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Os segredos dos papiros do Antigo Egito

  • 2.
  • 3. DOS PAPIROS DO SCRIBA Antigo Egito foi uma civilização da antiguidade oriental do Norte de África, concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo, no que é hoje é o país moderno Egito. Era parte de um complexo de civilizações, as Civilizações do Vale do Nilo, dos quais as regiões ao sul do Egito (hoje no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) são uma parte. Tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto da Arábia e a sul a primeira catarata do rio Nilo. Pirâmides de Guiza (ou Gizé), um dos monumentos mais emblemáticos do Antigo Egito
  • 4. DOS PAPIROS DO SCRIBA A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3150 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó, e se desenvolveu ao longo dos três milênios. Sua história ocorreu três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o Império Novo, uma era cosmopolita durante a qual o Egito dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates, após o que entrou em um período de lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras, neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C. quando o Egito caiu sob o Império Romano e se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio.
  • 5. DOS PAPIROS DO SCRIBA Por volta de 5500 a.C., pequenas tribos que viviam no vale do Nilo haviam se desenvolvido em uma série de culturas demonstrando o firme controle da agricultura e pecuária, e são identificáveis pela sua cerâmica e objetos pessoais, como pentes, pulseiras e colares. No Norte as culturas que mais se destacaram foram a cultura Faium, a que começou a tecer e a cultura El-Omari, já que foi nela que surgiram os cemitérios. E no sul do Egito, a Badariana, era conhecida por sua cerâmica de alta qualidade, ferramentas de pedra e seu uso de cobre. No sul do Egito, a cultura Badariana foi sucedida pelas culturas Amratiana e Gerzeana, que apresentaram uma série de melhorias técnicas. No período Gerzeano, evidências iniciais existem a respeito do contato com Canaã e a costa de Biblos. recriação de um sepultamento pré-dinástico
  • 6. DOS PAPIROS DO SCRIBA No sul do Egito, A cultura Naqada, semelhante a Badariana, começou a se expandir ao longo do Nilo por cerca de 4000 a.C. Com o estabelecimento de um centro de poder em Nekhen e, posteriormente, em Abidos, líderes de Naqada III expandiram seu controle sobre o Norte do Egito ao longo do Nilo. Eles também negociaram com a Núbia, ao sul, os oásis do deserto ocidental, a oeste, e as culturas do Mediterrâneo Oriental, ao leste. A cultura Naqada fabricou uma gama diversificada de bens materiais, reflexo do crescente poder e da riqueza da elite, que inclui pintura, cerâmica de alta qualidade, vasos de pedra decorados com motivos geométricos e animais estilizados, paletas de cosméticos e joias feitas de ouro, lápis-lazúli e marfim. Eles também desenvolveram um esmalte cerâmico conhecido como faiança, que foi bem usado no período romano para decorar copos, amuletos e figurinhas. Durante a última fase do período pré-dinástico, a cultura Naqada começou a usar símbolos escritos que acabariam por evoluir para um sistema cheio de hieróglifos para escrever a antiga língua egípcia.
  • 7. DOS PAPIROS DO SCRIBA O período tinita, c. de 3150 a.C., o primeiro dos faraós solidificou seu controle sobre o Alto Egito mudando a capital de Tinis para a recém-fundada Mênfis, a partir da qual eles poderiam controlar a força de trabalho e a agricultura do fértil Delta, bem como as rotas do lucrativo e fundamental comércio com o Levante. O crescente poder e a riqueza dos faraós durante o período dinástico se refletiu em suas mastabas elaboradas e em estruturas de culto mortuário em Abidos, que foram utilizadas para celebrar o faraó endeusado após sua morte. A forte instituição da realeza desenvolvida pelos faraós serviu para legitimar o controle estatal sobre a terra, trabalho e recursos que foram essencialmente para a sobrevivência e o crescimento da antiga civilização egípcia. Durante o período tinita os faraós realizaram ataques contra os núbios, líbios e beduínos, assim como realizaram incursões contra o Sinai em busca de cobre e turquesa e no Mar Vermelho para exploração das minas locais. Também comercializaram com a região Síria-Palestina de onde obtinham a madeira de cedro.
  • 8. DOS PAPIROS DO SCRIBA Mastaba Período tinita Uma mastaba é um túmulo egípcio, era uma capela, com a forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em direção a um topo plano de menores dimensões que a base), cujo comprimento era aproximadamente quatro vezes a sua largura. Começaram-se a construir desde a primeira era dinástica no que chamavam de período arcaico (cerca de 3500 a.C.) e foi o género de edifício que precedeu e preparou as pirâmides. Quando estas começaram a ser construídas, mais exigentes do ponto de vista técnico e económico, a mastaba permaneceu a sua mais simples alternativa Diagrama de uma mastaba
  • 9. DOS PAPIROS DO SCRIBA ANTIGO IMPÉRIO 3125 a.C. – 2055 a.C. Impressionante avanço na arquitetura, arte e tecnologia foram feitos durante o Império Antigo, alimentado pelo aumento da produtividade agrícola possível graças a uma administração central bem desenvolvida. Sob a direção do vizir, os impostos arrecadados pelos funcionários do Estado, coordenados projetos de irrigação para melhorar o rendimento da cultura, camponeses recrutados para trabalhar em projetos de construção, e o estabelecimento de um sistema de justiça para manter a ordem e a paz. Com o excedente dos recursos disponibilizados por uma economia produtiva e estável, o Estado foi capaz de patrocinar a construção de monumentos colossais e à excepcional comissão de obras de arte para as oficinas reais. Estátua de Menkaura, feita de alabastro, localizada no Museu de Belas Artes de Boston.
  • 10. DOS PAPIROS DO SCRIBA O Império Antigo é caracterizado por um crescente comércio com o Líbano, Palestina, Mesopotâmia e Punt, assim como por expedições comerciais para exploração mineral nas minas do Sinai e Mar Vermelho (Deserto Oriental) e por campanhas militares contra núbios e líbios. Com suas campanhas militares e comerciais o Egito além de criar acampamentos estratégicos também adquiriu ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro, mirra, malaquita e electrum. Sob Sahuré, com o crescente comércio, foi criada a primeira frota marítima egípcia.
  • 11. DOS PAPIROS DO SCRIBA Junto com a crescente importância de uma administração central surgiu uma nova classe de educados escribas e funcionários que receberam propriedades do faraó em pagamento a seus serviços. Os faraós também fizeram concessões de terras para seus cultos mortuários e templos locais para assegurar que estas instituições teriam recursos necessários para a adoração do faraó após a sua morte. Até o final do Império Antigo, cinco séculos de práticas feudais corroeram o poder econômico do faraó, que já não podia dar-se ao luxo de suportar uma grande administração centralizada. Como o poder do faraó diminuiu, governantes regionais chamados nomarcas começaram a desafiar a supremacia do faraó. Isso, juntamente com secas severas entre 2200 e 2150 a.C., em última análise, fizeram o país entrar num período de 140 anos de fome e conflitos conhecidos como o Primeiro Período Intermediário.
  • 12. DOS PAPIROS DO SCRIBA Durante o Império Antigo, houve uma tendência para a construção de pirâmides como monumentos fúnebres para os faraós. Entre as mais proeminentes pode-se citas as pirâmides de Djoser (Pirâmide de degraus), Seneferu (Pirâmide de Meidum, Pirâmide Romboidal e Pirâmide Vermelha), Quéops (Pirâmide de Quéops), Quéfren (Pirâmide de Quéfren e a Esfinge de Guizé) e Miquerinos (Pirâmide de Miquerinos). Os faraós Djedefre (Pirâmide de Abu Roach), Chepseskaf (Pirâmide Purificada), Userkaf (Pirâmide de Userkaf), Sahuré (Pirâmide de Sahuré), Neferirkaré (Pirâmide de Neferirkaré), Neferefré (Pirâmide de Nedefefré), Niuserré (Pirâmide de Niuserré), DjedkaréIsesi (Pirâmide de DjedkaréIsesi), Unas (Pirâmide de Unas), Teti (Pirâmide de Teti), Pepi I (Pirâmide de Pepi I), Merenré I (Pirâmide de Merenré) e Pepi II (Pirâmide de Pepi II) também empreenderam a construção de outras pirâmides. A primeira pirâmide construída no Egito Foi feita pelo arquiteto Imhotep Esfinge de Guizé
  • 13. DOS PAPIROS DO SCRIBA Antes das pirâmides os faraós egípcios eram enterrados em um espécie de túmulo chamado de mastaba. As mastabas pareciam uma montanha de pedra e depois eles cavavam um túmulo bem a baixo da mastaba. Eles acreditavam que no início dos tempos tudo era água e surgiu da água uma montanha, igual a mastaba. Por isso eles acreditavam que iriam encontrar a eternidade se enterrando embaixo de uma mastaba. Os egípcios acreditavam que quando se era enterrado numa pirâmide, subiria até ao céu e se juntar aos deuses. Todas as pirâmides foram construídas no lado oeste do Nilo, onde o sol se põe. Para eles a pirâmide significava raios do deus Rá que era o deus sol.
  • 14. DOS PAPIROS DO SCRIBA MÉDIO IMPÉRIO 2055 a.C. – 1550 a.C. Os faraós do Império Médio restauraram a prosperidade do país e a estabilidade, estimulando um renascimento da arte, literatura e projetos grandiosos de construção. Mentuhotep II e seus sucessores da XI dinastia governaram de Tebas, mas o vizir Amenemhat I, ao assumir ao trono dando início a XII dinastia por volta de 1985 a.C., mudou a capital do país para a cidade de Itjtawy, localizada no Faium. De Itjtawy, os faraós da XII dinastia comprometeram-se a realizarem uma recuperação de áreas degradadas e melhorar o sistema de irrigação para aumentar a produção agrícola na região. Além disso, houve a reconquista militar de toda a Núbia, rica em pedreiras e minas de ouro, enquanto que trabalhadores construíram uma estrutura defensiva no Delta Oriental, chamada "Muros-do-Rei", para defender o Egito contra os ataques estrangeiros. Florescimento da arte pictórica
  • 15. DOS PAPIROS DO SCRIBA Tendo garantido a segurança militar e política e a riqueza agrícola assim como uma vasta quantidade de minerais, a população, a arte e a religião floresceram. Em contraste com a atitude elitista do Império Antigo para os deuses, o Império Médio teve um aumento nas expressões da piedade pessoal o que poderia ser chamado de democratização da vida após a morte, em que todas as pessoas possuíam uma alma e poderiam ser recebidos na companhia dos deuses após a morte. A literatura do Império Médio destaca temas sofisticados e os caracteres escritos em um estilo confiante e eloquente, e a escultura em relevo e retrato capturou a sutileza, detalhes individuais que atingiram um novo patamar da perfeição técnica. Todos os governantes do Império Médio erigiram pirâmides.
  • 16. DOS PAPIROS DO SCRIBA Durante o Império Médio, como forma de assegurar a sucessão ainda em vida, foi comum os faraós dividirem o trono com seus sucessores, mantendo-os como co-faraós. Durante este período foi mantido relações comerciais com a Fenícia, com Creta e houve expedições comerciais a Punt. O último grande governante do Império Médio, Amenemhat III, permitiu colonos asiáticos na região do Delta para fornecer uma força de trabalho suficiente para sua especialmente ativa mineração e campanhas de construção. Estas ambiciosas atividades de mineração e construção, porém, combinadas com inadequadas inundações do Nilo em seu reinado, fragilizaram a economia e precipitaram um lento declínio no Segundo Período Intermediário durante as posteriores dinastias XIII e XIV. Durante esse declínio, os colonos asiáticos começaram a assumir o controle da região do Delta, acabando por chegar ao poder, como os hicsos.
  • 17. DOS PAPIROS DO SCRIBA Por volta de 1785 a.C., com o poder dos faraós do Império Médio enfraquecido, os imigrantes asiáticos residentes na cidade do Delta Oriental Aváris assumiu o controle da região e forçou o governo central a se retirar para Tebas, onde o faraó era tratado como um vassalo e esperava-se pagamento de tributo. Os hicsos (Heka-khasut, governantes estrangeiros) imitaram o modelo egípcio de governo e se apresentaram como faraós, integrando elementos egípcios na sua cultura da Idade do Bronze Médio. Após sua retirada, os reis de Tebas se viram presos entre os hicsos no norte e os aliados núbios dos hicsos, os cuchitas, ao sul. Após anos de inação tênue, Tebas reuniu forças suficientes para desafiar os hicsos em um conflito que duraria mais de 30 anos, até 1555 a.C. Os faraós Taá II e Kamés acabaram por serem capazes de derrotar os núbios, mas foi o sucessor de Kamés, Ahmés, que empreendeu como sucesso uma série de campanhas que permanentemente erradicaram a presença dos hicsos no Egito. No Império Novo que se seguiu, os militares se tornaram uma prioridade central para os faraós que procuraram expandir as fronteiras do Egito e garantir o domínio completo do Oriente Próximo. Os hicsos introduziram elementos novos na civilização egípcia como o cavalo, os carros de guerra, novos métodos de fiação e tecelagem e novos instrumentos musicais.
  • 18. DOS PAPIROS DO SCRIBA A sociedade do Antigo Egito apresentava uma estrutura fortemente hierarquizada, o que formou uma pirâmide social. No topo estava o faraó, considerado um deus vivo. Tinha poderes absolutos e era dono de todas as terras. Ele tomava decisões militares, religiosas, econômicas e judiciárias. Em períodos de cheia o faraó ordenava que a população exercesse outras funções com construção de obras públicas. O rei vivo era encarado como uma personificação do deus Hórus, enquanto que o rei morto que o tinha antecedido era associado a Osíris, pai de Hórus, independentemente de existir uma relação familiar entre soberanos.A partir da V dinastia os reis apresentam-se também como filhos de Rá, o deus solar. A palavra faraó, vinda do egípcio per aâ, significa "Casa Grande". Tornou-se o nome oficial dos líderes do Egito apenas durante a XVIII dinastia, pois, até este momento, habitualmente os líderes gostavam de referir-se a si mesmo de nesu (rei) ou neb (senhor). A partir da V dinastia a titulatura do reis incluía cinco nomes reais: nome de Hórus, nome das Duas Mestras, nome de Hórus de Ouro, prenome e nome. Os faraós tinham muitas mulheres e filhos. Sua mulher principal , denominada hemetnesut, "esposa do rei", podia ser sua irmã ou uma de suas filhas.
  • 19. DOS PAPIROS DO SCRIBA Abaixo do faraó a população era dividida em duas classes: dominantes e dominados DOMINANTES Eram conhecidos como "classe do saiote branco", em referência ao vestuário de linho decorado que serviu como uma marca de sua categoria. * Nomarcas: administravam as províncias imperiais, os nomos. Seus cargos eram hereditários. * Vizires: controlavam o arrecadamento de impostos, fiscalizavam as construções, as obras públicas, os celeiros reais, participavam do alto tribunal de justiça e chefiavam a polícia e as tropas. * Sacerdotes: administravam os templos, cultos e as festas religiosas, eram conselheiros dos faraós e gozavam de terras, isenção de impostos e prestígio. * Escribas: cobravam impostos, organizavam as leis e a escrita, determinavam o valor das terras, copiavam poemas, hinos e histórias, escreviam cartas, realizavam censos populacionais e calculavam os estoques de alimentos, produção agrícola, tamanho de terras aráveis, atividades comerciais, de soldados, necessidades do palácio etc. * Grandes comerciantes: dominavam o comércio externo.
  • 20. DOS PAPIROS DO SCRIBA * Soldados: recebiam produtos por serviços prestados e tomavam espólios de saques; não atingiam altos postos no exército. * Artesãos: eram pintores, couristas, barbeiros, tecelões, cozinheiros, barqueiros, ceramistas, mercenários, escultores, joalheiros, ferreiros, desenhistas, pedreiros, ourives, carpinteiros etc. Trabalhavam especialmente para os reis, nobreza e para os templos. Recebiam alimentos e matéria-prima. * Pequenos comerciantes: vendiam produtos nos mercados das cidades. * Camponeses: ou félas formavam a maior parte da população e eram agricultores, pecuaristas e pescadores. Mesmo sendo eles os produtores, os produtos agrícolas foram propriedade direta do Estado, dos templos ou da família nobre que possuía a terra. Os camponeses também foram sujeitos a um imposto sobre o trabalho e foram obrigados a trabalhar em na construção de obras públicas e limpeza de canais de água em um sistema de corveia. Também eram obrigados a trabalhar nos transportes e, às vezes, no exército. Recebiam parte das colheitas. * Escravos: cativos ou condenados da justiça, trabalhavam em atividades domésticas, públicas ou religiosas. Gozavam de direitos civís e aprendiam o egípcio. No entanto, atualmente não existe conclusões acerca de quanto a agricultura foi importante para o Estado egípcio. Em egípcio, escravo significa hemu e baku. Dominados
  • 21. DOS PAPIROS DO SCRIBA NOVO IMPÉRIO Os faraós do Império Novo estabeleceram um período de prosperidade sem precedentes, ao assegurar suas fronteiras e reforçar os laços diplomáticos com seus vizinhos. Campanhas militares sob Tutmés I e seu neto Tutmés III, estenderam a influência dos faraós para o maior império que o Egito já havia visto. Quando Tutmés morreu em 1425 a.C., o Egito se estendia de Niya no norte da Síria até a quarta catarata do Nilo, na Núbia, cimentando lealdades e abrindo acesso às importações essenciais, como bronze e madeira. Os faraós do Império Novo começaram uma campanha de construção em grande escala para promover o deus Amom, cujo culto foi crescendo com base em Karnak. Eles também construíram monumentos para glorificar suas próprias realizações, tanto reais como imaginárias. A faraó feminina Hatchepsut usou como propaganda para legitimar sua pretensão ao trono. Seu reinado bem sucedido foi marcado por expedições comerciais em Punt, um templo mortuário elegante, um par de obeliscos colossais e uma capela em Karnak. Apesar de suas realizações, o sobrinho e enteado de Hatchepsut, Tutmés III tentou apagar o seu legado perto do fim de seu reinado, possivelmente em represália por usurpar seu trono. Sob Tutmés IV (1397-1388 a.C.) realizou uma aliança com Mitanni para empreender ataques contra os hititas.
  • 22. DOS PAPIROS DO SCRIBA Durante Amenófis III foram edificados os templos de Luxor, o palácio de Malaqata e o Templo de Milhões de Anos, do qual atualmente só restam os conhecidos "Colossos de Memnon"; também mandou ampliar o templo de Amon em Karnak. Durante seu reinado, com colheitas férteis e excedentes, Amenófis III pode assegurar relações com os reinos orientais assim como os nobres das cidades Sírio-Palestinas por meio de acordo diplomáticos que podiam envolver casamentos reais. Cerca de 1350 a.C., a estabilidade do Império Novo foi ameaçada quando Amenófis IV subiu ao trono e instituiu uma série de reformas radicais e caóticas. Mudando seu nome para Akhenaton (O Esplendor de Aton), ele classificou o anteriormente obscuro deus sol Aton como a divindade suprema, suprimindo o culto de outras divindades, e atacando o poder do estabelecimento sacerdotal. Mudando a capital para a nova cidade de Akhetaten (Horizonte de Áton, atual Amarna), Akhenaton tornou-se desatento aos negócios estrangeiros deixando-se absorver pela devoção a Aton e a sua personalidade de artista e pacifista. Durante seu reinado as relações comerciais com o mar Egeu (minoicos e micênicos) são cortadas e os hititas começam a por em dúvida a soberania egípcia na Síria. Após sua morte, o culto de Aton foi rapidamente abandonado, e os faraós Tutankhamon, Ay e Horemheb apagaram todas as referências a heresia de Akhenaton, agora conhecida como Período Amarna.
  • 23. DOS PAPIROS DO SCRIBA Sob Seti I, o Egito controlou revoltas e conquistou a cidade de Kadesh e da região vizinha de Amurru, ambas localidades palestinas.[51] Cerca de 1279 a.C., Ramsés II também conhecido como Ramsés, o Grande ascendeu ao trono, e passou a construir mais templos, erguer mais estátuas e obeliscos, além de ter sido o faraó com a maior quantidade de filhos da história. Ramsés II também mudou a capital do império de Tebas para Pi-Ramsés no Delta Oriental. Ousado líder militar, Ramsés II levou seu exército contra os hititas na Batalha de Kadesh em 1274 a.C. e depois de um empate, assinou, em 1258 a.C., o primeiro tratado de paz da história, onde ambas as nações comprometiam-se a se ajudaram mutuamente contra inimigos internos ou externos. O tratado foi selado com o casamento de Ramsés II e a filha mais velha do imperador Hatusil III. A riqueza do Egito fez dele um alvo tentador para uma invasão, em especial de líbios e dos povos do mar. Sob Merenptah o Egito começou a enfrentar a ameaça dos povos do mar. Aliaram-se com os líbios planejando atacar o Egito, assim como incitaram os núbios a revolta, no entanto, Merenptah conseguiu suplantar os revoltosos na medida em que repeliu os invasores. Durante o reinado de Ramsés III o faraó conseguiu em duas grandes batalhas expulsando os povos do mar para fora do Egito, no entanto, eles acabariam por se assentarem na costa palestina e durante o reinado de seus sucessores tomariam por completo a região.
  • 24. DOS PAPIROS DO SCRIBA No entanto, o império não estava enfrentando apenas problemas no exterior. Após a morte de Ramsés II e a subida ao trono de seu filho Merenptah, uma terrível instabilidade política assolou o Egito. Diversos golpes de Estado depuseram muitos faraós em pouco tempo. Além disso diversos distúrbios civis, corrupção, revoltas de trabalhadores e roubos de túmulos também assolaram o país. Durante o início da XX dinastia, como forma de ganhar popularidade, concedeu muitas terras, tesouros e escravos para os templos de Amon, o que fortaleceu o poder destes, e seu crescente poder, fragmentou o país durante o Terceiro Período Intermediário. RAMSES II
  • 25. DOS PAPIROS DO SCRIBA O Egito tornou-se uma província do Império Romano em 30 a.C., após a derrota de Marco Aurélio e Cleópatra VII por Otaviano (posterior o imperador Augusto) na Batalha de Actium. Os romanos dependiam fortemente das remessas de grãos do Egito, e o exército romano, sob o controle de um prefeito nomeado pelo imperador, reprimiu revoltas, aplicando estritamente a cobrança de pesados impostos, e impediu os ataques de bandidos, que havia se tornado um problema notório durante o período. Alexandria se tornou um centro cada vez mais importante na rota de comércio com o Oriente, como luxos exóticos que estavam em alta demanda em Roma. Acima. A atriz que vai interpretar Cleópatra na primeira novela árabe sobre a última Rainha do Egito. Cleópatra
  • 26. DOS PAPIROS DO SCRIBA A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contatos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade. O sucesso da antiga civilização egípcia foi causada em parte por sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do rio Nilo. A inundação previsível e a irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentes, o que alimentou o desenvolvimento social e cultural. Com recursos de sobra, o governo patrocinou a exploração mineral do Vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de agricultura, o comércio com regiões vizinhas e campanhas militares para derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. Para motivar e organizar estas atividades surgiu uma burocracia dos escribas de elite, líderes religiosos e administradores sob o controle de um faraó que garantiu a cooperação e a unidade do povo egípcio e no âmbito de um elaborado sistema de crenças religiosas.
  • 27. DOS PAPIROS DO SCRIBA As muitas realizações dos antigos egípcios incluem o levantamento de pedreiras, e técnicas de construção que facilitaram a construções das monumentais pirâmides, templos e obeliscos, um sistema de matemática, um sistema prático e eficaz da medicina, sistemas de irrigação e técnicas de produção agrícola, os primeiros navios conhecidos, faiança egípcia e tecnologia com vidro, novas formas de literatura e o mais antigo tratado de paz conhecido. O Egito deixou um legado duradouro. Sua arte e arquitetura foram amplamente copiadas e suas antiguidades levados para cantos distintos do mundo. Suas ruínas monumentais inspiraram a imaginação dos viajantes e escritores há séculos. Um novo respeito por antiguidades e escavações no início do período moderno levou a investigação científica da civilização egípcia e uma maior valorização do seu legado cultural, para o Egito e o mundo Templo de karnak
  • 28. DOS PAPIROS DO SCRIBA Para saber mais Wikipédia=http://pt.wikipedia.org Antigo Egito= http://antigoegipto.com.sapo.pt/index.html Templos do Egito= http://www.starnews2001.com.br/egypt/temples.html O fascínio do Egito= http://www.fascinioegito.sh06.com Os deuses egípcios = http://www.fascinioegito.sh06.com/panteao.htm