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Fundamentos Sócio Político e
            Filosófico da Educação

                                                           Simone Helen Drumond de Carvalho
                                                                simone_drumond@hotmail.com
                                                      http://simonehelendrumond.blogspot.com
                                                                   (92) 8813-9525 / 8808-2372


     1) Discorra sobre as concepções filosóficas da educação:


     Para situar as tendências pedagógicas na prática escolar é importante refletir sobre as
concepções filosóficas que lhes dão suporte.


     - Concepção Humanista Tradicional
     Está marcada pela visão essencialista do homem, ou seja, de que ele é constituído de
uma essência imutável. O eixo da educação é o intelecto, portanto, priorizam-se os conteúdos
cognitivos, que são adquiridos pelo esforço intelectual.
     O papel de destaque cabe ao professor. Do aluno exige-se esforço e disciplina
intelectual. A linha de atuação é diretiva; valoriza-se a quantidade de conhecimento e a
pedagogia deve inspirar-se na ciência da lógica. O importante é aprender, atualizando as
potencialidades contidas à priori. Privilegia-se o adulto, considerado o homem acabado,
completo. A criança é considerada um ser imaturo e incompleto. A educação é, pois, centrada
no educador, no intelecto, no conhecimento.


     - Concepção Humanista Moderna
     Centra-se na visão de homem calcada não na essência, mas na existência, que precede
a essência. A natureza humana é imutável e determinada pela existência. A ênfase está na
criança, no educando, na vida, na atividade. Desloca-se o eixo do intelecto para o sentimento.
O aspecto psicológico toma o lugar da lógica; no lugar do professor, o aluno; ao invés dos
conteúdos cognitivos, priorizam-se os métodos ou processo de ensino para valorizar o
interesse do aluno.
     Coloca-se o foco na espontaneidade, no não-diretivismo, na qualidade do processo. A
inspiração filosófica centra-se na experiência. Nesta teoria o importante é aprender a
aprender.


     - Concepção Analítica
     Não pressupõe explicitamente uma visão de homem. A função da filosofia educacional é
a de efetivar a análise lógica da linguagem.


     - Concepção Dialética
     Vê o homem como síntese de múltiplas determinações, por conseguinte, vê o homem
concreto. A filosofia é o instrumento cuja tarefa é a de explicitar as questões educacionais que
só se explicam tendo como referência o contexto histórico em que estão inseridas.
     As tendências pedagógicas buscam nas diversas concepções filosóficas educacionais a
justificativa para fundamentá-las.
     A Concepção Humanista, em suas duas vertentes, e a Concepção Analítica sustentam
conceitualmente as tendências pedagógicas liberais. Já a Concepção Dialética sustenta as
tendências pedagógicas progressistas.


     Ainda neste contexto acrescento mais duas concepções muito importantes:


     - Concepção Pedagógicas Liberais
      Assim chamadas por estarem, de alguma forma, voltadas para a manutenção do
sistema capitalista. Historicamente são conservadoras por suporem a manutenção do "status
quo" social. Defendem a neutralidade política da educação e amparam a reprodução do
sistema. Visam a preparar os indivíduos para representarem papeis sociais de acordo com
suas aptidões.As tendências pedagógicas liberais, grosso modo, podem ser categorizadas
em: Escola Tradicional, também conhecida como Educação Bancária, expressão cunhada por
Paulo Freire, a Renovada ou Nova e a Tecnicista.


     - Concepção Pedagógicas Progressistas
      Partem da análise crítica das realidades sociais; procuram fornecer às camadas
dominadas    da   sociedade    instrumentos    intelectuais   que   lhes   permitam   lutar   pela
transformação social, bem como pelo exercício da cidadania.
Nas tendências pedagógicas progressistas, conquanto predomine a Escola Libertadora
ou Crítica, merece destaque também a Escola Libertária e a Crítico-Social dos Conteúdos.

O quadro explana sinteticamente as bases filosóficas das concepções: humanista
tradicional, humanista moderna, da concepção analítica e da concepção dialética.

   Base Filosófica:           Base Filosófica:            Base Filosófica:                 Base Filosófica:
 Concepção humanista        Concepção humanista         Concepção analítica.             Concepção dialética.
     tradicional.                moderna.
                                                         Centrada na análise          Visão do homem concreto,
  Visão essencialista do       Visão do homem            lógica da linguagem             síntese de múltiplas
         homem.             centrada na existência.    educacional e, em parte,       determinações em face do
                                                       na concepção humanista             contexto histórico.
                                                              moderna.
- Educação que se           -    A finalidade da       -    A    escola  deve         - O ensino é centrado no
afasta da vida para         escola é adequar às        funcionar        como          aluno, que é o sujeito
melhor compreendê-la,       necessidades               modeladora          do         construtor    de     sua
para confrontá-la com       individuais ao meio        comportamento humano,          aprendizagem.
modelos              que    social.                    através    de técnicas
representam o ápice da                                 específicas.                   - Todo aprendizado deve
produção humana, nas        - O importante não é o                                    partir do conhecimento
ciências e nas artes, a     aluno    dominar     o     - Só aquilo que é              prévio do aluno.
fim do aluno se apropriar   conteúdo,         mas      objetivo,   mensurável,
desses          modelos     aprender a aprender =      merece ser ensinado.           - O processo educativo
universais.                 processo    é    mais                                     visa formar o aluno nos
                            importante        que      - O professor é um             aspectos estético, ético
- O papel do mestre é       produto.                   ordenador no   meio            político e intelectual.
essencial, cabe à ele                                  escolar.
graduar as dificuldades     -   Escola ativa      =                                   - O conteúdo deve ser
e tornar acessíveis ao      aprender fazendo.          -     A    aprendizagem        abordado     em    suas
aluno as grandes obras                                 funciona pelo processo         dimensões:    conceitual,
da humanidade.              - Importância do bom       de estímulo-resposta =         procedimental          e
                            relacionamento afetivo     instrução programada.          atitudinal.
- Valorização da cultura    em sala de aula.
geral,     especialmente                               - A avaliação se dá - O ensino deve ser
literária, e do saber       - Todo aprendizado         mediante           testes significativo    e  a
acadêmico.                  deve      partir      do   objetivos.                memorização
                            interesse da criança.                                compreensiva.
- Os modelos educativos                                -     O    planejamento
estão      fora      da     -     As     diferenças    educacional se dá em - O papel do professor é
experiência habitual do     cognitivas são vistas      moldes sistêmicos.        o de mediador e de
educando, muitas vezes      como naturais e o                                    problematizador    da
opostos à vida e não        processo                   - A ênfase recai nos aprendizagem.
modelos de vida.            ensino/aprendizagem        objetivos   instrucionais
                            prevê       tratamento     observáveis.              - Compromisso com os
-O        ensino    é       diferenciado ao aluno,                               problemas sociais.
enciclopédico,              não para diminuir as       - A função da escola é a
acadêmico        e  a       diferenças, mas para       de     preparação      de
aprendizagem baseada        aceitá-las        como     recursos humanos, a
principalmente     na       naturais.                  educação é vista como
memorização.                                           treinamento de mão de
                                                       obra.
- Ênfase nos conteúdos,
repassados        como
verdades absolutas.

- O compromisso da
escola é com a cultura.
                                                         Fonte: http://simonehelendrumond.blogspot.com– Pedagogia 2008
2) Descreva a influência do positivismo na educação brasileira e na prática
escolar:
     O positivismo é uma linha teórica da sociologia, criada pelo francês Auguste Comte
(1798-1857), que começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos,
contrariando o primado da razão, da teologia e da metafísica. O "Positivismo é a visão de que
o inquérito científico sério não deveria procurar causas últimas que derivem de alguma fonte
externa, mas, sim, confinar-se ao estudo de relações existentes entre fatos que são
diretamente acessíveis pela observação".
     Em outras palavras, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos
externos, como a criação do homem, por exemplo, para buscar explicar coisas mais práticas e
presentes na vida do homem, como no caso das leis, das relações sociais e da ética.
     Para compreender a influência do positivismo na educação e na pratica escolar, faz-se
necessário compreender antes as principais características da filosofia positivista, que são:


 O estudo da ciência       A filosofia positiva     O ensino científico    A filosofia positiva
positiva fornece-nos     deve conduzir a uma       pode ser considerado   pode ser considerada
o único meio racional      transformação do          como a base da        como a única base
de pôr em evidência        nosso sistema de          educação geral,           sólida da
  as leis lógicas do           educação              verdadeiramente       reorganização da
       espírito                                          racional              sociedade


     Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando
a imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete
palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em
tentar elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época
da Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal.


     A influência do positivismo na educação brasileira


     O positivismo teve fortes influências no Brasil, tendo como sua representação máxima, o
emprego da frase positivista “Ordem e Progresso”, extraída da fórmula máxima do
Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", em plena bandeira
brasileira. A frase tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria
para a perfeita orientação ética da vida social.
A filosofia positiva teve um caráter pedagógico muito grande na educação brasileira, pois
além de procurar reorganizar a sociedade através do estudo da ciência positiva também
buscou no ensino científico o suporte para que as ciências especializadas se desenvolvam.
Seus seguidores pregavam a liberdade de ensino, provavelmente como uma forma de reação
ao tipo de educação jesuítica predominante na época. Com isso, ao mesmo tempo em que as
escolas particulares confessionais exerciam uma ação contrária ao positivismo, conseguiram
graças à atuação positivista a abertura do mercado brasileiro. São as escolas livres, como as
de Direito e a Politécnica e as escolas e academias militares que se destacam pela formação
de grande número de positivistas brasileiros. Deste modo, a criação de escolas técnicas
esteve associada a uma orientação positivista, que via no ensino científico a base de uma
educação racional, enquanto as instituições religiosas dedicaram-se a uma educação
humanística.
     A Reforma Benjamin Constant rompeu com a tradição humanista clássica e a substitui
pela científica, de acordo com a ordenação positivista de Comte (Matemática, Astronomia,
Física, Química, Biologia, Sociologia e Moral). Entretanto, não foram eliminadas as disciplinas
tradicionais, Latim e Grego, apenas se acrescentou ao currículo anterior o estudo das
disciplinas científicas, tornando o ensino secundário ainda mais enciclopédico. Os princípios
orientadores da Reforma foram à liberdade e a laicidade do ensino e a gratuidade da escola
primária. Além disso, pretendia tornar o ensino secundário formador e não apenas destinado
à preparação ao ensino superior.
     Os ideais positivistas no ensino da matemática em artigos de vários periódicos deram a
educação brasileira uma ênfase rumo a novas perspectivas. Observe que na Revista da
Escola Politécnica (1897-1901); na Revista Polytechnica, fundada pelo grêmio de alunos da
Escola Politécnica de São Paulo em 1904; na Revista Brasileira de Matemática, que surgiu
em 1929; na Revista Mensal, periódico da Sociedade Científica e Literária Culto às Letras,
fundada por alunos da Escola Militar de Porto Alegre em 1880; entre outros.
     A influência do positivismo no Brasil despertou no Rio Grande do Sul, com a liderança
ideológica de Júlio de Castilhos e de Assis Brasil, gaúchos oriundos das Escolas Militares e
de Engenharia do Rio de Janeiro e da Faculdade de Direito de São Paulo difundiram as idéias
positivistas, o que possibilitou a organização da Escola de Engenharia, em 1896.
     Como autores de livros didáticos com orientação positivista Rio Grande do Sul, temos
Luiz Celestino de Castro, coronel-engenheiro, que escreveu Lições de Arithmetica, em 1883,
como livro texto para suas aulas na Escola Militar e Demétrio Nunes Ribeiro, engenheiro que
se formou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e que trabalhou como professor e diretor
da Escola Normal de Porto Alegre, tendo publicado dois livros didáticos Curso Elementar de
Arithmética, a primeira parte em 1881 e a segunda em 1882 e deixado dois outros livros
manuscritos. “Nem programas de ensino, nem pontos para exames preparatórios da época se
importaram com as discussões de âmbito filosófico sobre as matemáticas. Os pontos e
conteúdos a ensinar já estavam dados desde Ottoni. Não se estabeleceram uma
reestruturação e reorganização das matemáticas a ponto de ter existido uma ‘matemática
escolar positivista’. Ou, o que seria mais preciso dizer, uma matemática elementar nos moldes
preconizados por Comte.”
     Escola Politécnica do Rio de Janeiro, por exemplo, em 1882, o então diretor, Inácio da
Cunha Galvão, negou a Miguel Lemos a autorização para que este ministrasse um curso
sobre Filosofia Positiva. Na câmara dos deputados, foram várias as manifestações contra a
propaganda positivista, principalmente com relação à defesa da religião católica, adotada
oficialmente no país naquela época. Ao mesmo tempo, Comte escreveu sua obra Filosofia
Positiva em 1830 e a Matemática a que ele se referia era a do século XVIII e início do século
XIX. Assim, quando Otto de Alencar Silva (1874-1912) inicia a publicação de seus trabalhos
de pesquisa Matemática no Brasil, no final do século XIX, os novos conceitos e teorias da
Matemática passam a ser divulgados e uma nova geração de matemáticos passa a refutar as
idéias de Comte, procurando expulsá-las do ensino. Apesar deste enfraquecimento do
positivismo, vários docentes de Matemática ainda continuaram a citar Comte em seus livros-
textos publicados para o ensino.
     O declínio da influência positivista no ensino brasileiro de matemática se daria a partir da
Reforma Francisco Campos (1931), que aceitou integralmente a proposta de reformulação do
currículo de matemática apresentada pela Congregação do Colégio Pedro II, em 1928. A
Reforma Francisco Campos estabelece a união das disciplinas matemáticas englobadas sob
o título de Matemática e busca compatibilizar a modernização dos conteúdos e métodos do
ensino secundário com todos os pontos da proposta de Euclides Roxo, adotando como idéia
central do ensino a noção de função, que deveria fazer a conexão entre os tratamentos
algébricos, aritméticos e geométricos dos conceitos. Na elaboração desta proposta, baseada
no Movimento Internacional para a Modernização do Ensino de Matemática, destaca-se a
figura de Euclides Roxo, diretor do Colégio Pedro II e seguidor das idéias que Félix Klein
defendia através da Comissão Internacional de Ensino de Matemática.Entretanto, o ideário
positivista ainda se manteve atuante nas medidas governamentais no início da República e na
década de 1970, quando houve a tentativa de implantação da escola tecnicista. Por exprimir a
confiança do homem no conhecimento científico, o positivismo conduz a uma visão de mundo
coerente com a visão tecnicista de planejar, organizar, dirigir e controlar que foi introduzida no
Brasil durante a ditadura militar e que prejudicou, sobretudo, as escolas públicas, por
submeter o plano pedagógico ao administrativo e “transformar o professor em mero executor
de tarefas organizadas pelo setor de planejamento”. Outro aspecto da influência do
positivismo que ainda pode ser notado em Educação Matemática é o que se refere à adoção
do recurso pedagógico da História da Matemática dentro de um enfoque recapitulacionista da
evolução dos conceitos, conforme mostraremos a seguir.


     A influência do positivismo na prática escolar


     Na pratica escolar, o positivismo reconhece apenas dois tipos de conhecimentos
científicos: o empírico, encontrado nas ciências naturais, e o lógico, constituído pela lógica e
pela matemática. Isto faz com que as ciências em seu conjunto sejam elaboradas por
modelos matemáticos e estatísticos, dando um caráter fragmentário e disperso ao saber
científico. Por outro lado, ao aceitar como realidade somente os fatos que possam ser
estudados, o positivismo também apóia a tese de que os estados mentais podem ser
analisados pela observação de suas manifestações no comportamento, diminuindo assim a
importância dos fatores culturais. Ao adotar o método experimental-matemático como o único
que conduz ao conhecimento verdadeiro, o positivismo adquire um caráter conservador e
legitimador da ordem estabelecida, por não considerar os valores, ideologias e visões sociais
de mundo. Além disso, a visão positivista de que o único conhecimento verdadeiro é o
produzido pela ciência com a aplicação do método experimental-matemático obriga o
pesquisador a estudar a realidade através de partes isoladas e fixas, dá como exemplo os
estudos sobre fracasso escolar que, ao invés de abordarem a dinâmica dos fatos, buscavam
relações simples com fatos como anos de magistério dos professores, grau de formação
profissional, nível sócio-econômico etc. Desse modo, a neutralidade do conhecimento positivo
garantida pela objetividade do cientista ignora a influência dos fatores humanos na pesquisa e
o princípio da verificação ao afirmar que só é verdadeiro o que pode ser empiricamente
confirmável, acaba por limitar o conhecimento científico à experiência sensorial. Com isso, os
valores culturais, as condições históricas e as diferentes condutas humanas são ignorados na
unificação metodológica positivista para tratar a ciência natural e a ciência social.


     3) Quais são as principais características do Neoliberalismo? E do Neoliberalismo
político?


     Pode-se definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas
capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta
doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o
crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton
Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973,
provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.


     Características do Neoliberalismo (princípios básicos):
     - mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
     - pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
     - política de privatização de empresas estatais;
     - livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
     - abertura da economia para a entrada de multinacionais;
     - adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
     - desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar
o funcionamento das atividades econômicas;
     - diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
     - posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
     - aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
     - contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei
da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
     - a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
     - defesa dos princípios econômicos do capitalismo.


    Críticas ao neoliberalismo
     Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes
potências econômicas e as empresas multinacionas. Os países pobres ou em processo de
desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal.
Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários,
aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.


     Neoliberalismo político
     Depois que a dissolução da União Soviética selou o insucesso das economias
centralizadas, a expressão "neoliberalismo" passou a ser amplamente usada pelos meios de
comunicação. Ela não se vincula, porém, a uma ideologia sistematicamente definida, mas é
aplicada a posições ou situações de esquerda ou direita, mais progressistas ou mais
conservadoras.
     Neoliberalismo, em sentido amplo, é a retomada dos valores e ideais do liberalismo
político e econômico que nasceu do pensamento iluminista e dos avanços da economia
decorrentes da revolução industrial do final do século XVIII, com a adequação necessária à
realidade política, social e econômica de cada nação em que se manifesta. Em sentido mais
estrito designa, nas democracias capitalistas contemporâneas, as posições pragmáticas e
ideologicamente pouco definidas dos defensores da política do "estado mínimo", que deve
interferir o menos possível na liberdade individual e nas atividades econômicas da iniciativa
privada e, ao mesmo tempo, manter, ampliar e tornar mais racional e eficiente o estado de
bem-estar social. Há neoliberalismo de esquerda, de centro e de direita.


     Antecedentes do Neoliberalismo
     O movimento neoliberal caracterizou-se, num primeiro momento, pela mudança da
postura liberal em relação ao papel do estado na vida econômica das democracias
capitalistas. Manifestou-se durante a grande depressão da década de 1930, quando defendeu
e implantou a intervenção do estado na economia para amenizar os efeitos sociais da crise
econômica. Num segundo momento, que coincide com a crise da economia mundial da
década de 1970, distinguiu-se pela adoção de critérios de eficiência e de busca de solução de
problemas específicos do estado de bem-estar social e de progresso econômico nos moldes
do capitalismo contemporâneo. Adquiriu características nacionais específicas nos diversos
países em que ocorreu e traduziu as posições dos partidos políticos que adotaram seus
postulados.
     Assim, em alguns países europeus continentais, foi assimilado por partidos de tendência
conservadora e de direita; nos Estados Unidos e no Reino Unido, tornou-se bandeira da
política progressista e de intervenção do estado na economia nacional para evitar ou
contornar crises econômicas, promoveu mudanças nas relações de trabalho e de produção
das economias nacionais, que beneficiaram setores sociais mais desvalidos, e incentivou o
papel do estado na atividade empresarial, especialmente em setores em que a iniciativa
privada se recusou a atuar, para aumentar a oferta de emprego. Foi denunciado por
adversários conservadores como processo de socialização da vida do país pela criação do
estado de bem-estar social.


     Neoliberais e conservadores
     É na verdade tênue o limite que separa neoliberais e conservadores, o que leva muitas
vezes a uma identificação apressada das duas tendências. Há, no entanto, uma diferença
fundamental: os neoliberais são progressistas, incentivam a mudança útil e defendem a
manutenção do estado de bem-estar social, mas percebem a necessidade de reformá-lo para
uma eficiência maior de gastos, a ampliação do universo dos beneficiados e a contenção de
privilégios conquistados por grupos de interesse de forte presença na sociedade e no
governo. Os conservadores, ao contrário, pregam a omissão quase absoluta do estado
quanto ao rumo da economia nacional, consideram que cabe à "mão invisível" do mercado a
condução das questões econômicas e ao indivíduo a responsabilidade por seu progresso
pessoal e buscam restringir não só o universo dos beneficiários do estado de bem-estar mas
os próprios limites desse estado.
      A confusão mais freqüente entre neoliberais e conservadores se verifica em relação às
políticas adotadas ao longo de toda a década de 1980 pelos governos conservadores dos
Estados Unidos e do Reino Unido, países em que é mais clara a identificação do
neoliberalismo. Na tradição política dos dois países, as idéias liberais são o fundamento da
formação do próprio conceito de estado, da democracia e da construção de seus partidos
políticos.
      Nos Estados Unidos, os dois partidos que dominam o cenário político e se revezam no
poder, o Republicano e o Democrata, têm raízes liberais, mas divergem na visão do papel do
estado. Para o Partido Democrata, o governo deve atuar na vida social e econômica nacional;
para o Republicano, quanto menos governo, melhor.
      A primeira atuação do neoliberalismo americano ocorreu num governo democrata,
durante a grande depressão da década de 1930, e deu origem ao New Deal de Franklin
Roosevelt, que inaugurou a presença do estado como um dos motores da economia nacional,
rompeu com a tradição liberal ao intervir na economia e não deixá-la ao sabor da iniciativa
privada, e deu origem ao estado de bem-estar.
      Os governos democratas ou republicanos que se seguiram mantiveram basicamente a
mesma estrutura até a eleição do republicano Ronald Reagan em 1980, que conseguiu
reverter a política do governo, apesar da oposição dos neoliberais democratas do Congresso,
grupo que se elegeu a partir da crise da economia mundial da década de 1970 e da renúncia
do presidente republicano Richard Nixon.
      Essa nova geração democrata no Congresso, herdeira do pensamento de John
Kennedy, acreditava num novo liberalismo que buscasse solucionar problemas e não
simplesmente manter um sistema que apresenta falhas, especialmente no processo que rege
a aplicação dos benefícios do estado de bem-estar, deformado pelo excesso de instâncias e
organizações burocráticas. Identificaram-se com a classe média, suas necessidades e
interesses, e não com a burguesia empresarial dominante no liberalismo conservador e se
caracterizaram por uma visão reformista nas questões sociais e na política externa, por idéias
libertárias e antimilitaristas. Chegou ao poder executivo com a eleição de Bill Clinton para a
presidência em 1992.
      Seus grandes adversários são os conservadores do Partido Republicano, que buscam
retirar do estado a função de promover o progresso individual dos cidadãos e incentivar, se
necessário com o corte de impostos, a presença cada vez maior da iniciativa privada na
economia. Esse foi o programa do conservador republicano Ronald Reagan nos oito anos de
seus dois mandatos na presidência e de seu sucessor também republicano George Bush.
     No Reino Unido, o liberalismo está também na raiz da formação dos partidos
Conservador e Trabalhista, embora os trabalhistas tenham se inclinado fortemente para a
social-democracia. Para o liberalismo britânico, o estado é sempre um mal necessário e deve
ser mantido dentro de limites restritos.
     Os trabalhistas britânicos têm pontos em comum com os democratas americanos; os
conservadores defendem posições próximas às dos republicanos de Reagan. A expressão
maior do conservadorismo britânico é a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, que em seus
11 anos no cargo, de 1979 a 1990, promoveu um programa de privatizações das empresas
estatais e combateu de forma radical os movimentos sindicais trabalhistas. Seu sucessor,
John Major, também do Partido Conservador, deu continuidade ao processo em ritmo mais
lento. Uma das conseqüências dessa política do governo conservador foi a queda do poder
político dos sindicatos e de sua influência na sociedade civil.


     Liberais de ontem e de hoje
     A expansão do poder e da responsabilidade do governo que os liberais de hoje
defendem é oposta à contração do poder e das responsabilidades do governo defendidos
pelos liberais de ontem. O conteúdo do liberalismo varia de acordo com a mudança das
condições nacionais e das contingências históricas mas sua inspiração é sempre a mesma: a
hostilidade à concentração de poder que ameaça a liberdade do indivíduo e o impede de
realizar suas potencialidades; a disposição de reexaminar e reconstruir as instituições sociais
à medida que surgem novas necessidades.
     Essa disposição, temperada pela aversão à mudança súbita e cataclísmica, é o que
diferencia o liberal do radical, que ignora seus riscos; seu entusiasmo no incentivo ao
progresso e às transformações úteis distingue o liberal do conservador. Se o conteúdo varia,
essas características constituem a forma distintiva e permanente do liberalismo novo ou
velho.


     Neoliberalismo no Brasil
     Na versão brasileira, o neoliberalismo defende a limitação da participação do estado na
atividade econômica e identifica-se com o ideal de "estado menor" e mais eficiente. Opõe-se
ao corporativismo que domina as relações entre o estado e os poderosos grupos de interesse
da sociedade civil que buscam influenciar as decisões de governo para manter privilégios,
principalmente os que se formaram a partir das bases do trabalhismo lançadas por Getúlio
Vargas no período de 1930 a 1945 e do estatismo, iniciado também por Vargas e acelerado a
partir de seu segundo período no governo, de 1950 a 1954, que beneficiou categorias
especiais de trabalhadores e especialmente de empresários. Para o neoliberalismo brasileiro,
já se esgotou o modelo de estado empresário, que supriu, num momento essencial do
desenvolvimento econômico, o papel do capital privado, que não se dispôs a investir em
setores essenciais. Durante a ditadura militar de 1964 a 1985, a presença do estado na
economia se ampliou até responder por aproximadamente um terço dos investimentos nos
setores produtivos e mais da metade do capital bancário, com atuação em áreas as mais
diversificadas da produção industrial e de serviços.
     O neoliberalismo brasileiro aproxima-se portanto do neoliberalismo americano e britânico
e não do conservadorismo representados por Reagan e Thatcher e se identifica muito mais
com o liberal-socialismo, que tenta uma síntese entre socialismo e liberalismo




     Referência:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
20ªed., SP: Paz e Terra, 2001.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 20ªed.,
Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2006, p.21-33.

MORIN, Edgar. O pensamento da ética. In: método 6. Ética. Porto Alegre: Sulina, 2005,
p.19-30.

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1 artigo simone helen drumond fund. sócio, político e filosófico da educação

  • 1. Fundamentos Sócio Político e Filosófico da Educação Simone Helen Drumond de Carvalho simone_drumond@hotmail.com http://simonehelendrumond.blogspot.com (92) 8813-9525 / 8808-2372 1) Discorra sobre as concepções filosóficas da educação: Para situar as tendências pedagógicas na prática escolar é importante refletir sobre as concepções filosóficas que lhes dão suporte. - Concepção Humanista Tradicional Está marcada pela visão essencialista do homem, ou seja, de que ele é constituído de uma essência imutável. O eixo da educação é o intelecto, portanto, priorizam-se os conteúdos cognitivos, que são adquiridos pelo esforço intelectual. O papel de destaque cabe ao professor. Do aluno exige-se esforço e disciplina intelectual. A linha de atuação é diretiva; valoriza-se a quantidade de conhecimento e a pedagogia deve inspirar-se na ciência da lógica. O importante é aprender, atualizando as potencialidades contidas à priori. Privilegia-se o adulto, considerado o homem acabado, completo. A criança é considerada um ser imaturo e incompleto. A educação é, pois, centrada no educador, no intelecto, no conhecimento. - Concepção Humanista Moderna Centra-se na visão de homem calcada não na essência, mas na existência, que precede a essência. A natureza humana é imutável e determinada pela existência. A ênfase está na criança, no educando, na vida, na atividade. Desloca-se o eixo do intelecto para o sentimento. O aspecto psicológico toma o lugar da lógica; no lugar do professor, o aluno; ao invés dos
  • 2. conteúdos cognitivos, priorizam-se os métodos ou processo de ensino para valorizar o interesse do aluno. Coloca-se o foco na espontaneidade, no não-diretivismo, na qualidade do processo. A inspiração filosófica centra-se na experiência. Nesta teoria o importante é aprender a aprender. - Concepção Analítica Não pressupõe explicitamente uma visão de homem. A função da filosofia educacional é a de efetivar a análise lógica da linguagem. - Concepção Dialética Vê o homem como síntese de múltiplas determinações, por conseguinte, vê o homem concreto. A filosofia é o instrumento cuja tarefa é a de explicitar as questões educacionais que só se explicam tendo como referência o contexto histórico em que estão inseridas. As tendências pedagógicas buscam nas diversas concepções filosóficas educacionais a justificativa para fundamentá-las. A Concepção Humanista, em suas duas vertentes, e a Concepção Analítica sustentam conceitualmente as tendências pedagógicas liberais. Já a Concepção Dialética sustenta as tendências pedagógicas progressistas. Ainda neste contexto acrescento mais duas concepções muito importantes: - Concepção Pedagógicas Liberais Assim chamadas por estarem, de alguma forma, voltadas para a manutenção do sistema capitalista. Historicamente são conservadoras por suporem a manutenção do "status quo" social. Defendem a neutralidade política da educação e amparam a reprodução do sistema. Visam a preparar os indivíduos para representarem papeis sociais de acordo com suas aptidões.As tendências pedagógicas liberais, grosso modo, podem ser categorizadas em: Escola Tradicional, também conhecida como Educação Bancária, expressão cunhada por Paulo Freire, a Renovada ou Nova e a Tecnicista. - Concepção Pedagógicas Progressistas Partem da análise crítica das realidades sociais; procuram fornecer às camadas dominadas da sociedade instrumentos intelectuais que lhes permitam lutar pela transformação social, bem como pelo exercício da cidadania.
  • 3. Nas tendências pedagógicas progressistas, conquanto predomine a Escola Libertadora ou Crítica, merece destaque também a Escola Libertária e a Crítico-Social dos Conteúdos. O quadro explana sinteticamente as bases filosóficas das concepções: humanista tradicional, humanista moderna, da concepção analítica e da concepção dialética. Base Filosófica: Base Filosófica: Base Filosófica: Base Filosófica: Concepção humanista Concepção humanista Concepção analítica. Concepção dialética. tradicional. moderna. Centrada na análise Visão do homem concreto, Visão essencialista do Visão do homem lógica da linguagem síntese de múltiplas homem. centrada na existência. educacional e, em parte, determinações em face do na concepção humanista contexto histórico. moderna. - Educação que se - A finalidade da - A escola deve - O ensino é centrado no afasta da vida para escola é adequar às funcionar como aluno, que é o sujeito melhor compreendê-la, necessidades modeladora do construtor de sua para confrontá-la com individuais ao meio comportamento humano, aprendizagem. modelos que social. através de técnicas representam o ápice da específicas. - Todo aprendizado deve produção humana, nas - O importante não é o partir do conhecimento ciências e nas artes, a aluno dominar o - Só aquilo que é prévio do aluno. fim do aluno se apropriar conteúdo, mas objetivo, mensurável, desses modelos aprender a aprender = merece ser ensinado. - O processo educativo universais. processo é mais visa formar o aluno nos importante que - O professor é um aspectos estético, ético - O papel do mestre é produto. ordenador no meio político e intelectual. essencial, cabe à ele escolar. graduar as dificuldades - Escola ativa = - O conteúdo deve ser e tornar acessíveis ao aprender fazendo. - A aprendizagem abordado em suas aluno as grandes obras funciona pelo processo dimensões: conceitual, da humanidade. - Importância do bom de estímulo-resposta = procedimental e relacionamento afetivo instrução programada. atitudinal. - Valorização da cultura em sala de aula. geral, especialmente - A avaliação se dá - O ensino deve ser literária, e do saber - Todo aprendizado mediante testes significativo e a acadêmico. deve partir do objetivos. memorização interesse da criança. compreensiva. - Os modelos educativos - O planejamento estão fora da - As diferenças educacional se dá em - O papel do professor é experiência habitual do cognitivas são vistas moldes sistêmicos. o de mediador e de educando, muitas vezes como naturais e o problematizador da opostos à vida e não processo - A ênfase recai nos aprendizagem. modelos de vida. ensino/aprendizagem objetivos instrucionais prevê tratamento observáveis. - Compromisso com os -O ensino é diferenciado ao aluno, problemas sociais. enciclopédico, não para diminuir as - A função da escola é a acadêmico e a diferenças, mas para de preparação de aprendizagem baseada aceitá-las como recursos humanos, a principalmente na naturais. educação é vista como memorização. treinamento de mão de obra. - Ênfase nos conteúdos, repassados como verdades absolutas. - O compromisso da escola é com a cultura. Fonte: http://simonehelendrumond.blogspot.com– Pedagogia 2008
  • 4. 2) Descreva a influência do positivismo na educação brasileira e na prática escolar: O positivismo é uma linha teórica da sociologia, criada pelo francês Auguste Comte (1798-1857), que começou a atribuir fatores humanos nas explicações dos diversos assuntos, contrariando o primado da razão, da teologia e da metafísica. O "Positivismo é a visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar causas últimas que derivem de alguma fonte externa, mas, sim, confinar-se ao estudo de relações existentes entre fatos que são diretamente acessíveis pela observação". Em outras palavras, os positivistas abandonaram a busca pela explicação de fenômenos externos, como a criação do homem, por exemplo, para buscar explicar coisas mais práticas e presentes na vida do homem, como no caso das leis, das relações sociais e da ética. Para compreender a influência do positivismo na educação e na pratica escolar, faz-se necessário compreender antes as principais características da filosofia positivista, que são: O estudo da ciência A filosofia positiva O ensino científico A filosofia positiva positiva fornece-nos deve conduzir a uma pode ser considerado pode ser considerada o único meio racional transformação do como a base da como a única base de pôr em evidência nosso sistema de educação geral, sólida da as leis lógicas do educação verdadeiramente reorganização da espírito racional sociedade Para Comte, o método positivista consiste na observação dos fenômenos, subordinando a imaginação à observação. O fundador da linha de pensamento sintetizou seu ideal em sete palavras: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático. Comte preocupou-se em tentar elaborar um sistema de valores adaptado com a realidade que o mundo vivia na época da Revolução Industrial, valorizando o ser humano, a paz e a concórdia universal. A influência do positivismo na educação brasileira O positivismo teve fortes influências no Brasil, tendo como sua representação máxima, o emprego da frase positivista “Ordem e Progresso”, extraída da fórmula máxima do Positivismo: "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", em plena bandeira brasileira. A frase tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria para a perfeita orientação ética da vida social.
  • 5. A filosofia positiva teve um caráter pedagógico muito grande na educação brasileira, pois além de procurar reorganizar a sociedade através do estudo da ciência positiva também buscou no ensino científico o suporte para que as ciências especializadas se desenvolvam. Seus seguidores pregavam a liberdade de ensino, provavelmente como uma forma de reação ao tipo de educação jesuítica predominante na época. Com isso, ao mesmo tempo em que as escolas particulares confessionais exerciam uma ação contrária ao positivismo, conseguiram graças à atuação positivista a abertura do mercado brasileiro. São as escolas livres, como as de Direito e a Politécnica e as escolas e academias militares que se destacam pela formação de grande número de positivistas brasileiros. Deste modo, a criação de escolas técnicas esteve associada a uma orientação positivista, que via no ensino científico a base de uma educação racional, enquanto as instituições religiosas dedicaram-se a uma educação humanística. A Reforma Benjamin Constant rompeu com a tradição humanista clássica e a substitui pela científica, de acordo com a ordenação positivista de Comte (Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia e Moral). Entretanto, não foram eliminadas as disciplinas tradicionais, Latim e Grego, apenas se acrescentou ao currículo anterior o estudo das disciplinas científicas, tornando o ensino secundário ainda mais enciclopédico. Os princípios orientadores da Reforma foram à liberdade e a laicidade do ensino e a gratuidade da escola primária. Além disso, pretendia tornar o ensino secundário formador e não apenas destinado à preparação ao ensino superior. Os ideais positivistas no ensino da matemática em artigos de vários periódicos deram a educação brasileira uma ênfase rumo a novas perspectivas. Observe que na Revista da Escola Politécnica (1897-1901); na Revista Polytechnica, fundada pelo grêmio de alunos da Escola Politécnica de São Paulo em 1904; na Revista Brasileira de Matemática, que surgiu em 1929; na Revista Mensal, periódico da Sociedade Científica e Literária Culto às Letras, fundada por alunos da Escola Militar de Porto Alegre em 1880; entre outros. A influência do positivismo no Brasil despertou no Rio Grande do Sul, com a liderança ideológica de Júlio de Castilhos e de Assis Brasil, gaúchos oriundos das Escolas Militares e de Engenharia do Rio de Janeiro e da Faculdade de Direito de São Paulo difundiram as idéias positivistas, o que possibilitou a organização da Escola de Engenharia, em 1896. Como autores de livros didáticos com orientação positivista Rio Grande do Sul, temos Luiz Celestino de Castro, coronel-engenheiro, que escreveu Lições de Arithmetica, em 1883, como livro texto para suas aulas na Escola Militar e Demétrio Nunes Ribeiro, engenheiro que se formou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro e que trabalhou como professor e diretor da Escola Normal de Porto Alegre, tendo publicado dois livros didáticos Curso Elementar de Arithmética, a primeira parte em 1881 e a segunda em 1882 e deixado dois outros livros
  • 6. manuscritos. “Nem programas de ensino, nem pontos para exames preparatórios da época se importaram com as discussões de âmbito filosófico sobre as matemáticas. Os pontos e conteúdos a ensinar já estavam dados desde Ottoni. Não se estabeleceram uma reestruturação e reorganização das matemáticas a ponto de ter existido uma ‘matemática escolar positivista’. Ou, o que seria mais preciso dizer, uma matemática elementar nos moldes preconizados por Comte.” Escola Politécnica do Rio de Janeiro, por exemplo, em 1882, o então diretor, Inácio da Cunha Galvão, negou a Miguel Lemos a autorização para que este ministrasse um curso sobre Filosofia Positiva. Na câmara dos deputados, foram várias as manifestações contra a propaganda positivista, principalmente com relação à defesa da religião católica, adotada oficialmente no país naquela época. Ao mesmo tempo, Comte escreveu sua obra Filosofia Positiva em 1830 e a Matemática a que ele se referia era a do século XVIII e início do século XIX. Assim, quando Otto de Alencar Silva (1874-1912) inicia a publicação de seus trabalhos de pesquisa Matemática no Brasil, no final do século XIX, os novos conceitos e teorias da Matemática passam a ser divulgados e uma nova geração de matemáticos passa a refutar as idéias de Comte, procurando expulsá-las do ensino. Apesar deste enfraquecimento do positivismo, vários docentes de Matemática ainda continuaram a citar Comte em seus livros- textos publicados para o ensino. O declínio da influência positivista no ensino brasileiro de matemática se daria a partir da Reforma Francisco Campos (1931), que aceitou integralmente a proposta de reformulação do currículo de matemática apresentada pela Congregação do Colégio Pedro II, em 1928. A Reforma Francisco Campos estabelece a união das disciplinas matemáticas englobadas sob o título de Matemática e busca compatibilizar a modernização dos conteúdos e métodos do ensino secundário com todos os pontos da proposta de Euclides Roxo, adotando como idéia central do ensino a noção de função, que deveria fazer a conexão entre os tratamentos algébricos, aritméticos e geométricos dos conceitos. Na elaboração desta proposta, baseada no Movimento Internacional para a Modernização do Ensino de Matemática, destaca-se a figura de Euclides Roxo, diretor do Colégio Pedro II e seguidor das idéias que Félix Klein defendia através da Comissão Internacional de Ensino de Matemática.Entretanto, o ideário positivista ainda se manteve atuante nas medidas governamentais no início da República e na década de 1970, quando houve a tentativa de implantação da escola tecnicista. Por exprimir a confiança do homem no conhecimento científico, o positivismo conduz a uma visão de mundo coerente com a visão tecnicista de planejar, organizar, dirigir e controlar que foi introduzida no Brasil durante a ditadura militar e que prejudicou, sobretudo, as escolas públicas, por submeter o plano pedagógico ao administrativo e “transformar o professor em mero executor de tarefas organizadas pelo setor de planejamento”. Outro aspecto da influência do
  • 7. positivismo que ainda pode ser notado em Educação Matemática é o que se refere à adoção do recurso pedagógico da História da Matemática dentro de um enfoque recapitulacionista da evolução dos conceitos, conforme mostraremos a seguir. A influência do positivismo na prática escolar Na pratica escolar, o positivismo reconhece apenas dois tipos de conhecimentos científicos: o empírico, encontrado nas ciências naturais, e o lógico, constituído pela lógica e pela matemática. Isto faz com que as ciências em seu conjunto sejam elaboradas por modelos matemáticos e estatísticos, dando um caráter fragmentário e disperso ao saber científico. Por outro lado, ao aceitar como realidade somente os fatos que possam ser estudados, o positivismo também apóia a tese de que os estados mentais podem ser analisados pela observação de suas manifestações no comportamento, diminuindo assim a importância dos fatores culturais. Ao adotar o método experimental-matemático como o único que conduz ao conhecimento verdadeiro, o positivismo adquire um caráter conservador e legitimador da ordem estabelecida, por não considerar os valores, ideologias e visões sociais de mundo. Além disso, a visão positivista de que o único conhecimento verdadeiro é o produzido pela ciência com a aplicação do método experimental-matemático obriga o pesquisador a estudar a realidade através de partes isoladas e fixas, dá como exemplo os estudos sobre fracasso escolar que, ao invés de abordarem a dinâmica dos fatos, buscavam relações simples com fatos como anos de magistério dos professores, grau de formação profissional, nível sócio-econômico etc. Desse modo, a neutralidade do conhecimento positivo garantida pela objetividade do cientista ignora a influência dos fatores humanos na pesquisa e o princípio da verificação ao afirmar que só é verdadeiro o que pode ser empiricamente confirmável, acaba por limitar o conhecimento científico à experiência sensorial. Com isso, os valores culturais, as condições históricas e as diferentes condutas humanas são ignorados na unificação metodológica positivista para tratar a ciência natural e a ciência social. 3) Quais são as principais características do Neoliberalismo? E do Neoliberalismo político? Pode-se definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.
  • 8. Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo. Características do Neoliberalismo (princípios básicos): - mínima participação estatal nos rumos da economia de um país; - pouca intervenção do governo no mercado de trabalho; - política de privatização de empresas estatais; - livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização; - abertura da economia para a entrada de multinacionais; - adoção de medidas contra o protecionismo econômico; - desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas; - diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente; - posição contrária aos impostos e tributos excessivos; - aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico; - contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços; - a base da economia deve ser formada por empresas privadas; - defesa dos princípios econômicos do capitalismo. Críticas ao neoliberalismo Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionas. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional. Neoliberalismo político Depois que a dissolução da União Soviética selou o insucesso das economias centralizadas, a expressão "neoliberalismo" passou a ser amplamente usada pelos meios de comunicação. Ela não se vincula, porém, a uma ideologia sistematicamente definida, mas é aplicada a posições ou situações de esquerda ou direita, mais progressistas ou mais conservadoras. Neoliberalismo, em sentido amplo, é a retomada dos valores e ideais do liberalismo político e econômico que nasceu do pensamento iluminista e dos avanços da economia
  • 9. decorrentes da revolução industrial do final do século XVIII, com a adequação necessária à realidade política, social e econômica de cada nação em que se manifesta. Em sentido mais estrito designa, nas democracias capitalistas contemporâneas, as posições pragmáticas e ideologicamente pouco definidas dos defensores da política do "estado mínimo", que deve interferir o menos possível na liberdade individual e nas atividades econômicas da iniciativa privada e, ao mesmo tempo, manter, ampliar e tornar mais racional e eficiente o estado de bem-estar social. Há neoliberalismo de esquerda, de centro e de direita. Antecedentes do Neoliberalismo O movimento neoliberal caracterizou-se, num primeiro momento, pela mudança da postura liberal em relação ao papel do estado na vida econômica das democracias capitalistas. Manifestou-se durante a grande depressão da década de 1930, quando defendeu e implantou a intervenção do estado na economia para amenizar os efeitos sociais da crise econômica. Num segundo momento, que coincide com a crise da economia mundial da década de 1970, distinguiu-se pela adoção de critérios de eficiência e de busca de solução de problemas específicos do estado de bem-estar social e de progresso econômico nos moldes do capitalismo contemporâneo. Adquiriu características nacionais específicas nos diversos países em que ocorreu e traduziu as posições dos partidos políticos que adotaram seus postulados. Assim, em alguns países europeus continentais, foi assimilado por partidos de tendência conservadora e de direita; nos Estados Unidos e no Reino Unido, tornou-se bandeira da política progressista e de intervenção do estado na economia nacional para evitar ou contornar crises econômicas, promoveu mudanças nas relações de trabalho e de produção das economias nacionais, que beneficiaram setores sociais mais desvalidos, e incentivou o papel do estado na atividade empresarial, especialmente em setores em que a iniciativa privada se recusou a atuar, para aumentar a oferta de emprego. Foi denunciado por adversários conservadores como processo de socialização da vida do país pela criação do estado de bem-estar social. Neoliberais e conservadores É na verdade tênue o limite que separa neoliberais e conservadores, o que leva muitas vezes a uma identificação apressada das duas tendências. Há, no entanto, uma diferença fundamental: os neoliberais são progressistas, incentivam a mudança útil e defendem a manutenção do estado de bem-estar social, mas percebem a necessidade de reformá-lo para uma eficiência maior de gastos, a ampliação do universo dos beneficiados e a contenção de privilégios conquistados por grupos de interesse de forte presença na sociedade e no
  • 10. governo. Os conservadores, ao contrário, pregam a omissão quase absoluta do estado quanto ao rumo da economia nacional, consideram que cabe à "mão invisível" do mercado a condução das questões econômicas e ao indivíduo a responsabilidade por seu progresso pessoal e buscam restringir não só o universo dos beneficiários do estado de bem-estar mas os próprios limites desse estado. A confusão mais freqüente entre neoliberais e conservadores se verifica em relação às políticas adotadas ao longo de toda a década de 1980 pelos governos conservadores dos Estados Unidos e do Reino Unido, países em que é mais clara a identificação do neoliberalismo. Na tradição política dos dois países, as idéias liberais são o fundamento da formação do próprio conceito de estado, da democracia e da construção de seus partidos políticos. Nos Estados Unidos, os dois partidos que dominam o cenário político e se revezam no poder, o Republicano e o Democrata, têm raízes liberais, mas divergem na visão do papel do estado. Para o Partido Democrata, o governo deve atuar na vida social e econômica nacional; para o Republicano, quanto menos governo, melhor. A primeira atuação do neoliberalismo americano ocorreu num governo democrata, durante a grande depressão da década de 1930, e deu origem ao New Deal de Franklin Roosevelt, que inaugurou a presença do estado como um dos motores da economia nacional, rompeu com a tradição liberal ao intervir na economia e não deixá-la ao sabor da iniciativa privada, e deu origem ao estado de bem-estar. Os governos democratas ou republicanos que se seguiram mantiveram basicamente a mesma estrutura até a eleição do republicano Ronald Reagan em 1980, que conseguiu reverter a política do governo, apesar da oposição dos neoliberais democratas do Congresso, grupo que se elegeu a partir da crise da economia mundial da década de 1970 e da renúncia do presidente republicano Richard Nixon. Essa nova geração democrata no Congresso, herdeira do pensamento de John Kennedy, acreditava num novo liberalismo que buscasse solucionar problemas e não simplesmente manter um sistema que apresenta falhas, especialmente no processo que rege a aplicação dos benefícios do estado de bem-estar, deformado pelo excesso de instâncias e organizações burocráticas. Identificaram-se com a classe média, suas necessidades e interesses, e não com a burguesia empresarial dominante no liberalismo conservador e se caracterizaram por uma visão reformista nas questões sociais e na política externa, por idéias libertárias e antimilitaristas. Chegou ao poder executivo com a eleição de Bill Clinton para a presidência em 1992. Seus grandes adversários são os conservadores do Partido Republicano, que buscam retirar do estado a função de promover o progresso individual dos cidadãos e incentivar, se
  • 11. necessário com o corte de impostos, a presença cada vez maior da iniciativa privada na economia. Esse foi o programa do conservador republicano Ronald Reagan nos oito anos de seus dois mandatos na presidência e de seu sucessor também republicano George Bush. No Reino Unido, o liberalismo está também na raiz da formação dos partidos Conservador e Trabalhista, embora os trabalhistas tenham se inclinado fortemente para a social-democracia. Para o liberalismo britânico, o estado é sempre um mal necessário e deve ser mantido dentro de limites restritos. Os trabalhistas britânicos têm pontos em comum com os democratas americanos; os conservadores defendem posições próximas às dos republicanos de Reagan. A expressão maior do conservadorismo britânico é a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, que em seus 11 anos no cargo, de 1979 a 1990, promoveu um programa de privatizações das empresas estatais e combateu de forma radical os movimentos sindicais trabalhistas. Seu sucessor, John Major, também do Partido Conservador, deu continuidade ao processo em ritmo mais lento. Uma das conseqüências dessa política do governo conservador foi a queda do poder político dos sindicatos e de sua influência na sociedade civil. Liberais de ontem e de hoje A expansão do poder e da responsabilidade do governo que os liberais de hoje defendem é oposta à contração do poder e das responsabilidades do governo defendidos pelos liberais de ontem. O conteúdo do liberalismo varia de acordo com a mudança das condições nacionais e das contingências históricas mas sua inspiração é sempre a mesma: a hostilidade à concentração de poder que ameaça a liberdade do indivíduo e o impede de realizar suas potencialidades; a disposição de reexaminar e reconstruir as instituições sociais à medida que surgem novas necessidades. Essa disposição, temperada pela aversão à mudança súbita e cataclísmica, é o que diferencia o liberal do radical, que ignora seus riscos; seu entusiasmo no incentivo ao progresso e às transformações úteis distingue o liberal do conservador. Se o conteúdo varia, essas características constituem a forma distintiva e permanente do liberalismo novo ou velho. Neoliberalismo no Brasil Na versão brasileira, o neoliberalismo defende a limitação da participação do estado na atividade econômica e identifica-se com o ideal de "estado menor" e mais eficiente. Opõe-se ao corporativismo que domina as relações entre o estado e os poderosos grupos de interesse da sociedade civil que buscam influenciar as decisões de governo para manter privilégios, principalmente os que se formaram a partir das bases do trabalhismo lançadas por Getúlio
  • 12. Vargas no período de 1930 a 1945 e do estatismo, iniciado também por Vargas e acelerado a partir de seu segundo período no governo, de 1950 a 1954, que beneficiou categorias especiais de trabalhadores e especialmente de empresários. Para o neoliberalismo brasileiro, já se esgotou o modelo de estado empresário, que supriu, num momento essencial do desenvolvimento econômico, o papel do capital privado, que não se dispôs a investir em setores essenciais. Durante a ditadura militar de 1964 a 1985, a presença do estado na economia se ampliou até responder por aproximadamente um terço dos investimentos nos setores produtivos e mais da metade do capital bancário, com atuação em áreas as mais diversificadas da produção industrial e de serviços. O neoliberalismo brasileiro aproxima-se portanto do neoliberalismo americano e britânico e não do conservadorismo representados por Reagan e Thatcher e se identifica muito mais com o liberal-socialismo, que tenta uma síntese entre socialismo e liberalismo Referência: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 20ªed., SP: Paz e Terra, 2001. MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 20ªed., Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2006, p.21-33. MORIN, Edgar. O pensamento da ética. In: método 6. Ética. Porto Alegre: Sulina, 2005, p.19-30.