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Curso: Capacitação na Aplicação e Biossegurança
   Ambiental de Plantas Geneticamente Modificadas
               26 a 30 de novembro de 2012
                  Embrapa Milho e Sorgo




Análise de Risco de Plantas GM sobre
        Organismos não-alvo

                Carmen Pires*

         *carmen.pires@embrapa.br




                              Ministério da
                     Agricultura, Pecuária
                         e Abastecimento
CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008:
“Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos
Geneticamente Modificados e seus derivados.”
Art. 6º. Para efeitos desta Resolução Normativa
considera-se:
I – avaliação de risco: combinação de procedimentos ou
métodos, por meio dos quais se avaliam, caso a caso, os
potenciais efeitos da liberação comercial do OGM e seus
derivados sobre o ambiente e a saúde humana e animal.


II – organismo: toda entidade biológica capaz de
reproduzir ou transferir material genético, inclusive vírus
e outras classes que venham a ser conhecidas;
CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008:
“Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos
Geneticamente Modificados e seus derivados.”
Art. 6º. Para efeitos desta Resolução Normativa
considera-se:
I – avaliação de risco: combinação de procedimentos ou
métodos, por meio dos quais se avaliam, caso a caso,
os potenciais efeitos da liberação comercial do
OGM e seus derivados sobre o ambiente e a saúde
humana e animal.

II – organismo: toda entidade biológica capaz de
reproduzir ou transferir material genético, inclusive vírus
e outras classes que venham a ser conhecidas;
CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008:
“Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos
Geneticamente Modificados e seus derivados.”

                         ANEXO IV
           AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE
                       (A)PLANTAS
CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008:
“Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos
Geneticamente Modificados e seus derivados.”

                           ANEXO IV
             AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE
                         (A)PLANTAS

“3. os possíveis efeitos em organismos indicadores relevantes
(simbiontes, predadores, polinizadores, parasitas ou competidores
do OGM) nos ecossistemas onde se pretende efetuar o seu
cultivo, em comparação com o organismo parental do OGM em um
sistema de produção convencional;”
CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008:
“Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos
Geneticamente Modificados e seus derivados.”

                           ANEXO IV
             AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE
                         (A)PLANTAS

“3. os possíveis efeitos em organismos indicadores relevantes
(simbiontes, predadores, polinizadores, parasitas ou competidores
do OGM) nos ecossistemas onde se pretende efetuar o seu
cultivo, em comparação com o organismo parental do OGM em um
sistema de produção convencional;”

            Quais organismos indicadores?
CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008:
“Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos
Geneticamente Modificados e seus derivados.”

                           ANEXO IV
             AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE
                         (A)PLANTAS

“3. os possíveis efeitos em organismos indicadores relevantes
(simbiontes, predadores, polinizadores, parasitas ou competidores
do OGM) nos ecossistemas onde se pretende efetuar o seu
cultivo, em comparação com o organismo parental do OGM em um
sistema de produção convencional;”

            Quais organismos indicadores?

        Como selecionar esses organismos?
Caso (característica, cultura, ambiente receptor)                      Definição do Caso
                                                                           (levantamentos de
                                                                                  informação)
   Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os                 Modelo conceitual
        serviços ambientais no ambiente receptor                    Formulação do Problema


                                                                                Etapa (Tier) 1
                 Priorizar Grupos Funcionais

        Associação           Significância funcional no
       com a cultura             sistema de cultivo
                                                                                                  Metodologia para
                                                                                Etapa (Tier) 2
                 Priorizar Espécies ou grupos
                                                                                                  Análise de Risco de
            Identificação
               Rotas de
                                  Identificação
                                  Rotas Efeitos
                                                                   Especificação de medidas
                                                                            do efeito adverso
                                                                                                   Plantas GM em
              Exposição             Adversos                                      (endpoints)
                                                                                                 Organismos não-alvo
                                                                     Identificação da cadeia
             Construção Hipóteses de Risco                      causal entre o estressor e o
                                                                              efeito adverso

             Priorizar hipóteses para espécies                               Etapa (Tier) 3
                 selecionadas ou processos                      Planejamento Experimental


                    Selecionar e conduzir                                   Fase de análise
                        Experimentos                                               Tier 4...n
                                                               Caracterização da Exposição
                                                           Caracterização do Efeito Adverso
                          Decisão
Hipótese pode           baseada em                                   Caracterização do Risco
ser descartada             Dados



                         Hipótese
                        confirmada
Algodoeiro Bt no Brasil: Grupos funcionais
                      selecionados




                           Produção ↓


                                        Solo ↓
                                        Saúde


                                                 Non-crop


                                                            Valor


                                                                         Valor


                                                                                        Qualidade


                                                                                                     Doenças
                                                 econ. ↓


                                                            cultural ↓




                                                                                        ambiente ↓


                                                                                                     humanas ↑
                                                                            Conserv.↑
Efeitos Adversos →

Grupos Funcionais
Herbívoros - praga          X            X         X
Predadores/ Parasitóides    X
Polinizadores de
   culturas                 X                       X                        X
Decompositores de solo      X             X                                                X
Espécies ameaçadas de
   Extinção                                                                  X
Doenças de plantas          X
Caso (característica, cultura, ambiente receptor)                      Definição do Caso
                                                                           (levantamentos de
                                                                                  informação)
   Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os                 Modelo conceitual
        serviços ambientais no ambiente receptor                    Formulação do Problema


                                                                                Etapa (Tier) 1
                 Priorizar Grupos Funcionais

        Associação           Significância funcional no
       com a cultura             sistema de cultivo
                                                                                                  Metodologia para
                                                                                Etapa (Tier) 2
                 Priorizar Espécies ou grupos
                                                                                                  Análise de Risco de
            Identificação
               Rotas de
                                  Identificação
                                  Rotas Efeitos
                                                                   Especificação de medidas
                                                                            do efeito adverso
                                                                                                   Plantas GM em
              Exposição             Adversos                                      (endpoints)
                                                                                                 Organismos não-alvo
                                                                     Identificação da cadeia
             Construção Hipóteses de Risco                      causal entre o estressor e o
                                                                              efeito adverso

             Priorizar hipóteses para espécies                               Etapa (Tier) 3
                 selecionadas ou processos                      Planejamento Experimental


                    Selecionar e conduzir                                   Fase de análise
                        Experimentos                                               Tier 4...n
                                                               Caracterização da Exposição
                                                           Caracterização do Efeito Adverso
                          Decisão
Hipótese pode           baseada em                                   Caracterização do Risco
ser descartada             Dados



                         Hipótese
                        confirmada
O que abordaremos:

- Processo de seleção de organismos não-alvo para
  as ARA (espécies dentro de grupos funcionais)

- Rotas de Exposição

- Efeitos Adversos

- Hipóteses de Risco
Caso (característica, cultura, ambiente receptor)                      Definição do Caso
                                                                           (levantamentos de
                                                                                  informação)
   Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os                 Modelo conceitual
        serviços ambientais no ambiente receptor                    Formulação do Problema


                                                                                Etapa (Tier) 1
                 Priorizar Grupos Funcionais

        Associação           Significância funcional no
       com a cultura             sistema de cultivo
                                                                                                  Metodologia para
                                                                                Etapa (Tier) 2
                 Priorizar Espécies ou grupos
                                                                                                  Análise de Risco de
            Identificação
               Rotas de
                                  Identificação
                                  Rotas Efeitos
                                                                   Especificação de medidas
                                                                            do efeito adverso
                                                                                                   Plantas GM em
              Exposição             Adversos                                      (endpoints)
                                                                                                 Organismos não-alvo
                                                                     Identificação da cadeia
             Construção Hipóteses de Risco                      causal entre o estressor e o
                                                                              efeito adverso

             Priorizar hipóteses para espécies                               Etapa (Tier) 3
                 selecionadas ou processos                      Planejamento Experimental


                    Selecionar e conduzir                                   Fase de análise
                        Experimentos                                               Tier 4...n
                                                               Caracterização da Exposição
                                                           Caracterização do Efeito Adverso
                          Decisão
Hipótese pode           baseada em                                   Caracterização do Risco
ser descartada             Dados



                         Hipótese
                        confirmada
Metodologia para Análise de Risco de Plantas
               GM em Organismos não-alvo



                                              Etapa (Tier) 1

 Associação     Significância Funcional no    Seleção de
com a Cultura       Sistema de Cultivo         espécies:
                                               Matriz 1


     Priorizar espécies ou grupos de
                 espécies
Critérios para classificar dentro dos grupos
 funcionais: 1. Associação com a cultura
    Distribuição Geográfica
    Especialização de Habitat
    Prevalência
    Abundância
    Fenologia
         da cultura
         ciclo de vida da espécie ou taxon na cultura

Obs.: critérios específicos para certos
grupos funcionais !!
Critérios para classificar dentro dos grupos
     funcionais: 2. Significância Funcional


Qual a significância funcional da espécie ou
                   taxon?




                                      GMO ERA Project
Biodiversidade funcional nos
         agroecossistemas

Vegetação natural
                       Na cultura-alvo
    próxima




           Em outras culturas

                                         GMO ERA Project
Significância Funcional para cada Espécie
          ou Grupo de Espécies
 Grupos Funcionais:
  Pragas -

        Herbívoros praga
        Patógenos praga
        Ervas daninhas
    Polinizadores
    Agentes de Controle
     Biológico -
        Predadores
        Parasitas, patógenos e
         parasitóides             GMO ERA Project
Significância Funcional: critérios de seleção


     • Potencial na cultura-alvo

     • Potencial em outras culturas

     • Potencial em áreas naturais

     • Outros papeis ecológicos




                                      GMO ERA Project
Matriz de Seleção 1
Grupo Funcional:          Associação com a        Significãncia
Predadores                    Cultura              Funcional
                      DG    EH   P   A   Fe   C    OC    VN   OF   Classificação

Vespa                 3     1    3   2   1    1    1     2    ?    14
Polistes spp.
Percevejo             3     1    2   2   1    2    2     2    ?    15
Podisus nigrispinus
Joaninha              3     1    3   3   2    3    3     2    ?    20
Cycloneda sanguinea
Tesourinha            3     1    3   3   1    2    3     ?    ?    16
Doru luteipes
Crisopídeos           3     1    2   2   2    3    1     2    ?    16
Chysoperla externa
Aranhas               3     1    3   3   1    ?    2     2    ?    15
Thomisidae
Matriz de Seleção 1
Grupo Funcional:          Associação com a        Significância
Predadores                    Cultura              Funcional
                      GD    HS   P   A   TL   C    OC    NA   OF   Classificação

Vespa                 3     1    3   2   1    1    1     2    ?    14
Polistes spp.
Percevejo             3     1    2   2   1    2    2     2    ?    15
Podisus nigrispinus
Joaninha              3     1    3   3   2    3    3     2    ?    20
Cycloneda sanguinea
Tesourinha            3     1    3   3   1    2    3     ?    ?    16
Doru luteipes
Crisopídeos           3     1    2   2   2    3    1     2    ?    16
Chysoperla externa
Aranhas               3     1    3   3   1    ?    2     2    ?    15
Thomisidae
Caso (característica, cultura, ambiente receptor)                      Definição do Caso
                                                                           (levantamentos de
                                                                                  informação)
   Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os                 Modelo conceitual
        serviços ambientais no ambiente receptor                    Formulação do Problema


                                                                                Etapa (Tier) 1
                 Priorizar Grupos Funcionais

        Associação           Significância funcional no
       com a cultura             sistema de cultivo
                                                                                                  Metodologia para
                                                                                Etapa (Tier) 2
                 Priorizar Espécies ou grupos
                                                                                                  Análise de Risco de
            Identificação
               Rotas de
                                  Identificação
                                  Rotas Efeitos
                                                                   Especificação de medidas
                                                                            do efeito adverso
                                                                                                   Plantas GM em
              Exposição             Adversos                                      (endpoints)
                                                                                                 Organismos não-alvo
                                                                     Identificação da cadeia
             Construção Hipóteses de Risco                      causal entre o estressor e o
                                                                              efeito adverso

             Priorizar hipóteses para espécies                               Etapa (Tier) 3
                 selecionadas ou processos                      Planejamento Experimental


                    Selecionar e conduzir                                   Fase de análise
                        Experimentos                                               Tier 4...n
                                                               Caracterização da Exposição
                                                           Caracterização do Efeito Adverso
                          Decisão
Hipótese pode           baseada em                                   Caracterização do Risco
ser descartada             Dados



                         Hipótese
                        confirmada
Metodologia para Análise de Risco de Plantas
                GM em Organismos não-alvo

                                          Etapa (Tier) 2
                                       Especificação de
Identificação                         medidas do efeito
                    Identificação
   Rotas de                         adverso (endpoints)
                    Rotas Efeitos
  Exposição           Adversos
                                       Identificação da
                                    cadeia causal entre
                                         o estressor e o
Construção Hipóteses de Risco            efeito adverso



    Priorizar hipóteses para             Etapa (Tier) 3
    espécies selecionadas ou             Planejamento
            processos                     Experimental
Metodologia para Análise de Risco de Plantas
                GM em Organismos não-alvo

                                          Etapa (Tier) 2
                                       Especificação de
Identificação                         medidas do efeito
                    Identificação
   Rotas de                         adverso (endpoints)
                    Rotas Efeitos
  Exposição           Adversos
                                       Identificação da
                                    cadeia causal entre
                                         o estressor e o
Construção Hipóteses de Risco            efeito adverso



    Priorizar hipóteses para             Etapa (Tier) 3
    espécies selecionadas ou             Planejamento
            processos                     Experimental
Exposição e Efeitos adversos


• Essa etapa é realizada somente com as espécies que
receberam as prioridades mais altas na Etapa 1.

• Essa etapa requer informação sobre o nível de
expressão do transgene específico.




                                            GMO ERA Project
Examplo: Algodoeiro Bt no sul dos EUA (Akin et al 2002)

             Table 1. Cry1Ac levels (ppm) among plant parts for three locations
                                      2000 and 2001.

     Plant part                               Concentration [ppm]

     Terminal leaf                                2.4 + 0.15 cd
     Lower canopy leaf                            3.6 + 0.35 a
     Young square                                 1.8 + 0.15 ef
     White flower petal                           3.1 + 0.23 b
     White stamen                                 2.7 + 0.13 bc
     Pink petals                                  2.4 + 0.11 cd
     Pink stamen                                  2.2 + 0.13 de
     Young boll                                   2.1 + 0.15 de
     10-14 d-old boll wall                        2.9 + 0.21 b
     10-14 d-old boll . internal contents         1.5 + 0.08 f

     Numbers not followed by a common letter are significantly different
     (p<0.05, Proc GLM; SAS Institute 1998).


                                                                      GMO ERA Project
Examplo: Algodoeiro Bt no sul dos EUA (Akin et al 2002)

    Table 2. Cry2Ab levels (ppm) among plant parts for three locations separated by year.

                                              Concentration [ppm]

 Plant part                               2000                      2001
 Terminal leaf                        13.5 + 2.07 f             5.5 + 0.80 ef
 Lower canopy leaf                    21.0 + 1.72 bc            14.4 + 0.34 a
 Young square                         15.5 + 1.52 ef            11.2 + 1.52 b
 White flower petal                   20.1 + 2.77 bcd           8.4 + 0.60 cd
 White stamen                         26.2 + 0.69 a             8.8 + 0.70 bcd
 Pink petals                          17.5 + 0.24 de            5.4 + 0.48 f
 Pink stamen                          18.8 + 2.17 cde           5.6 + 0.46 ef
 Young boll                           22.9 + 1.43 ab            8.0 + 1.76 cde
 10-14 d-old boll wall                10.0 + 2.27 g             9.0 + 0.99 bc
 10-14 d-old boll.internal contents   22.0 + 0.85 bc            6.4 + 0.32 def

 Numbers not followed by a common letter are significantly different (p<0.05, Proc
 GLM; SAS Institute 1998).


                                                                       GMO ERA Project
Expressão da Toxina

Planta GM    Folha   Flor   Estame   Pólen    Fruto   Xilema   Floema   Raiz    Exudados     Autores
                                                                                   da raiz

Algodoeiro                                                                                   Akinet
    Bt                                                                                       al
(Cry1Ac)     +++      +++     ++               ++                                            (2002)

                                                                                             Green-
                                                                                             plate
                                                                                             et al.
                                       +                                                     (1998)

Algodoeiro                                                                                   Akin et
    Bt                                                                                       al
(Cry 2Ab)     ++      ++     +++               ++                                            (2002)


Milho Bt                                                                ++                   Nguyen
(Cryi AB)                                                                                    (2004)

                                                                                             Saxena &
                                                                                             Stotzky
             +++                       +       ++                                   +        (2000)


                                                                               GMO ERA Project
O nível de expressão do transgene
                 depende:


• Variedade da espécie na qual o transgene foi
  inserido,
• Tecido da planta,
• Condições ambientais.




                                     GMO ERA Project
Exposição e efeitos adversos como uma cadeia
                 causal hipotética

O que vocês entendem por Exposição?




                                      GMO ERA Project
Exposição e efeitos adversos como uma cadeia
                   causal hipotética

O que vocês entendem por Exposição?
Exposição = condição de estar sendo submetido a uma
ação ou uma influência (ou: o contato ou a co-ocorrência
de um estressor com um receptor. EPA; USEPA 1998).
Estressor = qualquer entidade física, química ou biológica que
possa induzir uma resposta adversa.

Resposta Adversa ou Efeitos Adversos = trocas que são
consideradas indesejáveis porque elas alteram o valor estrutural ou
características funcionais dos ecossistemas ou de seus
componentes.
                                                     GMO ERA Project
Exposição e efeitos adversos como uma
       cadeia causal hipotética



• Análise de exposição:
         a) produtos dos transgene,
         b) metabólitos do transgene, ou
         c) trocas mediadas pelo transgene
            na planta GM.




                                       GMO ERA Project
Exemplo: Teia trófica no algodão




            Cultura
Cultura + herbívoros
(incluindo polinizadores, microrganismos pragas, biota de solo e vetores)
Cultura + herbívoros + parasitóides/parasitas/predadores
             (insetos, fungos, bactérias, ácaros, outros)
Cultura + herbívoros + parasitóides/parasitas/predadores +
               hiperparasitóides/predadores
Teias Tróficas: Interações bitróficas e tritróficas
Exemplos: parasitóide/ planta
                  polinizador/ planta
                  predador/ planta


                                        Néctar, pólen
                                                               polinizador
parasitóide de larva                        exudados
                                            da planta
             larva herbívoro




                                                        larva predador
Pólen
                     Tecidos das         μg/g
                        folhas              Floema
                         μg/g                μg/g
                 Sabugo e palha
                     μg/g
                                            Xilema μg/g
Acima do Solo              Estames
                             μg/g
Abaixo no Solo                             Raízes μg/g

                                   Exudados das raizes
                                         μg/g
Exposição e efeitos adversos como uma cadeia causal hipotética


                               Consumidores em
                               níveis bitróficos


                                          Pólen
                      Tecidos das         μg/g
                         folhas              Floema
                          μg/g                μg/g
                  Sabugo e palha
                      μg/g
                                             Xilema μg/g
 Acima do Solo              Estames
                              μg/g
 Abaixo no Solo                             Raízes μg/g

                                    Exudados das raizes
                                          μg/g

                               Consumidores em
                               níveis bitróficos
Exposição e efeitos adversos como uma cadeia causal hipotética


Consumidores em                 Consumidores em
níveis tróficos mais            níveis bitróficos
elevados

                                            Pólen
                        Tecidos das         μg/g
                           folhas              Floema
                            μg/g                μg/g
                  Sabugo e palha
                      μg/g
                                               Xilema μg/g
 Acima do Solo               Estames
                               μg/g
 Abaixo no Solo                               Raízes μg/g

                                      Exudados das raizes
                                            μg/g
 Consumidores em
 níveis tróficos mais            Consumidores em
 elevados                        níveis bitróficos
A exposição pode ocorrer:
 • folhas, caules, brotações
 • raízes, bulbos, rizomas
 • frutos, sementes
 • floema
 • nectários florais e extra-florais
 • exudados, xilema
 • resíduos da planta, folhas senescentes e raízes
 • exudados das raízes
 • espécies herbívoras que se alimentaram na planta
 • “honeydew” produzidos pelos homópteras
 • outras excreções dos herbívoros (fezes)
 • consumidores secundários (predadores, parasitóides
  e parasitas)
                                            GMO ERA Project
Matriz 1: Priorização de organismos não-alvo baseado em
            princípios ecológicos.
Matriz 1    Ponto final: Lista de espécies/organismos classificados de
            acordo com os riscos potenciais de exposição à cultura.



    Seleção de espécies
    ranqueadas com valores mais
    alto



            Matriz 2: Avaliação do potencial de exposição direta
            e indireta ao transgene e/ou aos seus metabólitos.
Matriz 2    Ponto final: Lista de espécies classificadas de
            acordo com o risco de exposição ao trasngene.
Matriz de Seleção 1
Grupo Funcional:            Potencial de            Significância
Predadores                   Exposição               Funcional
                       GD   HS   P   A     TL   C    OC    NA   OF   Classificação

Vespa                  3    1    3   2     1    1    1     2    ?    14
Polistes spp.
Percevejo              3    1    2   2     1    2    2     2    ?    15
Podisus nigrispinus
Joaninha               3    1    3   3     2    3    3     2    ?    20
Cycloneda sanguinea
Tesourinha             3    1    3   3     1    2    3     ?    ?    16
Doru luteipes
Crisopídeos            3    1    2   2     2    3    1     2    ?    16
Chysoperla externa
Aranhas                3    1    3   3     1    ?    2     2    ?    15
Thomisidae
A. Identificar as rotas de exposição (direta e
indireta):

• Direta: O inseto se alimenta na planta? É possível a exposição à
toxina ou já se conhece algum caso comprovado? Listar as
diferentes possibilidades.

• Indireta: A presa/hospedeiro são expostos à toxina? É possível a
exposição à toxina ou já se conhece algum caso? Listar as
diferentes possibilidades.

• A exposição altera o comportamento, alterando o nível de
exposição?
B. Classificar as espécies que são mais possíveis
  de serem expostas à toxina:


• Use dados que possam indicar a possibilidade de exposição


• Podemos classificar as espécies em grupos:
      - possivelmente serão expostas/ possivelmente Não serão
expostas OU
      - probabilidade de exposição alta/ média/ baixa
                  OU

      1 = alta probabilidade de exposição
      2 = média probabilidade de exposição
      3 = baixa probabilidade de exposição
                                                 GMO ERA Project
Matriz 2
  É necessário conhecermos o nível de
          expressão da toxina!
Classificação:
 1 = alta probabilidade de exposição
 2 = média probabilidade de exposição
 3 = baixa probabilidade de exposição

 Classificações são frequentemente relativas e
  depende do conhecimento de especialistas !!!
Incertezas e Precaução

• Preencher as lacunas do conhecimento com respostas que
  poderão resultar: alta exposição ou possivelmente será
  exposta (isso é o “pior cenário possível” de acordo com o
  Protocolo de Cartagena)

• Classificar as espécies assumindo e não assumindo o
  “pior cenário possível”.

• Se o “pior cenário possível” indica que as espécies poderão
  ser altamente expostas à toxina, então será importante
  coletar dados para reduzir essas incertezas.


                                                   GMO ERA Project
Matriz de Seleção 2

                      Potencial Máximo de Exposição         Classificação
      Espécie                                         Sig
                        ME        CE         NE                 Final
     Percevejo
                         2         2         1        2           2
Podisus nigrispinus

     Joaninha
                         2         2         1        1           1
Cycloneda sanguinea
    Crisopídeos
                                                             MD, CE: 2
                       2 ou 3    2 ou 3      1        1
Chysoperla externa                                             NE: 1

     Aranhas
                         3         3         3        3           3
    Thomisidae
Metodologia para Análise de Risco de Plantas
                GM em Organismos não-alvo

                                          Etapa (Tier) 2
                                       Especificação de
Identificação                         medidas do efeito
                    Identificação
   Rotas de                         adverso (endpoints)
                    Rotas Efeitos
  Exposição           Adversos
                                       Identificação da
                                    cadeia causal entre
                                         o estressor e o
Construção Hipóteses de Risco            efeito adverso



    Priorizar hipóteses para             Etapa (Tier) 3
    espécies selecionadas ou             Planejamento
            processos                     Experimental
Efeitos adversos resultantes
   das rotas de exposição
I. Caracterização de Efeito Adverso

   • O que é um efeito adverso?
I. Caracterização de Efeito Adverso

 • O que é um efeito adverso?

 Mudanças que são consideradas indesejáveis
   porque elas alteram o valor estrutural ou
características funcionais dos ecossistemas ou
             de seus componentes.
I. Caracterização de Efeito Adverso
 • O que é um efeito adverso?
 Exemplos:
   - decréscimo no controle biológico de
   populações de insetos-praga.
   - redução população de abelhas
   polinizadoras.
   - surgimento de novas pragas.
   - desenvolvimento de resistência ao
   inseticida Bt.

                                   GMO ERA Project
1. Caracterização do Efeito Adverso

O que é caracterização do efeito
 adverso?
Caracterização das consequencias negativas
potenciais de cada efeito adverso.




                                     GMO ERA Project
Consequências do efeito adverso


      •   Magnitude
      •   Tempo
      •   Escala espacial
      •   Reversibilidade
Impacto Ambiental de Organismo
     Geneticamente Modificado (OGM)
Vai depender (entre outros):
 Da espécie na qual a nova característica foi
  introduzida.
 Da espécie doadora do gene de interesse.

   Do produto de expressão do gene.
   Dos outros genes presentes no “cassete de
    expressão”.
   Do ambiente no qual o OGM será introduzido.
Plantas GM podem afetar
            os Inimigos Naturais:
 Diretamente através da alimentação sobre partes
  da planta que expressam a proteína,

 Indiretamente através da utilização de presas que
  se alimentam sobre plantas GM,

 Indiretamente reduzindo as populações de presas
  (biodiversidade agrícola),

 Indiretamente através da interferência na
  comunicação química planta-presa-IN.
Metodologia para Análise de Risco de Plantas
                GM em Organismos não-alvo

                                          Etapa (Tier) 2
                                       Especificação de
Identificação                         medidas do efeito
                    Identificação
   Rotas de                         adverso (endpoints)
                    Rotas Efeitos
  Exposição           Adversos
                                       Identificação da
                                    cadeia causal entre
                                         o estressor e o
Construção Hipóteses de Risco            efeito adverso



    Priorizar hipóteses para             Etapa (Tier) 3
    espécies selecionadas ou             Planejamento
            processos                     Experimental
Estressor                                  Planta Bt

                             Bt -> afídeos             Polen Bt
               Rota de       alimentando nessa
               Exposição     planta
               Hipotética
                                       Toxina Bt ingerida
                                       pela joaninha
                                                                  Seleção do
                                                                  Ponto Final de
                                        Mortalidade ou            Avaliação
                                        redução da
               Rota dos                 adaptabilidade
Rota           Efeitos                  devido a ingestão
Causal         Adversos                 da toxina Bt
               Hipótéticos
                                      Redução na população
                                          do predador



                                      Redução no controle
                 Efeitos              biológico natural
                 Adversos             Aumento de pragas
Ponto Final                           secundárias ou outras
(“Endpoint”)                          pragas não-alvo da
                                      planta Bt.
Estressor                                  Planta Bt

                             Bt -> afídeos             Polen Bt
               Rota de       alimentando nessa
               Exposição     planta
               Hipotética
                                       Toxina Bt ingerida
                                       pela joaninha
                                                                  Seleção do
                                                                  Ponto Final de
                                        Mortalidade ou            Avaliação
                                        redução da
               Rota dos                 adaptabilidade
Rota           Efeitos                  devido a ingestão
Causal         Adversos                 da toxina Bt
               Hipótéticos
                                      Redução na população
                                          do predador



                                      Redução no controle
                 Efeitos              biológico natural
                 Adversos             Aumento de pragas
Ponto Final                           secundárias ou outras
(“Endpoint”)                          pragas não-alvo da
                                      planta Bt.
Caracterização de Efeito Adverso:
        Definir um Ponto Final
       de Avaliação (“Endpoint”)
     O que é um Ponto Final de Avaliação?

  É definido em Diretrizes para Avaliação de
    Risco Ecológico (EUA EPA, 1998) como
"uma expressão explícita do valor ambiental a
   ser protegido, operacionalmente definido
     como uma entidade ecológica e seus
                   atributos.”
Caracterização de Efeito Adverso:
        Definir um Ponto Final
       de Avaliação (“Endpoint”)
     O que é um Ponto Final de Avaliação?

  É definido em Diretrizes para Avaliação de
    Risco Ecológico (EUA EPA, 1998) como
"uma expressão explícita do valor ambiental a
   ser protegido, operacionalmente definido
     como uma entidade ecológica e seus
                   atributos.”
Caracterização de Efeito Adverso:
      Definir um Ponto Final
     de Avaliação (“Endpoint”)
  O que é um Ponto Final de Avaliação?

               Entidade ecológica
(espécie, grupo funcional, população, comunidade,)
                         +
                     Atributo
(fecundidade, densidade, número de espécies, etc )

                            (US EPA 1998)
Ponto Final de Avaliação =
       População de Doru luteipes no milho Bt (entidade ecológica)
                  + densidade de adultos na área, etc (atributo)



                                     - Densidade
Foto: Ivan Cruz                      populacional de
                                     adultos e imaturos
                                     no milho Bt                   Ponto
                                +    - Mortalidade
                                                                   Final de
                                     quando alimentada             Avaliação
                                     com lagartas que
                                     se alimentaram em
      Doru luteipes                  milho Bt. Etc...
Estressor                               Planta Bt

                          Bt -> afídeos             Polen Bt
            Rota de       alimentando nessa
            Exposição     planta
            Hipotética
                                    Toxina Bt ingerida
                                    pela joaninha
                                                           Seleção do
                                     Mortalidade ou        Ponto Final de
                                     redução da            Avaliação
            Rota dos                 adaptabilidade
Rota        Efeitos                  devido a ingestão
Causal      Adversos                 da toxina Bt
            Hipótéticos
                                   Redução na população
                                       do predador



                                   Redução no controle
              Efeitos              biológico natural
              Adversos             Aumento de pragas
End point                          secundárias ou outras
                                   pragas não-alvo da
                                   planta Bt.
Ranqueando as Hipóteses de Risco
                               Aumento da adaptabilidade e
                                 preferência por plantas
                 Toxina Bt          hospedeiras GM
              ingerida pelo
                pulgão do
                algodoeiro
                                Redução dos predadores ou
                                      parasitóides



 Algodoeiro                                                      Aumento de
     Bt                         Redução dos predadores ou
                                                              herbívoros não-alvo
                                      parasitóides
 Iniciador
                 Toxina Bt
               ingerida por        Ausência ou baixa
              herbívoro alvo   abundância de competidores       Novas pragas
                                       herbívoros
                                                              Perda de produção

                               Redução no uso de pesticidas      “Endpoint”



Probabilidade: qual é a chance de ocorrência de cada hipótese
                           de risco?
Ranqueando as Hipóteses de Risco
                                   Aumento da adaptabilidade e
                                     preferência por plantas
                      Toxina Bt         hospedeiras GM
                   ingerida pelo
                     pulgão do
                     algodoeiro
                                    Redução dos predadores ou
                                          parasitóides



Algodoeiro                                                           Aumento de
    Bt                              Redução dos predadores ou
                                                                  herbívoros não-alvo
                                          parasitóides
Iniciador
                     Toxina Bt
                   ingerida por        Ausência ou baixa
                  herbívoro alvo   abundância de competidores       Novas pragas
                                           herbívoros
                                                                  Perda de produção

                                   Redução no uso de pesticidas      “Endpoint”



             Viabilidade: as hipóteses podem ser testadas?
Testable hypothesis of risk
          Estratégias para testar um grupo de
                   hipóteses de risco



   Ligações causais fracas
   Ligações causais chaves
   Experimentos fácies e difíceis
   Escalonar os testes
   “Endpoints” experimentais
   Ligações causais fracashypothesis of risk
                Testable
    Ligações causais chaves
1) Milho Bt resistente a lagartas, parasitóide de ovos de lagartas
   Trichogramma sp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae).




2) Milho Bt resistente a lagartas, predador de larvas de instar I de S.
   frugiperda, Doru luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae).
Hipóteses de Risco Testáveis
      Experimentos para testar as hipóteses:
   Se assegure que o parasitóide será exposto a toxina
    Bt.
   Considere as características do ciclo de vida e
    comportamento de alimentação do parasitóde.
   Considere   a   biologia   e   comportamento      de
    alimentação do hospediero.
   Considere as taxas de mortalidade das larvas do
    parasitóde.
   Considere o impacto do parasitóide no controle
    biológico de pragas: populações naturais X
    populações liberadas.
                                              GMO ERA Project
Testable hypothesis of risk

     2. Ranqueando os testes para as
             Hipóteses de Risco

   Probabilidade: qual é a chance disso ocorrer?
   Viabilidade: essa hipótese pode ser testada?




                                             GMO ERA Project
Hipóteses de Risco Testáveis
      Experimentos para testar as hipóteses:
   Avaliar o conteúdo de toxina Bt dentro dos ovos dos
    herbívoros (hospedeiro do parasitóide).
   Determinar  se a toxina Bt afeta os imaturos         do
    Trichogramma (desenvolvimento e sobrevivência)
   Determinar se o comportamento de busca do Trichogramma
    é afetado pela presença da toxina Bt dentro dos ovos do
    herbívoro.
   Avaliar o impacto geral da mortalidade ou redução de
    adaptabilidade do Trichogramma no controle biológico.

                      Probabilidade
                                                 GMO ERA Project
Hipóteses de Risco Testáveis
      Experimentos para testar as hipóteses:
   Avaliar o conteúdo de toxina Bt dentro dos ovos dos
    herbívoros (hospedeiro do parasitóide).
   Determinar  se a toxina Bt afeta os imaturos         do
    Trichogramma (desenvolvimento e sobrevivência)
   Determinar se o comportamento de busca do Trichogramma
    é afetado pela presença da toxina Bt dentro dos ovos do
    herbívoro.
   Avaliar o impacto geral da mortalidade ou redução de
    adaptabilidade do Trichogramma no controle biológico.

                       Viabilidade
                                                 GMO ERA Project
Análise de Risco:

              Formulação do Problema


           Caracterização   Caracterização          Avaliação
            da Exposição     dos Efeitos            do Risco

                   Caracterização
                      do Risco


                  Estratégias de
Manejo            Manejo de Risco
do Risco                                     Modificado de R.Hill (2005)
                                             EPA (1998)
                  Monitoramento              EU (2002)

                   e Avaliação
A qualidade da
           Formulação do Problema
        avaliação dependerá
               do grau de
        Caracterização Caracterização           Avaliação
             conhecimento
         da Exposição      dos Efeitos          do Risco
       existente (sobre o que
                Caracterização
       será realizado e sobre
                   do Risco
       os efeitos esperados).
               Estratégias de
Manejo         Manejo de Risco
do Risco                            Modificado de R.Hill (2005)
               Monitoramento        EPA (1998)
                                    EU (2002)
                e Avaliação
Fonte: http://www.isaaa.org/resources/publications/briefs/43/executivesummary/default.asp, Página
consultada em 11/04/2012.
Plantas Bt liberadas para plantio comercial no Brasil
                              Proteína
     Cultura Nome comercial                         Pragas-alvo
                              expressa
               Monsanto:                 Spodoptera frugiperda, Heliothis
     Milho     Mon810 -       Cry1Ab     virescens, Helicoverpa zea,
               Yieldgard                 Diatraea saccharalis.
                                         Spodoptera frugiperda, Heliothis
     Milho   Syngenta: Bt11   Cry1Ab     virescens, Helicoverpa zea,
                                         Diatraea saccharalis.
             Dow/Pioneer e
                Dupont:                Spodoptera frugiperda, Heliothis
     Milho                     Cry1F
               Herculex -              virescens, Helicoverpa zea,
                TC1507                 Diatraea saccharalis.
                                       Helicoverpa zea, Spodoptora
             Syngenta: MIR             frugiperda, Agrotis ipsilon,
     Milho                    Vip3A
                  162                  Ostrinia nubialis, Striacosta
                                       albicosta.
                                       Spodoptera frugiperda, Heliothis
               Monsanto:   Cry1A.105 e
     Milho                             virescens, Helicoverpa zea,
               Mon89034      Cry2Ab2
                                       Diatraea saccharalis
               Monsanto:
     Milho                  Cry3Bb1A Larvas de Diabrotica sp.
               Mon88017
Proteína
Cultura     Nome comercial                                        Pragas-alvo
                                    expressa
            MON 87701  x           Cry1Ac e
 Soja                                            Lepidopteras e resistência a herbicida
             MON 89788             CP4 EPSPS
                                                Alabama argillacea, Pectinophora
          Monsanto: Bollgard
Algodão                          Cry1Ac e NPTII gossypiella e Heliothis virescens. Resistência
               - Evento 531
                                                a herbicida
                                                A. argillacea, H. virescens, P. gossypiella e
          Monsanto: Bollgard II Cry1Ac, Cry2Ab2 Spodoptera frugiperda. Parcial para
Algodão
          - evento MON 15985        e NPTII     Spodoptera spp. e Helicoverpa zea.
                                                Resistência a herbicida.
                                                Alabama argillacea, Heliothis virescens,
          Monsanto:       MON Cry1Ac, NPTII e
Algodão                                         Helicoverpa zea e Pectinophora gossypiella.
             531 x MON 1445        CP4 EPSPS
                                                Resistência a herbicida.
                                                Heliothis virescens, Helicoperva zea,
           Dow AgroSciences:                    Spodoptera frugiperda, Alabama argillacea,
          Algodão Widestrike - Cry1Ac, Cry1F e Pectinophora gossypiella, Spodoptera
Algodão
          evento 281-24-236 x         PAT       exigua, Spodoptera eridania, Spodoptera
               3006-210-23                      frugiperda, Pseudoplusia includens,
                                                Trichoplusia ni. Resistência a herbicida.
                                                Alabama argillacea, Helicoverpa zea,
              Bayer: Algodão
                                Cry1Ab, Cry2Ae Heliothis virenscens, Spodoptera spp,
Algodão     TwinLink - evento
                                     e PAT      Pectinophora gossypiella e Pseudoplusia
            T304-40 x GHB119
                                                includens. Resistência a herbicida.
Wolfenbarger et al 2008
Wolfenbarger et al 2008


 1) Estudos de campo conduzidos entre 1992 e 2006,

 2) Culturas GM (algodão, milho e batata) que expressam uma ou mais
 proteínas de B. thuringiensis,

 3) No total, foram analisados 2.981 observações de 131 experimentos
 relatados em 47 estudos de campo publicados,

 4) Estudos que mediram o efeito da cultura GM na abundância de
 artrópodes não-alvo (predadores, parasitoides, onivoros, detritívoros)
 em relação a um controle não GM (culturas com aplicação de
 inseticidas),

 5) Estudos que trazem médias acompanhadas de desvio padrão (ou
 erro padrão),

 6) Estudos publicados em inglês,
Wolfenbarger et al 2008

“Predators were less abundant in Bt cotton compared to unsprayed non-Bt
controls. As expected, fewer specialist parasitoids of the target pest
occurred in Bt maize fields compared to unsprayed non-Bt controls, but no
significant reduction was detected for other parasitoids.

Numbers of predators and herbivores were higher in Bt crops compared to
sprayed non-Bt controls, and type of insecticide influenced the magnitude
of the difference.

Omnivores and detritivores were more abundant in insecticide-treated
controls and for the latter guild this was associated with reductions of their
predators in sprayed non-Bt maize. No differences in abundance were
found when both Bt and non-Bt crops were sprayed.

Predator-to-prey ratios were unchanged by either Bt crops or the use of
insecticides; ratios were higher in Bt maize relative to the sprayed non-Bt
control.”
Wolfenbarger et al 2008



“Conclusions/Significance: Overall, we find no uniform
effects of Bt cotton, maize and potato on the functional
guilds of non-target arthropods. Use of and type of
insecticides influenced the magnitude and direction of
effects; insecticde effects
were much larger than those of Bt crops.

These meta-analyses underscore the importance of using
controls not only to
isolate the effects of a Bt crop per se but also to reflect the
replacement of existing agricultural practices.”
Lovei, et al (2009). Environ. Entomol. 38(2): 293-306.
Lovei, et al (2009). Environ. Entomol. 38(2): 293-306.

  - 80 estudos de laboratório e CV publicados até meados
  de 2007,

  - Estudos que tinham: um controle (não toxina ou a
  planta não GM), toxina purificada e ativada em dieta
  artificial, a planta GM ou partes dela, ou extratos da
  planta GM,

  - 55 estudos com toxinas Cry, 27 com inibidores de
  proteinase e 2 com ambas toxinas,

   - Variáveis: comportamentais (resposta a voláteis,
  preferencia de alimentação, consumo de presa, tempo
  até o pouso, ect); ciclo de vida (tempo de
  desenvolvimento, tx sobrevivência, reprodução, razão
  sexual, atividade enzimática).
Lovei, et al (2009). Environ. Entomol. 38(2): 293-306.
  “This synthesis identifes a continued bias toward studies on a few
  predator species, especially the green lacewing, Chrysoperla carnea
  Stephens, which may be more sensitive to GM insecticidal plants
  (16.8% of the quantiÞed parameter responses were signiÞcantly
  negative) than predators in general (10.9% significantly negative
  effects without C. carnea).

  Parasitoids were more susceptible than predators to the effects of both
  Cry toxins and proteinase inhibitors, with fewer positive effects
  (18.0%, significant and nonsignificant positive effects combined) than
  negative ones (66.1%, significant and nonsignificant negative effects
  combined).

  GM plants can have a positive effect on natural enemies (4.8% of
  responses were significantly positive), although significant negative
  (21.2%) effects were more common.

  Although there are data on 48 natural enemy species, the database is
  still far from adequate to predict the effect of a Bt toxin or proteinase
  inhibitor on natural enemies.”
Quadro I - Proteínas Bt avaliadas em abelhas por meio de testes de toxicidade oral
(Lima, MA, 2008)
    Espécie     Toxina Concentração Tipo de alimento                 Resultados           Referência
    testada     testada
      Apis      Cry1Ba      0,625mg     Pólen misturado a     Sobrevivência e massa da     Malone et
    mellifera           toxina /g dieta   complementos         glândula hipofaringeana      al., 2004
                            de pólen       alimentares          (operárias) inalteradas
     Apis       Cry1Ab 5ng de toxina/ Pólen de milho Bt       Sobrevivência e massa da    Babendreier
    mellifera             g de pólen       e solução de        glândula hipofaringeana    et al., 2005
                        seco e 14,4µg açúcar misturada          (operárias) inalteradas
                         de toxina/ml        à toxina
                        de solução de
                             açúcar
     Apis       Cry1Ac 0,4; 0,2 e 0,1 Pólen de álgodão        Mortalidade e atividade da   Liu et al.,
    mellifera           de pólen/ml de Bt expressando      enzima superóxido dismutase        2005
                          solução de          Cry1Ac            (operárias) inalteradas
                             açúcar
     Apis       Cry1Ab      1000g      Solução de açúcar Mortalidade, taxas de consumo    Ramirez-
    mellifera             Cry1Ab/kg                          do xarope e capacidade de     Romero et
                            solução                            aprendizado inalteradas      al., 2005
                                                           (operárias). Houve redução na
                                                           atividade forrageadora durante
                                                                e depois do tratamento
     Apis       Cry1Ab 0,0014% de Pólen de milho Bt            Comunidade bacteriana      Babendreier
    mellifera              massa de        e solução de         intestinal de operárias   et al., 2007
                           toxina em     açúcar misturada              inalterada
                            solução          à toxina
     Apis       Cry1Ab 2,8 ou 6,2ng Pólen de milho Bt          Atividade forrageadora,    Rose et al.,
    mellifera                  de       puro e misturado à     performance da colônia,        2007
Quadro I - Proteínas Bt avaliadas em abelhas por meio de testes de toxicidade oral
(Lima, MA, 2008)
        Espécie     Toxina Concentraç Tipo de alimento                Resultados             Referência
        testada     testad       ão
                       a
         Apis       Cry1Ba 0,625mg Pólen misturado a           Sobrevivência e massa da       Malone et
        mellifera             toxina /g    complementos         glândula hipofaringeana       al., 2004
                              dieta de      alimentares          (operárias) inalteradas
                                pólen
         Apis       Cry1Ab     5ng de     Pólen de milho Bt    Sobrevivência e massa da      Babendreier
        mellifera           toxina/ g de    e solução de        glândula hipofaringeana      et al., 2005
                           pólen seco e açúcar misturada         (operárias) inalteradas
                             14,4µg de        à toxina
                           toxina/ml de
                             solução de
                               açúcar
         Apis       Cry1Ac 0,4; 0,2 e 0,1 Pólen de álgodão     Mortalidade e atividade da     Liu et al.,
        mellifera           de pólen/ml Bt expressando enzima superóxido dismutase              2005
                             de solução        Cry1Ac            (operárias) inalteradas
                             de açúcar
         Apis       Cry1Ab     1000g        Solução de     Mortalidade, taxas de consumo    Ramirez-
        mellifera            Cry1Ab/kg         açúcar         do xarope e capacidade de      Romero et
                               solução                          aprendizado inalteradas       al., 2005
                                                            (operárias). Houve redução na
                                                            atividade forrageadora durante
                                                                 e depois do tratamento
         Apis       Cry1Ab 0,0014% de Pólen de milho Bt         Comunidade bacteriana        Babendreier
        mellifera            massa de       e solução de         intestinal de operárias     et al., 2007
                             toxina em açúcar misturada                 inalterada
                               solução        à toxina
Quadro I - Proteínas Bt avaliadas em abelhas por meio de testes de toxicidade oral
(Lima, MA, 2008). (...continuação...)

     Apis       Cry1Ab 2,8 ou 6,2ng Pólen de milho Bt    Atividade forrageadora,    Rose et al.,
    mellifera               de      puro e misturado     performance da colônia,      2007
                       toxina/abelh   à solução de    mortalidade e desenvolvimento
                             a           açúcar          de operárias inalterados

     Apis       Cry1Ab 3 e 5000ppb Solução de açúcar        Dose elevada alterou     Ramirez-
    mellifera           (parte por                      comportamento alimentar de   Romero et
                        bilhão) de                       aprendizagem de operárias    al., 2008
                        toxina em
                         solução

     Apis       Cry1Ac 50µg Cry1Ac      Dieta larval
                                                   Sobrevivência e tempo de     Lima et al.,
    mellifera             /larva         artificial desenvolvimento larval       no prelo
                                                           inalterados
    Bombus Cry1Ac   11ng de    Pólen misturado à Consumo de pólen, massa das Morandim &
   occidentali    toxina/ g de solução de açúcar operárias, tamanho da colônia, Winston,
       se           dieta de      (2 partes de   quantidade de cria e produção     2003
    Bombus           pólen     massa de pólen: 1     de rainhas e machos
   impatiens                    parte de massa             inalterados
                                   de açúcar)
Quadro II - Inibidores de protease testados em abelhas por meio de testes
de toxicidade oral. (Lima, MA, 2008)
   Espécie Inibidor Concentrações           Tipo de            Resultados              Referência
   testada testado                         alimento
                    1


  Apis        BBI e     0,01; 0,1 e    Solução de       Aumento da mortalidade,    Pham-Delègue et
  mellifera   SBTI      0,1 mg/ml      açúcar           diminuição da capacidade   al., 2000
                                                        de aprendizado e da
                                                        atividade de proteases
                                                        intestinas de operárias
  Apis        Aprotini 2,5mg/g        Pólen misturado Diminuição da longevidade Malone et al., 2001
  mellifera   na                      a complementos e voo precoce de operárias
                                      alimentares
  Apis        SBTI      0,1 e 1% do   Dieta artificial Diminuição da            Brodsgaard et al.,
  mellifera             total de                       sobrevivência, tempo de  2003
                        proteínas                      desenvolvimento e massa
                        (massa:massa)                  corporal das larvas
  Apis        Aprotini 2,5 mg/g de     Pólen misturado Glândula hipofaringeana de Malone et al., 2004
  mellifera   na       dieta           a complementos operárias tratadas
                                       alimentares     apresentou maior massa;
                                                       longevidade e taxa de
                                                       consumo de alimento de
                                                       operárias inalteradas

  Apis        BBI       100µg.ml-1     Solução de       Atividade forrageadora     Dechaume-
  mellifera                            açúcar           inalterada                 Moncharmont et al.,
                                                                                   2005
Quadro II - Inibidores de protease testados em abelhas por meio de testes
de toxicidade oral (Lima, MA, 2008). (... Continuação...)


      Apis      BBI    100µg.ml-1 Solução de        Atividade forrageadora Dechaume-
      mellifera                   açúcar            inalterada             Moncharmont et
                                                                           al., 2005
      Apis      SBTI   1%, 0,5% Solução de pólen Redução do teor de        Sagili et al., 2005
      mellifera        e 0,1% da e açúcar        proteína da glândula
                       dieta                     hipofaringeana, da
                                                 atividade proteolítica
                                                 intestinal e da
                                                 sobrevivência de
                                                 operárias adultas

      Apis      SBTI   0,1% e 1% Solução de         Redução da              Babendreier et
      mellifera        (massa:vol açúcar            sobrevivência e da      al., 2007
                       ume)                         comunidade bacteriana
                                                    intestinal de operárias


      Bombus BPTI 10; 5; 1;       Pólen misturado   Efeitos na             Malone et al.,
      terrestris POT-1 0,1 e      a complementos    sobrevivência          2000
                 POT-2 0,001      alimentares       (operárias adultas)
                       mg.g-1
Curso: Capacitação na Aplicação e Biossegurança
   Ambiental de Plantas Geneticamente Modificadas
               26 a 30 de novembro de 2012
                  Embrapa Milho e Sorgo




Análise de Risco de Plantas GM sobre
        Organismos não-alvo
              Obrigada!!!
                Carmen Pires*
      carmen.pires@embrapa.br
         *carmen.pires@embrapa.br




                              Ministério da
                     Agricultura, Pecuária
                         e Abastecimento

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Análise de Risco de Plantas GM sobre Organismos não-alvo

  • 1. Curso: Capacitação na Aplicação e Biossegurança Ambiental de Plantas Geneticamente Modificadas 26 a 30 de novembro de 2012 Embrapa Milho e Sorgo Análise de Risco de Plantas GM sobre Organismos não-alvo Carmen Pires* *carmen.pires@embrapa.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
  • 2. CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008: “Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.” Art. 6º. Para efeitos desta Resolução Normativa considera-se: I – avaliação de risco: combinação de procedimentos ou métodos, por meio dos quais se avaliam, caso a caso, os potenciais efeitos da liberação comercial do OGM e seus derivados sobre o ambiente e a saúde humana e animal. II – organismo: toda entidade biológica capaz de reproduzir ou transferir material genético, inclusive vírus e outras classes que venham a ser conhecidas;
  • 3. CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008: “Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.” Art. 6º. Para efeitos desta Resolução Normativa considera-se: I – avaliação de risco: combinação de procedimentos ou métodos, por meio dos quais se avaliam, caso a caso, os potenciais efeitos da liberação comercial do OGM e seus derivados sobre o ambiente e a saúde humana e animal. II – organismo: toda entidade biológica capaz de reproduzir ou transferir material genético, inclusive vírus e outras classes que venham a ser conhecidas;
  • 4. CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008: “Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.” ANEXO IV AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE (A)PLANTAS
  • 5. CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008: “Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.” ANEXO IV AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE (A)PLANTAS “3. os possíveis efeitos em organismos indicadores relevantes (simbiontes, predadores, polinizadores, parasitas ou competidores do OGM) nos ecossistemas onde se pretende efetuar o seu cultivo, em comparação com o organismo parental do OGM em um sistema de produção convencional;”
  • 6. CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008: “Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.” ANEXO IV AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE (A)PLANTAS “3. os possíveis efeitos em organismos indicadores relevantes (simbiontes, predadores, polinizadores, parasitas ou competidores do OGM) nos ecossistemas onde se pretende efetuar o seu cultivo, em comparação com o organismo parental do OGM em um sistema de produção convencional;” Quais organismos indicadores?
  • 7. CTNBio, Resolução Normativa nº 5, de 12 de março de 2008: “Dispõe sobre normas para liberação comercial de Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados.” ANEXO IV AVALIAÇÃO DE RISCO AO MEIO AMBIENTE (A)PLANTAS “3. os possíveis efeitos em organismos indicadores relevantes (simbiontes, predadores, polinizadores, parasitas ou competidores do OGM) nos ecossistemas onde se pretende efetuar o seu cultivo, em comparação com o organismo parental do OGM em um sistema de produção convencional;” Quais organismos indicadores? Como selecionar esses organismos?
  • 8. Caso (característica, cultura, ambiente receptor) Definição do Caso (levantamentos de informação) Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os Modelo conceitual serviços ambientais no ambiente receptor Formulação do Problema Etapa (Tier) 1 Priorizar Grupos Funcionais Associação Significância funcional no com a cultura sistema de cultivo Metodologia para Etapa (Tier) 2 Priorizar Espécies ou grupos Análise de Risco de Identificação Rotas de Identificação Rotas Efeitos Especificação de medidas do efeito adverso Plantas GM em Exposição Adversos (endpoints) Organismos não-alvo Identificação da cadeia Construção Hipóteses de Risco causal entre o estressor e o efeito adverso Priorizar hipóteses para espécies Etapa (Tier) 3 selecionadas ou processos Planejamento Experimental Selecionar e conduzir Fase de análise Experimentos Tier 4...n Caracterização da Exposição Caracterização do Efeito Adverso Decisão Hipótese pode baseada em Caracterização do Risco ser descartada Dados Hipótese confirmada
  • 9. Algodoeiro Bt no Brasil: Grupos funcionais selecionados Produção ↓ Solo ↓ Saúde Non-crop Valor Valor Qualidade Doenças econ. ↓ cultural ↓ ambiente ↓ humanas ↑ Conserv.↑ Efeitos Adversos → Grupos Funcionais Herbívoros - praga X X X Predadores/ Parasitóides X Polinizadores de culturas X X X Decompositores de solo X X X Espécies ameaçadas de Extinção X Doenças de plantas X
  • 10. Caso (característica, cultura, ambiente receptor) Definição do Caso (levantamentos de informação) Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os Modelo conceitual serviços ambientais no ambiente receptor Formulação do Problema Etapa (Tier) 1 Priorizar Grupos Funcionais Associação Significância funcional no com a cultura sistema de cultivo Metodologia para Etapa (Tier) 2 Priorizar Espécies ou grupos Análise de Risco de Identificação Rotas de Identificação Rotas Efeitos Especificação de medidas do efeito adverso Plantas GM em Exposição Adversos (endpoints) Organismos não-alvo Identificação da cadeia Construção Hipóteses de Risco causal entre o estressor e o efeito adverso Priorizar hipóteses para espécies Etapa (Tier) 3 selecionadas ou processos Planejamento Experimental Selecionar e conduzir Fase de análise Experimentos Tier 4...n Caracterização da Exposição Caracterização do Efeito Adverso Decisão Hipótese pode baseada em Caracterização do Risco ser descartada Dados Hipótese confirmada
  • 11. O que abordaremos: - Processo de seleção de organismos não-alvo para as ARA (espécies dentro de grupos funcionais) - Rotas de Exposição - Efeitos Adversos - Hipóteses de Risco
  • 12. Caso (característica, cultura, ambiente receptor) Definição do Caso (levantamentos de informação) Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os Modelo conceitual serviços ambientais no ambiente receptor Formulação do Problema Etapa (Tier) 1 Priorizar Grupos Funcionais Associação Significância funcional no com a cultura sistema de cultivo Metodologia para Etapa (Tier) 2 Priorizar Espécies ou grupos Análise de Risco de Identificação Rotas de Identificação Rotas Efeitos Especificação de medidas do efeito adverso Plantas GM em Exposição Adversos (endpoints) Organismos não-alvo Identificação da cadeia Construção Hipóteses de Risco causal entre o estressor e o efeito adverso Priorizar hipóteses para espécies Etapa (Tier) 3 selecionadas ou processos Planejamento Experimental Selecionar e conduzir Fase de análise Experimentos Tier 4...n Caracterização da Exposição Caracterização do Efeito Adverso Decisão Hipótese pode baseada em Caracterização do Risco ser descartada Dados Hipótese confirmada
  • 13. Metodologia para Análise de Risco de Plantas GM em Organismos não-alvo Etapa (Tier) 1 Associação Significância Funcional no Seleção de com a Cultura Sistema de Cultivo espécies: Matriz 1 Priorizar espécies ou grupos de espécies
  • 14. Critérios para classificar dentro dos grupos funcionais: 1. Associação com a cultura  Distribuição Geográfica  Especialização de Habitat  Prevalência  Abundância  Fenologia  da cultura  ciclo de vida da espécie ou taxon na cultura Obs.: critérios específicos para certos grupos funcionais !!
  • 15. Critérios para classificar dentro dos grupos funcionais: 2. Significância Funcional Qual a significância funcional da espécie ou taxon? GMO ERA Project
  • 16. Biodiversidade funcional nos agroecossistemas Vegetação natural Na cultura-alvo próxima Em outras culturas GMO ERA Project
  • 17. Significância Funcional para cada Espécie ou Grupo de Espécies Grupos Funcionais:  Pragas -  Herbívoros praga  Patógenos praga  Ervas daninhas  Polinizadores  Agentes de Controle Biológico -  Predadores  Parasitas, patógenos e parasitóides GMO ERA Project
  • 18. Significância Funcional: critérios de seleção • Potencial na cultura-alvo • Potencial em outras culturas • Potencial em áreas naturais • Outros papeis ecológicos GMO ERA Project
  • 19. Matriz de Seleção 1 Grupo Funcional: Associação com a Significãncia Predadores Cultura Funcional DG EH P A Fe C OC VN OF Classificação Vespa 3 1 3 2 1 1 1 2 ? 14 Polistes spp. Percevejo 3 1 2 2 1 2 2 2 ? 15 Podisus nigrispinus Joaninha 3 1 3 3 2 3 3 2 ? 20 Cycloneda sanguinea Tesourinha 3 1 3 3 1 2 3 ? ? 16 Doru luteipes Crisopídeos 3 1 2 2 2 3 1 2 ? 16 Chysoperla externa Aranhas 3 1 3 3 1 ? 2 2 ? 15 Thomisidae
  • 20. Matriz de Seleção 1 Grupo Funcional: Associação com a Significância Predadores Cultura Funcional GD HS P A TL C OC NA OF Classificação Vespa 3 1 3 2 1 1 1 2 ? 14 Polistes spp. Percevejo 3 1 2 2 1 2 2 2 ? 15 Podisus nigrispinus Joaninha 3 1 3 3 2 3 3 2 ? 20 Cycloneda sanguinea Tesourinha 3 1 3 3 1 2 3 ? ? 16 Doru luteipes Crisopídeos 3 1 2 2 2 3 1 2 ? 16 Chysoperla externa Aranhas 3 1 3 3 1 ? 2 2 ? 15 Thomisidae
  • 21. Caso (característica, cultura, ambiente receptor) Definição do Caso (levantamentos de informação) Identificação dos possíveis efeitos adversos sobre os Modelo conceitual serviços ambientais no ambiente receptor Formulação do Problema Etapa (Tier) 1 Priorizar Grupos Funcionais Associação Significância funcional no com a cultura sistema de cultivo Metodologia para Etapa (Tier) 2 Priorizar Espécies ou grupos Análise de Risco de Identificação Rotas de Identificação Rotas Efeitos Especificação de medidas do efeito adverso Plantas GM em Exposição Adversos (endpoints) Organismos não-alvo Identificação da cadeia Construção Hipóteses de Risco causal entre o estressor e o efeito adverso Priorizar hipóteses para espécies Etapa (Tier) 3 selecionadas ou processos Planejamento Experimental Selecionar e conduzir Fase de análise Experimentos Tier 4...n Caracterização da Exposição Caracterização do Efeito Adverso Decisão Hipótese pode baseada em Caracterização do Risco ser descartada Dados Hipótese confirmada
  • 22. Metodologia para Análise de Risco de Plantas GM em Organismos não-alvo Etapa (Tier) 2 Especificação de Identificação medidas do efeito Identificação Rotas de adverso (endpoints) Rotas Efeitos Exposição Adversos Identificação da cadeia causal entre o estressor e o Construção Hipóteses de Risco efeito adverso Priorizar hipóteses para Etapa (Tier) 3 espécies selecionadas ou Planejamento processos Experimental
  • 23. Metodologia para Análise de Risco de Plantas GM em Organismos não-alvo Etapa (Tier) 2 Especificação de Identificação medidas do efeito Identificação Rotas de adverso (endpoints) Rotas Efeitos Exposição Adversos Identificação da cadeia causal entre o estressor e o Construção Hipóteses de Risco efeito adverso Priorizar hipóteses para Etapa (Tier) 3 espécies selecionadas ou Planejamento processos Experimental
  • 24. Exposição e Efeitos adversos • Essa etapa é realizada somente com as espécies que receberam as prioridades mais altas na Etapa 1. • Essa etapa requer informação sobre o nível de expressão do transgene específico. GMO ERA Project
  • 25. Examplo: Algodoeiro Bt no sul dos EUA (Akin et al 2002) Table 1. Cry1Ac levels (ppm) among plant parts for three locations 2000 and 2001. Plant part Concentration [ppm] Terminal leaf 2.4 + 0.15 cd Lower canopy leaf 3.6 + 0.35 a Young square 1.8 + 0.15 ef White flower petal 3.1 + 0.23 b White stamen 2.7 + 0.13 bc Pink petals 2.4 + 0.11 cd Pink stamen 2.2 + 0.13 de Young boll 2.1 + 0.15 de 10-14 d-old boll wall 2.9 + 0.21 b 10-14 d-old boll . internal contents 1.5 + 0.08 f Numbers not followed by a common letter are significantly different (p<0.05, Proc GLM; SAS Institute 1998). GMO ERA Project
  • 26. Examplo: Algodoeiro Bt no sul dos EUA (Akin et al 2002) Table 2. Cry2Ab levels (ppm) among plant parts for three locations separated by year. Concentration [ppm] Plant part 2000 2001 Terminal leaf 13.5 + 2.07 f 5.5 + 0.80 ef Lower canopy leaf 21.0 + 1.72 bc 14.4 + 0.34 a Young square 15.5 + 1.52 ef 11.2 + 1.52 b White flower petal 20.1 + 2.77 bcd 8.4 + 0.60 cd White stamen 26.2 + 0.69 a 8.8 + 0.70 bcd Pink petals 17.5 + 0.24 de 5.4 + 0.48 f Pink stamen 18.8 + 2.17 cde 5.6 + 0.46 ef Young boll 22.9 + 1.43 ab 8.0 + 1.76 cde 10-14 d-old boll wall 10.0 + 2.27 g 9.0 + 0.99 bc 10-14 d-old boll.internal contents 22.0 + 0.85 bc 6.4 + 0.32 def Numbers not followed by a common letter are significantly different (p<0.05, Proc GLM; SAS Institute 1998). GMO ERA Project
  • 27. Expressão da Toxina Planta GM Folha Flor Estame Pólen Fruto Xilema Floema Raiz Exudados Autores da raiz Algodoeiro Akinet Bt al (Cry1Ac) +++ +++ ++ ++ (2002) Green- plate et al. + (1998) Algodoeiro Akin et Bt al (Cry 2Ab) ++ ++ +++ ++ (2002) Milho Bt ++ Nguyen (Cryi AB) (2004) Saxena & Stotzky +++ + ++ + (2000) GMO ERA Project
  • 28. O nível de expressão do transgene depende: • Variedade da espécie na qual o transgene foi inserido, • Tecido da planta, • Condições ambientais. GMO ERA Project
  • 29. Exposição e efeitos adversos como uma cadeia causal hipotética O que vocês entendem por Exposição? GMO ERA Project
  • 30. Exposição e efeitos adversos como uma cadeia causal hipotética O que vocês entendem por Exposição? Exposição = condição de estar sendo submetido a uma ação ou uma influência (ou: o contato ou a co-ocorrência de um estressor com um receptor. EPA; USEPA 1998). Estressor = qualquer entidade física, química ou biológica que possa induzir uma resposta adversa. Resposta Adversa ou Efeitos Adversos = trocas que são consideradas indesejáveis porque elas alteram o valor estrutural ou características funcionais dos ecossistemas ou de seus componentes. GMO ERA Project
  • 31. Exposição e efeitos adversos como uma cadeia causal hipotética • Análise de exposição: a) produtos dos transgene, b) metabólitos do transgene, ou c) trocas mediadas pelo transgene na planta GM. GMO ERA Project
  • 32. Exemplo: Teia trófica no algodão Cultura
  • 33. Cultura + herbívoros (incluindo polinizadores, microrganismos pragas, biota de solo e vetores)
  • 34. Cultura + herbívoros + parasitóides/parasitas/predadores (insetos, fungos, bactérias, ácaros, outros)
  • 35. Cultura + herbívoros + parasitóides/parasitas/predadores + hiperparasitóides/predadores
  • 36. Teias Tróficas: Interações bitróficas e tritróficas Exemplos: parasitóide/ planta polinizador/ planta predador/ planta Néctar, pólen polinizador parasitóide de larva exudados da planta larva herbívoro larva predador
  • 37. Pólen Tecidos das μg/g folhas Floema μg/g μg/g Sabugo e palha μg/g Xilema μg/g Acima do Solo Estames μg/g Abaixo no Solo Raízes μg/g Exudados das raizes μg/g
  • 38. Exposição e efeitos adversos como uma cadeia causal hipotética Consumidores em níveis bitróficos Pólen Tecidos das μg/g folhas Floema μg/g μg/g Sabugo e palha μg/g Xilema μg/g Acima do Solo Estames μg/g Abaixo no Solo Raízes μg/g Exudados das raizes μg/g Consumidores em níveis bitróficos
  • 39. Exposição e efeitos adversos como uma cadeia causal hipotética Consumidores em Consumidores em níveis tróficos mais níveis bitróficos elevados Pólen Tecidos das μg/g folhas Floema μg/g μg/g Sabugo e palha μg/g Xilema μg/g Acima do Solo Estames μg/g Abaixo no Solo Raízes μg/g Exudados das raizes μg/g Consumidores em níveis tróficos mais Consumidores em elevados níveis bitróficos
  • 40. A exposição pode ocorrer: • folhas, caules, brotações • raízes, bulbos, rizomas • frutos, sementes • floema • nectários florais e extra-florais • exudados, xilema • resíduos da planta, folhas senescentes e raízes • exudados das raízes • espécies herbívoras que se alimentaram na planta • “honeydew” produzidos pelos homópteras • outras excreções dos herbívoros (fezes) • consumidores secundários (predadores, parasitóides e parasitas) GMO ERA Project
  • 41. Matriz 1: Priorização de organismos não-alvo baseado em princípios ecológicos. Matriz 1 Ponto final: Lista de espécies/organismos classificados de acordo com os riscos potenciais de exposição à cultura. Seleção de espécies ranqueadas com valores mais alto Matriz 2: Avaliação do potencial de exposição direta e indireta ao transgene e/ou aos seus metabólitos. Matriz 2 Ponto final: Lista de espécies classificadas de acordo com o risco de exposição ao trasngene.
  • 42. Matriz de Seleção 1 Grupo Funcional: Potencial de Significância Predadores Exposição Funcional GD HS P A TL C OC NA OF Classificação Vespa 3 1 3 2 1 1 1 2 ? 14 Polistes spp. Percevejo 3 1 2 2 1 2 2 2 ? 15 Podisus nigrispinus Joaninha 3 1 3 3 2 3 3 2 ? 20 Cycloneda sanguinea Tesourinha 3 1 3 3 1 2 3 ? ? 16 Doru luteipes Crisopídeos 3 1 2 2 2 3 1 2 ? 16 Chysoperla externa Aranhas 3 1 3 3 1 ? 2 2 ? 15 Thomisidae
  • 43. A. Identificar as rotas de exposição (direta e indireta): • Direta: O inseto se alimenta na planta? É possível a exposição à toxina ou já se conhece algum caso comprovado? Listar as diferentes possibilidades. • Indireta: A presa/hospedeiro são expostos à toxina? É possível a exposição à toxina ou já se conhece algum caso? Listar as diferentes possibilidades. • A exposição altera o comportamento, alterando o nível de exposição?
  • 44. B. Classificar as espécies que são mais possíveis de serem expostas à toxina: • Use dados que possam indicar a possibilidade de exposição • Podemos classificar as espécies em grupos: - possivelmente serão expostas/ possivelmente Não serão expostas OU - probabilidade de exposição alta/ média/ baixa OU 1 = alta probabilidade de exposição 2 = média probabilidade de exposição 3 = baixa probabilidade de exposição GMO ERA Project
  • 45. Matriz 2 É necessário conhecermos o nível de expressão da toxina! Classificação: 1 = alta probabilidade de exposição 2 = média probabilidade de exposição 3 = baixa probabilidade de exposição Classificações são frequentemente relativas e depende do conhecimento de especialistas !!!
  • 46. Incertezas e Precaução • Preencher as lacunas do conhecimento com respostas que poderão resultar: alta exposição ou possivelmente será exposta (isso é o “pior cenário possível” de acordo com o Protocolo de Cartagena) • Classificar as espécies assumindo e não assumindo o “pior cenário possível”. • Se o “pior cenário possível” indica que as espécies poderão ser altamente expostas à toxina, então será importante coletar dados para reduzir essas incertezas. GMO ERA Project
  • 47. Matriz de Seleção 2 Potencial Máximo de Exposição Classificação Espécie Sig ME CE NE Final Percevejo 2 2 1 2 2 Podisus nigrispinus Joaninha 2 2 1 1 1 Cycloneda sanguinea Crisopídeos MD, CE: 2 2 ou 3 2 ou 3 1 1 Chysoperla externa NE: 1 Aranhas 3 3 3 3 3 Thomisidae
  • 48. Metodologia para Análise de Risco de Plantas GM em Organismos não-alvo Etapa (Tier) 2 Especificação de Identificação medidas do efeito Identificação Rotas de adverso (endpoints) Rotas Efeitos Exposição Adversos Identificação da cadeia causal entre o estressor e o Construção Hipóteses de Risco efeito adverso Priorizar hipóteses para Etapa (Tier) 3 espécies selecionadas ou Planejamento processos Experimental
  • 49. Efeitos adversos resultantes das rotas de exposição
  • 50. I. Caracterização de Efeito Adverso • O que é um efeito adverso?
  • 51. I. Caracterização de Efeito Adverso • O que é um efeito adverso? Mudanças que são consideradas indesejáveis porque elas alteram o valor estrutural ou características funcionais dos ecossistemas ou de seus componentes.
  • 52. I. Caracterização de Efeito Adverso • O que é um efeito adverso? Exemplos: - decréscimo no controle biológico de populações de insetos-praga. - redução população de abelhas polinizadoras. - surgimento de novas pragas. - desenvolvimento de resistência ao inseticida Bt. GMO ERA Project
  • 53. 1. Caracterização do Efeito Adverso O que é caracterização do efeito adverso? Caracterização das consequencias negativas potenciais de cada efeito adverso. GMO ERA Project
  • 54. Consequências do efeito adverso • Magnitude • Tempo • Escala espacial • Reversibilidade
  • 55. Impacto Ambiental de Organismo Geneticamente Modificado (OGM) Vai depender (entre outros):  Da espécie na qual a nova característica foi introduzida.  Da espécie doadora do gene de interesse.  Do produto de expressão do gene.  Dos outros genes presentes no “cassete de expressão”.  Do ambiente no qual o OGM será introduzido.
  • 56. Plantas GM podem afetar os Inimigos Naturais:  Diretamente através da alimentação sobre partes da planta que expressam a proteína,  Indiretamente através da utilização de presas que se alimentam sobre plantas GM,  Indiretamente reduzindo as populações de presas (biodiversidade agrícola),  Indiretamente através da interferência na comunicação química planta-presa-IN.
  • 57. Metodologia para Análise de Risco de Plantas GM em Organismos não-alvo Etapa (Tier) 2 Especificação de Identificação medidas do efeito Identificação Rotas de adverso (endpoints) Rotas Efeitos Exposição Adversos Identificação da cadeia causal entre o estressor e o Construção Hipóteses de Risco efeito adverso Priorizar hipóteses para Etapa (Tier) 3 espécies selecionadas ou Planejamento processos Experimental
  • 58. Estressor Planta Bt Bt -> afídeos Polen Bt Rota de alimentando nessa Exposição planta Hipotética Toxina Bt ingerida pela joaninha Seleção do Ponto Final de Mortalidade ou Avaliação redução da Rota dos adaptabilidade Rota Efeitos devido a ingestão Causal Adversos da toxina Bt Hipótéticos Redução na população do predador Redução no controle Efeitos biológico natural Adversos Aumento de pragas Ponto Final secundárias ou outras (“Endpoint”) pragas não-alvo da planta Bt.
  • 59. Estressor Planta Bt Bt -> afídeos Polen Bt Rota de alimentando nessa Exposição planta Hipotética Toxina Bt ingerida pela joaninha Seleção do Ponto Final de Mortalidade ou Avaliação redução da Rota dos adaptabilidade Rota Efeitos devido a ingestão Causal Adversos da toxina Bt Hipótéticos Redução na população do predador Redução no controle Efeitos biológico natural Adversos Aumento de pragas Ponto Final secundárias ou outras (“Endpoint”) pragas não-alvo da planta Bt.
  • 60. Caracterização de Efeito Adverso: Definir um Ponto Final de Avaliação (“Endpoint”) O que é um Ponto Final de Avaliação? É definido em Diretrizes para Avaliação de Risco Ecológico (EUA EPA, 1998) como "uma expressão explícita do valor ambiental a ser protegido, operacionalmente definido como uma entidade ecológica e seus atributos.”
  • 61. Caracterização de Efeito Adverso: Definir um Ponto Final de Avaliação (“Endpoint”) O que é um Ponto Final de Avaliação? É definido em Diretrizes para Avaliação de Risco Ecológico (EUA EPA, 1998) como "uma expressão explícita do valor ambiental a ser protegido, operacionalmente definido como uma entidade ecológica e seus atributos.”
  • 62. Caracterização de Efeito Adverso: Definir um Ponto Final de Avaliação (“Endpoint”) O que é um Ponto Final de Avaliação? Entidade ecológica (espécie, grupo funcional, população, comunidade,) + Atributo (fecundidade, densidade, número de espécies, etc ) (US EPA 1998)
  • 63. Ponto Final de Avaliação = População de Doru luteipes no milho Bt (entidade ecológica) + densidade de adultos na área, etc (atributo) - Densidade Foto: Ivan Cruz populacional de adultos e imaturos no milho Bt Ponto + - Mortalidade Final de quando alimentada Avaliação com lagartas que se alimentaram em Doru luteipes milho Bt. Etc...
  • 64. Estressor Planta Bt Bt -> afídeos Polen Bt Rota de alimentando nessa Exposição planta Hipotética Toxina Bt ingerida pela joaninha Seleção do Mortalidade ou Ponto Final de redução da Avaliação Rota dos adaptabilidade Rota Efeitos devido a ingestão Causal Adversos da toxina Bt Hipótéticos Redução na população do predador Redução no controle Efeitos biológico natural Adversos Aumento de pragas End point secundárias ou outras pragas não-alvo da planta Bt.
  • 65. Ranqueando as Hipóteses de Risco Aumento da adaptabilidade e preferência por plantas Toxina Bt hospedeiras GM ingerida pelo pulgão do algodoeiro Redução dos predadores ou parasitóides Algodoeiro Aumento de Bt Redução dos predadores ou herbívoros não-alvo parasitóides Iniciador Toxina Bt ingerida por Ausência ou baixa herbívoro alvo abundância de competidores Novas pragas herbívoros Perda de produção Redução no uso de pesticidas “Endpoint” Probabilidade: qual é a chance de ocorrência de cada hipótese de risco?
  • 66. Ranqueando as Hipóteses de Risco Aumento da adaptabilidade e preferência por plantas Toxina Bt hospedeiras GM ingerida pelo pulgão do algodoeiro Redução dos predadores ou parasitóides Algodoeiro Aumento de Bt Redução dos predadores ou herbívoros não-alvo parasitóides Iniciador Toxina Bt ingerida por Ausência ou baixa herbívoro alvo abundância de competidores Novas pragas herbívoros Perda de produção Redução no uso de pesticidas “Endpoint” Viabilidade: as hipóteses podem ser testadas?
  • 67. Testable hypothesis of risk Estratégias para testar um grupo de hipóteses de risco  Ligações causais fracas  Ligações causais chaves  Experimentos fácies e difíceis  Escalonar os testes  “Endpoints” experimentais
  • 68. Ligações causais fracashypothesis of risk Testable  Ligações causais chaves 1) Milho Bt resistente a lagartas, parasitóide de ovos de lagartas Trichogramma sp. (Hymenoptera: Trichogrammatidae). 2) Milho Bt resistente a lagartas, predador de larvas de instar I de S. frugiperda, Doru luteipes (Scudder, 1876) (Dermaptera: Forficulidae).
  • 69. Hipóteses de Risco Testáveis Experimentos para testar as hipóteses:  Se assegure que o parasitóide será exposto a toxina Bt.  Considere as características do ciclo de vida e comportamento de alimentação do parasitóde.  Considere a biologia e comportamento de alimentação do hospediero.  Considere as taxas de mortalidade das larvas do parasitóde.  Considere o impacto do parasitóide no controle biológico de pragas: populações naturais X populações liberadas. GMO ERA Project
  • 70. Testable hypothesis of risk 2. Ranqueando os testes para as Hipóteses de Risco  Probabilidade: qual é a chance disso ocorrer?  Viabilidade: essa hipótese pode ser testada? GMO ERA Project
  • 71. Hipóteses de Risco Testáveis Experimentos para testar as hipóteses:  Avaliar o conteúdo de toxina Bt dentro dos ovos dos herbívoros (hospedeiro do parasitóide).  Determinar se a toxina Bt afeta os imaturos do Trichogramma (desenvolvimento e sobrevivência)  Determinar se o comportamento de busca do Trichogramma é afetado pela presença da toxina Bt dentro dos ovos do herbívoro.  Avaliar o impacto geral da mortalidade ou redução de adaptabilidade do Trichogramma no controle biológico. Probabilidade GMO ERA Project
  • 72. Hipóteses de Risco Testáveis Experimentos para testar as hipóteses:  Avaliar o conteúdo de toxina Bt dentro dos ovos dos herbívoros (hospedeiro do parasitóide).  Determinar se a toxina Bt afeta os imaturos do Trichogramma (desenvolvimento e sobrevivência)  Determinar se o comportamento de busca do Trichogramma é afetado pela presença da toxina Bt dentro dos ovos do herbívoro.  Avaliar o impacto geral da mortalidade ou redução de adaptabilidade do Trichogramma no controle biológico. Viabilidade GMO ERA Project
  • 73. Análise de Risco: Formulação do Problema Caracterização Caracterização Avaliação da Exposição dos Efeitos do Risco Caracterização do Risco Estratégias de Manejo Manejo de Risco do Risco Modificado de R.Hill (2005) EPA (1998) Monitoramento EU (2002) e Avaliação
  • 74. A qualidade da Formulação do Problema avaliação dependerá do grau de Caracterização Caracterização Avaliação conhecimento da Exposição dos Efeitos do Risco existente (sobre o que Caracterização será realizado e sobre do Risco os efeitos esperados). Estratégias de Manejo Manejo de Risco do Risco Modificado de R.Hill (2005) Monitoramento EPA (1998) EU (2002) e Avaliação
  • 75.
  • 77. Plantas Bt liberadas para plantio comercial no Brasil Proteína Cultura Nome comercial Pragas-alvo expressa Monsanto: Spodoptera frugiperda, Heliothis Milho Mon810 - Cry1Ab virescens, Helicoverpa zea, Yieldgard Diatraea saccharalis. Spodoptera frugiperda, Heliothis Milho Syngenta: Bt11 Cry1Ab virescens, Helicoverpa zea, Diatraea saccharalis. Dow/Pioneer e Dupont: Spodoptera frugiperda, Heliothis Milho Cry1F Herculex - virescens, Helicoverpa zea, TC1507 Diatraea saccharalis. Helicoverpa zea, Spodoptora Syngenta: MIR frugiperda, Agrotis ipsilon, Milho Vip3A 162 Ostrinia nubialis, Striacosta albicosta. Spodoptera frugiperda, Heliothis Monsanto: Cry1A.105 e Milho virescens, Helicoverpa zea, Mon89034 Cry2Ab2 Diatraea saccharalis Monsanto: Milho Cry3Bb1A Larvas de Diabrotica sp. Mon88017
  • 78. Proteína Cultura Nome comercial Pragas-alvo expressa MON 87701 x Cry1Ac e Soja Lepidopteras e resistência a herbicida MON 89788 CP4 EPSPS Alabama argillacea, Pectinophora Monsanto: Bollgard Algodão Cry1Ac e NPTII gossypiella e Heliothis virescens. Resistência - Evento 531 a herbicida A. argillacea, H. virescens, P. gossypiella e Monsanto: Bollgard II Cry1Ac, Cry2Ab2 Spodoptera frugiperda. Parcial para Algodão - evento MON 15985 e NPTII Spodoptera spp. e Helicoverpa zea. Resistência a herbicida. Alabama argillacea, Heliothis virescens, Monsanto: MON Cry1Ac, NPTII e Algodão Helicoverpa zea e Pectinophora gossypiella. 531 x MON 1445 CP4 EPSPS Resistência a herbicida. Heliothis virescens, Helicoperva zea, Dow AgroSciences: Spodoptera frugiperda, Alabama argillacea, Algodão Widestrike - Cry1Ac, Cry1F e Pectinophora gossypiella, Spodoptera Algodão evento 281-24-236 x PAT exigua, Spodoptera eridania, Spodoptera 3006-210-23 frugiperda, Pseudoplusia includens, Trichoplusia ni. Resistência a herbicida. Alabama argillacea, Helicoverpa zea, Bayer: Algodão Cry1Ab, Cry2Ae Heliothis virenscens, Spodoptera spp, Algodão TwinLink - evento e PAT Pectinophora gossypiella e Pseudoplusia T304-40 x GHB119 includens. Resistência a herbicida.
  • 80. Wolfenbarger et al 2008 1) Estudos de campo conduzidos entre 1992 e 2006, 2) Culturas GM (algodão, milho e batata) que expressam uma ou mais proteínas de B. thuringiensis, 3) No total, foram analisados 2.981 observações de 131 experimentos relatados em 47 estudos de campo publicados, 4) Estudos que mediram o efeito da cultura GM na abundância de artrópodes não-alvo (predadores, parasitoides, onivoros, detritívoros) em relação a um controle não GM (culturas com aplicação de inseticidas), 5) Estudos que trazem médias acompanhadas de desvio padrão (ou erro padrão), 6) Estudos publicados em inglês,
  • 81. Wolfenbarger et al 2008 “Predators were less abundant in Bt cotton compared to unsprayed non-Bt controls. As expected, fewer specialist parasitoids of the target pest occurred in Bt maize fields compared to unsprayed non-Bt controls, but no significant reduction was detected for other parasitoids. Numbers of predators and herbivores were higher in Bt crops compared to sprayed non-Bt controls, and type of insecticide influenced the magnitude of the difference. Omnivores and detritivores were more abundant in insecticide-treated controls and for the latter guild this was associated with reductions of their predators in sprayed non-Bt maize. No differences in abundance were found when both Bt and non-Bt crops were sprayed. Predator-to-prey ratios were unchanged by either Bt crops or the use of insecticides; ratios were higher in Bt maize relative to the sprayed non-Bt control.”
  • 82. Wolfenbarger et al 2008 “Conclusions/Significance: Overall, we find no uniform effects of Bt cotton, maize and potato on the functional guilds of non-target arthropods. Use of and type of insecticides influenced the magnitude and direction of effects; insecticde effects were much larger than those of Bt crops. These meta-analyses underscore the importance of using controls not only to isolate the effects of a Bt crop per se but also to reflect the replacement of existing agricultural practices.”
  • 83. Lovei, et al (2009). Environ. Entomol. 38(2): 293-306.
  • 84. Lovei, et al (2009). Environ. Entomol. 38(2): 293-306. - 80 estudos de laboratório e CV publicados até meados de 2007, - Estudos que tinham: um controle (não toxina ou a planta não GM), toxina purificada e ativada em dieta artificial, a planta GM ou partes dela, ou extratos da planta GM, - 55 estudos com toxinas Cry, 27 com inibidores de proteinase e 2 com ambas toxinas, - Variáveis: comportamentais (resposta a voláteis, preferencia de alimentação, consumo de presa, tempo até o pouso, ect); ciclo de vida (tempo de desenvolvimento, tx sobrevivência, reprodução, razão sexual, atividade enzimática).
  • 85. Lovei, et al (2009). Environ. Entomol. 38(2): 293-306. “This synthesis identifes a continued bias toward studies on a few predator species, especially the green lacewing, Chrysoperla carnea Stephens, which may be more sensitive to GM insecticidal plants (16.8% of the quantiÞed parameter responses were signiÞcantly negative) than predators in general (10.9% significantly negative effects without C. carnea). Parasitoids were more susceptible than predators to the effects of both Cry toxins and proteinase inhibitors, with fewer positive effects (18.0%, significant and nonsignificant positive effects combined) than negative ones (66.1%, significant and nonsignificant negative effects combined). GM plants can have a positive effect on natural enemies (4.8% of responses were significantly positive), although significant negative (21.2%) effects were more common. Although there are data on 48 natural enemy species, the database is still far from adequate to predict the effect of a Bt toxin or proteinase inhibitor on natural enemies.”
  • 86. Quadro I - Proteínas Bt avaliadas em abelhas por meio de testes de toxicidade oral (Lima, MA, 2008) Espécie Toxina Concentração Tipo de alimento Resultados Referência testada testada Apis Cry1Ba 0,625mg Pólen misturado a Sobrevivência e massa da Malone et mellifera toxina /g dieta complementos glândula hipofaringeana al., 2004 de pólen alimentares (operárias) inalteradas Apis Cry1Ab 5ng de toxina/ Pólen de milho Bt Sobrevivência e massa da Babendreier mellifera g de pólen e solução de glândula hipofaringeana et al., 2005 seco e 14,4µg açúcar misturada (operárias) inalteradas de toxina/ml à toxina de solução de açúcar Apis Cry1Ac 0,4; 0,2 e 0,1 Pólen de álgodão Mortalidade e atividade da Liu et al., mellifera de pólen/ml de Bt expressando enzima superóxido dismutase 2005 solução de Cry1Ac (operárias) inalteradas açúcar Apis Cry1Ab 1000g Solução de açúcar Mortalidade, taxas de consumo Ramirez- mellifera Cry1Ab/kg do xarope e capacidade de Romero et solução aprendizado inalteradas al., 2005 (operárias). Houve redução na atividade forrageadora durante e depois do tratamento Apis Cry1Ab 0,0014% de Pólen de milho Bt Comunidade bacteriana Babendreier mellifera massa de e solução de intestinal de operárias et al., 2007 toxina em açúcar misturada inalterada solução à toxina Apis Cry1Ab 2,8 ou 6,2ng Pólen de milho Bt Atividade forrageadora, Rose et al., mellifera de puro e misturado à performance da colônia, 2007
  • 87. Quadro I - Proteínas Bt avaliadas em abelhas por meio de testes de toxicidade oral (Lima, MA, 2008) Espécie Toxina Concentraç Tipo de alimento Resultados Referência testada testad ão a Apis Cry1Ba 0,625mg Pólen misturado a Sobrevivência e massa da Malone et mellifera toxina /g complementos glândula hipofaringeana al., 2004 dieta de alimentares (operárias) inalteradas pólen Apis Cry1Ab 5ng de Pólen de milho Bt Sobrevivência e massa da Babendreier mellifera toxina/ g de e solução de glândula hipofaringeana et al., 2005 pólen seco e açúcar misturada (operárias) inalteradas 14,4µg de à toxina toxina/ml de solução de açúcar Apis Cry1Ac 0,4; 0,2 e 0,1 Pólen de álgodão Mortalidade e atividade da Liu et al., mellifera de pólen/ml Bt expressando enzima superóxido dismutase 2005 de solução Cry1Ac (operárias) inalteradas de açúcar Apis Cry1Ab 1000g Solução de Mortalidade, taxas de consumo Ramirez- mellifera Cry1Ab/kg açúcar do xarope e capacidade de Romero et solução aprendizado inalteradas al., 2005 (operárias). Houve redução na atividade forrageadora durante e depois do tratamento Apis Cry1Ab 0,0014% de Pólen de milho Bt Comunidade bacteriana Babendreier mellifera massa de e solução de intestinal de operárias et al., 2007 toxina em açúcar misturada inalterada solução à toxina
  • 88. Quadro I - Proteínas Bt avaliadas em abelhas por meio de testes de toxicidade oral (Lima, MA, 2008). (...continuação...) Apis Cry1Ab 2,8 ou 6,2ng Pólen de milho Bt Atividade forrageadora, Rose et al., mellifera de puro e misturado performance da colônia, 2007 toxina/abelh à solução de mortalidade e desenvolvimento a açúcar de operárias inalterados Apis Cry1Ab 3 e 5000ppb Solução de açúcar Dose elevada alterou Ramirez- mellifera (parte por comportamento alimentar de Romero et bilhão) de aprendizagem de operárias al., 2008 toxina em solução Apis Cry1Ac 50µg Cry1Ac Dieta larval Sobrevivência e tempo de Lima et al., mellifera /larva artificial desenvolvimento larval no prelo inalterados Bombus Cry1Ac 11ng de Pólen misturado à Consumo de pólen, massa das Morandim & occidentali toxina/ g de solução de açúcar operárias, tamanho da colônia, Winston, se dieta de (2 partes de quantidade de cria e produção 2003 Bombus pólen massa de pólen: 1 de rainhas e machos impatiens parte de massa inalterados de açúcar)
  • 89. Quadro II - Inibidores de protease testados em abelhas por meio de testes de toxicidade oral. (Lima, MA, 2008) Espécie Inibidor Concentrações Tipo de Resultados Referência testada testado alimento 1 Apis BBI e 0,01; 0,1 e Solução de Aumento da mortalidade, Pham-Delègue et mellifera SBTI 0,1 mg/ml açúcar diminuição da capacidade al., 2000 de aprendizado e da atividade de proteases intestinas de operárias Apis Aprotini 2,5mg/g Pólen misturado Diminuição da longevidade Malone et al., 2001 mellifera na a complementos e voo precoce de operárias alimentares Apis SBTI 0,1 e 1% do Dieta artificial Diminuição da Brodsgaard et al., mellifera total de sobrevivência, tempo de 2003 proteínas desenvolvimento e massa (massa:massa) corporal das larvas Apis Aprotini 2,5 mg/g de Pólen misturado Glândula hipofaringeana de Malone et al., 2004 mellifera na dieta a complementos operárias tratadas alimentares apresentou maior massa; longevidade e taxa de consumo de alimento de operárias inalteradas Apis BBI 100µg.ml-1 Solução de Atividade forrageadora Dechaume- mellifera açúcar inalterada Moncharmont et al., 2005
  • 90. Quadro II - Inibidores de protease testados em abelhas por meio de testes de toxicidade oral (Lima, MA, 2008). (... Continuação...) Apis BBI 100µg.ml-1 Solução de Atividade forrageadora Dechaume- mellifera açúcar inalterada Moncharmont et al., 2005 Apis SBTI 1%, 0,5% Solução de pólen Redução do teor de Sagili et al., 2005 mellifera e 0,1% da e açúcar proteína da glândula dieta hipofaringeana, da atividade proteolítica intestinal e da sobrevivência de operárias adultas Apis SBTI 0,1% e 1% Solução de Redução da Babendreier et mellifera (massa:vol açúcar sobrevivência e da al., 2007 ume) comunidade bacteriana intestinal de operárias Bombus BPTI 10; 5; 1; Pólen misturado Efeitos na Malone et al., terrestris POT-1 0,1 e a complementos sobrevivência 2000 POT-2 0,001 alimentares (operárias adultas) mg.g-1
  • 91.
  • 92. Curso: Capacitação na Aplicação e Biossegurança Ambiental de Plantas Geneticamente Modificadas 26 a 30 de novembro de 2012 Embrapa Milho e Sorgo Análise de Risco de Plantas GM sobre Organismos não-alvo Obrigada!!! Carmen Pires* carmen.pires@embrapa.br *carmen.pires@embrapa.br Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento