Política habitacional e desigualdades urbanas no Brasil
1. Universidade Federal de Juiz de Fora
Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil Curso de Arquitetura e Urbanismo
Morro da Favela — 1924 óleo/tela 64 X 76cm
2. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
O Brail apresenta uma situação de extrema
desigualdade em relação ao panorama
internacional. Essas desigualdades
assumem várias dimensões:
•RENDA
•COR
•ETNIA
•GÊNERO
•MORADIA
3. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
A diferença na maneira de produção e
apropriação da moradia e do ambiente
urbano pelos diferentes grupos sociais gera
desigualdade entre as camadas. A
Habitação é um elemento básico para uma
boa qualidade de vida, assim como
educação, saúde e renda.
A Habitação é um direto básico de cidaddania
4. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
Desde a a Declaração dos direitos humanos
(1948) até a Declaração de Istambul sobre
Assentamentos Humanos (1996) essa
perspectiva já encontra respaldo no debate
internacional. No Brasil o direito a moradia
foi reconhecido mediante a Ementa
Constitucional 26/2000, que altera o art. 6
da Constituição Federal, onde inclui a
moradia como direito social
5. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
A habitação
apesar de ser “Entende-se MORADIA,
um direito portanto, de uma forma
humano é fruto, ampliada, como habitação
em si e também como o
direta ou solo e o conjunto de
indiretamente, equipamentos, serviços e
amenidades, cuja a
de um processo acessibilidades ela
de produção possiblilita”
capitalista.
6. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
Há uma grande difenrenciação nos
equipamentos, serviços e amenidades do
espaço urbano, e essas diferenças são
criadas pelo processo de produção
(capitalista)
O resultado é a ramificação das camadas, onde a produção privada atinge
apenas o pequeno grupo social de renda mais alta, que se apropria dos
terrenos com melhores condições de acessibilidade, infra-estrutura e
maior nível de amenidades. E para as camadas mais baixas sobram as
regiões insalubres, com péssima infra-setrutura e condições precárias de
acessibilidade.
7. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
Além do grupo de Empresas que, sob
empresas voltado encomenda do
estado, produzem:
para a produção do •Toda a infra-
estrutura
parque imobiliário, • Sistema viário
existem capitais cujo • redes de
abastecimento de
objetivo específico energia, água, coleta
consiste na produção de esgoto, etc.
do espaço construído
Existem também as empresas voltadas para a exploração
de determinado serviço de interesse público, como por
exemplo, o setor de transporte que dita rotas e tarifas aos
seus usuários
8. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
Além de ser o objetivo de interesses
econômicos, o espaço urbano é também
disputado por grupos sociais, que se
dividem pela cidade de acordo com as
condições que lhe são permitidas. Isso
gera identificação desses determinados
espaços com estes grupos e exclusão com
a outra parcela da população.
9. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
“Podemos então caracterizar o espaço
urbano como uma arena onde se
defrontam interesses diferenciados em
luta pela apropriação de benefícios em
termos de geração de rendas e obtenção
de lucros, por um lado, e em termos de
melhores condições materiais e símbolicas
de vida, por outro”
10. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
Do outro, as camasdas
De um lado as
mais populares que
camadas médias
guardam na sua
que estão ligadas
origem uma
aos processos de X
desigualdade oriunda
acumulação
da sua inserção no
urbana
processo de produção
e distribuição da
riqueza nacional
11. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
Para se manter
nos centros
urbanos, as
camadas mais
baixas acabam
habitando em
favelas, cortiços e
periferias, onde
vivem em
condições
precárias.
12. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
“(...)O exercício desse direito básico, garantido
pela legislação nacional e internacional,
dependerá necessariamente de políticas
públicas que permitam, através da oferta de
finaciamento, da oferta da terra, da
universalização da infra-estrutura e dos
serviços urbanos, do dontrole dos processos
de especulação imobiliária e do controle e
correção dos processos de poluição, reduzir o
impacto das desigualdades urbanas e
ambientais sobre condições de vida da
população”
13. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Desigualdades Urbanas
Política habitacional no Brasil
A Política habitacional no Brasil, no
entanto nunca foi capaz de enfrentar
este desafio de forma adequada
14. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
BNH – gestor do FGTS.
1967-1986
Política habitacional no Brasil
Responsável por toda a
política habitacional
O período BNH
•Criação do sistema de Companhias
Estaduais de
financiamento com apoio do Construtores Habitação – as
FGTS que captou recursos; privados – COHAB obtinham
obtinham financiamentos
•Criação e operação de financiamentos, junto ao BNH.
construíam as
programas descentralizados; unidades
habitacionais Construtoras
•Redistribuição dos recursos e as repassavam repassavam,
para os a preço de custo,
de forma regional.
consumidores as unidades
finais, que se habitacionais aos
incumbiam de consumidores,
pagar que
o financiamento. se incumbiam de
pagar para as
COHAB.
15. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
1967-1986
Política habitacional no Brasil
O período BNH
•Baixo desempenho social; 4,5 milhões de residências
•Alto nível de inadimplência; 33,5%
•Movimentos de mutuários populares
por todo o país;
48,8%
•Expectativa da resolução da Setores médios
crise do sistema sem a
penalização dos mutuários.
16. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
MDU – Minist.
CEF
Política habitacional no Brasil
1986/1990 1986
Desenv. Urbano
e Meio Ministério
SEAC Ambiente.
Fazenda
•Implementação de linhas de
financiamento até 3 salários;
CEF
1987
•Sistemas alternativos de MHU – Ministério da Habitação,
produção (mutirão, lotes urbanismo e Meio Ambiente.
urbanizados, etc);
•Maior autonomia dos CEF
Estados e Municípios; 1988 MBES – Ministério da Habitação e
Bem-Estar Social
SEAC -
Secretaria CEF
1989
especial de Ação Ministério
Comunitária
Fazenda
17. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil
1990/1992
Governo Collor
• Poucas inovações e poucos
investimentos; PAIH
• Lançado em Maio de 1990;
• Banalização da politica; • Financiado com recursos do
FGTS;
•Foi criado o Plano de Ação • Destinado as famílias com
Imediato para a Habitação(PAIH); renda média até 5 salários
mínimos;
• Propunha financiar em 180
• Em 1991 facilitou metade da dias cerca de 245mil habitações;
cota disponibilizada para a
contruçao da casa propria;
18. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil
1992/1994
Era Itamar Franco Programas
• Mudanças nos rumos da política
habitacional;
•O governo não consegiu a
• Programa “Habitar Brasil” formar um Fundo Federal;
(voltado para municípios com
mais de 50 mil habitantes) • Nem na formação do
Conselho Federal;
• Programa “Morar Município”
• Dependeram de verbas
(destinado aos municípios de orçamentais ou de recursos
menor porte) provisorios;
19. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil
1995/2002 Programas
Era FHC Pró-Moradia
• “Nova política” - a questão • 830 milhões de reais com recursos do
habitacional foi tratada de forma FGTS, construção de 155.219 moradias;
integrada à política urbana e à
política de saneamento ambiental, Habitar Brasil
através da Secretaria de Política • 860 milhões de reais, construção de
Urbana; 294.595 moradias;
Programa de Financiamento à Produção e
• Setor Social: Programas Pró- ao Credito individual
Moradia e o Programa Habitar • para apoiar industrias de contruçao civil
Brasil, voltado para estados e • e a população que pretendem o contrado
de financiamento vincula do ao imavél.
municípios, com recursos do FGTS e
Orçamento Geral da União. PAR – Programa de arrendamento
residencial:
•Destinado à clientela de 4 a 6 salários
mínimos;
20. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil
Perspectivas para a questão da moradia
Déficit de moradias:
Pode ser utilizado como instrumento de política pública,
levando em conta os aspectos sociológicos da região a que se
destinam, modificando-se de acordo com o desenvolvimento e
transformações de expectativa dessa sociedade.
Questão do Aluguel “Social”: .
De acordo com estudiosos pode ser uma forma de
enfrentamento das demandas habitacionais. Atualmente
apresenta legislação de maior equilíbrio entre as partes, no
entanto requer estudos mais aprofundados de forma a criar
soluções para o déficit habitacional, devendo unir governo,
proprietários e inquilinos.
21. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil
Perspectivas para a questão da moradia
Programas alternativos:
População de baixa renda: Parte do enfrentamento do
problema habitacional é realizado diretamente pela população
através de iniciativas privadas ou coletivas, de autoconstrução
e mutirões, sem auxilio de financiamento público. Resultado:
geração de cortiços, favelas e bairros clandestinos localizados
principalmente em metrópoles e grandes cidades, resultando
em construções de baixa qualidade, acabamento precário e
deteriorização precoce.
População de média e alta renda: criação de “ilhas” em
condomínios fechados, áreas periféricas bem servidas de
acessos ou antigos bairros populares.
.
22. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil
Perspectivas para a questão da moradia
Experiência do Estado de São Paulo:
Configuração de um completo sistema estadual de habitação.
Através de recursos do ICMS (aumento em 1% no estado) foi
possível a criação de uma política própria, criando programas,
mecanismos de comercialização e formas de subsídios
próprios.
.
Criação das Áreas Especiais de Interesse social e as leis
orgânicas municipais:
Responsáveis por importantes avanços na regularização
fundiária, incorporando os setores de baixa renda na “cidade
legal”.
23. Projeto 5
Eulices.Fabrício.Steves.Thais
Política habitacional no Brasil
Perspectivas para a questão da moradia
Revitalização da construção civil e estabilização da economia:
Plano de estabilização Fiscal (Plano Real) que favoreceu a
política econômica e consequentemente um aumento da
produção habitacional.
Brasil – País complexo e heterogêneo:
Envolvimento dos três níveis de governo, agentes privados e
segmentos organizados da sociedade e opção por diretrizes
flexíveis, adaptáveis aos diferentes contextos.
.