6. -Bom dia, senhor Tiago Salgueiro. Eu sou a gata Risonha e esta aqui é a
minha irmã gémea, a gata Choradeira. Nós gostávamos de participar na sua
história.
-Vocês já participaram em algum conto de fadas?
-Não. Mas como vimos no seu anúncio gostaríamos de experimentar.
-Mas, vocês não vão querer fugir para Hollywood para serem famosas?
-Claro que não!
-OK, mas temos um problema!
-Que tipo de problema? – repetiram em coro.
-É que na minha história só preciso de uma princesa, não de duas! Por
isso, uma das duas não vai ser contratada.
-Mas como vamos resolver o problema?
-Tive uma ideia. Vou fazer um teste a cada uma.
Primeiro Tiago Salgueiro chamou Risonha que, ao proclamar as suas
falas, desatou uma grande choradeira. Então o autor chamou a sua gémea, a
gata Choradeira. Esta ao proclamar as suas falas desatou à gargalhada.
Tiago Salgueiro não as contratou porque viu que elas eram inseparáveis.
Autoras: Joana e Sara
8. -Olá senhor Tiago Salgueiro, eu souVerinha, a galinha e gostava de entrar
na sua história.
-Está bem, vais ter de subir aquele castelo até à torre mais alta e por te à
janela. Depois chega o príncipe, apaixonam-se e casam.
-Não, não eu já sou casada e não quero casar outra vez. Isso é bigamia.
Mas não é de verdade, é um casamento fictício, casamento para o leitor.
Sabes Verinha galinha, os leitores são muito românticos e gostam destas
coisas.
-Nem pensar. Ó senhor Tiago Salgueiro, acha que vou andar para aí às
beijocas com outro?! Além disso o meu marido é muito ciumento. Lá no poleiro
nem há mais galos, por causa do seu feitio.
E a Verinha, a galinha lá foi para casa, a correr, porque se tinha lembrado
que o marido Galão lhe tinha pedido pipocas no pão para o jantar.
Vera Peixoto
10. - Bom dia senhor Tiago Salgueiro. Eu sou o Scooby Luís, o cão e estou a
chegar dos estudos da Lusomundo. Em todos os filmes que participei não fui
preguiçoso e sou bastante energético. Nunca necessitei de um duplo para fazer
o meu papel.
- Olá, então quer participar nesta história como o príncipe que vai conquistar
a princesa?
- Sim, mas onde é que estão as câmaras para começarmos já as
filmagens?
- Mas isto não é nada do que você está a pensar. Isto não é nenhum filme.
É uma simples história infantil. Uma narrativa.
- Então não quero fazer este trabalho. Pensei que iria ser o ator principal
num filme e que ia casar com uma bela princesa. O que eu quero é que os meus
familiares, amigos e fãs que estão por todo o mundo me vejam na televisão, no
cinema,… Não quero que me vejam num livro.
- Senhor Scooby Luís, os livros também chegam a todo o mundo. Eu sou
um escritor conhecido e famoso e esta história seria lida por muitas crianças.
Elas adorariam vê-lo no meu livro.
- Não me convence.
E foi-se embora.
Autor: Luís Pereira
12. - Olá senhor escritor Tiago Salgueiro. Sou o Miguel, o pinguim. Não sou
nada preguiçoso, não vou fugir para Hollywood. Sou simpático e muito
inteligente. Memorizo tudo do pé para a mão. Comigo não há aflição.
-Então quer ser personagem desta história?
-Sim. Seria um prazer participar nela. Nem sempre há cenários onde
posso entrar.
-Não se preocupe senhor pinguim. O cenário está pronto. Só tem que se
aproximar de um castelo e namorar com a bela princesa que estará no alto
daquela torre.
-É esseo cenário? Realmente é muito estranho, pois é invulgar encontrar
castelos na Antártida.
- Não, senhor pinguim, o nosso castelo não é numa região fria. É aqui
mesmo, em Portugal. Portugal tem um clima ameno.
- Então, nem pensar. Recuso o trabalho. Nunca ouviu a expressão
«Trabalhar para aquecer?». Se o cenário já é quente, eu ainda derreto.
E foi-se embora.
Autor: Miguel Horácio
14. -Olá senhor Tiago Salgueiro. Eu sou a Telma, a avestruz e quero
participar na sua história.
-Muito bem, então vais subir à torre daquele castelo.
Quando o príncipe chegar tens de dizer as tuas falas.
-Não, não, eu não faço isso. Subir tão alto não é para mim.
-Não entendo. Tens um pescoço gigantesco e tens vertigens?!
-Na verdade, o meu maior medo é estar lá em cima e cair da torre. Já viu
como sou cheiinha?!
-Não, te preocupes. A minha torre está bem segura. Quer ir lá acima
tentar?
-Não. Para isso tenho de tirar os meus ricos pés da terra. Subir escadas
estreitas e tão altas não é comigo. Ainda me desequilibro. De certeza que não
vai querer uma história em que a princesa avestruz cai da torre e faz
catrapus.Figurinhas tristes não quero fazer, de certeza. Adeus.
Autora: Telma
16. - Bom dia senhor Tiago Salgueiro. Eu sou o António Tubarão e quero
entrar na sua história. Tenho muitos talentos especialmente para dramatizar
uma personagem num conto de fadas.
- Que bom, já estava aflito pois ninguém respondeu ainda ao anúncio. Já
tenho uma personagem pronta para ti, mas tens de aceitar algumas condições.
Por exemplo não chegar tarde à história, ser responsável e decorar muito bem
todas as falas.
- Quanto paga por este trabalho?
- Não pagamos.
- O quê? Não há pagamento?
- Não, nunca nenhuma personagem o tinha feito.
- Mas eu só o faço se for bem remunerado. É que eu preciso de um
aquário novo lá em casa.
- Desculpa António Tubarão, mas com essa condição não há trabalho para
si. Sabe, estamos em crise.
Autor: António Leite
18. Tiago Salgueiro estava a ficar desesperado porque já tinha havido muitas
ofertas para personagens, mas os papéis ainda não estavam atribuídos.
Foi então que, pela janela apareceu um papagaio colorido, com cores vivas
e alegres. Tinha uma tatuagem que dizia Chico, provavelmente seria o seu
nome.
-Olá. – Disse Tiago Salgueiro.
-Olá. – Respondeu o papagaio.
-Queres entrar no meu conto?
-Queres entrar no meu conto? – repetiu o papagaio.
-Podes ser o príncipe. – sugeriu Tiago.
-Podes ser o príncipe.
-Vais repetir tudo o que eu digo?
-Vais repetir tudo o que eu digo?
-Para. – gritou Tiago. – Estás a cansar-me.
-Para.
-Estás despedido.
-Estás despedido.
E Tiago Salgueiro sacudiu o papagaio do seu gabinete ficando ainda mais
desesperado com esta cena.
Autores: André e João
20. -Senhor Saleiro, vi o seu anúncio no jornal e se ainda precisar gostaria de
participar.
-Desculpe, mas o meu nome é Tiago Salgueiro. E a senhora quem é?
-Eu sou joaninha Aninhas.
-A senhora Aninhas não vai fugir para Hollywood para ser uma estrela de
cinema e ganhar rios de dinheiro, pois não?
-Eu até precisava de dinheiro, neste tempo de crise… mas, como você
precisa de uma personagem e eu estou desempregada, decidi aproveitar.
-Tem alguma experiência nesta profissão?
-Não tenho nenhuma experiência porque, como vê, eu sou uma joaninha
bondosa e elegante, por isso não sei…
-Está bem! Não desespere, o que tem que fazer é ir para cima daquela
torre, atirar beijos para o seu príncipe e depois…
Após aquela conversa, o escritor foi continuar o seu livro. Quando chegou
há parte em que os olhos dos jovens príncipe se cruzaram… nada aconteceu,
porque o príncipe não conseguia ver joaninha Aninhas de tão pequena e de tão
alta que estava. Então Tiago Salgueiro não teve outra solução. E despediu-a.
Autora: Ana Cláudia
22. - Senhor Manuel Salgueiro eu sou Beatriz, a Perdiz e vim para ser a
princesa desta história.
- Desculpe, eu sou Tiago Salgueiro e não Manuel!
- Desculpe-me Manuel, mas não sou boa a decorar nomes.
- Outra vez! Sou Tiago e não Manuel.
- Desculpe-me.
- Bom, tens boa aparência. Até podes ser a princesa da torre. Começa por
decorar as falas que estão aqui e depois eu testo-te!
Passadas algumas horas Beatriz Perdiz bateu no gabinete de Tiago
Salgueiro.
- Olá novamente, senhor Manuel. Já decorei tudo.- afirma
- Manuel, não. Tiago Salgueiro.- Começa a falar.
- Meu belo rei.
- Já está mal. É um príncipe.
- Desculpe. Meu belo príncipe, ajuda-me a subir a torre.
- Não é subir, é «Descer esta torre».
- Já vi que a tua memória é bastante fraca. Não serves para este papel.
Autora: Beatriz
23. Exmo. Senhor Tiago Salgueiro,
A turma do 4º ano não conseguiu, por muito
que tentasse, encontrar personagens para
poder dar continuidade à sua história.
Pedimos muitas desculpas.
Os alunos da turma FC