O documento discute a evolução da museologia no Brasil desde a década de 1980, quando conceitos internacionais passaram a ser divulgados em cursos e seminários. A museologia teve como objetivo principal a educação e informação do público, e desenvolveu técnicas como o museu didático para atingir públicos diversos. A aplicação de novas tecnologias como a automação dos acervos e a conservação preventiva também foram temas importantes no desenvolvimento da museologia.
1. As finalidades daAs finalidades da
museologiamuseologia
Introduzimos o conceito de Ciência Museológica noIntroduzimos o conceito de Ciência Museológica no
Brasil a partir dos cursos ministrados em 1985 emBrasil a partir dos cursos ministrados em 1985 em
sucessivos anos, visando atualizar o campo conceitualsucessivos anos, visando atualizar o campo conceitual
entre os estudantes, uma vez que não existindo asentre os estudantes, uma vez que não existindo as
facilidades da internet, os novos conceitosfacilidades da internet, os novos conceitos
internacionais eram divulgados através dosinternacionais eram divulgados através dos
seminários, cursos, workshops, textos acadêmicos eseminários, cursos, workshops, textos acadêmicos e
aulas abertas, como as do Instituto de Museologia deaulas abertas, como as do Instituto de Museologia de
São Paulo, com a ampla divulgação de textos comoSão Paulo, com a ampla divulgação de textos como
este, aqui traduzido por Ana Carolina Garcia, para oeste, aqui traduzido por Ana Carolina Garcia, para o
evento do IMSP em 2001.evento do IMSP em 2001.
2. A origem da “museopedagogia”A origem da “museopedagogia”
No que se refere à finalidade da ciênciaNo que se refere à finalidade da ciência
museológica podemos defini-la como amuseológica podemos defini-la como a
projeção didática sobre o sujeito ou oprojeção didática sobre o sujeito ou o
público, constituindo o museu em centropúblico, constituindo o museu em centro
de educação e informação.de educação e informação.
3. Didática e informaçãoDidática e informação
Nesse aspecto a museologia defronta-se com duasNesse aspecto a museologia defronta-se com duas
questões; a heterogeneidade dos níveis culturais entre oquestões; a heterogeneidade dos níveis culturais entre o
público e a variedade de conteúdos.público e a variedade de conteúdos.
Frente a essas dificuldades, a museologia desenvolveuFrente a essas dificuldades, a museologia desenvolveu
o museu didático, no qual é possível diversificar oso museu didático, no qual é possível diversificar os
vários níveis leitura à disposição dos visitantes.vários níveis leitura à disposição dos visitantes.
A solução, neste caso, é mais bem própria de cadaA solução, neste caso, é mais bem própria de cada
museu, que desenvolve um código de interpretaçãomuseu, que desenvolve um código de interpretação
particular, introduzindo na dinâmica sujeito- objeto umparticular, introduzindo na dinâmica sujeito- objeto um
novo elemento que permita estabelecer a sintonianovo elemento que permita estabelecer a sintonia
adequada entre ambosadequada entre ambos
4. Museu e entorno socialMuseu e entorno social
nesse sentido produzimos um trabalho sobre anesse sentido produzimos um trabalho sobre a
Sociologia dos Museus, divulgado sob forma deSociologia dos Museus, divulgado sob forma de
texto acadêmico de apoio para os alunos dotexto acadêmico de apoio para os alunos do
IMSP entre 1992 e 1993, nos antevendo a umaIMSP entre 1992 e 1993, nos antevendo a uma
tendência importante da museologia e o entornotendência importante da museologia e o entorno
social, enfocando as atividadessocial, enfocando as atividades
museopedagógicas que aproximam o públicomuseopedagógicas que aproximam o público
infanto-juvenil à instituição, como forma práticainfanto-juvenil à instituição, como forma prática
de criar o hábito do lazer educativo.de criar o hábito do lazer educativo.
5. Interação institucionalInteração institucional
Nessa tarefa, naturalmente, aNessa tarefa, naturalmente, a
“museologia” não deve e muitas vezes“museologia” não deve e muitas vezes
não pode trabalhar isoladamente.não pode trabalhar isoladamente.
Deve fazê-lo em colaboração com outrasDeve fazê-lo em colaboração com outras
instituições educativas e culturais, comoinstituições educativas e culturais, como
escolas, universidades e fundações comescolas, universidades e fundações com
as quais possa compartilhar a busca deas quais possa compartilhar a busca de
seus objetivos.seus objetivos.
6. Os meios da museologiaOs meios da museologia
Determinada a finalidade da museologia, éDeterminada a finalidade da museologia, é
necessário perguntar quais meios são válidosnecessário perguntar quais meios são válidos
para estabelecer de modo eficaz a relação entrepara estabelecer de modo eficaz a relação entre
sujeito e objeto, ou entre público e coleção, parasujeito e objeto, ou entre público e coleção, para
extrair o mais frutífero rendimento didáticoextrair o mais frutífero rendimento didático
possível.possível.
Nesse sentido, a museologia, ao apresentar oNesse sentido, a museologia, ao apresentar o
objeto, leva em consideração todos os fatoresobjeto, leva em consideração todos os fatores
que possam contribuir para o desenvolvimentoque possam contribuir para o desenvolvimento
completo da sua potencialidade.completo da sua potencialidade.
7. ((http://http://museumstudiesmuseumstudies.si..si.edu/webcast_121306edu/webcast_121306..htmlhtml))
U.S.Museums Learning, Teaching, Expanding –U.S.Museums Learning, Teaching, Expanding –
Smithsonian Castle Library – 2006.Smithsonian Castle Library – 2006.
os pilares da museologia são: aos pilares da museologia são: a
pesquisa científica, a conservaçãopesquisa científica, a conservação
preventiva, a museopedagogia, apreventiva, a museopedagogia, a
museografia, a documentaçãomuseografia, a documentação
museológica, difusão e a gestãomuseológica, difusão e a gestão
administrativa dos museus; e aadministrativa dos museus; e a
“museopedagogia” .“museopedagogia” .
8. Museologia e museografiaMuseologia e museografia
Desde a estrutura arquitetônica ao seu redor, com aDesde a estrutura arquitetônica ao seu redor, com a
calibragem do espaço, passando pela distância entrecalibragem do espaço, passando pela distância entre
objetos e espectador e a análise dos pontos de vistaobjetos e espectador e a análise dos pontos de vista
para uma contemplação adequada, até os aspectospara uma contemplação adequada, até os aspectos
técnicos museográficos, como o estudo da iluminaçãotécnicos museográficos, como o estudo da iluminação
natural e artificial mais adequada para cada caso e osnatural e artificial mais adequada para cada caso e os
complementos explicativos ou materiais de apoio, comocomplementos explicativos ou materiais de apoio, como
cédulas gerais que documentem seu significadocédulas gerais que documentem seu significado
concreto.concreto.
Estes meios são facilitados para a museologia por todaEstes meios são facilitados para a museologia por toda
uma série de técnicas de apoio, que ampliam euma série de técnicas de apoio, que ampliam e
favorecem seu trabalho.favorecem seu trabalho.
9. Aplicação tecnológica em museusAplicação tecnológica em museus
Nessa perspectiva, assinalamos dois tipos deNessa perspectiva, assinalamos dois tipos de
ciências, as humanas e sociais (história,ciências, as humanas e sociais (história,
sociologia, história da arte, estética) e associologia, história da arte, estética) e as
experimentais (física, química, eletrônica,experimentais (física, química, eletrônica,
informática), acrescidas de técnicas visuais.informática), acrescidas de técnicas visuais.
O abuso de certos procedimentos técnicosO abuso de certos procedimentos técnicos
suscita certas críticas, mas os auxílios quesuscita certas críticas, mas os auxílios que
proporcionam, como norma geral, trazemproporcionam, como norma geral, trazem
indubitáveis progressos à museologia, noindubitáveis progressos à museologia, no
desenvolvimento de suas atividades.desenvolvimento de suas atividades.
10. Tecnologia para a organizaçãoTecnologia para a organização
O sistema pioneiro de micro filmagem nosO sistema pioneiro de micro filmagem nos
anos 80, executado pelo Museu Nacionalanos 80, executado pelo Museu Nacional
de Etnologia de Osaka, no Japão,de Etnologia de Osaka, no Japão,
representou um marco conceitual para arepresentou um marco conceitual para a
museologia; a evolução tecnológica émuseologia; a evolução tecnológica é
incorporada ao sistema museístico.incorporada ao sistema museístico.
11. O exemplo é sobre tudo nos museus norteO exemplo é sobre tudo nos museus norte
americanos, que empreenderam aamericanos, que empreenderam a
interessante tarefa de centralização dosinteressante tarefa de centralização dos
seus catálogos por meio deseus catálogos por meio de
computadores, o que permitiu dispor decomputadores, o que permitiu dispor de
uma rede de informação e de banco deuma rede de informação e de banco de
dados, o que teria sido extremamentedados, o que teria sido extremamente
caro sem o auxílio da informática.caro sem o auxílio da informática.
12. O início da automação em museusO início da automação em museus
tive a oportunidade de realizar uma visitative a oportunidade de realizar uma visita
técnica ao Museu de História Natural detécnica ao Museu de História Natural de
São Francisco, Golden Gate Park, queSão Francisco, Golden Gate Park, que
encontrava-se em processo deencontrava-se em processo de
reformulação museográfica,reformulação museográfica,
especialmente nos projetos dos dioramasespecialmente nos projetos dos dioramas
e na reorganização catalográfica atravése na reorganização catalográfica através
da informatização. (1982)da informatização. (1982)
13. Inventário nacional de bensInventário nacional de bens
culturaisculturais
Nesse sentido apresentei um projeto para aNesse sentido apresentei um projeto para a
Secretaria de Estado da Cultura em 1985Secretaria de Estado da Cultura em 1985
(DEMA) para que os museus vinculados ao ente(DEMA) para que os museus vinculados ao ente
público procedessem com a organização dospúblico procedessem com a organização dos
inventários e seqüente integração em rede dosinventários e seqüente integração em rede dos
índices catalográficos): a normalizaçãoíndices catalográficos): a normalização
documental coíbe o tráfico ilícito de bensdocumental coíbe o tráfico ilícito de bens
culturais; permite o manejo das coleções emculturais; permite o manejo das coleções em
alto grau de preservação; gerando aalto grau de preservação; gerando a
interconexão entre os museus e formando ointerconexão entre os museus e formando o
sistema brasileiro de museus.sistema brasileiro de museus.
14. Tecnologia aplicadaTecnologia aplicada
Os métodos físico-químicos de análise dos objetos,Os métodos físico-químicos de análise dos objetos,
como os raios X, a radiação ultravioleta, o espectro porcomo os raios X, a radiação ultravioleta, o espectro por
fotometria, renderam igualmente preciosos serviçosfotometria, renderam igualmente preciosos serviços
quanto à identificação e à análise das peças, resolvendoquanto à identificação e à análise das peças, resolvendo
não poucas questões sobre as mesmas.não poucas questões sobre as mesmas.
Mesmo assim a museologia alimenta-se de meiosMesmo assim a museologia alimenta-se de meios
científicos, mas em nenhum caso será absorvida pelocientíficos, mas em nenhum caso será absorvida pelo
cientificismo, pois sua meta é puramente humanística:cientificismo, pois sua meta é puramente humanística:
colocar o público em contato com o objeto históricocolocar o público em contato com o objeto histórico
cultural.cultural.
15. Técnicas não invasivasTécnicas não invasivas
o conceito de conservação foi ampliado para conservaçãoo conceito de conservação foi ampliado para conservação
preventiva nas décadas posteriores.preventiva nas décadas posteriores.
A atividade de restauração considerada como uma intervençãoA atividade de restauração considerada como uma intervenção
mecânica invasiva, foi ampliada para o conceito de restauraçãomecânica invasiva, foi ampliada para o conceito de restauração
museológica, seguindo as predominantes escolas européiasmuseológica, seguindo as predominantes escolas européias
propagadoras das idéias de autenticidade e honestidade na açãopropagadoras das idéias de autenticidade e honestidade na ação
da recuperação da estabilidade estrutural dos objetos.da recuperação da estabilidade estrutural dos objetos.
Tais conceitos evoluíram para a museologia advindos do mundo daTais conceitos evoluíram para a museologia advindos do mundo da
museografia e da restauração arquitetônica, entre outros citamosmuseografia e da restauração arquitetônica, entre outros citamos
Ruskin, Plenderleith, Haussmann, Viollet-le-Duc...Ruskin, Plenderleith, Haussmann, Viollet-le-Duc...
16. http://www.http://www.lafraguadevulcanolafraguadevulcano..es/videoes/video..aspasp pode ser visualizado exprimir umapode ser visualizado exprimir uma
das formas de musealização, in Fira Tots Sants 2013, Mercado Medieval dedas formas de musealização, in Fira Tots Sants 2013, Mercado Medieval de
ValenciaValencia..
Desde as tecnologias aplicadas às exposições, aosDesde as tecnologias aplicadas às exposições, aos
sistemas 3D, novas formas de registro do patrimôniosistemas 3D, novas formas de registro do patrimônio
cultural material e imaterial, ampliaram o conceito decultural material e imaterial, ampliaram o conceito de
musealização.musealização.
A disponibilidade na Internet dos projetos museológicosA disponibilidade na Internet dos projetos museológicos
criou uma aldeia global para uma museologia semcriou uma aldeia global para uma museologia sem
fronteiras. (ICOM> México)fronteiras. (ICOM> México)
17. A pesquisa científica originaA pesquisa científica origina
coleções museológicascoleções museológicas
Mas, ainda são válidos os protocolos deMas, ainda são válidos os protocolos de
organização museológica, entendidosorganização museológica, entendidos
como os pilares da museologia.como os pilares da museologia.
O “nível 1” da teoria desenvolvida porO “nível 1” da teoria desenvolvida por
Stránsky sobre o Museu da MoraviaStránsky sobre o Museu da Moravia
destaca as atividades de pesquisadestaca as atividades de pesquisa
científica na organização museológica.científica na organização museológica.
18. A evolução histórica da museologiaA evolução histórica da museologia
e da museografiae da museografia
embora ambas disciplinas no século XXI se contemplemembora ambas disciplinas no século XXI se contemplem
com disciplinas autônomas, a lógica relação dialéticacom disciplinas autônomas, a lógica relação dialética
entre as áreas básicas de estudos e práticasentre as áreas básicas de estudos e práticas
sistematizadas, se retro alimentam de forma contínua,sistematizadas, se retro alimentam de forma contínua,
tanto é assim que a prática museográfica dos folktanto é assim que a prática museográfica dos folk
museus, na recriação do ambiente global damuseus, na recriação do ambiente global da
comunidade (vivendas, decoração, utensílioscomunidade (vivendas, decoração, utensílios
domésticos e ferramental técnico, gastronomia,domésticos e ferramental técnico, gastronomia,
vestimentas) recriam um estilo de vida, de época, devestimentas) recriam um estilo de vida, de época, de
tradição, da estética, e ao mesmo tempo propiciaram umtradição, da estética, e ao mesmo tempo propiciaram um
ingresso econômico para as comunidades rurais.ingresso econômico para as comunidades rurais.
19. tipologiastipologias
Essa tendência museográfica (cenográfica e deEssa tendência museográfica (cenográfica e de
ambientação) é uma clara contribuição para aambientação) é uma clara contribuição para a
teoria museológica (ampliando seu campoteoria museológica (ampliando seu campo
conceitual) e para a museologia (incorporandoconceitual) e para a museologia (incorporando
novos critérios para a conservação, pornovos critérios para a conservação, por
exemplo, com a manutenção de maquinário eexemplo, com a manutenção de maquinário e
ferramentas através da sua utilização diária);ferramentas através da sua utilização diária);
deu início a conceitos como o de museusdeu início a conceitos como o de museus
comunitários e aprofundou critérios decomunitários e aprofundou critérios de
planejamento em turismo rural.planejamento em turismo rural.
20. O documentalista museológicoO documentalista museológico
A museografia diverge da museologiaA museografia diverge da museologia
nesse momento metodológico danesse momento metodológico da
delimitação do campo conceitual dedelimitação do campo conceitual de
ambas disciplinas, a partir da práticaambas disciplinas, a partir da prática
sistematizada a partir da metade dosistematizada a partir da metade do
Século XIX, iniciado pela formação dosSéculo XIX, iniciado pela formação dos
conservadores, dos documentalistas e doconservadores, dos documentalistas e do
fenômeno cultural experimental dasfenômeno cultural experimental das
exposições.exposições.
21. A origem da nova museologiaA origem da nova museologia
Nesse sentido afirmamos que a museografia diverge daNesse sentido afirmamos que a museografia diverge da
teoria museológica, uma vez que a noção de novateoria museológica, uma vez que a noção de nova
museologia cunhada anos mais tarde e dos ecomuseus,museologia cunhada anos mais tarde e dos ecomuseus,
especifica uma necessidade influenciada pelas artesespecifica uma necessidade influenciada pelas artes
plásticas contemporânea, segundo a qual as grandesplásticas contemporânea, segundo a qual as grandes
instalações não tinham espaço físico para suainstalações não tinham espaço físico para sua
montagem no ambiente dos museus tradicionais (Renémontagem no ambiente dos museus tradicionais (René
Rivard) e pelas experiências dos museus de identidadeRivard) e pelas experiências dos museus de identidade
na Alemanha nacional socialista; depois nos folkna Alemanha nacional socialista; depois nos folk
museums da Grã Bretanha e nos museus ao ar livremuseums da Grã Bretanha e nos museus ao ar livre
(open air museums).(open air museums).
22. Museografia e nova museologiaMuseografia e nova museologia
a museografia é a “parte visível” dos museus, comoa museografia é a “parte visível” dos museus, como
afirmo no Manual de Museografia organizado durante oafirmo no Manual de Museografia organizado durante o
mestrado em Museologia na ENCRyM, em 1982,mestrado em Museologia na ENCRyM, em 1982,
reeditado no Brasil em 2012.reeditado no Brasil em 2012.
Porque tivemos que repensar museologia e museografiaPorque tivemos que repensar museologia e museografia
no âmbito expandido das experiências originadas nano âmbito expandido das experiências originadas na
França e renovadas no Canadá.França e renovadas no Canadá.
23. A experiência pré-musealA experiência pré-museal
tais questões nos pareciam de difícil solução porque tratamos do conceitotais questões nos pareciam de difícil solução porque tratamos do conceito
da experiência pré museal, que nos países com altos índices deda experiência pré museal, que nos países com altos índices de
analfabetismo e baixa freqüência a museus, e estudos não contempladosanalfabetismo e baixa freqüência a museus, e estudos não contemplados
nas escolas públicas, discutir a experiência significa agregar dadosnas escolas públicas, discutir a experiência significa agregar dados
sociológicos dos níveis educacionais.sociológicos dos níveis educacionais.
O conceito de aplica ao fato de o museu contar com um nível de leitura eO conceito de aplica ao fato de o museu contar com um nível de leitura e
conhecimento do visitante sobre as obras, isto é, um nível mínimo deconhecimento do visitante sobre as obras, isto é, um nível mínimo de
cultura geral, que permite expor com níveis básicos de informação,cultura geral, que permite expor com níveis básicos de informação,
complementada com catálogos e publicações. Tal fato leva ao hábito decomplementada com catálogos e publicações. Tal fato leva ao hábito de
aquisição de publicações, ao poder aquisitivo, ao interesse específico...aquisição de publicações, ao poder aquisitivo, ao interesse específico...
Estas formas deram impulso às “lojas” de museus, que se tornam mais ouEstas formas deram impulso às “lojas” de museus, que se tornam mais ou
menos sofisticadas, incluindo os mais variados itens para o consumo domenos sofisticadas, incluindo os mais variados itens para o consumo do
público.público.
24. Museu: sujeito e objetoMuseu: sujeito e objeto
A solução, neste caso, é mais bem própria de cadaA solução, neste caso, é mais bem própria de cada
museu, que desenvolve um código de interpretaçãomuseu, que desenvolve um código de interpretação
particular, introduzindo na dinâmica sujeito- objeto umparticular, introduzindo na dinâmica sujeito- objeto um
novo elemento que permita estabelecer a sintonianovo elemento que permita estabelecer a sintonia
adequada entre ambas.adequada entre ambas.
A projeção ou finalidade didática é exercida pelo museuA projeção ou finalidade didática é exercida pelo museu
em dois níveis: o puramente educativo, como gerador deem dois níveis: o puramente educativo, como gerador de
cultivo da sensibilidade e das faculdades intelectuais docultivo da sensibilidade e das faculdades intelectuais do
público, e, num plano superior, como propulsor dopúblico, e, num plano superior, como propulsor do
desenvolvimento do pensamento humano, convidando àdesenvolvimento do pensamento humano, convidando à
reflexão científica por intermédio da comparação entrereflexão científica por intermédio da comparação entre
os diversos mundos – artísticos, históricos, técnicos –os diversos mundos – artísticos, históricos, técnicos –
que apresenta.que apresenta.
25. Memória é HistóriaMemória é História
uma contribuição inestimável foi a publicação do “Cuadernos deuma contribuição inestimável foi a publicação do “Cuadernos de
Museologia” em 1989 organizada por Luis Repetto (Puc-Perú)Museologia” em 1989 organizada por Luis Repetto (Puc-Perú)
Diretor do Museu da Arte Popular do Instituto Riva-Aguero.Diretor do Museu da Arte Popular do Instituto Riva-Aguero.
Bock, Teresa C. de A.(1982) El proceso museológico. México:Bock, Teresa C. de A.(1982) El proceso museológico. México:
Churubusco. 1º. Seminário de Museologia (DEMA) 1985. InstitutoChurubusco. 1º. Seminário de Museologia (DEMA) 1985. Instituto
de Museologia de São Paulo, IMSP (dezembro1991) TRADUÇÃO Ede Museologia de São Paulo, IMSP (dezembro1991) TRADUÇÃO E
REEDIÇÃO – Brasil. 2012.REEDIÇÃO – Brasil. 2012.
ISBN 978-85914169-0-5ISBN 978-85914169-0-5
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