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Ciência e senso comum: concepções e abordagens
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES
MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS-PROFLETRAS
Elaboração de projetos e
tecnologia educacional
www.proedutec.blospot.com
2. Noções básicas sobre pesquisa
científica
Profª Tânia Maria Moreira
Novembro de 2014
3. CONHECIMENTOS PRÉVIOS
O que vocês pensam quando a palavra ciência ou cientista é
mencionada? Quais as imagens de ciência que vemos em
propagandas na TV?
4. Imagens mais comuns
Gênio, louco, que inventa coisas
fantásticas.
Excêntrico (fora do centro), manso,
distraído. Pessoa que pensa sobre
fórmulas incompreensíveis para
muitos.
Alguém que fala com autoridade, que
sabe o que está falando e que os
outros devem ouvir e obedecer.
Só o cientista pensa, cria,
fala com autoridade? Será
que ele realmente sabe
tudo?
6. SENSO COMUM
• É um tipo de conhecimento que vamos acumulando no
nosso dia-a-dia. Trata-se de um conhecimento
intuitivo,espontâneo, de tentativas e erros que construímos
na nossa vida diária. Sem esse conhecimento seria muito
complicado viver.
• Exemplos:
– A dona de casa sabe por quanto tempo, quando usa uma garrafa
térmica mantém o café quente, sem fazer nenhum cálculo
complicado e, muitas vezes, desconhecendo as leis da
termodinâmica.
– Quando alguém, em casa, reclama de problemas no fígado, ela
faz um chá de boldo, que é uma planta medicinal usada pelos
avós de seus avós, sem, no entanto, conhecer nenhum estudo
farmacológico.
7. CARACTERÍSTICAS
• Percorre um caminho que vai do hábito à
tradição, a qual, quando estabelecida, é
passada de geração para geração, para facilitar
a vida das pessoas.
8. APRENDEMOS..
a atravessar a rua com nossos pais. a fazer o liquidificador
funcionar
a plantar alimentos na época e de
maneira certa a conquistar a pessoa que
desejamos...
9. • O senso comum é uma forma de
conhecimento que mistura e recicla outros
saberes muito mais especializados produzidos,
por exemplo, pela ciência, pela filosofia, pela
religião, e os reduz a um tipo de teoria
simplificada, produzindo uma determinada
visão de mundo.
10. O senso comum se agarra à magia, ao
milagre.O senso comum nasce da visão de um
universo no qual os desejos e emoções podem
alterar os fatos.
11. COMO FUNCIONA O SENSO
COMUM?
Imaginemos...
Alguém está dirigindo um carro. Repentinamente ele
deixa de funcionar e a pessoa não tem como chamar
um mecânico. Vamos imaginar a cena e tentar
visualizar as mãos e o seu cérebro dessa pessoa.
OU
Na sua frente há um monte de peças de um quebra-cabeças.
Sua tarefa é armá-lo sem ter um modelo.
Como você procederia para resolver a tarefa?
12. ALGUNS MODO DE RESOLVER AS SITUAÇÕES
COLOCADAS NÃO TÊM A VER COM A COM
SENSO COMUM E COM CIÊNCIA?
O quebra-cabeça do senso
comum é muito
semelhante ao quebra-cabeça
da ciência, a
despeito das diferenças
que podemos encontrar
em cada modo de
conhecimento.
A CIÊNCIA NASCEU DE ATIVIDADES
COMO ESSAS.
Ser bom em ciência e no senso
comum é ser capaz de inventar
soluções.
O senso comum e a ciência são
expressões da necessidade de
compreender o mundo para viver
melhor e sobreviver.
O senso comum e a ciência começam
com um problema, passam pela
análise e a construção de
modelos/representações
Fazer ciência se assemelha
a cozinhar, a andar de
bicicleta, a brincar, a jogar, a
adivinhar.
13. CIÊNCIA É ...
Souza Santos (1989, p. 13) - é uma prática social de
conhecimento.
Morin (2005, p. 24) - Karl Popper - é um campo aberto, onde
as teorias, os princípios de explicação, as visões de mundo e
os postulados metafísicos ou ideologias são combatidas a
partir de regras, como o respeito aos dados, por exemplo.
Moreira (2014) – é uma atividade sócio-cultural em que as
pessoas se engajam para conhecer as coisas do mundo.
14. Japiassú (1975, p. 10) ... pode ser tanto uma procura
metódica do saber, quanto um modo de interpretar a realidade;
tanto pode ser uma instituição, com seus grupos de pressão,
seus preconceitos, suas recompensas oficiais, quanto um metiê
subordinado a instâncias administrativas, políticas ou
ideológicas; tanto uma aventura intelectual conduzindo a um
conhecimento teórico (pesquisa), quanto um saber realizado
ou tecnicizado.
15. Motta-Roth (2009, p. 132) um conhecimento de qualquer
objeto ou fenômeno que se efetiva por intermédio da
observação, da identificação, descrição, investigação ordenada e
explicação de um fenômeno com base em um paradigma
vigente.
Kuhn (2006, p. 356) Um modelo universalmente aceito
por uma comunidade. Um paradigma científico, ou um
modelo de ciência é “um princípio que controla as
visões do mundo” (MORIN, 2005, p.22), servindo como
referência para todo um fazer científico durante uma
determinada época ou um período de tempo, até que
outro modelo passe a existir e disputar espaço de
hegemonia na construção do conhecimento.
16. Moreira (2011, p. 55) é uma prática social constituída por sujeitos
que realizam atividades, bem como compartilham saberes,
recursos e regras estabelecidas social e culturalmente de modo a
estabelecer conhecimentos teóricos, metodológicos e tecnológicos
a partir de modelos científicos vigentes no desenvolvimento de
uma pesquisa.
17. COMO FUNCIONA A CIÊNCIA?
É um conjunto de conhecimentos, obtidos de maneira
programada, sistemática e controlada para que permita a
verificação da sua validade, sobre fatos ou aspectos da
realidade (objetos de estudo), expresso por meio de uma
linguagem precisa e rigorosa.
18. PESQUISA CIENTÍFICA
• É um processo de investigação sistemático e metódico.
• É um conhecimento produzido a partir de procedimentos
sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, com o objetivo de
encontrar soluções para os problemas propostos mediante o
emprego de métodos científicos e a definição de tipos de
pesquisas (CERVO; BERVIAN, 2002; ALVES, 1999).
• É uma atividade desenvolvida por investigadores para novas
descobertas, melhoria da qualidade da vida intelectual e da
vida material.
19. Pesquisa
É um conjunto de ações determinadas para o propósito de se
investigar, analisar e avaliar uma determinada questão ou
problema em uma dada área do conhecimento
É um processo planejado de investigação que consiste em três
momentos: 1) o levantamento de perguntas, hipóteses ou
problemas; 2) a coleta de dados; e 3) a análise e interpretação
dos dados. (MOTTA-ROTH, 2006, p. 67).
20. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA
CIENTÍFICA
• gera um saber/conhecimento que pode ser transmitido, verificado,
utilizado e desenvolvido. Ex. motor movido a álcool.
• envolve a abertura de horizontes e a apresentação de diretrizes
fundamentais, que podem contribuir para o desenvolvimento do
conhecimento (OLIVEIRA, 2002, p. 62).
• um premissa para o desenvolvimento do ser humano e a pesquisa como a
consolidação da ciência.
• aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação
e isentas de emoção. Objetivo específico, linguagem rigorosa, métodos e
técnicas específicas, processos cumulativos do conhecimento,
objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera o
conhecimento espontâneo do senso comum.
21. Marconi e Lakatos (2009, p. 80) - A pesquisa científica é
factual (real), porque lida com todas as formas ocorrências ou
fatos que se manifestam de algum modo.
um conhecimento contingente, pois suas proposições ou
hipóteses têm uma veracidade ou falsidade conhecida por
meio de experiências.
sistemática, visto que se trata de um saber ordenado
logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não
conhecimentos dispersos e desconexos.
verificabilidade, a tal ponto que as afirmações que não podem
ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.
um conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo,
absoluto ou final e
aproximadamente exato: novas proposições e o
desenvolvimento de técnicas podem reformular o Acervo de
teoria existente.
22. PASSOS DE UMA PESQUISA
No desenvolvimento de uma pesquisa científica compreende
seis passos: 1) seleção do tópico ou problema para
investigação; 2) definição e diferenciação do problema; 3)
definição do método de pesquisa; coleta, sistematização e
classificação de dados; 5) análise e interpretação dos dados e
6) sistematização dos resultados da pesquisa.
23. PESQUISADOR/CIENTISTA
• pessoa que utiliza conhecimentos teóricos e práticos,
bem como utiliza métodos e procedimentos precisos,
planejamento eficaz, critérios e instrumentos
adequados que passem confiança e credibilidade tanto
aos envolvidos no processo quanto no resultado do
trabalho. (MENEZES; VILLELA, 2006).
• necessita ter habilidades para a utilização de técnicas
de análise, entender os métodos científicos e os
procedimentos com o objetivo de encontrar respostas
para as perguntas formuladas.
24. Método científico
De origem grega, significa o conjunto de etapas e
processos a serem vencidos ordenadamente na
investigação dos fatos ou na procura da verdade.
É a um processo racional que se segue para chegar a um
fim, um modo ordenado de proceder ou um conjunto de
procedimentos.
25. MÉTODO
É um conjunto de procedimentos definidos para que a
pesquisa seja adequadamente conduzida e capaz de levar a
conclusões válidas, isto é, que se prestam efetivamente a
verificar o que o pesquisador se propôs a investigar.
É um processo racional que se segue para chegar a um fim, um
modo ordenado de proceder ou conjunto de procedimentos
técnicos e científicos (MOTTA-ROTH, 2006, p. 68).
.
26. UMA PESQUISA PODE SER...
Dedutiva - partir pela elaboração de perguntas ou hipóteses e,
a partir daí, buscar evidências que respondam às perguntas ou
confirmem ou refutem as hipóteses levantadas. Nesse caso, ela
parte da teoria para os dados.
Indutiva – inicar pela análise dos dados para chegar a uma
teoria ou princípios que parecem reger a organização dos
dados. Nesse tipo de pesquisa, parte-se dos dados para a
teoria.
27. É válido destacar que
os diversos passos empregados em qualquer pesquisa não são
estabelecidos apriori; de fato, os pesquisadores procuraram agir cientificamente
e, só depois, param para examinar o caminho que conduzira seu trabalho ao
êxito.
o uso de um método científico confere segurança e é fator de economia
na pesquisa, no estudo, na aprendizagem.
.
28. ALGUNS MÉTODOS
Um método é estabelecido e aprimorado pela contribuição
cumulativa dos antepassados.
Há várias maneiras de se classificarem os métodos de
investigação. Em determinado tipo de pesquisa um método
pode ter maior predomínio do que outro.
Cordeiro (1999), há várias tendências metodológicas. Nas
ciências sociais, é possível mencionar que os mais usados são:
o histórico, o comparativo, o estudo de caso, a pesquisa-ação,
o estatístico ou matemático e o etnográfico.
29. O método histórico leva em conta o passado e remete os pesquisadores à
necessidade de resgatarem as raízes daquilo que se pretende pesquisar (DIAS,
2005).
pode ser aplicado no estudo da vida, das instituições, dos costumes do passado
(BONAVIDES, 2003, p. 406). Ele também pode ser empregado no estudo da
história de proposições legislativas.
O pesquisador pode investigar como se originou uma lei, pode procurar
encontrar as pessoas realmente participaram na elaboração de uma lei, trazendo
à luz os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram na
elaboração de uma lei. Em resumo, esse método busca a compreender a
natureza, a origem das coisas e sua funcionalidade.
30. • O método comparativo envolve a comparação entre dois ou
mais variações de um fenômeno. Desse modo, ele tem por
objetivo reconhecer semelhanças ou diferenças observáveis em
diferentes situações, tais como, em grupos culturais,
comunidades, instituições e fenômenos sociais, por exemplo.
(DIAS, 2005).
31. O estudo de caso consiste no estudo intensivo e detalhando de um
indivíduo ou grupo, com vistas a obter generalizações a partir de uma
análise compreensiva do tópico da pesquisa como um todo
(CORDEIRO, 1999, p. 55).
Envolve a investigação de um tema de estudo empírico e o uso um
conjunto de procedimentos pré-especificado, geralmente, envolvendo
observação direta e uma série sistemática de entrevistas (YIN, 2005).
Exige do pesquisador grande equilíbrio intelectual e capacidade de
observação, além de parcimônia quanto à generalização dos resultados
(1999, p. 29). A título de exemplo, destaca-se o estudo do
comportamento de uma tribo indígena em termos de sua aculturação
por posseiros da região.
32. ESTUDO DE CASO
Envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos de maneira que se
permita o seu amplo e detalhado conhecimento. (GIL, 1999).
Pode abranger análise de exame de registros, observação de acontecimentos,
entrevistas estruturadas e não-estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. Seu
objeto pode ser um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de
organizações ou, até mesmo, uma situação. (DENCKER, 2000).
A maior utilidade do estudo de caso é verificada nas pesquisas exploratórias. Por sua
flexibilidade, é sugerido nas fases iniciais da pesquisa de temas complexos para a
construção de hipóteses ou reformulação do problema. É utilizado nas mais diversas
áreas do conhecimento.
A coleta de dados geralmente é feita por mais de um procedimento. Entre os mais
usados estão: a observação, a análise de documentos, a entrevista e a história da vida.
(GIL, 1999).
33. PESQUISA-AÇÃO
Concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a
resolução de um problema coletivo.
Os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema
estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (GIL, 1999). Implica
o contato direto com o campo de estudo, envolvendo o reconhecimento visual
do local, a consulta a documentos diversos e, sobretudo, a discussão com
representantes das categorias sociais envolvidas na pesquisa.
É delimitado o universo da pesquisa e recomenda-se a seleção de uma
amostra. O critério de representatividade dos grupos investigados na pesquisa-ação
é mais qualitativo do que quantitativo.
É importante a elaboração de um plano de ação envolvendo os objetivos que
se pretende atingir, a população a ser beneficiada, a definição de medidas,
procedimentos e formas de controle do processo e de avaliação de seus
resultados. (GIL, 1996). Não segue um plano rigoroso de pesquisa, pois o
plano é readequado constantemente de acordo com a necessidade, os
resultados e o andamento das pesquisas. O investigador se envolve no
processo e sua intenção é agir sobre a realidade pesquisada. (DENCKER,
2000).
34. • A pesquisa-ação possibilita a participação dos membros da
comunidade estudada, durante a pesquisa, na análise e
interpretação dos dados de modo que os resultados possam
influenciar a comunidade no sentido de propor soluções para os
problemas detectados. Um caso exemplar é o estudo de uma
comunidade que participa do levantamento sócio-econômico da
cidade, identificando problemas e utilizando esses dados para
propor soluções.
35. O método estatístico ou matemático é também conhecido como
método qualitativo. Esse método reúne procedimentos estatísticos
para medir ou manipular o objeto de pesquisa ou dados. Sua principal
característica é a credibilidade nos números. Em um estudo sobre as
mães de adolescentes no Brasil, por exemplo, não é possível
entrevistar todas as mães existentes. Dessa maneira, o pesquisador
pode recorrer a uma amostragem que seja representativa desse todo.
Serão, então, definido um número pequeno de mães, que torne
possível a realização de entrevista. Para que o resultado chegue o mais
próximo possível da realidade, o grupo de amostragem deve conter
todas as características encontradas em mães adolescentes em todo o
Brasil (DIAS, 2005, p. 39).
36. A etnografia é o estudo de pessoas e de grupos, em primeira mão,
durante um período de tempo, que utiliza a observação
participante ou entrevistas para desvendar o comportamento
social. Esse tipo de pesquisa procura revelar os significados que
sustentam as ações sociais e é realizada por meio do
envolvimento direto do pesquisador nas interações que constituem
a realidade social para o grupo de estudo (GIDDES, 2004, p.
514).
37. • A escolha do método de pesquisa sempre será selecionado de
acordo com e a área de atuação e o gênero textual (TCC,
monografia, dissertação, tese, artigo científico, resenha...) que
o pesquisador desenvolve, já que os resultados das
investigações podem ser encontrados sob a forma de trabalhos
técnico-científicos, publicados em revistas científicas, em
eventos e em instituições de Ensino Superior.
• Na realização de estudos relativos ao seu curso de formação e
na definição do método de pesquisa, converse com os seus
39. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Utiliza material já publicado, constituído basicamente de livros,
artigos de periódicos e, atualmente, com informações
disponibilizadas na internet.
Quase todos os estudos fazem uso do levantamento bibliográfico e
algumas pesquisas são desenvolvidas exclusivamente por fontes
bibliográficas.
Sua principal vantagem é possibilitar ao investigador a cobertura de
uma gama de acontecimentos muito mais ampla do que aquela que
poderia pesquisar diretamente. (GIL, 1999).
A técnica bibliográfica busca encontrar as fontes primárias e
secundárias e os materiais científicos e tecnológicos necessários
para a realização do trabalho científico ou técnico-científico.
Pode realizar-se em bibliotecas públicas, faculdades, universidades
e, atualmente, nos acervos que fazem parte de catálogo coletivo e
das bibliotecas virtuais. (OLIVEIRA, 2002).
40. PESQUISA DOCUMENTAL
Elaborada a partir de materiais que não
receberam tratamento analítico, documentos de
primeira mão, como documentos oficiais,
reportagens de jornal, cartas, contratos, diários,
filmes, fotografias, gravações etc., ou, ainda,
documentos de segunda mão que, de alguma
forma, já foram analisados, tais como: relatórios
de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas
estatísticas etc. (GIL, 1999). Normalmente se
encontram no interior de órgãos públicos ou
privados como manuais, relatórios, balancetes e
outros.
41. LEVANTAMENTO
Envolve a interrogação direta de pessoas cujo
comportamento em relação ao problema estudado se
deseja conhecer para, em seguida, mediante análise
quantitativa, identificar as conclusões correspondentes
aos dados coletados. O levantamento feito com
informações de todos os integrantes do universo da
pesquisa origina um censo. (GIL, 1999). O
levantamento usa técnicas estatísticas, análise
quantitativa, permite a generalização das conclusões
para o total da população e, assim, para o universo
pesquisado, permitindo o cálculo da margem de erro.
Os dados são mais descritivos que explicativos.
(DENCKER, 2000).
42. PESQUISA PARTICIPANTE
Realizada através da integração do investigador, que
assume uma função no grupo a ser pesquisado, mas sem
seguir a uma proposta pré-definida de ação. A intenção é
adquirir conhecimento mais profundo do grupo. O grupo
investigado tem ciência da finalidade, dos objetivos da
pesquisa e da identidade do pesquisador. Permite a
observação das ações no próprio momento em que
ocorrem. (DENCKER, 2000). Esta pesquisa necessita de
dados objetivos sobre a situação da população. Isso
envolve a coleta de informações sócio-econômicas e
tecnológicas que são de natureza idêntica aos adquiridos
nos tradicionais estudos de comunidades. Estes dados
podem ser agrupados por categorias como: geográficos,
econômicos, educacionais e outros. (GIL, 1996).
43. PESQUISA EXPERIMENTAL
Quando se determina um objeto de estudo,
selecionam-se as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo, definem-se as formas de controle e
de observação dos efeitos que a variável produz
no objeto. (GIL, 1999). A pesquisa experimental
necessita de previsão de relações entre as
variáveis a serem estudadas e o seu controle.
Desta forma, na maioria das situações, é inviável
quando se trata de objetos sociais. (GIL, 1996). É
geralmente utilizada nas ciências naturais.
44. PESQUISA EX-POST-FACTO
Quando o “experimento” se realiza depois dos fatos. O
pesquisador não tem controle sobre as variáveis. (GIL,
1999). É um tipo de pesquisa experimental, diferindo
apenas pelo fato do fenômeno ocorrer naturalmente
sem que o investigador tenha controle sobre ele, ou
seja, nesse caso, o pesquisador passa a ser um mero
observador do acontecimento. Por exemplo: a
verificação do processo de erosão sofrido por uma
rocha por influência do choque proveniente das ondas
do mar. (BOENTE; BRAGA, 2004). Esta pesquisa é
geralmente utilizada nas ciências naturais.
45. LINGUÍSTICA
• é uma ciência pós-moderna, voltada para o estudo da
linguagem humana;
• está voltada à descrição e à explicação de como a linguagem
humana funciona e de como são usadas as línguas em
particular, para beneficiar outras ciências e artes que usam,
de algum modo, a linguagem falada ou escrita.
20/11/14 ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO 45
46. ÁREAS DE PESQUISA DA
LINGUÍSTICA:
• há várias áreas de
interesse,
dependendo do ponto
de vista como é
observada a
linguagem;
20/11/14 ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO 46
47. TIPOS DE PESQUISA
As pesquisas podem ser classificadas quanto:
• à natureza da pesquisa (básica ou aplicada);
• à abordagem do problema (qualitativa ou quantitativa, ou
ambas combinadas);
• à realização dos objetivos (descritiva, exploratória ou
explicativa);
• aos procedimentos técnicos ou métodos de pesquisa
(bibliográfica, documental, levantamento, estudo de caso,
participante, pesquisa-ação, experimental e ex-post-facto).
49. PESQUISA BÁSICA
Objetiva produzir conhecimentos novos, úteis para o
avanço da ciência sem aplicação prática prevista.
Envolve verdades e interesses universais (GIL,1999).
Assim, o pesquisador busca satisfazer uma necessidade
intelectual pelo conhecimento e sua meta é o saber.
(CERVO; BERVIAN, 2002).
50. PESQUISA APLICADA:
Gera conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à
solução de problemas específicos. Envolve interesses
locais (GIL, 1999). A pesquisa visa à aplicação de suas
descobertas na solução de um problema (COLLIS;
HUSSEY, 2005).
52. PESQUISA QUANTITATIVA
Considera que tudo pode ser quantificável, o que
significa traduzir em números opiniões e informações
para classificá-los e analisá-los. Requer o uso de
técnicas estatísticas e de recursos (percentagem, média,
moda, mediana, desvio padrão, coeficiente de
correlação, e outros) (GIL, 1999). Assim, a pesquisa
quantitativa é focada na mensuração de fenômenos,
envolvendo a coleta e análise de dados numéricos e
aplicação de testes estatísticos (COLLIS; HUSSEY,
2005).
53. PESQUISA QUALITATIVA
Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo
real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o
mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não
pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a
fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o
instrumento chave (GIL, 1999). A pesquisa qualitativa
utiliza técnicas de dados como a observação
participante, história ou relato de vida, entrevista e
outros(COLLIS; HUSSEY, 2005).
55. Pesquisa Exploratória
Proporciona maior proximidade com o problema,
visando torná-lo explícito ou definir hipóteses. Procura
aprimorar ideias ou descobrir intuições. Possui um
planejamento flexível, envolvendo, em geral,
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas
que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado e análise de exemplos similares. Assume as
formas de pesquisas bibliográficas e estudos de caso
(GIL, 1996; DENCKER, 2000). Esse tipo de pesquisa é
voltado para pesquisadores que possuem pouco
conhecimento sobre o assunto pesquisado, pois,
geralmente, há pouco ou nenhum estudo publicado
sobre o temaB (COLLIS; HUSSEY, 2005).
56. PESQUISA DESCRITIVA
Visa descrever as características de determinada
população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. A forma mais comum de
apresentação é o levantamento, em geral realizado
mediante questionário ou observação sistemática, que
oferece uma descrição da situação no momento da
pesquisa. Metodologia indicada para orientar a forma
de coleta de dados quando se pretende descrever
determinados acontecimentos (GIL, 1996; DENCKER,
2000). É direcionada a pesquisadores que têm
conhecimento aprofundado a respeito dos fenômenos e
problemas estudados.
57. PESQUISA EXPLICATIVA
Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica
a razão, o porquê das coisas e, por isto, é o tipo mais
complexo e delicado, já que o risco de cometer erros
aumenta consideravelmente. Visa identificar os fatores
que determinam ou contribuem para a ocorrência dos
acontecimentos. Caracteriza-se pela utilização do
método experimental (nas ciências físicas ou naturais) e
observacional (nas ciências sociais). Geralmente, utiliza
as formas de Pesquisa Experimental e Ex-post-facto.
Método adequado para pesquisas que procuram
estudar a influência de determinados fatores na
determinação de ocorrência de fatos ou situações.
(GIL, 1996; DENCKER, 2000).
58. ETAPAS DA PESQUISA
• Elaboração do projeto da pesquisa
• Desenvolvimento da pesquisa
• Sistematização da pesquisa
• Divulgação da pesquisa
60. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• MOTTA-ROTH; HENDGES, G. H. Produção
textual na universidade. São Paulo : Parábola
Editorial, 2010.
• SILVA, R. ; URBANESKI, V. Metodologia do
trabalho científico. Centro Universitário
Leonardo Da Vinci – Indaial : Grupo
UNIASSELVE, 2009.