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UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
Consumidor e Sociedade
Professora: Elisa Barreto
Alunos:
      Bruno Leão
      Davi Shamá
      Marcello Rangel
      Rafael Chagas
      Rafaelly de Lemos
      Riklévio de Melo
      Tábatta Carneiro




              O Consumo Alimentar no Cinema




                                                Recife, junho de 2009.
Em Cartaz / Índice
Trailers.........................................................3
Teaser..........................................................5
Protagonista.................................................6
Longa...........................................................7
Clímax........................................................21
Créditos......................................................22
Trailers                        / Contexto Histórico

   Cinematógrafo. Sem esse aparelho, o que é conhecido hoje como cinema,
não existiria. Criado em fevereiro de 1895, pelos irmãos franceses Louis e
Auguste Lumière, o cinematógrafo tinha como proposta básica a reprodução
dos movimentos. Sua utilização seria, dessa maneira, essencialmente científica.
    Foram gravados documentários sobre a movimentação de pessoas,
animais ou, até mesmo, de mecanismos em funcionamento. A estratégia
utilizada para a experimentação do instrumento foi bem preparada. Durante
nove meses, as exibições com o cinematógrafo foram exclusivamente
científicas. Foi apenas em 28 de dezembro de 1895 que os irmãos Lumière
decidiram abrir as exibições comerciais ao público, utilizando as mesmas
imagens apresentadas nas exibições científicas.
    Cenas como o trem chegando à estação espantou a platéia parisiense,
que chegou a pensar que a locomotiva sairia da tela de projeção. A magia que
estava envolvida nessa projeção inicial deu seus primeiros sinais de aparição.
Nessa primeira projeção comercial, muito do que seria visto anos depois nas
modernas salas de cinema pôde ser experimentado. O envolvimento do público
com a imagem em movimento, por exemplo, foi essencial para a aquisição do
status de espetáculo para o cinema. George Mèliés, “homem de teatro que
trabalhava com mágicas”, foi quem primeiro percebeu o potencial de
entretenimento que o cinema oferecia. Percebeu que o fantástico poderia ser
real na grande tela branca. Além da participação do público no cinema, há um
curioso detalhe.
    As primeiras exibições comerciais e públicas do cinematógrafo foram
exibidas no “El Grand Café”, em Paris. A primeira sala de projeção foi em um
restaurante.
    Desde a primeira exibição, então, percebe-se que cinema e comida são
assuntos que andam em paralelo. E, quando se pensa em comida no cinema, o
que primeiro vem às nossas cabeças são as boas e velhas pipocas. A pipoca é
tratada    como     símbolo     do     cinema,    faz    parte     do    ritual.
feiras americanas que aconte-
Com a pipoca em mãos, o espectador demonstra sua reação ao que está
assistindo. O grão de milho estourado já é tradicional no cinema, porém, seu
surgimento é bem anterior às salas de projeção. Os índios americanos já
sabiam como preparar a pipoca, utilizando panelas com areia quente, e a
prática foi levada à Europa por Cristovão Colombo.
      A associação da pipoca com o cinema foi iniciada por conta dos parques
e feiras americanas que aconteciam no século XIX. Nesses eventos, a pipoca já
era vendida por vendedores ambulantes, que, além da pipoca, vendiam suas
demais guloseimas. No fim desse século, os primeiros cinemas americanos
começaram a surgir e, junto com eles, os ambulantes também acompanharam
o fluxo do público. Na área externa do cinema sempre havia um vendedor
pronto para comercializar sua pipoca. Em 1920, aproximadamente, após uma
relutância inicial dos donos de cinema – achavam que a pipoca desviava a
atenção do filme -, os vendedores de pipoca passaram a fazê-las dentro do
próprio prédio, criando as primeiras lanchonetes de cinema. As bombonieres do
cinema tinham maquinários para produzir muito mais pipoca que os vendedores
ambulantes, o que tornou a venda de pipoca ainda mais fácil e popular.
      Desde então, a prática começou a ser utilizada em praticamente todo o
mundo. Nos cinemas norte-americanos do tipo “multiplex” (várias salas de
projeção em um mesmo espaço físico), a comercialização de pipoca, bebidas e
outros alimentos correspondem a, aproximadamente, 45% dos lucros totais
arrecadados pela empresa. No Brasil, 80 mil toneladas de pipoca são
consumidas anualmente. Percebendo a enorme demanda de consumidores de
alimentos nos cinemas, realizamos esta pesquisa para conhecer o perfil desse
consumidor. Sabermos o que ele prefere comer, onde ele prefere comprar e,
até, em que quantidade essa comida é consumida.
Teaser / Hipótese e Universo
   Discutiremos agora os resultados obtidos e comprovaremos, ou não, a
nossa hipótese: É necessária a criação de novos produtos para serem vendidos
na lanchonete do cinema, já que a compra de alimentos passou a ser efetivada
em lojas de departamento, motivada, principalmente, pelo preço.
   Realizamos pesquisas com 400 pessoas, de ambos os sexos e de todas as
faixas etárias, nos seguintes locais: Multiplex Severiano Ribeiro (Shopping Boa
Vista), UCI Recife (Shopping Recife), BOX Cinemas (Shopping Guararapes),
Cine Rosa e Silva (Empresarial Trade Center), Cinema da Fundação e no
campus da UNICAP. As pesquisas foram realizadas entre os dias 4 de maio de
2009 e 22 de maio de 2009. Nos cinemas (exceto o Cinema da Fundação), as
pesquisas foram feitas a partir das 14 horas até as 18 horas.
Protagonista / Perfil
      Diante dos dados obtidos através da pesquisa foi possível definir o perfil
do consumidor do cinema. Foi, então, constatado que, aquele que compra
visando o consumo dentro da sala de projeção, em sua maioria, é solteiro, tem
entre 18 a 25 anos e é do sexo feminino. Possui o Ensino Superior
Incompleto; renda mensal média de dois a cinco salários mínimos; vai ao
cinema uma ou duas vezes por mês; preferencialmente, nos dias de quarta-
feira e sábado e acompanhados de um grupo. Prefere filmes de comédia;
obtém informações sobre o filme em sites, sendo o portal do próprio cinema o
endereço mais visitado; consome sempre que vai assistir ao filme e gasta
entre 5 a 10 reais em alimentos. Consome mais bebidas e pipoca; quando
optam por chocolate, preferem uma barra completa; quando se pede fast-
food, escolhe o tamanho médio; consome até 100 gramas de guloseima e
prefere tanto a pipoca quanto o salgadinho em tamanhos médio. Compra
mais na lanchonete do próprio cinema, mas acha o preço dos produtos caro
e com pouca variedade.
Longa / Os dados da pesquisa
   Foram criadas 21 perguntas a serem respondidas pelo público freqüentador
do cinema. Entre elas, perguntas como “com quem você vai ao cinema?” ou “o
que você come dentro do cinema?” foram incluídas e seus resultados foram
cruzados.
   Abaixo, colocamos todos os gráficos gerados a partir da análise das 400
pesquisas, começando pelo perfil socioeconômico.


 Perfil Socioeconômico
1. Estado Civil




    Com esse gráfico, percebemos que a maioria dos entrevistados é,
legalmente, solteira. Porém, boa parte vai ao cinema à dois. Solteiros no papel,
acompanhados emocionalmente.


2. Idade




    A idade foi bem distribuída, sendo os pontos mais fortes a faixa entre 18 à
25 anos – sendo o maior público do cinema – e os acima de 50 anos – sendo o
menor público.
3. Sexo




     No quesito “sexo”, a maioria mostrou-se ser mulher. Cruzando a
informação com a pergunta “com quem vai ao cinema”, podemos perceber que,
como as mulheres saem em grupos, o público feminino foi superior ao
masculino. Mulheres tem o hábito de saírem juntas.


4. Escolaridade




     Só vai ao cinema quem tem o básico de educação, outro dado obtido pela
nossa pesquisa. Somando-se “completo” com “incompleto”, o maior público é
de Ensino Médio, ou seja, adolescentes entre 15 e 17 anos, porém, a
porcentagem específica de Ensino Superior Incompleto sai em disparada,
mostrando que a maior parte do público é universitária – percebe-se, também,
pelo fato do maior público ter 18 à 25 anos.
5. Renda Família (em salários mínimos)




       A média da renda familiar do consumidor de cinema ficou entre R$ 930,01
e R$ 2.325,00. É interessante pontuar que, se somados, a renda familiar acima
de 8 salários mínimos seria superior à constatada na maioria. O público tem um
poder aquisitivo em potencial.


 Perfil “Cinematográfico”
6. Freqüência no cinema




       A grande maioria só vai ao cinema uma ou duas vezes por mês. Os que
escolheram a opção outros, em sua grande maioria, vão menos de uma vez por
mês.


7. Preferência quanto ao dia da semana




       O dia de maior público, apesar de todas as promoções, é o sábado. Logo
em seguida, vem a quarta-feira. A segunda-feira vir em terceiro lugar é devido
às novas promoções criadas pelo cinema para atrair o público nesse dia.
* Essa pergunta foi de múltipla escolha.
* Essa pergunta foi de múltipla escolha.


8. Vai ao cinema...




    A maioria das pessoas freqüentam os cinemas em grupos com três ou
mais pessoas. Reforçando o que foi dito na questão 1, em segundo lugar, as
pessoas vão acompanhadas ao cinema. O cinema termina sendo um local de
encontro de casais.


9. Preferência quanto ao gênero de filme




    Em disparada, comédia foi o gênero mais votado. Seguido por
ação/aventura e comédia romântica. Todos os três gêneros são filmes que não
exigem tanta atenção do espectador, facilitando, assim, o consumo de
alimentos em sua projeção.
    * Essa pergunta foi de múltipla escolha.
10. Onde obtém informações sobre o filme




    Uma grande maioria respondeu que coleta as informações referentes ao
filme a ser assistido na Internet. O site mais acessado seria o do próprio
cinema. Porém, outros sites também foram citados, principalmente os
especializados na sétima arte, como o “Omelete” e o “Cinema Com Rapadura”.
Em segundo lugar, com uma parcela significativa, vem o próprio cinema. Boa
parte decide qual filme assistir apenas no local. Literalmente, a decisão da
compra é praticamente feita no ponto de vendas.
    * Essa pergunta foi de múltipla escolha.


11. Freqüência do consumo no cinema




    Mais da metade das pessoas responderam que o consumo no cinema é
um costume. O mercado é muito forte, principalmente se somarmos com a
quantidade de pessoas que também comem, mas não com tanta freqüência. A
parcela que nunca come é pequena, sendo, em sua grande maioria, idosos.
12. Quanto é gasto em alimentos




     As faixas entre R$ 5,00 a R$ 10,00 e R$ 10,00 a R$ 20,00 ficaram com
resultados bem próximos, o que nos leva a uma conclusão de que, em média
gasta-se R$ 10,00 por ida ao cinema em alimentação. Gastar menos que cinco
reais é algo um pouco difícil de conseguir, devido aos preços ofertados. São
poucos os que conseguem essa proeza.


13. Alimentos mais consumidos




     É fato que todos comem acompanhados de alguma bebida, seja ela
refrigerante, suco ou água. Por isso o grande número de respostas. Em
segundo lugar, a boa e velha pipoca. Isso mostra que o consumo de pipoca no
cinema ainda possui uma característica de ritual, como no início do cinema. O
chocolate, junto com as guloseimas, está preenchendo o sabor doce do “lanche
cinematográfico”. Os salgadinhos são os substitutos da pipoca para algumas
pessoas. Os que comem fast-food são aqueles que, normalmente, estão
apressados para entrar na sala do cinema e não tem tempo para ir em lojas e
enfrentar filas. Em “outros”, o que foi bastante comentado foi o biscoito.
     * Essa pergunta foi de múltipla escolha.
14. Onde os alimentos são comprados




    Apesar do alto preço, a lanchonete do cinema ainda é o maior ponto de
vendas de alimentos consumidos no cinema. Porém, é perceptível a força que
as lojas de departamento possui, praticamente se igualando as vendas da
lanchonete do cinema. Mais abaixo, há uma comparação entre idade e local de
vendas.


 Pergunta Subjetiva
15. “Qual a sua opinião sobre os produtos que são consumidos no
cinema?”
    A maioria das pessoas ao responder essa pergunta se limitava em
responder sobre a variedade, o preço e o que poderia ser sugerido.
Principalmente no que se diz respeito às lanchonetes do cinema. Como as
respostas foram bastante parecidas, contabilizamos por meio de gráficos as
respostas que mais apareceram.
    Preço:




    Variedade:
Houveram três sugestões bem válidas, duas delas referentes à lanchonete
do cinema. A primeira, mais citada, diz respeito à venda de produtos light ou
diet, que não são oferecidos pela lanchonete. A outra sugestão não é
igualmente saudável. As pessoas sentem falta de pipoca doce no cinema.
Incrivelmente, 135 pessoas fizeram essa sugestão. Não que não exista pipoca
doce no mercado, mas as pessoas querem no mesmo estilo que são feitas as
salgadas no cinema.
    A terceira sugestão é mais para as lojas de departamento. As pessoas
acreditam que é necessário a criação de embalagens especiais, com alimentos
e brindes, referente à algum filme em cartaz.


 Consumo de Bebidas




    Normalmente, as pessoas consomem 500 mL de qualquer tipo de bebida.
Logo em seguida, vem a lata de 350 mL – provavelmente comprada em uma
loja de departamento.


 Consumo de Chocolate




    A maior parte dos entrevistados respondeu que come meia-barra ou uma
barra completa de chocolate. Realmente, o chocolate é a parte do lanche que
quebra o salgado da pipoca.
 Consumo de Fast-Food




    O lanche mais consumido foi o médio, que oferece refrigerante de 500 mL
(quantidade de bebida mais ingerida) e outro acompanhamento médio,
dependendo do local escolhido para comer.


 Consumo de Guloseimas




    As pessoas não exageram na compra de guloseimas, comprando em
saquinhos prontos em lojas de departamento ou no peso em lojas
especializadas. Esse tipo de alimento, junto com o chocolate, é que está no
âmbito dos doces que compõem o lanche para o cinema.


 Consumo de Pipoca




    O tamanho médio da pipoca é baseado no tamanho médio oferecido pelos
cinemas. Mas, quando compram pipoca, compram sempre o combo que tenha
todas as características médias.
 Consumo de Salgadinhos




    Como o salgadinho é, praticamente, um substituto da pipoca para algumas
pessoas, a quantidade ingerida é, também, média.


Cruzamento de informações
1. Freqüência de consumo X Vai ao cinema




    Todas as possibilidade de acompanhamento seguiram uma linha de
distribuição de pessoas que sempre, às vezes, ou nunca comem. Interessante
perceber que os casais tem mais convicção da compra, sendo               o
acompanhamento com o maior número de pessoas que sempre comem no
cinema.
2. Idade X Freqüência de consumo




    É interessante notar que a indecisão da compra, a opção “às vezes”,
diminui à medida que a idade aumenta, sendo a faixa entre 12 à 14 anos a mais
indecisa. Quem sempre come, possui, também, uma certa constante, tendo
uma queda brusca apenas nas pessoas acima de 50 anos que, na sua grande
maioria, nunca come no cinema.


3. Idade X Quanto é gasto em alimentos
O mais curioso desse cruzamento é perceber como, de fato, a idade
influencia no poder de compra. Quanto mais velha a pessoa fica, maior sua
capacidade para efetuar o pagamento. O crescimento das faixas entre R$ 10,00
e R$ 20,00 e acima de R$ 20,00 é completamente perceptível, bem como o
decréscimo da faixa entre R$ 5,00 e R$ 10,00. O público que paga mais caro
por alimentos no cinema seria o acima de 50 anos.


4. Idade X Alimentos mais consumidos




    Os alimentos se configuram de maneira similar entre todas as faixas
etárias. Porém, o consumo de salgadinho é algo interessante a se pontuar: os
mais novos comem muito mais salgadinho, e as pessoas acima de 50 anos,
nenhuma come. O decréscimo do consumo acontece em todas as faixas de
idade.
5. Idade X Local de Compra




    O poder de compra influencia diretamente nesse gráfico. No cruzamento
de número 3, percebemos que as pessoas mais velhas tem maior poder de
compra. Nesse cruzamento, percebem que para o público de até 25 anos, a
maior parte já compra em lojas de departamento, com o propósito de
economizar. A partir dos 26 anos, em diante, a compra na lanchonete do
cinema cresce consideravelmente. Já em lojas de departamento, há uma queda
brusca, chegando a 0% para o público acima de 50 anos.


6. Quanto é gasto em alimentos X Dia da semana
Um dado curioso desse cruzamento é o seguinte: a quinta-feira, segundo
menor público durante toda a semana, é o dia onde mais se gasta dinheiro com
alimento. A faixa acima de R$ 20,00 chega a 23,5%, praticamente o dobro
dessa mesma faixa nos outros dias. Já nos dias de maior audiência, exceto a
quarta-feira, as faixas entre R$ 5,00 e R$ 10,00 e entre R$ 10,00 e R$ 20,00
podem ser equiparadas. Porém, no final de semana (sábado e domingo), a
faixa entre R$ 10,00 e R$ 20,00 supera a outra, aumentando o ticket médio de
compra.
Clímax / Conclusão
      Portanto, perante o que foi apresentado, é possível concluir que nossa
hipótese não foi confirmada em sua totalidade. Surpreendentemente, para nós,
foi comprovado através das pesquisas que o consumidor prefere comprar os
produtos na loja do próprio cinema. Vale ressaltar, que observando os
cruzamentos, é curioso perceber que à medida que a idade do consumidor
aumenta, ele passa a comprar cada vez mais na loja do cinema a tal ponto que,
entre pessoas de 50 anos ou mais, a sua totalidade compra no cinema. Os
jovens e adolescentes compram muito mais, quando comparados aos de idade
mais avançada, em lojas de departamento e supermercados.
      Por outro lado, acertamos quando afirmamos que é necessária a criação
de, ou, no caso, que a lanchonete do cinema adquira produtos novos em seu
leque de opções. Em nossa questão discursiva, foi exposto pelos entrevistados
que a sua grande maioria acha a variedade da loja insuficiente, sem contar o
elevado preço, que foi apontando como forte motivo de não-compra. O
consumidor, ao mesmo tempo em que não está verdadeiramente satisfeito com
os produtos vendidos na loja, não acha que preço justo. Porém, pôde ser
comprovado que esses pontos negativos não se mostram significativos para o
consumidor da lanchonete do cinema ao ponto de que a compra deixe de
acontecer.
Créditos / Bibliografia
BERNARDET, Jean-claude. O que é cinema. São Paulo: Brasiliense, 1980.


LABAKI, Amir et al. (Org.). Folha conta 100 anos de cinema: Ensaios,
resenhas     e   entrevistas.   Rio   de   Janeiro:   Imago   Editora,   1995.


RABISCO, http://www.rabisco.com.br/26/pipoca.htm


INDÚSTRIA DA CULTURA,
http://industriadacultura.wordpress.com/2009/04/01/por-que-comemos-pipoca-
no-cinema/

MUNDO ESTRANHO,
http://mundoestranho.abril.com.br/cinematv/pergunta_287978.shtml

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  • 1. UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco Comunicação Social – Publicidade e Propaganda Consumidor e Sociedade Professora: Elisa Barreto Alunos: Bruno Leão Davi Shamá Marcello Rangel Rafael Chagas Rafaelly de Lemos Riklévio de Melo Tábatta Carneiro O Consumo Alimentar no Cinema Recife, junho de 2009.
  • 2. Em Cartaz / Índice Trailers.........................................................3 Teaser..........................................................5 Protagonista.................................................6 Longa...........................................................7 Clímax........................................................21 Créditos......................................................22
  • 3. Trailers / Contexto Histórico Cinematógrafo. Sem esse aparelho, o que é conhecido hoje como cinema, não existiria. Criado em fevereiro de 1895, pelos irmãos franceses Louis e Auguste Lumière, o cinematógrafo tinha como proposta básica a reprodução dos movimentos. Sua utilização seria, dessa maneira, essencialmente científica. Foram gravados documentários sobre a movimentação de pessoas, animais ou, até mesmo, de mecanismos em funcionamento. A estratégia utilizada para a experimentação do instrumento foi bem preparada. Durante nove meses, as exibições com o cinematógrafo foram exclusivamente científicas. Foi apenas em 28 de dezembro de 1895 que os irmãos Lumière decidiram abrir as exibições comerciais ao público, utilizando as mesmas imagens apresentadas nas exibições científicas. Cenas como o trem chegando à estação espantou a platéia parisiense, que chegou a pensar que a locomotiva sairia da tela de projeção. A magia que estava envolvida nessa projeção inicial deu seus primeiros sinais de aparição. Nessa primeira projeção comercial, muito do que seria visto anos depois nas modernas salas de cinema pôde ser experimentado. O envolvimento do público com a imagem em movimento, por exemplo, foi essencial para a aquisição do status de espetáculo para o cinema. George Mèliés, “homem de teatro que trabalhava com mágicas”, foi quem primeiro percebeu o potencial de entretenimento que o cinema oferecia. Percebeu que o fantástico poderia ser real na grande tela branca. Além da participação do público no cinema, há um curioso detalhe. As primeiras exibições comerciais e públicas do cinematógrafo foram exibidas no “El Grand Café”, em Paris. A primeira sala de projeção foi em um restaurante. Desde a primeira exibição, então, percebe-se que cinema e comida são assuntos que andam em paralelo. E, quando se pensa em comida no cinema, o que primeiro vem às nossas cabeças são as boas e velhas pipocas. A pipoca é tratada como símbolo do cinema, faz parte do ritual. feiras americanas que aconte-
  • 4. Com a pipoca em mãos, o espectador demonstra sua reação ao que está assistindo. O grão de milho estourado já é tradicional no cinema, porém, seu surgimento é bem anterior às salas de projeção. Os índios americanos já sabiam como preparar a pipoca, utilizando panelas com areia quente, e a prática foi levada à Europa por Cristovão Colombo. A associação da pipoca com o cinema foi iniciada por conta dos parques e feiras americanas que aconteciam no século XIX. Nesses eventos, a pipoca já era vendida por vendedores ambulantes, que, além da pipoca, vendiam suas demais guloseimas. No fim desse século, os primeiros cinemas americanos começaram a surgir e, junto com eles, os ambulantes também acompanharam o fluxo do público. Na área externa do cinema sempre havia um vendedor pronto para comercializar sua pipoca. Em 1920, aproximadamente, após uma relutância inicial dos donos de cinema – achavam que a pipoca desviava a atenção do filme -, os vendedores de pipoca passaram a fazê-las dentro do próprio prédio, criando as primeiras lanchonetes de cinema. As bombonieres do cinema tinham maquinários para produzir muito mais pipoca que os vendedores ambulantes, o que tornou a venda de pipoca ainda mais fácil e popular. Desde então, a prática começou a ser utilizada em praticamente todo o mundo. Nos cinemas norte-americanos do tipo “multiplex” (várias salas de projeção em um mesmo espaço físico), a comercialização de pipoca, bebidas e outros alimentos correspondem a, aproximadamente, 45% dos lucros totais arrecadados pela empresa. No Brasil, 80 mil toneladas de pipoca são consumidas anualmente. Percebendo a enorme demanda de consumidores de alimentos nos cinemas, realizamos esta pesquisa para conhecer o perfil desse consumidor. Sabermos o que ele prefere comer, onde ele prefere comprar e, até, em que quantidade essa comida é consumida.
  • 5. Teaser / Hipótese e Universo Discutiremos agora os resultados obtidos e comprovaremos, ou não, a nossa hipótese: É necessária a criação de novos produtos para serem vendidos na lanchonete do cinema, já que a compra de alimentos passou a ser efetivada em lojas de departamento, motivada, principalmente, pelo preço. Realizamos pesquisas com 400 pessoas, de ambos os sexos e de todas as faixas etárias, nos seguintes locais: Multiplex Severiano Ribeiro (Shopping Boa Vista), UCI Recife (Shopping Recife), BOX Cinemas (Shopping Guararapes), Cine Rosa e Silva (Empresarial Trade Center), Cinema da Fundação e no campus da UNICAP. As pesquisas foram realizadas entre os dias 4 de maio de 2009 e 22 de maio de 2009. Nos cinemas (exceto o Cinema da Fundação), as pesquisas foram feitas a partir das 14 horas até as 18 horas.
  • 6. Protagonista / Perfil Diante dos dados obtidos através da pesquisa foi possível definir o perfil do consumidor do cinema. Foi, então, constatado que, aquele que compra visando o consumo dentro da sala de projeção, em sua maioria, é solteiro, tem entre 18 a 25 anos e é do sexo feminino. Possui o Ensino Superior Incompleto; renda mensal média de dois a cinco salários mínimos; vai ao cinema uma ou duas vezes por mês; preferencialmente, nos dias de quarta- feira e sábado e acompanhados de um grupo. Prefere filmes de comédia; obtém informações sobre o filme em sites, sendo o portal do próprio cinema o endereço mais visitado; consome sempre que vai assistir ao filme e gasta entre 5 a 10 reais em alimentos. Consome mais bebidas e pipoca; quando optam por chocolate, preferem uma barra completa; quando se pede fast- food, escolhe o tamanho médio; consome até 100 gramas de guloseima e prefere tanto a pipoca quanto o salgadinho em tamanhos médio. Compra mais na lanchonete do próprio cinema, mas acha o preço dos produtos caro e com pouca variedade.
  • 7. Longa / Os dados da pesquisa Foram criadas 21 perguntas a serem respondidas pelo público freqüentador do cinema. Entre elas, perguntas como “com quem você vai ao cinema?” ou “o que você come dentro do cinema?” foram incluídas e seus resultados foram cruzados. Abaixo, colocamos todos os gráficos gerados a partir da análise das 400 pesquisas, começando pelo perfil socioeconômico.  Perfil Socioeconômico 1. Estado Civil Com esse gráfico, percebemos que a maioria dos entrevistados é, legalmente, solteira. Porém, boa parte vai ao cinema à dois. Solteiros no papel, acompanhados emocionalmente. 2. Idade A idade foi bem distribuída, sendo os pontos mais fortes a faixa entre 18 à 25 anos – sendo o maior público do cinema – e os acima de 50 anos – sendo o menor público.
  • 8. 3. Sexo No quesito “sexo”, a maioria mostrou-se ser mulher. Cruzando a informação com a pergunta “com quem vai ao cinema”, podemos perceber que, como as mulheres saem em grupos, o público feminino foi superior ao masculino. Mulheres tem o hábito de saírem juntas. 4. Escolaridade Só vai ao cinema quem tem o básico de educação, outro dado obtido pela nossa pesquisa. Somando-se “completo” com “incompleto”, o maior público é de Ensino Médio, ou seja, adolescentes entre 15 e 17 anos, porém, a porcentagem específica de Ensino Superior Incompleto sai em disparada, mostrando que a maior parte do público é universitária – percebe-se, também, pelo fato do maior público ter 18 à 25 anos.
  • 9. 5. Renda Família (em salários mínimos) A média da renda familiar do consumidor de cinema ficou entre R$ 930,01 e R$ 2.325,00. É interessante pontuar que, se somados, a renda familiar acima de 8 salários mínimos seria superior à constatada na maioria. O público tem um poder aquisitivo em potencial.  Perfil “Cinematográfico” 6. Freqüência no cinema A grande maioria só vai ao cinema uma ou duas vezes por mês. Os que escolheram a opção outros, em sua grande maioria, vão menos de uma vez por mês. 7. Preferência quanto ao dia da semana O dia de maior público, apesar de todas as promoções, é o sábado. Logo em seguida, vem a quarta-feira. A segunda-feira vir em terceiro lugar é devido às novas promoções criadas pelo cinema para atrair o público nesse dia. * Essa pergunta foi de múltipla escolha.
  • 10. * Essa pergunta foi de múltipla escolha. 8. Vai ao cinema... A maioria das pessoas freqüentam os cinemas em grupos com três ou mais pessoas. Reforçando o que foi dito na questão 1, em segundo lugar, as pessoas vão acompanhadas ao cinema. O cinema termina sendo um local de encontro de casais. 9. Preferência quanto ao gênero de filme Em disparada, comédia foi o gênero mais votado. Seguido por ação/aventura e comédia romântica. Todos os três gêneros são filmes que não exigem tanta atenção do espectador, facilitando, assim, o consumo de alimentos em sua projeção. * Essa pergunta foi de múltipla escolha.
  • 11. 10. Onde obtém informações sobre o filme Uma grande maioria respondeu que coleta as informações referentes ao filme a ser assistido na Internet. O site mais acessado seria o do próprio cinema. Porém, outros sites também foram citados, principalmente os especializados na sétima arte, como o “Omelete” e o “Cinema Com Rapadura”. Em segundo lugar, com uma parcela significativa, vem o próprio cinema. Boa parte decide qual filme assistir apenas no local. Literalmente, a decisão da compra é praticamente feita no ponto de vendas. * Essa pergunta foi de múltipla escolha. 11. Freqüência do consumo no cinema Mais da metade das pessoas responderam que o consumo no cinema é um costume. O mercado é muito forte, principalmente se somarmos com a quantidade de pessoas que também comem, mas não com tanta freqüência. A parcela que nunca come é pequena, sendo, em sua grande maioria, idosos.
  • 12. 12. Quanto é gasto em alimentos As faixas entre R$ 5,00 a R$ 10,00 e R$ 10,00 a R$ 20,00 ficaram com resultados bem próximos, o que nos leva a uma conclusão de que, em média gasta-se R$ 10,00 por ida ao cinema em alimentação. Gastar menos que cinco reais é algo um pouco difícil de conseguir, devido aos preços ofertados. São poucos os que conseguem essa proeza. 13. Alimentos mais consumidos É fato que todos comem acompanhados de alguma bebida, seja ela refrigerante, suco ou água. Por isso o grande número de respostas. Em segundo lugar, a boa e velha pipoca. Isso mostra que o consumo de pipoca no cinema ainda possui uma característica de ritual, como no início do cinema. O chocolate, junto com as guloseimas, está preenchendo o sabor doce do “lanche cinematográfico”. Os salgadinhos são os substitutos da pipoca para algumas pessoas. Os que comem fast-food são aqueles que, normalmente, estão apressados para entrar na sala do cinema e não tem tempo para ir em lojas e enfrentar filas. Em “outros”, o que foi bastante comentado foi o biscoito. * Essa pergunta foi de múltipla escolha.
  • 13. 14. Onde os alimentos são comprados Apesar do alto preço, a lanchonete do cinema ainda é o maior ponto de vendas de alimentos consumidos no cinema. Porém, é perceptível a força que as lojas de departamento possui, praticamente se igualando as vendas da lanchonete do cinema. Mais abaixo, há uma comparação entre idade e local de vendas.  Pergunta Subjetiva 15. “Qual a sua opinião sobre os produtos que são consumidos no cinema?” A maioria das pessoas ao responder essa pergunta se limitava em responder sobre a variedade, o preço e o que poderia ser sugerido. Principalmente no que se diz respeito às lanchonetes do cinema. Como as respostas foram bastante parecidas, contabilizamos por meio de gráficos as respostas que mais apareceram. Preço: Variedade:
  • 14. Houveram três sugestões bem válidas, duas delas referentes à lanchonete do cinema. A primeira, mais citada, diz respeito à venda de produtos light ou diet, que não são oferecidos pela lanchonete. A outra sugestão não é igualmente saudável. As pessoas sentem falta de pipoca doce no cinema. Incrivelmente, 135 pessoas fizeram essa sugestão. Não que não exista pipoca doce no mercado, mas as pessoas querem no mesmo estilo que são feitas as salgadas no cinema. A terceira sugestão é mais para as lojas de departamento. As pessoas acreditam que é necessário a criação de embalagens especiais, com alimentos e brindes, referente à algum filme em cartaz.  Consumo de Bebidas Normalmente, as pessoas consomem 500 mL de qualquer tipo de bebida. Logo em seguida, vem a lata de 350 mL – provavelmente comprada em uma loja de departamento.  Consumo de Chocolate A maior parte dos entrevistados respondeu que come meia-barra ou uma barra completa de chocolate. Realmente, o chocolate é a parte do lanche que quebra o salgado da pipoca.
  • 15.  Consumo de Fast-Food O lanche mais consumido foi o médio, que oferece refrigerante de 500 mL (quantidade de bebida mais ingerida) e outro acompanhamento médio, dependendo do local escolhido para comer.  Consumo de Guloseimas As pessoas não exageram na compra de guloseimas, comprando em saquinhos prontos em lojas de departamento ou no peso em lojas especializadas. Esse tipo de alimento, junto com o chocolate, é que está no âmbito dos doces que compõem o lanche para o cinema.  Consumo de Pipoca O tamanho médio da pipoca é baseado no tamanho médio oferecido pelos cinemas. Mas, quando compram pipoca, compram sempre o combo que tenha todas as características médias.
  • 16.  Consumo de Salgadinhos Como o salgadinho é, praticamente, um substituto da pipoca para algumas pessoas, a quantidade ingerida é, também, média. Cruzamento de informações 1. Freqüência de consumo X Vai ao cinema Todas as possibilidade de acompanhamento seguiram uma linha de distribuição de pessoas que sempre, às vezes, ou nunca comem. Interessante perceber que os casais tem mais convicção da compra, sendo o acompanhamento com o maior número de pessoas que sempre comem no cinema.
  • 17. 2. Idade X Freqüência de consumo É interessante notar que a indecisão da compra, a opção “às vezes”, diminui à medida que a idade aumenta, sendo a faixa entre 12 à 14 anos a mais indecisa. Quem sempre come, possui, também, uma certa constante, tendo uma queda brusca apenas nas pessoas acima de 50 anos que, na sua grande maioria, nunca come no cinema. 3. Idade X Quanto é gasto em alimentos
  • 18. O mais curioso desse cruzamento é perceber como, de fato, a idade influencia no poder de compra. Quanto mais velha a pessoa fica, maior sua capacidade para efetuar o pagamento. O crescimento das faixas entre R$ 10,00 e R$ 20,00 e acima de R$ 20,00 é completamente perceptível, bem como o decréscimo da faixa entre R$ 5,00 e R$ 10,00. O público que paga mais caro por alimentos no cinema seria o acima de 50 anos. 4. Idade X Alimentos mais consumidos Os alimentos se configuram de maneira similar entre todas as faixas etárias. Porém, o consumo de salgadinho é algo interessante a se pontuar: os mais novos comem muito mais salgadinho, e as pessoas acima de 50 anos, nenhuma come. O decréscimo do consumo acontece em todas as faixas de idade.
  • 19. 5. Idade X Local de Compra O poder de compra influencia diretamente nesse gráfico. No cruzamento de número 3, percebemos que as pessoas mais velhas tem maior poder de compra. Nesse cruzamento, percebem que para o público de até 25 anos, a maior parte já compra em lojas de departamento, com o propósito de economizar. A partir dos 26 anos, em diante, a compra na lanchonete do cinema cresce consideravelmente. Já em lojas de departamento, há uma queda brusca, chegando a 0% para o público acima de 50 anos. 6. Quanto é gasto em alimentos X Dia da semana
  • 20. Um dado curioso desse cruzamento é o seguinte: a quinta-feira, segundo menor público durante toda a semana, é o dia onde mais se gasta dinheiro com alimento. A faixa acima de R$ 20,00 chega a 23,5%, praticamente o dobro dessa mesma faixa nos outros dias. Já nos dias de maior audiência, exceto a quarta-feira, as faixas entre R$ 5,00 e R$ 10,00 e entre R$ 10,00 e R$ 20,00 podem ser equiparadas. Porém, no final de semana (sábado e domingo), a faixa entre R$ 10,00 e R$ 20,00 supera a outra, aumentando o ticket médio de compra.
  • 21. Clímax / Conclusão Portanto, perante o que foi apresentado, é possível concluir que nossa hipótese não foi confirmada em sua totalidade. Surpreendentemente, para nós, foi comprovado através das pesquisas que o consumidor prefere comprar os produtos na loja do próprio cinema. Vale ressaltar, que observando os cruzamentos, é curioso perceber que à medida que a idade do consumidor aumenta, ele passa a comprar cada vez mais na loja do cinema a tal ponto que, entre pessoas de 50 anos ou mais, a sua totalidade compra no cinema. Os jovens e adolescentes compram muito mais, quando comparados aos de idade mais avançada, em lojas de departamento e supermercados. Por outro lado, acertamos quando afirmamos que é necessária a criação de, ou, no caso, que a lanchonete do cinema adquira produtos novos em seu leque de opções. Em nossa questão discursiva, foi exposto pelos entrevistados que a sua grande maioria acha a variedade da loja insuficiente, sem contar o elevado preço, que foi apontando como forte motivo de não-compra. O consumidor, ao mesmo tempo em que não está verdadeiramente satisfeito com os produtos vendidos na loja, não acha que preço justo. Porém, pôde ser comprovado que esses pontos negativos não se mostram significativos para o consumidor da lanchonete do cinema ao ponto de que a compra deixe de acontecer.
  • 22. Créditos / Bibliografia BERNARDET, Jean-claude. O que é cinema. São Paulo: Brasiliense, 1980. LABAKI, Amir et al. (Org.). Folha conta 100 anos de cinema: Ensaios, resenhas e entrevistas. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1995. RABISCO, http://www.rabisco.com.br/26/pipoca.htm INDÚSTRIA DA CULTURA, http://industriadacultura.wordpress.com/2009/04/01/por-que-comemos-pipoca- no-cinema/ MUNDO ESTRANHO, http://mundoestranho.abril.com.br/cinematv/pergunta_287978.shtml