SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  56
Manejo do ecossistema intestinal
no controle da enterite necrótica

Fabiano Fabri - MV.
Coordenador Técnico
Laboratório Ilender Brasil
fabianofabri@ilender.com.br
Ecossistema
É o conjunto dos relacionamentos que a fauna, flora,
microorganismos (fatores bióticos) e
o
ambiente,
composto pelos elementos solo, água e atmosfera
(fatores abióticos) mantém entre si. Todos os elementos
que compõem o ecossistema se relacionam com equilíbrio
e harmonia e estão ligados entre si.

2
O Ecossistema entérico

3
O Ecossistema entérico
• Consome ~20% da energia proveniente de da
dieta
• taxa de substituição proteica de 70% por dia
(Attaix et al, 1988)
• Contem mais de 70% das células imunológicas
do corpo (kagnoff, 1993)
• Tem 10 vezes mais células bacterianas no
intestino que o número de células do corpo.
4

Source: www.nationalgeographic.com
Em um intestino saudável deve
manter um equilíbrio entre
Função imunológica
(Relação com agentes externos)
e
Função digestiva
(Processamento e absorção de
nutrientes)

5
FATOR DE EQUILIBRIO

Microbiot
a
Intestinal

6
Altricial
Nidífugos
Coprófagos
Simon & Schuster, 1988.
7
Interação amigável com a microbiota
MICROBIOTA EQUILIBRADA
Ajuda a eliminar fatores
antidigestivos e tóxinas
•

Menor competição por nutrientes
•Ativa o sistema imune digestivo
sem inflamação
•

Excluí patógenos

•

8
QUORUM SENSUM

• É a forma como os microrganismos
conseguem identificar sua densidade
populacional;
• Liberam moléculas que são percebidas por
outras bactérias da mesma
intraespecífica/interespecífico
• Quanto mais bactérias, mais moléculas estão
presentes no meio e, consequentemente, elas
percebem se estão em grande ou em pequena
quantidade.
9
“Quorum Sensum”

10
Secreção de Muco

Defensa Contra a Colonização de Patôgenos

Bifidobactérias e lactobacilos
Adjacente às células caliciformes

Muco

patógenos preso

Chichlowski et al. 2006
11
Ferramentas usadas para manter o
equilíbrio intestinal
•
•
•
•
•
•
•

ABIÓTICOS
ACIDIFICANTES
EXCLUSÃO COMPETIVA
ENZIMAS
PREBIÓTICOS
PROBIÓTICOS
ANTIMICROBIANOS
12
Fatores que interferem no
ecossistema intestinal

13
QUALIDADE DA ÁGUA

•Bacteriológia
•Fisico Química

14
15
16
17
18
19
Fabrica de Rações

20
21
MANEJO DOS SILOS

22
23
24
25
26
COMPOSIÇÃO DA CAMA

27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
Mucosa intestinal em bom
estado
Intestino com lesões

38
Fatores que afetam o desenvolvimento
da mucosa intestinal
• Manejo pós eclosão;
•
Coccidiose;
•
Micotoxinas;
•
Gordura oxidada;
•
Fatores antinutricionais
• (Taninos, Fitato, inibidores de proteases);
•
Bacterioses
• (Salmonellas, Clostridium, etc.);
39
40
Uso de Probióticos via spray
Pintos de 1° dia – incubatório

41
Enterite necrótica
• O C. perfringens é um patógeno oportunista
(FIORENTIN, 2006) presente no intestino das aves e no
ambiente, inclusive na água (SARTORI et al., 2006).
• VITTORI et al. (2007) isolaram C. perfringens de 100% de 40
amostras de besouros adultos Alphitobius diaperinus
("Cascudinho") capturados em granjas avícolas industriais de
Descalvado e Sertãozinho, SP, Brasil,

42
O que não devemos ver
STEPHEN R. COLLETT
BSc(Agric), BVSc (Hon. Poultry), MRCVS, Dip. ACPV
45
46
Hepatites bacterianas : particularmente
Clostridium perfringen

47
Características- Clostridium
• Bacilo Gram positivo, anaeróbico
• Encontrada no solo,
• Faz parte da microbiota normal

48
Enterite Necrótica
• 106 UFC/gramas de fezes do dudoeno é
considerado risco (Kaldhusdal et al., 1999)

49
Enterite Necrótica
• Alterações nutricionais (com incremento de
dietas ricas em fibras (trigo, triticale, etc) ou com
subprodutos animal (farinha de carne, peixe,
etc) aumentam a incidência de Enterite
necrótica;
• Lesões na mucosa intestinal provocados por
coccidioses, micotoxinas, salmoneloses também
são predisponentes;
• Associada a retirada de promotores de
crescimento da dieta;

50
Patogenia/Sinais clínicos
• Patogenia:
dieta grãos abrasivos : baixa
digestão

Clostridium flora intestinal =

coccidios
e
• Depressão, apatia
• Diarréia coloração escura e fétida

imunossupressão

alteração flora e
multiplicação.
Produção toxinas

Necrose/Doença
51
Enterite Necrótica

52
FICHA DE MONITORIA SANITÁRIA
ATRAVÉS DE NECRÓPSIA
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GRAN
JA:
 

 

 

 

GRAN
JA:
 

 

 

 

GRAN
JA:
 

 

 

 

IDADE DAS 
AVES:              

 

IDADE DAS 
AVES:              

 

IDADE DAS 
AVES:              

1

 

Lesões do Coxim (0-3)
Lesões Orais
Hemorragia muscular (0-2)
Gumboro Ativa
Tamanho da Bursa (1-4)
Retenção de Gema
Ingestão de Cama
Erosão da Moela (0-4)
Enterite (0-3)
Tônus intestinal (0-2)
Ração não digerida
E. acervulina (0-4)
E. maxima (0-4)
Presença de pigmentos
E. tenella (0-4)
 

 

2

3

4

5

 

 

1

2

3

4

5

 

 

1

2

3

4

5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COMENTÁRIOS:________________________________________________________________________________________________________________________________
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

53
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
• O intestino é o órgão mais ativo do
organismo e abriga um ecossistema que em
harmonia, resulta em um processo chave
para se manter o equilíbrio entre saúde e
doença.

54
Considerações finais
•Estando o ecossistema intestinal em equilíbrio e
sem desafios, a ave poderá retirar dos alimentos
todo seu potencial nutritivo e assim poderá
expressar todo seu potencial produtivo.

55
Manejo do Ecossistema Intestinal no Controle da Enterite Necrótica  - Fabiano Fabri

Contenu connexe

Tendances

Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)BeefPoint
 
O CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARA
O CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARAO CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARA
O CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARASenhor Eco
 
Palestra ib
Palestra ibPalestra ib
Palestra ibpecsaa
 
ToxinfecçõEs
ToxinfecçõEsToxinfecçõEs
ToxinfecçõEsllillianna
 
Encontro aquaponia ifce
Encontro aquaponia ifceEncontro aquaponia ifce
Encontro aquaponia ifcetgandr
 
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLADOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLAPaulo Antonio de Souza Gonçalves
 
Powerpoint 6 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)
Powerpoint 6   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)Powerpoint 6   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)
Powerpoint 6 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)Nuno Correia
 
Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...
Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...
Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...Rural Pecuária
 
microrganismos patogênicos em alimentos
 microrganismos patogênicos em alimentos microrganismos patogênicos em alimentos
microrganismos patogênicos em alimentosCris Botelho
 
Filippsen et al. 1999 prevalência da mastite bovina causada por prototheca...
Filippsen et al. 1999   prevalência da mastite bovina causada por  prototheca...Filippsen et al. 1999   prevalência da mastite bovina causada por  prototheca...
Filippsen et al. 1999 prevalência da mastite bovina causada por prototheca...AgriPoint
 
Aula 04 manejo_sanitario_na_piscicultura
Aula 04 manejo_sanitario_na_pisciculturaAula 04 manejo_sanitario_na_piscicultura
Aula 04 manejo_sanitario_na_pisciculturaAdimar Cardoso Junior
 
8 insetos que podem devorar sua horta orgânica
8 insetos que podem devorar sua horta orgânica8 insetos que podem devorar sua horta orgânica
8 insetos que podem devorar sua horta orgânicaSaul Ramos
 

Tendances (20)

Ib ppt (1)
Ib ppt (1)Ib ppt (1)
Ib ppt (1)
 
Ib ppt (1)
Ib ppt (1)Ib ppt (1)
Ib ppt (1)
 
Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)Nota tecnica bio formula 100704(1)
Nota tecnica bio formula 100704(1)
 
Artigo abmba v7_n1_2019_01
Artigo abmba v7_n1_2019_01Artigo abmba v7_n1_2019_01
Artigo abmba v7_n1_2019_01
 
O CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARA
O CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARAO CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARA
O CONSUMO DO MEXILHÃO PROVENIENTE DA BAÍA DE GUANABARA
 
Artigo abmba v6_n1_2018_01
Artigo abmba v6_n1_2018_01Artigo abmba v6_n1_2018_01
Artigo abmba v6_n1_2018_01
 
Palestra ib
Palestra ibPalestra ib
Palestra ib
 
Quarentena de Recursos Genéticos
Quarentena de Recursos GenéticosQuarentena de Recursos Genéticos
Quarentena de Recursos Genéticos
 
ToxinfecçõEs
ToxinfecçõEsToxinfecçõEs
ToxinfecçõEs
 
Encontro aquaponia ifce
Encontro aquaponia ifceEncontro aquaponia ifce
Encontro aquaponia ifce
 
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLADOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
DOSES DE UM COMPLEXO DE ANTAGONISTAS NO MANEJO DE TRIPES EM CEBOLA
 
Powerpoint 6 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)
Powerpoint 6   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)Powerpoint 6   ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)
Powerpoint 6 ExploraçãO Das Potencialidades Da Biosfera Ii (Animais)
 
Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...
Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...
Avaliação da Eficiência de vermífugos comerciais e microrganismos probióticos...
 
microrganismos patogênicos em alimentos
 microrganismos patogênicos em alimentos microrganismos patogênicos em alimentos
microrganismos patogênicos em alimentos
 
AQUACULTURE LINE PRESENTATION 2014
AQUACULTURE LINE PRESENTATION 2014AQUACULTURE LINE PRESENTATION 2014
AQUACULTURE LINE PRESENTATION 2014
 
Filippsen et al. 1999 prevalência da mastite bovina causada por prototheca...
Filippsen et al. 1999   prevalência da mastite bovina causada por  prototheca...Filippsen et al. 1999   prevalência da mastite bovina causada por  prototheca...
Filippsen et al. 1999 prevalência da mastite bovina causada por prototheca...
 
Aula 04 manejo_sanitario_na_piscicultura
Aula 04 manejo_sanitario_na_pisciculturaAula 04 manejo_sanitario_na_piscicultura
Aula 04 manejo_sanitario_na_piscicultura
 
8 insetos que podem devorar sua horta orgânica
8 insetos que podem devorar sua horta orgânica8 insetos que podem devorar sua horta orgânica
8 insetos que podem devorar sua horta orgânica
 
Artigo bioterra v15_n2_04
Artigo bioterra v15_n2_04Artigo bioterra v15_n2_04
Artigo bioterra v15_n2_04
 
Rogério salvador
Rogério salvadorRogério salvador
Rogério salvador
 

En vedette

Questões sobre abdome agudo na infância
Questões sobre abdome agudo na infânciaQuestões sobre abdome agudo na infância
Questões sobre abdome agudo na infânciaProfessor Robson
 
Trabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatriaTrabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatrialactivos
 
Presentacion de nutraceuticos
Presentacion de nutraceuticosPresentacion de nutraceuticos
Presentacion de nutraceuticosbrendagigliola
 
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...Dr. Benevenuto
 
Texto complementar ecossistema(1)
Texto complementar ecossistema(1)Texto complementar ecossistema(1)
Texto complementar ecossistema(1)Jose Aldo Ramires
 
Atividade avaliativa de geografia
Atividade avaliativa de geografiaAtividade avaliativa de geografia
Atividade avaliativa de geografiaKatiuscia Soares
 
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISAManual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISAredeamb
 
Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAmanda Corrêa
 

En vedette (11)

Questões sobre abdome agudo na infância
Questões sobre abdome agudo na infânciaQuestões sobre abdome agudo na infância
Questões sobre abdome agudo na infância
 
Trabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatriaTrabalho probiótico em pediatria
Trabalho probiótico em pediatria
 
Presentacion de nutraceuticos
Presentacion de nutraceuticosPresentacion de nutraceuticos
Presentacion de nutraceuticos
 
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
Probióticos e prebióticos - Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gas...
 
Probióticos DHTIC
Probióticos DHTICProbióticos DHTIC
Probióticos DHTIC
 
Texto complementar ecossistema(1)
Texto complementar ecossistema(1)Texto complementar ecossistema(1)
Texto complementar ecossistema(1)
 
Avaliação geografia filipe
Avaliação geografia filipeAvaliação geografia filipe
Avaliação geografia filipe
 
Atividade avaliativa de geografia
Atividade avaliativa de geografiaAtividade avaliativa de geografia
Atividade avaliativa de geografia
 
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISAManual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
Manual de Limpeza e Desinfecção – ANVISA
 
Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologia
 
Gardnerella, mubilluncus y lactobacillus
Gardnerella, mubilluncus y lactobacillusGardnerella, mubilluncus y lactobacillus
Gardnerella, mubilluncus y lactobacillus
 

Similaire à Manejo do Ecossistema Intestinal no Controle da Enterite Necrótica - Fabiano Fabri

Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021
Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021
Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021Blanco agriCultura
 
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologioRelatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologioluancamargodesouza
 
Programa de controle sanitario bioterios
Programa de controle sanitario bioteriosPrograma de controle sanitario bioterios
Programa de controle sanitario bioteriosAndré Santos
 
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagensConceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagensMarília Gomes
 
Biosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesBiosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesMarília Gomes
 
agroecologia-2012.pdf
agroecologia-2012.pdfagroecologia-2012.pdf
agroecologia-2012.pdfBrunaMaria93
 
Manejo sanitario-Patricia Maciel.pdf
Manejo sanitario-Patricia Maciel.pdfManejo sanitario-Patricia Maciel.pdf
Manejo sanitario-Patricia Maciel.pdfRobertoLima242838
 
Controle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismosControle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismosFaculdade Guaraí - FAG
 
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parteGabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parteLeonardo Kaplan
 
Seminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticos
Seminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticosSeminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticos
Seminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticosPatrícia Oliver
 
Niveis de biossegurança 1 2 3 4
Niveis de biossegurança 1 2 3 4Niveis de biossegurança 1 2 3 4
Niveis de biossegurança 1 2 3 4Rbtconseg Tst
 
Ética e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos TransgenicosÉtica e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos TransgenicosKelton Silva Sena
 
[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...
[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...
[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...AgroTalento
 

Similaire à Manejo do Ecossistema Intestinal no Controle da Enterite Necrótica - Fabiano Fabri (20)

Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011
Ciência Equatorial - ISSN 2179-9563 - V1N1 2011
 
Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021
Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021
Controle de "pragas" de forma natural Sesc out 2021
 
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologioRelatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
Relatorio de estagio supervisionado 1 - controle biologio
 
Programa de controle sanitario bioterios
Programa de controle sanitario bioteriosPrograma de controle sanitario bioterios
Programa de controle sanitario bioterios
 
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagensConceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
Conceitos, biosseguridade e conservação de animais selvagens
 
Biosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e avesBiosseguridade em suínos e aves
Biosseguridade em suínos e aves
 
agroecologia-2012.pdf
agroecologia-2012.pdfagroecologia-2012.pdf
agroecologia-2012.pdf
 
Manejo sanitario-Patricia Maciel.pdf
Manejo sanitario-Patricia Maciel.pdfManejo sanitario-Patricia Maciel.pdf
Manejo sanitario-Patricia Maciel.pdf
 
45.controlo de pragas2013
45.controlo de pragas201345.controlo de pragas2013
45.controlo de pragas2013
 
BactéRias
BactéRiasBactéRias
BactéRias
 
Controle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismosControle biológico pela ação de microrganismos
Controle biológico pela ação de microrganismos
 
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parteGabarito da lista de exercícios 2º bimestre   7º ano - 1ª parte
Gabarito da lista de exercícios 2º bimestre 7º ano - 1ª parte
 
Seminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticos
Seminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticosSeminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticos
Seminário Organismo alimento - Produção de animais aquáticos
 
Niveis de biossegurança 1 2 3 4
Niveis de biossegurança 1 2 3 4Niveis de biossegurança 1 2 3 4
Niveis de biossegurança 1 2 3 4
 
Ética e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos TransgenicosÉtica e Alimentos Transgenicos
Ética e Alimentos Transgenicos
 
Artigo abmba v9_n1_2021_02
Artigo abmba v9_n1_2021_02Artigo abmba v9_n1_2021_02
Artigo abmba v9_n1_2021_02
 
Laura_Sichero_2014.pdf
Laura_Sichero_2014.pdfLaura_Sichero_2014.pdf
Laura_Sichero_2014.pdf
 
Algas e fungos revisão
Algas e fungos revisãoAlgas e fungos revisão
Algas e fungos revisão
 
1 6.2 3
1 6.2 31 6.2 3
1 6.2 3
 
[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...
[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...
[Palestra] Lucas José Mari: A importância dos microrganismos para bovinos de ...
 

Manejo do Ecossistema Intestinal no Controle da Enterite Necrótica - Fabiano Fabri

  • 1. Manejo do ecossistema intestinal no controle da enterite necrótica Fabiano Fabri - MV. Coordenador Técnico Laboratório Ilender Brasil fabianofabri@ilender.com.br
  • 2. Ecossistema É o conjunto dos relacionamentos que a fauna, flora, microorganismos (fatores bióticos) e o ambiente, composto pelos elementos solo, água e atmosfera (fatores abióticos) mantém entre si. Todos os elementos que compõem o ecossistema se relacionam com equilíbrio e harmonia e estão ligados entre si. 2
  • 4. O Ecossistema entérico • Consome ~20% da energia proveniente de da dieta • taxa de substituição proteica de 70% por dia (Attaix et al, 1988) • Contem mais de 70% das células imunológicas do corpo (kagnoff, 1993) • Tem 10 vezes mais células bacterianas no intestino que o número de células do corpo. 4 Source: www.nationalgeographic.com
  • 5. Em um intestino saudável deve manter um equilíbrio entre Função imunológica (Relação com agentes externos) e Função digestiva (Processamento e absorção de nutrientes) 5
  • 8. Interação amigável com a microbiota MICROBIOTA EQUILIBRADA Ajuda a eliminar fatores antidigestivos e tóxinas • Menor competição por nutrientes •Ativa o sistema imune digestivo sem inflamação • Excluí patógenos • 8
  • 9. QUORUM SENSUM • É a forma como os microrganismos conseguem identificar sua densidade populacional; • Liberam moléculas que são percebidas por outras bactérias da mesma intraespecífica/interespecífico • Quanto mais bactérias, mais moléculas estão presentes no meio e, consequentemente, elas percebem se estão em grande ou em pequena quantidade. 9
  • 11. Secreção de Muco Defensa Contra a Colonização de Patôgenos Bifidobactérias e lactobacilos Adjacente às células caliciformes Muco patógenos preso Chichlowski et al. 2006 11
  • 12. Ferramentas usadas para manter o equilíbrio intestinal • • • • • • • ABIÓTICOS ACIDIFICANTES EXCLUSÃO COMPETIVA ENZIMAS PREBIÓTICOS PROBIÓTICOS ANTIMICROBIANOS 12
  • 13. Fatores que interferem no ecossistema intestinal 13
  • 15. 15
  • 16. 16
  • 17. 17
  • 18. 18
  • 19. 19
  • 21. 21
  • 23. 23
  • 24. 24
  • 25. 25
  • 26. 26
  • 28. 28
  • 29. 29
  • 30. 30
  • 31. 31
  • 32. 32
  • 33. 33
  • 34. 34
  • 35. 35
  • 36. 36
  • 37. Mucosa intestinal em bom estado
  • 39. Fatores que afetam o desenvolvimento da mucosa intestinal • Manejo pós eclosão; • Coccidiose; • Micotoxinas; • Gordura oxidada; • Fatores antinutricionais • (Taninos, Fitato, inibidores de proteases); • Bacterioses • (Salmonellas, Clostridium, etc.); 39
  • 40. 40
  • 41. Uso de Probióticos via spray Pintos de 1° dia – incubatório 41
  • 42. Enterite necrótica • O C. perfringens é um patógeno oportunista (FIORENTIN, 2006) presente no intestino das aves e no ambiente, inclusive na água (SARTORI et al., 2006). • VITTORI et al. (2007) isolaram C. perfringens de 100% de 40 amostras de besouros adultos Alphitobius diaperinus ("Cascudinho") capturados em granjas avícolas industriais de Descalvado e Sertãozinho, SP, Brasil, 42
  • 43. O que não devemos ver
  • 44. STEPHEN R. COLLETT BSc(Agric), BVSc (Hon. Poultry), MRCVS, Dip. ACPV
  • 45. 45
  • 46. 46
  • 47. Hepatites bacterianas : particularmente Clostridium perfringen 47
  • 48. Características- Clostridium • Bacilo Gram positivo, anaeróbico • Encontrada no solo, • Faz parte da microbiota normal 48
  • 49. Enterite Necrótica • 106 UFC/gramas de fezes do dudoeno é considerado risco (Kaldhusdal et al., 1999) 49
  • 50. Enterite Necrótica • Alterações nutricionais (com incremento de dietas ricas em fibras (trigo, triticale, etc) ou com subprodutos animal (farinha de carne, peixe, etc) aumentam a incidência de Enterite necrótica; • Lesões na mucosa intestinal provocados por coccidioses, micotoxinas, salmoneloses também são predisponentes; • Associada a retirada de promotores de crescimento da dieta; 50
  • 51. Patogenia/Sinais clínicos • Patogenia: dieta grãos abrasivos : baixa digestão Clostridium flora intestinal = coccidios e • Depressão, apatia • Diarréia coloração escura e fétida imunossupressão alteração flora e multiplicação. Produção toxinas Necrose/Doença 51
  • 53. FICHA DE MONITORIA SANITÁRIA ATRAVÉS DE NECRÓPSIA                                 GRAN JA:         GRAN JA:         GRAN JA:         IDADE DAS  AVES:                 IDADE DAS  AVES:                 IDADE DAS  AVES:               1   Lesões do Coxim (0-3) Lesões Orais Hemorragia muscular (0-2) Gumboro Ativa Tamanho da Bursa (1-4) Retenção de Gema Ingestão de Cama Erosão da Moela (0-4) Enterite (0-3) Tônus intestinal (0-2) Ração não digerida E. acervulina (0-4) E. maxima (0-4) Presença de pigmentos E. tenella (0-4)     2 3 4 5     1 2 3 4 5     1 2 3 4 5                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 COMENTÁRIOS:________________________________________________________________________________________________________________________________                               53                                          
  • 54. • O intestino é o órgão mais ativo do organismo e abriga um ecossistema que em harmonia, resulta em um processo chave para se manter o equilíbrio entre saúde e doença. 54
  • 55. Considerações finais •Estando o ecossistema intestinal em equilíbrio e sem desafios, a ave poderá retirar dos alimentos todo seu potencial nutritivo e assim poderá expressar todo seu potencial produtivo. 55

Notes de l'éditeur

  1. número é maior que o número de células do corpo
  2. Altricial = são aquelas cujos recém-nascidos ou eclodidos são incapazes de se movimentar, alimentar e termorregular sozinhos, e cuja visão muitas vezes não está ainda completamente desenvolvida Nidífugos = Que abandona o ninho logo depois de nascer. Coprófagos = prática de ingestão de fezes.
  3. Cual es la flora bacteriana normal de un ave? Se ha estimado que la flora gastriintestinal de un ave contiene 1 x 10(11) UFC por gramo Un pollo con un contenido de intestinal de 100 gramos tendria en promedio 100.000.000.000.000 (cien millones de milllones de UFC) Salintro et al, encontraron que entre el 33 y el 58% de las bacterias del duodeno de politos de 14 días de edad (con dieta base en maiz) edad eran lactobaccilli, el resto esta compuestopor Streptococcus, E. coli, eubacterias y clostridiums En el Illeum hay una mezcla de lactobacilos y clostridiums La mayoria de las bacterias en el ciego de un pollo son anaerobias obligadas. Se han aislado mas de 38 tipos diferentes de bacterias anaerobicas, con mas de 200 cepas identicadas del contenido cecal de pollos. Sin embargo debemos reconocer que nuestros conocimientos al respecto son muy limitados, porque la mayor parte de las bacterias posiblemente no crecen puras en los medios de laboratorio
  4. A Farinha de Vísceras de Aves é utilizada como ingrediente na fabricação balanceada de rações para animais não ruminantes, sendo comercializada em Embalagens de 50 kg ou à granel. Especificações Técnicas Umidade (máximo)____________________________________________________________ 8,00%Proteína Bruta (mínimo) _______________________________________________________ 50,00%Extrato Etéreo (mínimo) _______________________________________________________ 10,00%Matéria Mineral (máximo) ______________________________________________________ 13,00%Acidez expressa em meq de NaOH 0,1 N/100g (máximo)___________________________6,00 meqDigestibilidade em Pepsina 1:10000 a 0,2 em HCl 0,075 N (mínimo) ___________________ 75,00%