O documento discute instalações de combate a incêndio, abordando conceitos como combustão, objetivos da prevenção contra incêndios, regulamentação, normas, medidas de proteção ativa e passiva, saídas de emergência, compartimentação, sinalização e combate ao fogo com chuveiros automáticos, hidrantes e mangotinhos.
2. FENÔMENO DA COMBUSTÃO
QUALQUER
SUBSTÂNCIA CAPAZ substância que
DE PRODUZIR alimenta
CALOR POR MEIO a reação
DA REAÇÃO química da
QUÍMICA combustão (o
oxigênio é
a mais
comum)
energia térmica que se transfere
de um sistema para outro em virtude da diferença
de temperatura entre os dois;
3. OBJETIVOS DA PREVENÇÃO
CONTRA INCÊNDIOS
• proteger a vida dos ocupantes das
edificações e áreas de risco, em caso de
incêndio;
• dificultar a propagação do incêndio,
reduzindo danos ao meio ambiente e ao
patrimônio;
• proporcionar meios de controle e extinção
do incêndio;
• dar condições de acesso para as operações
do Corpo de Bombeiros;
• proporcionar a continuidade dos serviços
nas edificações e áreas de risco.
4. REGULAMENTAÇÃO
• No Brasil o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio
(ABNT/CB24) é o organismo responsável pela Normalização
desses projetos. É o órgão de planejamento, coordenação e
controle das atividades de elaboração de Normas relacionadas
com os assuntos de Segurança Contra Incêndio.
• Também a consulta à Prefeitura Municipal, pois podem existir
exigências locais.
• SUCOM –superintendência de controle e ordenamento do
uso do solo;
• COBOM - Comando de Operações de Bombeiros Militares
5. PRINCIPAIS NORMAS
• NBR 10897 - Proteção contra Incêndio por Chuveiro
Automático;
• NBR 11742 - Porta Corta-fogo para Saída de Emergência;
• NBR 12693 - Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio;
• NBR 13435: Sinalização de Segurança contra Incêndio e
Pânico;
• NBR 13714: Instalações Hidráulicas contra Incêndio, sob
comando, por Hidrantes e Mangotinhos;
• NBR 13523 - Instalações Prediais de Gás Liquefeito de
Petróleo;
• NBR 9077 - Saídas de Emergência em Edificações;
• NBR 9441 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio;
6. MEDIDAS DE PROTEÇÃO
CONTRA INCÊNDIO
• PROTEÇÃO ATIVA -são medidas complementares
aos de proteção passiva, e somente entram em
ação quando da ocorrência de incêndio,
dependendo para isso de acionamento manual
ou automático.
• PROTEÇÃO PASSIVA - é conjunto de medidas de
proteção contra incêndio incorporadas à
construção do edifício e que devem, portanto,
ser previstas e projetadas pelo arquiteto. Seu
desempenho ao fogo independe de qualquer
ação externa.
7. Constituem proteção passiva:
• Compartimentação (horizontal e vertical): é dividir o edifício
em células que devem ser capazes de suportar o calor da
queima dos materiais em seu interior por certo período de
tempo, contendo o crescimento do fogo nesse ambiente.;
• A importância da compartimentação vertical em um edifício
está no fato de se garantir o refúgio e fuga, apesar de as
chamas terem tomado uma ou mais partes de um dos pisos,
permitindo inclusive que os outros pavimentos sejam usados
pelas equipes de combate contra o incêndio.
• A compartimentação horizontal se destina a impedir a
propagação de incêndio no pavimento de origem para outros
ambientes no plano horizontal.
9. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
• No caso de um incêndio, é necessário que os usuários tenham
a possibilidade de sair do edifício por meios
próprios, utilizando rotas de fuga seguras, livres dos efeitos
do fogo (calor, fumaça e gases). Além de permitir a entrada
da brigada de incêndio ou do Corpo de Bombeiros,
10. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA-
ABNT 9077
• NÚMERO MÍNIMO DE SAÍDAS - é calculado em função do
tipo de ocupação do edifício, da sua altura, dimensões em
planta e características construtivas;
• A saída de emergência compreende o seguinte:
• a)acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às
escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço
livre exterior, nas edificações térreas;
• b)escadas ou rampas;
• c)descarga
11. DISTÂNCIA MÁXIMA A PERCORRER ATÉ UMA SAÍDA SEGURA -
consiste na distância entre o ponto mais afastado e o
acesso a uma saída segura/protegida
12. CONDIÇÕES DAS ESCADAS DE SEGURANÇA (ROTA DE FUGA VERTICAL)
E DOS CORREDORES E PASSAGENS (ROTAS DE FUGA HORIZONTAIS)
• - o número mínimo de pessoas que as escadas precisam
comportar é calculado a partir da lotação da edificação ;
• A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e
outros, é dada pela seguinte fórmula:
• N= P/C
Onde:
• N =número de unidades de passagem, arredondado para
número inteiro
• P =população, conforme coeficiente de uma Tabela ;
• C =capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela
13. • LOCALIZAÇÃO DAS SAÍDAS E DAS ESCADAS DE SEGURANÇA -
deve permitir um acesso rápido e seguro às mesmas. Estando
suficientemente afastadas umas das outras, no caso de
edifícios com mais de uma saída, para aumentar as chances
de fuga dos usuários com
• DESCARGA DAS ESCADAS DE SEGURANÇA E SAÍDAS FINAIS -
o ideal é que a descarga das escadas de segurança leve os
usuários diretamente ao exterior, em pavimento ao nível da
via pública, onde estes possam se afastar do edifício sem risco
à vida e sem causar tumulto rotas alternativas;
• PROJETO E CONSTRUÇÃO DAS ESCADAS DE SEGURANÇA: São
denominadas “escadas de segurança” aquelas enclausuradas
por paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo
(compartimentação) para evitar a propagação de calor e
fumaça por meio da caixa da escada, além de proteger os seus
usuários dos efeitos do incêndio.
14. • A largura mínima das escadas de segurança varia conforme as
Normas Técnicas e os códigos; normalmente é de 2,20 m para
hospitais e varia de 1,10 m a 1,20 m para as demais
ocupações.
15. • ELEVADORES DE EMERGÊNCIA - os edifícios altos devem
contar com elevadores de emergência. Estes devem ser
alimentados por fonte e circuito independentes, concebidos
de maneira a não serem afetados pelas ações de um incêndio.
16. PORTAS CORTA FOGO
• Seu papel é o de conter as chamas e o calor provenientes do fogo,
deve existir nas saídas de emergência e nas escadas de incêndio,
oferecendo um caminho seguro tanto para a fuga dos civis quanto
para o acesso dos bombeiros que irão combater o fogo.
• Norma 11742 prevê:
• Que a porta seja instalada com três dobradiças. Elas podem variar
de modelo (fechamento por gravidade ou por dispositivo hidráulico
– mola), mas nunca de quantidade, além do uso da fechadura de
sobrepor com trinco.
• A porta não pode apresentar cantos vivos cortantes que possam
provocar ferimentos ao usuário, quando em sua utilização normal.
• Cada porta deve receber uma identificação indelével e permanente,
por gravação ou por plaqueta metálica, com as seguintes
informações:
a) porta corta-fogo conforme esta Norma;
b) identificação do fabricante
c) classificação;
d) Numero de ordem, data da fabricação.
17.
18. Reação ao Fogo dos Materiais de
Acabamento e revestimento
• Os materiais utilizados nos acabamentos e
revestimentos internos são de extrema
importância para a segurança contra
incêndio, pois dependendo de sua
composição, podem contribuir, em maior ou
menor grau, na evolução do fogo.
19. MATERIAIS
• Forro de teto • Revestimento contra
resistente ao fogo Fogo em tubos de PVC
20. CURIOSO!
A transmissão de calor da madeira é 12 vezes
menor que a do concreto, 250 vezes menor
que a do aço, e 1.500 vezes menor que a do
alumínio.
21. Separação entre edificações
• As edificações
verticalizadas devem ser
separadas umas das outras
para prevenir a propagação
de edifício para edifício. A
distância mínima de
separação entre torres
deve ser relacionada à
natureza do revestimento
externo e às áreas vazadas
das fachadas. Quando as
distâncias mínimas de
separação não puderem
ser atendidas deverão ser
tomadas medidas
alternativas de proteção;
22. Controle de fumaça
• O fenômeno da combustão num incêndio produz quatro
elementos de perigo ao ser humano: calor, chamas, fumaça e
insuficiência de oxigênio. Dentre os quatro, a fumaça é a
maior responsável por mortes em situações de sinistro
• Abas de contenção: posicionadas nos tetos/forros, cuja
função é reter a propagação horizontal da camada de fumaça.
É efetiva até que a espessura (altura) da camada atinja a
altura da aba;
24. CONTROLE DE FUMAÇA
• Exaustão natural ou
mecânica:
• os dois casos objetivam
retirar a fumaça do
interior do edifício, com
captação junto ou rente
ao teto;
• Pressurização: evita, por
diferença de pressão, que
a fumaça entre em um
determinado ambiente.
25. MEDIDAS DE PROTEÇÃO
ATIVA
• SISTEMAS DE DETECÇÃO E ALARME – NBR 9441: instalações
prediais para detecção e alarme do incêndio (que dá o alerta
para inicio da desocupação e o combate);
• Detector automático de incêndio: sensor que pode
responder a anomalias no ambiente, tais como aumento de
temperatura, presença de fumaça, gás ou chama;
28. Acionador manual ou botoeira
• destinado ao acionamento do sistema de alarme por
qualquer usuário do edifício (deve transmitir um sinal para
uma estação de controle, a partir da qual, as providências
necessárias devem ser tomadas;
29. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE
EMERGÊNCIA
• Para permitir uma saída fácil e
segura da população do edifício
no caso de um incêndio, a
iluminação de emergência pode
ser de dois tipos:
• Balizamento;
• Aclareamento.
30. • de balizamento
• associada à
sinalização de
indicação das rotas
de fuga, permite a
orientar os usuários
no sentido e na
direção, em caso de
emergência;
31. ACLAREAMENTO
• •destina-se a
iluminar o ambiente
de permanência e as
rotas de fuga,
possibilitando aos
ocupantes uma
evacuação segura;
32. SINALIZAÇÃO
• A sinalização de segurança
tem caráter de emergência,
advertência, mandatário,
de proibição e indicação de
uso. Devem levar às rotas
de escape, mostrar os
riscos potenciais, requerer
ações ou atividades que
contribuam para
segurança, evitar ações
perigosas e indicar a
localização e uso de
equipamentos de alarme,
comunicação e combate ao
fogo.
33. SINALIZAÇÃO DE
EMERGÊNCIA
• A sinalização de emergência deve ser planejada, de forma a
estar compatível com o projeto de comunicação visual da
edificação, notando-se que existem padrões universais de
caracteres e pictogramas, assim como de
dimensionamento, adotados em normas e códigos de
segurança contra incêndio
35. sprinklers
• Pode-se dizer que, o sistema de chuveiros automáticos é
a medida de proteção contra incêndio mais eficaz
quando a água for o agente extintor mais adequado.
• De seu desempenho, espera-se que:
a. atue com rapidez;
b. extinga o incêndio em seu início;
c. controle o incêndio no seu ambiente de origem,
permitindo aos bombeiros a extinção do incêndio
com relativa facilidade.
36. Sistema de hidrantes
• Componentes do sistema
• Os componentes de um sistema de hidrantes são:
a. reservatório de água, que pode ser subterrâneo, ao
nível do piso elevado;
b. sistema de pressurização: O sistema de pressurização
consiste normalmente em uma bomba de incêndio,
dimensionada a propiciar um reforço de pressão e vazão,
conforme o dimensionamento hidráulico de que o
sistema necessitar.
39. SISTEMA DE MANGOTINHOS
• Os mangotinhos apresentam a grande vantagem de poder ser
operado de maneira rápida por uma única pessoa.
• Devido a vazões baixas de consumo, seu operador pode contar
com grande autonomia do sistema.
• Por esses motivos os mangotinhos são recomendados pelos
bombeiros, principalmente nos locais onde o manuseio do
sistema é executado por pessoas não habilitadas (Ex.: uma
dona de casa em um edifício residencial).
41. EXTINTORES
• Extintores portáteis
é um equipamento
de combate ao fogo
de acionamento
manual, constituído
por
recipiente, acessório
e agente extintor.
42. EXTINTORES
• extintor sobre
rodas : é constituído
pelos mesmos itens,
com a adição de uma
carreta para o
manuseio, devido a
seu peso elevado
(por conter agente
extintor em maior
quantidade).
43. EXTINTORES
• A principal função dos extintores é combater o foco de um
incêndio. Para que isso possa acontecer, é necessário que a
operação do equipamento seja simples (qualquer usuário do
edifício pode acioná-lo) e de preparação rápida (é necessário
que o usuário não perca muito tempo preparando-o para o
uso).