1. “A NOITE DE NATAL”
DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Língua Portuguesa
Plano Nacional de Leitura
2009-2010
2. O livro…
Autor: Sophia de Mello Breyner Adresen
Editora: Figueirinhas
Tipo de leitura: Conto Infantil
“A Noite de Natal” é um livro escrito por
Sophia de Mello Breyner Andresen, editado em
1960.
3. Bibliografia do Autor
Poesia
Poesia (1945)
O Dia da Mar (1947)
Coral (1950)
No Tempo Dividido (1954)
Mar Novo (1958)
Livro Sexto (1962)
O Cristo Cigano (1961)
Geografia (1967)
Antologia (1968)
Grades (1970)
11 Poemas (1971)
Dual (1972)
4. Continuação…
Antologia (1975)
O Nome das Coisas (1977)
Navegações(1983)
Ilhas (1989)
Musa (1994)
Signo (1994)
O Búzio de Cós (1997)
Mar (2001)
Primeiro Livro de Poesia (1999)
Orpheu e Eurydice (2001)
6. Continuação…
Contos Infantis
A Menina do Mar (1958)
A Fada Oriana (1958)
Noite de Natal(1959)
O Cavaleiro da Dinamarca (1964)
O Rapaz de Bronze (1965)
A Floresta (1968)
O Tesouro (1970)
A Árvore (1985)
8. Continuação…
Ensaio
"A poesia de Cecíla Meireles" (1956)
Poesia e Realidade (1960)
"Hölderlin ou o lugar do poeta" (1967)
O Nu na Antiguidade Clássica (1975)
"Torga, os homens e a terra" (1976)
"Luís de Camões. Ensombramentos e Descobrimentos" (1980)
"A escrita (poesia)" (1982/1984)
9. Continuação…
Curiosidades
Para além de autora de obras muito conceituadas Sophia de Mello Breyner
também é tradutora e tem muitos poemas não incluídos em Obras Poéticas.
10. Biografia…
Poetisa e contista portuguesa, nasceu no O ambiente da sua infância reflecte-se em
Porto, e aí viveu até aos dez anos, altura em imagens e ambientes presentes nas suas
obras, sobretudo nos livros para crianças. Os
que se mudou para Lisboa. De origem verões passados na praia da Granja e os jardins
dinamarquesa por parte do pai, a sua educação da casa da família surgem em evocações do
decorreu num ambiente católico e mar ou de espaços de paz e amplitude. A
culturalmente privilegiado que influenciou a civilização grega é igualmente uma presença
recorrente nos versos de Sophia, através da
sua personalidade. Frequentou o curso de sua crença profunda na união entre os deuses e
Filologia Clássica na Faculdade de Letras da a natureza, tal como outra dimensão da
Universidade de Lisboa, em consonância com religiosidade, provinda da tradição bíblica e
o seu fascínio pelo mundo grego (que a levou cristã.
igualmente a viajar pela Grécia e por toda a A sua actividade literária (e política) pautou-se
região mediterrânica), não tendo todavia sempre pelas ideias de justiça, liberdade e
integridade moral. A depuração, o equilíbrio e
chegado a concluí-lo. a limpidez da linguagem poética, a presença
Teve uma intervenção política empenhada, constante da Natureza, a atenção permanente
aos problemas e à tragicidade da vida humana
opondo-se ao regime salazarista (foi co- são reflexo de uma formação clássica, com
fundadora da Comissão Nacional de Socorro leituras, por exemplo, de Homero, durante a
aos Presos Políticos) e também, após o 25 de juventude.
Abril, como deputada. Presidiu ao Centro
Nacional de Cultura e à Assembleia Geral da
Associação Portuguesa de Escritores.
15. Breve Introdução…
"Um anjo apareceu a Maria e disse-lhe: Não tenhas receio, pois
achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à
luz um filho, ao qual porás o nome de
Jesus" S.Lucas 1, 29
A origem de muitas das tradições que caracterizam as celebrações
modernas do Natal perdem-se nos tempos.
A festa que é das crianças, e encanta os adultos, é a época do ano
mais esperada.
17. O Presépio…
O primeiro presépio foi feito na Igreja de Santa Maria em Roma.
Rapidamente este costume foi alargado a outras igrejas.
Foi S. Francisco de Assis(1181-1226), porém, o primeiro a representá-
lo como a Bíblia descreve.Uma gruta, a manjedoura, animais e
figuras esculpidas.
Esta representação ganhou raízes e tornou-se popular em todo o
mundo cristão.
19. As meias…
A tradição de colocar os sapatinhos ou pendurar as meias junto à
chaminé pensa-se que veio da cidade de Amesterdão. Aqui as
crianças tinham esse costume. Deixavam os sapatos à porta, na
véspera do dia de S. Nicolau, para que este se enchesse de
presentes.
Diz a lenda que São Nicolau teve conhecimento de que três
raparigas muito pobres não podiam casar-se porque não tinham
dinheiro. Então, São Nicolau comovido durante a noite, para não ser
visto, atirou moedas de ouro pela chaminé, que foram cair dentro
das meias que nela estavam a secar, junto ao fogo.
Por esse motivo surgiu a tradição de se colocar a meia ou o sapato na
chaminé, para que na manhã do dia de Natal neles fossem
encontrados presentes.
20. Quem era S. Nicolau?
S. Nicolau foi um bondoso bispo que nasceu em 280 d.C. na Turquia. Morreu com a
idade de 41 anos. e seu corpo encontra-se em Itália (Bári).
Existem algumas histórias a seu respeito em que se realça a sua generosidade.
Uma delas conta que S. Nicolau costumava oferecer presentes aos pobres e conta-se
também que salvava marinheiros vítimas de tempestades. Livrou muita gente da
fome e teve pelas crianças um carinho muito especial, que o levou a fundar um
orfanato. Por tudo isso S. Nicolau passou a ser considerado, o santo padroeiro das
crianças e dos marinheiros.
Chegou a estar preso pelos romanos, sendo libertado pelo imperador Constantino
que se convertera ao Cristianismo. Foi protector de marinheiros ladrões e mendigos.
É a Holanda o país que mais o festeja, pois diz-se que foram barcos holandeses que
trouxeram as primeiras notícias dele para o norte da Europa.
Quando a sua fama chegou aos Estados Unidos, ficou com o nome Santa Claus. Nesta
altura era muito popular.
As crianças pediam-lhe presentes com antecedência, para que no Natal os pudessem
ter.
Passou então a ser representado por um homem gorducho, bonacheirão, bem
disposto e generoso.
Actualmente, o Pai Natal, mais do que uma figura que representa a generosidade e a
caridade, transformou-se num símbolo de consumismo.
22. Os sinos…
Os antigos tinham as superstição de que o barulho de campainhas e
sinos afastava os maus espíritos. Parte deste ritual manteve-se, no
entanto o sentido com que os sinos tocam é diferente.
O seu toque no Natal simboliza alegria e júbilo pelo nascimento de
Jesus Cristo e todos os cristãos louvam o Menino.
24. As velas…
Nas festas Saturnais, os romanos acendiam velas para pedirem que
o Sol brilhasse de novo (solstício de Inverno). Nessa altura do ano, a
escuridão e o frio eram maiores, pelo que as velas forneciam luz e
algum calor. Mais uma vez os cristãos absorveram esse costume e
tornaram-no sagrado à sua maneira, dizendo que, dado que Cristo
era a Luz do Mundo, a chama da vela simboliza a sua influência.
As pessoas foram encorajadas a acender muitas velas para reforçar
esse símbolo. Era costume colocar uma ou várias numa janela, para
guiar o espírito de Cristo, através da noite escura, para a casa de
cada um. Outras eram fixadas à árvore de Natal, mas isto dava
origem frequentemente a acidentes. Quando mal colocada, podia
pegar fogo e era costume destacar uma pessoa para ficar ao pé da
árvore sempre que esta era iluminada. Este paciente guardião estava
armado com uma grande vara, com uma esponja ou um bocado de
pano húmido na ponta, pronto para deitar água a qualquer foco de
incêndio.
26. As Plantas…
Havia civilizações que durante o solstício de Inverno, tinham por hábito decorar
as casas com plantas que, segundo elas tinham poderes mágicos.
O azevinho entre os Romanos era trocado como presente e, nos nossos
dias, tornou-se a principal planta do Natal. Em Inglaterra por exemplo, era
considerado sagrado.
Uma lenda diz que, Baco ao atravessar o país, ficou tão impressionado com a sua
beleza que decidiu plantar ali azevinho, deixando-o como uma lembrança
especial. Para além dos presentes, os romanos consideravam-no como símbolo
de paz e felicidade, e os magos celtas usavam-no como antídoto contra
venenos.
O azevinho liga-se à história cristã como planta que permitiu esconder Jesus dos
soldados de Herodes. Em compensação, diz a lenda, foi-lhe dado o privilégio de
conservar as suas folhas sempre verdes, mesmo durante o mais rigoroso
Inverno.
No início a Igreja proíbiu as verduras, mas mais tarde, acabou por consenti-las
como símbolo de vida, portanto de Cristo.
Há regiões onde se usa pendurar à porta de casa ou por trás das janelas uma
coroa de loureiro, o que significa que o nascimento de Jesus foi uma vitória sobre
a morte e o pecado.
27. Quem era Baco?
Baco (em grego: Βάκχος,
em latim: Bacchus)
é o equivalente romano do Deus Grego Dioniso, cujo mito é
considerado ainda mais antigo por alguns estudiosos.
29. Os Postais…
O criador do primeiro postal de Natal foi John Horsley. O seu postal
foi impresso em 1843.
Foram feitas mil cópias. Nele podiam ver-se três painéis
representando, um deles, uma família inglesa a gozar o feriado e, os
outros dois, mostravam obras de caridade. Podia ainda ler-se as
frases “Bom Natal e Feliz Ano Novo".
Nessa mesma altura, Edward Bradley desenhou à mão juntamente
com Dobson, postais de Natal para enviar a familiares e amigos.
Em breve este costume de desejar boas festas tornou-se usual.
Em 1840, tornou-se possível enviar pelo correio estes postais. A
partir de 1860 começaram a executar-se postais cada vez mais
elaborados e, em breve, esta arte tornou-se popular. As pessoas
adquiriram-nos para desejarem boas felizes a familiares e amigos.
Hoje em dia encontram-se à venda uma grande diversidade de
postais de Natal, a maior parte com motivos religiosos
representando o Natal
31. As Estrelas…
A estrela de Belém é de tradição cristã e tem o lugar importante nas
representações de Natal. Normalmente coloca-se em cima da árvore
de Natal, no Presépio, e nas portas. Supõe-se que no dia do
nascimento de Cristo uma estrela guiou os reis Magos ( supostos
astrónomos) e uns pastores até à gruta onde nasceu Jesus.
No entanto o aparecimento desta estrela quando Jesus nasceu
continua a ser um mistério.
33. As coroas…
É costume pendurar no lado de fora da porta uma coroa durante os doze
dias do Natal. Este costume é mais popular nos Estados Unidos, mas
espalhou-se para o resto do mundo cristão, devido à influência do
cinema americano.
Actualmente, dizemos "à saúde" quando brindamos.
Para os romanos, a oferta de um ramo de uma planta significava um
voto semelhante. O uso de ramos remonta à Roma antiga e para os
tornar mais atraentes, tornou-se costume enrolá-los numa coroa.
Para aumentar as possibilidades de todos os da casa terem saúde no
ano seguinte, os romanos exibiam essas coroas nas portas.
Actualmente, as pessoas têm tendência para comprar a coroa de Natal
que penduram na porta da frente, mas se desejarmos seguir com todo o
rigor a tradição romana, apenas deveríamos pendurar as coroas que nos
tivessem sido dadas por outras pessoas.
35. As cores…
Esta tradição remonta aos festivais do solstício de que já vimos na
breve história.
O verde é a cor das verduras que tem uma grande importância na
decoração.
O vermelho apareceu por causa do azevinho. Este arbusto dá-se ao
longo do Inverno e cobre-se de bagas vermelhas. Diz-se que este
nascer das suas bagas simboliza Cristo.
É também uma das chamadas cores quentes, que no frio do Inverno
dá a sensação de aquecimento e apela aos sentimentos mais nobres
do coração - sinónimos do Natal.
37. O Dia 24 de Dezembro…
Para os crentes a véspera de Natal é a parte mais emocionante da época natalícia,
porque anuncia o momento em que podemos começar a celebrar o nascimento de
Jesus. É uma antiga tradição dizer que Jesus nasceu no dia 25,de Dezembro
exactamente à meia-noite.
Quando os cristãos ouvem os sinos tocar à meia-noite, surge de novo o sentimento
de que Cristo está a entrar no mundo e de que o demónio o está a abandonar. É um
momento emocional muito importante para aqueles que têm uma fé pessoal forte.
Existe um mito de que, no exacto momento do nascimento de Jesus todos os animais
conseguiram de súbito falar e comportar-se como pessoas. Nos campos, viraram-se
para Leste e ajoelharam-se a rezar.
Existe também a lenda de que à meia-noite da véspera de Natal todas as abelhas que
estavam a hibernar acordariam nos seus cortiços e começariam a zumbir em uníssono
o Salmo 100. Ao mesmo tempo as portas do Paraíso abrir-se-iam e, durante alguns
instantes, deixariam passar fosse quem fosse (abençoados e pecadores) para entrar
directamente no Céu.
A influência de Jesus era tão forte que, quando os sinos tocassem à meia-noite os
espíritos malignos seriam incapazes de fazer mal.
39. Por que associamos o Natal à
brancura?
Porque associamos o Natal à brancura ? A resposta é porque durante os primeiros
oito anos da vida Charles Dickens, o Natal foi sempre branco de neve.
Recordando a sua infância, Dickens tirou partido dela no seu famoso conto de
Natal, publicado em Dezembro de 1843.
A história foi um grande sucesso, toda a gente que leu a história, ficou comovida
e, de
repente, sentiu-se mais sentimental acerca do tema do Natal. Um filósofo escocês
que, por uma questão nacionalista, não respeita o dia de Natal, ao ler o livro,
mandou buscar um peru e convidou dois amigos para jantar.
A imagem criada por Dickens conduziu ao mito de que um Natal verdadeiramente
bom devia ser branco. Os cenários ligados à neve transformaram-se em
ilustrações-padrão dos produtos de Natal.
Um século depois de Dickens ter escrito o seu livro, Hollywood apareceu com o
filme de Natal, com Fred Astaire e Bing Crosby, chamado Holiday Inn, cujo tema
musical I´mDreaming of a White Christmas ganhou um oscar. Ao surgir no auge da
segunda guerra mundial, teve um enorme impacto sobre o mundo que ansiava
pela paz e que era simbolizada pelo espírito do Natal. A canção foi um enorme
sucesso e mais tarde com novos arranjos, veio a chamar-se White Christmas.
Em Portugal são poucas as regiões que podem ver o Natal branco, para a maior
parte das pessoas continuará a ser um sonho.
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48. Pensamentos de Natal…
"O Natal é muito mais
que uma data Simplifica as tuas "Decora a tua casa com
ou um dia no calendário. alegria,
celebrações. mas também com um
É uma jornada do Grande nem sempre
espírito, sentido
quer dizer melhor. muito próprio.
das trevas para a luz, Nem sempre o que é caro é Deixa que algo de ti mesmo
do caos para a paz o mais valioso. e da história da tua família
da separação O que leva mais tempo fique expresso nas
para a união do amor" nem sempre é o que dura decorações".
Karen Katafiasz mais." Karen Katafiasz
Karen Katafiasz
Nesta estação das luzes, "O Natal é a festa de Deus
sente o brilho que para os sentidos.
emana Observa os seus
de todas as coisas. sinais luminosos, inala
E depois deixa que este os seus cheiros aromáticos.
esplendor prova os seus gostos
te aponte para a Luz variados,
íntima sente o clima
do Natal que habita de encantamento"
no teu próprio coração" Karen Katafiasz
Karen Katafiasz
49. Gastronomia…
O perú, o bacalhau, o polvo, o porco e até o marisco são reis nas mesas dos jantares
portugueses a 24 de Dezembro. Mas os mais ansiados são mesmo os doces: do bolo-
rei às filhoses, passando pelas rabanadas, aletria , sonhos de abóbora entres outros.
O festim na noite da consoada é verdadeiramente guloso. Doce atrás de doce, prova-
se com um prazer que só se sente mesmo no Natal. São horas de trabalho na cozinha
para poder confeccionar todas as iguarias, que desaparecem num ápice até ao final
do dia 25. E se o bolo-rei é uma "feliz importação" de França, os outros doces
nasceram há séculos das mãos de portugueses habilidosos e amantes de doces.
No Norte e Centro ainda há a tradição de confeccionar todas estas sobremesas em
casa, a partir de receitas herdadas das anteriores gerações. Com abóbora-menina
fazem-se os sonhos, com pão duro confeccionam-se as rabanadas que, nalgumas
regiões, ganharam o nome de fatias douradas.
" ...há um só banquete que desbanca todos os jantares de Paris, mas que os desbanca
inteiramente: é a ceia de véspera de Natal nas nossas terras do Minho..."
Ramalho Ortigão
50. O Pai Natal…
Há muitos anos, o Inverno era motivo de preocupação para todos os
povos, uma vez que trazia consigo tristeza e muitas privações. Como
tal, as pessoas apelavam aos deuses para que o tornasse menos
rigoroso.
Este apelo, entre os nórdicos era representado por alguém que eles
vestiam com trajes simbolizando o Inverno. Esta tradição foi seguida
pelos ingleses que chamavam a esta figura de "Velho Inverno" ou "
Velho Pai Natal". Davam-lhe comida e bebida para que ficasse
alegre. Esta figura andava de casa em casa, visitando as pessoas e
participando nas festas, mas não distribuía presentes, nem ajudava
os mais desprotegidos.
Mais tarde o Pai Natal foi associado à figura do bispo S. Nicolau,
confundindo-se indevidamente com ele.
51. O Pai Natal e as Chaminés…
Normalmente, diz-se às crianças que, quando o Pai Natal visita as casas, o faz
descendo pela chaminé. Trata-se de uma curiosa forma de entrar numa casa e têm
sido adiantadas algumas ideias engenhosas para explicar por que é que ele há-de
chegar desta maneira.
Alguns estudiosos relacionam esta descida pela chaminé com a primitiva adoração do
fogo, mas não há provas que o confirmem. Outros relacionam-na com um antigo
costume segundo a qual as chaminés eram limpas no dia de Ano Novo, para permitir
que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.
Para compreender a verdadeira explicação da entrada pela chaminé, é importante
recordar a sua fonte. Todas as referências modernas que lhe são feitas remontam ao
famoso poema chamado "Uma Visita de São Nicolau", escrito em 1822 pelo americano
Clement Moore, para os seus seis filhos jovens. Neste poema, ele descreve S. Nicolau
a chegar num trenó puxado por renas que aterra no telhado da sua casa. Olha para
fora para ver o que se passa: <E então num ápice ouvi no telhado os saltos e patadas de
cada casco. Quando recolhi a cabeça e enquanto me virava, S. Nicolau desceu num salto
pela chaminé>
O poema de Moore era uma verdadeira série de antigas tradições e parece que foi
buscar a descida pela chaminé a uma fonte finlandesa.
Os antigos lapões viviam em pequenas tendas com a forma de iglô e cobertas com
peles de rena. Eram enterradas no chão e só a parte de cima ficava à mostra. A
entrada para o interior da habitação era um buraco no telhado, e este mesmo buraco
servia para deixar sair o fumo da lare5ira. Por outras palavras, a porta e a chaminé
eram uma só. Por isso se o Pai Natal entrasse pela porta, automaticamente entrava
pela chaminé.
Há duas pistas importantes no vocabulário do poema de Clement Moore. Quando o
visitante chega, conseguem ouvir-se as suas renas no telhado, o que está
perfeitamente de acordo com o cenário lapão. Além disso, ele entra com um único
salto. Não desce pela chaminé, salta por ela abaixo. Isto não faz sentido com as
chaminés altas das nossas casas, mas é uma descrição perfeita da entrada numa
52. Por que é que o Pai Natal se
veste de vermelho e branco?
Porque se veste o Pai Natal de vermelho e branco?
É uma história curiosa, como tantas outras também, já desde século. Antigamente o
Pai Natal vestia-se de formas muito variadas. Os fatos eram normalmente de cores
garridas e na cabeça usava normalmente um barrete ou uma coroa de azevinho. No
entanto, a sua figura nunca foi representada de uma forma única e que o
caracterizasse universalmente. Até que em 1931, durante as suas campanhas de
Inverno, a empresa Coca-Cola veio resolver a questão.
Usaram a figura de S. Nicolau com umas vestimentas especiais, para promover a
famosa bebida. Contrataram um actor para representar o bispo, ao qual vestiram um
fato vermelho, de calças e túnica e, na cabeça foi colocado um barrete também ele
vermelho, com um debruado a branco e um pompom na ponta.
Portanto estas duas cores foram escolhidas, porque eram as mesmas que a Coca-Cola
era comercializada.
Assim o Pai Natal, apareceria com um ar carinhoso e uma garrafa de Coca-Cola na
mão.
Esta campanha correu o mundo e alcançou um grande sucesso, tornando a figura do
Pai Natal, verdadeiramente carismática e que já não imaginamos de outro modo.
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54. Noutras Línguas…
Alemanha - Fröhliche Weihnachten Hawai - Mele Kalikimaka
Argentina - Felices Pasquas y Feliz Inglaterra - Merry Christmas
Año Nuevo Indonésia - Selamat Hari Natal
Bulgária - Tchestita Koleda; Iraque - Idah Saidan Wa Sanah
Tchestito Rojdestvo Hristovo Jadidah
Coreia - Sung Tan Chuk Ha Itália - Buon Natale
Croácia - Sretan Bozic I Nova Japão - Shinnen Omedeto.
Godina Kurisumasu Omedeto
Dinamarca - Glaedelig Jul Jugoslávia - Cestitamo Bozic
Eslováquia - Sretan Bozic or Vesele Latim - Natale hilare et Annum
vianoce Faustum!
Espanha - Feliz Navidad Noruega - God Jul
Esperanto - Gajan Kristnaskon Roménia - Sarbatori Fericite
Estónia - Ruumsaid juulup|hi Rússia - Pozdrevlyayu s Prazdnikom
França - Joyeux Noël Rozhdestva Is Novim Godom
Grécia - Kala Christouyenna Turquia - Noeliniz Ve Yeni Yiliniz
Ucrânia - Srozhdestvom Kristovym Kutlu Olsun
Vietname - Chung Mung Giang Sinh
56. A televisão…
Os meios de comunicação social em especial a televisão começam
com bastante antecedência a falar do Natal.
Em todo o lado surgem notícias fazendo referências ao Natal, como
decorar, o que oferecer, o que comer, etc.
Nesta altura surgem anúncios de todo o tipo, com novidades em
termos de brinquedos . Transmitem-se nesta altura filmes alusivos
ao Natal, circos e espectáculos musicais. As orquestras sinfónicas ,
tocam maravilhosas melodias de Natal.
Existem programas para todos, e em Portugal é hábito à já alguns
anos, a transmissão de um programa dedicado aos doentes, "Natal
dos Hospitais", que vem alegrar um pouco mais aqueles que sofrem
nesta altura do ano.
Podemos alugar vídeos bíblicos ou histórias para crianças sobre o
Natal, para toda a família ver. Os mais conhecidos são "Um Conto de
Natal", "Jesus de Nazaré", "Os Dez Mandamentos", e muitos mais.
58. A Árvore de Natal…
No decurso de algumas décadas o pinheiro começou a ganhar espaço nas celebrações do Natal,
usufruindo agora de um estatuto quase sagrado, embora não tenha nenhuma relação com a
genuína cultura do mundo mediterrâneo, a que pertencemos, e onde nos integramos no plano
civilizacional. Sendo cristãos (no meu caso de tradição católica), assimilámos esse costume pagão,
inventado por S. Bonifácio, de encher o pinheiro de adornos, tais como bolas coloridas, estrelas
douradas, fitas, etc., instalando-o num canto da sala perto da lareira (se existir).
A verdade é que penetrou fundo na rotina dos nossos hábitos mais recentes e não se observam
indícios de que a moda seja passageira. Veio para ficar.
Hoje em dia, a maior parte das famílias compra uma árvore para decorar a sua casa. Esta poderá
ser artificial "pinheiro nórdico" ou o natural e tradicional pinheiro português.
Actualmente encontram-se no mercado vários tipos de pinheiros, desde os naturais, (que causam
transtornos ao equilíbrio ecológico, dado à destruição alarmante dessas árvores em pleno
processo de crescimento), aos artificiais feitos de materiais sintéticos que se desmontam e se
guardam até à próxima época natalícia.
O comércio dos pinheiros pode ver-se em grandes armazéns, mercados e à beira da estrada em
tendas.
A própria procura da árvore, entusiasma adultos e crianças e o ritual dos enfeites faz parte dos
festejos.
As decorações ficam dependentes da imaginação de cada um e nas famílias cristãs portuguesas é
obrigatório o uso das bolas e fitas coloridas, e tendo no cimo uma estrela " A estrela de Belém".
Começa também a ressurgir em Portugal enfeitar a árvore de Natal com laços vermelhos e
dourados, que é uma tradição da época vitoriana.
60. A Lareira…
Todas as pessoas que têm a sorte de ter uma lareira em suas casas
podem ter motivos muito diversos e adequados à sua decoração, na
quadra do Natal.
A lareira também está ligada ao Natal, basta pensarmos no
sapatinho colocado na chaminé, ou nas meias penduradas nas
mesmas ou até na lenda do Pai Natal descendo pela chaminé.
Se estiver uma noite fria e a lareira decorada com motivos natalícios
(ao gosto de cada um), é fácil pensarmos no ambiente alegre e cheio
de calor humano que poderemos proporcionar à família que estiver
connosco na noite de consoada
61. O Natal de Hoje…
O Natal é um tempo em que se vai ao cinema com a família. Atentos,
os responsáveis por colocar os filmes nas salas escolhem os títulos
mais acertados para a quadra. O Natal já deu muita matéria para a
criação cinematográfica.
Em sites de cinema na internet existem mais de quatro centenas de
filmes com a palavra 'Christmas'. Aqui fica uma selecção de dez filmes
de Natal indispensáveis: