SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 65
“A NOITE DE NATAL”
DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN




      Língua Portuguesa
      Plano Nacional de Leitura
      2009-2010
O livro…
Autor: Sophia de Mello Breyner Adresen
Editora: Figueirinhas
Tipo de leitura: Conto Infantil

“A Noite de Natal” é um livro escrito por
Sophia de Mello Breyner Andresen, editado em
1960.
Bibliografia do Autor
    Poesia
   Poesia (1945)
   O Dia da Mar (1947)
   Coral (1950)
   No Tempo Dividido (1954)
   Mar Novo (1958)
   Livro Sexto (1962)
   O Cristo Cigano (1961)
   Geografia (1967)
   Antologia (1968)
   Grades (1970)
   11 Poemas (1971)
   Dual (1972)
Continuação…
   Antologia (1975)
   O Nome das Coisas (1977)
   Navegações(1983)
   Ilhas (1989)
   Musa (1994)
   Signo (1994)
   O Búzio de Cós (1997)
   Mar (2001)
   Primeiro Livro de Poesia (1999)
   Orpheu e Eurydice (2001)
Continuação…

Contos
 Contos Exemplares (1962)
 Histórias da Terra e do Mar (1984)
Continuação…
    Contos Infantis
   A Menina do Mar (1958)
   A Fada Oriana (1958)
   Noite de Natal(1959)
   O Cavaleiro da Dinamarca (1964)
   O Rapaz de Bronze (1965)
   A Floresta (1968)
   O Tesouro (1970)
   A Árvore (1985)
Continuação…

  Teatro
 O Bojador (2000)
 O Colar (2001)
Continuação…
  Ensaio
 "A poesia de Cecíla Meireles" (1956)
 Poesia e Realidade (1960)
 "Hölderlin ou o lugar do poeta" (1967)
 O Nu na Antiguidade Clássica (1975)
 "Torga, os homens e a terra" (1976)
 "Luís de Camões. Ensombramentos e Descobrimentos" (1980)
 "A escrita (poesia)" (1982/1984)
Continuação…

Curiosidades
 Para além de autora de obras muito conceituadas Sophia de Mello Breyner
    também é tradutora e tem muitos poemas não incluídos em Obras Poéticas.
Biografia…
        Poetisa e contista portuguesa, nasceu no    O ambiente da sua infância reflecte-se em
    Porto, e aí viveu até aos dez anos, altura em     imagens e ambientes presentes nas suas
                                                      obras, sobretudo nos livros para crianças. Os
    que se mudou para Lisboa. De origem               verões passados na praia da Granja e os jardins
    dinamarquesa por parte do pai, a sua educação     da casa da família surgem em evocações do
    decorreu num ambiente católico e                  mar ou de espaços de paz e amplitude. A
    culturalmente privilegiado que influenciou a      civilização grega é igualmente uma presença
                                                      recorrente nos versos de Sophia, através da
    sua personalidade. Frequentou o curso de          sua crença profunda na união entre os deuses e
    Filologia Clássica na Faculdade de Letras da      a natureza, tal como outra dimensão da
    Universidade de Lisboa, em consonância com        religiosidade, provinda da tradição bíblica e
    o seu fascínio pelo mundo grego (que a levou      cristã.
    igualmente a viajar pela Grécia e por toda a     A sua actividade literária (e política) pautou-se
    região mediterrânica), não tendo todavia          sempre pelas ideias de justiça, liberdade e
                                                      integridade moral. A depuração, o equilíbrio e
    chegado a concluí-lo.                             a limpidez da linguagem poética, a presença
   Teve uma intervenção política empenhada,          constante da Natureza, a atenção permanente
                                                      aos problemas e à tragicidade da vida humana
    opondo-se ao regime salazarista (foi co-          são reflexo de uma formação clássica, com
    fundadora da Comissão Nacional de Socorro         leituras, por exemplo, de Homero, durante a
    aos Presos Políticos) e também, após o 25 de      juventude.
    Abril, como deputada. Presidiu ao Centro
    Nacional de Cultura e à Assembleia Geral da
    Associação Portuguesa de Escritores.
Algumas imagens…
Os meus trabalhos acerca da
obra…




Francisca Pinto
Breve Introdução…

 "Um anjo apareceu a Maria e disse-lhe: Não tenhas receio, pois
   achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à
   luz um filho, ao qual porás o nome de
   Jesus"                                          S.Lucas 1, 29


 A origem de muitas das tradições que caracterizam as celebrações
   modernas do Natal perdem-se nos tempos.
 A festa que é das crianças, e encanta os adultos, é a época do ano
   mais esperada.
Tradições de Natal…
O Presépio…

 O primeiro presépio foi feito na Igreja de Santa Maria em Roma.
 Rapidamente este costume foi alargado a outras igrejas.
 Foi S. Francisco de Assis(1181-1226), porém, o primeiro a representá-
   lo como a Bíblia descreve.Uma gruta, a manjedoura, animais e
   figuras esculpidas.
 Esta representação ganhou raízes e tornou-se popular em todo o
   mundo cristão.
Tradições de Natal…
As meias…

 A tradição de colocar os sapatinhos ou pendurar as meias junto à
   chaminé pensa-se que veio da cidade de Amesterdão. Aqui as
   crianças tinham esse costume. Deixavam os sapatos à porta, na
   véspera do dia de S. Nicolau, para que este se enchesse de
   presentes.
 Diz a lenda que São Nicolau teve conhecimento de que três
   raparigas muito pobres não podiam casar-se porque não tinham
   dinheiro. Então, São Nicolau comovido durante a noite, para não ser
   visto, atirou moedas de ouro pela chaminé, que foram cair dentro
   das meias que nela estavam a secar, junto ao fogo.
 Por esse motivo surgiu a tradição de se colocar a meia ou o sapato na
   chaminé, para que na manhã do dia de Natal neles fossem
   encontrados presentes.
Quem era S. Nicolau?
 S. Nicolau foi um bondoso bispo que nasceu em 280 d.C. na Turquia. Morreu com a
  idade de 41 anos. e seu corpo encontra-se em Itália (Bári).
 Existem algumas histórias a seu respeito em que se realça a sua generosidade.
 Uma delas conta que S. Nicolau costumava oferecer presentes aos pobres e conta-se
  também que salvava marinheiros vítimas de tempestades. Livrou muita gente da
  fome e teve pelas crianças um carinho muito especial, que o levou a fundar um
  orfanato. Por tudo isso S. Nicolau passou a ser considerado, o santo padroeiro das
  crianças e dos marinheiros.
 Chegou a estar preso pelos romanos, sendo libertado pelo imperador Constantino
  que se convertera ao Cristianismo. Foi protector de marinheiros ladrões e mendigos.
 É a Holanda o país que mais o festeja, pois diz-se que foram barcos holandeses que
  trouxeram as primeiras notícias dele para o norte da Europa.
 Quando a sua fama chegou aos Estados Unidos, ficou com o nome Santa Claus. Nesta
  altura era muito popular.
 As crianças pediam-lhe presentes com antecedência, para que no Natal os pudessem
  ter.
 Passou então a ser representado por um homem gorducho, bonacheirão, bem
  disposto e generoso.
 Actualmente, o Pai Natal, mais do que uma figura que representa a generosidade e a
  caridade, transformou-se num símbolo de consumismo.
Tradições de Natal…
Os sinos…

 Os antigos tinham as superstição de que o barulho de campainhas e
   sinos afastava os maus espíritos. Parte deste ritual manteve-se, no
   entanto o sentido com que os sinos tocam é diferente.
 O seu toque no Natal simboliza alegria e júbilo pelo nascimento de
   Jesus Cristo e todos os cristãos louvam o Menino.
Tradições de Natal…
As velas…
 Nas festas Saturnais, os romanos acendiam velas para pedirem que
   o Sol brilhasse de novo (solstício de Inverno). Nessa altura do ano, a
   escuridão e o frio eram maiores, pelo que as velas forneciam luz e
   algum calor. Mais uma vez os cristãos absorveram esse costume e
   tornaram-no sagrado à sua maneira, dizendo que, dado que Cristo
   era a Luz do Mundo, a chama da vela simboliza a sua influência.
 As pessoas foram encorajadas a acender muitas velas para reforçar
   esse símbolo. Era costume colocar uma ou várias numa janela, para
   guiar o espírito de Cristo, através da noite escura, para a casa de
   cada um. Outras eram fixadas à árvore de Natal, mas isto dava
   origem frequentemente a acidentes. Quando mal colocada, podia
   pegar fogo e era costume destacar uma pessoa para ficar ao pé da
   árvore sempre que esta era iluminada. Este paciente guardião estava
   armado com uma grande vara, com uma esponja ou um bocado de
   pano húmido na ponta, pronto para deitar água a qualquer foco de
   incêndio.
Tradições de Natal…
As Plantas…
 Havia civilizações que durante o solstício de Inverno, tinham por hábito decorar
   as casas com plantas que, segundo elas tinham poderes mágicos.
 O azevinho entre os Romanos era trocado como presente e, nos nossos
   dias, tornou-se a principal planta do Natal. Em Inglaterra por exemplo, era
   considerado sagrado.
 Uma lenda diz que, Baco ao atravessar o país, ficou tão impressionado com a sua
   beleza que decidiu plantar ali azevinho, deixando-o como uma lembrança
   especial. Para além dos presentes, os romanos consideravam-no como símbolo
   de paz e felicidade, e os magos celtas usavam-no como antídoto contra
   venenos.
 O azevinho liga-se à história cristã como planta que permitiu esconder Jesus dos
   soldados de Herodes. Em compensação, diz a lenda, foi-lhe dado o privilégio de
   conservar as suas folhas sempre verdes, mesmo durante o mais rigoroso
   Inverno.
 No início a Igreja proíbiu as verduras, mas mais tarde, acabou por consenti-las
   como símbolo de vida, portanto de Cristo.
 Há regiões onde se usa pendurar à porta de casa ou por trás das janelas uma
   coroa de loureiro, o que significa que o nascimento de Jesus foi uma vitória sobre
   a morte e o pecado.
Quem era Baco?

 Baco (em grego: Βάκχος,
        em latim: Bacchus)
  é o equivalente romano do Deus Grego Dioniso, cujo mito é
  considerado ainda mais antigo por alguns estudiosos.
Tradições de Natal…
Os Postais…
 O criador do primeiro postal de Natal foi John Horsley. O seu postal
   foi impresso em 1843.
 Foram feitas mil cópias. Nele podiam ver-se três painéis
   representando, um deles, uma família inglesa a gozar o feriado e, os
   outros dois, mostravam obras de caridade. Podia ainda ler-se as
   frases “Bom Natal e Feliz Ano Novo".
 Nessa mesma altura, Edward Bradley desenhou à mão juntamente
   com Dobson, postais de Natal para enviar a familiares e amigos.
 Em breve este costume de desejar boas festas tornou-se usual.
 Em 1840, tornou-se possível enviar pelo correio estes postais. A
   partir de 1860 começaram a executar-se postais cada vez mais
   elaborados e, em breve, esta arte tornou-se popular. As pessoas
   adquiriram-nos para desejarem boas felizes a familiares e amigos.
 Hoje em dia encontram-se à venda uma grande diversidade de
   postais de Natal, a maior parte com motivos religiosos
   representando o Natal
Tradições de Natal…
As Estrelas…

 A estrela de Belém é de tradição cristã e tem o lugar importante nas
   representações de Natal. Normalmente coloca-se em cima da árvore
   de Natal, no Presépio, e nas portas. Supõe-se que no dia do
   nascimento de Cristo uma estrela guiou os reis Magos ( supostos
   astrónomos) e uns pastores até à gruta onde nasceu Jesus.
 No entanto o aparecimento desta estrela quando Jesus nasceu
   continua a ser um mistério.
Tradições de Natal…
As coroas…
 É costume pendurar no lado de fora da porta uma coroa durante os doze
   dias do Natal. Este costume é mais popular nos Estados Unidos, mas
   espalhou-se para o resto do mundo cristão, devido à influência do
   cinema americano.
 Actualmente, dizemos "à saúde" quando brindamos.
 Para os romanos, a oferta de um ramo de uma planta significava um
   voto semelhante. O uso de ramos remonta à Roma antiga e para os
   tornar mais atraentes, tornou-se costume enrolá-los numa coroa.
 Para aumentar as possibilidades de todos os da casa terem saúde no
   ano seguinte, os romanos exibiam essas coroas nas portas.
 Actualmente, as pessoas têm tendência para comprar a coroa de Natal
   que penduram na porta da frente, mas se desejarmos seguir com todo o
   rigor a tradição romana, apenas deveríamos pendurar as coroas que nos
   tivessem sido dadas por outras pessoas.
Tradições de Natal…
As cores…

 Esta tradição remonta aos festivais do solstício de que já vimos na
   breve história.
 O verde é a cor das verduras que tem uma grande importância na
   decoração.
 O vermelho apareceu por causa do azevinho. Este arbusto dá-se ao
   longo do Inverno e cobre-se de bagas vermelhas. Diz-se que este
   nascer das suas bagas simboliza Cristo.
 É também uma das chamadas cores quentes, que no frio do Inverno
   dá a sensação de aquecimento e apela aos sentimentos mais nobres
   do coração - sinónimos do Natal.
Tradições de Natal…
O Dia 24 de Dezembro…
 Para os crentes a véspera de Natal é a parte mais emocionante da época natalícia,
  porque anuncia o momento em que podemos começar a celebrar o nascimento de
  Jesus. É uma antiga tradição dizer que Jesus nasceu no dia 25,de Dezembro
  exactamente à meia-noite.
 Quando os cristãos ouvem os sinos tocar à meia-noite, surge de novo o sentimento
  de que Cristo está a entrar no mundo e de que o demónio o está a abandonar. É um
  momento emocional muito importante para aqueles que têm uma fé pessoal forte.
 Existe um mito de que, no exacto momento do nascimento de Jesus todos os animais
  conseguiram de súbito falar e comportar-se como pessoas. Nos campos, viraram-se
  para Leste e ajoelharam-se a rezar.
 Existe também a lenda de que à meia-noite da véspera de Natal todas as abelhas que
  estavam a hibernar acordariam nos seus cortiços e começariam a zumbir em uníssono
  o Salmo 100. Ao mesmo tempo as portas do Paraíso abrir-se-iam e, durante alguns
  instantes, deixariam passar fosse quem fosse (abençoados e pecadores) para entrar
  directamente no Céu.
 A influência de Jesus era tão forte que, quando os sinos tocassem à meia-noite os
  espíritos malignos seriam incapazes de fazer mal.
O Natal é uma festa Católica!
Por que associamos o Natal à
brancura?
   Porque associamos o Natal à brancura ? A resposta é porque durante os primeiros
    oito anos da vida Charles Dickens, o Natal foi sempre branco de neve.
    Recordando a sua infância, Dickens tirou partido dela no seu famoso conto de
    Natal, publicado em Dezembro de 1843.
    A história foi um grande sucesso, toda a gente que leu a história, ficou comovida
    e, de
    repente, sentiu-se mais sentimental acerca do tema do Natal. Um filósofo escocês
    que, por uma questão nacionalista, não respeita o dia de Natal, ao ler o livro,
    mandou buscar um peru e convidou dois amigos para jantar.
    A imagem criada por Dickens conduziu ao mito de que um Natal verdadeiramente
    bom devia ser branco. Os cenários ligados à neve transformaram-se em
    ilustrações-padrão dos produtos de Natal.
    Um século depois de Dickens ter escrito o seu livro, Hollywood apareceu com o
    filme de Natal, com Fred Astaire e Bing Crosby, chamado Holiday Inn, cujo tema
    musical I´mDreaming of a White Christmas ganhou um oscar. Ao surgir no auge da
    segunda guerra mundial, teve um enorme impacto sobre o mundo que ansiava
    pela paz e que era simbolizada pelo espírito do Natal. A canção foi um enorme
    sucesso e mais tarde com novos arranjos, veio a chamar-se White Christmas.
    Em Portugal são poucas as regiões que podem ver o Natal branco, para a maior
    parte das pessoas continuará a ser um sonho.
Pensamentos de Natal…
 "O Natal é muito mais
     que uma data              Simplifica as tuas          "Decora a tua casa com
ou um dia no calendário.                                           alegria,
                                 celebrações.               mas também com um
   É uma jornada do           Grande nem sempre
         espírito,                                                 sentido
                               quer dizer melhor.               muito próprio.
  das trevas para a luz,   Nem sempre o que é caro é     Deixa que algo de ti mesmo
   do caos para a paz           o mais valioso.          e da história da tua família
      da separação           O que leva mais tempo           fique expresso nas
 para a união do amor"      nem sempre é o que dura             decorações".
    Karen Katafiasz                  mais."                    Karen Katafiasz
                                Karen Katafiasz




Nesta estação das luzes,   "O Natal é a festa de Deus
   sente o brilho que            para os sentidos.
        emana                    Observa os seus
  de todas as coisas.         sinais luminosos, inala
E depois deixa que este    os seus cheiros aromáticos.
       esplendor               prova os seus gostos
 te aponte para a Luz                 variados,
         íntima                    sente o clima
  do Natal que habita           de encantamento"
no teu próprio coração"           Karen Katafiasz
    Karen Katafiasz
Gastronomia…
    O perú, o bacalhau, o polvo, o porco e até o marisco são reis nas mesas dos jantares
    portugueses a 24 de Dezembro. Mas os mais ansiados são mesmo os doces: do bolo-
    rei às filhoses, passando pelas rabanadas, aletria , sonhos de abóbora entres outros.
 O festim na noite da consoada é verdadeiramente guloso. Doce atrás de doce, prova-
  se com um prazer que só se sente mesmo no Natal. São horas de trabalho na cozinha
  para poder confeccionar todas as iguarias, que desaparecem num ápice até ao final
  do dia 25. E se o bolo-rei é uma "feliz importação" de França, os outros doces
  nasceram há séculos das mãos de portugueses habilidosos e amantes de doces.
  No Norte e Centro ainda há a tradição de confeccionar todas estas sobremesas em
  casa, a partir de receitas herdadas das anteriores gerações. Com abóbora-menina
  fazem-se os sonhos, com pão duro confeccionam-se as rabanadas que, nalgumas
  regiões, ganharam o nome de fatias douradas.


 " ...há um só banquete que desbanca todos os jantares de Paris, mas que os desbanca
  inteiramente: é a ceia de véspera de Natal nas nossas terras do Minho..."
 Ramalho Ortigão
O Pai Natal…

 Há muitos anos, o Inverno era motivo de preocupação para todos os
   povos, uma vez que trazia consigo tristeza e muitas privações. Como
   tal, as pessoas apelavam aos deuses para que o tornasse menos
   rigoroso.
 Este apelo, entre os nórdicos era representado por alguém que eles
   vestiam com trajes simbolizando o Inverno. Esta tradição foi seguida
   pelos ingleses que chamavam a esta figura de "Velho Inverno" ou "
   Velho Pai Natal". Davam-lhe comida e bebida para que ficasse
   alegre. Esta figura andava de casa em casa, visitando as pessoas e
   participando nas festas, mas não distribuía presentes, nem ajudava
   os mais desprotegidos.
 Mais tarde o Pai Natal foi associado à figura do bispo S. Nicolau,
   confundindo-se indevidamente com ele.
O Pai Natal e as Chaminés…
            Normalmente, diz-se às crianças que, quando o Pai Natal visita as casas, o faz
             descendo pela chaminé. Trata-se de uma curiosa forma de entrar numa casa e têm
             sido adiantadas algumas ideias engenhosas para explicar por que é que ele há-de
             chegar desta maneira.
            Alguns estudiosos relacionam esta descida pela chaminé com a primitiva adoração do
             fogo, mas não há provas que o confirmem. Outros relacionam-na com um antigo
             costume segundo a qual as chaminés eram limpas no dia de Ano Novo, para permitir
             que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.
            Para compreender a verdadeira explicação da entrada pela chaminé, é importante
             recordar a sua fonte. Todas as referências modernas que lhe são feitas remontam ao
             famoso poema chamado "Uma Visita de São Nicolau", escrito em 1822 pelo americano
             Clement Moore, para os seus seis filhos jovens. Neste poema, ele descreve S. Nicolau
             a chegar num trenó puxado por renas que aterra no telhado da sua casa. Olha para
             fora para ver o que se passa: <E então num ápice ouvi no telhado os saltos e patadas de
             cada casco. Quando recolhi a cabeça e enquanto me virava, S. Nicolau desceu num salto
             pela chaminé>
            O poema de Moore era uma verdadeira série de antigas tradições e parece que foi
             buscar a descida pela chaminé a uma fonte finlandesa.
            Os antigos lapões viviam em pequenas tendas com a forma de iglô e cobertas com
             peles de rena. Eram enterradas no chão e só a parte de cima ficava à mostra. A
             entrada para o interior da habitação era um buraco no telhado, e este mesmo buraco
             servia para deixar sair o fumo da lare5ira. Por outras palavras, a porta e a chaminé
             eram uma só. Por isso se o Pai Natal entrasse pela porta, automaticamente entrava
             pela chaminé.
            Há duas pistas importantes no vocabulário do poema de Clement Moore. Quando o
             visitante chega, conseguem ouvir-se as suas renas no telhado, o que está
             perfeitamente de acordo com o cenário lapão. Além disso, ele entra com um único
             salto. Não desce pela chaminé, salta por ela abaixo. Isto não faz sentido com as
             chaminés altas das nossas casas, mas é uma descrição perfeita da entrada numa
Por que é que o Pai Natal se
veste de vermelho e branco?
   Porque se veste o Pai Natal de vermelho e branco?
   É uma história curiosa, como tantas outras também, já desde século. Antigamente o
    Pai Natal vestia-se de formas muito variadas. Os fatos eram normalmente de cores
    garridas e na cabeça usava normalmente um barrete ou uma coroa de azevinho. No
    entanto, a sua figura nunca foi representada de uma forma única e que o
    caracterizasse universalmente. Até que em 1931, durante as suas campanhas de
    Inverno, a empresa Coca-Cola veio resolver a questão.
   Usaram a figura de S. Nicolau com umas vestimentas especiais, para promover a
    famosa bebida. Contrataram um actor para representar o bispo, ao qual vestiram um
    fato vermelho, de calças e túnica e, na cabeça foi colocado um barrete também ele
    vermelho, com um debruado a branco e um pompom na ponta.
   Portanto estas duas cores foram escolhidas, porque eram as mesmas que a Coca-Cola
    era comercializada.
   Assim o Pai Natal, apareceria com um ar carinhoso e uma garrafa de Coca-Cola na
    mão.
   Esta campanha correu o mundo e alcançou um grande sucesso, tornando a figura do
    Pai Natal, verdadeiramente carismática e que já não imaginamos de outro modo.
Noutras Línguas…
   Alemanha - Fröhliche Weihnachten         Hawai - Mele Kalikimaka
    Argentina - Felices Pasquas y Feliz       Inglaterra - Merry Christmas
    Año Nuevo                                 Indonésia - Selamat Hari Natal
    Bulgária - Tchestita Koleda;              Iraque - Idah Saidan Wa Sanah
    Tchestito Rojdestvo Hristovo              Jadidah
    Coreia - Sung Tan Chuk Ha                 Itália - Buon Natale
    Croácia - Sretan Bozic I Nova             Japão - Shinnen Omedeto.
    Godina                                    Kurisumasu Omedeto
    Dinamarca - Glaedelig Jul                 Jugoslávia - Cestitamo Bozic
    Eslováquia - Sretan Bozic or Vesele       Latim - Natale hilare et Annum
    vianoce                                   Faustum!
    Espanha - Feliz Navidad                   Noruega - God Jul
    Esperanto - Gajan Kristnaskon             Roménia - Sarbatori Fericite
    Estónia - Ruumsaid juulup|hi              Rússia - Pozdrevlyayu s Prazdnikom
    França - Joyeux Noël                      Rozhdestva Is Novim Godom
    Grécia - Kala Christouyenna               Turquia - Noeliniz Ve Yeni Yiliniz
    Ucrânia - Srozhdestvom Kristovym          Kutlu Olsun
                                              Vietname - Chung Mung Giang Sinh
O Natal de Hoje…
A televisão…

 Os meios de comunicação social em especial a televisão começam
   com bastante antecedência a falar do Natal.
 Em todo o lado surgem notícias fazendo referências ao Natal, como
   decorar, o que oferecer, o que comer, etc.
 Nesta altura surgem anúncios de todo o tipo, com novidades em
   termos de brinquedos . Transmitem-se nesta altura filmes alusivos
   ao Natal, circos e espectáculos musicais. As orquestras sinfónicas ,
   tocam maravilhosas melodias de Natal.
 Existem programas para todos, e em Portugal é hábito à já alguns
   anos, a transmissão de um programa dedicado aos doentes, "Natal
   dos Hospitais", que vem alegrar um pouco mais aqueles que sofrem
   nesta altura do ano.
 Podemos alugar vídeos bíblicos ou histórias para crianças sobre o
   Natal, para toda a família ver. Os mais conhecidos são "Um Conto de
   Natal", "Jesus de Nazaré", "Os Dez Mandamentos", e muitos mais.
O Natal de Hoje…
A Árvore de Natal…
 No decurso de algumas décadas o pinheiro começou a ganhar espaço nas celebrações do Natal,
    usufruindo agora de um estatuto quase sagrado, embora não tenha nenhuma relação com a
    genuína cultura do mundo mediterrâneo, a que pertencemos, e onde nos integramos no plano
    civilizacional. Sendo cristãos (no meu caso de tradição católica), assimilámos esse costume pagão,
    inventado por S. Bonifácio, de encher o pinheiro de adornos, tais como bolas coloridas, estrelas
    douradas, fitas, etc., instalando-o num canto da sala perto da lareira (se existir).
 A verdade é que penetrou fundo na rotina dos nossos hábitos mais recentes e não se observam
    indícios de que a moda seja passageira. Veio para ficar.
 Hoje em dia, a maior parte das famílias compra uma árvore para decorar a sua casa. Esta poderá
    ser artificial "pinheiro nórdico" ou o natural e tradicional pinheiro português.
 Actualmente encontram-se no mercado vários tipos de pinheiros, desde os naturais, (que causam
    transtornos ao equilíbrio ecológico, dado à destruição alarmante dessas árvores em pleno
    processo de crescimento), aos artificiais feitos de materiais sintéticos que se desmontam e se
    guardam até à próxima época natalícia.
   O comércio dos pinheiros pode ver-se em grandes armazéns, mercados e à beira da estrada em
    tendas.
 A própria procura da árvore, entusiasma adultos e crianças e o ritual dos enfeites faz parte dos
    festejos.
 As decorações ficam dependentes da imaginação de cada um e nas famílias cristãs portuguesas é
    obrigatório o uso das bolas e fitas coloridas, e tendo no cimo uma estrela " A estrela de Belém".
 Começa também a ressurgir em Portugal enfeitar a árvore de Natal com laços vermelhos e
    dourados, que é uma tradição da época vitoriana.
O Natal de Hoje…
A Lareira…

 Todas as pessoas que têm a sorte de ter uma lareira em suas casas
   podem ter motivos muito diversos e adequados à sua decoração, na
   quadra do Natal.
 A lareira também está ligada ao Natal, basta pensarmos no
   sapatinho colocado na chaminé, ou nas meias penduradas nas
   mesmas ou até na lenda do Pai Natal descendo pela chaminé.
 Se estiver uma noite fria e a lareira decorada com motivos natalícios
   (ao gosto de cada um), é fácil pensarmos no ambiente alegre e cheio
   de calor humano que poderemos proporcionar à família que estiver
   connosco na noite de consoada
O Natal de Hoje…

 O Natal é um tempo em que se vai ao cinema com a família. Atentos,
   os responsáveis por colocar os filmes nas salas escolhem os títulos
   mais acertados para a quadra. O Natal já deu muita matéria para a
   criação cinematográfica.
   Em sites de cinema na internet existem mais de quatro centenas de
   filmes com a palavra 'Christmas'. Aqui fica uma selecção de dez filmes
   de Natal indispensáveis:
Sozinho em casa…




“Sozinho em Casa”   “Sozinho em Casa 2”   “Sozinho em Casa 3”
Gifs e imagens de Natal…
Pesquisado(essencialmente) em:
http://onatal1.no.sapo.pt/

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

São martinho.ppt lenda
São martinho.ppt lendaSão martinho.ppt lenda
São martinho.ppt lendadinaflopes
 
Os PIRATAS de Manuel António Pina
Os PIRATAS de  Manuel António PinaOs PIRATAS de  Manuel António Pina
Os PIRATAS de Manuel António PinaMaria Viegas
 
A girafa que comia estrelas livro
A girafa que comia estrelas   livroA girafa que comia estrelas   livro
A girafa que comia estrelas livroXanaGonalves5
 
Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"
Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"
Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"BibEscolar Ninho Dos Livros
 
História da roda dos alimentos
História da roda dos alimentosHistória da roda dos alimentos
História da roda dos alimentosJoel Ferreira
 
A verdadeira-história-do-natal
A verdadeira-história-do-natalA verdadeira-história-do-natal
A verdadeira-história-do-natalBertilia Madeira
 
A dieta do pai natal história e imagens
A dieta do pai natal   história e imagensA dieta do pai natal   história e imagens
A dieta do pai natal história e imagensJani Miranda
 
O senhor ano e as quatro estações
O senhor ano e as quatro estaçõesO senhor ano e as quatro estações
O senhor ano e as quatro estaçõesDaniela Simoes
 
Teatro da lenda de São Martinho
Teatro da lenda de São MartinhoTeatro da lenda de São Martinho
Teatro da lenda de São Martinhobjcp
 
Pedro alecrim resumos.
Pedro alecrim   resumos.Pedro alecrim   resumos.
Pedro alecrim resumos.manuela016
 
"Os Lusíadas" para os mais pequenos
"Os Lusíadas" para os mais pequenos"Os Lusíadas" para os mais pequenos
"Os Lusíadas" para os mais pequenosdiogolimacosta
 
Canções das janeiras dia 6
Canções das janeiras   dia 6Canções das janeiras   dia 6
Canções das janeiras dia 6Isa Crowe
 
O principezinho - resumo
O principezinho - resumoO principezinho - resumo
O principezinho - resumosofiasimao
 
Apresentacao jeanquirit 07-08
Apresentacao jeanquirit 07-08Apresentacao jeanquirit 07-08
Apresentacao jeanquirit 07-08Ana Silva Rosa
 

Mais procurados (20)

São martinho.ppt lenda
São martinho.ppt lendaSão martinho.ppt lenda
São martinho.ppt lenda
 
Os PIRATAS de Manuel António Pina
Os PIRATAS de  Manuel António PinaOs PIRATAS de  Manuel António Pina
Os PIRATAS de Manuel António Pina
 
Rapaz de bronze
Rapaz de bronze Rapaz de bronze
Rapaz de bronze
 
A girafa que comia estrelas livro
A girafa que comia estrelas   livroA girafa que comia estrelas   livro
A girafa que comia estrelas livro
 
História com recadinho txt
História com recadinho txtHistória com recadinho txt
História com recadinho txt
 
Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"
Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"
Apresentacao da "História de uma Gaivota e de um Gato que a ensinou a voar"
 
História da roda dos alimentos
História da roda dos alimentosHistória da roda dos alimentos
História da roda dos alimentos
 
Peixinho arco íris
Peixinho arco írisPeixinho arco íris
Peixinho arco íris
 
A verdadeira-história-do-natal
A verdadeira-história-do-natalA verdadeira-história-do-natal
A verdadeira-história-do-natal
 
A dieta do pai natal história e imagens
A dieta do pai natal   história e imagensA dieta do pai natal   história e imagens
A dieta do pai natal história e imagens
 
História de outono
História de outonoHistória de outono
História de outono
 
O senhor ano e as quatro estações
O senhor ano e as quatro estaçõesO senhor ano e as quatro estações
O senhor ano e as quatro estações
 
Teatro da lenda de São Martinho
Teatro da lenda de São MartinhoTeatro da lenda de São Martinho
Teatro da lenda de São Martinho
 
Ulisses
UlissesUlisses
Ulisses
 
Pedro alecrim resumos.
Pedro alecrim   resumos.Pedro alecrim   resumos.
Pedro alecrim resumos.
 
"Os Lusíadas" para os mais pequenos
"Os Lusíadas" para os mais pequenos"Os Lusíadas" para os mais pequenos
"Os Lusíadas" para os mais pequenos
 
Canções das janeiras dia 6
Canções das janeiras   dia 6Canções das janeiras   dia 6
Canções das janeiras dia 6
 
O principezinho - resumo
O principezinho - resumoO principezinho - resumo
O principezinho - resumo
 
Apresentacao jeanquirit 07-08
Apresentacao jeanquirit 07-08Apresentacao jeanquirit 07-08
Apresentacao jeanquirit 07-08
 
Antigas profissões
Antigas profissõesAntigas profissões
Antigas profissões
 

Semelhante a A noite de natal lp (20)

Simbolos 131127042118-phpapp01a
Simbolos 131127042118-phpapp01aSimbolos 131127042118-phpapp01a
Simbolos 131127042118-phpapp01a
 
A verdadeira história do natal
A verdadeira história do natalA verdadeira história do natal
A verdadeira história do natal
 
Os feriados
Os feriadosOs feriados
Os feriados
 
411 an 26_dezembro_2012.ok
411 an 26_dezembro_2012.ok411 an 26_dezembro_2012.ok
411 an 26_dezembro_2012.ok
 
Natal
NatalNatal
Natal
 
Explicação Halloween
Explicação HalloweenExplicação Halloween
Explicação Halloween
 
Advento e natal
Advento e natalAdvento e natal
Advento e natal
 
Será que o natal é bíblico
Será que o natal é bíblicoSerá que o natal é bíblico
Será que o natal é bíblico
 
Advento_Natal_cad.ppt
Advento_Natal_cad.pptAdvento_Natal_cad.ppt
Advento_Natal_cad.ppt
 
Tradições+e+simbolos+de+natal
Tradições+e+simbolos+de+natalTradições+e+simbolos+de+natal
Tradições+e+simbolos+de+natal
 
Será que o natal é bíblico
Será que o natal é bíblicoSerá que o natal é bíblico
Será que o natal é bíblico
 
Natal palestra
Natal palestraNatal palestra
Natal palestra
 
O natal veio do paganismo
O natal veio do paganismoO natal veio do paganismo
O natal veio do paganismo
 
Natal
NatalNatal
Natal
 
História do natal
História do natalHistória do natal
História do natal
 
Símbolos de natal
Símbolos de natalSímbolos de natal
Símbolos de natal
 
A clave dezembro 11
A clave dezembro 11A clave dezembro 11
A clave dezembro 11
 
Subsidio adicional origem_halloween
Subsidio adicional origem_halloweenSubsidio adicional origem_halloween
Subsidio adicional origem_halloween
 
As origens das_comemoracoes_do_natal
As origens das_comemoracoes_do_natalAs origens das_comemoracoes_do_natal
As origens das_comemoracoes_do_natal
 
Arte bizantina 1º ano Novo Colégio
Arte bizantina 1º ano Novo ColégioArte bizantina 1º ano Novo Colégio
Arte bizantina 1º ano Novo Colégio
 

Mais de Teresa Maia

Relatório visita de estudo alunos
Relatório visita de estudo alunosRelatório visita de estudo alunos
Relatório visita de estudo alunosTeresa Maia
 
Guiao pesquisa biografia
Guiao pesquisa biografiaGuiao pesquisa biografia
Guiao pesquisa biografiaTeresa Maia
 
Guiaodotrabalho3periodo
Guiaodotrabalho3periodoGuiaodotrabalho3periodo
Guiaodotrabalho3periodoTeresa Maia
 
Communicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaia
Communicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaiaCommunicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaia
Communicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaiaTeresa Maia
 
Trabalho sobre a formacao portugal
Trabalho sobre a formacao portugalTrabalho sobre a formacao portugal
Trabalho sobre a formacao portugalTeresa Maia
 
O mundo romano no apogeu do império i
O mundo romano no apogeu do império iO mundo romano no apogeu do império i
O mundo romano no apogeu do império iTeresa Maia
 
As sociedades recolectoras
As sociedades recolectorasAs sociedades recolectoras
As sociedades recolectorasTeresa Maia
 
Portugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democraciaPortugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democraciaTeresa Maia
 
Holocausto: espaços, vítimas e heróis
Holocausto: espaços, vítimas e heróisHolocausto: espaços, vítimas e heróis
Holocausto: espaços, vítimas e heróisTeresa Maia
 
As consequências da 2ª Guerra Mundial
As consequências da 2ª Guerra MundialAs consequências da 2ª Guerra Mundial
As consequências da 2ª Guerra MundialTeresa Maia
 
Estado novo portugal
Estado novo portugalEstado novo portugal
Estado novo portugalTeresa Maia
 
Estaline a respostadospaisessacrise
Estaline a respostadospaisessacriseEstaline a respostadospaisessacrise
Estaline a respostadospaisessacriseTeresa Maia
 
Transformações socioculturais dos inícios do século XX
Transformações socioculturais dos inícios do século XXTransformações socioculturais dos inícios do século XX
Transformações socioculturais dos inícios do século XXTeresa Maia
 
Revolução soviética
Revolução soviéticaRevolução soviética
Revolução soviéticaTeresa Maia
 
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialAs transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialTeresa Maia
 
I Guerra Mundial
I Guerra MundialI Guerra Mundial
I Guerra MundialTeresa Maia
 
A Europa e o mundo no limiar do século xx
A Europa e o mundo no limiar do século xx A Europa e o mundo no limiar do século xx
A Europa e o mundo no limiar do século xx Teresa Maia
 

Mais de Teresa Maia (20)

Relatório visita de estudo alunos
Relatório visita de estudo alunosRelatório visita de estudo alunos
Relatório visita de estudo alunos
 
Guiao pesquisa biografia
Guiao pesquisa biografiaGuiao pesquisa biografia
Guiao pesquisa biografia
 
Guiaodotrabalho3periodo
Guiaodotrabalho3periodoGuiaodotrabalho3periodo
Guiaodotrabalho3periodo
 
Communicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaia
Communicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaiaCommunicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaia
Communicatingand sharingwithparents actionplan_teresamaia
 
Trabalho sobre a formacao portugal
Trabalho sobre a formacao portugalTrabalho sobre a formacao portugal
Trabalho sobre a formacao portugal
 
O mundo romano no apogeu do império i
O mundo romano no apogeu do império iO mundo romano no apogeu do império i
O mundo romano no apogeu do império i
 
As sociedades recolectoras
As sociedades recolectorasAs sociedades recolectoras
As sociedades recolectoras
 
Entrevista
EntrevistaEntrevista
Entrevista
 
Portugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democraciaPortugal do autoritarismo à democracia
Portugal do autoritarismo à democracia
 
Holocausto: espaços, vítimas e heróis
Holocausto: espaços, vítimas e heróisHolocausto: espaços, vítimas e heróis
Holocausto: espaços, vítimas e heróis
 
A guerra fria
A guerra friaA guerra fria
A guerra fria
 
As consequências da 2ª Guerra Mundial
As consequências da 2ª Guerra MundialAs consequências da 2ª Guerra Mundial
As consequências da 2ª Guerra Mundial
 
Estado novo portugal
Estado novo portugalEstado novo portugal
Estado novo portugal
 
Estaline a respostadospaisessacrise
Estaline a respostadospaisessacriseEstaline a respostadospaisessacrise
Estaline a respostadospaisessacrise
 
A crise de 1929
A crise de 1929A crise de 1929
A crise de 1929
 
Transformações socioculturais dos inícios do século XX
Transformações socioculturais dos inícios do século XXTransformações socioculturais dos inícios do século XX
Transformações socioculturais dos inícios do século XX
 
Revolução soviética
Revolução soviéticaRevolução soviética
Revolução soviética
 
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra MundialAs transformações provocadas pela I Guerra Mundial
As transformações provocadas pela I Guerra Mundial
 
I Guerra Mundial
I Guerra MundialI Guerra Mundial
I Guerra Mundial
 
A Europa e o mundo no limiar do século xx
A Europa e o mundo no limiar do século xx A Europa e o mundo no limiar do século xx
A Europa e o mundo no limiar do século xx
 

A noite de natal lp

  • 1. “A NOITE DE NATAL” DE SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN Língua Portuguesa Plano Nacional de Leitura 2009-2010
  • 2. O livro… Autor: Sophia de Mello Breyner Adresen Editora: Figueirinhas Tipo de leitura: Conto Infantil “A Noite de Natal” é um livro escrito por Sophia de Mello Breyner Andresen, editado em 1960.
  • 3. Bibliografia do Autor Poesia  Poesia (1945)  O Dia da Mar (1947)  Coral (1950)  No Tempo Dividido (1954)  Mar Novo (1958)  Livro Sexto (1962)  O Cristo Cigano (1961)  Geografia (1967)  Antologia (1968)  Grades (1970)  11 Poemas (1971)  Dual (1972)
  • 4. Continuação…  Antologia (1975)  O Nome das Coisas (1977)  Navegações(1983)  Ilhas (1989)  Musa (1994)  Signo (1994)  O Búzio de Cós (1997)  Mar (2001)  Primeiro Livro de Poesia (1999)  Orpheu e Eurydice (2001)
  • 5. Continuação… Contos  Contos Exemplares (1962)  Histórias da Terra e do Mar (1984)
  • 6. Continuação… Contos Infantis  A Menina do Mar (1958)  A Fada Oriana (1958)  Noite de Natal(1959)  O Cavaleiro da Dinamarca (1964)  O Rapaz de Bronze (1965)  A Floresta (1968)  O Tesouro (1970)  A Árvore (1985)
  • 7. Continuação… Teatro  O Bojador (2000)  O Colar (2001)
  • 8. Continuação… Ensaio  "A poesia de Cecíla Meireles" (1956)  Poesia e Realidade (1960)  "Hölderlin ou o lugar do poeta" (1967)  O Nu na Antiguidade Clássica (1975)  "Torga, os homens e a terra" (1976)  "Luís de Camões. Ensombramentos e Descobrimentos" (1980)  "A escrita (poesia)" (1982/1984)
  • 9. Continuação… Curiosidades  Para além de autora de obras muito conceituadas Sophia de Mello Breyner também é tradutora e tem muitos poemas não incluídos em Obras Poéticas.
  • 10. Biografia…  Poetisa e contista portuguesa, nasceu no  O ambiente da sua infância reflecte-se em Porto, e aí viveu até aos dez anos, altura em imagens e ambientes presentes nas suas obras, sobretudo nos livros para crianças. Os que se mudou para Lisboa. De origem verões passados na praia da Granja e os jardins dinamarquesa por parte do pai, a sua educação da casa da família surgem em evocações do decorreu num ambiente católico e mar ou de espaços de paz e amplitude. A culturalmente privilegiado que influenciou a civilização grega é igualmente uma presença recorrente nos versos de Sophia, através da sua personalidade. Frequentou o curso de sua crença profunda na união entre os deuses e Filologia Clássica na Faculdade de Letras da a natureza, tal como outra dimensão da Universidade de Lisboa, em consonância com religiosidade, provinda da tradição bíblica e o seu fascínio pelo mundo grego (que a levou cristã. igualmente a viajar pela Grécia e por toda a  A sua actividade literária (e política) pautou-se região mediterrânica), não tendo todavia sempre pelas ideias de justiça, liberdade e integridade moral. A depuração, o equilíbrio e chegado a concluí-lo. a limpidez da linguagem poética, a presença  Teve uma intervenção política empenhada, constante da Natureza, a atenção permanente aos problemas e à tragicidade da vida humana opondo-se ao regime salazarista (foi co- são reflexo de uma formação clássica, com fundadora da Comissão Nacional de Socorro leituras, por exemplo, de Homero, durante a aos Presos Políticos) e também, após o 25 de juventude. Abril, como deputada. Presidiu ao Centro Nacional de Cultura e à Assembleia Geral da Associação Portuguesa de Escritores.
  • 12.
  • 13.
  • 14. Os meus trabalhos acerca da obra… Francisca Pinto
  • 15. Breve Introdução…  "Um anjo apareceu a Maria e disse-lhe: Não tenhas receio, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus" S.Lucas 1, 29  A origem de muitas das tradições que caracterizam as celebrações modernas do Natal perdem-se nos tempos.  A festa que é das crianças, e encanta os adultos, é a época do ano mais esperada.
  • 17. O Presépio…  O primeiro presépio foi feito na Igreja de Santa Maria em Roma.  Rapidamente este costume foi alargado a outras igrejas.  Foi S. Francisco de Assis(1181-1226), porém, o primeiro a representá- lo como a Bíblia descreve.Uma gruta, a manjedoura, animais e figuras esculpidas.  Esta representação ganhou raízes e tornou-se popular em todo o mundo cristão.
  • 19. As meias…  A tradição de colocar os sapatinhos ou pendurar as meias junto à chaminé pensa-se que veio da cidade de Amesterdão. Aqui as crianças tinham esse costume. Deixavam os sapatos à porta, na véspera do dia de S. Nicolau, para que este se enchesse de presentes.  Diz a lenda que São Nicolau teve conhecimento de que três raparigas muito pobres não podiam casar-se porque não tinham dinheiro. Então, São Nicolau comovido durante a noite, para não ser visto, atirou moedas de ouro pela chaminé, que foram cair dentro das meias que nela estavam a secar, junto ao fogo.  Por esse motivo surgiu a tradição de se colocar a meia ou o sapato na chaminé, para que na manhã do dia de Natal neles fossem encontrados presentes.
  • 20. Quem era S. Nicolau?  S. Nicolau foi um bondoso bispo que nasceu em 280 d.C. na Turquia. Morreu com a idade de 41 anos. e seu corpo encontra-se em Itália (Bári).  Existem algumas histórias a seu respeito em que se realça a sua generosidade.  Uma delas conta que S. Nicolau costumava oferecer presentes aos pobres e conta-se também que salvava marinheiros vítimas de tempestades. Livrou muita gente da fome e teve pelas crianças um carinho muito especial, que o levou a fundar um orfanato. Por tudo isso S. Nicolau passou a ser considerado, o santo padroeiro das crianças e dos marinheiros.  Chegou a estar preso pelos romanos, sendo libertado pelo imperador Constantino que se convertera ao Cristianismo. Foi protector de marinheiros ladrões e mendigos.  É a Holanda o país que mais o festeja, pois diz-se que foram barcos holandeses que trouxeram as primeiras notícias dele para o norte da Europa.  Quando a sua fama chegou aos Estados Unidos, ficou com o nome Santa Claus. Nesta altura era muito popular.  As crianças pediam-lhe presentes com antecedência, para que no Natal os pudessem ter.  Passou então a ser representado por um homem gorducho, bonacheirão, bem disposto e generoso.  Actualmente, o Pai Natal, mais do que uma figura que representa a generosidade e a caridade, transformou-se num símbolo de consumismo.
  • 22. Os sinos…  Os antigos tinham as superstição de que o barulho de campainhas e sinos afastava os maus espíritos. Parte deste ritual manteve-se, no entanto o sentido com que os sinos tocam é diferente.  O seu toque no Natal simboliza alegria e júbilo pelo nascimento de Jesus Cristo e todos os cristãos louvam o Menino.
  • 24. As velas…  Nas festas Saturnais, os romanos acendiam velas para pedirem que o Sol brilhasse de novo (solstício de Inverno). Nessa altura do ano, a escuridão e o frio eram maiores, pelo que as velas forneciam luz e algum calor. Mais uma vez os cristãos absorveram esse costume e tornaram-no sagrado à sua maneira, dizendo que, dado que Cristo era a Luz do Mundo, a chama da vela simboliza a sua influência.  As pessoas foram encorajadas a acender muitas velas para reforçar esse símbolo. Era costume colocar uma ou várias numa janela, para guiar o espírito de Cristo, através da noite escura, para a casa de cada um. Outras eram fixadas à árvore de Natal, mas isto dava origem frequentemente a acidentes. Quando mal colocada, podia pegar fogo e era costume destacar uma pessoa para ficar ao pé da árvore sempre que esta era iluminada. Este paciente guardião estava armado com uma grande vara, com uma esponja ou um bocado de pano húmido na ponta, pronto para deitar água a qualquer foco de incêndio.
  • 26. As Plantas…  Havia civilizações que durante o solstício de Inverno, tinham por hábito decorar as casas com plantas que, segundo elas tinham poderes mágicos.  O azevinho entre os Romanos era trocado como presente e, nos nossos dias, tornou-se a principal planta do Natal. Em Inglaterra por exemplo, era considerado sagrado.  Uma lenda diz que, Baco ao atravessar o país, ficou tão impressionado com a sua beleza que decidiu plantar ali azevinho, deixando-o como uma lembrança especial. Para além dos presentes, os romanos consideravam-no como símbolo de paz e felicidade, e os magos celtas usavam-no como antídoto contra venenos.  O azevinho liga-se à história cristã como planta que permitiu esconder Jesus dos soldados de Herodes. Em compensação, diz a lenda, foi-lhe dado o privilégio de conservar as suas folhas sempre verdes, mesmo durante o mais rigoroso Inverno.  No início a Igreja proíbiu as verduras, mas mais tarde, acabou por consenti-las como símbolo de vida, portanto de Cristo.  Há regiões onde se usa pendurar à porta de casa ou por trás das janelas uma coroa de loureiro, o que significa que o nascimento de Jesus foi uma vitória sobre a morte e o pecado.
  • 27. Quem era Baco?  Baco (em grego: Βάκχος, em latim: Bacchus) é o equivalente romano do Deus Grego Dioniso, cujo mito é considerado ainda mais antigo por alguns estudiosos.
  • 29. Os Postais…  O criador do primeiro postal de Natal foi John Horsley. O seu postal foi impresso em 1843.  Foram feitas mil cópias. Nele podiam ver-se três painéis representando, um deles, uma família inglesa a gozar o feriado e, os outros dois, mostravam obras de caridade. Podia ainda ler-se as frases “Bom Natal e Feliz Ano Novo".  Nessa mesma altura, Edward Bradley desenhou à mão juntamente com Dobson, postais de Natal para enviar a familiares e amigos.  Em breve este costume de desejar boas festas tornou-se usual.  Em 1840, tornou-se possível enviar pelo correio estes postais. A partir de 1860 começaram a executar-se postais cada vez mais elaborados e, em breve, esta arte tornou-se popular. As pessoas adquiriram-nos para desejarem boas felizes a familiares e amigos.  Hoje em dia encontram-se à venda uma grande diversidade de postais de Natal, a maior parte com motivos religiosos representando o Natal
  • 31. As Estrelas…  A estrela de Belém é de tradição cristã e tem o lugar importante nas representações de Natal. Normalmente coloca-se em cima da árvore de Natal, no Presépio, e nas portas. Supõe-se que no dia do nascimento de Cristo uma estrela guiou os reis Magos ( supostos astrónomos) e uns pastores até à gruta onde nasceu Jesus.  No entanto o aparecimento desta estrela quando Jesus nasceu continua a ser um mistério.
  • 33. As coroas…  É costume pendurar no lado de fora da porta uma coroa durante os doze dias do Natal. Este costume é mais popular nos Estados Unidos, mas espalhou-se para o resto do mundo cristão, devido à influência do cinema americano.  Actualmente, dizemos "à saúde" quando brindamos.  Para os romanos, a oferta de um ramo de uma planta significava um voto semelhante. O uso de ramos remonta à Roma antiga e para os tornar mais atraentes, tornou-se costume enrolá-los numa coroa.  Para aumentar as possibilidades de todos os da casa terem saúde no ano seguinte, os romanos exibiam essas coroas nas portas.  Actualmente, as pessoas têm tendência para comprar a coroa de Natal que penduram na porta da frente, mas se desejarmos seguir com todo o rigor a tradição romana, apenas deveríamos pendurar as coroas que nos tivessem sido dadas por outras pessoas.
  • 35. As cores…  Esta tradição remonta aos festivais do solstício de que já vimos na breve história.  O verde é a cor das verduras que tem uma grande importância na decoração.  O vermelho apareceu por causa do azevinho. Este arbusto dá-se ao longo do Inverno e cobre-se de bagas vermelhas. Diz-se que este nascer das suas bagas simboliza Cristo.  É também uma das chamadas cores quentes, que no frio do Inverno dá a sensação de aquecimento e apela aos sentimentos mais nobres do coração - sinónimos do Natal.
  • 37. O Dia 24 de Dezembro…  Para os crentes a véspera de Natal é a parte mais emocionante da época natalícia, porque anuncia o momento em que podemos começar a celebrar o nascimento de Jesus. É uma antiga tradição dizer que Jesus nasceu no dia 25,de Dezembro exactamente à meia-noite.  Quando os cristãos ouvem os sinos tocar à meia-noite, surge de novo o sentimento de que Cristo está a entrar no mundo e de que o demónio o está a abandonar. É um momento emocional muito importante para aqueles que têm uma fé pessoal forte.  Existe um mito de que, no exacto momento do nascimento de Jesus todos os animais conseguiram de súbito falar e comportar-se como pessoas. Nos campos, viraram-se para Leste e ajoelharam-se a rezar.  Existe também a lenda de que à meia-noite da véspera de Natal todas as abelhas que estavam a hibernar acordariam nos seus cortiços e começariam a zumbir em uníssono o Salmo 100. Ao mesmo tempo as portas do Paraíso abrir-se-iam e, durante alguns instantes, deixariam passar fosse quem fosse (abençoados e pecadores) para entrar directamente no Céu.  A influência de Jesus era tão forte que, quando os sinos tocassem à meia-noite os espíritos malignos seriam incapazes de fazer mal.
  • 38. O Natal é uma festa Católica!
  • 39. Por que associamos o Natal à brancura?  Porque associamos o Natal à brancura ? A resposta é porque durante os primeiros oito anos da vida Charles Dickens, o Natal foi sempre branco de neve. Recordando a sua infância, Dickens tirou partido dela no seu famoso conto de Natal, publicado em Dezembro de 1843. A história foi um grande sucesso, toda a gente que leu a história, ficou comovida e, de repente, sentiu-se mais sentimental acerca do tema do Natal. Um filósofo escocês que, por uma questão nacionalista, não respeita o dia de Natal, ao ler o livro, mandou buscar um peru e convidou dois amigos para jantar. A imagem criada por Dickens conduziu ao mito de que um Natal verdadeiramente bom devia ser branco. Os cenários ligados à neve transformaram-se em ilustrações-padrão dos produtos de Natal. Um século depois de Dickens ter escrito o seu livro, Hollywood apareceu com o filme de Natal, com Fred Astaire e Bing Crosby, chamado Holiday Inn, cujo tema musical I´mDreaming of a White Christmas ganhou um oscar. Ao surgir no auge da segunda guerra mundial, teve um enorme impacto sobre o mundo que ansiava pela paz e que era simbolizada pelo espírito do Natal. A canção foi um enorme sucesso e mais tarde com novos arranjos, veio a chamar-se White Christmas. Em Portugal são poucas as regiões que podem ver o Natal branco, para a maior parte das pessoas continuará a ser um sonho.
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48. Pensamentos de Natal… "O Natal é muito mais que uma data Simplifica as tuas "Decora a tua casa com ou um dia no calendário. alegria, celebrações. mas também com um É uma jornada do Grande nem sempre espírito, sentido quer dizer melhor. muito próprio. das trevas para a luz, Nem sempre o que é caro é Deixa que algo de ti mesmo do caos para a paz o mais valioso. e da história da tua família da separação O que leva mais tempo fique expresso nas para a união do amor" nem sempre é o que dura decorações". Karen Katafiasz mais." Karen Katafiasz Karen Katafiasz Nesta estação das luzes, "O Natal é a festa de Deus sente o brilho que para os sentidos. emana Observa os seus de todas as coisas. sinais luminosos, inala E depois deixa que este os seus cheiros aromáticos. esplendor prova os seus gostos te aponte para a Luz variados, íntima sente o clima do Natal que habita de encantamento" no teu próprio coração" Karen Katafiasz Karen Katafiasz
  • 49. Gastronomia…  O perú, o bacalhau, o polvo, o porco e até o marisco são reis nas mesas dos jantares portugueses a 24 de Dezembro. Mas os mais ansiados são mesmo os doces: do bolo- rei às filhoses, passando pelas rabanadas, aletria , sonhos de abóbora entres outros.  O festim na noite da consoada é verdadeiramente guloso. Doce atrás de doce, prova- se com um prazer que só se sente mesmo no Natal. São horas de trabalho na cozinha para poder confeccionar todas as iguarias, que desaparecem num ápice até ao final do dia 25. E se o bolo-rei é uma "feliz importação" de França, os outros doces nasceram há séculos das mãos de portugueses habilidosos e amantes de doces. No Norte e Centro ainda há a tradição de confeccionar todas estas sobremesas em casa, a partir de receitas herdadas das anteriores gerações. Com abóbora-menina fazem-se os sonhos, com pão duro confeccionam-se as rabanadas que, nalgumas regiões, ganharam o nome de fatias douradas.  " ...há um só banquete que desbanca todos os jantares de Paris, mas que os desbanca inteiramente: é a ceia de véspera de Natal nas nossas terras do Minho..."  Ramalho Ortigão
  • 50. O Pai Natal…  Há muitos anos, o Inverno era motivo de preocupação para todos os povos, uma vez que trazia consigo tristeza e muitas privações. Como tal, as pessoas apelavam aos deuses para que o tornasse menos rigoroso.  Este apelo, entre os nórdicos era representado por alguém que eles vestiam com trajes simbolizando o Inverno. Esta tradição foi seguida pelos ingleses que chamavam a esta figura de "Velho Inverno" ou " Velho Pai Natal". Davam-lhe comida e bebida para que ficasse alegre. Esta figura andava de casa em casa, visitando as pessoas e participando nas festas, mas não distribuía presentes, nem ajudava os mais desprotegidos.  Mais tarde o Pai Natal foi associado à figura do bispo S. Nicolau, confundindo-se indevidamente com ele.
  • 51. O Pai Natal e as Chaminés…  Normalmente, diz-se às crianças que, quando o Pai Natal visita as casas, o faz descendo pela chaminé. Trata-se de uma curiosa forma de entrar numa casa e têm sido adiantadas algumas ideias engenhosas para explicar por que é que ele há-de chegar desta maneira.  Alguns estudiosos relacionam esta descida pela chaminé com a primitiva adoração do fogo, mas não há provas que o confirmem. Outros relacionam-na com um antigo costume segundo a qual as chaminés eram limpas no dia de Ano Novo, para permitir que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.  Para compreender a verdadeira explicação da entrada pela chaminé, é importante recordar a sua fonte. Todas as referências modernas que lhe são feitas remontam ao famoso poema chamado "Uma Visita de São Nicolau", escrito em 1822 pelo americano Clement Moore, para os seus seis filhos jovens. Neste poema, ele descreve S. Nicolau a chegar num trenó puxado por renas que aterra no telhado da sua casa. Olha para fora para ver o que se passa: <E então num ápice ouvi no telhado os saltos e patadas de cada casco. Quando recolhi a cabeça e enquanto me virava, S. Nicolau desceu num salto pela chaminé>  O poema de Moore era uma verdadeira série de antigas tradições e parece que foi buscar a descida pela chaminé a uma fonte finlandesa.  Os antigos lapões viviam em pequenas tendas com a forma de iglô e cobertas com peles de rena. Eram enterradas no chão e só a parte de cima ficava à mostra. A entrada para o interior da habitação era um buraco no telhado, e este mesmo buraco servia para deixar sair o fumo da lare5ira. Por outras palavras, a porta e a chaminé eram uma só. Por isso se o Pai Natal entrasse pela porta, automaticamente entrava pela chaminé.  Há duas pistas importantes no vocabulário do poema de Clement Moore. Quando o visitante chega, conseguem ouvir-se as suas renas no telhado, o que está perfeitamente de acordo com o cenário lapão. Além disso, ele entra com um único salto. Não desce pela chaminé, salta por ela abaixo. Isto não faz sentido com as chaminés altas das nossas casas, mas é uma descrição perfeita da entrada numa
  • 52. Por que é que o Pai Natal se veste de vermelho e branco?  Porque se veste o Pai Natal de vermelho e branco?  É uma história curiosa, como tantas outras também, já desde século. Antigamente o Pai Natal vestia-se de formas muito variadas. Os fatos eram normalmente de cores garridas e na cabeça usava normalmente um barrete ou uma coroa de azevinho. No entanto, a sua figura nunca foi representada de uma forma única e que o caracterizasse universalmente. Até que em 1931, durante as suas campanhas de Inverno, a empresa Coca-Cola veio resolver a questão.  Usaram a figura de S. Nicolau com umas vestimentas especiais, para promover a famosa bebida. Contrataram um actor para representar o bispo, ao qual vestiram um fato vermelho, de calças e túnica e, na cabeça foi colocado um barrete também ele vermelho, com um debruado a branco e um pompom na ponta.  Portanto estas duas cores foram escolhidas, porque eram as mesmas que a Coca-Cola era comercializada.  Assim o Pai Natal, apareceria com um ar carinhoso e uma garrafa de Coca-Cola na mão.  Esta campanha correu o mundo e alcançou um grande sucesso, tornando a figura do Pai Natal, verdadeiramente carismática e que já não imaginamos de outro modo.
  • 53.
  • 54. Noutras Línguas…  Alemanha - Fröhliche Weihnachten  Hawai - Mele Kalikimaka Argentina - Felices Pasquas y Feliz Inglaterra - Merry Christmas Año Nuevo Indonésia - Selamat Hari Natal Bulgária - Tchestita Koleda; Iraque - Idah Saidan Wa Sanah Tchestito Rojdestvo Hristovo Jadidah Coreia - Sung Tan Chuk Ha Itália - Buon Natale Croácia - Sretan Bozic I Nova Japão - Shinnen Omedeto. Godina Kurisumasu Omedeto Dinamarca - Glaedelig Jul Jugoslávia - Cestitamo Bozic Eslováquia - Sretan Bozic or Vesele Latim - Natale hilare et Annum vianoce Faustum! Espanha - Feliz Navidad Noruega - God Jul Esperanto - Gajan Kristnaskon Roménia - Sarbatori Fericite Estónia - Ruumsaid juulup|hi Rússia - Pozdrevlyayu s Prazdnikom França - Joyeux Noël Rozhdestva Is Novim Godom Grécia - Kala Christouyenna Turquia - Noeliniz Ve Yeni Yiliniz Ucrânia - Srozhdestvom Kristovym Kutlu Olsun Vietname - Chung Mung Giang Sinh
  • 55. O Natal de Hoje…
  • 56. A televisão…  Os meios de comunicação social em especial a televisão começam com bastante antecedência a falar do Natal.  Em todo o lado surgem notícias fazendo referências ao Natal, como decorar, o que oferecer, o que comer, etc.  Nesta altura surgem anúncios de todo o tipo, com novidades em termos de brinquedos . Transmitem-se nesta altura filmes alusivos ao Natal, circos e espectáculos musicais. As orquestras sinfónicas , tocam maravilhosas melodias de Natal.  Existem programas para todos, e em Portugal é hábito à já alguns anos, a transmissão de um programa dedicado aos doentes, "Natal dos Hospitais", que vem alegrar um pouco mais aqueles que sofrem nesta altura do ano.  Podemos alugar vídeos bíblicos ou histórias para crianças sobre o Natal, para toda a família ver. Os mais conhecidos são "Um Conto de Natal", "Jesus de Nazaré", "Os Dez Mandamentos", e muitos mais.
  • 57. O Natal de Hoje…
  • 58. A Árvore de Natal…  No decurso de algumas décadas o pinheiro começou a ganhar espaço nas celebrações do Natal, usufruindo agora de um estatuto quase sagrado, embora não tenha nenhuma relação com a genuína cultura do mundo mediterrâneo, a que pertencemos, e onde nos integramos no plano civilizacional. Sendo cristãos (no meu caso de tradição católica), assimilámos esse costume pagão, inventado por S. Bonifácio, de encher o pinheiro de adornos, tais como bolas coloridas, estrelas douradas, fitas, etc., instalando-o num canto da sala perto da lareira (se existir).  A verdade é que penetrou fundo na rotina dos nossos hábitos mais recentes e não se observam indícios de que a moda seja passageira. Veio para ficar.  Hoje em dia, a maior parte das famílias compra uma árvore para decorar a sua casa. Esta poderá ser artificial "pinheiro nórdico" ou o natural e tradicional pinheiro português.  Actualmente encontram-se no mercado vários tipos de pinheiros, desde os naturais, (que causam transtornos ao equilíbrio ecológico, dado à destruição alarmante dessas árvores em pleno processo de crescimento), aos artificiais feitos de materiais sintéticos que se desmontam e se guardam até à próxima época natalícia.  O comércio dos pinheiros pode ver-se em grandes armazéns, mercados e à beira da estrada em tendas.  A própria procura da árvore, entusiasma adultos e crianças e o ritual dos enfeites faz parte dos festejos.  As decorações ficam dependentes da imaginação de cada um e nas famílias cristãs portuguesas é obrigatório o uso das bolas e fitas coloridas, e tendo no cimo uma estrela " A estrela de Belém".  Começa também a ressurgir em Portugal enfeitar a árvore de Natal com laços vermelhos e dourados, que é uma tradição da época vitoriana.
  • 59. O Natal de Hoje…
  • 60. A Lareira…  Todas as pessoas que têm a sorte de ter uma lareira em suas casas podem ter motivos muito diversos e adequados à sua decoração, na quadra do Natal.  A lareira também está ligada ao Natal, basta pensarmos no sapatinho colocado na chaminé, ou nas meias penduradas nas mesmas ou até na lenda do Pai Natal descendo pela chaminé.  Se estiver uma noite fria e a lareira decorada com motivos natalícios (ao gosto de cada um), é fácil pensarmos no ambiente alegre e cheio de calor humano que poderemos proporcionar à família que estiver connosco na noite de consoada
  • 61. O Natal de Hoje…  O Natal é um tempo em que se vai ao cinema com a família. Atentos, os responsáveis por colocar os filmes nas salas escolhem os títulos mais acertados para a quadra. O Natal já deu muita matéria para a criação cinematográfica. Em sites de cinema na internet existem mais de quatro centenas de filmes com a palavra 'Christmas'. Aqui fica uma selecção de dez filmes de Natal indispensáveis:
  • 62. Sozinho em casa… “Sozinho em Casa” “Sozinho em Casa 2” “Sozinho em Casa 3”
  • 63. Gifs e imagens de Natal…
  • 64.