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UNIVERSIDADE AMERICANA

    INSTITUTO DE CAPACITAÇAO
          PROFESSIONAL
         POST GRADUAÇAO


Seminário temático IV:
 Educação par a Saúde
      Coletiva

 Prof. Dra. Msc CELESTE TELLEZ
              2012
Participação –              Bases conceituais
 é tomar parte de;
assumir o que é seu               Educação em Saúde –
de direito; é ser sujeito
e ator; é assumir o               é um processo sistemático,
controle                          contínuo e permanente que
social.                           objetiva a formação e o
                                  desenvolvimento da
Segundo João Bosco                consciência crítica do
Pinto, “a participação            cidadão, estimulando a
real é a que se                   busca de soluções coletivas
identifica com as                 para os problemas
reivindicações da                 vivenciados e a sua
população para                    “participação real” no
assumir parte das                 exercício do controle social.
decisões sociais”.
Educação Popular –

Busca promover a participação dos sujeitos
sociais, incentivando a reflexão, o diálogo
e a expressão da afetividade, potencializando sua
criatividade e sua autonomia.

Educação popular em saúde –

volta-se para a promoção da participação social
no processo de formulação e gestão da política
de saúde, direcionando-se para o cumprimento
efetivo dos princípios ético-políticos do SUS:
universalidade, integralidade, eqüidade,
descentralização, participação e controle social.
Educação permanente –

 estratégia de reestruturação dos
serviços, a partir da análise dos determinantes
sociais e econômicos, mas sobretudo de valores e
conceitos dos profissionais. Propõe transformar o
profissional em sujeito, colocando-o no centro do
processo ensino-aprendizagem (Mota)” .

Mobilização social –

 “a mobilização ocorre quando um grupo de pessoas,
uma comunidade, uma sociedade decide e age com
objetivo comum, buscando, quotidianamente, os
resultados desejados por todos. Por isso se diz que
Mobilização Social: é convocar vontades para atuar
na busca de um propósito comum, sob uma
interpretação e um sentido também compartilhado
(José Bernardo Toro, 1996)
Agir educativo –

Segundo documentos do Ministério
da Saúde, é ação social que se
alimenta do processo de construção
de um substrato teórico metodológico
de sustentação, de projetos políticos
que suscitem a participação da
sociedade e de ações capazes de
produzirem novos sentidos nas
relações entre necessidades de saúde
da população e organização do
cuidado da saúde.”
Promoção da Saúde

é um paradigma que ganhou visibilidade com a
Carta de Ottawa, ao definir que a melhoria
da qualidade de vida é “resultante de um conjunto
de fatores sociais, econômicos, políticos, culturais,
ambientais, comportamentais e, também,
biológicos.”

Este conceito foi fortalecido nas demais
conferências mundiais de saúde, como: Adelaide;
Sundsvall; Bogotá; Jacarta; V Conferência Global
sobre Promoção da Saúde, realizada em junho de
2000, na Cidade do México e, mais recentemente,
na VI Conferência Global de Promoção da Saúde,
realizada em Bangkok8, na Tailândia, em 2005.
A finalidade da ação de Educação em
                Saúde
          A finalidade da ação de Educação em
          Saúde é a transformação.

          Esta ação, como área do conhecimento,
          contribui de forma decisiva para a
          consolidação dos princípios e
          diretrizes do SUS: universalidade,
          integralidade, eqüidade,
          descentralização, participação
          e controle social.

          A sua clientela compõe-se de profissionais
          de saúde, grupos sociais e população em
          geral, respeitando as suas formas de
          organização.
A Educação em Saúde ocorre nas relações que
se estabelecem entre os profissionais de saúde e
saneamento e destes com os serviços na sua
organização, gestão participativa e escolha dos
melhores caminhos a percorrer que suscitem a
maior participação da comunidade.

Esta participação ganha concretude na
comunidade na definição de suas necessidades e
formas de atuar; dentro do próprio serviço na
democratização do atendimento e da informação
à comunidade e seus grupos sociais;
e dela com os serviços, quando de posse da
informação e no exercício da participação influi
nas mudanças necessárias à promoção da saúde
e exerce o controle social sobre o sistema.
A Educação em Saúde numa
           Perspectiva Transformadora
Uma das concepções mais
generalizadas sobre educação e saúde
é aquela cujas atividades se
desenvolvem mediante situações
formais de ensino-aprendizagem,
funcionando como agregadas aos
espaços das práticas de saúde.

Os traços mais evidentes das relações
que se estabelecem em situações
desse tipo são o didatismo e a
assimetria expressa na ação que parte
do profissional de saúde na condição de
“educador” em direção ao usuário dos
serviços de saúde na condição de
“educando”.
O didatismo ocorre na medida em que essas
atividades tendem a ser desenvolvidas sem
considerar as situações de risco de cada
comunidade e sem levar em conta o conjunto
das ações de saúde desencadeadas nesse
sentido, ou seja, desenvolvem-se
aparentemente como um fim em si mesmas.

A eficácia da educação em saúde
estruturada nestes termos estaria assentada
apenas naqueles aspectos relativos a
conteúdos e tecnologias de ensino, sem
questionar os seus resultados em termos
individuais e coletivos e até mesmo, sem
estabelecer a vinculação dos problemas de
saúde de grupos sociais específicos com as
suas condições reais de vida.
A assimetria diz respeito ao fato de que
essas práticas educativas realizam-se na
perspectiva da passagem de um saber
ou de uma informação focalizada apenas
no desenvolvimento de comportamentos
ou hábitos saudáveis, onde os
profissionais da saúde figuram como “os
que sabem” e os usuários dos serviços
desenvolvem o papel “dos que
desconhecem”, negando o diálogo como
fundamento dessa relação, visto que o
saber da clientela nem sempre é
considerado como carregado de
importância e de significado para a
equipe de saúde.

Ou, então, como afirma Morin, o diálogo
possível, neste caso, é aquele que não
reconhece para o outro a mesma
dignidade (Morin. 2004).
Com isto, não negamos em
definitivo as atividades “formais”
de educação em saúde, mas
apontamos para o fato de
que a educação é uma dimensão
das práticas de saúde.

 Ou seja as práticas de saúde são
práticas educativas por que se
estruturam como um processo de
trabalho, que supõe sempre a
transformação de um objeto em um
novo objeto, seja este material, seja
uma idéia, uma consciência, uma
mentalidade, um valor.
Én o trabalho em saúde que os
profissionais deste campo,
os grupos sociais usuários da
rede de serviços e os gestores
adquirem identidade.

 Isto é, se constituem como
sujeito em relação.

Relação que impõem sempre a
presença do outro
(Mendes Gonçalves.1994).
Portanto, independentemente dos
momentos formais de ensino/
aprendizagem contidos nas nossas
práticas de saúde.

O modelo de atenção à saúde
predominante na sociedade
brasileira (estrutura, processos e
relações) está fundado em um
Projeto político-pedagógico,
explícito ou não, que tende a
reproduzir a maneira como a
sociedade brasileira está
estruturada, assim como as
relações sociais, relações de
trabalho, que lhes são
características.
O trabalho em saúde, demarca um espaço
parcial do processo geral e permanente de
construção da sociedade.

Por isso também é visto como uma prática
social, porque se desenrola tendo por
finalidade a produção e reprodução da
sociedade e só por isso constitui, também,
uma prática educativa.

Nesse sentido, o espaço da saúde
materializa-se com base em distintos
projetos, que visam à transformação de
uma situação de saúde em uma nova
situação, orientados por diferentes
concepções de mundo e de homem.
Isto implica por sua vez que,
além da transformação da
situação de saúde da
sociedade brasileira, impõe-
se ao trabalhador da saúde a
necessidade de uma
permanente transformação
da consciência sanitária dos
brasileiros, de modo a torná-
la consentânea com o projeto
de uma nova sociedade.
O agir em saúde não é um que fazer
neutro.

 O trabalho em saúde como prática
social, contém uma dimensão
política e ideológica, sempre
referidas a um projeto de sociedade,
o que implica um comprometimento
ético por parte de todos o sujeitos
em relação neste campo, sejam eles
os grupos sociais usuários da rede
de atenção à saúde, os profissionais
das equipes de saúde, os gestores
(Mehry et alli. 2003).
Dessa forma, se é verdade que nos
educamos e nos constituímos como
sujeitos mediante as relações
sociais que estabelecemos, no
campo da saúde a construção da
nossa individualidade; a emergência
da nossa consciência sanitária; o
sentimento de pertinência a um
grupo social específico dependerá
da qualidade das práticas de
atenção à saúde expressas nas
suas estruturas físicas, nos seus
processos, e nas relações
usuários/equipes/gestores.
Nestes termos, a prática educativa em saúde amplia-
se, visto que ultrapassa uma simplex relação de
ensino/aprendizagem didatizada e assimétrica;

Extrapola o cultivo de hábitos e Diretrizes de Educação
em Saúde Documento base comportamentos
saudáveis.

 Incorpora a concepção de direção e intencionalidade,
visando à um projeto de sociedade; será sempre
construída tendo por referência situações de saúde de
um grupo social ou de uma classe específica.

Supõe uma relação dialógica pautada na
horizontalidade entre os seus sujeitos;

Recoloca-se como atribuição de todo o trabalhador de
saúde. Isto porque não são as atividades formais de
ensino que educam, mas sim, as relações mediante as
quais, num processo de trabalho, transformamos a
nossa consciência em uma nova consciência.
Dito isto, aos trabalhadores da
saúde impõe-se a necessidade
de um comprometimento ético,
diante do qual cada um deles
revela-se como detentor da
função de sistemazador da
situação de saúde em favor de
grupos sociais específicos,
supondo-se nessa relação o
estabelecimento de vínculos de
identidade, pertinência ou de
solidariedade. (Gramscci.1982).
Diretrizes de Educação em
Saúde
Visando à Promoção da Saúde

           “A Educação em Saúde se
           constitui como um conjunto de
           práticas pedagógicas e sociais,
           de conteúdo técnico, político e
           científico, que no âmbito das
           práticas de atenção à saúde deve
           ser vivenciada e compartilhada
           pelos trabalhadores da área,
           pelos setores organizados
           da população e consumidores de
           bens e serviços de saúde”
A Educação em Saúde é
uma prática social, cujo
processo contribui para a
formação da consciência
crítica das pessoas a respeito
de seus problemas de saúde,
a partir da sua realidade, e
estimula a busca de soluções
e organização para a ação
individual e coletiva;
um sistema baseado na participação
das pessoas visando à mudança
(transformação) de determinada
situação, rompendo com o paradigma
da concepção estática de educação
como transferência de conhecimentos,
habilidades e destrezas;


• O reforço da ação comunitária
que privilegia o município como local
para o desenvolvimento de ações
intersetoriais e de promoção da saúde,
permitindo uma maior influência na
definição de prioridades;
A prática de saúde, enquanto
prática educativa, tem por
base o processo de capacitação
de indivíduos e grupos
para atuarem sobre a realidade
e transformá-la;

 “A prática educativa parte do
princípio de respeitar o universo
cultural das pessoas e as
formas de organização da
comunidade, considera que
todas as pessoas acumulam
experiências, valores, crenças,
conhecimentos e são
detentoras de um potencial para
se organizar e agir.”
“A dimensão educativa é
inerente aos processos de
trabalho em saúde, seja ao nível
da sua formalização nas
práticas pedagógicas
reconhecidas por sua
delimitação ao espaço da escola
ou dos serviços de assistência à
saúde, mas também pela saúde e
educação constituírem-secomo
práticas sociais que se articulam
na vida de todo ser humano.”
Metodologia

  A Educação em Saúde utiliza
  métodos e processos participativos
  e problematizadores, preconizados
  e consolidados, buscando práticas
  inovadoras a partir da realidade
  num processo dialógico e
  horizontalizado de construção e
  reconstrução compartilhada do
  conhecimento e na ação coletiva
  para a transformação social.
Os profissionais             E à medida que vão
dos serviços, os parceiros   transformando-a, os sujeitos se
e a população são sujeitos   transformam dentro deste
(atores), que debruçados     processo, num respeito mútuo
sobre a realidade procuram   de saberes (científico e popular)
conhecê-la, compreendêla,    que não sobrepõe um ao outro
desvendá-la e atuar sobre    mas, se reconstroem.
ela para transformá-la.
Esta metodologia valoriza    a) na reflexão sobre aspectos
as experiências e            de sua realidade (problemas
conhecimentos                de saúde, habitação, produção,
vividos, bem como            renda, educação, saneamento,
os valores étnico-culturais  meio ambiente entre outros);
em consonância com os atores,
princípios e diretrizes do   b) na busca das causas dessa
SUS “num processo de diálogo,realidade;
envolvendo as pessoas:
                             c) no desenvolvimento de um
                             plano de ação para solucionar
                             os problemas identificados
                             pelos grupos;”

                             d) na organização de um grupo
                             permanente para execução
                             e avaliação das ações de
                             continuidade.
• Apoiar tecnicamente estados e municípios na         Diretrizes
elaboração, implementação e avaliação de
projetos de Educação em Saúde e Mobilização           operacionais
Social e no exercício do controle social nas
diversas etapas de planejamento, implantação e
operação das obras e serviços de engenharia de
saúde pública, no âmbito do SUS e seu
subsistema.



• Promover ações educativas às comunidades
de interesse das políticas públicas de governo,
que busquem a construção e reconstrução de
conhecimentos e o controle social, utilizando
metodologias participativas/problematizadoras,
respeitando os princípios étno-culturais, os atores
do processo e em consonância com os princípios
e diretrizes do SUS;
• Realizar diagnóstico situacional,
                                      considerando o perfil demográfico,
                                      social, econômico, cultural,
                                      epidemiológico, a acessibilidade
                                      geográfica, organizacional e de
                                      comunicação de forma participativa,
                                      articulando as lideranças municipais e
                                      locais, formalmente constituídas;



• Promover processos educativos com pessoas e grupos para serem
agentes transformadores da realidade, assegurando a sustentabilidade dos
projetos implantados e o fortalecimento do controle social;

• Utilizar a Internet e outros veículos de comunicação como instrumentos de
Educação em Saúde;

• Avaliar continuamente as ações educativas junto aos projetos de
saneamento ambiental e de saúde indígena e outras populações
Desenvolver, juntamente com as comunidades beneficiadas ações
educativas em articulação com gestores e profissionais envolvidos, tendo
em vista a atuação co-responsável de todos e a sustentabilidade do projeto,
inclusive estabelecendo indicadores;

• Promover ações educativas considerando as formas de organização e
fóruns de discussão e de controle social já existentes nas comunidades;

• Fomentar a participação dos órgãos de controle social na elaboração,
implementação e avaliação dos projetos de Educação em Saúde nas ações
de Saneamento Ambiental nos estados e municípios.
Criar mecanismos para a avaliação das
                                 ações de Educação
                                 em Saúde desenvolvidas na perspectiva
                                 da promoção da saúde das comunidades
                                 contempladas com projetos de
                                 Saneamento Ambiental.




Promover as ações educativas de forma a
contribuir para o fortalecimento dos
conselhos locais de Saúde e
os conselhos de saúde indígena.

• Incentivar a participação das
comunidades no exercício do controle
social em todas as etapas dos Projetos de
Educação em Saúde.
Competências da Educação em Saúde



               • estabelecer pactos de gestão, com as
               diretrizes gerais estabelecidas pelo nível
               central, e implementá-los;

               • garantir a transversalidade das ações de
               Educação em Saúde

               • definir e implementar com as áreas
               técnicas de saneamento e saúde indígena o
               componente Educação em Saúde, nos
               diversos projetos, programas e materiais
               educativos sob suas responsabilidades,
               bem como nos processos de capacitação
               de pessoas para este fim.
articular o intercâmbio de metodologias inovadoras
e de experiências bem sucedidas das ações de
Educação em Saúde, junto às instituições
estaduais, municipais, movimentos sociais e
organizações não governamentais.

• promover articulação das ações de Educação em
Saúde e Mobilização Social com as Secretarias
Estaduais de Saúde – SES, Secretarias Municipais
de Saúde – SMS e outros órgãos e instituições
afins;

• promover o desenvolvimento de ações de
Educação em Saúde junto ao Estado e municípios,
adotando uma linha que impulsione o conceito
de saúde e tendo a promoção da saúde como
estratégia;
participar dos planejamentos das ações de Educação
em Saúde junto ao nível central e atuar articuladamente;

• elaborar o planejamento com previsão orçamentária dos
projetos e programas das ações de Educação em Saúde
e Mobilização Social

• apoiar tecnicamente os gestores e representantes das
comunidades na elaboração, implementação e avaliação
de Projetos e Ações de Educação em Saúde
Mobilização Social, fortalecendo o controle social.

• fomentar a participação e organização comunitária, por
intermédio de Projetos, Programas e ações de Educação
em Saúde e Mobilização Social, na Implantação das
diversas ações de saneamento e de atenção integral à
saúde indígena;
planejar, executar, monitorar e avaliar os projetos
de Educação em Saúde e Mobilização Social nas
áreas indígenas, populações vulneráveis em
áreas metropolitanas, projetos especiais e outros,
de forma compartilhada com os municípios,
instituições parceiras e segmentos organizados;

• promover o intercâmbio intra e interinstitucional
de metodologias inovadoras e de experiências
bem sucedidas das ações de Educação em
Saúde, bem como com os movimentos sociais e
de educação popular em saúde.
Gestão Colegiada – Plano de Ação
P R O J E TO :
F A Z D IF E R E N Ç A
AC AB AR C OM A
IN D IF E R E N Ç A E J
       EMPLO
SAÚDE COLETIVA: ÊNFASE
EM SAÚDE DA FAMÍLIA
RELAÇÕES DE GÊNERO
Os Direitos Humanos não são um
 dado, mas um construído, uma
invenção humana, em constante
    processo de construção e
          reconstrução.
         Hannah Arendt
   PACTO NACIONAL DE
    ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
    CONTRA AS MULHERES
   objetivo: prevenir e enfrentar todas as
    formas de violência contra as
    mulheres.
   desenvolvimento de um conjunto de
    ações a serem executadas no período
    que compreende 2008 a 2011.
   implementar ações nas diferentes
    esferas da vida social;

   combate aos efeitos da violência,assim
    como a prevenção, atenção, proteção e
    garantia dos direitos e combate à
    impunidade dos agressores;

   promoção de mudanças na superação
    das desigualdades.
 Objetivos específicos:
 Reduzir os índices de violência
  contra as mulheres;
 Promover mudança cultural,
  disseminando atitudes igualitárias
  e valores éticos de irrestrito
  respeito às diversidades de
  gênero e de valorização da paz;
 Garantir e proteger os direitos
  das mulheres em situação de
  violência, considerando as
  questões raciais, étnicas,
  geracionais, de orientação
  sexual, de deficiência e de
  inserção social, econômica e
  regional.
REDE
A palavra rede tem sido muito
usada na referência a relação
entre instituições sociais, em
várias áreas do conhecimento.
(Scisleski; Maraschin)


Empregada como operadora de
políticas públicas e propostas
de intervenção, como se sua
utilização garantisse
consensualidade de sentido.
 Ou   seja, usada com muita liberdade,
    parecendo não implicar em maiores
    aprofundamentos teóricos.



    Serres aponta duas dimensões
    diferentes e complementares da noção
    de rede: uma ontológica e uma
    topológica
 Ontológica:   espécie de usina produtora
  de sentidos, de objetos, de posições
  subjetivas, de instituições, de práticas e
  de saberes.
 Definida pela sua estrutura -seu operar
  intensifica circuitos recorrentes,
  produzindo coerências operacionais,
  estabilizando sentidos e configurando
  objetos, posições subjetivas e
  instituições.
 Topológica:modo de organização
 espaço-temporal; matriz sócio-técnica
 que estabelece fluxos e recorrências
 entre seus nós, podendo ser mapeável
 ao configurar vizinhanças e fronteiras.

 opera como ferramenta ou tecnologia
 social, na medida em que uma rede
 pode ser desenhada, projetada,
 realizada.(MORAES, op. cit.; MUSSO, 2004)
 Musso (2004) conceitua como um
 modelo de raciocínio; ao passo que, no
 viés da topologia, ela seria uma forma
 de organização do espaço-temporal,

 confirmando a idéia de uma matriz
 sócio-técnica. Uma técnica que faz
 vínculos e é um operador político-moral
 que produz sentidos.
 Serres  conceitua como pluralidade
  de pontos ligados entre si por uma
  diversidade de caminhos.
 Nenhum ponto é privilegiado em
  relação a outro – virtualmente
  conectado aos demais.
 O operar produz diferenças que
  resultam em distintas potências de
  cada ponto.
 Características   que também valem para
    os caminhos.

 Sinteticamente,   um ponto pode ser uma
    intersecção de duas ou mais vias,

    ao passo que um caminho pode ser
    visto como uma relação constituída a
    partir da correspondência entre duas
    intersecções.
 Muitas possibilidades e, no desenvolvimento,
  chega-se a uma determinação cada vez
  maior, que, progressivamente, levará a um
  impasse ou, mais comumente, ao xeque-
  mate.
 a disposição se modifica, também a
  potencialidade, pois a configuração pode
  adquirir maior ou menor poder.

   Os arranjos são temporários e implicam a
    transformação global da situação espaço-
    tempo em que aparecem.
   A dinâmica operatória pode ampliar
    ramificações, construir limites, vizinhanças,
    fechamentos e, portanto, definir um dentro e
    um fora, sendo passível de ser perturbada.

    Ao mesmo tempo, numa perspectiva
    ontológica, os paradigmas e as políticas das
    relações que se estabelecem também são
    emergências do operar das redes – eles não
    estão fora das conexões em que se
    constituem.
A   topologia assumida pelas redes
  resulta e produz, ao mesmo tempo,
  saberes e implicações políticas.
 as conexões podem ser tomadas como
  modos de articulação política e
  paradigmática, retroagindo sobre as
  mesmas, modulando-as.
 Algumas configurações podem
  enrijecer-se, cristalizando-se,
  transformando-se estrutura rígida,
  descaracterizando a rede - equipotente.
 Desta   operação, pode ocorrer a
  formação de um “curto-circuito”.
 somente quem está conectado (está na
  rede) tem a possibilidade de operar em
  rede.
 As instituições -nós das redes-
  qualificam a condição de potência -
  virtualmente em uma rede todos os nós
  se conectam.
 A virtualidade não está necessariamente
  atualizada nas redes concretas
 nem sempre os nós funcionam articulados,
  originam interrupções, fazendo circular fluxos
  por diferentes percursos
 Assim, necessidade de abranger as duas
  dimensões de rede;
 Para compreender a configuração de rede há
  de se estudar seus desenhos, sua topologia:
  acessos, fechamentos, vizinhanças,
  fronteiras.
 Loiola& Moura, apontam que os fios e
 as malhas dão a forma básica da rede
 e, que os fios podem corresponder às
 linhas ou às relações entre atores e
 organizações, os quais representariam
 as malhas ou os "nós". (1997, p. 54)

 As redes sociais permitem o exercício
 da solidariedade em situações diversas,
 principalmente em casos específicos de
 violência doméstica.
PAPEL DAS REDES SOCIAIS PRIMÁRIAS,
   SECUNDÁRIAS E INTERMEDIÁRIAS FRENTE A
        VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
A rede é um tecido de relações e interações
  que se estabelecem com uma finalidade
Interconectam-se por meio de linhas de ação
  ou trabalhos conjuntos;
Os pontos de rede podem ser pessoas,
  instituições ou grupos;
Os diferentes tipos tem uma função na vida
  de cada pessoa, em particular para as
  mulheres em situação de violência.
REDE SOCIAL PRIMÁRIA
Todas as relações significativas que uma
  pessoa estabelece ao longo da vida;
Cada pessoa é o centro de sua própria rede,
  composta por familiares, vizinhos(as),
  amigas, conhecidas, colegas de trabalho,
  organizações das quais participa;
A socialização começa na infância - importante
  para o desenvolvimento da identidade
  individual e coletiva.
As redes permitem o exercício da
 solidariedade, principalmente quando
 há ameaças, riscos, acidentes, coletivos
 ou individuais.
Em determinados momentos, são as
 redes sociais primárias, que garantem a
 proteção, moradia e sobrevivência.
REDES SOCIAIS SECUNDÁRIAS
Formadas por profissionais e funcionários de
 instituições públicas ou privadas; organizações
 sociais, organizações não governamentais, grupos
 organizados de mulheres, associações comunitárias
 comunidade. Fornecem atenção especializada,
 orientação e informação.

Redes sociais intermediárias - constituídas por pessoas
  que receberam capacitação especializada-
  Prevenção e apoio.

AMBAS: atuação coletiva de grupos, instituições e
  pessoas que defendem interesses comuns. Podem
  ter grande poder de mobilização e articulação para
  atingir seus objetivos.
IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS PARA AS
       MULHERES QUE SOFREM VIOLÊNCIA

Porque a prevenção e o tratamento dos problemas
  decorrentes da violência exigem atuação integrada e
  articulada de vários setores, garantindo a qualidade
  da atenção e da resolução dos problemas.

Não tem sentido a atuação isolada de qualquer setor

Cada instância tem um papel, importante, no
  encaminhamento dos problemas apresentados pelas
  vítimas e a desarticulação prejudica o desempenho
  de todos e dificulta o acesso das mulheres aos
  direitos legalmente;
No caso de vítimas de violência sexual, a consulta
  médica imediata é condição obrigatória para a
  prevenção de DSTs, da gravidez e
  (conseqüentemente) do aborto pós-estupro.
O   segundo aspecto diz respeito à
  dificuldade das vítimas denunciarem a
  violência ou procurarem ajuda.
 Nada disso se passa por decisão da
  pessoa agredida. Ao contrário, ela está
  nessas condições porque não encontra
  meios de reagir, seja porque acredita
  que o agressor tem direitos sobre ela,
  sendo pai ou companheiro, pelo medo
  das ameaças, por vergonha de
  enfrentar a situação ou por não saber a
  quem ou aonde pedir ajuda.
Portanto, necessidade de uma articulação forte
  entre os setores de saúde, justiça, segurança
  e com as instituições de assistência social,
  garantindo integridade corporal, alimentação,
  moradia, educação, saúde;
Redes de atendimento a vítimas de violência,
  são ex.: POA, BH, Floripa e São Luiz do
  Maranhão.
Em cada local as redes têm características
  próprias que dependem do processo de
  criação e das instituições e pessoas
  envolvidas
“Articulando Redes integradas de Serviços e
  Controle Social sobre a Violência contra a
  Mulher nos Municípios.”
A importância da rede na
construção de um novo olhar para o diferente.

Articular os serviços já existentes em uma rede.
  (vítimas e profissionais responsáveis pelo
  atendimento).
 buscando   fortalecer os serviços de
  atendimento à mulher,
 desenvolvendo nos profissionais das
  áreas de segurança, saúde, assistência
  social, consultoria e jurídica a noção de
  escuta competente e afetiva -
  humanização e eficácia da intervenção-
 Prestar serviços de atendimento às
  mulheres vítimas de violência
  doméstica de forma integrada.
formada por profissionais e representantes de
  instituições públicas estaduais e municipais e
  da sociedade civil organizada (ONG’s, grupos
  organizados de mulheres, conselhos de
  direitos, associações comunitárias e outras)
  que oferecem atenção especializada,
  orientação e informação .
Criar estratégias de integração e
  complementaridade entre serviços de
  atendimento à violência de gênero, sexual e
  doméstica, visando potencializar a qualidade
  e o alcance do atendimento e da prevenção
 Fortalecer os serviços de atendimento às
  vítimas de violência, e tirá-las da solidão,
  implica em desenvolver no profissional uma
  escuta competente e afetiva.
 Através dos serviços disponíveis, a Rede
  deve enfocar atenção à mulher vítima de
  violência doméstica.
 Proposta que o atendimento se estenda ao
  autor/ agressor e aos familiares, através de
  práticas restaurativas, terapêuticas e
  conciliatórias - desencadear efeitos inibidores
  da reincidência dessa violência.
Realizar Ciclos de Conferências,
 objetivando uma nova visão através de
 experiências de sucesso na resolução
 dos problemas relativos a violência
 doméstica; como também, adequar
 essas experiências a realidade de
 forma a fortalecer os serviços
 pertencentes à Rede.
DESAFIO: fazer valer essas conquistas,
  de maneira firme e contundente,
  traduzidas em alterações sentidas no
  nosso cotidiano.
ISSO SIGNIFICA: manter, ampliar e
  aperfeiçoar os direitos e os espaços
  das mulheres, qualificando ainda mais a
  discussão de gênero como ponto
  importante e estratégico na promoção
  da justiça social.
   Hoje, contamos com a forte participação de um
    Estado e de uma sociedade comprometidos com
    essa mudança e sensíveis à emergência das
    questões de gênero, assim como de todos os outros
    segmentos.
   O comprometimento que presenciamos hoje no que
    diz respeito ao Governo Federal manifesta-se não só
    por meio de ações específicas, como na criação de
    uma secretaria nacional vinculada à questão da
    mulher. Ultrapassa essa dimensão em razão do
    reconhecimento de que as discriminações e
    desigualdades de gênero, na verdade, acentuam
    problemas sociais, muitos deles estruturais.
   É fato: nós somos as primeiras a sentir a
    precarização da rede social . Se não há
    presença do Estado, toda responsabilidade
    social recai sobre a mulher, a começar pelos
    cuidados com a família.


   Ao assumir efetivamente sua
    responsabilidade na área social, o Estado
    reforça um conjunto de serviços
    tradicionalmente destinados às mulheres.
 A Lei Maria da Penha representa um avanço
  no enfrentamento da violência doméstica e
  familiar contra a mulheres;
 determina que a política pública para essa
  questão deve fazer-se por meio de um
  conjunto articulado de ações da União,
  Estados e Municípios e de ações não-
  governamentais,
 integração operacional do Poder Judiciário,
  do Ministério Público e da Defensoria Pública
  com segurança pública, assistência social,
  saúde, educação, trabalho e habitação, a fim
  de garantir proteção integral à mulher.
   A efetiva implementação da Lei Maria da Penha
    requer a formação de uma Rede de Atendimento à
    Mulher em Situação de Violência, ;
   com levantamento de todos os serviços de
    atendimento à mulher já existentes;
   a elaboração de procedimentos articulados de
    funcionamento desses serviços;
   a indicação de fluxos de atendimento integrado pelas
    redes locais;
    institucionalização da rede, contando com
    programas permanentes de qualificação e
    capacitação dos profissionais que a integram
    divulgação pública para que todos tenham
    conhecimento de sua existência e funcionamento.
 Para  o regular fluxo de atendimento na
  Rede, dotar as delegacias de defesa da
  mulher, de melhor estrutura material e
  recursos humanos;
 A sociedade civil e serviços
  integradores devem somar esforços
  para cobrar do Poder Público essa
  dotação, inclusive para a ampliação do
  horário de atendimento.
   O MP- impulsionador a criação e institucionalização
    da Rede de Atendimento, com medidas pertinentes, e
    com o auxílio da sociedade civil - atuar na
    fiscalização para o seu eficaz funcionamento.
   A partir das medidas de proteção, implantar medidas
    de prevenção, promovendo de programas
    educacionais e campanhas educativas voltadas ao
    público escolar e à sociedade em geral,
   trabalhar para a mudança cultural- interromper o ciclo
    de violência;
   a partir da valorização da auto-estima e do
    fortalecimento da mulher como sujeito de direitos e
    que toda forma de violência doméstica e familiar
    contra ela seja vista por toda a sociedade como
    prática moralmente inaceitável.
 Fortalecer e integrar os serviços já existentes;
 Implantar novas formas de atendimento;

 criação de Juizados Especiais, com equipes
  multidisciplinares nos Fóruns, para orientação
  e tomada das providências necessárias às
  vítimas.
 Ampliação de Casas- Abrigo, inclusão desse
  artigo na previsão orçamentária das três
  esferas de governo.
 e, construir formas de tratar o agressor para
  que se consiga romper o ciclo de violência
  em todos os seus aspectos.
Um conjunto de ações deliberadas para
 promover o combate efetivo à violência
 contra a mulher, envolvendo a
 sociedade civil, instituições e
 movimentos sociais, estruturando toda
 a rede de proteção e combate aos atos
 de violência contra a mulher em todas
 as suas modalidades.
Esta é a essência do Pacto de
 Enfrentamento à Violência Contra a
 Mulher
‘Lei Maria da Penha’ aumenta o rigor das
  punições para agressões contra a mulher
  ocorridas em âmbito doméstico ou familiar, e
  a consolidação dos serviços especializados
  da rede de enfrentamento à violência contra a
  mulher.
Também, a proteção dos direitos sexuais,
  reprodutivos e enfrentamento da feminização
  da Aids,
combate à exploração sexual de crianças e
  adolescentes, do tráfico de mulheres, e da
  promoção dos direitos humanos das
  mulheres em situação de prisão.
 Três dimensões que lhe conferem um papel
  social transformador:
 Educação, que é a estratégia mais eficaz na
  perspectiva da prevenção da violência de
  gênero que atinge, inexoravelmente, as
  mulheres;
 Implementação de políticas públicas voltadas
  para garantir acesso universal das mulheres
  em situação de violência a serviços
  qualificados e, por conseguinte, preparados
  para lidar com as complexidades inerentes à
  problemática;
 difusão da questão da violência praticada
  cotidianamente contra as mulheres como um
  problema das diferentes sociedades políticas.
 Esta  intersetorialidade é demarcada por
  uma linha política clara que preconiza a
  ampliação da acessibilidade aos
  serviços;
 qualificação dos espaços de
  atendimento e da preparação de
  profissionais da segurança pública, do
  judiciário e da assistência social para o
  cumprimento dos dispositivos
  enunciados na legislação.
 As  redes, sejam sociais, primárias ou
  secundárias, tem demonstrando que a
  sociedade tem estabelecido, cada vez
  mais, redes de saberes e práticas no
  enfrentamento às situações de
  exclusão que se perpetuam.
 A rede é fundamental no trabalho de
  fortalecimento das mulheres em
  situação de violência doméstica.
REDE DE PROTEÇÃO À MULHER EM SITUAÇÃO DE
                VIOLÊNCIA
 interação entre os serviços sociais, de saúde,
  delegacias, casas-abrigos, IML,
 surgiram as primeiras parcerias

 em alguns estados e municípios foram
  formalizados papéis e vínculos entre os
  serviços, articulando a rede de atendimento.
 Recomendado pelas experiências mundiais e
  locais, correspondendo ao conceito de
  colaboração e integração de serviços que
  visam à assistência integral
 Apenas em janeiro de 2003, é que foi
  constituída a Secretaria Especial de Políticas
  para as Mulheres (SPM), da Presidência da
  República, como referência governamental na
  elaboração e execução de políticas e
  articulações da igualdade de gênero no
 destacando o compromisso com o Programa
  de Prevenção, Assistência e Combate à
  Violência contra a Mulher.
 Em 2004, foi elaborado o Plano Nacional de
  Políticas para as Mulheres (PNPM) que
  propõe a promoção da igualdade de gênero.
EXEMPLO DE ESTRUTURA DA REDE

   Comitê Gestor de Segurança e Qualidade de
    Vida, Brigada Militar , Delegacias de Polícia
    de Defesa da Mulher (DDM), Plantão Policial,
    Conselho Tutelar, Secretaria Municipal de
    Saúde através de: Unidades Básicas de
    Saúde Municipais (UBS), PIM, Serviço de
    Urgência e Emergência Hospitalar, CAPs,
    Pronto Atendimentos, Secretaria de Estado
    da Saúde, Secretaria Municipal do Bem-estar
    Social através do: Centro de Referência para
    Mulher em situação de violência; CMDM –
    Conselho Municipal de Direitos da Mulher;
    OAB Subsecções; Núcleo de Direitos
    Humanos e Cidadania.
PRINCÍPIOS NORTEADORES
 Problema de saúde pública

 Urgência no cuidado/ antes de 72hs.

 Trabalhar em rede

 A violência é uma problema de saúde pública,
  física, mental,social e civil.
 Cuidar de mulheres, crianças, adolescentes e
  homens.
 Contribuir na construção de políticas públicas
  eficientes
REDE DE CUIDADOS INDIRETOS

Secretaria de Educação - Escolas, Creches,
EMEIS
Secretarias de Cidadania,Trabalho,
Assistência e Inclusão Social
ABRIGO DE MULHERES - CRAS
Secretaria de Cooperação nos Assuntos de
Segurança Pública - Guarda Municipal
Instituto de Medicina Legal (IML)
Delegacias e Postos de Defesa da Mulher
Delegacias de Polícia
Conselhos de: Saúde,Direitos da mulher, Da
Criança e Adolescente.
REDE DE CUIDADOS INDIRETOS
   Conselhos tutelares
   Vara da infância e adolescência
   Serviço– Atendimento gratuito por
    telefone dos Municípios
   Serviços de psicologia e assistência
    jurídica
   Associações de Mulheres
   Centro de Educação dos
    Trabalhadores da Saúde
   REDE DE CUIDADOS DIRETOS
 Prontos Socorros infantil e adulto
 Serviço de Emergência Referenciada
 Prontos Socorros
 Centros de Saúde
 CAPS
 Coordenadorias de Vigilância à saúde.
 Distritos de Saúde
 SAMU - Serviço de Atendimento Médico de
  Urgência
 Centros de Referência de
  DST/AIDS/COAS/CTA
 Centro de Referência e Assistência Integral
  á Saúde da Criança e Adolescente.
REDE DE CUIDADOS DIRETOS
Acolher a vítima,identificar a queixa
Colher sorologias, sêmen.
Administrar pílula do dia
seguinte,antibioticoterapia e coquetel anti – HIV,
Fazer vacina contra hepatite /Norma técnica do
MS
Orientar sobre a realização do BO
Encaminhar para para acompanhamento.
Encaminhar para Centros de Saúde para receber
Projeto Terapêutico
Realizar abortamento garantido por lei –
Portaria do MS/ Código penal
REDE DE CUIDADOS DIRETOS
Centros de Saúde
Acolher a vítima,
Identificar a queixa
Garantir o sigilo e a não revitimização.
Conversar com a equipe ( nunca resolver nada
sozinho)
Desenvolver o cuidado específico
Orientar as questões de direitos e proteção
Encaminhar para o serviço indicado
Notificar ao conselho tutelar
Notificar no SISNOV
Desenvolver projeto terapêutico singular
ORGANIZANDO REDES LOCAIS Este texto foi escrito com base no
   documento:Redes Locales Frente a la Violencia Familiar - Série:
   Violencia Intrafamiliar y Salud Publica. Documento de Análise nº 2. La
   Asociación de Solidaridad para Países Emergentes (ASPEm) / OPAS,
   Perú, Junho de 1999.
(Grossi, Tavares, Oliveira (PUC RS)
MORAES, Márcia Oliveira. O Conceito de Rede na Filosofia Mestiça.
   Revista Informare, São Paulo, v. 6, n.1, p. 12-20, 2000.
MUSSO, Pierre. A Filosofia da Rede. In: PARENTE, André (Org.).
   Tramas da Rede. Porto Alegre: Sulina, 2004.
SCISLESKI,A., MARASCHIN, Cleci. Redes Sociais e Internação
   Psiquiátrica: paradoxos nas políticas de saúde para a juventude.
   Petrópolis: Vozes, 2008.
SERRES, Michel. A Comunicação. Lisboa: Rés, sem data.
TSCHIEDEL, Rose G. Redes Sociais e Políticas Públicas: tecendo uma
   política analítico-institucional. [Tese de Doutorado em Psicologia.
   Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]. São Paulo, 2006.

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Disciplina de seminário saúde coletiva

  • 1. UNIVERSIDADE AMERICANA INSTITUTO DE CAPACITAÇAO PROFESSIONAL POST GRADUAÇAO Seminário temático IV: Educação par a Saúde Coletiva Prof. Dra. Msc CELESTE TELLEZ 2012
  • 2. Participação – Bases conceituais é tomar parte de; assumir o que é seu Educação em Saúde – de direito; é ser sujeito e ator; é assumir o é um processo sistemático, controle contínuo e permanente que social. objetiva a formação e o desenvolvimento da Segundo João Bosco consciência crítica do Pinto, “a participação cidadão, estimulando a real é a que se busca de soluções coletivas identifica com as para os problemas reivindicações da vivenciados e a sua população para “participação real” no assumir parte das exercício do controle social. decisões sociais”.
  • 3. Educação Popular – Busca promover a participação dos sujeitos sociais, incentivando a reflexão, o diálogo e a expressão da afetividade, potencializando sua criatividade e sua autonomia. Educação popular em saúde – volta-se para a promoção da participação social no processo de formulação e gestão da política de saúde, direcionando-se para o cumprimento efetivo dos princípios ético-políticos do SUS: universalidade, integralidade, eqüidade, descentralização, participação e controle social.
  • 4. Educação permanente – estratégia de reestruturação dos serviços, a partir da análise dos determinantes sociais e econômicos, mas sobretudo de valores e conceitos dos profissionais. Propõe transformar o profissional em sujeito, colocando-o no centro do processo ensino-aprendizagem (Mota)” . Mobilização social – “a mobilização ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade, uma sociedade decide e age com objetivo comum, buscando, quotidianamente, os resultados desejados por todos. Por isso se diz que Mobilização Social: é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhado (José Bernardo Toro, 1996)
  • 5. Agir educativo – Segundo documentos do Ministério da Saúde, é ação social que se alimenta do processo de construção de um substrato teórico metodológico de sustentação, de projetos políticos que suscitem a participação da sociedade e de ações capazes de produzirem novos sentidos nas relações entre necessidades de saúde da população e organização do cuidado da saúde.”
  • 6. Promoção da Saúde é um paradigma que ganhou visibilidade com a Carta de Ottawa, ao definir que a melhoria da qualidade de vida é “resultante de um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos, culturais, ambientais, comportamentais e, também, biológicos.” Este conceito foi fortalecido nas demais conferências mundiais de saúde, como: Adelaide; Sundsvall; Bogotá; Jacarta; V Conferência Global sobre Promoção da Saúde, realizada em junho de 2000, na Cidade do México e, mais recentemente, na VI Conferência Global de Promoção da Saúde, realizada em Bangkok8, na Tailândia, em 2005.
  • 7. A finalidade da ação de Educação em Saúde A finalidade da ação de Educação em Saúde é a transformação. Esta ação, como área do conhecimento, contribui de forma decisiva para a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS: universalidade, integralidade, eqüidade, descentralização, participação e controle social. A sua clientela compõe-se de profissionais de saúde, grupos sociais e população em geral, respeitando as suas formas de organização.
  • 8. A Educação em Saúde ocorre nas relações que se estabelecem entre os profissionais de saúde e saneamento e destes com os serviços na sua organização, gestão participativa e escolha dos melhores caminhos a percorrer que suscitem a maior participação da comunidade. Esta participação ganha concretude na comunidade na definição de suas necessidades e formas de atuar; dentro do próprio serviço na democratização do atendimento e da informação à comunidade e seus grupos sociais; e dela com os serviços, quando de posse da informação e no exercício da participação influi nas mudanças necessárias à promoção da saúde e exerce o controle social sobre o sistema.
  • 9. A Educação em Saúde numa Perspectiva Transformadora Uma das concepções mais generalizadas sobre educação e saúde é aquela cujas atividades se desenvolvem mediante situações formais de ensino-aprendizagem, funcionando como agregadas aos espaços das práticas de saúde. Os traços mais evidentes das relações que se estabelecem em situações desse tipo são o didatismo e a assimetria expressa na ação que parte do profissional de saúde na condição de “educador” em direção ao usuário dos serviços de saúde na condição de “educando”.
  • 10. O didatismo ocorre na medida em que essas atividades tendem a ser desenvolvidas sem considerar as situações de risco de cada comunidade e sem levar em conta o conjunto das ações de saúde desencadeadas nesse sentido, ou seja, desenvolvem-se aparentemente como um fim em si mesmas. A eficácia da educação em saúde estruturada nestes termos estaria assentada apenas naqueles aspectos relativos a conteúdos e tecnologias de ensino, sem questionar os seus resultados em termos individuais e coletivos e até mesmo, sem estabelecer a vinculação dos problemas de saúde de grupos sociais específicos com as suas condições reais de vida.
  • 11. A assimetria diz respeito ao fato de que essas práticas educativas realizam-se na perspectiva da passagem de um saber ou de uma informação focalizada apenas no desenvolvimento de comportamentos ou hábitos saudáveis, onde os profissionais da saúde figuram como “os que sabem” e os usuários dos serviços desenvolvem o papel “dos que desconhecem”, negando o diálogo como fundamento dessa relação, visto que o saber da clientela nem sempre é considerado como carregado de importância e de significado para a equipe de saúde. Ou, então, como afirma Morin, o diálogo possível, neste caso, é aquele que não reconhece para o outro a mesma dignidade (Morin. 2004).
  • 12. Com isto, não negamos em definitivo as atividades “formais” de educação em saúde, mas apontamos para o fato de que a educação é uma dimensão das práticas de saúde. Ou seja as práticas de saúde são práticas educativas por que se estruturam como um processo de trabalho, que supõe sempre a transformação de um objeto em um novo objeto, seja este material, seja uma idéia, uma consciência, uma mentalidade, um valor.
  • 13. Én o trabalho em saúde que os profissionais deste campo, os grupos sociais usuários da rede de serviços e os gestores adquirem identidade. Isto é, se constituem como sujeito em relação. Relação que impõem sempre a presença do outro (Mendes Gonçalves.1994).
  • 14. Portanto, independentemente dos momentos formais de ensino/ aprendizagem contidos nas nossas práticas de saúde. O modelo de atenção à saúde predominante na sociedade brasileira (estrutura, processos e relações) está fundado em um Projeto político-pedagógico, explícito ou não, que tende a reproduzir a maneira como a sociedade brasileira está estruturada, assim como as relações sociais, relações de trabalho, que lhes são características.
  • 15. O trabalho em saúde, demarca um espaço parcial do processo geral e permanente de construção da sociedade. Por isso também é visto como uma prática social, porque se desenrola tendo por finalidade a produção e reprodução da sociedade e só por isso constitui, também, uma prática educativa. Nesse sentido, o espaço da saúde materializa-se com base em distintos projetos, que visam à transformação de uma situação de saúde em uma nova situação, orientados por diferentes concepções de mundo e de homem.
  • 16. Isto implica por sua vez que, além da transformação da situação de saúde da sociedade brasileira, impõe- se ao trabalhador da saúde a necessidade de uma permanente transformação da consciência sanitária dos brasileiros, de modo a torná- la consentânea com o projeto de uma nova sociedade.
  • 17. O agir em saúde não é um que fazer neutro. O trabalho em saúde como prática social, contém uma dimensão política e ideológica, sempre referidas a um projeto de sociedade, o que implica um comprometimento ético por parte de todos o sujeitos em relação neste campo, sejam eles os grupos sociais usuários da rede de atenção à saúde, os profissionais das equipes de saúde, os gestores (Mehry et alli. 2003).
  • 18. Dessa forma, se é verdade que nos educamos e nos constituímos como sujeitos mediante as relações sociais que estabelecemos, no campo da saúde a construção da nossa individualidade; a emergência da nossa consciência sanitária; o sentimento de pertinência a um grupo social específico dependerá da qualidade das práticas de atenção à saúde expressas nas suas estruturas físicas, nos seus processos, e nas relações usuários/equipes/gestores.
  • 19. Nestes termos, a prática educativa em saúde amplia- se, visto que ultrapassa uma simplex relação de ensino/aprendizagem didatizada e assimétrica; Extrapola o cultivo de hábitos e Diretrizes de Educação em Saúde Documento base comportamentos saudáveis. Incorpora a concepção de direção e intencionalidade, visando à um projeto de sociedade; será sempre construída tendo por referência situações de saúde de um grupo social ou de uma classe específica. Supõe uma relação dialógica pautada na horizontalidade entre os seus sujeitos; Recoloca-se como atribuição de todo o trabalhador de saúde. Isto porque não são as atividades formais de ensino que educam, mas sim, as relações mediante as quais, num processo de trabalho, transformamos a nossa consciência em uma nova consciência.
  • 20. Dito isto, aos trabalhadores da saúde impõe-se a necessidade de um comprometimento ético, diante do qual cada um deles revela-se como detentor da função de sistemazador da situação de saúde em favor de grupos sociais específicos, supondo-se nessa relação o estabelecimento de vínculos de identidade, pertinência ou de solidariedade. (Gramscci.1982).
  • 21. Diretrizes de Educação em Saúde Visando à Promoção da Saúde “A Educação em Saúde se constitui como um conjunto de práticas pedagógicas e sociais, de conteúdo técnico, político e científico, que no âmbito das práticas de atenção à saúde deve ser vivenciada e compartilhada pelos trabalhadores da área, pelos setores organizados da população e consumidores de bens e serviços de saúde”
  • 22. A Educação em Saúde é uma prática social, cujo processo contribui para a formação da consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de saúde, a partir da sua realidade, e estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e coletiva;
  • 23. um sistema baseado na participação das pessoas visando à mudança (transformação) de determinada situação, rompendo com o paradigma da concepção estática de educação como transferência de conhecimentos, habilidades e destrezas; • O reforço da ação comunitária que privilegia o município como local para o desenvolvimento de ações intersetoriais e de promoção da saúde, permitindo uma maior influência na definição de prioridades;
  • 24. A prática de saúde, enquanto prática educativa, tem por base o processo de capacitação de indivíduos e grupos para atuarem sobre a realidade e transformá-la;  “A prática educativa parte do princípio de respeitar o universo cultural das pessoas e as formas de organização da comunidade, considera que todas as pessoas acumulam experiências, valores, crenças, conhecimentos e são detentoras de um potencial para se organizar e agir.”
  • 25. “A dimensão educativa é inerente aos processos de trabalho em saúde, seja ao nível da sua formalização nas práticas pedagógicas reconhecidas por sua delimitação ao espaço da escola ou dos serviços de assistência à saúde, mas também pela saúde e educação constituírem-secomo práticas sociais que se articulam na vida de todo ser humano.”
  • 26. Metodologia A Educação em Saúde utiliza métodos e processos participativos e problematizadores, preconizados e consolidados, buscando práticas inovadoras a partir da realidade num processo dialógico e horizontalizado de construção e reconstrução compartilhada do conhecimento e na ação coletiva para a transformação social.
  • 27. Os profissionais E à medida que vão dos serviços, os parceiros transformando-a, os sujeitos se e a população são sujeitos transformam dentro deste (atores), que debruçados processo, num respeito mútuo sobre a realidade procuram de saberes (científico e popular) conhecê-la, compreendêla, que não sobrepõe um ao outro desvendá-la e atuar sobre mas, se reconstroem. ela para transformá-la.
  • 28. Esta metodologia valoriza a) na reflexão sobre aspectos as experiências e de sua realidade (problemas conhecimentos de saúde, habitação, produção, vividos, bem como renda, educação, saneamento, os valores étnico-culturais meio ambiente entre outros); em consonância com os atores, princípios e diretrizes do b) na busca das causas dessa SUS “num processo de diálogo,realidade; envolvendo as pessoas: c) no desenvolvimento de um plano de ação para solucionar os problemas identificados pelos grupos;” d) na organização de um grupo permanente para execução e avaliação das ações de continuidade.
  • 29. • Apoiar tecnicamente estados e municípios na Diretrizes elaboração, implementação e avaliação de projetos de Educação em Saúde e Mobilização operacionais Social e no exercício do controle social nas diversas etapas de planejamento, implantação e operação das obras e serviços de engenharia de saúde pública, no âmbito do SUS e seu subsistema. • Promover ações educativas às comunidades de interesse das políticas públicas de governo, que busquem a construção e reconstrução de conhecimentos e o controle social, utilizando metodologias participativas/problematizadoras, respeitando os princípios étno-culturais, os atores do processo e em consonância com os princípios e diretrizes do SUS;
  • 30. • Realizar diagnóstico situacional, considerando o perfil demográfico, social, econômico, cultural, epidemiológico, a acessibilidade geográfica, organizacional e de comunicação de forma participativa, articulando as lideranças municipais e locais, formalmente constituídas; • Promover processos educativos com pessoas e grupos para serem agentes transformadores da realidade, assegurando a sustentabilidade dos projetos implantados e o fortalecimento do controle social; • Utilizar a Internet e outros veículos de comunicação como instrumentos de Educação em Saúde; • Avaliar continuamente as ações educativas junto aos projetos de saneamento ambiental e de saúde indígena e outras populações
  • 31. Desenvolver, juntamente com as comunidades beneficiadas ações educativas em articulação com gestores e profissionais envolvidos, tendo em vista a atuação co-responsável de todos e a sustentabilidade do projeto, inclusive estabelecendo indicadores; • Promover ações educativas considerando as formas de organização e fóruns de discussão e de controle social já existentes nas comunidades; • Fomentar a participação dos órgãos de controle social na elaboração, implementação e avaliação dos projetos de Educação em Saúde nas ações de Saneamento Ambiental nos estados e municípios.
  • 32. Criar mecanismos para a avaliação das ações de Educação em Saúde desenvolvidas na perspectiva da promoção da saúde das comunidades contempladas com projetos de Saneamento Ambiental. Promover as ações educativas de forma a contribuir para o fortalecimento dos conselhos locais de Saúde e os conselhos de saúde indígena. • Incentivar a participação das comunidades no exercício do controle social em todas as etapas dos Projetos de Educação em Saúde.
  • 33. Competências da Educação em Saúde • estabelecer pactos de gestão, com as diretrizes gerais estabelecidas pelo nível central, e implementá-los; • garantir a transversalidade das ações de Educação em Saúde • definir e implementar com as áreas técnicas de saneamento e saúde indígena o componente Educação em Saúde, nos diversos projetos, programas e materiais educativos sob suas responsabilidades, bem como nos processos de capacitação de pessoas para este fim.
  • 34. articular o intercâmbio de metodologias inovadoras e de experiências bem sucedidas das ações de Educação em Saúde, junto às instituições estaduais, municipais, movimentos sociais e organizações não governamentais. • promover articulação das ações de Educação em Saúde e Mobilização Social com as Secretarias Estaduais de Saúde – SES, Secretarias Municipais de Saúde – SMS e outros órgãos e instituições afins; • promover o desenvolvimento de ações de Educação em Saúde junto ao Estado e municípios, adotando uma linha que impulsione o conceito de saúde e tendo a promoção da saúde como estratégia;
  • 35. participar dos planejamentos das ações de Educação em Saúde junto ao nível central e atuar articuladamente; • elaborar o planejamento com previsão orçamentária dos projetos e programas das ações de Educação em Saúde e Mobilização Social • apoiar tecnicamente os gestores e representantes das comunidades na elaboração, implementação e avaliação de Projetos e Ações de Educação em Saúde Mobilização Social, fortalecendo o controle social. • fomentar a participação e organização comunitária, por intermédio de Projetos, Programas e ações de Educação em Saúde e Mobilização Social, na Implantação das diversas ações de saneamento e de atenção integral à saúde indígena;
  • 36. planejar, executar, monitorar e avaliar os projetos de Educação em Saúde e Mobilização Social nas áreas indígenas, populações vulneráveis em áreas metropolitanas, projetos especiais e outros, de forma compartilhada com os municípios, instituições parceiras e segmentos organizados; • promover o intercâmbio intra e interinstitucional de metodologias inovadoras e de experiências bem sucedidas das ações de Educação em Saúde, bem como com os movimentos sociais e de educação popular em saúde.
  • 37. Gestão Colegiada – Plano de Ação
  • 38. P R O J E TO : F A Z D IF E R E N Ç A AC AB AR C OM A IN D IF E R E N Ç A E J EMPLO
  • 39. SAÚDE COLETIVA: ÊNFASE EM SAÚDE DA FAMÍLIA RELAÇÕES DE GÊNERO
  • 40. Os Direitos Humanos não são um dado, mas um construído, uma invenção humana, em constante processo de construção e reconstrução. Hannah Arendt
  • 41.
  • 42. PACTO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES  objetivo: prevenir e enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres.  desenvolvimento de um conjunto de ações a serem executadas no período que compreende 2008 a 2011.
  • 43. implementar ações nas diferentes esferas da vida social;  combate aos efeitos da violência,assim como a prevenção, atenção, proteção e garantia dos direitos e combate à impunidade dos agressores;  promoção de mudanças na superação das desigualdades.
  • 44.  Objetivos específicos:  Reduzir os índices de violência contra as mulheres;  Promover mudança cultural, disseminando atitudes igualitárias e valores éticos de irrestrito respeito às diversidades de gênero e de valorização da paz;  Garantir e proteger os direitos das mulheres em situação de violência, considerando as questões raciais, étnicas, geracionais, de orientação sexual, de deficiência e de inserção social, econômica e regional.
  • 45. REDE A palavra rede tem sido muito usada na referência a relação entre instituições sociais, em várias áreas do conhecimento. (Scisleski; Maraschin) Empregada como operadora de políticas públicas e propostas de intervenção, como se sua utilização garantisse consensualidade de sentido.
  • 46.  Ou seja, usada com muita liberdade, parecendo não implicar em maiores aprofundamentos teóricos.  Serres aponta duas dimensões diferentes e complementares da noção de rede: uma ontológica e uma topológica
  • 47.  Ontológica: espécie de usina produtora de sentidos, de objetos, de posições subjetivas, de instituições, de práticas e de saberes.  Definida pela sua estrutura -seu operar intensifica circuitos recorrentes, produzindo coerências operacionais, estabilizando sentidos e configurando objetos, posições subjetivas e instituições.
  • 48.  Topológica:modo de organização espaço-temporal; matriz sócio-técnica que estabelece fluxos e recorrências entre seus nós, podendo ser mapeável ao configurar vizinhanças e fronteiras.  opera como ferramenta ou tecnologia social, na medida em que uma rede pode ser desenhada, projetada, realizada.(MORAES, op. cit.; MUSSO, 2004)
  • 49.  Musso (2004) conceitua como um modelo de raciocínio; ao passo que, no viés da topologia, ela seria uma forma de organização do espaço-temporal,  confirmando a idéia de uma matriz sócio-técnica. Uma técnica que faz vínculos e é um operador político-moral que produz sentidos.
  • 50.  Serres conceitua como pluralidade de pontos ligados entre si por uma diversidade de caminhos.  Nenhum ponto é privilegiado em relação a outro – virtualmente conectado aos demais.  O operar produz diferenças que resultam em distintas potências de cada ponto.
  • 51.  Características que também valem para os caminhos.  Sinteticamente, um ponto pode ser uma intersecção de duas ou mais vias,  ao passo que um caminho pode ser visto como uma relação constituída a partir da correspondência entre duas intersecções.
  • 52.  Muitas possibilidades e, no desenvolvimento, chega-se a uma determinação cada vez maior, que, progressivamente, levará a um impasse ou, mais comumente, ao xeque- mate.  a disposição se modifica, também a potencialidade, pois a configuração pode adquirir maior ou menor poder.  Os arranjos são temporários e implicam a transformação global da situação espaço- tempo em que aparecem.
  • 53. A dinâmica operatória pode ampliar ramificações, construir limites, vizinhanças, fechamentos e, portanto, definir um dentro e um fora, sendo passível de ser perturbada.  Ao mesmo tempo, numa perspectiva ontológica, os paradigmas e as políticas das relações que se estabelecem também são emergências do operar das redes – eles não estão fora das conexões em que se constituem.
  • 54. A topologia assumida pelas redes resulta e produz, ao mesmo tempo, saberes e implicações políticas.  as conexões podem ser tomadas como modos de articulação política e paradigmática, retroagindo sobre as mesmas, modulando-as.  Algumas configurações podem enrijecer-se, cristalizando-se, transformando-se estrutura rígida, descaracterizando a rede - equipotente.
  • 55.  Desta operação, pode ocorrer a formação de um “curto-circuito”.  somente quem está conectado (está na rede) tem a possibilidade de operar em rede.  As instituições -nós das redes- qualificam a condição de potência - virtualmente em uma rede todos os nós se conectam.
  • 56.  A virtualidade não está necessariamente atualizada nas redes concretas  nem sempre os nós funcionam articulados, originam interrupções, fazendo circular fluxos por diferentes percursos  Assim, necessidade de abranger as duas dimensões de rede;  Para compreender a configuração de rede há de se estudar seus desenhos, sua topologia: acessos, fechamentos, vizinhanças, fronteiras.
  • 57.  Loiola& Moura, apontam que os fios e as malhas dão a forma básica da rede e, que os fios podem corresponder às linhas ou às relações entre atores e organizações, os quais representariam as malhas ou os "nós". (1997, p. 54)  As redes sociais permitem o exercício da solidariedade em situações diversas, principalmente em casos específicos de violência doméstica.
  • 58. PAPEL DAS REDES SOCIAIS PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS E INTERMEDIÁRIAS FRENTE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER A rede é um tecido de relações e interações que se estabelecem com uma finalidade Interconectam-se por meio de linhas de ação ou trabalhos conjuntos; Os pontos de rede podem ser pessoas, instituições ou grupos; Os diferentes tipos tem uma função na vida de cada pessoa, em particular para as mulheres em situação de violência.
  • 59. REDE SOCIAL PRIMÁRIA Todas as relações significativas que uma pessoa estabelece ao longo da vida; Cada pessoa é o centro de sua própria rede, composta por familiares, vizinhos(as), amigas, conhecidas, colegas de trabalho, organizações das quais participa; A socialização começa na infância - importante para o desenvolvimento da identidade individual e coletiva.
  • 60. As redes permitem o exercício da solidariedade, principalmente quando há ameaças, riscos, acidentes, coletivos ou individuais. Em determinados momentos, são as redes sociais primárias, que garantem a proteção, moradia e sobrevivência.
  • 61. REDES SOCIAIS SECUNDÁRIAS Formadas por profissionais e funcionários de instituições públicas ou privadas; organizações sociais, organizações não governamentais, grupos organizados de mulheres, associações comunitárias comunidade. Fornecem atenção especializada, orientação e informação. Redes sociais intermediárias - constituídas por pessoas que receberam capacitação especializada- Prevenção e apoio. AMBAS: atuação coletiva de grupos, instituições e pessoas que defendem interesses comuns. Podem ter grande poder de mobilização e articulação para atingir seus objetivos.
  • 62. IMPORTÂNCIA DAS REDES SOCIAIS PARA AS MULHERES QUE SOFREM VIOLÊNCIA Porque a prevenção e o tratamento dos problemas decorrentes da violência exigem atuação integrada e articulada de vários setores, garantindo a qualidade da atenção e da resolução dos problemas. Não tem sentido a atuação isolada de qualquer setor Cada instância tem um papel, importante, no encaminhamento dos problemas apresentados pelas vítimas e a desarticulação prejudica o desempenho de todos e dificulta o acesso das mulheres aos direitos legalmente; No caso de vítimas de violência sexual, a consulta médica imediata é condição obrigatória para a prevenção de DSTs, da gravidez e (conseqüentemente) do aborto pós-estupro.
  • 63. O segundo aspecto diz respeito à dificuldade das vítimas denunciarem a violência ou procurarem ajuda.  Nada disso se passa por decisão da pessoa agredida. Ao contrário, ela está nessas condições porque não encontra meios de reagir, seja porque acredita que o agressor tem direitos sobre ela, sendo pai ou companheiro, pelo medo das ameaças, por vergonha de enfrentar a situação ou por não saber a quem ou aonde pedir ajuda.
  • 64. Portanto, necessidade de uma articulação forte entre os setores de saúde, justiça, segurança e com as instituições de assistência social, garantindo integridade corporal, alimentação, moradia, educação, saúde; Redes de atendimento a vítimas de violência, são ex.: POA, BH, Floripa e São Luiz do Maranhão. Em cada local as redes têm características próprias que dependem do processo de criação e das instituições e pessoas envolvidas
  • 65. “Articulando Redes integradas de Serviços e Controle Social sobre a Violência contra a Mulher nos Municípios.” A importância da rede na construção de um novo olhar para o diferente. Articular os serviços já existentes em uma rede. (vítimas e profissionais responsáveis pelo atendimento).
  • 66.  buscando fortalecer os serviços de atendimento à mulher,  desenvolvendo nos profissionais das áreas de segurança, saúde, assistência social, consultoria e jurídica a noção de escuta competente e afetiva - humanização e eficácia da intervenção-  Prestar serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica de forma integrada.
  • 67. formada por profissionais e representantes de instituições públicas estaduais e municipais e da sociedade civil organizada (ONG’s, grupos organizados de mulheres, conselhos de direitos, associações comunitárias e outras) que oferecem atenção especializada, orientação e informação . Criar estratégias de integração e complementaridade entre serviços de atendimento à violência de gênero, sexual e doméstica, visando potencializar a qualidade e o alcance do atendimento e da prevenção
  • 68.  Fortalecer os serviços de atendimento às vítimas de violência, e tirá-las da solidão, implica em desenvolver no profissional uma escuta competente e afetiva.  Através dos serviços disponíveis, a Rede deve enfocar atenção à mulher vítima de violência doméstica.  Proposta que o atendimento se estenda ao autor/ agressor e aos familiares, através de práticas restaurativas, terapêuticas e conciliatórias - desencadear efeitos inibidores da reincidência dessa violência.
  • 69. Realizar Ciclos de Conferências, objetivando uma nova visão através de experiências de sucesso na resolução dos problemas relativos a violência doméstica; como também, adequar essas experiências a realidade de forma a fortalecer os serviços pertencentes à Rede.
  • 70. DESAFIO: fazer valer essas conquistas, de maneira firme e contundente, traduzidas em alterações sentidas no nosso cotidiano. ISSO SIGNIFICA: manter, ampliar e aperfeiçoar os direitos e os espaços das mulheres, qualificando ainda mais a discussão de gênero como ponto importante e estratégico na promoção da justiça social.
  • 71. Hoje, contamos com a forte participação de um Estado e de uma sociedade comprometidos com essa mudança e sensíveis à emergência das questões de gênero, assim como de todos os outros segmentos.  O comprometimento que presenciamos hoje no que diz respeito ao Governo Federal manifesta-se não só por meio de ações específicas, como na criação de uma secretaria nacional vinculada à questão da mulher. Ultrapassa essa dimensão em razão do reconhecimento de que as discriminações e desigualdades de gênero, na verdade, acentuam problemas sociais, muitos deles estruturais.
  • 72. É fato: nós somos as primeiras a sentir a precarização da rede social . Se não há presença do Estado, toda responsabilidade social recai sobre a mulher, a começar pelos cuidados com a família.  Ao assumir efetivamente sua responsabilidade na área social, o Estado reforça um conjunto de serviços tradicionalmente destinados às mulheres.
  • 73.  A Lei Maria da Penha representa um avanço no enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulheres;  determina que a política pública para essa questão deve fazer-se por meio de um conjunto articulado de ações da União, Estados e Municípios e de ações não- governamentais,  integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação, a fim de garantir proteção integral à mulher.
  • 74. A efetiva implementação da Lei Maria da Penha requer a formação de uma Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, ;  com levantamento de todos os serviços de atendimento à mulher já existentes;  a elaboração de procedimentos articulados de funcionamento desses serviços;  a indicação de fluxos de atendimento integrado pelas redes locais;  institucionalização da rede, contando com programas permanentes de qualificação e capacitação dos profissionais que a integram  divulgação pública para que todos tenham conhecimento de sua existência e funcionamento.
  • 75.  Para o regular fluxo de atendimento na Rede, dotar as delegacias de defesa da mulher, de melhor estrutura material e recursos humanos;  A sociedade civil e serviços integradores devem somar esforços para cobrar do Poder Público essa dotação, inclusive para a ampliação do horário de atendimento.
  • 76. O MP- impulsionador a criação e institucionalização da Rede de Atendimento, com medidas pertinentes, e com o auxílio da sociedade civil - atuar na fiscalização para o seu eficaz funcionamento.  A partir das medidas de proteção, implantar medidas de prevenção, promovendo de programas educacionais e campanhas educativas voltadas ao público escolar e à sociedade em geral,  trabalhar para a mudança cultural- interromper o ciclo de violência;  a partir da valorização da auto-estima e do fortalecimento da mulher como sujeito de direitos e que toda forma de violência doméstica e familiar contra ela seja vista por toda a sociedade como prática moralmente inaceitável.
  • 77.  Fortalecer e integrar os serviços já existentes;  Implantar novas formas de atendimento;  criação de Juizados Especiais, com equipes multidisciplinares nos Fóruns, para orientação e tomada das providências necessárias às vítimas.  Ampliação de Casas- Abrigo, inclusão desse artigo na previsão orçamentária das três esferas de governo.  e, construir formas de tratar o agressor para que se consiga romper o ciclo de violência em todos os seus aspectos.
  • 78. Um conjunto de ações deliberadas para promover o combate efetivo à violência contra a mulher, envolvendo a sociedade civil, instituições e movimentos sociais, estruturando toda a rede de proteção e combate aos atos de violência contra a mulher em todas as suas modalidades. Esta é a essência do Pacto de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher
  • 79. ‘Lei Maria da Penha’ aumenta o rigor das punições para agressões contra a mulher ocorridas em âmbito doméstico ou familiar, e a consolidação dos serviços especializados da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. Também, a proteção dos direitos sexuais, reprodutivos e enfrentamento da feminização da Aids, combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, do tráfico de mulheres, e da promoção dos direitos humanos das mulheres em situação de prisão.
  • 80.  Três dimensões que lhe conferem um papel social transformador:  Educação, que é a estratégia mais eficaz na perspectiva da prevenção da violência de gênero que atinge, inexoravelmente, as mulheres;  Implementação de políticas públicas voltadas para garantir acesso universal das mulheres em situação de violência a serviços qualificados e, por conseguinte, preparados para lidar com as complexidades inerentes à problemática;  difusão da questão da violência praticada cotidianamente contra as mulheres como um problema das diferentes sociedades políticas.
  • 81.  Esta intersetorialidade é demarcada por uma linha política clara que preconiza a ampliação da acessibilidade aos serviços;  qualificação dos espaços de atendimento e da preparação de profissionais da segurança pública, do judiciário e da assistência social para o cumprimento dos dispositivos enunciados na legislação.
  • 82.  As redes, sejam sociais, primárias ou secundárias, tem demonstrando que a sociedade tem estabelecido, cada vez mais, redes de saberes e práticas no enfrentamento às situações de exclusão que se perpetuam.  A rede é fundamental no trabalho de fortalecimento das mulheres em situação de violência doméstica.
  • 83. REDE DE PROTEÇÃO À MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA  interação entre os serviços sociais, de saúde, delegacias, casas-abrigos, IML,  surgiram as primeiras parcerias  em alguns estados e municípios foram formalizados papéis e vínculos entre os serviços, articulando a rede de atendimento.  Recomendado pelas experiências mundiais e locais, correspondendo ao conceito de colaboração e integração de serviços que visam à assistência integral
  • 84.  Apenas em janeiro de 2003, é que foi constituída a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), da Presidência da República, como referência governamental na elaboração e execução de políticas e articulações da igualdade de gênero no  destacando o compromisso com o Programa de Prevenção, Assistência e Combate à Violência contra a Mulher.  Em 2004, foi elaborado o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) que propõe a promoção da igualdade de gênero.
  • 85. EXEMPLO DE ESTRUTURA DA REDE  Comitê Gestor de Segurança e Qualidade de Vida, Brigada Militar , Delegacias de Polícia de Defesa da Mulher (DDM), Plantão Policial, Conselho Tutelar, Secretaria Municipal de Saúde através de: Unidades Básicas de Saúde Municipais (UBS), PIM, Serviço de Urgência e Emergência Hospitalar, CAPs, Pronto Atendimentos, Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria Municipal do Bem-estar Social através do: Centro de Referência para Mulher em situação de violência; CMDM – Conselho Municipal de Direitos da Mulher; OAB Subsecções; Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania.
  • 86. PRINCÍPIOS NORTEADORES  Problema de saúde pública  Urgência no cuidado/ antes de 72hs.  Trabalhar em rede  A violência é uma problema de saúde pública, física, mental,social e civil.  Cuidar de mulheres, crianças, adolescentes e homens.  Contribuir na construção de políticas públicas eficientes
  • 87. REDE DE CUIDADOS INDIRETOS Secretaria de Educação - Escolas, Creches, EMEIS Secretarias de Cidadania,Trabalho, Assistência e Inclusão Social ABRIGO DE MULHERES - CRAS Secretaria de Cooperação nos Assuntos de Segurança Pública - Guarda Municipal Instituto de Medicina Legal (IML) Delegacias e Postos de Defesa da Mulher Delegacias de Polícia Conselhos de: Saúde,Direitos da mulher, Da Criança e Adolescente.
  • 88. REDE DE CUIDADOS INDIRETOS  Conselhos tutelares  Vara da infância e adolescência  Serviço– Atendimento gratuito por telefone dos Municípios  Serviços de psicologia e assistência jurídica  Associações de Mulheres  Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde
  • 89. REDE DE CUIDADOS DIRETOS  Prontos Socorros infantil e adulto  Serviço de Emergência Referenciada  Prontos Socorros  Centros de Saúde  CAPS  Coordenadorias de Vigilância à saúde.  Distritos de Saúde  SAMU - Serviço de Atendimento Médico de Urgência  Centros de Referência de DST/AIDS/COAS/CTA  Centro de Referência e Assistência Integral á Saúde da Criança e Adolescente.
  • 90. REDE DE CUIDADOS DIRETOS Acolher a vítima,identificar a queixa Colher sorologias, sêmen. Administrar pílula do dia seguinte,antibioticoterapia e coquetel anti – HIV, Fazer vacina contra hepatite /Norma técnica do MS Orientar sobre a realização do BO Encaminhar para para acompanhamento. Encaminhar para Centros de Saúde para receber Projeto Terapêutico Realizar abortamento garantido por lei – Portaria do MS/ Código penal
  • 91. REDE DE CUIDADOS DIRETOS Centros de Saúde Acolher a vítima, Identificar a queixa Garantir o sigilo e a não revitimização. Conversar com a equipe ( nunca resolver nada sozinho) Desenvolver o cuidado específico Orientar as questões de direitos e proteção Encaminhar para o serviço indicado Notificar ao conselho tutelar Notificar no SISNOV Desenvolver projeto terapêutico singular
  • 92. ORGANIZANDO REDES LOCAIS Este texto foi escrito com base no documento:Redes Locales Frente a la Violencia Familiar - Série: Violencia Intrafamiliar y Salud Publica. Documento de Análise nº 2. La Asociación de Solidaridad para Países Emergentes (ASPEm) / OPAS, Perú, Junho de 1999. (Grossi, Tavares, Oliveira (PUC RS) MORAES, Márcia Oliveira. O Conceito de Rede na Filosofia Mestiça. Revista Informare, São Paulo, v. 6, n.1, p. 12-20, 2000. MUSSO, Pierre. A Filosofia da Rede. In: PARENTE, André (Org.). Tramas da Rede. Porto Alegre: Sulina, 2004. SCISLESKI,A., MARASCHIN, Cleci. Redes Sociais e Internação Psiquiátrica: paradoxos nas políticas de saúde para a juventude. Petrópolis: Vozes, 2008. SERRES, Michel. A Comunicação. Lisboa: Rés, sem data. TSCHIEDEL, Rose G. Redes Sociais e Políticas Públicas: tecendo uma política analítico-institucional. [Tese de Doutorado em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo]. São Paulo, 2006.

Notas do Editor

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