O documento discute a responsabilidade social das empresas e como ela está se tornando cada vez mais importante. A responsabilidade social envolve três aspectos principais: responsabilidade social empresarial, cidadania empresarial e voluntariado empresarial. As empresas precisam considerar esses três pilares para serem consideradas socialmente responsáveis.
3. SustentabilidadeEstudos
90 Marketeer n.º 187, Fevereiro de 2012
sustentabilidade socioeconómica da região.
A empresa deve igualmente promover
uma atitude socialmente responsável nos
seus colaboradores, desenvolvendo acções
de voluntariado empresarial, envolvendo-
-se com a sociedade. Já não basta falar que
existe preocupação e vontade de mudança,
“arregaçar as mangas” e ir para o terreno,
colocando colaboradores ao serviço da so-
ciedade, é uma mais-valia para todos. Os
colaboradores que praticam voluntariado fi-
carão sem dúvida com uma “nova” visão do
mundo e mais “sensíveis” às necessidades da
sociedade. O número de horas disponibili-
zadas para o voluntariado no horário laboral
varia consoante a empresa. Só se deve con-
siderar socialmente responsável a empresa
que integre na sua cultura empresarial os
três pilares – responsabilidade social empre-
sarial, cidadania empresarial e voluntariado
empresarial, numa lógica de continuidade e
melhoria contínua. E até mesmo as exigên-
cias do consumidor são cada vez maiores no
que respeita à sustentabilidade, segundo um
estudo apresentado no ano passado, pela
Havas Media: “Quanto mais sustentável for
uma marca, quanto maior valor tiver para as
pessoas, sociedade e planeta, mais significa-
do passará a ter para os consumidores.”
Em Portugal já existem algumas empre-
sas que têm no seu ADN a responsabilidade
social, em que esta é transversal a toda a or-
ganização, havendo um compromisso com a
sociedade e com os cidadãos na construção
de uma sociedade mais equilibrada social,
ambiental e economicamente.
Por fim, sublinhamos o facto de actual-
mente assistirmos a uma mudança de para-
digma no ciclo de vida humano, ou seja, a
população idosa está em franco crescimen-
to e a esperança média de vida em Portugal
aproxima-se dos 80 anos de idade. Vivemos
mais tempo e temos mais qualidade de vida.
De acordo com um estudo realizado pela
Universidade de Lisboa e o Instituto do En-
velhecimento, coordenado pela Dr.ª Luísa
Lima (ISCTE-IUL), em Portugal, ao contrário
dos restantes países europeus, a discrimina-
ção por idades é mais frequente contra os
idosos do que contra os jovens. Desta forma
impõe-se às organizações o desafio de me-
lhor aproveitar o potencial das pessoas mais
velhas como contributo útil para a sociedade
e a economia.
Temos uma vasta população de pessoas
com idade igual ou superior a 65 anos, aptas
a desenvolver algo que trará mais-valias à
sociedade, mas não estamos preparados para
lidar com isso. A Comissão Europeia nomeou
2012 como o Ano Europeu do Envelhecimen-
to Activo e da Solidariedade entre Gerações.
Um novo público está a emergir rapidamente
- os Seniores. De que modo as empresas em
Portugal e na Europa vão lidar com este novo
paradigma social!? Aguardam-se respostas e
iniciativas em 2012.
Já não basta falar que existe preo-
cupação e vontade de mudança,
“arregaçar as mangas” e ir para o
terreno, colocando colaboradores ao
serviço da sociedade, é uma mais-
-valia para todos. Os colaboradores
que praticam voluntariado ficarão
sem dúvida com uma “nova” visão
do mundo e mais “sensíveis” às
necessidades da sociedade.