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30/06/13
AVIÃO A JATO DE CARGAS
Resp.Tec:
Tony Kazuo Akamine
CREA: 25038
30/06/13
Etec Martin Luther King
Técnico em Mecatrônica
1º Série-Tarde
Prof.Resp:
Marcos Vaskevicios
DESENHO GERAL
(AVIÃO DE CARGA)
PRINCIPAIS COMPONENTES
10 Asa esquerda 1 ASTM 7150
9 Estabilizador direita 1 ASTM 7150
8 Janela da porta lateral 1 Vidro+PVB
7 Para-brisa frontal 1 Vidro+PVB
6 Turbina 2 Rolls Royce Trent 700
5 Fuselagem do teto 1 ASTM 7075
4 Estabilizador esquerdo 1 ASTM 7150
3 Asa direita 1 ASTM 7150
2 Fuselagem da turbina 2 ASTM 7075
1 Fuselagem lateral 1 ASTM 2014
POS Denominação
Qua
nt
Especificação
ETEC MARTIN LUTHER KING
Avião a jato de carga 30/06/13 1ºMCT
Tony Kazuo Akamine CREA: 25038
JUSTIFICATIVAS TÉCNICAS
(MATERIAIS)
-ASTM 2014(Al+Cu+Si+Mg):
 Baixo peso;
 Elevada resistência à corrosão;
 Bom condutor de calor e eletricidade (para evitar acumulação de
energia no avião);
 Boa usinabilidade na condição recozida.
-ASTM 7075(Al+Zn5+5Mg+Cu):
 Alta resistência aos esforços mecânicos;
 Alta resistência em temperaturas altas e baixas;
 Bom condutor de calor e eletricidade.
-ASTM 7150( Al+Zn+Mg+Cu):
 Alta resistência à tração (para resistir pressão do vento);
 Ductilidade elevada, permitindo conformação de componentes com
elevados valores de deformação;
 Boa dureza e resistência aos esforços mecânicos.
-Rolls Rouce Trent 700
 Menor consumo de combustìvel devido ao pouco peso;
 Motor silencioso.
-PVB
 Adesão forte (para não causar diferença de pressão entre interno e
externo do avião);
 Alta transparência;
 Resistência às intempéries;
 Alta resistência ao impacto;
 Propriedade anti-ruídos.
FABRICAÇÕES DE AVIÕES
A fabricação de avião divide-se em várias etapas:
1. Matéria-Prima
A montagem de um avião inicia com a fabricação das peças primárias que são: chapas,
metálicos, usinados, compostos, tubos, cabos elétricos e demais componentes. Os
materiais devem apresentar baixo peso e alta resistência mecânica tais como liga de
alumínio que cumprem os requisitos do projeto de engenharia.
1.1. Usinagem
As placas de alumínio passam pelas máquinas
de usinagem, onde são cortadas e desgastadas
com jato de água e óleo, que evitam o aumento
da temperatura por conta do atrito.
1.2. Acabamento
Depois de ser cortada, cada peça vai para
acabamento. As peças recebem um tratamento
denominado shot peening; entram em uma
câmara onde recebem um jato com micro esferas
de aço, que aumenta a vida útil do material.
1.3. Tratamento Químico
As peças são mergulhadas em tanques com produtos
químicos. Esses tratamentos são necessários para que
as peças aguentem as condições de voo (pressão,
temperatura e umidade).
1.4. Conformações dos materiais
A chapa de alumínio é conformada (estiramento) de
acordo com a curvatura da fuselagem.
1.5. Dimensionamento e ajuste
Os painéis e as janelas são ajustados às suas dimensões e
depois são cortados (usinagem) por uma máquina CNC.
1.6. Tratamento superficial e aplicação de
filme anticorrosivo
Depois da fabricação de painéis de revestimento da fuselagem, é realizado um
processo de tratamento superficial anticorrosão.
2. Montagem da Fuselagem
2.1. Montagem estrutural dos segmentos
A montagem inicial começa com a estrutura do avião, que é “osso” do avião, ou
podemos chamar de “caverna”. A estrutura
pode ser feita de liga de alumínio, fibra de
carbono com madeira balsa, etc. esses
apresentam boa rigidez e resistência para
aguentar tensão.
2.2. Revestimento de painéis
Os painéis são unidos às cavernas e
reforçadores por rebitagem, dando origem
ao segmento de fuselagem. Todos os
segmentos têm sua parte superior e inferior montadas sepa-
radamente, que separa a área de passageiros do bagageiro.
Depois processo de selagem é realizado, garantindo a pres-
surização da cabine para evitar vazamento da pressão interna
para o ambiente de menor pressão. No segmento central são
feitos vários furos para junção das asas.
2.3. Junção dos segmentos
Após a fabricação dos segmentos da fuselagem,
estes são unidos por rebites e cintas, essa operação
é conhecida como “charuto”. A junção dos
segmentos é responsável pela 40% do custo total.
2.4. A instalação dos cabos, dutos e tubos
Depois de realizada a junção das fuselagens,
inicia-se a interligação entre si dos sistemas do
avião. Todo o esquema de fios, sistemas hidráulicos, válvulas e demais equipamentos
são instalados.
3. Fabricação das asas
A asa é constituída por longarina e nervura:
Longarinas: principal elemento estrutural da asa,
estendendo-se da raiz à ponta. Sua construção pode ser de
madeira ou liga metálica, como nos modernos aviões.
Nervuras: elemento da asa responsável pelo seu formato
aerodinâmico.
A longarina e nervura são juntadas por processo de
rebitagem. Após a montagem estrutural da asa, a mesma é
revestida por chapas.
4. Pintura
A fuselagem é pintada em uma cabine fechada, com
temperatura e pressão controladas a fim de garantir
perfeição das cores. A área de pintura tem energia
eletrostática que faz com que o vapor de tinta caia em
uma espécie de rio que corre em baixo do piso de grade
que sustenta aeronave e o “pintor”. Isso evita que
gotículas de uma cor fiquem no ar e possam colar em
uma área indesejada das aeronaves.
5. Montagem final
É a fase de interligação entre a fuselagem e a asa,
instalação dos aviônicos (equipamentos eletrônicos de
navegação, comunicação e controle), instalação dos
motores, montagem do interior e os testes funcionais.
Nesta fase o avião começa a ser equipado conforme a configuração definida pelo
cliente.
Fontes:
http://pt.scribd.com/doc/27845112/Materiais-para-aviao
http://www.suppliersonline.com/default.asp
http://www.youtube.com/watch?v=0rqYoPpXPMQ
http://www.avioesemusicas.com/do-que-e-feito-o-parabrisa-de-uma-
aeronave.html
http://www1.embraer.com.br/hotsites/tour_virtual/portugues/hotsite.asp
http://engenhariadeproducaoindustrial.blogspot.com.br/2009/10/fabricando-
aeronaves.html
http://www.terra.com.br/economia/infograficos/embraer-lineage/

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Projeto de avião

  • 1. 30/06/13 AVIÃO A JATO DE CARGAS Resp.Tec: Tony Kazuo Akamine CREA: 25038 30/06/13 Etec Martin Luther King Técnico em Mecatrônica 1º Série-Tarde
  • 4. 10 Asa esquerda 1 ASTM 7150 9 Estabilizador direita 1 ASTM 7150 8 Janela da porta lateral 1 Vidro+PVB 7 Para-brisa frontal 1 Vidro+PVB 6 Turbina 2 Rolls Royce Trent 700 5 Fuselagem do teto 1 ASTM 7075 4 Estabilizador esquerdo 1 ASTM 7150 3 Asa direita 1 ASTM 7150 2 Fuselagem da turbina 2 ASTM 7075 1 Fuselagem lateral 1 ASTM 2014 POS Denominação Qua nt Especificação ETEC MARTIN LUTHER KING Avião a jato de carga 30/06/13 1ºMCT Tony Kazuo Akamine CREA: 25038
  • 6. -ASTM 2014(Al+Cu+Si+Mg):  Baixo peso;  Elevada resistência à corrosão;  Bom condutor de calor e eletricidade (para evitar acumulação de energia no avião);  Boa usinabilidade na condição recozida. -ASTM 7075(Al+Zn5+5Mg+Cu):  Alta resistência aos esforços mecânicos;  Alta resistência em temperaturas altas e baixas;  Bom condutor de calor e eletricidade. -ASTM 7150( Al+Zn+Mg+Cu):  Alta resistência à tração (para resistir pressão do vento);  Ductilidade elevada, permitindo conformação de componentes com elevados valores de deformação;  Boa dureza e resistência aos esforços mecânicos. -Rolls Rouce Trent 700  Menor consumo de combustìvel devido ao pouco peso;  Motor silencioso. -PVB  Adesão forte (para não causar diferença de pressão entre interno e externo do avião);
  • 7.  Alta transparência;  Resistência às intempéries;  Alta resistência ao impacto;  Propriedade anti-ruídos.
  • 9. A fabricação de avião divide-se em várias etapas: 1. Matéria-Prima A montagem de um avião inicia com a fabricação das peças primárias que são: chapas, metálicos, usinados, compostos, tubos, cabos elétricos e demais componentes. Os materiais devem apresentar baixo peso e alta resistência mecânica tais como liga de alumínio que cumprem os requisitos do projeto de engenharia. 1.1. Usinagem As placas de alumínio passam pelas máquinas de usinagem, onde são cortadas e desgastadas com jato de água e óleo, que evitam o aumento da temperatura por conta do atrito. 1.2. Acabamento Depois de ser cortada, cada peça vai para acabamento. As peças recebem um tratamento denominado shot peening; entram em uma câmara onde recebem um jato com micro esferas de aço, que aumenta a vida útil do material. 1.3. Tratamento Químico As peças são mergulhadas em tanques com produtos químicos. Esses tratamentos são necessários para que as peças aguentem as condições de voo (pressão, temperatura e umidade). 1.4. Conformações dos materiais A chapa de alumínio é conformada (estiramento) de acordo com a curvatura da fuselagem. 1.5. Dimensionamento e ajuste Os painéis e as janelas são ajustados às suas dimensões e depois são cortados (usinagem) por uma máquina CNC. 1.6. Tratamento superficial e aplicação de filme anticorrosivo
  • 10. Depois da fabricação de painéis de revestimento da fuselagem, é realizado um processo de tratamento superficial anticorrosão. 2. Montagem da Fuselagem 2.1. Montagem estrutural dos segmentos A montagem inicial começa com a estrutura do avião, que é “osso” do avião, ou podemos chamar de “caverna”. A estrutura pode ser feita de liga de alumínio, fibra de carbono com madeira balsa, etc. esses apresentam boa rigidez e resistência para aguentar tensão. 2.2. Revestimento de painéis Os painéis são unidos às cavernas e reforçadores por rebitagem, dando origem ao segmento de fuselagem. Todos os segmentos têm sua parte superior e inferior montadas sepa- radamente, que separa a área de passageiros do bagageiro. Depois processo de selagem é realizado, garantindo a pres- surização da cabine para evitar vazamento da pressão interna para o ambiente de menor pressão. No segmento central são feitos vários furos para junção das asas. 2.3. Junção dos segmentos Após a fabricação dos segmentos da fuselagem, estes são unidos por rebites e cintas, essa operação é conhecida como “charuto”. A junção dos segmentos é responsável pela 40% do custo total. 2.4. A instalação dos cabos, dutos e tubos Depois de realizada a junção das fuselagens, inicia-se a interligação entre si dos sistemas do
  • 11. avião. Todo o esquema de fios, sistemas hidráulicos, válvulas e demais equipamentos são instalados. 3. Fabricação das asas A asa é constituída por longarina e nervura: Longarinas: principal elemento estrutural da asa, estendendo-se da raiz à ponta. Sua construção pode ser de madeira ou liga metálica, como nos modernos aviões. Nervuras: elemento da asa responsável pelo seu formato aerodinâmico. A longarina e nervura são juntadas por processo de rebitagem. Após a montagem estrutural da asa, a mesma é revestida por chapas. 4. Pintura A fuselagem é pintada em uma cabine fechada, com temperatura e pressão controladas a fim de garantir perfeição das cores. A área de pintura tem energia eletrostática que faz com que o vapor de tinta caia em uma espécie de rio que corre em baixo do piso de grade que sustenta aeronave e o “pintor”. Isso evita que gotículas de uma cor fiquem no ar e possam colar em uma área indesejada das aeronaves. 5. Montagem final É a fase de interligação entre a fuselagem e a asa, instalação dos aviônicos (equipamentos eletrônicos de navegação, comunicação e controle), instalação dos motores, montagem do interior e os testes funcionais. Nesta fase o avião começa a ser equipado conforme a configuração definida pelo cliente.