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Admiravel 2015´
Ensaio sobre a obra “ Admirável mundo novo” de Aldous Huxley.
Oautor inglês Aldous Huxley, escreveu na década em 20 uma das maiores obras de ficção já publicadas.
A proximidade com a realidade atual da humanidade, realidade que poucos realmente conseguem enxergar, é apresentada na
obra de maneira impactante, tendo como cenário um futuro de 700 anos.
Neste futuro, a civilização moderna é dominada por uma única forma de governo, A adminitração mundial, que busca manter a
“estabilidade social” através de métodos extremamente manipuladores. A fecundação artificial, denomindada de Processo
Bokanovsky no livro, é um dos principais instrumentos da estabilidade social, pois possibilita a produção em série do ser
humano permitindo que em um único óvulo sejam fecundados 96 gêmeos, por isso se dá a estabilidade social. Através deste
processo toda a comunidade, homens e mulheres serão idênticos, padronizados, em grupos uniformes, constituídos de um único
embrião.
Na trama, os protagonistas Bernard e John, o Selvagem, vivem situações antagônicas. Enquanto Bernard, jovem alfa mais (casta
superior na sociedade ) busca a melhor compreenssão da civilização moderna, onde ele vive e se sente diferente de todos por ser
mais baixo que os demais integrantes de sua casta e por se sentir apaixonado por Lenina, algo muito estranho no mundo em que
vive. John, o “Selvagem”, jovem de costumes tradicionais, reside na civilização antiga, com cultura e educação “ultrapassados
para a época”. Na procura por respostas para suas perguntas e indignações sobre a sociedade, Bernard viaja a reserva em que a
Adminsitração mundial e os conceitos da civilização moderna não são seguidos. Dentre os conceitos de civilização moderna no
enredo da obra estão a hipinose ( técnica hiponotização durante o sono ), o consumo diário de soma ( medicamento que acaba
com as emoções e angústias dos indivíduos, os dexando satisfeitos e passíveis ), o repúdio a relações pessoais intímas, como
famílio ou namoro, a higiene como um valor supremo e a promiscuidade moralmente obrigatória.
A partir do encontro dos dois persongens o autor inicia uma série de comparações entre as condições de vida na modernidade
industrial e na antiga cultura familiar, mais próxima da natureza.
Ao chegar na reserva e se deparar com John e sua mãe Linda, uma senhora estranhamente gorda e envelhecida (ninguém mais
envelhecia na sociedade moderna), Bernard enxerga a possibilidade de se auto promover na sociedade levando os dois “sel
vagens” para o mundo moderno.
Tomaz Stahl Martins
O que bernard imaginava de fato acontece, porém, se
antes ele questionava os valores da atual sociedade, agora
só se preocupa em desfrutar da fama que conquistou. O
jovem , John, que apesar de ser desejado por todas mul
heres e ter se tornado uma celebridade na sociedade, não
se deixa levar pela fama e passa a ser um grande crítico
da civilização moderna, principalmente após a morte de
Linda, que após a chegada ao mundo moderno se subme
teu à um intenso “tratamento” de soma, falecendo na
cama do hospital.
A morte de sua mãe, faz com que John inicie uma rebelião dentro do centro e indigentes. Bernard e seu amigo Helmholtz (amante da arte proibida e questionador da sociedade)
tentam socorre-lo. Os três são detidos e levados a “sua fordeza” Mustafá Mond. É nesta parte do livro, que os ideais de manipulação utilizados pela administração mundial são
expostos pelo seu comandante. Mustafá explica que a liberdade é perigosa para a sociedade, pois quebra a estabilidade. Por isso, não podem desenvolver a ciência ou a arte, pois
estas precisam do caos para existirem. Logo após ele propõe aos três “desertores” que escolham um lugar para viverem lvres, longe da sociedade moderna. Bernard implora não
deixar a civilização. Helmholtz escolhe as Ilhas Falkland, pela necessidade de um local com clima rigoroso e cheio de tempestades para desenvolver a arte. O Selvagem John
prefere viver em um velho farol entre Puttenham e Elstead onde ele buscará a purificação de sua alma. Os momentos de paz e purificação de John duram pouco. Ele é perseguido
por repórteres e intereseiros que querem fazer um “filme sensível” de sua vida. No final da obra John depara-se com uma única alternativa para encontrar a paz: o suícidio.
A relação feita por Huxley durante a obra, caracterizando de maneira ficcional a manipulação sofrida pela sociedade através dos meios de comunicação, alimentos, educação e
medicamentos exerce também o papel de lente para a sociedade, que em raras exceções, consegue enxergar a manipulação por de trás do governo e indústria. O própio fato de
Bernard, inicialmente um jovem questionador da sociedade, “se vender” para a fama após o reconhecimento da civilização, mostra algo muito comum na sociedade atual. As
relações e comportamentos muitas vezes são superfíciais, e a aparência do índividuo em relação a sociedade vale mais que sua verdadeira personalidade.
Contexto da época
O contexto da época em que foi publicado “O admirável mundo novo” (1932),
era de autoritarismo, manipulação e disputa pelo domínio mundial.
O fascismo italiano, por praticamente dez anos dominava o poder político da
Itália com medidas violentas, antidemocráticas e manipuladoras. Na Alemanha,
emergia o Nazismo de Hitler, implantando no país um regime de caráter antis-
semita, racista e ditatorial, onde a publicidade e os veículos de comunicação em
massa eram dominados pelo governo. O então Ministro da propaganda, Dr.
Joseph Goebbels, desenvolveu ao longo do regime diversas técnicas de manipu-
lação de massa. Utilizando principalmente o rádio, atraiu milhares de seguidores
para o Partido Nazista. Com o domínio de outros meios como jornais e revista,
monopolizou a informação no país. Com o investimento na produção de filmes
com cenas reais das guerras, apresentou uma imagem "positiva" de hitler e seu
partido ao povo alemão.
Enquanto os regimes totalitários encontravam seu auge, no mesmo período a
Escola de Frankfurt, grupo de pensadores marxistas que seguiam a teoria crítica
da sociedade, apresentava à sociedade novas teorias críticas em relação ao capi-
talismo e à manipulação da massa. Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter
Benjamin e outros filósofos e cientistas sociais que faziam parte do grupo revo-
lucionaram em termos de estudo da comunicação, sendo responsável por obras
como "A dialética do esclarecimento", "Teoria crítica" e pela disseminação de
expressões como "indústria cultural" e "cultura de massa".
Enquanto os regimes totalitários encontravam seu auge, no mesmo perío-
do a Escola de Frankfurt, grupo de pensadores marxistas que seguiam a
teoria crítica da sociedade, apresentava ao mundo novas teorias críticas
em relação ao capitalismo e à manipulação da massa. Theodor Adorno,
Max Horkheimer, Walter Benjamin e outros filósofos e cientistas sociais
que faziam parte do grupo revolucionaram em termos de estudo da co-
municação, sendo responsáveis por obras como "A dialética do esclareci-
mento", "Teoria crítica" e pela disseminação de expressões como "in-
dústria cultural" e "cultura de massa".
Theodor Adorno e Max Horkheimer.
Condicionados a "felicidade"
A manipulação da felicidade e da liberdade dos indivíduos é o principal ponto proposto por Huxley em sua obra. No enredo, a
civilização é dominada por um governo autoritário, chamado de administração mundial. Neste regime a população é condiciona-
da à felicidade e estilo de vida industrial, em que não existem mais famílias e as emoções e sentimentos são vistas como pecados
e controladas por um comprimido chamado "Soma", que, ao ser ingerido, faz com que o indivíduo esqueça de suas angústias e
"seja feliz".
Mas até que ponto esses indivíduos são realmente felizes? Esta felicidade é de fato verdadeira?
Nos dias de hoje, é cada vez mais comum a palavra felicidade se confundir com consumo.
Quantas pessoas não abririam mão de uma viajem para comprar um carro de luxo? Investiriam boa parte de seu salário em um
celular de última geração? Passariam o momento mais feliz de seu final de semana em um estádio de futebol, pagando pela
camiseta, pelo assento, pela comida, pelos atletas, pelo banheiro... E recebendo em troca uma bola dentro de uma rede. Isto real-
mente faz as pessoas felizes, ou esta é única felicidade que conhecem?
Ao longo dos anos aprendemos a "ser feliz". Torcemos por times de futebol, pois desde que nascemos somos bombardeados
com notícias esportivas todos os dias. Vamos ao shopping no domingo, pois passamos a semana inteira ouvindo falar dele e de
suas promoções. Compramos novos smarthphones pois hoje isto é uma necessidade do ser humano. É necessário para trabalhar,
para se comunicar, para se divertir... Mas é uma necessidade biológica? Um dos maiores exemplos de que hoje somos manipula-
dos pela indústria, é a inserção de aparelhos eletrônicos ( e outros luxos da tecnologia) como uma necessidade do ser humano.
Sim, hoje o celular é uma necessidade do ser humano, pois sem um celular você não conseguirá emprego, não se comunicará
com seus amigos, será antiquado, atrasado e provavelmente será chamado de homem das cavernas. Hoje nós realmente precisa-
mos do celular, mas não precisamos por que queremos. Precisamos pois "nos ensinaram" a precisar.
O condicionamento da felicidade é o principal fator para a manutenção da Administração Mundial na obra de Aldous. Como os
aparelhos eletrônicos hoje em dia, outros produtos são colocados pela indústria como indispensáveis na vida do ser humano na
obra. Nesta ficção, o medicamento Soma é divulgado pela Administração Mundial como essencial para a saúde do ser
humano, sendo consumido rotineiramente na vida da civilização. É claro que este comprimido tem como finalidade manip-
ular a sociedade, condicionando os indivíduos a pensarem que realmente são felizes. A “felicidade” é o requisito básico
para que a população seja passiva e facilmente manipulavel, pois assim não existem protestos nem conflitos.
Outro método utilizado para a manipulação da massa na obra de Huxley, é a hipnose. Nesta teoria, frases hipnóticas são
frequentemente transmitidas por um aparelho reprodutor enquanto os indivíduos estão dormindo. Assim ao longo do tempo
os indivíduos passam a absorver aquela informação, e assim como no ditado, "uma mentira dita mil vezes se torna ver-
dade", passam a enxergar aquilo como verdade. Nada muito diferente dos métodos que Hitler e Goebbles implantaram na
Alemanha nazista, onde o rádio era utilizado como principal meio manipulador, através de frases e discursos que iludiam o
povo alemão a favor do partido nazista.
A transmissão de mensagens que tem como objetivo iludir ou manipular o povo, foi objeto de estudos do acadêmico
canadense Herbert Marshall McLuhan (1911-1980) que dentre suas pesquisas sobre mídia e manipulação de massa
elaborou conceitos como “O meio é a mensagem”, uma frase curta, mas que define muito bem a manipulação que sofre-
mos dos grandes canais de comunicação e indústria. O meio em que a mensagem é comunicada para o povo está sujeito a
transmitir a mensagem sobre o seu ponto de vista, ou seja, independente da mensagem que está sendo transmitida, ela será
influenciada pelo meio que está lhe transmitindo, logo o meio é a mensagem. Ainda sobre esta frase McLuhan elaborou
uma metáfora em que cita os programas veiculados na TV como um pedaço de carne suculento que é oferecido ao cão de
guarda, enquanto o ladrão rouba a casa. Nesta metáfora, o cão de guarda seria a consciência e a atenção conscientes, en-
tretidas com o conteúdo midiático (capítulo de novela, telejornal, entrevistas, seriados, futebol...), enquanto não se questio-
na sobre o fato de que todos estes produtos são parte de uma mesma “atividade” para a audiência, isto é, sentar e assistir
TV. Como colocado por Huxley em sua obra, a população é entretida com a finalidade de consumir um produto de forma
passível.
Hoje,
poucas pessoas realmente entendem que a manipulação
da sociedade descrita por Huxley há mais de 70 anos,
está acontecendo.
Apesar de ainda não termos chegado ao ponto de extin-
guir o parentesco biológico e acabar com sentimentos e
emoções, alimentamos todos os dias um gigantesco e
lucrativo sistema de trabalho escravo. Não é dito no
Jornal Nacional nem nos grandes canais de comuni-
cação, mas grande parte dos produtos produzidos no sul
da Ásia tem como origem a mão de obra escrava.
Segundo estudo da fundação internacional Walk Free
estima-se que hoje existam cerca de 35 milhões de pes-
soas trabalhando em condições precárias, na maioria
dos casos em indústrias no sul da Ásia. Os escravos
contemporâneos enfrentam uma rotina de cerca de 16
horas de trabalho por dia, disciplinados através da
violência e um baixíssimo salário (se houver salário)
que só lhes permite viver no interior das fábricas, em
porões extremamente anti-higiênicos e com uma ali-
mentação precária.
Estas pessoas são normalmente jovens do sexo feminino, ou até
mesmo crianças e estão nesta situação pelo fato do sistema não lhe
oferece outra oportunidade de vida. É uma questão de agarrar a
única oportunidade. Ou morrer de fome, sem ter aonde cair morto.
Apesar de ser mais comum no sul da Ásia, é possível encontrar trabalhadores escra-
vos em diversas metrópoles, inclusive em São Paulo, Brasil.
Qualquer semelhança entre a escravidão indústrial no
sul da Ásia e o "admirável mundo novo" não é mera
coincidência. Enquanto pessoas que são impossibilita-
das de enxergar a verdadeira felicidade trabalham
para produzir, de forma massiva, os suprimentos da
sociedade (ípslons e deltas no livro); os indivíduos de
classes sociais superiores financeiramente, (gamas e
betas), encontram-se no comodismo da felicidade
industrial, consumindo roupas, alimentos, ferramentas
e até diversão, já que toda diversão que possuem, na
maioria das vezes, é comprada.
Em 2015, religiões ainda são as maiores
responsáveis por guerras e conflitos no planeta terra.
Organizações que exploram a religião como faixada
para grandes empresas que apenas visam ao lucro, uti-
lizam-se de métodos de manipulação e lavagem cere-
bral para, inclusive comprar, os seus fiéis. De acordo
com o psicólogo americano Steve Hassan, que passou
5 anos como membro do culto conhecido como Igreja
da Unificação, ainda ativa no Brasil, a seita ficou
famosa justamente por seus métodos de recrutamento e
acusações de lavagem cerebral.
"Eu tinha me separado de uma garota e, pouco tempo depois, fui
abordado por 3 mulheres. Elas não falaram que eram de uma
religião, que acreditavam que o reverendo Moon era o Messias,
nada disso. Só falaram que faziam parte de um grupo de amigos
espalhado pelo mundo e me convidaram para ir a um jantar grátis",
explica Hassan. "A partir daí, foi um processo gradual. Ir lá e con-
hecer os amigos delas foi um passo. Voltar e jantar, outro passo. Ir a
uma palestra, voltar no dia seguinte, mais um passo. Durante esse
tempo, eles perguntavam várias coisas bem detalhadas sobre mim, e
eu dava, voluntariamente, informações muito pessoais, sem perceber
que estava entregando as ferramentas para que me manipulassem."
(Steve Hassan; Revista Superinteressante, 2009).
A instituição religiosa de carater evangelico “Igreja Universal” é liderada pelo Bispo Edir Macedo, que também é proprietário
da rede de televisão “Record”. A proximidade entre relgião e informação é constantemente questionada por profissionais e estu-
diosos da área. O joranlista Flávio Ricco afirma que a Rede Record insiste em misturar conteúdos pró Igreja Universal com o
conteúdo jornalístico que é veiculado no canal de televisão aberta. Em sua coluna no portal UOL, referindo-se a uma reportagem
de 26 minutos veiculada no programa “Domingo espetacular” ele afirmou: “Em nenhum momento houve a tentativa de querer
disfarçar alguma coisa. Foi tudo na cara dura mesmo, inclusive com tomadas dentro de uma igreja. Se ainda na Record faltava
infiltrar religião no jornalismo, não está faltando mais.”
A mistura de instiuições religiosas com canais de comunicação é um exemplo perfeito para o conceito elaborado pelo pesquisa-
dor canadense Herbert Marshall McLuhan, “o meio é a mensagem”, anteriormente citado neste ensaio. A frase define muito bem
a polêmica que envolve religião e informação. De acordo com o conceito elaborado por McLuhan, o meio em que a informação
é transmitida interfere no sentido em que a mensagem passa ao receptor, influenciando totalmente no caráter do conteúdo veícu-
lado. Fazer propaganda de ideais religiosos em notíciarios ou programas de entreterimento da população é manipulação de
massa. Informar, através de um olhar que tende à uma opinião sinifica modificar a mensagem que está sendo transmitida para o
receptor. Algo, que no jornalismo não pode ser considerado ético.
Hoje em dia, instituições religiosas são detentoras de
canais de comunicação.
Seja no comércio asiático ou nas milionárias igrejas, nos comerciais de tv ou pelos
remédios para emagrecer. A verdade, é que após a leitura desta obra e a realização dessa
pesquisa, deparo-me com a realidade de nossa sociedade. Não somos manipulados por
todos em todos os lugares durante todo o tempo, como em “o admirável mundo novo”.
Mas, sim, sofremos as consequências do poder industrial. Grandes empresas e orgãos
políticos dominam a vida de milhares de pessoas. Igrejas e organizações religiosas condi-
cionam a vida de indivíduos. Na mais atual guerra, uma organização denominada Estado
Islãmico manipula seus fíéis, levando muitos a cometerem suicídio pela sua “fé”.
A manipulação não é total, mas ela existe. O homem pode se libertar, pode lutar contra
ela, pode ser dono de sua opinião, determinar o seu caminho, fazer a sua felicidade.
Basta procurar saber, querer entender, e viver cada momento da sua maneira.
Seria uma enorme injustiça, chamar a obra de Aldous Huxley “O admirável mundo novo ” apenas de literatura. O livro pode
não conter um romance apaixonante ou uma trama de enxugar os olhos. Entretanto, passa uma mensagem valiosa para a
soicedade de uma maneira espetacular. As relações entre sociedade clássica e moderna, o poder da indústira, a manipulação
do governo, a dádiva da individualidade, a importância dos sentimentos, e o valor da felicidade. Refletir é fácil junto às pala-
vras de Huxley. Descobrir é apenas um processo decorrente das pesquisas. A obra do autor inglês é um desvendar de olhos
para a sociedade.
Conclusão
http://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p4.php
http://advaldeci.jusbrasil.com.br/artigos/111749665/tra
balho-escravo-contemporaneo
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revis-
ta_artigos_leitura&artigo_id=5242
http://super.abril.com.br/ciencia/lavagem-cerebral
http://www.historialivre.com/contemporanea/regtotal.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo
texto: Propaganda, felicidade e consumo ; Ismar Capistrano Costa Filho
Livro:“ A sociedade do consumo”; Jean Baudrillard
http://www.cut.org.br/noticias/mundo-tem-35-8-milhoes-de-es-
cravos-modernos-aponta-estudo-2c8b/
http://noticias.gospelmais.com.br/record-jornalismo-propaganda-igreja-universal-73986.html
http://www.leffa.pro.br/textos/abnt.htm#citacoes
http://www.dicio.com.br/informacao/
Livro:“ O admirável mundo novo”
Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_meio_é_a_mensagem
www.marshallmcluhan.com
educacao.uol.com.br/biografias/jean-baudrillard.jhtm
www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/.../verb_b_marshall_mcluhan.ht.

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A manipulação da felicidade em Admirável Mundo Novo de Huxley

  • 1. Admiravel 2015´ Ensaio sobre a obra “ Admirável mundo novo” de Aldous Huxley. Oautor inglês Aldous Huxley, escreveu na década em 20 uma das maiores obras de ficção já publicadas. A proximidade com a realidade atual da humanidade, realidade que poucos realmente conseguem enxergar, é apresentada na obra de maneira impactante, tendo como cenário um futuro de 700 anos. Neste futuro, a civilização moderna é dominada por uma única forma de governo, A adminitração mundial, que busca manter a “estabilidade social” através de métodos extremamente manipuladores. A fecundação artificial, denomindada de Processo Bokanovsky no livro, é um dos principais instrumentos da estabilidade social, pois possibilita a produção em série do ser humano permitindo que em um único óvulo sejam fecundados 96 gêmeos, por isso se dá a estabilidade social. Através deste processo toda a comunidade, homens e mulheres serão idênticos, padronizados, em grupos uniformes, constituídos de um único embrião. Na trama, os protagonistas Bernard e John, o Selvagem, vivem situações antagônicas. Enquanto Bernard, jovem alfa mais (casta superior na sociedade ) busca a melhor compreenssão da civilização moderna, onde ele vive e se sente diferente de todos por ser mais baixo que os demais integrantes de sua casta e por se sentir apaixonado por Lenina, algo muito estranho no mundo em que vive. John, o “Selvagem”, jovem de costumes tradicionais, reside na civilização antiga, com cultura e educação “ultrapassados para a época”. Na procura por respostas para suas perguntas e indignações sobre a sociedade, Bernard viaja a reserva em que a Adminsitração mundial e os conceitos da civilização moderna não são seguidos. Dentre os conceitos de civilização moderna no enredo da obra estão a hipinose ( técnica hiponotização durante o sono ), o consumo diário de soma ( medicamento que acaba com as emoções e angústias dos indivíduos, os dexando satisfeitos e passíveis ), o repúdio a relações pessoais intímas, como famílio ou namoro, a higiene como um valor supremo e a promiscuidade moralmente obrigatória. A partir do encontro dos dois persongens o autor inicia uma série de comparações entre as condições de vida na modernidade industrial e na antiga cultura familiar, mais próxima da natureza. Ao chegar na reserva e se deparar com John e sua mãe Linda, uma senhora estranhamente gorda e envelhecida (ninguém mais envelhecia na sociedade moderna), Bernard enxerga a possibilidade de se auto promover na sociedade levando os dois “sel vagens” para o mundo moderno. Tomaz Stahl Martins O que bernard imaginava de fato acontece, porém, se antes ele questionava os valores da atual sociedade, agora só se preocupa em desfrutar da fama que conquistou. O jovem , John, que apesar de ser desejado por todas mul heres e ter se tornado uma celebridade na sociedade, não se deixa levar pela fama e passa a ser um grande crítico da civilização moderna, principalmente após a morte de Linda, que após a chegada ao mundo moderno se subme teu à um intenso “tratamento” de soma, falecendo na cama do hospital.
  • 2. A morte de sua mãe, faz com que John inicie uma rebelião dentro do centro e indigentes. Bernard e seu amigo Helmholtz (amante da arte proibida e questionador da sociedade) tentam socorre-lo. Os três são detidos e levados a “sua fordeza” Mustafá Mond. É nesta parte do livro, que os ideais de manipulação utilizados pela administração mundial são expostos pelo seu comandante. Mustafá explica que a liberdade é perigosa para a sociedade, pois quebra a estabilidade. Por isso, não podem desenvolver a ciência ou a arte, pois estas precisam do caos para existirem. Logo após ele propõe aos três “desertores” que escolham um lugar para viverem lvres, longe da sociedade moderna. Bernard implora não deixar a civilização. Helmholtz escolhe as Ilhas Falkland, pela necessidade de um local com clima rigoroso e cheio de tempestades para desenvolver a arte. O Selvagem John prefere viver em um velho farol entre Puttenham e Elstead onde ele buscará a purificação de sua alma. Os momentos de paz e purificação de John duram pouco. Ele é perseguido por repórteres e intereseiros que querem fazer um “filme sensível” de sua vida. No final da obra John depara-se com uma única alternativa para encontrar a paz: o suícidio. A relação feita por Huxley durante a obra, caracterizando de maneira ficcional a manipulação sofrida pela sociedade através dos meios de comunicação, alimentos, educação e medicamentos exerce também o papel de lente para a sociedade, que em raras exceções, consegue enxergar a manipulação por de trás do governo e indústria. O própio fato de Bernard, inicialmente um jovem questionador da sociedade, “se vender” para a fama após o reconhecimento da civilização, mostra algo muito comum na sociedade atual. As relações e comportamentos muitas vezes são superfíciais, e a aparência do índividuo em relação a sociedade vale mais que sua verdadeira personalidade.
  • 3. Contexto da época O contexto da época em que foi publicado “O admirável mundo novo” (1932), era de autoritarismo, manipulação e disputa pelo domínio mundial. O fascismo italiano, por praticamente dez anos dominava o poder político da Itália com medidas violentas, antidemocráticas e manipuladoras. Na Alemanha, emergia o Nazismo de Hitler, implantando no país um regime de caráter antis- semita, racista e ditatorial, onde a publicidade e os veículos de comunicação em massa eram dominados pelo governo. O então Ministro da propaganda, Dr. Joseph Goebbels, desenvolveu ao longo do regime diversas técnicas de manipu- lação de massa. Utilizando principalmente o rádio, atraiu milhares de seguidores para o Partido Nazista. Com o domínio de outros meios como jornais e revista, monopolizou a informação no país. Com o investimento na produção de filmes com cenas reais das guerras, apresentou uma imagem "positiva" de hitler e seu partido ao povo alemão. Enquanto os regimes totalitários encontravam seu auge, no mesmo período a Escola de Frankfurt, grupo de pensadores marxistas que seguiam a teoria crítica da sociedade, apresentava à sociedade novas teorias críticas em relação ao capi- talismo e à manipulação da massa. Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin e outros filósofos e cientistas sociais que faziam parte do grupo revo- lucionaram em termos de estudo da comunicação, sendo responsável por obras como "A dialética do esclarecimento", "Teoria crítica" e pela disseminação de expressões como "indústria cultural" e "cultura de massa".
  • 4. Enquanto os regimes totalitários encontravam seu auge, no mesmo perío- do a Escola de Frankfurt, grupo de pensadores marxistas que seguiam a teoria crítica da sociedade, apresentava ao mundo novas teorias críticas em relação ao capitalismo e à manipulação da massa. Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin e outros filósofos e cientistas sociais que faziam parte do grupo revolucionaram em termos de estudo da co- municação, sendo responsáveis por obras como "A dialética do esclareci- mento", "Teoria crítica" e pela disseminação de expressões como "in- dústria cultural" e "cultura de massa". Theodor Adorno e Max Horkheimer.
  • 5. Condicionados a "felicidade" A manipulação da felicidade e da liberdade dos indivíduos é o principal ponto proposto por Huxley em sua obra. No enredo, a civilização é dominada por um governo autoritário, chamado de administração mundial. Neste regime a população é condiciona- da à felicidade e estilo de vida industrial, em que não existem mais famílias e as emoções e sentimentos são vistas como pecados e controladas por um comprimido chamado "Soma", que, ao ser ingerido, faz com que o indivíduo esqueça de suas angústias e "seja feliz". Mas até que ponto esses indivíduos são realmente felizes? Esta felicidade é de fato verdadeira? Nos dias de hoje, é cada vez mais comum a palavra felicidade se confundir com consumo. Quantas pessoas não abririam mão de uma viajem para comprar um carro de luxo? Investiriam boa parte de seu salário em um celular de última geração? Passariam o momento mais feliz de seu final de semana em um estádio de futebol, pagando pela camiseta, pelo assento, pela comida, pelos atletas, pelo banheiro... E recebendo em troca uma bola dentro de uma rede. Isto real- mente faz as pessoas felizes, ou esta é única felicidade que conhecem? Ao longo dos anos aprendemos a "ser feliz". Torcemos por times de futebol, pois desde que nascemos somos bombardeados com notícias esportivas todos os dias. Vamos ao shopping no domingo, pois passamos a semana inteira ouvindo falar dele e de suas promoções. Compramos novos smarthphones pois hoje isto é uma necessidade do ser humano. É necessário para trabalhar, para se comunicar, para se divertir... Mas é uma necessidade biológica? Um dos maiores exemplos de que hoje somos manipula- dos pela indústria, é a inserção de aparelhos eletrônicos ( e outros luxos da tecnologia) como uma necessidade do ser humano. Sim, hoje o celular é uma necessidade do ser humano, pois sem um celular você não conseguirá emprego, não se comunicará com seus amigos, será antiquado, atrasado e provavelmente será chamado de homem das cavernas. Hoje nós realmente precisa- mos do celular, mas não precisamos por que queremos. Precisamos pois "nos ensinaram" a precisar. O condicionamento da felicidade é o principal fator para a manutenção da Administração Mundial na obra de Aldous. Como os aparelhos eletrônicos hoje em dia, outros produtos são colocados pela indústria como indispensáveis na vida do ser humano na
  • 6. obra. Nesta ficção, o medicamento Soma é divulgado pela Administração Mundial como essencial para a saúde do ser humano, sendo consumido rotineiramente na vida da civilização. É claro que este comprimido tem como finalidade manip- ular a sociedade, condicionando os indivíduos a pensarem que realmente são felizes. A “felicidade” é o requisito básico para que a população seja passiva e facilmente manipulavel, pois assim não existem protestos nem conflitos. Outro método utilizado para a manipulação da massa na obra de Huxley, é a hipnose. Nesta teoria, frases hipnóticas são frequentemente transmitidas por um aparelho reprodutor enquanto os indivíduos estão dormindo. Assim ao longo do tempo os indivíduos passam a absorver aquela informação, e assim como no ditado, "uma mentira dita mil vezes se torna ver- dade", passam a enxergar aquilo como verdade. Nada muito diferente dos métodos que Hitler e Goebbles implantaram na Alemanha nazista, onde o rádio era utilizado como principal meio manipulador, através de frases e discursos que iludiam o povo alemão a favor do partido nazista. A transmissão de mensagens que tem como objetivo iludir ou manipular o povo, foi objeto de estudos do acadêmico canadense Herbert Marshall McLuhan (1911-1980) que dentre suas pesquisas sobre mídia e manipulação de massa elaborou conceitos como “O meio é a mensagem”, uma frase curta, mas que define muito bem a manipulação que sofre- mos dos grandes canais de comunicação e indústria. O meio em que a mensagem é comunicada para o povo está sujeito a transmitir a mensagem sobre o seu ponto de vista, ou seja, independente da mensagem que está sendo transmitida, ela será influenciada pelo meio que está lhe transmitindo, logo o meio é a mensagem. Ainda sobre esta frase McLuhan elaborou uma metáfora em que cita os programas veiculados na TV como um pedaço de carne suculento que é oferecido ao cão de guarda, enquanto o ladrão rouba a casa. Nesta metáfora, o cão de guarda seria a consciência e a atenção conscientes, en- tretidas com o conteúdo midiático (capítulo de novela, telejornal, entrevistas, seriados, futebol...), enquanto não se questio- na sobre o fato de que todos estes produtos são parte de uma mesma “atividade” para a audiência, isto é, sentar e assistir TV. Como colocado por Huxley em sua obra, a população é entretida com a finalidade de consumir um produto de forma passível.
  • 7. Hoje, poucas pessoas realmente entendem que a manipulação da sociedade descrita por Huxley há mais de 70 anos, está acontecendo. Apesar de ainda não termos chegado ao ponto de extin- guir o parentesco biológico e acabar com sentimentos e emoções, alimentamos todos os dias um gigantesco e lucrativo sistema de trabalho escravo. Não é dito no Jornal Nacional nem nos grandes canais de comuni- cação, mas grande parte dos produtos produzidos no sul da Ásia tem como origem a mão de obra escrava. Segundo estudo da fundação internacional Walk Free estima-se que hoje existam cerca de 35 milhões de pes- soas trabalhando em condições precárias, na maioria dos casos em indústrias no sul da Ásia. Os escravos contemporâneos enfrentam uma rotina de cerca de 16 horas de trabalho por dia, disciplinados através da violência e um baixíssimo salário (se houver salário) que só lhes permite viver no interior das fábricas, em porões extremamente anti-higiênicos e com uma ali- mentação precária. Estas pessoas são normalmente jovens do sexo feminino, ou até mesmo crianças e estão nesta situação pelo fato do sistema não lhe oferece outra oportunidade de vida. É uma questão de agarrar a única oportunidade. Ou morrer de fome, sem ter aonde cair morto. Apesar de ser mais comum no sul da Ásia, é possível encontrar trabalhadores escra- vos em diversas metrópoles, inclusive em São Paulo, Brasil.
  • 8. Qualquer semelhança entre a escravidão indústrial no sul da Ásia e o "admirável mundo novo" não é mera coincidência. Enquanto pessoas que são impossibilita- das de enxergar a verdadeira felicidade trabalham para produzir, de forma massiva, os suprimentos da sociedade (ípslons e deltas no livro); os indivíduos de classes sociais superiores financeiramente, (gamas e betas), encontram-se no comodismo da felicidade industrial, consumindo roupas, alimentos, ferramentas e até diversão, já que toda diversão que possuem, na maioria das vezes, é comprada. Em 2015, religiões ainda são as maiores responsáveis por guerras e conflitos no planeta terra. Organizações que exploram a religião como faixada para grandes empresas que apenas visam ao lucro, uti- lizam-se de métodos de manipulação e lavagem cere- bral para, inclusive comprar, os seus fiéis. De acordo com o psicólogo americano Steve Hassan, que passou 5 anos como membro do culto conhecido como Igreja da Unificação, ainda ativa no Brasil, a seita ficou famosa justamente por seus métodos de recrutamento e acusações de lavagem cerebral. "Eu tinha me separado de uma garota e, pouco tempo depois, fui abordado por 3 mulheres. Elas não falaram que eram de uma religião, que acreditavam que o reverendo Moon era o Messias, nada disso. Só falaram que faziam parte de um grupo de amigos espalhado pelo mundo e me convidaram para ir a um jantar grátis", explica Hassan. "A partir daí, foi um processo gradual. Ir lá e con- hecer os amigos delas foi um passo. Voltar e jantar, outro passo. Ir a uma palestra, voltar no dia seguinte, mais um passo. Durante esse tempo, eles perguntavam várias coisas bem detalhadas sobre mim, e eu dava, voluntariamente, informações muito pessoais, sem perceber que estava entregando as ferramentas para que me manipulassem." (Steve Hassan; Revista Superinteressante, 2009).
  • 9. A instituição religiosa de carater evangelico “Igreja Universal” é liderada pelo Bispo Edir Macedo, que também é proprietário da rede de televisão “Record”. A proximidade entre relgião e informação é constantemente questionada por profissionais e estu- diosos da área. O joranlista Flávio Ricco afirma que a Rede Record insiste em misturar conteúdos pró Igreja Universal com o conteúdo jornalístico que é veiculado no canal de televisão aberta. Em sua coluna no portal UOL, referindo-se a uma reportagem de 26 minutos veiculada no programa “Domingo espetacular” ele afirmou: “Em nenhum momento houve a tentativa de querer disfarçar alguma coisa. Foi tudo na cara dura mesmo, inclusive com tomadas dentro de uma igreja. Se ainda na Record faltava infiltrar religião no jornalismo, não está faltando mais.” A mistura de instiuições religiosas com canais de comunicação é um exemplo perfeito para o conceito elaborado pelo pesquisa- dor canadense Herbert Marshall McLuhan, “o meio é a mensagem”, anteriormente citado neste ensaio. A frase define muito bem a polêmica que envolve religião e informação. De acordo com o conceito elaborado por McLuhan, o meio em que a informação é transmitida interfere no sentido em que a mensagem passa ao receptor, influenciando totalmente no caráter do conteúdo veícu- lado. Fazer propaganda de ideais religiosos em notíciarios ou programas de entreterimento da população é manipulação de massa. Informar, através de um olhar que tende à uma opinião sinifica modificar a mensagem que está sendo transmitida para o receptor. Algo, que no jornalismo não pode ser considerado ético. Hoje em dia, instituições religiosas são detentoras de canais de comunicação.
  • 10. Seja no comércio asiático ou nas milionárias igrejas, nos comerciais de tv ou pelos remédios para emagrecer. A verdade, é que após a leitura desta obra e a realização dessa pesquisa, deparo-me com a realidade de nossa sociedade. Não somos manipulados por todos em todos os lugares durante todo o tempo, como em “o admirável mundo novo”. Mas, sim, sofremos as consequências do poder industrial. Grandes empresas e orgãos políticos dominam a vida de milhares de pessoas. Igrejas e organizações religiosas condi- cionam a vida de indivíduos. Na mais atual guerra, uma organização denominada Estado Islãmico manipula seus fíéis, levando muitos a cometerem suicídio pela sua “fé”. A manipulação não é total, mas ela existe. O homem pode se libertar, pode lutar contra ela, pode ser dono de sua opinião, determinar o seu caminho, fazer a sua felicidade. Basta procurar saber, querer entender, e viver cada momento da sua maneira. Seria uma enorme injustiça, chamar a obra de Aldous Huxley “O admirável mundo novo ” apenas de literatura. O livro pode não conter um romance apaixonante ou uma trama de enxugar os olhos. Entretanto, passa uma mensagem valiosa para a soicedade de uma maneira espetacular. As relações entre sociedade clássica e moderna, o poder da indústira, a manipulação do governo, a dádiva da individualidade, a importância dos sentimentos, e o valor da felicidade. Refletir é fácil junto às pala- vras de Huxley. Descobrir é apenas um processo decorrente das pesquisas. A obra do autor inglês é um desvendar de olhos para a sociedade. Conclusão
  • 11. http://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p4.php http://advaldeci.jusbrasil.com.br/artigos/111749665/tra balho-escravo-contemporaneo http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revis- ta_artigos_leitura&artigo_id=5242 http://super.abril.com.br/ciencia/lavagem-cerebral http://www.historialivre.com/contemporanea/regtotal.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Nazismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Fascismo texto: Propaganda, felicidade e consumo ; Ismar Capistrano Costa Filho Livro:“ A sociedade do consumo”; Jean Baudrillard http://www.cut.org.br/noticias/mundo-tem-35-8-milhoes-de-es- cravos-modernos-aponta-estudo-2c8b/ http://noticias.gospelmais.com.br/record-jornalismo-propaganda-igreja-universal-73986.html http://www.leffa.pro.br/textos/abnt.htm#citacoes http://www.dicio.com.br/informacao/ Livro:“ O admirável mundo novo” Referências https://pt.wikipedia.org/wiki/O_meio_é_a_mensagem www.marshallmcluhan.com educacao.uol.com.br/biografias/jean-baudrillard.jhtm www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/.../verb_b_marshall_mcluhan.ht.