O documento discute os testes de estresse realizados em bancos. Apresenta os objetivos dos testes de estresse, que são observância regulatória e resiliência. Também descreve a evolução da regulação bancária ao longo do tempo, com mudanças nas normas de Basiléia para incluir mais testes de estresse.
13. Projeto Basiléia
• 1930 – Fundação
• 1988 – Basiléia com 30 páginas
• 1994 – “Brasiléia”
• 1996 – Documentos com testes de estresse
• 1999 – Primeira versão de Basiléia II
• 2006 – Basiléia II com 347 páginas
• 2013 – Basiléia III com 616 páginas
14.
15. Deficiências de Basiléia II
• “Too big to fail”?
• Supervisão?
• Subprime?
• Derivativos?
• Liquidez?
• Capital?
• Regras reativas?
Basiléia III
16. Basiléia III = Basiléia II +
• Ênfase em evitar o pior (proativo)
• Índices de liquidez e de alavancagem
• Qualidade e quantidade de capital
• Governança, supervisão e SIG
• Prospectivo:
• Estratégias e gestão
• Testes de estresse - “Vai que?”
17. Testes de estresse em bancos
• FED
• FMI x Basiléia
• FMI - FSAP
• Basiléia
• Basiléia I - omissa
• 1996 – textos sobre testes
• Basiléia II e III – princípios e detalhamento
18.
19. Banco Central do Brasil
• 1994 – “Brasiléia” Res. 2.099
• 2000 - Risco de liquidez Res. 2.804 (4.090)
• 2006 – Risco operacional Res. 3.380
• 2007 - Risco de mercado R 3.464
• 2009 - Risco de crédito R. 3.721
• 2011 – Gerenciamento de K Res. 3.988 (RO)
• 2012 – Risco de Liquidez R 4.090
20. Resolução 2804 de dez 2000
• V - realizar periodicamente testes de
avaliação dos sistemas de controles
implantados, incluindo testes de estresse,
testes de aderência e quaisquer outros
que permitam a identificação de problemas
que, de alguma forma, possam
comprometer o equilíbrio econômico
financeiro da instituição
21. Resolução 4090 - liquidez
• VI - realização periódica de testes de
estresse com cenários de curto e de longo
prazo, idiossincráticos e sistêmicos, cujos
resultados devem ser considerados ao
estabelecer ou rever as políticas, as
estratégias, os limites e o plano de
contingência de liquidez;
• Idiossincráticos = individuais específicos
22. Resolução 3464 - mercado
• V - realização de simulações de condições
extremas de mercado (testes de estresse),
inclusive da quebra de premissas, cujos
resultados devem ser considerados ao
estabelecer ou rever as políticas e limites
para a adequação de capital.
23. Resolução 3721 – crédito
• XIV - realização de simulações de
condições extremas (testes de estresse),
englobando ciclos econômicos, alteração
das condições de mercado e de liquidez,
inclusive da quebra de premissas, cujos
resultados devem ser considerados
quando do estabelecimento ou revisão das
políticas e limites;
24. Resolução 3988 – capital
• IV - simulações de eventos severos e
condições extremas de mercado (testes de
estresse) e avaliação de seus impactos no
capital;
• Circular 3.547 ICAAP
• IV - descrição das metodologias utilizadas
na estimativa de necessidade de capital,...,
e nos testes de estresse,...
25. Regulamentação de testes
• Exigências são diferentes para cada risco
• Compatibilidade com as especificidades de
cada instituição, a natureza das suas
operações, a complexidade dos produtos e
serviços e a dimensão da suas exposições
• Cenários, fatores e horizontes individuais
• Fase de implantação e aprendizado dos
testes no Brasil e no mundo
30. Cenários
• Visão do futuro
• Hipotéticos e históricos quantitativos
• Detalhado - geral
• Horizontes temporais diversos
• Variáveis qualitativas e quantitativas:
• Regulação, escândalos, inundação,...
• PIB, juros, bolsa, inadimplência, dólar,...
31. Exemplo: cotação do dólar
• Resto do mundo
• Atuação do BC
• Políticas monetária e cambial
• Dinâmica da economia
• Desempenho da balança comercial
• Expectativas
• ....
55. Cenário quantitativo (VaR)
• Usar a distribuição não parametrizada
• Parametrizar a distribuição (p.e. Lognormal)
• Projetar
• Cotações
• Volatilidades
• Quantiles
• Definições (p.e. 0,001: -5,270 e 6,079)
56. Cenário de estresse do dólar
• Cenário esperado +
• Eventos inesperados no exterior
• Situações extremas internas
• Comportamento de manada
• Estrutura do mercado de câmbio
• Descasamento na posição externa
• Atipicidades
57. BCB - março 2014
Posição de inv. internacional
13.6
201.1
602.4
761.0
1,578.0
98.1
363.9
298.6
760.7
- 817
-238.5
-1,000.0 -500.0 - 500.0 1,000.0 1,500.0 2,000.0
Outros
Empréstimos
I em carteira (C)
IED
Passivo (B)
Outros
Reservas (D)
Investimentos
Ativo (A)
(A-B)
(C-D)
59. Quantitativos x hipotéticos
• Custo
• Velocidade
• “Objetividade”
• O futuro repete o passado?
• Dependência de duração do ciclo e amostra
• Plausibilidade
• Severidade
66. Ferramentas
• Comuns
• C1 - Análise de sensibilidade
• C2 - Identificação de vulnerabilidades
• C3 - Testes de estresse
• Transmissores/canais específicos para:
• T1 – mercado, T2 - crédito, T3 - liquidez,
T4 - operacional, T5 - Capital
67. C1 - Análise de sensibilidade
Diagramas de Bachelier
Variável
endógena:
lucro,...
Variável exógena: R$/US$...
68. C1- Análise de sensibilidade
• ∆ R$/US$ > ∆ K
• ∆ Selic > ∆ K
• ∆ Ibovespa > ∆ K
• ∆ PIB > ∆ K
• ∆ Crédito > ∆ K
• ∆ Morosidade > ∆ K
• ∆ Folha > ∆ K
69. C2 - Id. de vulnerabilidades
• Reverse Stress Testing
• - ∆ EK > ∆ R$/US$
• - ∆ EK > ∆ Selic
• - ∆ EK > ∆ Ibovespa
• - ∆ EK > ∆ PIB
• - ∆ EK > ∆ Crédito
70. C3 - Teste de estresse
• Seleção de fatores, horizontes e durações
• Estimativa das correlações
• Definição da severidade/plausibilidade
• Escolha de canais/transmissores
• Avaliação dos resultados
• Calibração
• Documentação
73. T1 - Mercado exemplos
• Deslocamento paralelo dos juros de 1%
• Retomada das altas com um choque em
dezembro de 2014
• Uma alta do dólar para R$ 2,75 dia 24.10
• Um choque de eficiência no crédito –
eliminação do IOF e compulsórios
• Uma queda (alta) da bolsa de 7% dia 17.10
74. T2 - Crédito
• Resoluções 2.682 e 3.721
• A regra das classificações na carteira
• Matriz de transição
• Contágios
• Contingências
• Concentração
• EL = PD.LGD.EAD e UL = SPD.SLGD.SEAD
75. T2 – Crédito exemplos
• Reclassificar operação a operação - bottom
up (versus top down)
• Deslocar a classificação de % dos créditos
um ou mais degraus
• Default das n maiores exposições
• Inadimplência de um setor
• Quebra de um banco
76. T3 - Liquidez
• Fluxo de caixa depende de:
• Crédito
• Depósitos
• Contingências
• Linhas de crédito
• Riscos operacionais (fraude), sistêmicos,
de imagem e regulatórios
77. T4 - Operacional
• Exposição, fatores e probabilidades
• Varejo, atacado e outras linhas de negócios
• Pessoas, processos, tecnologia e externo
• Fator a fator e risco a risco
• Relação de causa e efeito
• Estimativas e ou consultores externos
• Parâmetros (benchmarks) da indústria
78. T5 - Capital
• Fatores – Balanço e L&P
• Resultados
• Indicadores
• Capital
• Regulatório
• Econômico
• Excedente econômico e regulatório
79. T5 - Capital do sistema
• BCB desde 2002 até março de 2014
• FMI ISAP 2012
• Em conjunto com BCB
• Parada brusca, recessão demorada e
perda dos termos de troca
• Sistema Financeiro Nacional é sólido
• porém instável, ineficiente e injusto
85. Resumo das etapas
• Análise de sensibilidade
• Identificação de vulnerabilidades
• Seleção de variáveis
• Definição de horizontes e persistências
• Cenários
• Testes
• Aplicação
86. Qualidade dos testes
• ≤ a dos insumos:
• Estrutura
• Pessoas e competências
• Objetividade
• Transparência
• Governança
• Uso
88. Usos
• Gestão de riscos de:
• Crédito, liquidez, mercado e operacionais
• Precificação de seguros e produtos
• Observância
• Estratégia – SWOT
• Alocação de capital
• Planos de contingência
90. Complemento do VaR
• VaR não informa a direção dos riscos
• VaR não dimensiona as perdas potenciais
de caudas grossas
• As hipóteses simplificadoras do VaR
podem perder validade em estresses
• Correlações
• Cones de volatilidade
91. Planos de contingência
• Sapo e água
• Há falhas que são letais
• Desenhar plano com gatilhos e ações antes
• Políticas, estruturas e relatórios parcimoniosos
• Detecção e atuação pro ativa
• Evitar ao máximo afetar a área comercial
• Definir ações para o momento do estresse
92. Momento do estresse
• Operação sem parar
• Quem faz o que:
• Cadeia de comando, equipe, clientes,
imprensa, clientes, venda de ativos,...
• Comunicação:
• Central de informações, horários
• Local externo e backup de informações
93. Revisão
• Periódica
• Objetiva
• Independente
• Abrangente
• Análise custo benefício
• geral
• Específica
• O que pode ser melhorado?
95. Benefícios
• Observância
• Resiliência
• Saúde financeira
• Administrar oportunidades em vez de
problemas
• Proposta de valor mais consistente
• Cenário para os bancos 2014 - 2024
96. Checklist
• Tem a severidade necessária?
• É plausível?
• É simples?
• É útil?
• Está atualizado e documentado?
• É suficiente para a supervisão?
• Agrega valor?
97.
98.
99. Curso de indicadores econômicos
Data: de 18 a 22 de agosto de 2014
Objetivo: apresentar os indicadores mais relevantes da
economia do Brasil e do mundo, suas fontes, decodificação,
formas de acompanhamento e ferramentas de análise para
interpretar melhor as notícias e estatísticas aplicando-os de
modo mais criterioso nas tomadas de decisões empresariais.
Público: profissionais de todas as áreas, não especialistas,
que têm que interpretar o ambiente macroeconômico.
Coordenador: Roberto Luis Troster
Mais informações: www.fipe.org.br (11) 3289-0813
cursospaulista@fipe.org.br e robertotroster@uol.com.br
100. Curso de Banking
Data: de 1 a 5 de setembro de 2014
Objetivo: Expor os princípios que devem orientar a gestão -
capital, crédito, riscos, liquidez, ALM e margens, indicadores,
princípios, evolução, perspectivas, como geram lucro, seu
funcionamento, sua contribuição ao país e as qualidades que
devem ter.
Público: está voltado para gestores bancários, controladores,
acionistas, investidores, relações institucionais e analistas.
Coordenador: Roberto Luis Troster
Mais informações: www.fipe.org.br (11) 3289-0813
cursospaulista@fipe.org.br e robertotroster@uol.com.br
101. Consultoria independente em assuntos bancários, gestões de riscos, capital,
liquidez, margens e crédito, planos de negócios, guias de investimento,
estudos técnicos, competitividade, benchmarking, CAMELR, macroeconomia,
cenários, testes de estresse, Road Shows, regulamentação e projetos.
A carteira de clientes inclui os bancos: Paulista, Luso Brasileiro, VR, Prosper,
BCN, CIT, Bradesco, Pecúnia, da Amazônica, Antônio de Queiroz, Geral do
Comércio, BanPará e Semear, e Prefeitura Municipal de Campinas; Igeoc;
Confederação Nacional da Indústria; Sebrae; Cooperativa de Bancos da
Alemanha; Paranapanema; Brasil EcoDiesel; Companhia Melhoramentos
Norte do Paraná; Serasa Experian; Willian Mercer; Atalntic Rating; Banco
Mundial; Cooperforte; Supervisão Bancária da Colômbia e o Fundo Monetário
Internacional.
Roberto Luis Troster é o sócio da Troster & Associados e é doutor em
economia pela USP, pós graduado em banking pela Stonier School of Banking;
foi economista chefe da Febraban, da ABBC e do Banco Itamarati, ex diretor
adjunto dos bancos Finasa e Mercantil de São Paulo foi membro fundador da
Câmara de Administração de Assuntos de Risco, lecionou na USP,e PUC-SP.