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COESÃO TEXTUAL
Coesão textual
Ingedore Koch conceitua a coesão como:
O fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos
lingüísticos presentes na superfície textual se encontram
interligados, por meio de recursos também linguísticos,
formando seqüências veiculadoras de sentido.
Ou seja, a coesão é a “amarração” entre as várias partes
do texto, ou seja, o entrelaçamento significativo entre
declarações e sentenças. Existem, em Língua Portuguesa,
dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical.
Seguem alguns exemplos de coesão:
• Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar,
a coisa ou a pessoa a que se faz referência
Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do
Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por
suas belezas naturais, hospitalidade e carnaval.
• Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um
verbo enunciado anteriormente. Também pode ocorrer o
contrário: um verbo retomar um substantivo já enunciado.
Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração,
entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso.
• Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda
que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos,
algumas substituições favorecem a não repetição de palavras.
Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não
obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os
carros não estavam em um lugar de destaque no evento.
• Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes
há a necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela
representar a temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao
máximo esse tipo de procedimento ou, ao menos, afastar as
duas ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos
vários recursos para garantir a coesão textual.
Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo
moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por
isso a fome tem sido uma preocupação constante dos
governantes mundiais.
• Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz
uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes,
como uma retomada.
Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher
uma enorme quantidade de formulários, que devem receber
assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso, ainda falta a
emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas
limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o
Brasil.
• Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar
como recurso de referência a termos ou expressões
anteriormente empregados. Para o emprego adequado,
convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes.
Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-
las sem a devida orientação.
• Numerais - as expressões quantitativas, em algumas
circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de
coesão.
Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os
alunos e o segundo cabia à administração do colégio.
• Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e
outros) - expressões adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí
servem como referência espacial para personagens e leitor.
Ex.: Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou
mais de duas horas admirando as belezas do Rio.
• Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de
um termo ou expressão que pode ser facilmente
depreendida em seu sentido pelas referências do contexto.
Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e
começou a arrumar tudo para a assembléia com os
acionistas.
• Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis
revelou-se como um dos maiores contistas da literatura
brasileira. A vasta produção de Machado garante a
diversidade temática e a oferta de variados títulos.
• Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada
como elo coesivo, por substituir uma palavra por outra,
fundamentada numa relação de contigüidade semântica.
Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os
índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa
deste mês.
Remissão
• Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode
desempenhar a função de (re)ativação do referente. A reativação do
referente no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou
catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas.
• A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais
de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por
numerais, advérbios e artigos.
• Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso,
são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz.
• A remissão catafórica (para a frente) realiza-se preferencialmente através
de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos,
mas também por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de
numerais. Exemplos:
• Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara,
mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era
tudo o que sabíamos dele, o professor, gordo e silencioso, de ombros
contraídos.

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Coesão Textual

  • 2. Coesão textual Ingedore Koch conceitua a coesão como: O fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos lingüísticos presentes na superfície textual se encontram interligados, por meio de recursos também linguísticos, formando seqüências veiculadoras de sentido. Ou seja, a coesão é a “amarração” entre as várias partes do texto, ou seja, o entrelaçamento significativo entre declarações e sentenças. Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical.
  • 3. Seguem alguns exemplos de coesão: • Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar, a coisa ou a pessoa a que se faz referência Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade e carnaval. • Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo já enunciado. Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. • Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição de palavras. Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um lugar de destaque no evento.
  • 4. • Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao máximo esse tipo de procedimento ou, ao menos, afastar as duas ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos vários recursos para garantir a coesão textual. Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma preocupação constante dos governantes mundiais. • Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada. Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois de tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil.
  • 5. • Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego adequado, convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes. Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá- las sem a devida orientação. • Numerais - as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de coesão. Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia à administração do colégio. • Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e outros) - expressões adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem como referência espacial para personagens e leitor. Ex.: Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas admirando as belezas do Rio.
  • 6. • Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas referências do contexto. Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembléia com os acionistas. • Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis revelou-se como um dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante a diversidade temática e a oferta de variados títulos. • Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada como elo coesivo, por substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contigüidade semântica. Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.
  • 7. Remissão • Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode desempenhar a função de (re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas. • A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos. • Exemplo: André e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este não briga com quem torce para outro time; aquele o faz. • A remissão catafórica (para a frente) realiza-se preferencialmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas também por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de numerais. Exemplos: • Exemplo: Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele, o professor, gordo e silencioso, de ombros contraídos.