2. Nós – E o sublime intercâmbio da mediunidade nos
relacionamentos de casal
A mediunidade nos relacionamentos
3. O Relacionamento é tão complexo quando se fala de
pessoas. Relação é naturalmente pensar no casal, nos pais,
os maridos e mulheres. Estas são as pessoas com quem
passamos mais tempo na nossa vida.
4. Se aliarmos a isso os componentes: amor, amizade, desejo, objetivos
de vida, etc. Poderemos na base dos sentimentos e propósitos, definir
a sua natureza, o seu percurso e as suas obras. Abordaremos numa
perspetiva filosófica, biológica, psicológica e espírita o casal e,
naturalmente, sobre a família, dado que são conceitos afins.
5. O Banquete de Platão
O discurso de Aristófanes – Mito de Androginia
6. A sociedade grega foi, das primeiras a
ponderar o que une dois seres.
No texto, O Banquete de Platão, aborda
uma das primeiras visões sobre o amor, a
sexualidade e o casal, o mito pretendia,,
explicar o porquê de percorrermos o mundo
em busca da nossa plenitude.
7. O Mito de Androginia relata o
seguinte.
No passado o sexos das pessoas não eram dois,
como agora. Pelo contrário, existiam na terra
três sexos: o masculino, o feminino e o
andrógino, que tinha tanto o masculino como o
feminino. Na civilização Grega este mito, a
justificava o porquê de homens e mulheres
procurarem não apenas parceiros do sexo
oposto, mas do próprio sexo. Para eles, o amor
era uma questão de plenitude, de voltar a
encontrar a sua metade, aquele que o
completa e não necessariamente apenas um
aspeto fisiológico. Contudo, não teríamos
tempo para abordar aqui a temática da
sexualidade, e compreendamos que desta
forma, o casal é entendido como a forma de
adquirir integridade, unicidade novamente
9. Na Psicologia, o Amor é a combinação de
pensamentos, sentimentos, motivações,
reações psicofisiológicas, comportamentos
verbais e não-verbais que envolvem
relações sexuais e espaços de intimidade
entre dois seres.
É um processo, de várias etapas que inicia
com a paixão, evolui para o amor romântico
quando é recíproco, e se desenvolve pela
diminuição da paixão e com um aumento da
intimidade e do comprometimento.
Esta conjugação da paixão, da intimidade e do
compromisso, proporções do amor, podem
caracterizar diversos tipo de relacionamentos.
Vejamos…
11. A paixão reúne a componente do desejo.
Quando existe sozinha consideramos que existe
apenas atração física entre dois seres. A
associação com base na atração física apenas
abre campo a um vazio existencial enquanto
casal, já que esta tende a acabar passado algum
tempo. Outro campo é a intimidade. Aqui
encontramos uma espaço de relacionamento
interpessoal, partilha e tolerância pelas
características do outro. Um relacionamento
exclusivo de intimidade é uma amizade.
A terceira dimensão é o comprometimento.
Neste campo vemos a constituição de um
objetivo, de um fim em comum para ambos os
elementos doc casal. A existência de apenas
comprometimento pode ser uma parceria de
negócios como um casamento assente em
princípios financeiros ou políticos. Funciona de
forma mais semelhante a um grupo do que a
um casal.
12. Estas dimensão podem existir
de forma ponderada; de
acordo com a sua expressão e
associação encontramos outro
tipo de amores. Por exemplo,
paixão e comprometimento
caracteriza o amor instintivo,
que se baseiam num objetivo
sexual e de associação física.
Por outro lado, a paixão e a
intimidade caracterizam o
amor romântico, em que as
pessoas estão juntas sem um
objetivo, apenas pelo espaço
que se gera entre ambos.
13. O comprometimento e intimidade é o amor
companheiro, muito característico de casais
em fim de vida, que são o suporte um do
outro.
Finalmente, a reunião equilibrada das três
dimensões leva-nos ao amor verdadeiro de
casal, aquele que reúne a paixão, a intimidade
e o objetivo em comum. A qualidade do
objetivo, do entendimento físico e o grau de
intimidade irão, também determinar o sucesso
e manutenção deste sentimento ao longo da
vida. No entanto, este modelo falha em
compreender porque casais que reúnem as
condições para o sucesso falham, e porque
outras vezes, casais que não cumprem os
requisitos do amor verdadeiro permanecem
nos seus relacionamentos para lá do aceitável.
Na verdade, todas as visões até aqui ignoram
um antecedente a todas estas considerações:
a preexistência da alma e de vivências
14. “A simpatia que atrai um
Espírito para outro resulta
da perfeita concordância
de seus pendores e
instintos. Se um tivesse
que completar o outro,
perderia a sua
individualidade.”
LE.301
15. LE. 386. Podem dois seres que se
conheceram e estimaram encontrar-se
noutra existência corporal e
reconhecerem-se?
“Reconhecer-se, não. Podem, porém,
sentir-se atraídos um para o outro. E,
frequentemente, diversa não é a causa
de íntimas ligações fundadas em
sincera afeição. Um do outro dois
seres se aproximam devido a
circunstâncias aparentemente
fortuitas, mas que na realidade
resultam da atração de dois Espíritos,
16. A conquista do Espiritismo…
(…) na Terra, o matrimónio pode assumir aspetos variados, objetivando
múltiplos fins. Em razão disso, acidentalmente, o homem ou a mulher
encarnados podem experimentar o casamento terrestre diversas vezes, sem
encontrar a companhia das almas afins com as quais realizariam a união ideal.
In Evolução em dois mundos.
O texto continua explicando…
“Isto porque, comummente, é preciso
resgatar essa ou aquela dívida que
contraímos com a energia sexual,
aplicada de maneira infeliz ante os
princípios de causa e efeito.”
17. Vejamos o caso de André Luiz, na descrição
do nosso lar. Depois de refeito do período de
conturbação e encaminhado a Nosso Lar, ele
começa a pedir para visitar a família. Após
extensa preparação, é-lhe dada permissão
para visitar a sua família.
Ao chegar ele encontra um cenário
transformado, em que a sua mulher é agora
mulher de outro indivíduo. Por momentos, ele
cede à pressão do ciúme e da visão terrena da
vida. Ele poderia ter seguido essa via e ter
procurado influenciar os pensamentos da sua
mulher e do seu cônjuge no sentido de piorar o
relacionamento de casal.
Contudo ele é capaz de resistir a esse impulso
e passa a ver a mulher e o novo marido como
irmãos, passando a protegê-los e a beneficiá-
los.
18. LE. 459. Influem os Espíritos em nossos
pensamentos e em nossos atos?
“Muito mais do que imaginais. Influem a tal
ponto, que, de ordinário, são eles que vos
dirigem.”
LM. 159. Todo aquele que sente, num grau
qualquer, a influência dos Espíritos é, por
esse facto, médium. Essa faculdade é
inerente ao homem (…). Pode, pois, dizer-se
que todos são, mais ou menos médiuns.
19. As relações de casal
apresentam dificuldade
não apenas na dimensão
física, mas também na
dimensão espiritual da
vida. A consequência dos
matrimónios nesta ou
noutra existência tanto
podem resultar de aspetos
benéficos como negativos
à vivência do casal atual.
20. Perante a permeabilidade
que temos à influência
espiritual, com facilidade
percebemos muitas
vezes, que os problemas
surgidos enquanto casal
advêm não apenas das
expiações e provas a que
nos propomos
ultrapassar, mas
igualmente da facilidade
que temos em sintonizar
com os espíritos que se
21. PROPOSTAS!
Valores e princípios familiares.
Conhece-te a ti mesmo.
Comunicação eficaz – escuta ativa.
Evangelho no lar.
Vigiai e orai!
Amai-vos uns aos outros!
Victor Passos