2. O cantor e compositor Caetano Veloso nasceu em 1942,
em Santo Amaro da Purificação. Em 1960, já morando em
Salvador, começou a cursar Filosofia na UFBA, período em
que conheceu diversos outros artistas baianos que teriam,
em breve, participação decisiva em sua carreira.
Em 1964, ainda na Bahia, integrou o show Nós, Por
Exemplo, ao lado de Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa,
Maria Bethânia e outros. Em 1967, já reconhecido como
letrista de talento, dividiu com Gal seu primeiro
LP, Domingo, e defendeu, ao lado dos Beat Boys, a canção
“Alegria, alegria”, de sua autoria, no III Festival de MPB
da TV Record. Este evento é considerado um dos marcos
do início do Tropicalismo.
3. Após uma série de shows, o movimento liderado por
Caetano e Gilberto Gil, sempre cercado de muita
polêmica, acabou reprimido pelo regime militar. Ambos
foram presos e partiram para o exílio político em 1969.
Caetano foi para Londres, onde gravou dois discos,
retornando ao Brasil três anos depois com novo visual e
nova proposta musical. Em Salvador, dividiu, então, um
show com Chico Buarque no Teat
Em 1973, Caetano lançou seu disco mais
experimental, Araçá Azul, recordista em devoluções por
parte dos ouvintes. Após os discos lançados em 1975,
Caetano juntou-se a Gil, Gal e Bethânia para formar Os
Doces Bárbaros. Ao longo da segunda metade dos anos 70,
Caetano lançou discos que marcaram época.
4. Na década de 80, ele passou a incorporar novos elementos
sonoros nos trabalhos, como o pop-rock dos anos 80 e o
rap. Em 1986, apresentou com Chico Buarque o musical
Chico & Caetano, na TV Globo, e dirigiu o longa-
metragem O Cinema Falado.
No início dos anos 90, Caetano Veloso gravou o
disco Circuladô.
Em seguida, retomou a parceria com Gilberto Gil, no disco
comemorativo Tropicália 2, seguido por Fina Estampa,
com recriações de clássicos latinos.
E continua até hoje, lançando discos e fazendo sucesso.
Caetano Veloso é considerado um Agente cultural.
5. Agente Cultural
O agente cultural não é um mero promotor de atividades,
ele é um profissional que atua como agente cultural
público, desempenhando o papel de agente cultural
comunitário, este profissional estimula, compartilha e
impulsiona as vivências das comunidades produtoras de
cultura de uma dada localidade. Ele está vinculado,
assim, com as iniciativas e procedimentos culturais de
uma região, não somente como um gestor de práticas
culturais, mas como alguém que direciona sua percepção
para a esfera sócio-cultural, atuando como mediador
entre o âmbito público e os grupos comunitários.