2. Segundo a ABIA (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
IDÚSTRIA DA ALIMENTAÇÃO), o
número de vendas na indústria da alimentação tem
aumentado bastante nos últimos anos. Em 2012 esse aumento
foi de 431,9 bilhões.
Nos frigoríficos, o trabalho manual e repetitivo na
separação das carcaças de animais oferece uma série de
perigos. Máquinas sem proteção e dispositivos de segurança
também apresentam ameaças em diversos ramos dessa
indústria, seja quando estão em operação, seja na hora da
limpeza e manutenção. Sem falar no desconforto oferecido
pelo ruído dos equipamentos e pela inevitável exposição ao
calor de fornos e ao frio das câmaras frigoríficas.
3. Ministério Público do Trabalho quer o
cumprimento da NR 36
Nas últimas décadas, a proteção à saúde dos
trabalhadores vem sido negligenciada, o que gera:
Ritmo excessivo;
Insuficiência de pausas;
Mobiliário inadequado;
Jornadas superiores 10 horas;
Não concessão de intervalos legais de no mínimos 1
hora para alimentação;
Falta de proteção de máquinas e equipamentos;
Não emissão de CAT.
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9. CAMINHOS PARA A REDUÇÃO DOS RISCOS
Acidentes
com máquinas:
Proteger os pontos de operação dos equipamentos que possam
causar prensagens e agarramentos de partes do corpo;
As máquinas devem contar com células fotoelétricas capazes de
interromper o funcionamento caso um trabalhador prenda uma
parte do corpo;
Sinalizar a fim de se orientar com sinalização quanto a proibição
de se inserir mãos e braços na máquinas em funcionamento;
É proibida a utilização de adornos, assim como camisas com
manga comprida, roupas largas e cabelos longos que não
estejam presos ou retidos em toucas.
10. Cortes com facas ou ferramentas:
Deve-se
verificar se a faca está em condições
de uso, pois os defeitos contribuem para os
acidentes;
As
ferramentas devem ser guardadas em lugar
seguro quando estiverem sendo utilizadas;
EPI’s
como luva de malha de aço e proteção
para o tronco também previnem acidentes.
11. Choques elétricos:
Apenas
eletricistas devem realizar trabalhos com
eletricidade;
Cabos
elétricos não devem passar por locais que
possam tomar chuva ou ter contato com água;
Máquinas
devem ser eletricamente aterradas e ter seu
funcionamento interrompido em caso de acidentes;
Tomar
cuidado para que a água não atinja partes
elétricas do maquinário na hora da limpeza.
12. Queimaduras por água quente, vapor e
produtos químicos:
•
Proteger os trabalhadores com protetor facial e/ou óculos
de segurança, aventais para proteção de tronco, luvas para
mãos e braços além de calçados de segurança;
•
O colaborador só pode realizar trabalhos somente quando
for treinado para tal;
•
Utilizar EPI’s adequados ao manusear produtos químicos;
•
A CIPA e a SST devem orientar sobre os cuidados
especiais nas operações com amônias e cloreto de metila
(substâncias utilizadas na refrigeração).
13. Movimentação de cargas:
Somente
trabalhadores treinados podem operar
veículos industriais;
Os veículos devem ser inspecionados antes de
qualquer operação;
Produtos e matérias primas devem ser empilhados
seguindo cuidados especiais para que não caiam sobre
os trabalhadores;
Pallets, estrados e outros dispositivos que
estejam inadequados devem ser retirados do
uso imediatamente.
14. Evitando a LER (lesão por esforço
repetitivo)
Trabalhadores
podem sugerir alternativas para
aliviar os movimentos que exijam muito do
corpo. O rodízio de tarefas e a ginástica
laboram também colaboram;
Os
colaboradores devem ser orientados a
procurar o médico assim que surgirem os
sintomas.
15. Proteção contra o calor e o frio:
Em
ambientes quentes, os operários devem consumir
bastante água e seguir as orientações da SST e da CIPA;
Em
ambientes frios e áreas climatizadas, deve-se utilizar
vestimentas adequadas para manter o corpo aquecido;
Seguir
as normas de segurança SEMPRE a fim de se
evitar acidentes.
16. “É preciso reduzir o ritmo; diminuir e
controlar as condições de trabalho que
levam às lesões osteomusculares e ao
sofrimento psíquico.”
(Paulo Barros Oliveira)