1) O documento discute a arte modernista na América Latina, focando nas pintoras Frida Kahlo e Tarsila do Amaral.
2) Kahlo e Amaral desenvolveram estilos únicos que refletiam suas culturas e identidades nacionais, ao invés de imitar movimentos europeus.
3) Ambas as artistas utilizaram cores vibrantes e temas locais em suas obras, como a natureza e a cultura do México e do Brasil.
1. Arte na América Latina: A cor nas pinturas de
Frida Kahlo e Tarsila do Amaral
2. A América Latina foi conquistada e colonizada por potências europeias
de idiomas latinos (português, espanhol e francês).
3. Ao contrário do que aconteceu na Europa, o modernismo latino-americano não segue uma
linha contínua da história da arte. Não tinha exatamente uma relação com o anterior, como
por exemplo o cubismo europeu de Picasso e Braque que ainda mantinham um
diálogo com Cézanne.
Les demoiselles d'Avignon,1907 Homem com violão, 1911. Natureza morta, 1895-1900
4. Na América Latina, os
movimentos artísticos tiveram
cunho social, onde os artistas
se mostravam preocupados
com a situação política de
seus países e procuravam
uma ruptura definitiva com
seu passado colonial, numa
busca por uma identidade
nacional pura, sem influências
externas. Os operários, 1933, Tarsila do Amaral
5. A chegada dessas influências
modernistas coincidiu com o período
de comemorações pelos centenários
das independências em diversos
países da América Latina: 1910 no
México, 1921 no Peru, 1922 no
Brasil, 1925 no Uruguai, entre outros.
Logo as primeiras décadas do século
XX foram repletas de festejos e de
profundas reflexões sobre a atual
conjuntura política e social de cada
país.
6. Tarsila do Amaral (1886-1973) – Brasil Frida Kahlo (1907-1954) – México
7. Auto retrato, 1924
Tarsila do Amaral
Em 1917 vai estudar pintura com Pedro Alexandrino, onde
conhece Anita Malfatti.
Em 1920 viaja para Paris e estuda na Académie Julian e
com Émile Renard.
Em 1922, ao retornar ao Brasil, forma, em São Paulo, o
Grupo dos Cinco, com Anita Malfatti, Mário de
Andrade, Menotti del Picchia e Oswald de Andrade.
Em 1923, novamente em Paris, frequenta o ateliê de André
Lhote , Fernand Léger, entre outros.
Em 1928, pinta Abaporu, tela que inspira o movimento
antropofágico, desencadeado por Oswald de Andrade.
8. Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon
Em 1925, estudava medicina quando um acidente grave marcou
sua vida para sempre.
Dois anos depois do acidente Frida leva três de seus quadros
a Diego Rivera, um famoso pintor da época que ela conhecera em
1922, para que os analisasse.
Em 1929 casou-se com o pintor muralista Diego Rivera.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque
com Rivera.
De volta ao México, em 1942, Frida é eleita membro do Seminário
de Cultura do México, passa a dar aulas na escola de arte “La
Esmeralda”, mas sua saúde cada vez pior a obriga a lecionar em
casa.Auto-retrato, Frida Kahlo, 1940
9. “Pinto a mim
mesmo porque
sou sozinha e
porque sou o
assunto que
conheço
melhor.”
Frida Kahlo
“Auto-retrato em um vestido de veludo”, 1926. Sugere uma influência e conhecimento da arte europeia.
10. FRIDA KAHLO
O artesanato tradicional do México é uma mistura de técnicas e desenhos indígenas e europeus.
11. O artesanato e a arte popular mexicana traduzem a cultura deste povo milenar
e traz sua cores, diversos materiais para uso decorativo, utilitário e religioso.
FRIDA KAHLO
12. São muitos os itens produzidos á mão por artesões: vasos, cerâmicas,
tapeçarias, móveis, tecidos, painéis, couro, instrumentos musicais, máscaras, prata,
imagens e outros.
13. Em janeiro de 1928,
Tarsila queria dar um
presente de aniversário
especial ao seu marido,
Oswald de Andrade.
Pintou o 'Abaporu'.
Quando Oswald viu, ficou
impressionado e disse
que era o melhor quadro
que Tarsila já havia feito.
14. TARSILA DO AMARAL
“Minha força vem
da lembrança da
infância na
fazenda, de correr
e subir em árvores.
E das histórias
fantásticas que as
empregadas
negras me
contavam.”
Tarsila do Amaral
A Negra, 1923
16. "Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois
que eram feias e caipiras. Segui o ramerrão do gosto apurado...Mas depois
vinguei-me da opressão passando-as para minhas telas: azul puríssimo, rosa
violáceo, amarelo vivo, verde cantante, tudo em gradações mais ou menos
fortes conforme a mistura de branco. Pintura limpa, sobretudo, sem medo
de cânones convencionais. Liberdade e sinceridade, uma certa estilização que a
datava a época moderna. Contornos nítidos, dando a impressão perfeita da
distância que separa um objeto de outro". Tarsila do Amaral
Pintura Pau Brasil e Antropofagia. In: Revista Anual do Salão de Maio. São Paulo, nº 1,
1939. Revista editada por Flávio de Carvalho.
17. TARSILA DO AMARAL
Tarsila gostava de
observar a
natureza na
Busca das “cores
caipiras ou cores
do campo.”
Paisagem com touro, 1925.
18. TARSILA DO AMARAL
“Eu invento tudo na
minha pintura. E o que
eu vi ou senti, eu
estilizo.”
Tarsila do Amaral
O Lago, 1928.
20. TARSILA DO AMARAL
O Pescador, 1925
Este quadro tem um
colorido excepcional e
trata de um tema bem
brasileiro: um pescador
num lago em meio a
uma pequena vila com
casinhas e vegetação
típica. O mesmo foi
exposto em Moscou, na
Rússia em 1931 e foi
comprado pelo governo
russo.
21. A tela Morro da Favela de
1924, apresenta casas
populares, a vegetação
natural, os negros simples,
o chão de terra batida e as
cores “caipiras”, típicas
desta fase. Cena pacífica,
oscilando entre o rural e o
urbano.