A arte urbana refere-se às intervenções artísticas realizadas em espaços públicos, variando de pequenas inserções como adesivos até grandes instalações. Estas intervenções buscam produzir novas percepções dos espaços urbanos e criar laços afetivos com a cidade. Algumas formas incluem grafites, cartazes e performances, influenciadas por movimentos como o Dada e Happenings.
1. Arte Urbana - Intervenções Urbanas
É o termo utilizado para designar os movimentos artísticos
relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços
públicos. No início, um movimento underground, que foi ganhando
forma com o decorrer dos tempos e acabou se estruturando.
Existem intervenções urbanas de vários portes, indo desde
pequenas inserções através de adesivos (stickers), até grandes
instalações artísticas.
2. São trabalhos voltados para a experiência estética, com intenção de
produzir outras maneiras do público perceber o cenário da cidade.
Também cria relações afetivas com a cidade, não tendo somente o
objetivo de funcionalidade.
Sendo assim, a intervenção artística tem ligações com a arte
conceitual e também pode incluir uma performance. Tem associação
com as ações vienenses (Grupo Fluxus, Happening, Body Art), aos
movimentos Dada e Neodadaístas .
As intervenções podem ser expressas de várias formas: com os
grafites, cartazes, cenas de teatro ao ar livre, poesia, performance,
shows de rua ou qualquer outro elemento plástico, que seja inserido
num espaço público, de forma a modificar o significado ou as
expectativas do senso comum, quanto a esse objeto (espaço urbano).
3. Graffite
O nome “grafite” tem origem no italiano “graffito”, palavra usada para
designar os desenhos de épocas remotas, feitos em paredes. “Graffite”,
por sua vez, é o plural de “graffito” e serve para designar os desenhos
elaborados ao ar livre em geral.
Arte Rupestre
4. Arte Rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre,
representações artísticas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.)
gravadas em abrigos ou cavernas, nas paredes e tetos rochosos, ou
também em superfícies rochosas ao ar livre.
Alguma semelhança como os nossos dias, com a arte contemporânea?
5.
6. Otávio e Gustavo Pandolfo
Irmãos paulistanos, que
usam as paredes como
suporte para suas criações,
em todo o mundo, como
também levam sua arte para
dentro dos museus.
Os Gêmeos, 1974
29. “Em meio aos espaços públicos, as práticas artísticas são
apresentação e representação dos imaginários sociais. Evocam e
produzem memória podendo, potencialmente, ser um caminho
contrário ao aniquilamento de referências individuais e coletivas, à
expropriação de sentido, à amnésia citadina promovida por um
presente produtivista. É nestes termos que, influenciando a
qualificação de espaços públicos, a arte urbana pode ser também
um agente de memória política.” (PALLAMIN, 2000, p. 57)
Considerações finais
30. A arte faz-se presente em vários espaços urbanos. Lugares que
costumamos passar e, nem prestamos atenção, pois muitas vezes
nos acostumamos ao “objeto artístico” e, ele passa a incorporar o
espaço. Isso não quer dizer que, não a percebemos como arte,
mas que, o artista conseguiu o feito de fazer a junção, arte e
espaço. A sua arte passa a ser o espaço e o espaço passa a ser a
arte. Um está contido no outro e, na junção o espaço ganha outro
olhar. Mesmo quando a arte urbana é efêmera, nos causa a
sensação de espaço contido, de espaço pleno, de haver uma
cumplicidade entre os dois, arte e espaço. E, é essa cumplicidade,
que muitas vezes faz com que fiquemos extasiados, com o que
olhamos ou o que nos olha. Causando assim a interação entre
espaço e observador.