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CENTRO UNIVERSITÁRIO
ZELMA ALZARETH ALMEIDA
REVOLTA DA VACINA: OS EXCLUÍDOS DA “BELLE ÉPOQUE”
(RIO DE JANEIRO, 1904).
NILOPOLIS, Junho de 2013.
ZELMA ALZARETH ALMEIDA
Revolta da vacina: Os Excluídos da Belle Époque (1904).
Projeto de pesquisa apresentado ao Departamento de História do Centro Universitário Uniabeu, como requisito para
conclusão de curso de Graduação de Licenciatura em História.
Linha de Pesquisa: História e Culturas Políticas.
Orientador: Mauro
Nilópolis
Centro Universitário Uniabeu
Departamento de História
Junho de 2013.
SUMÁRIO:
1- ---------------------------------------------------------------------------Título
2- ----------------------------------------------------------------------Introdução
2.1- ---------------------------------------------------------Delimitação Temática
3- -------------------------------------------------------- Revisão Bibliográfica
4- ----------------------------------------------------------------- Justificativa
5- ---------------------------------------------------------------------- Objetivos
5.1------------------------------------------------------------- Objetivo geral
5.2--------------------------------------------------------Objetivos Específicos
6- ---------------------------------------------------------------Quadro Teórico
7- --------------------------------------------------------------------- Hipóteses
8- -----------------------------------------------------------Fontes /Metodologia
9- -------------------------------------------------------------------Cronograma
10- ---------------------------------------------------------------------Bibliografia
1-TÍTULO: Revolta da Vacina: Os Excluídos da “Belle Époque” (Novembro de 1904).
2- INTRODUÇÃO:
O presente projeto analisa a questão dos excluídos da Belle Époque que ao revoltar-se
contra o governo da primeira República, apresentando-se como componente Histórico
determinante. A priori faz análise dos diversos fatores que levaram os participantes da
Revolta da Vacina a fazer oposição ao governo republicano de forma tão violenta. A
Revolta ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904, com inúmeras manifestações por
toda a cidade do Rio de Janeiro contra a lei da obrigatoriedade da vacina em protesto
contra as medidas arbitrárias que o governo impôs a população. Esses protestos tiveram
a participação de militares insatisfeitos com o comando da primeira República,
Monarquistas, Intelectuais e Líderes Operários que deram total apoio a população que
se rebelou contra o governo republicano e sua administração. Fazendo uma nova análise
Histórica sobre as relações de poder do governo da primeira Republica em relação á
população.
2.1 DELIMITAÇÃO TEMÁTICA:
– Este projeto tem como tema central as causas que levou a população a rebelar-se
contra o Governo da nova republica e sua forma de governar, assim como o descaso
que tratava as camadas pobres. A maneira excludente que o governo republicano
traçava seus projetos de reurbanização e saneamento na capital fez com que a população
reagisse de forma violenta em busca de ter os seus direitos civis resguardados dando
inicio á revolta da vacina ocorrida em Novembro de 1904. Neste período, a População
do Rio de Janeiro teve um crescimento muito grande desde que veio a tornar-se capital;
havia pessoas de diferentes crenças e culturas que viviam as constantes mudanças da
cidade, estando elas insatisfeitas com o autoritarismo do governo republicano que vinha
cometendo uma série de ações abusivas com o projeto de reurbanização do Rio de
Janeiro priorizando apenas a elite, buscando afastar a camada pobre das ruas do centro
da cidade. A Capital viria a ser uma versão da “Belle Époque” européia, com toda
pompa e luxo para o deleite dos burgueses que ansiavam pelo progresso da cidade, o
afastamento da camada pobre das ruas do centro da cidade seria necessária para os
grandes negócios e o lazer sofisticado. A população assistia a tudo sem fazer nenhuma
oposição. Entretanto, a partir do momento em que tornaram obrigatória a vacinação sem
nenhuma orientação prévia de como seria a vacina, as pessoas começam a especular que
a vacina seria uma manobra do governo para o extermínio da população pobre, hipótese
levantada pelos negros que eram excluídos da sociedade e que era a maioria pertencente
das classes pobres. Somou-se a falta de informação em relação á vacina, desrespeito
para com a tradição familiar, a arbitrariamente do governo juntamente com os excessos
para que a vacina fosse aplicada o estopim para que desencadeasse a revolta popular
contra a vacina obrigatória, formando-se grupos de opositores a Republica como
militares descontentes com o governo e alguns intelectuais, incentivando as “classes
excluídas” a revoltar-se contra o governo republicano.
A Sublevação iniciada por alguns líderes operários existentes naquela época, fez com
que o povo fosse às ruas a queimar bondinhos, quebrar lojas, destruindo o patrimônio
público dando inicio a uma verdadeira guerra civil. A Polícia, Marinha, e Exército foi às
ruas para conter os manifestantes, tendo como saldo muitos mortos e centenas de
feridos, os que foram presos eram muitas das vezes deportados para o Acre, onde mais
tarde viriam a morrer de varíola pelas condições subumanas em que viviam. Depois de
uma semana decretado estado de sítio na cidade a polícia conseguiu conter os
manifestantes com as prisões e mortes dos principais agitadores. Em 16 de novembro a
lei da obrigatoriedade da vacina foi revogada, decretado o estado de sitio na cidade a
polícia aproveitou a oportunidade para limpar toda a cidade prendendo as pessoas
indiscriminadamente pelas ruas, bastava estar malvestido, não ter trabalho, ou
residência fixa para ser presos e deportados. Em dois de setembro de 1905, foram
anistiados todos os participantes da revolta, os cadetes retornaram as fileiras militares, já
os deportados para o acre esses cumpriram a missão de desaparecerem como desejava a
elite Republicana.
Aos poucos o cotidiano do Rio de Janeiro foi retomando sem a imposição do governo
com a obrigatoriedade da vacinação, a vida recomeçava aos poucos, com todo o centro
da cidade remodelado para a camada rica da cidade, e os populares se refugiando em
habitações improvisadas nos morros do centro da cidade e no subúrbio carioca, a tão
conhecida exclusão social havia mais uma vez saído vitoriosa como nos é pertinente até
os dias atuais.
3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
– Os autores trabalhados nesta pesquisa são: Nicolau Sevcenko, José Murilo de
Carvalho, e Sidney Chalhoub. Nicolau Sevcenko aborda de uma maneira singular a
questão política da exclusão da camada popular das reformas feitas na cidade, e de
como o governo da primeira República desejava manter a parcela pobre da cidade
afastada do grande centro, que ele iria transformar na Belle Epoque Carioca, aos moldes
europeus, com seus cafés elegantes, seus prédios suntuosos e os lindos jardins,
remodelando a paisagem do centro da cidade para o lazer da burguesia, onde nada disso
combinaria com a população pobre que vivia nos cortiços e ganhavam seu sustento
pelas ruas da cidade. Em seu livro Sevcenko relata como os populares assistiam atônitos
aos mandos e desmandos do governo da primeira república, em um dos capítulos de seu
livro que relata sobre a Revolta da Vacina Sevcenko faz seguinte análise:
A ação do governo não se fez somente contra seus alojamentos, suas roupas,
seus pertences, sua família suas relações vicinais, seu cotidiano, seus hábitos,
seus animais, suas formas de subsistência e de sobrevivência sua cultura.
Tudo, enfim, é atingido pela nova disciplina espacial, física, social, ética e
cultural imposta pelo governo reformador. Gesto oficial, autoritário, que se
fazia, ao abrigo das leis, de edição que bloqueava qualquer direito ou garantia
das pessoas atingidas. Gesto brutal, disciplinador, e discriminador, que
separava claramente o espaço do privilégio e as fronteiras da exclusão e da
opressão.1
O Autor faz uma abordagem marxista dando ênfase á reação popular contra as abusivas
formas de impor o poder do governo republicano. A Revolta da vacina se constituiu em
uma das principais demonstrações de resistência dos grupos populares do país contra a
opressão, discriminação e o tratamento excludente a que eram submetidos pela
administração pública nessa fase da história.
O Segundo autor que faço referência é José Murilo de Carvalho nos remete a questão
dos problemas políticos econômicos e sociais, que ocorreram na transição do império
para a primeira república. O autor da ênfase a intenção dos participantes da revolta em
que ela começou em nome da defesa dos direitos civis, e despertou o interesse geral,
obtendo o apoio de militares insatisfeitos que buscavam derrubar o governo,
empregados de emprego público acertando contas com as companhias, os produtores
mal pagos também fizeram o mesmo com as fábricas e todos os cidadãos acertaram suas
contas com o governo. Eram os mais diversificados grupos que agiam em oposição ao
1
SEVCENKO, Nicolau. Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. S.P: Cosac Naif,
2010(pág.82).
governo Republicano com as suas insatisfações variadas, para José Murilo de Carvalho
foi “’á revolta fragmentada de uma sociedade fragmentada”, procurando explicar os
motivos que teriam levado aos protestos Carvalho faz a seguinte análise em seu livro:
Havia setores sociais interesses e insatisfações variadas que teriam se
articulado de forma complexa e contraditória nos eventos que conduziam à
revolta, a divisão social tinha resultado na alienação quase que completa da
população em relação ao sistema político que não lhe abria espaços; mas
havia certo tipo de pacto informal de que a população assistiria a tudo sem se
manifestar desde que o estado não interferisse na vida do cotidiano dessas
pessoas. Quando a população se vê invadida dentro desses limites ela reage
de forma violenta, por conta própria. Foi à única revolta que teve êxito
baseado nos direitos dos cidadãos de não serem tratados arbitrariamente pelo
governo.2
Outro autor que busquei referências sobre a revolta foi Sidney Chalhoub ele apresenta
um debate sobre o que ele denomina “Ideologia da Higiene”, abordando o mundo pouco
conhecido dos cortiços e dos populares. Segundo Chalhoub, os governantes da capital
desejavam por um fim nessas habitações que se concentravam no centro da cidade, e
que esses moradores eram vistos pela sociedade fluminense como malfeitores,
carregadores de vícios e perigosos para a sociedade, motivo pelo qual deviam manter-se
afastados das ruas do centro da capital do Rio de Janeiro local onde a burguesia iria
desfrutar de ares europeus desejados pela elite carioca, com a realização do projeto de
reurbanização da cidade. Chalhoub retrata diversificadas questões da época fala sobre a
febre amarela, a vacina antivariólica, sobre a cultura africana no Brasil e suas mais
variadas resistências á escravidão relacionando cada um desses tópicos com a exclusão
social na cidade do Rio de Janeiro que nos é pertinente até hoje.
Em sua obra Chalhoub toma como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro
relatando à resistência da população negra em solidificar a cultura africana no Brasil, e
das suas formas de resistência a escravidão e lutas contra a exclusão social vivida depois
de 1888 quando ocorreu à abolição da escravatura.
Sidney Chalhoub relata que a falta de confiança nos médicos e o apego á religião
africana também foram fatores preponderantes para a resistência a vacina. O autor faz
um apanhado de fatores em que viviam os participantes da revolta em seu contexto
político e social.
4- JUSTIFICATIVA:
2
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não Foi. São Paulo:
Companhia das Letras,1987.
O Tema que apresento está inserido na História Política e Cultural, com a abordagem
quantitativa e afasta-se do tradicional modelo de tratamento desta perspectiva Histórica,
assim a metodologia e o objeto de pesquisa constituem-se como componentes de
pesquisa histórica de grande relevância.
Minha contribuição para a historiografia com este projeto será trazer ao cenário
historiográfico uma nova leitura de fontes, utilizando uma nova abordagem à revolta da
vacina, dando ênfase as causas que levaram a camada excluída da população a se
revoltar-se com as políticas da nova República, mostrando o quanto a revolta da vacina
foi um dos episódios mais significativos do contexto desta época, onde vários grupos da
sociedade estavam em total discordância com este governo e estando dispostos a não
mais aceitar o autoritarismo dessa elite republicana que somente visava os interesses
próprios, fazendo análise desta nova sociedade que estava em processo de profundas
mudanças dando informações detalhadas e sistemáticas sobre a revolta da vacina
ocorrida em novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro.
Pretendendo abordar de uma maneira diferenciada os motivos que levaram os populares
a se oporem a política da nova República, buscando descrever de forma precisa os fatos
que antecedem a revolta da vacina, e apresentando como o tema está inserido na busca
do entendimento do bloco que dividem as várias classes sociais da nossa república.
5- 0BJETIVOS:
5.1- Objetivo Geral:
■Contribuir para os estudos históricos sobre a Revolta da Vacina, principalmente sobre
a opressão que toda a população sofreu durante este período.
5.2- Objetivos Específicos:
■ Compreender as causas que levaram a camada pobre da população a revoltar-se
contra o governo.
■ Debater o processo de mudanças políticas e sociais que toda população sofreu no
projeto de modernização da cidade.
6- QUADRO TEÓRICO:
– O Conteúdo a ser apresentado cujo tema Os Excluídos Da Belle Époque está inserido
na Nova História Política e Cultural á partir da linha de pensamento Marxista,
abordando a luta de classes analisando a exclusão social que existiu intensamente no
momento da chamada “Belle Epoque” Carioca. Também faço uso das Ciências Sociais
sobre a perspectiva de Michael Foucault para contextualizar as Relações de Poder entre
os governantes da primeira República e a camada popular, Fazendo análise sobre a
Revolta da Vacina.
A Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, quinze anos após a
implantação da República e dezesseis anos depois da abolição da escravidão nos remete
a questão de que a capital da República vivia um momento de grandes mudanças
políticas e sociais.
O projeto de reurbanização do Prefeito Pereira Passos era arbitrário e a política de
saneamento de Oswaldo Cruz era opressora pela obrigatoriedade da vacina, neste
momento o regime Republicano que ainda não tinha se firmado, obteve vários grupos de
opositores ao governo, eram civis e militares que acusavam o governo de traição aos
ideais de propaganda. Em um ambiente de inúmeros conflitos e valores desrespeitados,
a adoção da vacina obrigatória contra a varíola foi o estopim para desencadear a Revolta
Urbana em que o Rio de Janeiro foi cenário.
Fazendo uso da perspectiva etnográfica da revolta da vacina descreverei os grupos que
agiram no contexto da revolta, analisando a forma repressiva que o governo buscava
para conter estes grupos.
Também faço análise da concepção de que o governo Monárquico teria sido mais
tolerante do que o Republicano no que se refere ás manifestações da Cultura Popular,
cujas implicações Políticas tiveram fator preponderante na Revolta.
Outro ponto pesquisado é de que República inaugurou uma nova ordem estrutural nas
políticas de dominação e nas relações das lutas de classes, também sobre a opressão ao
culto as religiões africanas, e ao aburguesamento da sociedade Carioca deste período;
dando destaque à questão do autoritarismo do governo da Republica em relação a
camada popular.
Outra linha de pesquisa deste projeto é relativo á questão dos africanos depositarem
total confiança pelos métodos de cura com seus líderes religiosos, e da desconfiança que
tinham em relação á vacina desenvolvida pelos brancos, eles acreditavam que ela era
um método de erradicação da população negra da cidade, uma vez que eles eram os
excluídos da então capital do Rio de Janeiro, que no contexto desse período com o fim
da escravidão no Brasil pregava o branqueamento da cidade incentivando a chegada dos
imigrantes para trabalharem em suas fazendas, Trabalhando com a concepção de que os
problemas econômicos e sociais que ocorreram na transição da Monarquia para a
República pelo qual foi precursores a revolta da vacina.
Dou ênfase na diversidade de culturas e etnias que viviam na então capital do país, e os
motivos pelo qual desencadeou a revolta. Sigo a linha de pensamento de alguns autores
de que o inimigo não foi à vacina, e sim o autoritarismo do governo e as suas mais
variadas formas de repressão, sendo um governo que não respeitava os direitos
individuais das pessoas.
– Finalizando meu projeto analiso o contexto Político Social deste período, fazendo uso
de visão Marxista da luta de classes visando trazer a comunidade Científica uma nova
abordagem ao tema. Minha análise será o estudo sobre as possíveis causas que levaram
os participantes da revolta a rebelar-se promovendo um acerto de contas com o Governo
Republicano. Pretendendo abordar de forma variada as diferentes motivações dos
participantes da revolta da vacina que estavam insatisfeitos com a política da nova
Republica, buscando o entendimento de divisões das várias classes sociais existentes
naquele período.
7- HIPÓTESES:
■A Forma excludente que os governos da República dispensavam as classes populares
colaborou para desencadear a Revolta da Vacina.
■ O Processo de profundas mudanças políticas, econômicas e sociais ocorridas com o
progresso da capital, foi fator decisivo para a revolta popular.
8- FONTES E METODOLOGIA:
As fontes utilizadas são Periódicos, jornais da época, artigos e teses relacionados ao
tema.
Fontes Primárias:
■Discurso de posse de Rodrigues Alves realizado em três de maio de 1903. IN: anais da
assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.
■Discurso do Senador Rui Barbosa realizado em 15 de novembro de 1904. IN: jornal do
Brasil, Rio de Janeiro, 15-11-1904.
Jornais da Época:
Jornal o Tagarela- Rio de Janeiro, 10 de março de 1904 n.107 (Fonte Arquivo da
Biblioteca Nacional)
Tagarela, Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1904, edição n.140 (Arquivo da Biblioteca
Nacional).
Tagarela, Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1904, n. 142(Arquivo da Biblioteca
Nacional).
O Malho, Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1904 (Arquivo da Biblioteca Nacional).
ARTIGOS:
PORTO, Mayla Yara. Uma Revolta Popular contra a Vacinação. Ciência e Cultura-
Scielo [online] São Paulo: Janeiro/março de 2003, volume 55 nº 1.
LOPES, Miriam Bahia. Corpos Ultrajados quando a Medicina e a Caricatura se
encontram. História Ciência e Saúde- Manguinhos [online] jul/ outubro de 1999. Vol. 6
nº2, pagina: 744-748.
GAGNEBIN, Jeane Marie. A Lavagem do Rio. História Ciência e Saúde-
Manguinhos. [online]. Maio/agosto 2003, volume 10 nº2- pagina 744-748.
A Metodologia utilizada será a descritiva, trabalharemos com a releitura de artigos
relacionados á revolta da vacina fazendo análise das teses relativas ao período
pesquisado. Buscarei analisar os periódicos e jornais da época, analisando as
ocorrências policiais relativas á semana da revolta da vacina e o desfecho destas
ocorrências em documentos oficiais da policia no ano de 1904. Farei uso da pesquisa
documental dos arquivos que se encontram na Biblioteca Nacional buscando
compreender o pensamento dos Intelectuais através das charges e jornais o Malho e
Tagarela, que satirizavam constantemente o governo Republicano, buscando entender
como esses opositores articulavam-se usando o temor da população para convencê-los a
sublevação á obrigatoriedade da vacina.
9- CRONOGRAMA:
ATIVIDADES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNO
INICIO DO
PROJETO
X
COLETA DE
FONTES
X X
CORREÇÃO
TEXTUAL
X
REDAÇÃO
FINAL
X X
ENTREGA
DO PROJETO
X
1O- BIBLIOGRAFIA:
BENCHIMOL, Jaime. A Reforma Urbana e a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro.
IN: O Brasil Republicano: O tempo do Liberalismo Excludente, da Proclamação da
Republica a Revolução de 1930. Organizadores: Jorge Ferreira e Marilia Lucilia
Delgado. Rio de Janeiro; civilização Brasileira -2003, Volume 1.
BENCHIMOL, Jaime L. Pereira Passos: Um Hassmann Tropical. Rio de Janeiro:
Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes-Divisão de Editoração, 1992.
(Biblioteca Cultural, vol. 11).
BUENO, Eduardo. Á Sua Saúde- A Vigilância Sanitária na História do Brasil. Brasilia:
ANVISA, 2005.
BARRETO, Afonso Henrique de Lima. Diário Íntimo. S.P: Brasiliense, 1956.
CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e A República que
não Foi. São Paulo; Companhia das Letras, 1987.
CARVALHO, José Murilo de. Pontos e Bordados: Escritos de História e Política. Belo
Horizonte: UFMG, 1998.
CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: O Imaginário Político da
Primeira República no Brasil. S.P; Companhia das Letras, 1990.
CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: Cortiços e Epidemias na Corte Imperial. São
Paulo: Companhia das Letras. 1999.
CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim: O Cotidiano dos Trabalhadores no
Rio de Janeiro da Belle Époque. 2ª Edição S.P: Unicamp, 2001.
CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930) / São Paulo: Difusão Européia
do Livro, 1969.
FAUSTO, Boris. Trabalho Urbano e Conflito Social. São Paulo: Difel, 1977.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. São Paulo: Graal, 1979.
JANOTTI, Maria de Lourdes M. Os Subversivos da República. São Paulo: Brasiliense,
1986.
MEIHY, J.C & BERTOLLI FILHO, Claudio. A Revolta da Vacina. São Paulo:
Editora Ática. 1995, (Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras, vol.5).
PEREIRA, Leonardo Afonso de M. As Barricadas da Saúde: Vacina e Protesto Popular
no Rio de Janeiro da Primeira República. São Paulo; Editora Fundação Perseu Abramo,
2002.
ROCHA, Oswaldo Porto. A Era das Demolições: Cidade do Rio de Janeiro (1870-
1920). Rio de Janeiro, 2ª edição Biblioteca Nacional Carioca, 1995.
RIO, João do. A Alma Encantadora das Ruas. 3ª edição, Rio de Janeiro: Biblioteca
Carioca, 1995.
SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. São
Paulo: Cosac Naif, 2010.
SEVCENKO, Nicolau. (org.) História da Vida Privada no Brasil República: da Belle
Epoque á Era do Rádio. São Paulo Companhia das Letras; 1998.
SEVCENKO, Nicolau. Literatura como Missão: Tensões Sociais e Criação Cultural da
Primeira República. S.P: Brasiliense, 1983.

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Revolta da Vacina: Os excluídos da Belle Époque

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO ZELMA ALZARETH ALMEIDA REVOLTA DA VACINA: OS EXCLUÍDOS DA “BELLE ÉPOQUE” (RIO DE JANEIRO, 1904). NILOPOLIS, Junho de 2013.
  • 2. ZELMA ALZARETH ALMEIDA Revolta da vacina: Os Excluídos da Belle Époque (1904). Projeto de pesquisa apresentado ao Departamento de História do Centro Universitário Uniabeu, como requisito para conclusão de curso de Graduação de Licenciatura em História. Linha de Pesquisa: História e Culturas Políticas. Orientador: Mauro Nilópolis Centro Universitário Uniabeu Departamento de História Junho de 2013.
  • 3. SUMÁRIO: 1- ---------------------------------------------------------------------------Título 2- ----------------------------------------------------------------------Introdução 2.1- ---------------------------------------------------------Delimitação Temática 3- -------------------------------------------------------- Revisão Bibliográfica 4- ----------------------------------------------------------------- Justificativa 5- ---------------------------------------------------------------------- Objetivos 5.1------------------------------------------------------------- Objetivo geral 5.2--------------------------------------------------------Objetivos Específicos 6- ---------------------------------------------------------------Quadro Teórico 7- --------------------------------------------------------------------- Hipóteses 8- -----------------------------------------------------------Fontes /Metodologia 9- -------------------------------------------------------------------Cronograma 10- ---------------------------------------------------------------------Bibliografia
  • 4. 1-TÍTULO: Revolta da Vacina: Os Excluídos da “Belle Époque” (Novembro de 1904). 2- INTRODUÇÃO: O presente projeto analisa a questão dos excluídos da Belle Époque que ao revoltar-se contra o governo da primeira República, apresentando-se como componente Histórico determinante. A priori faz análise dos diversos fatores que levaram os participantes da Revolta da Vacina a fazer oposição ao governo republicano de forma tão violenta. A Revolta ocorrida entre 10 a 16 de novembro de 1904, com inúmeras manifestações por toda a cidade do Rio de Janeiro contra a lei da obrigatoriedade da vacina em protesto contra as medidas arbitrárias que o governo impôs a população. Esses protestos tiveram a participação de militares insatisfeitos com o comando da primeira República, Monarquistas, Intelectuais e Líderes Operários que deram total apoio a população que se rebelou contra o governo republicano e sua administração. Fazendo uma nova análise Histórica sobre as relações de poder do governo da primeira Republica em relação á população. 2.1 DELIMITAÇÃO TEMÁTICA: – Este projeto tem como tema central as causas que levou a população a rebelar-se contra o Governo da nova republica e sua forma de governar, assim como o descaso que tratava as camadas pobres. A maneira excludente que o governo republicano traçava seus projetos de reurbanização e saneamento na capital fez com que a população reagisse de forma violenta em busca de ter os seus direitos civis resguardados dando inicio á revolta da vacina ocorrida em Novembro de 1904. Neste período, a População do Rio de Janeiro teve um crescimento muito grande desde que veio a tornar-se capital; havia pessoas de diferentes crenças e culturas que viviam as constantes mudanças da cidade, estando elas insatisfeitas com o autoritarismo do governo republicano que vinha cometendo uma série de ações abusivas com o projeto de reurbanização do Rio de Janeiro priorizando apenas a elite, buscando afastar a camada pobre das ruas do centro da cidade. A Capital viria a ser uma versão da “Belle Époque” européia, com toda pompa e luxo para o deleite dos burgueses que ansiavam pelo progresso da cidade, o afastamento da camada pobre das ruas do centro da cidade seria necessária para os grandes negócios e o lazer sofisticado. A população assistia a tudo sem fazer nenhuma oposição. Entretanto, a partir do momento em que tornaram obrigatória a vacinação sem nenhuma orientação prévia de como seria a vacina, as pessoas começam a especular que
  • 5. a vacina seria uma manobra do governo para o extermínio da população pobre, hipótese levantada pelos negros que eram excluídos da sociedade e que era a maioria pertencente das classes pobres. Somou-se a falta de informação em relação á vacina, desrespeito para com a tradição familiar, a arbitrariamente do governo juntamente com os excessos para que a vacina fosse aplicada o estopim para que desencadeasse a revolta popular contra a vacina obrigatória, formando-se grupos de opositores a Republica como militares descontentes com o governo e alguns intelectuais, incentivando as “classes excluídas” a revoltar-se contra o governo republicano. A Sublevação iniciada por alguns líderes operários existentes naquela época, fez com que o povo fosse às ruas a queimar bondinhos, quebrar lojas, destruindo o patrimônio público dando inicio a uma verdadeira guerra civil. A Polícia, Marinha, e Exército foi às ruas para conter os manifestantes, tendo como saldo muitos mortos e centenas de feridos, os que foram presos eram muitas das vezes deportados para o Acre, onde mais tarde viriam a morrer de varíola pelas condições subumanas em que viviam. Depois de uma semana decretado estado de sítio na cidade a polícia conseguiu conter os manifestantes com as prisões e mortes dos principais agitadores. Em 16 de novembro a lei da obrigatoriedade da vacina foi revogada, decretado o estado de sitio na cidade a polícia aproveitou a oportunidade para limpar toda a cidade prendendo as pessoas indiscriminadamente pelas ruas, bastava estar malvestido, não ter trabalho, ou residência fixa para ser presos e deportados. Em dois de setembro de 1905, foram anistiados todos os participantes da revolta, os cadetes retornaram as fileiras militares, já os deportados para o acre esses cumpriram a missão de desaparecerem como desejava a elite Republicana. Aos poucos o cotidiano do Rio de Janeiro foi retomando sem a imposição do governo com a obrigatoriedade da vacinação, a vida recomeçava aos poucos, com todo o centro da cidade remodelado para a camada rica da cidade, e os populares se refugiando em habitações improvisadas nos morros do centro da cidade e no subúrbio carioca, a tão conhecida exclusão social havia mais uma vez saído vitoriosa como nos é pertinente até os dias atuais.
  • 6. 3- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: – Os autores trabalhados nesta pesquisa são: Nicolau Sevcenko, José Murilo de Carvalho, e Sidney Chalhoub. Nicolau Sevcenko aborda de uma maneira singular a questão política da exclusão da camada popular das reformas feitas na cidade, e de como o governo da primeira República desejava manter a parcela pobre da cidade afastada do grande centro, que ele iria transformar na Belle Epoque Carioca, aos moldes europeus, com seus cafés elegantes, seus prédios suntuosos e os lindos jardins, remodelando a paisagem do centro da cidade para o lazer da burguesia, onde nada disso combinaria com a população pobre que vivia nos cortiços e ganhavam seu sustento pelas ruas da cidade. Em seu livro Sevcenko relata como os populares assistiam atônitos aos mandos e desmandos do governo da primeira república, em um dos capítulos de seu livro que relata sobre a Revolta da Vacina Sevcenko faz seguinte análise: A ação do governo não se fez somente contra seus alojamentos, suas roupas, seus pertences, sua família suas relações vicinais, seu cotidiano, seus hábitos, seus animais, suas formas de subsistência e de sobrevivência sua cultura. Tudo, enfim, é atingido pela nova disciplina espacial, física, social, ética e cultural imposta pelo governo reformador. Gesto oficial, autoritário, que se fazia, ao abrigo das leis, de edição que bloqueava qualquer direito ou garantia das pessoas atingidas. Gesto brutal, disciplinador, e discriminador, que separava claramente o espaço do privilégio e as fronteiras da exclusão e da opressão.1 O Autor faz uma abordagem marxista dando ênfase á reação popular contra as abusivas formas de impor o poder do governo republicano. A Revolta da vacina se constituiu em uma das principais demonstrações de resistência dos grupos populares do país contra a opressão, discriminação e o tratamento excludente a que eram submetidos pela administração pública nessa fase da história. O Segundo autor que faço referência é José Murilo de Carvalho nos remete a questão dos problemas políticos econômicos e sociais, que ocorreram na transição do império para a primeira república. O autor da ênfase a intenção dos participantes da revolta em que ela começou em nome da defesa dos direitos civis, e despertou o interesse geral, obtendo o apoio de militares insatisfeitos que buscavam derrubar o governo, empregados de emprego público acertando contas com as companhias, os produtores mal pagos também fizeram o mesmo com as fábricas e todos os cidadãos acertaram suas contas com o governo. Eram os mais diversificados grupos que agiam em oposição ao 1 SEVCENKO, Nicolau. Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. S.P: Cosac Naif, 2010(pág.82).
  • 7. governo Republicano com as suas insatisfações variadas, para José Murilo de Carvalho foi “’á revolta fragmentada de uma sociedade fragmentada”, procurando explicar os motivos que teriam levado aos protestos Carvalho faz a seguinte análise em seu livro: Havia setores sociais interesses e insatisfações variadas que teriam se articulado de forma complexa e contraditória nos eventos que conduziam à revolta, a divisão social tinha resultado na alienação quase que completa da população em relação ao sistema político que não lhe abria espaços; mas havia certo tipo de pacto informal de que a população assistiria a tudo sem se manifestar desde que o estado não interferisse na vida do cotidiano dessas pessoas. Quando a população se vê invadida dentro desses limites ela reage de forma violenta, por conta própria. Foi à única revolta que teve êxito baseado nos direitos dos cidadãos de não serem tratados arbitrariamente pelo governo.2 Outro autor que busquei referências sobre a revolta foi Sidney Chalhoub ele apresenta um debate sobre o que ele denomina “Ideologia da Higiene”, abordando o mundo pouco conhecido dos cortiços e dos populares. Segundo Chalhoub, os governantes da capital desejavam por um fim nessas habitações que se concentravam no centro da cidade, e que esses moradores eram vistos pela sociedade fluminense como malfeitores, carregadores de vícios e perigosos para a sociedade, motivo pelo qual deviam manter-se afastados das ruas do centro da capital do Rio de Janeiro local onde a burguesia iria desfrutar de ares europeus desejados pela elite carioca, com a realização do projeto de reurbanização da cidade. Chalhoub retrata diversificadas questões da época fala sobre a febre amarela, a vacina antivariólica, sobre a cultura africana no Brasil e suas mais variadas resistências á escravidão relacionando cada um desses tópicos com a exclusão social na cidade do Rio de Janeiro que nos é pertinente até hoje. Em sua obra Chalhoub toma como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro relatando à resistência da população negra em solidificar a cultura africana no Brasil, e das suas formas de resistência a escravidão e lutas contra a exclusão social vivida depois de 1888 quando ocorreu à abolição da escravatura. Sidney Chalhoub relata que a falta de confiança nos médicos e o apego á religião africana também foram fatores preponderantes para a resistência a vacina. O autor faz um apanhado de fatores em que viviam os participantes da revolta em seu contexto político e social. 4- JUSTIFICATIVA: 2 CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não Foi. São Paulo: Companhia das Letras,1987.
  • 8. O Tema que apresento está inserido na História Política e Cultural, com a abordagem quantitativa e afasta-se do tradicional modelo de tratamento desta perspectiva Histórica, assim a metodologia e o objeto de pesquisa constituem-se como componentes de pesquisa histórica de grande relevância. Minha contribuição para a historiografia com este projeto será trazer ao cenário historiográfico uma nova leitura de fontes, utilizando uma nova abordagem à revolta da vacina, dando ênfase as causas que levaram a camada excluída da população a se revoltar-se com as políticas da nova República, mostrando o quanto a revolta da vacina foi um dos episódios mais significativos do contexto desta época, onde vários grupos da sociedade estavam em total discordância com este governo e estando dispostos a não mais aceitar o autoritarismo dessa elite republicana que somente visava os interesses próprios, fazendo análise desta nova sociedade que estava em processo de profundas mudanças dando informações detalhadas e sistemáticas sobre a revolta da vacina ocorrida em novembro de 1904 na cidade do Rio de Janeiro. Pretendendo abordar de uma maneira diferenciada os motivos que levaram os populares a se oporem a política da nova República, buscando descrever de forma precisa os fatos que antecedem a revolta da vacina, e apresentando como o tema está inserido na busca do entendimento do bloco que dividem as várias classes sociais da nossa república. 5- 0BJETIVOS:
  • 9. 5.1- Objetivo Geral: ■Contribuir para os estudos históricos sobre a Revolta da Vacina, principalmente sobre a opressão que toda a população sofreu durante este período. 5.2- Objetivos Específicos: ■ Compreender as causas que levaram a camada pobre da população a revoltar-se contra o governo. ■ Debater o processo de mudanças políticas e sociais que toda população sofreu no projeto de modernização da cidade. 6- QUADRO TEÓRICO:
  • 10. – O Conteúdo a ser apresentado cujo tema Os Excluídos Da Belle Époque está inserido na Nova História Política e Cultural á partir da linha de pensamento Marxista, abordando a luta de classes analisando a exclusão social que existiu intensamente no momento da chamada “Belle Epoque” Carioca. Também faço uso das Ciências Sociais sobre a perspectiva de Michael Foucault para contextualizar as Relações de Poder entre os governantes da primeira República e a camada popular, Fazendo análise sobre a Revolta da Vacina. A Revolta da Vacina ocorrida no Rio de Janeiro em 1904, quinze anos após a implantação da República e dezesseis anos depois da abolição da escravidão nos remete a questão de que a capital da República vivia um momento de grandes mudanças políticas e sociais. O projeto de reurbanização do Prefeito Pereira Passos era arbitrário e a política de saneamento de Oswaldo Cruz era opressora pela obrigatoriedade da vacina, neste momento o regime Republicano que ainda não tinha se firmado, obteve vários grupos de opositores ao governo, eram civis e militares que acusavam o governo de traição aos ideais de propaganda. Em um ambiente de inúmeros conflitos e valores desrespeitados, a adoção da vacina obrigatória contra a varíola foi o estopim para desencadear a Revolta Urbana em que o Rio de Janeiro foi cenário. Fazendo uso da perspectiva etnográfica da revolta da vacina descreverei os grupos que agiram no contexto da revolta, analisando a forma repressiva que o governo buscava para conter estes grupos. Também faço análise da concepção de que o governo Monárquico teria sido mais tolerante do que o Republicano no que se refere ás manifestações da Cultura Popular, cujas implicações Políticas tiveram fator preponderante na Revolta. Outro ponto pesquisado é de que República inaugurou uma nova ordem estrutural nas políticas de dominação e nas relações das lutas de classes, também sobre a opressão ao culto as religiões africanas, e ao aburguesamento da sociedade Carioca deste período; dando destaque à questão do autoritarismo do governo da Republica em relação a camada popular. Outra linha de pesquisa deste projeto é relativo á questão dos africanos depositarem total confiança pelos métodos de cura com seus líderes religiosos, e da desconfiança que tinham em relação á vacina desenvolvida pelos brancos, eles acreditavam que ela era um método de erradicação da população negra da cidade, uma vez que eles eram os excluídos da então capital do Rio de Janeiro, que no contexto desse período com o fim
  • 11. da escravidão no Brasil pregava o branqueamento da cidade incentivando a chegada dos imigrantes para trabalharem em suas fazendas, Trabalhando com a concepção de que os problemas econômicos e sociais que ocorreram na transição da Monarquia para a República pelo qual foi precursores a revolta da vacina. Dou ênfase na diversidade de culturas e etnias que viviam na então capital do país, e os motivos pelo qual desencadeou a revolta. Sigo a linha de pensamento de alguns autores de que o inimigo não foi à vacina, e sim o autoritarismo do governo e as suas mais variadas formas de repressão, sendo um governo que não respeitava os direitos individuais das pessoas. – Finalizando meu projeto analiso o contexto Político Social deste período, fazendo uso de visão Marxista da luta de classes visando trazer a comunidade Científica uma nova abordagem ao tema. Minha análise será o estudo sobre as possíveis causas que levaram os participantes da revolta a rebelar-se promovendo um acerto de contas com o Governo Republicano. Pretendendo abordar de forma variada as diferentes motivações dos participantes da revolta da vacina que estavam insatisfeitos com a política da nova Republica, buscando o entendimento de divisões das várias classes sociais existentes naquele período. 7- HIPÓTESES:
  • 12. ■A Forma excludente que os governos da República dispensavam as classes populares colaborou para desencadear a Revolta da Vacina. ■ O Processo de profundas mudanças políticas, econômicas e sociais ocorridas com o progresso da capital, foi fator decisivo para a revolta popular. 8- FONTES E METODOLOGIA:
  • 13. As fontes utilizadas são Periódicos, jornais da época, artigos e teses relacionados ao tema. Fontes Primárias: ■Discurso de posse de Rodrigues Alves realizado em três de maio de 1903. IN: anais da assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. ■Discurso do Senador Rui Barbosa realizado em 15 de novembro de 1904. IN: jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 15-11-1904. Jornais da Época: Jornal o Tagarela- Rio de Janeiro, 10 de março de 1904 n.107 (Fonte Arquivo da Biblioteca Nacional) Tagarela, Rio de Janeiro, 27 de outubro de 1904, edição n.140 (Arquivo da Biblioteca Nacional). Tagarela, Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1904, n. 142(Arquivo da Biblioteca Nacional). O Malho, Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1904 (Arquivo da Biblioteca Nacional). ARTIGOS: PORTO, Mayla Yara. Uma Revolta Popular contra a Vacinação. Ciência e Cultura- Scielo [online] São Paulo: Janeiro/março de 2003, volume 55 nº 1. LOPES, Miriam Bahia. Corpos Ultrajados quando a Medicina e a Caricatura se encontram. História Ciência e Saúde- Manguinhos [online] jul/ outubro de 1999. Vol. 6 nº2, pagina: 744-748. GAGNEBIN, Jeane Marie. A Lavagem do Rio. História Ciência e Saúde- Manguinhos. [online]. Maio/agosto 2003, volume 10 nº2- pagina 744-748. A Metodologia utilizada será a descritiva, trabalharemos com a releitura de artigos relacionados á revolta da vacina fazendo análise das teses relativas ao período pesquisado. Buscarei analisar os periódicos e jornais da época, analisando as ocorrências policiais relativas á semana da revolta da vacina e o desfecho destas ocorrências em documentos oficiais da policia no ano de 1904. Farei uso da pesquisa documental dos arquivos que se encontram na Biblioteca Nacional buscando compreender o pensamento dos Intelectuais através das charges e jornais o Malho e Tagarela, que satirizavam constantemente o governo Republicano, buscando entender como esses opositores articulavam-se usando o temor da população para convencê-los a sublevação á obrigatoriedade da vacina. 9- CRONOGRAMA:
  • 14. ATIVIDADES JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNO INICIO DO PROJETO X COLETA DE FONTES X X CORREÇÃO TEXTUAL X REDAÇÃO FINAL X X ENTREGA DO PROJETO X 1O- BIBLIOGRAFIA:
  • 15. BENCHIMOL, Jaime. A Reforma Urbana e a Revolta da Vacina no Rio de Janeiro. IN: O Brasil Republicano: O tempo do Liberalismo Excludente, da Proclamação da Republica a Revolução de 1930. Organizadores: Jorge Ferreira e Marilia Lucilia Delgado. Rio de Janeiro; civilização Brasileira -2003, Volume 1. BENCHIMOL, Jaime L. Pereira Passos: Um Hassmann Tropical. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes-Divisão de Editoração, 1992. (Biblioteca Cultural, vol. 11). BUENO, Eduardo. Á Sua Saúde- A Vigilância Sanitária na História do Brasil. Brasilia: ANVISA, 2005. BARRETO, Afonso Henrique de Lima. Diário Íntimo. S.P: Brasiliense, 1956. CARVALHO, José Murilo de. Os Bestializados: O Rio de Janeiro e A República que não Foi. São Paulo; Companhia das Letras, 1987. CARVALHO, José Murilo de. Pontos e Bordados: Escritos de História e Política. Belo Horizonte: UFMG, 1998. CARVALHO, José Murilo de. A Formação das Almas: O Imaginário Político da Primeira República no Brasil. S.P; Companhia das Letras, 1990. CHALHOUB, Sidney. Cidade Febril: Cortiços e Epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras. 1999. CHALHOUB, Sidney. Trabalho, Lar e Botequim: O Cotidiano dos Trabalhadores no Rio de Janeiro da Belle Époque. 2ª Edição S.P: Unicamp, 2001. CARONE, Edgard. A Primeira República (1889-1930) / São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1969. FAUSTO, Boris. Trabalho Urbano e Conflito Social. São Paulo: Difel, 1977. FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. São Paulo: Graal, 1979. JANOTTI, Maria de Lourdes M. Os Subversivos da República. São Paulo: Brasiliense, 1986.
  • 16. MEIHY, J.C & BERTOLLI FILHO, Claudio. A Revolta da Vacina. São Paulo: Editora Ática. 1995, (Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras, vol.5). PEREIRA, Leonardo Afonso de M. As Barricadas da Saúde: Vacina e Protesto Popular no Rio de Janeiro da Primeira República. São Paulo; Editora Fundação Perseu Abramo, 2002. ROCHA, Oswaldo Porto. A Era das Demolições: Cidade do Rio de Janeiro (1870- 1920). Rio de Janeiro, 2ª edição Biblioteca Nacional Carioca, 1995. RIO, João do. A Alma Encantadora das Ruas. 3ª edição, Rio de Janeiro: Biblioteca Carioca, 1995. SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da Vacina: Mentes Insanas em Corpos Rebeldes. São Paulo: Cosac Naif, 2010. SEVCENKO, Nicolau. (org.) História da Vida Privada no Brasil República: da Belle Epoque á Era do Rádio. São Paulo Companhia das Letras; 1998. SEVCENKO, Nicolau. Literatura como Missão: Tensões Sociais e Criação Cultural da Primeira República. S.P: Brasiliense, 1983.