O documento discute a necessidade de uma educação para a sustentabilidade que forme profissionais com novas competências capazes de enfrentar os desafios da atual crise de insustentabilidade. Em três frases: (1) A educação convencional formou profissionais tecnicamente competentes, mas (2) criou um mundo insustentável e injusto; (3) para reverter esse quadro, é preciso formar novos profissionais com novas competências como pensamento sistêmico e capacidade de decisão ética comprometida com o bem-estar
Construções Sustentáveis & Profissionais de Sustentabilidade, por Dra Sasquia...
Educação para o Profissional de Sustentabilidade, por Rachel Cavalcanti
1. EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE
desenvolvendo novas competências
Rachel Cavalcanti
2. QUE PROFISSIONAIS ESTAMOS FORMANDO?
- Competentes tecnicamente
- Com capacidade de decisão e ação
- Com capacidade de gestão eficiente que gera
resultados positivos
Rachel Cavalcanti
3. Que mundo nosso modelo de educação construiu?
um mundo insustentável e injusto
crescimento econômico ilimitado
desigualdade e injustiça social gritantes
degradação dos ecossistemas ambientais em geral
Rachel Cavalcanti
4. INsustentabilidade
A ESCALADA DAS MANIFESTAÇÕES DA
INSUSTENTABILIDADE É MUITO MAIOR DO QUE OS
RESULTADOS DAS AÇÕES DAS EMPRESAS, DOS
GOVERNOS E DA SOCIEDADE CIVIL
Rachel Cavalcanti
5. PARA A REVERSÃO DESSE QUADRO É PRECISO
FORMAR NOVOS SERES HUMANOS
NOVOS PROFISSIONAIS COM NOVAS COMPETÊNCIAS
Profissionais responsáveis e comprometidos com a vida de
todos no planeta
Rachel Cavalcanti
6. REFERENCIAL TEÓRICO IMPORTANTE: educação para a sustentabilidade
A NOVA EDUCAÇÃO TEM ANTIGOS REFERENCIAIS TEÓRICOS
PAULO FREIRE
A EDUCAÇÃO NÃO TRANSFORMA O MUNDO
A EDUCAÇÃO TRANSFORMA PESSOAS
PESSOAS TRANSFORMAM O MUNDO
Rachel Cavalcanti
7. QUE PERGUNTAS SEJAM FEITAS
MAS O QUE É QUE NÃO DEU CERTO?
QUAIS SÃO AS CAUSAS DESSA SITUAÇÃO DE
AGRAVAMENTO DE UMA CRISE QUE EXISTE HÁ
ALGUMAS DÉCADAS?
Rachel Cavalcanti
8. SEI QUAL MUNDO EU QUERO?
CONSIGO IMAGINAR OUTRO MUNDO?
QUAL É A MINHA VISÃO DE FUTURO?
COMO TOMO MINHAS DECISÕES?
SEI QUAL DIREÇÃO QUERO SEGUIR?
QUE VALORES ORIENTAM AS MINHAS
ESCOLHAS?
FAÇO ESCOLHAS CONSCIENTES?
O QUE É FELICIDADE?
O QUE É LIBERDADE?
Rachel Cavalcanti
9. SIGNIFICADOS
SABER O QUE FAZER
IDÉIAS FUNDAMENTAIS COM AS QUAIS POSSAMOS PREENCHER NOSSAS MENTES E
TERMOS NOSSAS PRÓPRIAS IDÉIAS
IDÉIAS COM AS QUAIS POSSAMOS PENSAR O MUNDO, COMPREENDER O MUNDO, A
SOCIEDADE E O PRÓPRIO MUNDO
COMPREENDER O MUNDO QUE POSSA GERAR UM SENTIMENTO DE
PERTENCIMENTO, PARTICIPAÇÃO
(isso tudo que a educação convencional não produziu)
Rachel Cavalcanti
Rachel Cavalcanti
10. PARA FORMAR NOVOS PROFISSIONAIS
É PRECISO UMA NOVA EDUCAÇÃO
• vai além de treinamentos tecnicistas que buscam ampliar know how
• busca a compreensão do significado da vida
• desenvolve capacidade criativa
• desperta valores éticos
• estimula o envolvimento e comprometimento com a realidade e com
sua transformação, uma vez que o mundo não está pronto, não é
imutável e é dependente da nossa ação
Rachel Cavalcanti
11. mudar nosso modelo mental
transformar a nossa percepção
desenvolver um novo pensar e um olhar novo que é abrangente
ensinar a interdependência de todas as coisas
permitir a redescoberta das relações que unem todas as coisas, aparentemente
integrar os fatos da realidade que nos cerca, realidade que nós mesmos estamos
ensinar que TODOS OS SISTEMAS (ECONÔMICOS, SOCIAIS E NATURAIS)
Rachel Cavalcanti
12. É A EDUCAÇÃO QUE EQUILIBRA
O LADO ESQUERDO E O LADO DIREITO DO CÉREBRO
Rachel Cavalcanti
13. INTERDEPENDÊNCIA
produtividade
criatividade RESTRIÇÕES
REGRAS REGULAMENTOS
•CONVIVÊNCIA
•INDIVÍDUOS
•INTERAÇÕES
•SOCIEDADE
•PRODUÇÃO
•MERCADO
VIDA
competição
qualidade
LEGISLAÇÃO de vida
cooperação IMPOSTOS
competência
Rachel Cavalcanti
14. A NOVA EDUCAÇÃO TEM NOVOS REFERENCIAIS TEÓRICOS
PENSAMENTO SISTÊMICO PENSAMENTO INTEGRAL
Peter Senge Ken Wilber
COMPLEXIDADE
Edgar Morin Humberto Maturana
Rachel Cavalcanti
15. REFERENCIAIS TEÓRICOS E CONCEITUAIS
O que é desenvolvimento ?
O que é crescimento ?
O que é desenvolvimento sustentável ?
E sustentabilidade ?
O que é economia ecológica?
E economia ambiental?
O que é Responsabilidade Social Corporativa ?
Rachel Cavalcanti
16. ELE SABE A DIFERENÇA ENTRE
VIABILIDADE ECONÔMICA
Garantir os lucros e/ou valorizar as ações das empresas
SUSTENTABILIDADE NOS NEGÓCIOS
transcende o imediatismo do curto prazo
amplia o olhar para alcançar o longo prazo, e toda a cadeia produtiva na
avaliação das consequências de qualquer decisão
Rachel Cavalcanti
17. SOLO, SUBSOLO, FAUNA,
FLORA, AR, ÁGUA, CLIMA,
CICLO HIDROLÓGICO,
QUALIDADE FOTOSSÍNTESE
AMBIENTAL manutenção de todos subsistemas
ecológicos e fontes de recursos e
AMBIENTE serviços da natureza, necessárias
à manutenção e melhoria do
bem-estar humano.
SUSTENTA-
MÍDIA PROSPERIDADE
BILIDADE
E EFICIÊNCIA
SOCIEDADE ECONÔMICA
JUSTIÇA ECONOMIA
CAPITAL CONSTRUÍDO
SOCIAL CAPITAL HUMANO
SERES HUMANOS CAPITAL NATURAL
redução da pobreza maximização do bem-estar
maior eqüidade conservação e melhoria
mais justiça do estoque de capital
mais bem-estar existente
Rachel Cavalcanti
18. AMBIENTE
SUSTENTA-
MÍDIA
BILIDADE
SOCIEDADE ECONOMIA
ÉTICA
Rachel Cavalcanti
19. FERRAMENTAS DE GESTÃO PARA A
SUSTENTABILIDADE
-Planejamento estratégico
-Política e gestão ambiental
-Gestão da diversidade
-Gestão da cadeia produtiva
-Engajamento de stakeholders
-Relações com a comunidade
-Gestão de RH
-Certificações e auditorias
-Relatórios de sustentabilidade
Rachel Cavalcanti
20. A NOVA EDUCAÇÃO TEM NOVAS PRÁTICAS, MÉTODOS E FORMATOS
ELEMENTOS COMUNS
acontece na cooperação, na diversidade e na troca
no desenvolvimento de processos colaborativos
seu propósito é coletivo e seu fundamento é emocional
Rachel Cavalcanti
21. REFERENCIAIS IMPORTANTES: formatos
O CÍRCULO
o círculo honra todas as vozes
é um espaço que propicia o diálogo e amplia o potencial de troca entre seus
integrantes
é a interação do falar e do ouvir, ou seja, propõe-se falar com intenção e
ouvir com atenção
os princípios do círculo e os acordos estabelecidos entre seus membros
permitem ter uma troca profunda e livre, onde respeita-se a diversidade, a
rotatividade da liderança, e o compartilhamento das responsabilidades
relativos ao bem-estar do grupo
Rachel Cavalcanti
22. DIÁLOGO - David Bohm
a prática do diálogo é o que potencializa a construção coletiva
é um método de interações que melhora comunicação e entendimento;
estimula o compartilhamento democrático das experiências de cada um e
assim, a produção de idéias novas.
no diálogo não há competição, nem a necessidade de convencer ninguém de
nada, e a mente deve estar sempre aberta a novas possibilidades e desafios
Rachel Cavalcanti
23. QUAL A DIFERENÇA QUE ESSE NOVO
PROFISSIONAL FAZ?
Rachel Cavalcanti
24. ESSE NOVO PROFISSIONAL
•motiva decisões responsáveis
•Inspirar e propor práticas que tenham como consequências:
- PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR DE FORMA GENERALIZADA
- REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS
- MINIMIZAÇÃO DOS IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE
NATURAL
Rachel Cavalcanti
25. ESSE NOVO PROFISSIONAL
•Sabe que a realidade resulta de um processo dinâmico de mudanças e
trocas, que tende sempre ao equilíbro, e que nutrem a rede da vida
•Sabe que a vida é o resultado resultado das nossas próprias ações
Daí resulta a sua percepção de sustentabilidade
Rachel Cavalcanti
26. AGE EM REDES
Porque percebe as redes como padrão de organização da vida
Trabalha em redes como espaços de partilhas, de propósitos compartilhados,
compromissos assumidos, tarefas claras e compatíveis com as compatências e
habilidades do grupo.
Reconhece a importância da comunicação clara e do fluxo de informações para
a retroalimentação da dinâmica das redes
Rachel Cavalcanti
27. USA AS REDES COMO
•COMUNIDADES DE PRÁTICAS
•CONEXÃO DE PESSOAS PARA
APRENDIZAGEM COLETIVA
•PRODUÇÃO COLABORATIVA
ATRAVES DE TROCAS DE
INFORMAÇÕES VIA
COMUNICAÇÃO
Rachel Cavalcanti
28. O PROFISSIONAL APTO A CONTRIBUIR EFETIVAMENTE COM A
SUSTENTABILIDADE EMERGE DESSE PROCESSO DE EDUCAÇÃO
TRANSFORMADORA
Rachel Cavalcanti
31. John Milton
The Way of Nature
Passamos a ver a natureza como um objeto à parte de nós mesmos , a
manipulá-la em favor de nossos propósitos.
Dessa forma, perdemos a conexão profunda com o Planeta e a
experiência natural de unidade que nos levava a uma vida equilibrada.
Rachel Cavalcanti
32. JOHN ELKINGTON
Se as empresas desejarem satisfazer a crescente demanda de
todos os grupos de stakeholders a fim de aprimorar os padrões
e o desempenho no triple bottom line, deverão aprender a
conduzir o diálogo de forma radicalmente nova.
2000
Rachel Cavalcanti
33. Ray Anderson
Interface
Podemos fabricar minas terrestres de forma sustentável?
• Era proprietário da maior empresa de carpetes do mundo
• Promoveu mudanças relativas às matérias primas após (pouca mais de 50% recicláveis)
ao auto identificar-se como alguém que superexplorava indevidamente os recursos
naturais
• Passou a produzir carpetes em módulos (para não estimular substituição de grandes
quantidades quando não houver necessidade)
• Passou a vender serviços de manutenção de carpetes (com o objetivo de prolongar a
durabilidade em lugar de substituir);
Rachel Cavalcanti
34. Dee Hock
Diretor e CEO Emérito
da Visa
Por que as instituições, em toda
parte, sejam elas políticas,
comerciais ou sociais, são cada vez
mais incapazes de administrar as
próprias questões?
Por que as pessoas,
em toda parte, estão cada vez mais
em conflito com
as instituições de que
fazem parte e alienadas delas?
Por que aumenta cada vez mais o
desequilíbrio na sociedade e na
biosfera?
Rachel Cavalcanti
35. MUHAMMAD YUNUS
”O Banqueiro dos Pobres”
Criou o Banco Grameen
(O Banco dos Pobres)
E as primeiras experiências de economia social
Rachel Cavalcanti
36. YVON CHOUINARD
Fundador e proprietário da Patagônia empresa de
produtos esportivos
-utiliza matérias primas renováveis
-oferece serviço de reparo nos produtos (para não
estimular a compra de outro)
-horários flexíveis de trabalho (mesmo que seja para
o funcionário surfar)
-os funcionários são estimulados a não comparecer
ao trabalho caso alguém da família esteja doente
-a etiqueta das roupas incluem uma pergunta ao
consumidor: você precisa mesmo disso?
-as contas da empresa são abertas
Atualmente a Patagônia destina 1% das vendas ou 10% do lucro líquido (qual for maior) para
financiar organizações ambientalistas. Em 10 anos o montante supera U$ 15 milhões.
Em 2001 fundou a 1% para o planeta, uma ONG para estimular outras empresas a fazer o
mesmo que a Patagônia.
Rachel Cavalcanti
37. RICARDO YOUNG ODED GRAJEW
Presidente do Conselho Deliberativo do Yázigi Fundador e coordenador-geral Rede Nossa São Paulo
Diretor na Instituto Democracia e Sustentabilidade Fundador e presidente emérito do Inst. Ethos.
Conselheiro das organizações GRI (Amsterdan) Sócio-fundador do movimento Todos pela Educação
Accountability (Londres) Idealizador do Fórum Social Mundial
Grupo de Zurich (Suiça) Foi membro do Conselho Consultivo do Global
Compact.
Líder do Movimento por uma Nova Política
Fundador e ex-presidente da Fundação Abrinq
Instituto Marina Silva
Membro-fundador do Pensamento Nacional das
Bases Empresariais (PNBE).
Rachel Cavalcanti
38. PAUL SINGER
PAUL SINGER
Secretaria especial de economia solidária do Governo Federal
“A ECONOMIA SOLIDÁRIA É UM PROJETO REVOLUCIONÁRIO, É UM
PROJETO PARA UMA OUTRA SOCIEDADE, E ISSO NOS PERMITE
FOMULÁ-LA COMO NÓS DESEJAMOS. “
Rachel Cavalcanti
39. ROBERTO WAACK
AMATA BRASIL
A AMATA é uma empresa florestal que tem como principal produto a madeira
certificada. A exploração florestal com uso múltiplo engloba também produtos não
madeireiros e serviços ambientais alinhados à recente demanda por atividades com
efeito redutor do aquecimento global.
É um empreendimento florestal criado com o maior cuidado profissional e
fundamentado nas melhores informações sobre florestas disponíveis no Brasil e no
mundo. Uma aliança com profundas raízes na crença de que é possível gerir florestas
naturais e plantadas com tecnologias que garantam uma exploração econômica, social
e ambientalmente consistente.
Rachel Cavalcanti
40. ALESSANDRA FRANÇA
Fundadora do Banco Pérola
O objetivo do Banco Pérola é o desenvolvimento social, dando acesso a crédito a
jovens empreendedores, de 18 a 35 anos, que não conseguiriam empréstimo devido
à exigência de condições e de garantias dos bancos tradicionais.
A empresa deu início a suas operações em 2009 mediante um contrato com a Caixa
Econômica Federal, pelo qual obtém crédito e repassa a seus clientes.
Recentemente firmou um acordo com o Bradesco, e com a ampliação das fontes de
captação, sua meta é expandir.
Rachel Cavalcanti