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Professor Humberto Fernandes de Lucena
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3. CONTAS
3.1 Conceito de Conta
Conta é o nome técnico que identifica ca-
da componente patrimonial (bem, direito ou
obrigação), bem como identifica um compo-
nente de resultado (receita ou despesas).
Todos os acontecimentos que ocorrem
durante a gestão patrimonial de uma entida-
de, tais como compras, vendas, pagamen-
tos, recebimentos, etc. são registrados con-
tabilmente em suas respectivas contas. Por
exemplo: dinheiro em caixa, conta Caixa;
dinheiro em banco, conta Banco; mercadori-
as em estoque, conta Mercadorias, etc.
As contas se apresentam em sistemas de
contas que representam o conjunto de todas
as contas utilizadas nos registros contábeis
da entidade. As contas de um sistema po-
dem ser agrupadas de acordo a natureza de
cada uma delas – como veremos a diante.
3.2 Teorias das Contas
3.2.1 Teoria Personalística
Essa teoria considera como objeto da
Contabilidade a relação jurídica entre as
pessoas; personaliza as contas, classifican-
do-as em:
a) Contas dos agentes consignatários: que
representam os bens;
b) Contas dos agentes correspondentes:
representam os direitos e as obrigações;
c) Contas do proprietário: que representam
o Patrimônio Líquido, as receitas e as
despesas.
3.2.2 Teoria Materialista
Por essa teoria, também conhecida como
“teoria econômica”, as contas representam
valores materiais; são representadas como:
a) Contas Integrais: são as representa-
tivas dos bens, dos direitos e das o-
brigações da entidade;
b) Contas Diferenciais: são as represen-
tativas do Patrimônio Líquido, das re-
ceitas e das despesas da entidade.
3.2.3 Teoria Patrimonialista
É a teoria usualmente adotada no Brasil.
Considera o patrimônio como objeto da con-
tabilidade. Classifica as contas como:
a) CONTAS PATRIMONIAIS: são as contas
representativas dos bens, dos direitos,
das obrigações e do PL da entidade;
b) CONTAS DE RESULTADO: são as con-
tas que representam as receitas e as
despesas da entidade.
3.3 Classificação da Contas
Como conseqüência da Teoria Patrimo-
nialista, as contas são classificadas em dois
grandes grupos, quais sejam: as contas pa-
trimoniais e as contas de resultado.
As Contas Patrimoniais são as que re-
presentam os elementos componentes do
Patrimônio. Dividem-se em Ativas (Bens e
direitos) e Passivas (Obrigações e PL).
As Contas de Resultado são as que re-
presentam variações no patrimônio da enti-
dade. Dividem-se em Despesas e Receitas:
► As Despesas caracterizam-se pelo con-
sumo de bens e pela utilização de serviços,
com o objetivo de obter receitas. Como e-
xemplo, podemos citar a energia elétrica
consumida, o material de expediente, os sa-
lários pagos, etc. Vejamos algumas contas
que representam despesas:
o Água e Esgotos
o Aluguéis Passivos
o Descontos Concedidos
o Despesas Bancárias
o Fretes e Carretos
o Impostos
o Material de Expediente
o Juros Passivos
o Luz e Telefone
o Material de Limpeza
o Salários
o Prêmio de Seguros
o Café e Lanches
CURSO DE CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
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► As Receitas decorrem da venda de bens
ou da prestação de serviços. Há menos con-
tas de receitas que de despesas; vejamos
as mais comuns:
o Aluguéis Ativos
o Descontos Obtidos
o Juros Ativos
o Vendas de Mercadorias
o Receita de Serviços
o Comissões Ativas
IMPORTANTE
Há casos em que uma mesma conta de
resultado poderá representar tanto uma re-
ceita como uma despesa. É o caso das con-
tas Aluguéis, Juros e Descontos, por exem-
plo.
Nesses casos, a classificação da conta
como receita ou despesa deve ser feita ob-
servando-se o adjetivo que segue na deno-
minação da conta.
► Os adjetivos: Ativos, Recebidos ou Au-
feridos representam idéia positiva, de au-
mento do patrimônio. Nestes casos, a idéia
de receita.
► Os adjetivos: Passivos, Pagos ou Con-
cedidos representam idéia negativa, de di-
minuição patrimonial. Nestes casos, a idéia
de despesas.
Dentro desse contexto, podemos interpre-
tar algumas contas da seguinte forma:
o Aluguéis Passivos é conta de despesa
o Aluguéis Ativos é de receita
o Juros Ativos é receita
o Juros Passivos é despesa
o Descontos Concedidos é despesa
o Descontos Obtidos é receita
o Descontos Ativos é receita
o Descontos Passivos é despesa
o Juros Ativos é receita
o Juros Passivos é despesa
o Juros Pagos é despesa
o Juros Recebidos é receita
3.4 Funções das Contas
As contas exercem um papel de grande
importância no processo contábil. É através
das contas que a Contabilidade consegue
atingir seu objetivo e sua finalidade. No pri-
meiro caso, permitindo o controle do patri-
mônio através dos registros contábeis; e no
segundo caso, fornecendo informações qua-
litativas e quantitativas acerca do patrimônio
através de seus demonstrativos.
3.5 Contas Retificadoras
Também chamadas de redutoras, são
contas que, embora apareçam num determi-
nado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo)
têm saldo contrário em relação às demais
contas desse grupo. Desse modo, uma con-
ta retificadora do Ativo terá natureza credo-
ra, bem como uma conta retificadora do
Passivo terá natureza devedora. As contas
retificadoras reduzem o saldo total do grupo
em que aparecem.
Vejamos as contas retificadoras mais co-
muns em cada grupo, e subgrupo:
► No Ativo Circulante:
o Duplicatas Descontadas
o Provisão para Devedores Duvidosos
o Provisões para Ajustes de Custos ao Va-
lor de Mercado
► No Ativo Permanente
o Provisão para Perdas Prováveis na Rea-
lização de Investimentos
o Depreciação Acumulada
o Exaustão Acumulada
o Amortização Acumulada
► No Patrimônio Liquido (PL)
o Capital a Realizar ou a Integralizar
o Prejuízos Acumulados
o Ações em Tesouraria
OBSERVAÇÃO: Mais adiante em nosso cur-
so, veremos detalhadamente as mais impor-
tantes dentre essas contas retificadoras,
bem como suas respectivas aplicações.
3.6 Contas de Compensação
As Contas de Compensação, também co-
nhecidas como Contas Extrapatrimoniais,
compreendem um sistema de contas pró-
prias para o registro de atos administrativos
relevantes, que são atos cujos efeitos po-
dem trazes futuras modificações no patrimô-
nio da entidade.
Como podemos observar, as contas de
compensação são utilizados para registrar
não os fatos (que são objeto das demais
contas), mas os atos administrativos rele-
vantes dentro de entidade. As contas patri-
moniais e as de resultado são regra, as de
compensação são exceção.
Exemplo: hipoteca de um prédio perten-
cente à empresa no valor de R$ 800.000,00.
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3.7 Natureza das Contas
As contas são movimentadas através de
débitos ou de créditos nelas lançados. Do
ponto de vista contábil, não entendemos que
um débito é uma obrigação de pagar; nem
que um crédito é um direito de receber. Mais
a frente em nosso conteúdo, tais conceitos
aparentemente contrários tomarão significa-
do prático do ponto de vista contábil.
Como forma inicial de exposição do me-
canismo das contas, vamos conhecer a na-
tureza (devedora ou credora) de cada uma
das contas, de acordo com sua classificação
patrimonial.
Nesse aspecto, vamos classificar as con-
tas do grupo Ativo e as contas de Despesa
como contas de saldo devedor (ou de natu-
reza devedora). As contas do grupo do Pas-
sivo bem como as contas de Receitas, são
classificadas como contas de saldo credor
(ou de natureza credora). Vejamos:
ATIVO PASSIVO
* Bens ( + ) * Obrigações ( - )
* Direitos ( + ) * Patrimônio Líquido ( + ou - )
(contas de natureza devedora) (contas de natureza credora)
* Despesas ( - ) * Receitas ( + )
(contas de natureza devedora) (contas de natureza credora)
CONTAS PATRIMONIAIS
CONTAS DE RESULTADO
Podemos observar do exposto que:
► Os saldos das contas do Ativo, assim
como das Despesas, são aumentados
quando as debitamos, e são diminuídos
quando as creditamos;
► Os saldos das contas do Passivo, assim
como das contas de Receitas, são au-
mentados quando as creditamos, e são
diminuídos quando as debitamos.
3.8 Plano de Contas
O Plano de Contas é um conjunto de con-
tas, diretrizes e normas que disciplinam as
tarefas do setor contábil de uma entidade,
uniformizando os seus registros contábeis. É
um instrumento de grande importância nos
processos contábeis de uma entidade.
Cada empresa deverá elaborar o seu pla-
no de contas de acordo com suas necessi-
dades, e tendo em vista os Princípios Con-
tábeis Geralmente Aceitos, as normas da Lei
6.404/76 e a legislação específica do ramo
de atividade da empresa.
3.8.1 Composição do Plano de Contas
São três as partes principais que podem
compor um plano de contas:
o O Elenco de Contas
o O Manual de Contas
o Lançamentos Explicativos para o Regis-
tro de Operações Especiais
► O Elenco de Contas é a relação das
contas que serão utilizadas nos registros
dos Fatos Administrativos decorrentes da
gestão do patrimônio da entidade. Este
Elenco de Contas envolve a intitulação
(nome) e o código (número) de cada con-
ta. Seja qual for o elenco de contas ado-
tado pela entidade, a disposição e o agru-
pamento das contas devem obedecer às
regras estabelecidas na Lei 6.404/76.
Vejamos abaixo essa disposição:
► O Manual de Contas é um quadro expli-
cativo para o uso adequado de cada conta
constante do Elenco de Contas. Esse
quadro apresenta a função de cada conta,
o funcionamento de cada conta, e a natu-
reza do saldo de cada conta. O Manual de
Contas tem por função apresentar deta-
lhes a respeito de cada conta, servindo de
guia para o contabilista no registro de su-
as operações.
► Lançamentos Explicativos para o Re-
gistro de Operações Especiais são mo-
delos de partidas de diário, próprios para
o registro de fatos que raramente ocorrem
durante a gestão da entidade.
3.9 Código e Grau das Contas
O Código de uma conta é composto por
um ou mais algarismos utilizados para identi-
ficar cada uma das contas que compõem o
Plano de Contas de uma entidade.
CIRCULANTE
* Investimentos
* Imobilizado
* Diferido * Capital Social
* Reservas de Capital
* Reservas de Reavaliação
* Lucros/Prejuízos Acumulados
PERMANENTE
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PATRIMÔNIO
ATIVO PASSIVO
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
CIRCULANTE
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A adoção de códigos agiliza os registros
contábeis, principalmente quando eles são
feitos através de sistemas informatizados,
onde os débitos e os créditos são feitos a-
través de códigos numéricos, em vez de se-
rem feitos pela intitulação de cada conta.
Os critérios para se definir a numeração
adotada ficam a cargo de cada contabilista,
de acordo com as necessidades e conveni-
ências de entidade, bem como com o grau
de detalhamento a que se pretende chegar.
Vejamos, de forma simplificada, a maneira
mais comum de se iniciar uma codificação:
1. Ativo
1.1 Ativo Circulante
1.1.1 Disponibilidades
1.1.1.1 Caixa Geral
1.1.1.1.1 Caixa da Matriz
1.1.1.1.2 Caixa da Filial
1.1.1.2 Bancos
1.1.1.2.1 Caixa Econômica
1.1.1.2.2 Banco do Brasil
1.2 Ativo Realizável a Longo Prazo
1.3 Ativo Permanente
1.3.1 Investimento
1.3.2 Imobilizado
1.3.3 Diferido
2. Passivo
2.1 Passivo Circulante
2.2 Passivo Exigível a Longo Prazo
2.3 Resultado de Exercícios Futuros
2.4 Patrimônio Líquido
2.4.1 Capital Social
2.4.2 Reservas de Capital
2.4.3 Reservas de Reavaliação
2.4.4 Lucros (ou Prejuízos) Acumu-
lados
3. Contas de Despesa
4. Contas de Receita
5. Contas de apuração do resultado
►Observe do exemplo que há elementos
que, embora enumerados, não represen-
tam contas, mas grupos ou subgrupos de
contas. Há também contas de primeiro
grau e contas de segundo grau; vejamos:
1. Ativo é subdivisão patrimonial;
1.1 Ativo Circulante é subgrupo do Ativo;
1.1.1 Disponibilidades é subgrupo do Ativo
Circulante;
1.1.1.1 Caixa Geral é conta de 1º grau;
1.1.1.1.1 Caixa da Matriz é conta de 2º grau
1.1.1.1.2 Caixa da Filial é conta de 2º grau
E assim sucessivamente para os demais
códigos do Plano de Contas.
3.9.1 Conta Sintética e Conta Analítica
As contas de primeiro grau também são
chamadas de contas sintéticas, pois podem
se subdividir em várias subcontas; essas
subcontas, que são as contas de segundo
grau, são também chamadas de contas ana-
líticas.
Podemos então entender as contas sinté-
ticas como sendo um gênero, e as contas
analíticas como espécies naquelas.
Vejamos um quadro exemplificativo:
CONTA SINTÉTICA
ou
CONTA DE 1º GRAU
CONTAS ANALÍTICAS
ou
CONTAS DE 2º GRAU
Bancos Banco Bradesco
Banco CEF
Banco do Brasil
Clientes Sr. H. Lucena
Sr. Fulano de Tal
Sra. Zeferina
Fornecedores Madeiras Nobres S.A
Martins do Brasil S.A
Fibranor LTDA
3.10 Representação Gráfica das Contas
Os registros dos mais diversos fatos con-
tábeis são feitos nas respectivas contas. A
princípio, devemos saber que esses regis-
tros são feitos num livro contábil chamado
de Livro Razão (vamos estudar os livros
contábeis mais adiante em nosso curso).
Inicialmente nos basta entender que esses
registros podem ser feitos em fichas do Ra-
zão, ou, mais geralmente, por sistemas in-
formatizados. Cada ficha é utilizada para
cada conta, e os elementos necessários em
cada registro são: valores do débito e do
crédito, data, histórico, e o saldo da conta:
NOME (TÍTULO DA CONTA) CÓDIGO DA CONTA
DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO D/C
Uma forma mais usual para se represen-
tar manualmente as movimentações dos
saldos das contas no Razão é a forma de
representação simplificada em forma de “T”.
Esse tipo de representação, que facilita mui-
to a verificação dos saldos de cada conta do
Razão, é conhecido como RAZONETE:
DÉBITOS CRÉDITOS
CONTA
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3.11 Funcionamento das Contas
Já sabemos que o Patrimônio de uma
empresa, em sua representação contábil, se
divide em Origens e em Aplicações de Re-
cursos. Pois bem, para entendermos o me-
canismo de movimentação das contas preci-
samos relembrar disso.
É fato que as Aplicações de Recursos da
Entidade provêm inicialmente dos Recursos
Próprios (PL) e posteriormente das Origens
de Terceiros (Passivo Exigível). Concluímos
então que essas aplicações são devedoras
às suas respectivas origens; e, consequen-
temente, que as origens são credoras das
respectivas aplicações.
Esse entendimento é de importância fun-
damental para o mecanismo de funciona-
mento das contas (débitos e créditos).
Por conclusão, podemos definir que:
As origens de recursos têm natureza
credora; logo, aumentam com o crédito
e diminuem com o débito;
As aplicações de recursos têm natu-
reza devedora; logo, aumentam com o
débito e diminuem com o crédito.
Debitar significa lançar valores do la-
do esquerdo do Razonete;
Creditar significa lançar valores do
lado direito do Razonete;
O Saldo de uma conta é o valor da dife-
rença entre a soma dos débitos e a so-
ma dos créditos do respectivo Razonete.
EXEMPLOS
100.000,00R$ 5.000,00R$
870,00R$ 3.000,00R$
380,00R$ 6.000,00R$
2.500,00R$
84.750,00R$
saldo devedor
CAIXA
8.000,00R$ 60.000,00R$
3.500,00R$ 3.000,00R$
5.500,00R$
57.000,00R$
saldo credor
FORNECEDORES
3.11.1 Contas de Ativo e Despesas
As contas de Ativo, bem como as contas
de Despesas, por representarem aplicações
de recursos (em bens, direitos ou gastos)
têm natureza devedora. O aumento dos
saldos dessas contas se dará pelos respec-
tivos débitos, e as diminuições pelos respec-
tivos créditos.
3.11.2 Contas de Passivo, do PL e Receitas
As contas do Passivo, assim como as
contas do Patrimônio Líquido e Receitas,
representam origens de recursos (Recursos
Próprios, de Terceiros ou de Ganhos); por
isso apresentam natureza credora, aumen-
tando-se seus saldos pelo respectivo crédito
e diminuindo pelo débito.
3.11.3 Contas Retificadoras ou Redutoras
São contas que têm saldo contrário ao
saldo do grupo ao qual pertencem.
Assim, as contas retificadoras de Ativo (ou
redutoras de Ativo) têm saldos credores; as
contas retificadoras de Passivo (ou reduto-
ras de passivo) e de PL têm seus respecti-
vos saldos devedores.
Vejamos as principais contas redutoras:
GRUPO CONTAS SALDO
Ativo
Provisão para devedores duvidosos
Duplicatas descontadas
Provisão para ajustes ao valor de mercado
Provisão para perdas em investimentos
Deságio de investimentos
Depreciação Acumulada
Exaustão Acumulada
Amortização Acumulada
credor
Passivo Encargos financeiros a transcorrer
Custos de exercícios futuros
devedor
PL Capital a Realizar ou a Integralizar
Prejuízos Acumulados
Ações em Tesouraria
Quotas Liberadas
Dividendos Antecipados
devedor
Mais adiante em nosso curso veremos
exemplos de escrituração de fatos contábeis
envolvendo contas retificadoras.
3.11.4 Quadro Resumo
CONTAS AUMENTAM DIMUNUEM SALDO
DO ATIVO Debitando Creditando Devedor
DO PASSIVO Creditando Debitando Credor
DO PL Creditando Debitando Credor
DESPESAS Debitando Creditando Devedor
RECEITAS Creditando Debitando Credor
REDUTORAS
DE ATIVO
Creditando Debitando Credor
REDUTORAS
DE PASSIVO
Debitando Creditando Devedor
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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
I. No Ativo Circulante e no Passivo Circulan-
te, classificam-se as contas que represen-
tam direitos e obrigações, respectivamen-
te, cujos vencimentos ocorram até o fim do
exercício social seguinte ao do Balanço
Patrimonial em que constarem;
II. No Ativo Realizável a Longo Prazo e no
Passivo Exigível a Longo Prazo, classifi-
cam-se as contas que representam direitos
e obrigações, respectivamente, cujos ven-
cimentos ocorram após o término do exer-
cício social seguinte ao Balanço Patrimo-
nial em que constarem;
III. Denomina-se exercício social o período de
12 meses. Normalmente o exercício social
coincide com o ano civil (1º de janeiro a 31
de dezembro);
IV. As contas do Grupo Ativo são ordenadas
no Balanço Patrimonial de cima para bai-
xo, em ordem decrescente em relação ao
respectivo grau de liquidez (possibilidade
de serem convertidas em dinheiro);
V. As contas do Grupo Passivo são ordena-
das no Balanço Patrimonial de cima para
baixo, em ordem decrescente em relação
ao respectivo grau de exigibilidade (prazo
para pagamento da respectiva conta,
quanto menor esse prazo maior o grau de
exigibilidade da conta);
VI. As contas do Grupo Resultados de Exercí-
cios Futuros, constantes no Grupo do Pas-
sivo Patrimonial, representam contas de
receitas recebidas antecipadamente, que
só serão realizadas em outro exercício.
EXERCÍCIOS
1. Dê um conceito contábil para Contas.
2. Quais são as Teorias das Contas?
3. Qual a teoria das Contas adotada no
Brasil? Em que ela consiste?
4. Defina contas patrimoniais e contas de
resultado.
5. Dê três exemplos de contas patrimoniais.
6. De três exemplos de contas de despesa
e três de contas de receita.
7. Dê três exemplos de contas retificadoras
de ativo e três de passivo.
8. Para que servem as contas de compen-
sação?
9. Como a utilização de códigos numéricos
para as contas pode facilitar a contabili-
dade dentro de uma empresa?
10. Defina Plano de Contas.
11. Defina Circulante.
12. Defina Longo Prazo.
13. Defina exercício social.
14. Classifique as contas abaixo em:
a) Patrimonial ou de Resultado
b) Ativa, Passiva, Receita ou Despesa
c) Natureza Devedora ou Credora
d) Por grupo no Plano de Contas
1. Caixa
2. Banco conta movimento
3. Fornecedores
4. Clientes
5. Água e Esgoto
6. Aluguéis ativos
7. Participações em outras empresas
8. Duplicatas a pagar
9. Promissórias a pagar
10. Juros passivos
11. Capital Social
12. Aluguéis passivos
13. Café e lanches
14. Marcas e Patentes
15. Combustíveis
16. Descontos Concedidos
17. Lucros acumulados
18. Prejuízos acumulados
19. Salários
20. Salários a pagar
21. Despesas de aluguel
22. Comissões passivas
23. Ações de outras empresas
24. Impostos a recolher
25. Móveis e utensílios
26. Receita de Serviços
27. ICMS a recuperar
28. IPI a recolher
29. Ações em tesouraria
30. Provisão para devedores duvidosos
31. Vendas
32. Descontos ativos
33. Adiantamento de Clientes
34. Adiantamentos a Fornecedores
35. Despesa com depreciação
36. Depreciação acumulada
37. Veículos
38. Estoques de Mercadorias
39. Despesas bancárias
40. Reservas de Capital
►Nas questões seguintes, marque a única
alternativa correta
15. Assinale a alternativa que mostra uma
conta de 1º grau:
a) 1. Ativo
b) 1.1 Ativo Circulante
c) 1.1.1 Disponibilidades
d) 1.1.1.1 Caixa Geral
e) 1.1.1.1.1 Caixa da Matriz
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16. Assinale a alternativa que mostra uma
conta de 2º grau:
a) 1. Ativo
b) 1.1 Ativo Circulante
c) 1.1.1 Disponibilidades
d) 1.1.1.2 Bancos
e) 1.1.1.2.1 Caixa Econômica Federal
17. A Função de uma conta é:
a) a razão de existência da conta
b) ser debitada ou creditada
c) o mesmo que código da conta
d) o mesmo que grau da conta
18. O Funcionamento de uma conta diz res-
peito:
a) à razão de existência da conta
b) a ser debitada ou creditada
c) ao código da conta
d) ao grau da conta
19. Analise as assertivas abaixo:
I. No Passivo Circulante, são clas-
sificadas as contas de obrigações
exigíveis em curto prazo;
II. As contas do Ativo são classifica-
das em ordem crescente de liqui-
dez;
III. As contas do Passivo são orde-
nadas em ordem decrescente de
exigibilidade;
IV. Existe um modelo padrão e único
para o plano de contas contábeis;
V. As receitas têm saldo credor e as
despesas saldo devedor.
O número de itens corretos é:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
20. Observe o elenco de contas abaixo:
1. Adiantamentos de clientes
2. Bancos
3. Caixa
4. Duplicatas a pagar
5. Edifícios de uso
6. Fornecedores
7. Máquinas fabris
8. Mercadorias
9. Promissórias a pagar
10. Receita de vendas
11. Salários a pagar
12. Terrenos
São contas do Ativo:
a) 1, 4, 7 e 10
b) 2, 5, 8 e 12
c) 3, 6, 9 e 12
d) 4, 7, 10 e 12
e) 5, 8, 11 e 12
21. Em 31 de dezembro de 2005 o Contabi-
lista da Empresa HFL LTDA apresentou
a seguinte relação de contas, com os
respectivos saldos do livro Razão:
CONTAS SALDOS em R$
Caixa 250,00
Duplicatas a pagar 650,00
Lucros Acumulados 130,00
Aluguéis Passivos 140,00
Comissões Ativas 30,00
Receita de Juros 110,00
Impostos a recolher 300,00
Veículos 900,00
Custos das vendas 600,00
Receita de vendas 900,00
Despesas de juros 130,00
Clientes 360,00
Móveis e utensílios 540,00
Capital Social 950,00
Impostos federais 200,00
Salários 450,00
Fornecedores 880,00
FGTS a recolher 200,00
Conferindo essa lista de contas, observa-se
que o balancete não está fechado, pois a
soma dos saldos devedores não bate com a
soma dos saldos credores. Porém sabe-se
que as contas diferenciais estão com seus
saldos corretos. Nessas condições, pode-
mos dizer que o PL apresenta o valor de:
a) R$ 1.080,00
b) R$ 710,00
c) R$ 800,00
d) R$ 910,00
e) R$ 600,00
22. Na relação contábil abaixo faltou listar
apenas as despesas do período:
Componentes Valores em R$
Capital 1300
Receitas 1000
Dívidas 1800
Dinheiro 1100
Clientes 1200
Fornecedores 1350
Prejuízos anteriores 400
Máquinas 1950
Porém, sabendo que os saldos devedores
estão de acordo com os saldos credores,
podemos dizer que o valor das despesas é:
a) R$ 200,00
b) R$ 400,00
c) R$ 800,00
d) R$ 1.200,00
e) R$ 1.400,00
GABARITO
15 – D, 16 – E, 17 – A, 18 – B, 19 – C, 20 – B, 21 – E, 22 – C

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  • 1. Prof. Humberto F. de Lucena humbertolucena@hotmail.com 1 Professor Humberto Fernandes de Lucena www.editoraferreira.com.br 3. CONTAS 3.1 Conceito de Conta Conta é o nome técnico que identifica ca- da componente patrimonial (bem, direito ou obrigação), bem como identifica um compo- nente de resultado (receita ou despesas). Todos os acontecimentos que ocorrem durante a gestão patrimonial de uma entida- de, tais como compras, vendas, pagamen- tos, recebimentos, etc. são registrados con- tabilmente em suas respectivas contas. Por exemplo: dinheiro em caixa, conta Caixa; dinheiro em banco, conta Banco; mercadori- as em estoque, conta Mercadorias, etc. As contas se apresentam em sistemas de contas que representam o conjunto de todas as contas utilizadas nos registros contábeis da entidade. As contas de um sistema po- dem ser agrupadas de acordo a natureza de cada uma delas – como veremos a diante. 3.2 Teorias das Contas 3.2.1 Teoria Personalística Essa teoria considera como objeto da Contabilidade a relação jurídica entre as pessoas; personaliza as contas, classifican- do-as em: a) Contas dos agentes consignatários: que representam os bens; b) Contas dos agentes correspondentes: representam os direitos e as obrigações; c) Contas do proprietário: que representam o Patrimônio Líquido, as receitas e as despesas. 3.2.2 Teoria Materialista Por essa teoria, também conhecida como “teoria econômica”, as contas representam valores materiais; são representadas como: a) Contas Integrais: são as representa- tivas dos bens, dos direitos e das o- brigações da entidade; b) Contas Diferenciais: são as represen- tativas do Patrimônio Líquido, das re- ceitas e das despesas da entidade. 3.2.3 Teoria Patrimonialista É a teoria usualmente adotada no Brasil. Considera o patrimônio como objeto da con- tabilidade. Classifica as contas como: a) CONTAS PATRIMONIAIS: são as contas representativas dos bens, dos direitos, das obrigações e do PL da entidade; b) CONTAS DE RESULTADO: são as con- tas que representam as receitas e as despesas da entidade. 3.3 Classificação da Contas Como conseqüência da Teoria Patrimo- nialista, as contas são classificadas em dois grandes grupos, quais sejam: as contas pa- trimoniais e as contas de resultado. As Contas Patrimoniais são as que re- presentam os elementos componentes do Patrimônio. Dividem-se em Ativas (Bens e direitos) e Passivas (Obrigações e PL). As Contas de Resultado são as que re- presentam variações no patrimônio da enti- dade. Dividem-se em Despesas e Receitas: ► As Despesas caracterizam-se pelo con- sumo de bens e pela utilização de serviços, com o objetivo de obter receitas. Como e- xemplo, podemos citar a energia elétrica consumida, o material de expediente, os sa- lários pagos, etc. Vejamos algumas contas que representam despesas: o Água e Esgotos o Aluguéis Passivos o Descontos Concedidos o Despesas Bancárias o Fretes e Carretos o Impostos o Material de Expediente o Juros Passivos o Luz e Telefone o Material de Limpeza o Salários o Prêmio de Seguros o Café e Lanches CURSO DE CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA
  • 2. Prof. Humberto F. de Lucena humbertolucena@hotmail.com 2 ► As Receitas decorrem da venda de bens ou da prestação de serviços. Há menos con- tas de receitas que de despesas; vejamos as mais comuns: o Aluguéis Ativos o Descontos Obtidos o Juros Ativos o Vendas de Mercadorias o Receita de Serviços o Comissões Ativas IMPORTANTE Há casos em que uma mesma conta de resultado poderá representar tanto uma re- ceita como uma despesa. É o caso das con- tas Aluguéis, Juros e Descontos, por exem- plo. Nesses casos, a classificação da conta como receita ou despesa deve ser feita ob- servando-se o adjetivo que segue na deno- minação da conta. ► Os adjetivos: Ativos, Recebidos ou Au- feridos representam idéia positiva, de au- mento do patrimônio. Nestes casos, a idéia de receita. ► Os adjetivos: Passivos, Pagos ou Con- cedidos representam idéia negativa, de di- minuição patrimonial. Nestes casos, a idéia de despesas. Dentro desse contexto, podemos interpre- tar algumas contas da seguinte forma: o Aluguéis Passivos é conta de despesa o Aluguéis Ativos é de receita o Juros Ativos é receita o Juros Passivos é despesa o Descontos Concedidos é despesa o Descontos Obtidos é receita o Descontos Ativos é receita o Descontos Passivos é despesa o Juros Ativos é receita o Juros Passivos é despesa o Juros Pagos é despesa o Juros Recebidos é receita 3.4 Funções das Contas As contas exercem um papel de grande importância no processo contábil. É através das contas que a Contabilidade consegue atingir seu objetivo e sua finalidade. No pri- meiro caso, permitindo o controle do patri- mônio através dos registros contábeis; e no segundo caso, fornecendo informações qua- litativas e quantitativas acerca do patrimônio através de seus demonstrativos. 3.5 Contas Retificadoras Também chamadas de redutoras, são contas que, embora apareçam num determi- nado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo) têm saldo contrário em relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma con- ta retificadora do Ativo terá natureza credo- ra, bem como uma conta retificadora do Passivo terá natureza devedora. As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem. Vejamos as contas retificadoras mais co- muns em cada grupo, e subgrupo: ► No Ativo Circulante: o Duplicatas Descontadas o Provisão para Devedores Duvidosos o Provisões para Ajustes de Custos ao Va- lor de Mercado ► No Ativo Permanente o Provisão para Perdas Prováveis na Rea- lização de Investimentos o Depreciação Acumulada o Exaustão Acumulada o Amortização Acumulada ► No Patrimônio Liquido (PL) o Capital a Realizar ou a Integralizar o Prejuízos Acumulados o Ações em Tesouraria OBSERVAÇÃO: Mais adiante em nosso cur- so, veremos detalhadamente as mais impor- tantes dentre essas contas retificadoras, bem como suas respectivas aplicações. 3.6 Contas de Compensação As Contas de Compensação, também co- nhecidas como Contas Extrapatrimoniais, compreendem um sistema de contas pró- prias para o registro de atos administrativos relevantes, que são atos cujos efeitos po- dem trazes futuras modificações no patrimô- nio da entidade. Como podemos observar, as contas de compensação são utilizados para registrar não os fatos (que são objeto das demais contas), mas os atos administrativos rele- vantes dentro de entidade. As contas patri- moniais e as de resultado são regra, as de compensação são exceção. Exemplo: hipoteca de um prédio perten- cente à empresa no valor de R$ 800.000,00.
  • 3. Prof. Humberto F. de Lucena humbertolucena@hotmail.com 3 3.7 Natureza das Contas As contas são movimentadas através de débitos ou de créditos nelas lançados. Do ponto de vista contábil, não entendemos que um débito é uma obrigação de pagar; nem que um crédito é um direito de receber. Mais a frente em nosso conteúdo, tais conceitos aparentemente contrários tomarão significa- do prático do ponto de vista contábil. Como forma inicial de exposição do me- canismo das contas, vamos conhecer a na- tureza (devedora ou credora) de cada uma das contas, de acordo com sua classificação patrimonial. Nesse aspecto, vamos classificar as con- tas do grupo Ativo e as contas de Despesa como contas de saldo devedor (ou de natu- reza devedora). As contas do grupo do Pas- sivo bem como as contas de Receitas, são classificadas como contas de saldo credor (ou de natureza credora). Vejamos: ATIVO PASSIVO * Bens ( + ) * Obrigações ( - ) * Direitos ( + ) * Patrimônio Líquido ( + ou - ) (contas de natureza devedora) (contas de natureza credora) * Despesas ( - ) * Receitas ( + ) (contas de natureza devedora) (contas de natureza credora) CONTAS PATRIMONIAIS CONTAS DE RESULTADO Podemos observar do exposto que: ► Os saldos das contas do Ativo, assim como das Despesas, são aumentados quando as debitamos, e são diminuídos quando as creditamos; ► Os saldos das contas do Passivo, assim como das contas de Receitas, são au- mentados quando as creditamos, e são diminuídos quando as debitamos. 3.8 Plano de Contas O Plano de Contas é um conjunto de con- tas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor contábil de uma entidade, uniformizando os seus registros contábeis. É um instrumento de grande importância nos processos contábeis de uma entidade. Cada empresa deverá elaborar o seu pla- no de contas de acordo com suas necessi- dades, e tendo em vista os Princípios Con- tábeis Geralmente Aceitos, as normas da Lei 6.404/76 e a legislação específica do ramo de atividade da empresa. 3.8.1 Composição do Plano de Contas São três as partes principais que podem compor um plano de contas: o O Elenco de Contas o O Manual de Contas o Lançamentos Explicativos para o Regis- tro de Operações Especiais ► O Elenco de Contas é a relação das contas que serão utilizadas nos registros dos Fatos Administrativos decorrentes da gestão do patrimônio da entidade. Este Elenco de Contas envolve a intitulação (nome) e o código (número) de cada con- ta. Seja qual for o elenco de contas ado- tado pela entidade, a disposição e o agru- pamento das contas devem obedecer às regras estabelecidas na Lei 6.404/76. Vejamos abaixo essa disposição: ► O Manual de Contas é um quadro expli- cativo para o uso adequado de cada conta constante do Elenco de Contas. Esse quadro apresenta a função de cada conta, o funcionamento de cada conta, e a natu- reza do saldo de cada conta. O Manual de Contas tem por função apresentar deta- lhes a respeito de cada conta, servindo de guia para o contabilista no registro de su- as operações. ► Lançamentos Explicativos para o Re- gistro de Operações Especiais são mo- delos de partidas de diário, próprios para o registro de fatos que raramente ocorrem durante a gestão da entidade. 3.9 Código e Grau das Contas O Código de uma conta é composto por um ou mais algarismos utilizados para identi- ficar cada uma das contas que compõem o Plano de Contas de uma entidade. CIRCULANTE * Investimentos * Imobilizado * Diferido * Capital Social * Reservas de Capital * Reservas de Reavaliação * Lucros/Prejuízos Acumulados PERMANENTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS PATRIMÔNIO LÍQUIDO PATRIMÔNIO ATIVO PASSIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO CIRCULANTE
  • 4. Prof. Humberto F. de Lucena humbertolucena@hotmail.com 4 A adoção de códigos agiliza os registros contábeis, principalmente quando eles são feitos através de sistemas informatizados, onde os débitos e os créditos são feitos a- través de códigos numéricos, em vez de se- rem feitos pela intitulação de cada conta. Os critérios para se definir a numeração adotada ficam a cargo de cada contabilista, de acordo com as necessidades e conveni- ências de entidade, bem como com o grau de detalhamento a que se pretende chegar. Vejamos, de forma simplificada, a maneira mais comum de se iniciar uma codificação: 1. Ativo 1.1 Ativo Circulante 1.1.1 Disponibilidades 1.1.1.1 Caixa Geral 1.1.1.1.1 Caixa da Matriz 1.1.1.1.2 Caixa da Filial 1.1.1.2 Bancos 1.1.1.2.1 Caixa Econômica 1.1.1.2.2 Banco do Brasil 1.2 Ativo Realizável a Longo Prazo 1.3 Ativo Permanente 1.3.1 Investimento 1.3.2 Imobilizado 1.3.3 Diferido 2. Passivo 2.1 Passivo Circulante 2.2 Passivo Exigível a Longo Prazo 2.3 Resultado de Exercícios Futuros 2.4 Patrimônio Líquido 2.4.1 Capital Social 2.4.2 Reservas de Capital 2.4.3 Reservas de Reavaliação 2.4.4 Lucros (ou Prejuízos) Acumu- lados 3. Contas de Despesa 4. Contas de Receita 5. Contas de apuração do resultado ►Observe do exemplo que há elementos que, embora enumerados, não represen- tam contas, mas grupos ou subgrupos de contas. Há também contas de primeiro grau e contas de segundo grau; vejamos: 1. Ativo é subdivisão patrimonial; 1.1 Ativo Circulante é subgrupo do Ativo; 1.1.1 Disponibilidades é subgrupo do Ativo Circulante; 1.1.1.1 Caixa Geral é conta de 1º grau; 1.1.1.1.1 Caixa da Matriz é conta de 2º grau 1.1.1.1.2 Caixa da Filial é conta de 2º grau E assim sucessivamente para os demais códigos do Plano de Contas. 3.9.1 Conta Sintética e Conta Analítica As contas de primeiro grau também são chamadas de contas sintéticas, pois podem se subdividir em várias subcontas; essas subcontas, que são as contas de segundo grau, são também chamadas de contas ana- líticas. Podemos então entender as contas sinté- ticas como sendo um gênero, e as contas analíticas como espécies naquelas. Vejamos um quadro exemplificativo: CONTA SINTÉTICA ou CONTA DE 1º GRAU CONTAS ANALÍTICAS ou CONTAS DE 2º GRAU Bancos Banco Bradesco Banco CEF Banco do Brasil Clientes Sr. H. Lucena Sr. Fulano de Tal Sra. Zeferina Fornecedores Madeiras Nobres S.A Martins do Brasil S.A Fibranor LTDA 3.10 Representação Gráfica das Contas Os registros dos mais diversos fatos con- tábeis são feitos nas respectivas contas. A princípio, devemos saber que esses regis- tros são feitos num livro contábil chamado de Livro Razão (vamos estudar os livros contábeis mais adiante em nosso curso). Inicialmente nos basta entender que esses registros podem ser feitos em fichas do Ra- zão, ou, mais geralmente, por sistemas in- formatizados. Cada ficha é utilizada para cada conta, e os elementos necessários em cada registro são: valores do débito e do crédito, data, histórico, e o saldo da conta: NOME (TÍTULO DA CONTA) CÓDIGO DA CONTA DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO D/C Uma forma mais usual para se represen- tar manualmente as movimentações dos saldos das contas no Razão é a forma de representação simplificada em forma de “T”. Esse tipo de representação, que facilita mui- to a verificação dos saldos de cada conta do Razão, é conhecido como RAZONETE: DÉBITOS CRÉDITOS CONTA
  • 5. Prof. Humberto F. de Lucena humbertolucena@hotmail.com 5 3.11 Funcionamento das Contas Já sabemos que o Patrimônio de uma empresa, em sua representação contábil, se divide em Origens e em Aplicações de Re- cursos. Pois bem, para entendermos o me- canismo de movimentação das contas preci- samos relembrar disso. É fato que as Aplicações de Recursos da Entidade provêm inicialmente dos Recursos Próprios (PL) e posteriormente das Origens de Terceiros (Passivo Exigível). Concluímos então que essas aplicações são devedoras às suas respectivas origens; e, consequen- temente, que as origens são credoras das respectivas aplicações. Esse entendimento é de importância fun- damental para o mecanismo de funciona- mento das contas (débitos e créditos). Por conclusão, podemos definir que: As origens de recursos têm natureza credora; logo, aumentam com o crédito e diminuem com o débito; As aplicações de recursos têm natu- reza devedora; logo, aumentam com o débito e diminuem com o crédito. Debitar significa lançar valores do la- do esquerdo do Razonete; Creditar significa lançar valores do lado direito do Razonete; O Saldo de uma conta é o valor da dife- rença entre a soma dos débitos e a so- ma dos créditos do respectivo Razonete. EXEMPLOS 100.000,00R$ 5.000,00R$ 870,00R$ 3.000,00R$ 380,00R$ 6.000,00R$ 2.500,00R$ 84.750,00R$ saldo devedor CAIXA 8.000,00R$ 60.000,00R$ 3.500,00R$ 3.000,00R$ 5.500,00R$ 57.000,00R$ saldo credor FORNECEDORES 3.11.1 Contas de Ativo e Despesas As contas de Ativo, bem como as contas de Despesas, por representarem aplicações de recursos (em bens, direitos ou gastos) têm natureza devedora. O aumento dos saldos dessas contas se dará pelos respec- tivos débitos, e as diminuições pelos respec- tivos créditos. 3.11.2 Contas de Passivo, do PL e Receitas As contas do Passivo, assim como as contas do Patrimônio Líquido e Receitas, representam origens de recursos (Recursos Próprios, de Terceiros ou de Ganhos); por isso apresentam natureza credora, aumen- tando-se seus saldos pelo respectivo crédito e diminuindo pelo débito. 3.11.3 Contas Retificadoras ou Redutoras São contas que têm saldo contrário ao saldo do grupo ao qual pertencem. Assim, as contas retificadoras de Ativo (ou redutoras de Ativo) têm saldos credores; as contas retificadoras de Passivo (ou reduto- ras de passivo) e de PL têm seus respecti- vos saldos devedores. Vejamos as principais contas redutoras: GRUPO CONTAS SALDO Ativo Provisão para devedores duvidosos Duplicatas descontadas Provisão para ajustes ao valor de mercado Provisão para perdas em investimentos Deságio de investimentos Depreciação Acumulada Exaustão Acumulada Amortização Acumulada credor Passivo Encargos financeiros a transcorrer Custos de exercícios futuros devedor PL Capital a Realizar ou a Integralizar Prejuízos Acumulados Ações em Tesouraria Quotas Liberadas Dividendos Antecipados devedor Mais adiante em nosso curso veremos exemplos de escrituração de fatos contábeis envolvendo contas retificadoras. 3.11.4 Quadro Resumo CONTAS AUMENTAM DIMUNUEM SALDO DO ATIVO Debitando Creditando Devedor DO PASSIVO Creditando Debitando Credor DO PL Creditando Debitando Credor DESPESAS Debitando Creditando Devedor RECEITAS Creditando Debitando Credor REDUTORAS DE ATIVO Creditando Debitando Credor REDUTORAS DE PASSIVO Debitando Creditando Devedor
  • 6. Prof. Humberto F. de Lucena humbertolucena@hotmail.com 6 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES I. No Ativo Circulante e no Passivo Circulan- te, classificam-se as contas que represen- tam direitos e obrigações, respectivamen- te, cujos vencimentos ocorram até o fim do exercício social seguinte ao do Balanço Patrimonial em que constarem; II. No Ativo Realizável a Longo Prazo e no Passivo Exigível a Longo Prazo, classifi- cam-se as contas que representam direitos e obrigações, respectivamente, cujos ven- cimentos ocorram após o término do exer- cício social seguinte ao Balanço Patrimo- nial em que constarem; III. Denomina-se exercício social o período de 12 meses. Normalmente o exercício social coincide com o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro); IV. As contas do Grupo Ativo são ordenadas no Balanço Patrimonial de cima para bai- xo, em ordem decrescente em relação ao respectivo grau de liquidez (possibilidade de serem convertidas em dinheiro); V. As contas do Grupo Passivo são ordena- das no Balanço Patrimonial de cima para baixo, em ordem decrescente em relação ao respectivo grau de exigibilidade (prazo para pagamento da respectiva conta, quanto menor esse prazo maior o grau de exigibilidade da conta); VI. As contas do Grupo Resultados de Exercí- cios Futuros, constantes no Grupo do Pas- sivo Patrimonial, representam contas de receitas recebidas antecipadamente, que só serão realizadas em outro exercício. EXERCÍCIOS 1. Dê um conceito contábil para Contas. 2. Quais são as Teorias das Contas? 3. Qual a teoria das Contas adotada no Brasil? Em que ela consiste? 4. Defina contas patrimoniais e contas de resultado. 5. Dê três exemplos de contas patrimoniais. 6. De três exemplos de contas de despesa e três de contas de receita. 7. Dê três exemplos de contas retificadoras de ativo e três de passivo. 8. Para que servem as contas de compen- sação? 9. Como a utilização de códigos numéricos para as contas pode facilitar a contabili- dade dentro de uma empresa? 10. Defina Plano de Contas. 11. Defina Circulante. 12. Defina Longo Prazo. 13. Defina exercício social. 14. Classifique as contas abaixo em: a) Patrimonial ou de Resultado b) Ativa, Passiva, Receita ou Despesa c) Natureza Devedora ou Credora d) Por grupo no Plano de Contas 1. Caixa 2. Banco conta movimento 3. Fornecedores 4. Clientes 5. Água e Esgoto 6. Aluguéis ativos 7. Participações em outras empresas 8. Duplicatas a pagar 9. Promissórias a pagar 10. Juros passivos 11. Capital Social 12. Aluguéis passivos 13. Café e lanches 14. Marcas e Patentes 15. Combustíveis 16. Descontos Concedidos 17. Lucros acumulados 18. Prejuízos acumulados 19. Salários 20. Salários a pagar 21. Despesas de aluguel 22. Comissões passivas 23. Ações de outras empresas 24. Impostos a recolher 25. Móveis e utensílios 26. Receita de Serviços 27. ICMS a recuperar 28. IPI a recolher 29. Ações em tesouraria 30. Provisão para devedores duvidosos 31. Vendas 32. Descontos ativos 33. Adiantamento de Clientes 34. Adiantamentos a Fornecedores 35. Despesa com depreciação 36. Depreciação acumulada 37. Veículos 38. Estoques de Mercadorias 39. Despesas bancárias 40. Reservas de Capital ►Nas questões seguintes, marque a única alternativa correta 15. Assinale a alternativa que mostra uma conta de 1º grau: a) 1. Ativo b) 1.1 Ativo Circulante c) 1.1.1 Disponibilidades d) 1.1.1.1 Caixa Geral e) 1.1.1.1.1 Caixa da Matriz
  • 7. Prof. Humberto F. de Lucena humbertolucena@hotmail.com 7 16. Assinale a alternativa que mostra uma conta de 2º grau: a) 1. Ativo b) 1.1 Ativo Circulante c) 1.1.1 Disponibilidades d) 1.1.1.2 Bancos e) 1.1.1.2.1 Caixa Econômica Federal 17. A Função de uma conta é: a) a razão de existência da conta b) ser debitada ou creditada c) o mesmo que código da conta d) o mesmo que grau da conta 18. O Funcionamento de uma conta diz res- peito: a) à razão de existência da conta b) a ser debitada ou creditada c) ao código da conta d) ao grau da conta 19. Analise as assertivas abaixo: I. No Passivo Circulante, são clas- sificadas as contas de obrigações exigíveis em curto prazo; II. As contas do Ativo são classifica- das em ordem crescente de liqui- dez; III. As contas do Passivo são orde- nadas em ordem decrescente de exigibilidade; IV. Existe um modelo padrão e único para o plano de contas contábeis; V. As receitas têm saldo credor e as despesas saldo devedor. O número de itens corretos é: a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 20. Observe o elenco de contas abaixo: 1. Adiantamentos de clientes 2. Bancos 3. Caixa 4. Duplicatas a pagar 5. Edifícios de uso 6. Fornecedores 7. Máquinas fabris 8. Mercadorias 9. Promissórias a pagar 10. Receita de vendas 11. Salários a pagar 12. Terrenos São contas do Ativo: a) 1, 4, 7 e 10 b) 2, 5, 8 e 12 c) 3, 6, 9 e 12 d) 4, 7, 10 e 12 e) 5, 8, 11 e 12 21. Em 31 de dezembro de 2005 o Contabi- lista da Empresa HFL LTDA apresentou a seguinte relação de contas, com os respectivos saldos do livro Razão: CONTAS SALDOS em R$ Caixa 250,00 Duplicatas a pagar 650,00 Lucros Acumulados 130,00 Aluguéis Passivos 140,00 Comissões Ativas 30,00 Receita de Juros 110,00 Impostos a recolher 300,00 Veículos 900,00 Custos das vendas 600,00 Receita de vendas 900,00 Despesas de juros 130,00 Clientes 360,00 Móveis e utensílios 540,00 Capital Social 950,00 Impostos federais 200,00 Salários 450,00 Fornecedores 880,00 FGTS a recolher 200,00 Conferindo essa lista de contas, observa-se que o balancete não está fechado, pois a soma dos saldos devedores não bate com a soma dos saldos credores. Porém sabe-se que as contas diferenciais estão com seus saldos corretos. Nessas condições, pode- mos dizer que o PL apresenta o valor de: a) R$ 1.080,00 b) R$ 710,00 c) R$ 800,00 d) R$ 910,00 e) R$ 600,00 22. Na relação contábil abaixo faltou listar apenas as despesas do período: Componentes Valores em R$ Capital 1300 Receitas 1000 Dívidas 1800 Dinheiro 1100 Clientes 1200 Fornecedores 1350 Prejuízos anteriores 400 Máquinas 1950 Porém, sabendo que os saldos devedores estão de acordo com os saldos credores, podemos dizer que o valor das despesas é: a) R$ 200,00 b) R$ 400,00 c) R$ 800,00 d) R$ 1.200,00 e) R$ 1.400,00 GABARITO 15 – D, 16 – E, 17 – A, 18 – B, 19 – C, 20 – B, 21 – E, 22 – C