1. Uma Perspectiva Antropológica
Comunidade de Prática 10TS:
identidade, participação e moderação
Adelina Silva
adelinasilva@netcabo.pt
Setúbal, 30 de Outubro de 2008
2. Comunidades
Typaldos, C. (2000), RealCommunities.com
3. Comunidades colaborativas no
ciberespaço
gift economies (Kollock, Rheingold)
inteligência colectiva (Contreras, Levy)
cooking-pot markets (Ghosh)
estilo bazar (Raymond)
comunidades open-source intelligence (Stalder & Hirsch)
common-based peer production (Benkler)
criação colectiva (Casacuberta)
micro-media ou nano-media (Rafaeli & LaRose) - wikis
4. Comunidades colaborativas no
ciberespaço
uma forma de cooperação e colaboração,
poderá ser voluntária,
perdura no tempo,
o objectivo é a produção de informação e de
conhecimento,
em comunidades que podem ser formais ou informais
no ciberespaço, mas que se gerem de forma
autónoma.
5. Comunidades de prática e produção
colaborativa 12 princípios
das
Comunidades:
•Objectivo
•Identidade
Envolvimento mútuo •Reputação
•Grupos
•Comunicação
Empreendimento comum •Ambiente
•Confiança
•Limites
•História
Repertório partilhado •Gestão
•Expressão
•Intercâmbio
6. π
Troca de
π
Valores
Troca de π Troca de
ππ
Ideias
Competências
π
π
ππ π ππ π
π π π ππ
π
π
π π π
Troca de Troca de
Informação Artefactos
ππ
Troca de Papeis
Sociais Pierre Levy, CRC, Université d’Ottawa
7. Metodologia - a ciber-etnografia
concepção de uma comunidade de prática como objecto
de estudo;
a identidade no ciberespaço está num processo de
construção permanente;
os estudos sobre a CST, que tomam em consideração o
efeito da arquitectura técnica na comunidade e a forma
como a comunidade modela essa mesma arquitectura
técnica.
8. Metodologia - a ciber-etnografia
Porquê a proposta da CST?
conduz-nos a uma etnografia
privilegia a interacção e a identidade
9. A comunidade 10TS – participação,
identidade e moderação
Promove a escrita colaborativa;
Apresenta um produto final (permanente construção);
Incentiva a aprendizagem reflexiva;
Utiliza diferentes formas /estratégias;
Incentiva a aprendizagem através da execução - saber-fazer;
Exige dinâmica de trabalho de equipa – saber-ser e saber-estar;
Possibilita a construção de um documento público;
Potencializa a interacção;
Promove a negociação e a colaboração voluntária, exigindo uma
mudança do papel do professor (facilitador).
15. Participação
Uma plataforma para a acção, facilitadora da reflexão, da
colaboração, da comunicação e, consequentemente, de
aprendizagem.
“As páginas do wiki que achei mais proveitosas foram as do
módulo 7 (Protocolo e Etiqueta), porque tive mais
participação”.(…)
Era motivador ”(…) sermos nós a escrever e a pôr lá a
informação, (..) e além disso, de podermos corrigir o que os
nossos colegas punham.” (aluno C).
16. Participação
A participação é importante e todas as contribuições são
“valiosas”, com qualidades e conteúdos distintos, pelos quais
os membros sabem que serão avaliados e que nem todos os
utilizadores têm a mesma “credibilidade” dentro da
comunidade.
O wiki permite“(…) dedicarmos mais (ao estudo), de
querermos mostrar às outras pessoas o que somos capazes
de fazer e de aprendermos melhor” (aluno E).
17. Participação
Há um repertório compartilhado de artefactos, símbolos,
sensibilidades, práticas e rotinas e de objectivos e
necessidades comuns que foram formulados e negociados
de forma a que todos possam contribuir com os seus
conhecimentos
“O wiki contribuiu para a minha aprendizagem porque fui
obrigada a ler o que os meus colegas punham lá, e também
tive de saber seleccionar a informação. Acho que foi útil, e
continuar espero poder participar de igual modo” (aluno
D).
18. Identidade
O registo estabelece categoria de membros
Para participar plenamente, o registo e a criação de uma
identidade são elementos inevitáveis.
20. Identidade
O registo não é obrigatório e pode-se contribuir de
forma completamente anónima, lançando tópicos de
discussão, por exemplo.
“Quando não nos encontramos em aulas podemos tirar
dúvidas no wiki. E assim podemos tirar as nossas dúvidas
como também as dúvidas de visitantes” (Aluno L).
21. Identidade
… Para que a cooperação e colaboração seja sustentável e
exequível no ciberespaço;
… Torna-se num indicador de credibilidade dos autores e
facilitar a filtragem da informação;
… É o elemento organizador da comunidade, cujo
significado é construído pela própria comunidade perante
o objectivo de produzir informação significativa.
22. Moderação
Destina-se a estabelecer uma hierarquia de importância
na informação.
Permite valorizar a qualidade da informação e filtrá-la.
Realiza-se de forma distribuída pelos utilizadores
registados e consiste na qualificação das publicações.
23. Moderação
Componente colectivo e individual
Para o domínio público, o espaço passa por ser um
produto de contribuição anónima, mas para os próprios
membros é um espaço moderado.
Os únicos que podem moderar são os membros
registados.
24. Moderação
“O wiki contribui muito para a minha aprendizagem (…);
quando colaboro no wiki aprendo mais coisas, aprendo a
seleccionar as informações mais importantes e aprendo a
colaborar e a organizar a informação com a turma” (aluno
E).
Agrada-me (…) “também o facto de podermos ser mais do
que um a utilizar a mesma página, por exemplo, de
podemos acrescentar algo essencial ao que o nosso colega
colocou” (aluno G).
25. Conclusão
No ciberespaço, cada ferramenta oferece, a quem o habita,
diferentes mecanismos para construir e desenvolver sua
identidade.
A ausência de um EU digital tem seus inconvenientes,
nomeadamente a ausência de uma identidade (que não
permite o ser-se reconhecido) e de um EU permanente que
tenha uma história
26. Conclusão
Ter uma presença numa comunidade e habitá-la
(participando) , obriga um indivíduo a encarar suas
responsabilidades, cumprir as normas e assumir os seus
actos.
A moderação, assenta na identidade, pois aos membros
registados é concedido o privilégio de serem moderadores
e de publicarem os seus conteúdos ficando desse modo
mais expostos à moderação.