O documento discute o conceito e importância de sequências didáticas na educação infantil. Uma sequência didática é um conjunto de atividades sistematizadas e planejadas para ensinar um conteúdo de forma gradual. Ela organiza as intenções pedagógicas de acordo com os objetivos do professor e necessidades das crianças. A elaboração de sequências didáticas é importante porque ajuda o professor a ampliar seus conhecimentos e repertório pedagógico.
2. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – O QUE É?
É uma forma de planejamento utilizada
quando se trabalha com a pedagogia
de projetos.
É um conjunto sistematizado de
atividades ligadas entre si, planejadas
para ensinar um conteúdo etapa por
etapa.
Essa proposta envolve atividades de
aprendizagem e avaliação,
organizadas de acordo com os
objetivos que o professor quer alcançar.
3. É possível não trabalhar com projetos e
criar sequências didáticas?
Sim, mas o efeito desta prática pode
levar à falta de conexão entre as
inúmeras sequências feitas durante o
ano, o que configura, em última análise,
a antiga fórmula dos livros didáticos e da
educação tradicional (no seu pior
sentido).
A sequência didática não é o contexto,
ela esta inserida em um contexto mais
amplo que, no caso, é o projeto didático.
4. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – PARA QUE SERVE?
a) Organizar as intenções pedagógicas através de
temas, objetivos, conteúdos que atendam as
necessidades do projeto didático, dos
professores e das crianças;
b) Organizar as intenções pedagógicas de tal
forma que garanta a transversalidade de seus
conteúdos, temas e objetivos;
c) Preparar técnica e academicamente o
professor, tornando-o capaz de fomentar e
propiciar a construção de conhecimentos
específicos com o grupo crianças sob sua
responsabilidade, posto que é fundamental que
se procure, através de pesquisas, ter
conhecimentos prévios que ultrapassem o senso
comum, o óbvio.
5. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – VANTAGENS
A elaboração de sequências didáticas
permite ao professor:
aquisição de novos conhecimentos
(amplia seus horizontes);
ampliação de repertório;
previsão de materiais e novas
possibilidades de trabalho.
6. Além de ampliar seus horizontes, garante
segurança em relação as suas intenções
pedagógicas.
Um profissional seguro, é capaz de deixar a
condução do projeto nas mãos de suas
crianças, do coletivo do grupo e, sabemos, que
adotar esta metodologia de trabalho é uma
questão de princípios, confiança e muita
coragem.
É a preparação do profissional para que possa
captar, através de uma escuta atenta de seus
alunos, quais são suas as hipóteses (sondagem
de repertório) e necessidades, e o momento
7. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – COLETIVA?
Ao trabalhar coletivamente, são colocados, à mesa, os
conhecimentos e as habilidades de cada professor
(formação inicial, criatividade, inciativa, escrita, dança,
artes).
Portanto, é a convergência das competências que
garante a qualidade dos serviços educacionais
oferecidos à comunidade.
Seria ingênuo desconsiderar que, ao mesmo tempo,
divergências surgem e, acreditem é por elas que
amadurecemos profissionalmente.
Trabalhar as competências do grupo, ao invés de investir,
insistentemente, nas dificuldades individuais, não
esquecendo que é preciso reconhecê-las para superá-
8. A IMPORTÂNCIA DA SEQUÊNCIA
DIDÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTILPreocupação com a formação integral;
As sequências didáticas nos obrigam a
pensar, antecipadamente, sobre nossas
ações.
A improvisação não tem lugar. A leitura de
histórias, o filme, o desenho e as
brincadeiras são atividades planejadas e,
portanto, possuem finalidades
pedagógicas específicas.
Portanto, adotá-la como documentação
obrigatória através do Projeto
Pedagógico, é uma opção consciente.
9. O RIGOR NO CUMPRIMENTO DA
SEQUÊNCIA DIDÁTICAEm uma sequência didática, não há uma
cronologia a ser seguida, o professor tem
total autonomia para colocá-la em
prática, considerando sempre o interesse
e o momento vivido por seu grupo.
O professor, ao adquirir novos
conhecimentos, provoca situações para
que seu grupo de crianças descubra o
que ele próprio descobriu. Há, nestes
momentos, o que chamamos de “prazer
em conhecer”.
10. SEQUÊNCIA DIDÁTICA – COMO FAZER?
Para fazermos uma sequência didática é
preciso estudo e pesquisa. Portanto, para
fazê-las não há alternativa senão sairmos
da zona de conforto.
Uma sequência didática, assim como a
música, precisa de um começo um meio
e um fim e, além disso, de muita
inspiração.
Ao organizar uma sequência didática, é
preciso preparar detalhadamente cada
um dos passos do trabalho:
11. 1º passo : Recepção/emoção
• Emoção
• Sensibilidade
• Interação social
• Simbolização
As emoções têm papel preponderante no desenvolvimento da
pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e
suas vontades. Em geral são manifestações que expressam um
universo importante e perceptível, mas pouco estimulado pelos
modelos tradicionais de ensino.
(A origem do pensamento da criança. H. Wallon, 1989)
12. 2º passo: trabalho com a
exploração dos Sentidos
• Tato
• Visão
• Olfato
• Gustação
• Audição
13. 3º passo: trabalho com uma ou mais
Linguagens
• Pictórica – desenho
• Musical – vocalização, oralidade, rota
fonológica e voz
• Sinestésica –
movimento/psicomotricidade
• Midiática – computador
• Gráfica – as letras e os números
14.
15. 4º passo: trabalho explorando uma ou mais Formas
• Aplainar
• Ampliar
• Reduzir
• Juntar
• Modificar
• Quadrado
• Triângulo
• Círculo
• Retângulo
16.
17. 5º passo: é quando o educador pode lincar conteúdos
(Interdisciplinaridade)
• Natureza e sociedade
• Identidade e autonomia
• Movimento
• Música
• Artes visuais
• Literatura Infantil
18. Não é demais dizer que estes passos não possuem
ordem definida, ou seja, o educador pode realizar
uma atividade interdisciplinar antes de realizar uma
atividade com formas e assim sucessivamente.
O importante é lembrar que o conteúdo a ser
trabalhado naquela UNIDADE CORPORATIVA
precisa passar por todas as linguagens e por todas
as etapas, passo a passo, pois é esta diversidade na
metodologia que vai possibilitar muito mais estímulo
à criança e consequentemente deixará a ela uma
organicidade imprescindível para que ela possa
perceber as lógicas que o mundo e os
conhecimentos desencadeiam.
19. CONCEITOS ESSENCIAIS ÓRBITA PEDAGÓGICA: sistema que apresenta os conteúdos
que estão diretamente ligados uns aos outros dentro de
cada temática. (Almeida, 2010)
UNIDADE CORPORATIVA: organização dos temas para
compor interrelações com a vida da criança. Esta unidade
tem o objetivo de unir, dar sequência, e apresentar a lógica
do cotidiano. (Almeida, 2010)
SEQUÊNCIA DIDÁTICA: é uma maneira de encaixar os
conteúdos a um tema e por sua vez a outro dando
logicidade ao trabalho pedagógico diário. Para haver
sequência didática o aluno pode ter o trabalho desenvolvido
a partir da música, dos jogos, das brincadeiras, do lúdico, do
material concreto, dos textos e das explorações livres.
20. TEXTO:
conjunto de palavras de um autor, em livro, folheto,
documento etc. (p. opos. a comentários, adiantamentos,
sumários, tradução etc.);
redação original de qualquer obra escrita;
conjunto de palavras citadas para provar alguma ideia ou
doutrina; 3 trecho ou fragmentos de obras de um autor.
diz-se do material ilustrativo de uma obra (p. ex., gravura,
mapa, foto, desenho etc.) que se imprime à parte, ger. em
papel especial e em folha(s), não numerada(s) ou com
numeração autônoma, que se intercala(m) entre os
cadernos dos livros.
21. PORTADORES DE TEXTO: São objetos que, contendo diversos
produtos, possuem marcas escritas. Pode ser também
conhecido como o suporte de texto.
Os portadores de textos podem ser:
uma placa de trânsito;
muitos movimentos feitos pelos guardas de trânsitos;
elementos semióticos, principalmente em embalagens, em
manuais, em roteiros turísticos;
os gestos de despedidas, de tchau, de adeus, o gesto de
jogar beijo, o gesto de dizer que tudo está positivo, o gesto
de dizer com a cabeça uma negação, o movimento da
cabeça como uma afirmação e o movimento que fazemos
com as mãos no sentido de chamar alguém.
22. SUPORTES DE TEXTO: são suportes os objetos elaborados
especialmente para a escrita, como livros, revistas, papéis
administrativos, periódicos, documentos em geral.
TRABALHO COLETIVO: redigir a partir de assuntos
desenvolvidos nas diferentes disciplinas, trabalhos contendo:
objetivo, procedimento e conclusão. Neste caso o professor
vai redigir o objetivo junto com o aluno, explicando a eles o
que significa objetivo, assim como procedimento e
conclusão.
HORA DA LEITURA: é o momento em que o professor fará a
leitura para os alunos, utilizando diversos textos (contos e
fábulas). Antes de iniciar a leitura é importante que o
professor faça a apresentação da obra (autor, título, editora,
ano, etc.). Poderá ser feita também a troca entre os
professores. O professor de uma turma realiza a leitura para
outra turma, e assim sucessivamente, ou então pode-se reunir
todos os alunos e a cada dia um professor realiza a leitura.
23. CARTAZES: trabalhar com os alunos, por exemplo, Direitos e
Deveres, construindo com eles e deixando sempre que eles
construam. É interessante que o professor dirija o trabalho de
maneira que os itens de deveres e direitos tenham o mesmo
número. COMBINADOS da sala: O que eu posso e o que eu
não posso fazer. COMBINADOS do recreio: estabelecer com
os alunos o objetivo do recreio.
ENTREVISTA: momento em que são convidados artistas da
região ou profissionais especializados (bombeiros, eletricistas,
engenheiros, professores, repentistas, contadores de histórias,
etc.) para irem à escola e fazer uma
apresentação/palestra/conversa. O evento demanda ação
das crianças junto com o(a) professor(a): elaborar o
cronograma, selecionar as pessoas, fazer o convite, organizar
a apresentação da pessoa, avaliar a atividade, etc.
25. DICAS PARA A ALFABETIZAÇÃO
Ambiente alfabetizador: Traga músicas para a sala de aula,
assistam filmes, façam teatros, pendurem o que as crianças
quiserem nas paredes, cultivem plantas na sala, leiam jornais,
façam paródias, desenhem, pintem, façam esculturas de
papel, de argila; modelem, movimentem, conversem e
vivam todas estas possibilidades. Isso é um ambiente
alfabetizador.
Leituras compartilhadas: É um trabalho de estimulação. Ler o
jornal para os alunos, pedir para eles “lerem” pelas imagens e
tentar decifrar o que estão achando; ler história, mapas,
enciclopédias, gibis, revistas semanais, bulas de remédio,
receitas de comidas, instruções e assim por diante. Ler, ler de
tudo, ler muito, junto com os alunos.
26. Desconstrua tudo: depois de uma boa leitura
necessariamente devem surgir perguntas; se elas não
surgirem, provoque-as. Faça você mesmo as perguntas que
gostaria que seus alunos fizessem, mas não fizeram. Os alunos
podem não fazê-las porque ainda não sabem ou ainda não
pegaram o jeito da coisa, mas é só provocar que as coisas
começam a acontecer. Ao desconstruir o que leu o
movimento surgirá naturalmente e como movimento gera
movimento, eis a maravilha da alfabetização se dando.
Use tudo em caixa alta e cursiva ao mesmo tempo: ao
registrar uma pergunta feita pelo aluno, Professora, como se
escreve isso?, faça sempre em caixa alta porque esta letra
facilita a visualização do traço por parte da criança. Letras
peladinhas, sem frufrus e em caixa alta, facilitam a
compreensão. No entanto, como nós não ficaremos o resto
da vida escrevendo assim, é importante já apresentar neste
momento a outra forma de registro da mesma palavra, a
letra em caixa baixa, ou minúscula e a cursiva.
27. JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos:
Só após os 3 anos uma criança consegue se sensibilizar para
o jogo, antes disto, é impossível;
Os jogos podem ser divididos em:
a) jogos motores – têm como principal objetivo o
desenvolvimento, o aprimoramento ou a manutenção
das capacidades físicas e também das habilidades
motoras.
b) jogos cognitivos – são aqueles que estimulam e
desenvolvem funções cognitivas como a percepção,
atenção, memória, linguagem, as funções executivas
(raciocínio, lógica, estratégias, tomada de decisões e
resolução de problemas), dentre outros.
c) jogos afetivos - são aqueles que possibilitam às crianças
trocas afetivas intensas na sua realização. Requerem
socialização.
28. Nos jogos as crianças aprendem:
Regras;
A ganhar e a perder;
A esperar a sua vez;
A dividir;
A aguçar os sentidos;
A pensar sistematicamente;
A ter autonomia;
A socializar-se;
Etc.
29. Brincadeiras:
A brincadeira se caracteriza por alguma estruturação e
pela utilização de regras.
A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva
quanto individual.
Na brincadeira a existência das regras não limita a ação
lúdica, a criança pode modificá-la, ausentar-se quando
desejar, incluir novos membros, modificar as próprias regras,
enfim existe maior liberdade de ação para as crianças.
A brincadeira pode ou não usar o brinquedo.
A brincadeira, sempre que possível, deve incluir o mundo
adulto, na forma de faz-de-conta.
30. OBJETIVOS
CONTEÚDOS
TEMPO
ESTIMADO
MATERIAL
NECESSÁRIO
DESENVOLVIMENT
O
AVALIAÇÃO
O que se espera que os alunos
aprendam com a atividade
proposta, tendo como foco a
aprendizagem, e não o ensino.
Conteúdos curriculares
trabalhados na atividade.
Envolve as várias etapas da
atividade, as intervenções a
serem feitas, a criação de
situações mais adequadas à
realidade da turma.
Verificação do processo de
aprendizagem. Parâmetros a
serem usados no decorrer das
etapas. Atividades específicas,
como problemas e perguntas.