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WORKSHOP – SONORIZAÇÃO
1. Introdução - O propósito da sonorização
A sonorização é necessária sempre que for preciso fazer com que um
determinado programa, voz ou música, seja ouvido por um número maior
de pessoas.
Portanto, projetaremos sistemas de sonorização quando nos depararmos
com salas com grandes dimensões, e grandes públicos.
Sistemas de sonorização são relativamente recentes, datando do início do
século passado.
As Conchas Acústicas e os Teatros de Arena são projetos centenários.
Em épocas mais recentes, ainda anteriores a eletroacústica, os Teatros,
Salas de Concertos e Igrejas tinham sua acústica projetada de maneira a
controlar as reflexões em suas superfícies.
O que sempre se buscou foi atingir a necessária amplificação do
programa mantendo a inteligibilidade. Longos tempos de reverberação
(RT60) levam a níveis mais altos de escuta, e a música e a fala quando
pausados, com andamento lento, levam a maior inteligibilidade.
2. A acústica
As salas apresentam, quase sempre, um ou mais problemas como:
tempos de reverberação exagerados, presença de ecos, de flutter ecos,
de ressonâncias, reverberação desagradável, e outros.
É fundamental que se reconheça a importância da acústica da sala na
compreensão de qualquer programa que se queira veicular nela. Nem o
melhor sistema de sonorização, composto pelas melhores partes,
instalado da melhor forma, e operado pelo mais competente técnico, trará
o melhor resultado, se a acústica do ambiente em que estiver instalado
não for adequada.
São dois os enfoques que fazemos do ponto de vista da acústica:
2.1. O primeiro deles diz respeito ao isolamento. Estamos em uma
área de muito ruído ambiente? É necessário que se faça um
isolamento acústico do nosso ambiente para que os ruídos
externos não atrapalhem a audição dentro dele? Ou, o ambiente
externo é tão silencioso que os níveis do programa que
produzimos dentro de nossa sala incomodam a vizinhança?
Lembremos que o isolamento acústico leva, forçosamente, ao
condicionamento de ar. Logo, se ainda vai ser escolhido o local
onde o empreendimento será instalado, é bom, tendo em mente
essas questões, escolher um local distante de vizinhos.
2.2. O outro diz respeito à acústica propriamente dita do nosso
ambiente. Existem ressonâncias? Existem ecos? A reverberação
é agradável, sem comprometer o entendimento do que ouvimos
lá dentro? No tratamento da acústica do ambiente é importante
que saibamos que o tempo de reverberação (RT60) deve ser
apropriado ao tipo de programa que lá vai ser executado. Por
exemplo, se temos uma Igreja com Canto Gregoriano ou Música
Sacra (com órgão de tubos), de andamento lento e sílabas
prolongadas, então o tempo de reverberação nela pode ser
maior. Se, no entanto, estamos em um Teatro com música pop,
com instrumentos, divisões e tempos característicos dela, é
melhor que se tenha um menor tempo de reverberação, sob
pena de não se entender nada. A reverberação ideal em um
ambiente também depende do volume, o espaço, deste
ambiente. Ainda sobre a reverberação, quando ela é fruto de
padrões determinados de reflexões, não nos soa agradável. Já
se as diversas reflexões que compõe a reverberação são
difusas, ela nos soa melhor.
3. O sistema de sonorização
Depois de tratada a acústica, podemos nos concentrar na busca do
melhor sistema para captar, processar e amplificar nosso programa.
3.1. A captação
3.1.1. Voz - lapela x headset x de mão
Em eventos onde a voz é a parte mais importante do programa, a
escolha do microfone para o orador é feita com muito cuidado.
Microfones de lapela, nem pensar. Não foram feitos para esse tipo
de aplicação. As miniaturas omnidirecionais presos à testa, ou ao
lado da boca, podem trazer bons resultados, nas mãos de técnicos
experientes.
Os headsets são uma boa opção. Permitem ao orador grande
liberdade de movimentos. Especialmente os mais modernos,
tremendamente reduzidos a ponto de quase passarem
despercebidos, suportam altos níveis de pressão, e podem ser
diretivos na captação. Seja ele qual for, no entanto, o orador deve
se acostumar a controlar a dinâmica de sua emissão, já que a
distância de sua boca à membrana do microfone é constante.
A outra boa opção é o uso do tradicional microfone de mão. Apesar
de ser o que menos liberdade confere ao orador, ainda é o projeto
que sustenta maiores níveis de pressão (importante para aqueles
casos, não raros, de usuários que eventualmente gritam). Também
é o tipo que oferece maior variedade para escolha, com um grande
número de boas marcas e modelos. Ainda é o melhor
compromisso, se pensarmos em qualidade x preço.
3.1.2. Outros instrumentos
Aqui existe uma gama de possibilidades. Vários fabricantes
produzem bons produtos, os mais variados, para uso nos vários
instrumentos e coral. As tabelas de uso dos microfones,
encontradas nos catálogos de propaganda desses fabricantes, são
ótima referência para aplicação dos mesmos.
3.1.3. Vazamentos
Os vazamentos nada mais são do que sons indesejados, captados
pelos microfones. Para o microfone da voz, por exemplo, o som do
baixo é indesejado. Fica claro, assim, que as posições dos músicos
com seus instrumentos, e seus monitores, determinam os níveis de
vazamento e, consequentemente, a limpeza na mixagem.
3.2. O Controle
3.2.1. Consoles
As consoles são o coração e o cérebro de todo o sistema. Nelas, e
em alguns outros equipamentos periféricos a elas, se encontram
todas as funções de que precisamos para produzir a mixagem de
um programa.
Na época das consoles analógicas esses equipamentos periféricos
eram muitos. Compressores, noise gates, multiefeitos,
equalizadores, e players eram todos equipamentos discretos e
ligados de uma ou outra forma a ela.
Quando trabalhamos com consoles digitais, temos nela os
equalizadores, processadores dinâmicos, processadores de
efeitos, etc... Em algumas delas ainda podemos insertar
equipamentos analógicos que fazemos muita questão de usar. Mas
as mais completas, em termos de controles e facilidades, nos
permitem utilizar plug-ins que simulam esses equipamentos de que
tanto gostamos.
Além disso, nas digitais podemos dispor de vários outros atrativos
como: automação, gravação de canais independentes,
armazenamento de memórias e cenas, entre outras várias funções
que, tem como objetivo, sempre facilitar o nosso processo de
mixagem.
3.2.2. Controladores de dinâmica
Os compressores, os noise gates e os equalizadores, são
ferramentas que nos permitem atuar sobre a dinâmica do sinal,
alterando a mesma de forma a nos permitir conseguir a estética
desejada em uma mixagem.
3.3. O PA
3.2.1. No chão x “fly”
Desde a década de 70 que PAs têm sido suspensos em shows de
música. De um tempo para cá suspender as caixas se tornou uma
prática comum.
Suspender a caixa e incliná-la apontando para a plateia permite
que a distribuição de pressão sobre esta seja mais uniforme, ou,
em outras palavras, as diferenças entre as pressões nos diversos
locais da plateia sejam menores. Deixa de existir aquela situação
em que o primeiro ouvinte sofre com muito volume para que o
último ouça alguma coisa, encontrada no caso de as caixas
estarem apoiadas, próximo ao chão.
Além disso, suspendendo e inclinando a caixa, apontando para a
plateia, sua energia será irradiada diretamente para cima desta, e
não para o teto, deixando assim de promover mais reflexões no
ambiente, e, em consequência, excitar sua reverberação e outras
características acústicas que podem não ser muito desejáveis.
3.2.2. Concentrado x distribuído
Em locais muito reverberantes, quanto mais próximo o ouvinte
estiver do orador mais facilmente entenderá o que ele fala. Perto
do orador ele estará ouvindo seu som “direto”, e longe dele o som
“da sala”. A fronteira entre esses sons, direto e da sala, é
conhecida como “distância crítica”, DC. Quanto mais reverberante
for a sala menor será essa distância, mais próximo o ouvinte terá
que estar do orador para entender bem o que fala.
Se, em uma plateia onde haja um sistema instalado, mantivermos
os espectadores ouvindo o som direto dos falantes, estaremos
garantindo que eles entendam a mensagem. Em locais muito
reverberantes é, portanto, comum distribuirmos as caixas pela sala,
para garantirmos que haja sempre uma delas próxima a um grupo
de ouvintes.
Quando optamos por distribuir as caixas, precisamos acertar o
tempo de chegada do som de todas elas a todo o ambiente. E
também procurar posições para as mesmas de maneira a respeitar
ao máximo a coincidência entre as imagens visual e auditiva.
3.2.3. Subwoofers
Subwoofers são utilizados sempre que se quiser estender a
resposta de graves de um sistema.
Uma opção de instalação é ligá-los a uma saída auxiliar da
console, para que sejam endereçados para eles apenas os
instrumentos que geram energia nessa região de frequências.
Outra mais frequentemente encontrada, é ligá-los às saídas de
grave dos gerenciadores que, por sua vez, recebem o L/R da
console.
Quanto a seu posicionamento, normalmente os colocamos
apoiados no chão. Assim podemos aproveitar a energia que seria
irradiada para trás, por baixo, e, por reflexão no chão, somá-la à
energia irradiada para frente. Mas é comum também encontrá-los
pendurados em colunas, como os médios e agudos.
3.2.4. Line Arrays
No início da década de 90 chegou ao mercado o primeiro sistema
de falantes do tipo Line Array – agrupamento, ou disposição, em
linha – incorporando tecnologia em guia de onda para as médias
altas frequências, de forma a promover um melhor aproveitamento
da energia irradiada pelos vários falantes, que reproduzem esta
banda de frequências, em um agrupamento (array) deles. A partir
daí muitas são as técnicas para alcançar este objetivo.
Esta construção apresenta eficiência superior, devido à maior
coerência entre as frentes de onda irradiadas pelos diversos
falantes de uma mesma via.
Como o sistema tradicional de falantes, o Line também pode ser
apoiado no piso ou suspenso. Valem aqui todas as observações
feitas no item 3.2.1.
A caixa de um sistema Line Array é projetada e construída de
maneira a funcionar adequadamente quando parte do conjunto de
caixas irmãs. Normalmente a dispersão vertical de uma caixa é
muito diferente desde as baixas frequências até as altas
frequências que reproduz. A maior uniformidade de cobertura ao
longo da banda de frequências é conseguida com uma quantidade
maior de caixas empilhadas e com a manutenção de ângulo zero
(0°) entre elas, a menos que a caixa tenha sido projetada para
alguma aplicação especial.
3.3. O Monitor
3.3.1. Caixas x fones x “in-ears”
As caixas são a maneira mais tradicional, e ainda muito utilizada,
para monitorar músicos e oradores.
Headfones também sempre foram usados, mas com restrições.
Esteticamente não convém ao cantor, solista, fazer uso de um
elemento que distorça seu visual. E para bateristas e tecladistas,
que não tem tanta visibilidade assim, o aspecto conforto fica
comprometido. Mas hoje temos alguns modelos muito aceitos,
devido à leveza, baixo preço e boa qualidade.
Há algum tempo os in-ears se popularizaram. De tamanho
reduzido, quase não são vistos, e, leves, incomodam pouco.
Em um palco onde são usados in-ears, ou fones, não temos outros
sons, além dos provenientes dos instrumentos em si, para serem
captados pelos microfones. Portanto ficamos aliviados dos
vazamentos. E também das realimentações.
Outro aspecto importante a ser analisado, na escolha entre in-
ears/headfones ou falantes, é o relativo aos custos. Uma mixagem
com equalizador, amplificador e caixa, com qualidade, costuma
demandar mais investimento do que uma com amplificador de fone
e fone, também de qualidade.
4. A mão de obra especializada
4.1. A sonorização como atividade profissional
Não se pode mais pensar, nos dias atuais, na atividade de
sonorização, assim como em outras tantas da área do Áudio, sem
pensar em um profissional habilitado.
Algumas Escolas já tomaram a iniciativa de montar currículos para
formar pessoas nas atividades do Áudio. Os interessados já têm a
possibilidade de procurar uma formação acadêmica, para chegar
mais seguro ao mercado de trabalho.
4.2. A necessidade de mão de obra especializada
Não é justo que se dê tanta responsabilidade a pessoas
despreparadas, como se faz quando se escolhe quem vai lidar com
o sistema de sonorização, numa boa parte dos eventos ainda hoje.
Para todas as outras atividades profissionais são chamados os
respectivos profissionais especializados. Portanto, na sonorização,
deveria se fazer da mesma maneira.
Já não é tão difícil assim encontrar alguém que já seja do meio.
Investir no seu treinamento e aprimoramento profissional é o
caminho acertado para se ter bons resultados na sonorização.

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Workshop sonorização-br-tour1

  • 1. WORKSHOP – SONORIZAÇÃO 1. Introdução - O propósito da sonorização A sonorização é necessária sempre que for preciso fazer com que um determinado programa, voz ou música, seja ouvido por um número maior de pessoas. Portanto, projetaremos sistemas de sonorização quando nos depararmos com salas com grandes dimensões, e grandes públicos. Sistemas de sonorização são relativamente recentes, datando do início do século passado. As Conchas Acústicas e os Teatros de Arena são projetos centenários. Em épocas mais recentes, ainda anteriores a eletroacústica, os Teatros, Salas de Concertos e Igrejas tinham sua acústica projetada de maneira a controlar as reflexões em suas superfícies. O que sempre se buscou foi atingir a necessária amplificação do programa mantendo a inteligibilidade. Longos tempos de reverberação (RT60) levam a níveis mais altos de escuta, e a música e a fala quando pausados, com andamento lento, levam a maior inteligibilidade. 2. A acústica As salas apresentam, quase sempre, um ou mais problemas como: tempos de reverberação exagerados, presença de ecos, de flutter ecos, de ressonâncias, reverberação desagradável, e outros. É fundamental que se reconheça a importância da acústica da sala na compreensão de qualquer programa que se queira veicular nela. Nem o melhor sistema de sonorização, composto pelas melhores partes, instalado da melhor forma, e operado pelo mais competente técnico, trará o melhor resultado, se a acústica do ambiente em que estiver instalado não for adequada. São dois os enfoques que fazemos do ponto de vista da acústica: 2.1. O primeiro deles diz respeito ao isolamento. Estamos em uma área de muito ruído ambiente? É necessário que se faça um isolamento acústico do nosso ambiente para que os ruídos externos não atrapalhem a audição dentro dele? Ou, o ambiente externo é tão silencioso que os níveis do programa que produzimos dentro de nossa sala incomodam a vizinhança? Lembremos que o isolamento acústico leva, forçosamente, ao
  • 2. condicionamento de ar. Logo, se ainda vai ser escolhido o local onde o empreendimento será instalado, é bom, tendo em mente essas questões, escolher um local distante de vizinhos. 2.2. O outro diz respeito à acústica propriamente dita do nosso ambiente. Existem ressonâncias? Existem ecos? A reverberação é agradável, sem comprometer o entendimento do que ouvimos lá dentro? No tratamento da acústica do ambiente é importante que saibamos que o tempo de reverberação (RT60) deve ser apropriado ao tipo de programa que lá vai ser executado. Por exemplo, se temos uma Igreja com Canto Gregoriano ou Música Sacra (com órgão de tubos), de andamento lento e sílabas prolongadas, então o tempo de reverberação nela pode ser maior. Se, no entanto, estamos em um Teatro com música pop, com instrumentos, divisões e tempos característicos dela, é melhor que se tenha um menor tempo de reverberação, sob pena de não se entender nada. A reverberação ideal em um ambiente também depende do volume, o espaço, deste ambiente. Ainda sobre a reverberação, quando ela é fruto de padrões determinados de reflexões, não nos soa agradável. Já se as diversas reflexões que compõe a reverberação são difusas, ela nos soa melhor. 3. O sistema de sonorização Depois de tratada a acústica, podemos nos concentrar na busca do melhor sistema para captar, processar e amplificar nosso programa. 3.1. A captação 3.1.1. Voz - lapela x headset x de mão Em eventos onde a voz é a parte mais importante do programa, a escolha do microfone para o orador é feita com muito cuidado. Microfones de lapela, nem pensar. Não foram feitos para esse tipo de aplicação. As miniaturas omnidirecionais presos à testa, ou ao lado da boca, podem trazer bons resultados, nas mãos de técnicos experientes. Os headsets são uma boa opção. Permitem ao orador grande liberdade de movimentos. Especialmente os mais modernos, tremendamente reduzidos a ponto de quase passarem despercebidos, suportam altos níveis de pressão, e podem ser
  • 3. diretivos na captação. Seja ele qual for, no entanto, o orador deve se acostumar a controlar a dinâmica de sua emissão, já que a distância de sua boca à membrana do microfone é constante. A outra boa opção é o uso do tradicional microfone de mão. Apesar de ser o que menos liberdade confere ao orador, ainda é o projeto que sustenta maiores níveis de pressão (importante para aqueles casos, não raros, de usuários que eventualmente gritam). Também é o tipo que oferece maior variedade para escolha, com um grande número de boas marcas e modelos. Ainda é o melhor compromisso, se pensarmos em qualidade x preço. 3.1.2. Outros instrumentos Aqui existe uma gama de possibilidades. Vários fabricantes produzem bons produtos, os mais variados, para uso nos vários instrumentos e coral. As tabelas de uso dos microfones, encontradas nos catálogos de propaganda desses fabricantes, são ótima referência para aplicação dos mesmos. 3.1.3. Vazamentos Os vazamentos nada mais são do que sons indesejados, captados pelos microfones. Para o microfone da voz, por exemplo, o som do baixo é indesejado. Fica claro, assim, que as posições dos músicos com seus instrumentos, e seus monitores, determinam os níveis de vazamento e, consequentemente, a limpeza na mixagem. 3.2. O Controle 3.2.1. Consoles As consoles são o coração e o cérebro de todo o sistema. Nelas, e em alguns outros equipamentos periféricos a elas, se encontram todas as funções de que precisamos para produzir a mixagem de um programa. Na época das consoles analógicas esses equipamentos periféricos eram muitos. Compressores, noise gates, multiefeitos, equalizadores, e players eram todos equipamentos discretos e ligados de uma ou outra forma a ela. Quando trabalhamos com consoles digitais, temos nela os equalizadores, processadores dinâmicos, processadores de
  • 4. efeitos, etc... Em algumas delas ainda podemos insertar equipamentos analógicos que fazemos muita questão de usar. Mas as mais completas, em termos de controles e facilidades, nos permitem utilizar plug-ins que simulam esses equipamentos de que tanto gostamos. Além disso, nas digitais podemos dispor de vários outros atrativos como: automação, gravação de canais independentes, armazenamento de memórias e cenas, entre outras várias funções que, tem como objetivo, sempre facilitar o nosso processo de mixagem. 3.2.2. Controladores de dinâmica Os compressores, os noise gates e os equalizadores, são ferramentas que nos permitem atuar sobre a dinâmica do sinal, alterando a mesma de forma a nos permitir conseguir a estética desejada em uma mixagem. 3.3. O PA 3.2.1. No chão x “fly” Desde a década de 70 que PAs têm sido suspensos em shows de música. De um tempo para cá suspender as caixas se tornou uma prática comum. Suspender a caixa e incliná-la apontando para a plateia permite que a distribuição de pressão sobre esta seja mais uniforme, ou, em outras palavras, as diferenças entre as pressões nos diversos locais da plateia sejam menores. Deixa de existir aquela situação em que o primeiro ouvinte sofre com muito volume para que o último ouça alguma coisa, encontrada no caso de as caixas estarem apoiadas, próximo ao chão. Além disso, suspendendo e inclinando a caixa, apontando para a plateia, sua energia será irradiada diretamente para cima desta, e não para o teto, deixando assim de promover mais reflexões no ambiente, e, em consequência, excitar sua reverberação e outras características acústicas que podem não ser muito desejáveis. 3.2.2. Concentrado x distribuído Em locais muito reverberantes, quanto mais próximo o ouvinte estiver do orador mais facilmente entenderá o que ele fala. Perto do orador ele estará ouvindo seu som “direto”, e longe dele o som “da sala”. A fronteira entre esses sons, direto e da sala, é conhecida como “distância crítica”, DC. Quanto mais reverberante
  • 5. for a sala menor será essa distância, mais próximo o ouvinte terá que estar do orador para entender bem o que fala. Se, em uma plateia onde haja um sistema instalado, mantivermos os espectadores ouvindo o som direto dos falantes, estaremos garantindo que eles entendam a mensagem. Em locais muito reverberantes é, portanto, comum distribuirmos as caixas pela sala, para garantirmos que haja sempre uma delas próxima a um grupo de ouvintes. Quando optamos por distribuir as caixas, precisamos acertar o tempo de chegada do som de todas elas a todo o ambiente. E também procurar posições para as mesmas de maneira a respeitar ao máximo a coincidência entre as imagens visual e auditiva. 3.2.3. Subwoofers Subwoofers são utilizados sempre que se quiser estender a resposta de graves de um sistema. Uma opção de instalação é ligá-los a uma saída auxiliar da console, para que sejam endereçados para eles apenas os instrumentos que geram energia nessa região de frequências. Outra mais frequentemente encontrada, é ligá-los às saídas de grave dos gerenciadores que, por sua vez, recebem o L/R da console. Quanto a seu posicionamento, normalmente os colocamos apoiados no chão. Assim podemos aproveitar a energia que seria irradiada para trás, por baixo, e, por reflexão no chão, somá-la à energia irradiada para frente. Mas é comum também encontrá-los pendurados em colunas, como os médios e agudos. 3.2.4. Line Arrays No início da década de 90 chegou ao mercado o primeiro sistema de falantes do tipo Line Array – agrupamento, ou disposição, em linha – incorporando tecnologia em guia de onda para as médias altas frequências, de forma a promover um melhor aproveitamento da energia irradiada pelos vários falantes, que reproduzem esta banda de frequências, em um agrupamento (array) deles. A partir daí muitas são as técnicas para alcançar este objetivo. Esta construção apresenta eficiência superior, devido à maior coerência entre as frentes de onda irradiadas pelos diversos falantes de uma mesma via. Como o sistema tradicional de falantes, o Line também pode ser apoiado no piso ou suspenso. Valem aqui todas as observações feitas no item 3.2.1. A caixa de um sistema Line Array é projetada e construída de maneira a funcionar adequadamente quando parte do conjunto de caixas irmãs. Normalmente a dispersão vertical de uma caixa é muito diferente desde as baixas frequências até as altas
  • 6. frequências que reproduz. A maior uniformidade de cobertura ao longo da banda de frequências é conseguida com uma quantidade maior de caixas empilhadas e com a manutenção de ângulo zero (0°) entre elas, a menos que a caixa tenha sido projetada para alguma aplicação especial. 3.3. O Monitor 3.3.1. Caixas x fones x “in-ears” As caixas são a maneira mais tradicional, e ainda muito utilizada, para monitorar músicos e oradores. Headfones também sempre foram usados, mas com restrições. Esteticamente não convém ao cantor, solista, fazer uso de um elemento que distorça seu visual. E para bateristas e tecladistas, que não tem tanta visibilidade assim, o aspecto conforto fica comprometido. Mas hoje temos alguns modelos muito aceitos, devido à leveza, baixo preço e boa qualidade. Há algum tempo os in-ears se popularizaram. De tamanho reduzido, quase não são vistos, e, leves, incomodam pouco. Em um palco onde são usados in-ears, ou fones, não temos outros sons, além dos provenientes dos instrumentos em si, para serem captados pelos microfones. Portanto ficamos aliviados dos vazamentos. E também das realimentações. Outro aspecto importante a ser analisado, na escolha entre in- ears/headfones ou falantes, é o relativo aos custos. Uma mixagem com equalizador, amplificador e caixa, com qualidade, costuma demandar mais investimento do que uma com amplificador de fone e fone, também de qualidade. 4. A mão de obra especializada 4.1. A sonorização como atividade profissional Não se pode mais pensar, nos dias atuais, na atividade de sonorização, assim como em outras tantas da área do Áudio, sem pensar em um profissional habilitado. Algumas Escolas já tomaram a iniciativa de montar currículos para formar pessoas nas atividades do Áudio. Os interessados já têm a possibilidade de procurar uma formação acadêmica, para chegar mais seguro ao mercado de trabalho. 4.2. A necessidade de mão de obra especializada Não é justo que se dê tanta responsabilidade a pessoas despreparadas, como se faz quando se escolhe quem vai lidar com o sistema de sonorização, numa boa parte dos eventos ainda hoje.
  • 7. Para todas as outras atividades profissionais são chamados os respectivos profissionais especializados. Portanto, na sonorização, deveria se fazer da mesma maneira. Já não é tão difícil assim encontrar alguém que já seja do meio. Investir no seu treinamento e aprimoramento profissional é o caminho acertado para se ter bons resultados na sonorização.