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Sincretismo e transição: o penumbrismo
RODRIGO OTÁVIO FILHO
Fenômeno facilmente observado na evolução da história literária é o que se verifica nos
períodos de transição ou zonas intermediárias: o aparecimento de escritores e poetas de
valor incontestado, em cujas obras se infiltram tendências de escolas antagônicas,
chocam-se princípios que se contradizem, sentimentos e emoções que se contrariam. E
isso porque são atingidos pelas influências e reflexos do fim e do princípio de "escolas"
que se sucedem. Sofrem tais escritores e poetas de uma "inconsciência literária", tão
compreensível e perdoável, que em nada lhes desmerece o valor global da obra.
Alceu Amoroso Lima observa que tais escritores e poetas, as mais das vezes, não atinam
com os verdadeiros móveis que os animam. O crítico fundamenta a impossibilidade de
designar o traço que limita o "inconsciente histórico do subconsciente lógico", no fato
de que o papel da posteridade é justamente divisar aquilo que os homens do passado,
pela proximidade dos acontecimentos, não puderam discernir.
O que parece certo, porém, é serem eles dominados por uma indecisão instintiva.
Balançam-se entre o mar e a areia. São ao mesmo tempo crepúsculo e madrugada. E a
duplicidade que os caracteriza é quase sempre fonte de originalidade. Daí as dúvidas em
bem julgá-los e classificá-los.
Outro fenômeno amplamente observado é que as escolas que se sucedem, apesar dos
impactos que sofrem e dos panoramas inéditos que oferecem, possuem inevitáveis
pontos de contato.
A verdade é que adotando-se, como norma para o estudo da história literária, o critério
de dividi-la por períodos determinados ou qualquer outro dos muitos indicados, damos
razão ao Cônego Fernandes Pinheiro, o que primeiro se dedicou ao estudo sistemático
de nossa historiografia literária, quando diz ser difícil discernir as idéias que se findaram
com determinado período e as que se insinuam com o outro que vai surgindo. O que se
observa é que as idéias dominantes em um prolongam-se, insensivelmente, no outro.
A propósito lembra ainda Alceu Amoroso Lima que o conjunto de idas e voltas, de
marchas e contramarchas, entre o espírito de contradição de uma relação à anterior, de
um grupo em relação ao meio ou a outro indivíduo, tem, na história literária, muito mais
importância do que qualquer evolução em um sentido só. Para ele não há solução de
continuidade entre os tempos e as gerações.
O que parece certo, no entanto, é admitir-se que entre o fim e o princípio de escolas ou
tendências literárias existe um momento respiratório, talvez um tanto sutil, uma tomada
de fôlego, um período de transição ou intermediário, uma espera entre o que vai se
extinguindo e o que esboça os primeiros traços, antes de fixar-se em linhas definitivas.
É sabido que José Veríssimo colocava um período de transição entre as duas épocas de
nossa literatura - a colonial e a nacional.
O que, pois, se pretende aqui focalizar é o período de transição entre o fim do
Simbolismo e os primeiros passos do Modernismo, lembrando figuras e obras literárias
de alguns de seus poetas e escritores mais representativos.
Períodos como esse sugerem a negação e a destruição de tudo o que tenha sido
considerado norma literária definitiva. É ânsia e coragem de acabar com tabus. Neles
brotam os pré-revolucionários, anunciadores de inevitáveis mudanças no que fora
preestabelecido e aceito. É a clássica luta entre o velho e o novo, natural incompreensão
de manifestações literárias ou artísticas oriundas de sentimentos nascidos em épocas
diferentes.
Lembre-se a propósito uma página antiga, simples tentativa de definição entre escolas
antigas e novas:
São as cores vivas e as linhas retas da pintura geométrica a se contraporem ao colorido
esbatido dos impressionistas. É o ritmo improvisado da espontânea e sugestiva música
moderna, a desafiar as harmonias do Romantismo ou os equilibrados compassos da
música clássica. É a poesia livre de peias e medidas, como que construída de volumes
de imaginação e feita de palavras que se arrumam como brinquedo de armar, a olhar
com superioridade para a poesia dos símbolos obscuros ou das rígidas formas
parnasianas. É a arquitetura, transformando casas em "máquinas de morar", a rir-se,
maliciosa, dos acolhedores casarões de estilo colonial, agasalhados por largos telhados
de beiral de azulejo e a zombar dos vastos palácios que refletem o sentimento
arquitetônico da época de qualquer dos Luíses. É o esporte e a vida ao ar livre, dando
mais músculos, mais saúde e mais agilidade ao corpo do homem, e maior harmonia e
flexibilidade ao corpo da mulher. É a educação ativa a tornar mais rapidamente
compreensível às crianças os segredos, as maravilhas e os mistérios da vida. E é
finalmente a melhor compreensão da justiça humana, que não mais permite, na
organização da vida coletiva, princípios antidemocráticos, antiliberais ou anti-sociais.
As épocas de transição são geradoras daqueles que virão, um pouco mais tarde, realizar
o movimento destruidor e revolucionário, em cuja base de renovação se aglutinam
elementos que por vezes figuram em escolas anteriores. E a história se repete:
concretizada a revolução em normas, princípios, gostos e tendências diferentes, os
paredros da nova ordem literária espantam-se com a renovação que provocaram,
deslembrados do que fizeram e pregaram pouco tempo antes. Esse fato justifica as
palavras que Guilherme de Almeida pronunciou na Academia Brasileira de Letras, ao
lembrar as primeiras horas do Modernismo brasileiro surgido, quase por combustão
espontânea, na Semana de Arte Moderna:
E como nos renovamos! Estouvada e irreverente, porque moça, e, porque moça, sincera
e entusiástica, formou-se a sorridente "Legião dos Ex". Ex-clássicos, uns; ex-
parnasianos, outros; estes, ex-simbolistas; aqueles, ex-penumbristas... Renunciando às
facilidades proveitosas da popularidade, todos nos alistamos na incompreendida Legião;
a que alegremente queria fazer de sua poesia uma expressão de sua Pátria.
As épocas de transição são traços de união dos ciclos artísticos, elementos fatais e
permanentes da evolução literária.
Referindo-se ao que se passou no Brasil, em certa época de transição, produtora de uma
literatura intermediária, escreveu Alceu Amoroso Lima, focalizando, objetivamente, os
anos de 1919 a 1921, que foram os da vigília do movimento modernista, expectativa
que desde o fim da guerra começara a trabalhar todos os espíritos da nova geração.
"Esperava-se alguma coisa. Não se sabia bem o quê". "Sentia-se o fim de outras. Não se
sabia bem quais fossem. Notávamos, apenas, o silêncio, que não se parecia de
estagnação, mas de espera. Sentíamos a imobilidade, não da morte, mas de uma
renovação ainda misteriosa. Estávamos maduros para o início de uma nova fase
literária. Era o Modernismo, cuja aurora se anunciava, na primeira palidez do
horizonte."
A verdade é que de longa data vinha a literatura brasileira à procura de um sentido
novo, através do claro-escuro de uma época de transição, de uma época de incertezas,
como são, na vida literária, os períodos intermediários entre duas escolas.
Fragmento de Simbolismo e penumbrismo. Rio de Janeiro, Livraria São José, 1970, pp.
65-69.

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Sincretismo e transição: o penumbrismo

  • 1. Sincretismo e transição: o penumbrismo RODRIGO OTÁVIO FILHO Fenômeno facilmente observado na evolução da história literária é o que se verifica nos períodos de transição ou zonas intermediárias: o aparecimento de escritores e poetas de valor incontestado, em cujas obras se infiltram tendências de escolas antagônicas, chocam-se princípios que se contradizem, sentimentos e emoções que se contrariam. E isso porque são atingidos pelas influências e reflexos do fim e do princípio de "escolas" que se sucedem. Sofrem tais escritores e poetas de uma "inconsciência literária", tão compreensível e perdoável, que em nada lhes desmerece o valor global da obra. Alceu Amoroso Lima observa que tais escritores e poetas, as mais das vezes, não atinam com os verdadeiros móveis que os animam. O crítico fundamenta a impossibilidade de designar o traço que limita o "inconsciente histórico do subconsciente lógico", no fato de que o papel da posteridade é justamente divisar aquilo que os homens do passado, pela proximidade dos acontecimentos, não puderam discernir. O que parece certo, porém, é serem eles dominados por uma indecisão instintiva. Balançam-se entre o mar e a areia. São ao mesmo tempo crepúsculo e madrugada. E a duplicidade que os caracteriza é quase sempre fonte de originalidade. Daí as dúvidas em bem julgá-los e classificá-los. Outro fenômeno amplamente observado é que as escolas que se sucedem, apesar dos impactos que sofrem e dos panoramas inéditos que oferecem, possuem inevitáveis pontos de contato. A verdade é que adotando-se, como norma para o estudo da história literária, o critério de dividi-la por períodos determinados ou qualquer outro dos muitos indicados, damos razão ao Cônego Fernandes Pinheiro, o que primeiro se dedicou ao estudo sistemático de nossa historiografia literária, quando diz ser difícil discernir as idéias que se findaram com determinado período e as que se insinuam com o outro que vai surgindo. O que se observa é que as idéias dominantes em um prolongam-se, insensivelmente, no outro. A propósito lembra ainda Alceu Amoroso Lima que o conjunto de idas e voltas, de marchas e contramarchas, entre o espírito de contradição de uma relação à anterior, de um grupo em relação ao meio ou a outro indivíduo, tem, na história literária, muito mais importância do que qualquer evolução em um sentido só. Para ele não há solução de continuidade entre os tempos e as gerações. O que parece certo, no entanto, é admitir-se que entre o fim e o princípio de escolas ou tendências literárias existe um momento respiratório, talvez um tanto sutil, uma tomada de fôlego, um período de transição ou intermediário, uma espera entre o que vai se extinguindo e o que esboça os primeiros traços, antes de fixar-se em linhas definitivas. É sabido que José Veríssimo colocava um período de transição entre as duas épocas de nossa literatura - a colonial e a nacional. O que, pois, se pretende aqui focalizar é o período de transição entre o fim do Simbolismo e os primeiros passos do Modernismo, lembrando figuras e obras literárias de alguns de seus poetas e escritores mais representativos.
  • 2. Períodos como esse sugerem a negação e a destruição de tudo o que tenha sido considerado norma literária definitiva. É ânsia e coragem de acabar com tabus. Neles brotam os pré-revolucionários, anunciadores de inevitáveis mudanças no que fora preestabelecido e aceito. É a clássica luta entre o velho e o novo, natural incompreensão de manifestações literárias ou artísticas oriundas de sentimentos nascidos em épocas diferentes. Lembre-se a propósito uma página antiga, simples tentativa de definição entre escolas antigas e novas: São as cores vivas e as linhas retas da pintura geométrica a se contraporem ao colorido esbatido dos impressionistas. É o ritmo improvisado da espontânea e sugestiva música moderna, a desafiar as harmonias do Romantismo ou os equilibrados compassos da música clássica. É a poesia livre de peias e medidas, como que construída de volumes de imaginação e feita de palavras que se arrumam como brinquedo de armar, a olhar com superioridade para a poesia dos símbolos obscuros ou das rígidas formas parnasianas. É a arquitetura, transformando casas em "máquinas de morar", a rir-se, maliciosa, dos acolhedores casarões de estilo colonial, agasalhados por largos telhados de beiral de azulejo e a zombar dos vastos palácios que refletem o sentimento arquitetônico da época de qualquer dos Luíses. É o esporte e a vida ao ar livre, dando mais músculos, mais saúde e mais agilidade ao corpo do homem, e maior harmonia e flexibilidade ao corpo da mulher. É a educação ativa a tornar mais rapidamente compreensível às crianças os segredos, as maravilhas e os mistérios da vida. E é finalmente a melhor compreensão da justiça humana, que não mais permite, na organização da vida coletiva, princípios antidemocráticos, antiliberais ou anti-sociais. As épocas de transição são geradoras daqueles que virão, um pouco mais tarde, realizar o movimento destruidor e revolucionário, em cuja base de renovação se aglutinam elementos que por vezes figuram em escolas anteriores. E a história se repete: concretizada a revolução em normas, princípios, gostos e tendências diferentes, os paredros da nova ordem literária espantam-se com a renovação que provocaram, deslembrados do que fizeram e pregaram pouco tempo antes. Esse fato justifica as palavras que Guilherme de Almeida pronunciou na Academia Brasileira de Letras, ao lembrar as primeiras horas do Modernismo brasileiro surgido, quase por combustão espontânea, na Semana de Arte Moderna: E como nos renovamos! Estouvada e irreverente, porque moça, e, porque moça, sincera e entusiástica, formou-se a sorridente "Legião dos Ex". Ex-clássicos, uns; ex- parnasianos, outros; estes, ex-simbolistas; aqueles, ex-penumbristas... Renunciando às facilidades proveitosas da popularidade, todos nos alistamos na incompreendida Legião; a que alegremente queria fazer de sua poesia uma expressão de sua Pátria. As épocas de transição são traços de união dos ciclos artísticos, elementos fatais e permanentes da evolução literária. Referindo-se ao que se passou no Brasil, em certa época de transição, produtora de uma literatura intermediária, escreveu Alceu Amoroso Lima, focalizando, objetivamente, os anos de 1919 a 1921, que foram os da vigília do movimento modernista, expectativa que desde o fim da guerra começara a trabalhar todos os espíritos da nova geração. "Esperava-se alguma coisa. Não se sabia bem o quê". "Sentia-se o fim de outras. Não se
  • 3. sabia bem quais fossem. Notávamos, apenas, o silêncio, que não se parecia de estagnação, mas de espera. Sentíamos a imobilidade, não da morte, mas de uma renovação ainda misteriosa. Estávamos maduros para o início de uma nova fase literária. Era o Modernismo, cuja aurora se anunciava, na primeira palidez do horizonte." A verdade é que de longa data vinha a literatura brasileira à procura de um sentido novo, através do claro-escuro de uma época de transição, de uma época de incertezas, como são, na vida literária, os períodos intermediários entre duas escolas. Fragmento de Simbolismo e penumbrismo. Rio de Janeiro, Livraria São José, 1970, pp. 65-69.