2. Toltecas.
Os Toltecas habitavam uma ilha do Lago Texcoco no Vale do México
ou Vale Anahuac. De colônia dos Teotihuacan passaram a Metrópole
e de sua capital, Tula, dominaram a maior parte do Norte e do
Centro do México inclusive os Teotihuacan, que nesta época estavam
em decadência.
Na antiguidade a capital do povo Teotihuacan, Tenochcxitlan,
também foi conhecida pelo nome Tollan, e este nome foi usado
séculos depois para designar a capital Tolteca, Tula.
Tula, em Nahuatl "Tollan“, significa “lugar dos tules” - uma árvore
do género Scirpus. Atualmente Tula é conhecida como Tollan-
Xicocotitla, uma cidade com 10.000 habitantes, parte construída
sobre a Tula pré-colombiana, no município de Tula de Allende no
estado de Hidalgo, a 70 km da cidade do México.
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4. Foi a maior cidade do México nos séculos IX e X, cobrindo uma
área de 12 km2 e uma população de cerca de 30.000 habitantes.
Tula foi criada em 980 dC por Ce Ácatl Topiltzin Quetzalcoatl,
soberano que trouxe grande prosperidade à região, mas que se viu
dividida entre os seguidores do deus Quetzalcoatl e o deus
Tezcatlipoca, os quais se confrontaram conforme a mitologia.
Segundo uma das variações da lenda, quando os seguidores de
Quetzalcoatl pararam de fazer sacrifício humano, substituindo por
oferendas de serpentes, pássaros e borboletas. Quetzalcoatl e seus
sacerdotes começaram a ser ridicularizados pelos guerreiros. Então
Quetzalcoatl saiu da cidade e vagou fazendo penitência, de reino em
reino, até que chegou ao Yucatan.
Por fim os seguidores de Tezcatlipoca, “deus da noite ou
Quetzalcoatl Negro”, expulsaram os Toltecas que professavam a sua
crença na “Serpente Emplumada ou Quetzalcoatl Branco”, sendo
obrigados a migrar para o sul em direção ao Golfo do México até a
península do Yucatan.
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6. Depois do expurgo, sob a chefia sanguinária do rei que agora
governava Tula, o império Tolteca atingiu a sua maior extensão,
dominando a maior parte do México Central de costa a costa.
Em 1194 o Estado Tolteca chegava ao fim. Debilitado por lutas
internas e pela destruição de Tula, por uma nova invasão de tribos
Nahuas Chichimecas, que destruíram grande parte das esculturas e
outras obras de arte e possibilitando aos Mexicas, conhecidos hoje
como Aztecas tomassem posse da região depois de 250 anos de
instabilidade na região.
Os Tolteca banidos e recém chegados no Yucatan fundaram cidades
como Chichén Itzá, nome que funde os Itzaes com os Chichimecas e
Maias. Segundo a lenda Quetzalcoatl mudou-se de Tula para
Chichém-Itzá e assumiu o nome de Kukulkán (Kukul - pássaro
serpente) na língua Maia.
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8. A nova Tollan diferentemente da Tolteca, não estava numa vasta
planície sem qualquer defesa, mas sobre uma colina, muito mais fácil
de defender a fronteira com os territórios Chichimecas. Devido aos
ataques recorrentes, em Tollan formou-se um estado militar e
controlador dos povos limítrofes, cobrando-lhes tributos.
Essa nova fase foi marcada pelo aumento do militarismo,
monumentos com a Serpente Emplumada e a metalurgia em ouro,
prata e cobre, além do sacrifício maciço de pessoas, atestado nas
gravuras com desenhos de jaguares, águias devorando crânios
humanos e da plataforma de sacrifícios.
A primeira descrição acadêmica das ruínas da cidade de Tollan foi de
António García Cubas da Sociedade Mexicana de História e
Geografia, em 1873. As primeiras escavações foram levadas a cabo
por Désiré Charnay, um antiquário francês, na década de 1880.
9. Em 1940 foi iniciado um projeto arqueológico de 20 anos,
conduzido por Jorge Acosta, do Instituto nacional de Antropologia
e História do México. Nos anos 70 efetuaram-se novas escavações e
restaurações. Parte do sítio arqueológico está aberto aos visitantes
existindo um pequeno museu no local.
O governo era exercido sobre os camponeses, por uma aristocracia
guerreira, sacerdotes, mercadores e funcionários da administração
estatal (cobradores de impostos). Possivelmente fosse uma
sociedade de castas.
Politeístas, grandes artesãos e arquitetos, construíram vários
templos pirâmides de terraço usadas para cultuar suas divindades,
e seus reis, considerados deuses, além da Serpente Emplumada, o
deus do fogo e da chuva retratada também em esculturas em relevo
como Chacmool.
10. Construíram palácios decorados de Jade, ouro e turquesa.
Conceberam o estilo arquitetônico das colunatas que teve muita
influência na Mesoamérica. O templo de Thuzcalpantecuthi era
precedido por cem pilastras e ornados com desenhos de aves e a
representação de Quetzalcoatl.
Introduziram os metais, eram oleiros surpreendentes, dentre as
inúmeras técnicas descobriam que a argila devia descansar longe do
sol e vento, antes da queima. Seus artesanatos tinham grande valor
comercial entre os demais povos.
Na península do Yucatan são raros os sítios tolteca-maia, o que sugere
que os novos governantes despovoaram o território concentrando os
Maias do norte em Chichém Itzá, para melhor controle. O único lugar
importante deste período é Balankanché, uma gruta próxima de
Chichém-Itzá, com uma câmara ritual subterrânea.
11. Com a destruição da primeira Tula e a desarticulação do Estado
Tolteca provocada pela invasão dos Nahuas Chichimecas, começou
na mesoamérica um período de instabilidade que durou
aproximadamente 250 anos, só terminando com a presença dos
Aztecas.
Após uma aliança feita entre as cidades de Texcoco e Tlacopan,
surgiu o "Império Azteca", tendo como centro a cidade Azteca de
Tenochtitlán em 1325 dC, atual cidade do México, fundada pelo
povo Tenochca .
Cada uma das cidades-estados da confederação Azteca possuía o seu
próprio rei, mas tinham um comando militar na época da ocupação
espanhola em 1519 e o imenso império só reconhecia um chefe:
Montezuma II, o imperador Azteca.
Tenochtitlán tinha uma população de 400.000 habitantes, na época,
maior que qualquer cidade Européia, cercada de água e com um
labirinto de canais que atravessava em todas as direções.