O documento discute a consciência e como ela oscila entre diferentes estados, desde o sono até estados mais elevados. Argumenta-se que precisamos aprender a trazer os estados mais elevados de consciência para a nossa vida diária através da auto-observação e lembrança de si, um processo que envolve dividir a atenção em diferentes níveis como o 'Eu' Observador e o Mordomo. A meta final é despertar o nosso ser consciente divino.
2. A consciência no homem-máquina vai e vem.
Pensamos que temos consciência e geralmente
descrevemos nossas experiências usando a
expressão, “Estamos conscientes de” isto ou
aquilo. Acreditar que somos conscientes é um
truque da máquina, pois quando se pergunta a
um homem se ele, em um dado momento, está
consciente, ele responderá “Sim”, e estará
certo. Isto porque, por um breve momento, a
pergunta acenderá a chama da presença nele.
Perceber que estamos adormecidos é o
primeiro passo para o despertar.
3. A consciência não é as funções, embora elas
devam fazer parte do estudo de nós mesmos. A
consciência também tem graus. Isto significa
que nossa consciência oscila, de um momento
para o outro, entre quatro estados diferentes: o
primeiro estado é o sono; o segundo estado é o
de consciência relativa; o terceiro estado
corresponde à função emocional superior, ou
Mundo 12; o quarto estado corresponde à
função mental superior, ou Mundo 6. Vivemos
nossa vida nos dois primeiros estados, que na
realidade são estados de inconsciência.
Precisamos aprender a trazer o terceiro e
quarto estados de consciência para a nossa
vida diária. Devemos aprender a estar
presentes
4. “A consciência não cresce ou se desenvolve por si
mesma”, afirma Peter Ouspensky, “mas”, continua, “a
consciência pode se tornar contínua e controlada por
esforços e um estudo especiais.” Uma escola do Quarto
Caminho ensina como desenvolver o poder da auto-
observação por meio da disciplina chamada lembrança
de si. Este processo espiritual interno inicia-se com a
divisão da atenção e tem vários níveis: começa com o
‘Eu’ Observador que depois se desenvolve em
Mordomo Substituto e Mordomo. Embora o ‘Eu’
Observador, o Mordomo Substituto, e o Mordomo
sejam aspectos da máquina e estejam enraizados na
parte intelectual do centro emocional, eles servem como
uma escada para os centros superiores, ou o Amo. A
meta de todo estudo de si mesmo é o despertar do nosso
Amo – nosso divino ser consciente.
5. Para se alcançar esses diferentes níveis de
evolução, é preciso tempo, esforço e direção.
No entanto, sem a disciplina da lembrança de
si e a ajuda de uma escola consciente, ficamos
à mercê da Lei do Acidente. Uma verdadeira
escola do Quarto Caminho serve como terceira
força em nossos esforços para despertar. Como
nos lembra Robert Burton, “A oportunidade
para estar presentes existe em toda nossa vida.
Para penetrarmos o presente e lembrarmos de
nós mesmos dependemos da combinação de
nossos esforços e os dos Deuses”.