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TCC: ROBÓTICA MÓVEL

              Prof. Mario F. Montenegro Campos

            Departamento de Ciência da Computação
             Universidade Federal de Minas Gerais


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   Ementa
          ♦   Introdução à Robótica
               –     Motivação
               –     Introdução
               –     Descrições espaciais e transformações
               –     Cinemática Direta
               –     Cinemática Inversa
          ♦   Robôs Móveis
          ♦   Sensores
          ♦   Visão Computacional

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Motivação
          ♦   Máquinas inteligentes
               – Tecnologia estratégica na era da globalização
               – Quatro grandes desafios (EUA):
                     » Viabilização rápida de máquinas inteligentes
                     » Viabilização de altos ganhos em flexibilidade
                     » Sistemas robóticos com desempenho humano quanto
                       a mobilidade, relação força/peso e dexteridade
                     » Sistemas de Visão Computacional com desempenho
                       similar ao humano


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   Viabilização Rápida da Automação
          ♦   Indústria eletro-eletrônica
               – Segmento com o maior número de empregos
               – US$ 36 bilhões é o tamanho do mercado
                 americano de VCR, Camcorder, Áudio, Disk
                 Drivers
                     » Produtos eletro-mecânicos e eletro-ópticos de
                       precisão.
                     » 95% da produção fora dos EUA
                     » Não há companhias nos EUA que tenham o know-
                       how para produzir um VCR que tem cerca de 2000
                       componentes, a um custo inferior a US$ 100,00!
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Viabilização Rápida da Automação
          ♦   Aplicações militares(EUA):
               – Altíssimo custo
               – Tecnologias e designs atrasados de mais de
                 duas décadas.
          ♦   Indústria Automotiva
               – Segundo maior empregador nos EUA
               – US $300 bi/ano
               – Em 1992 perdeu 28% do mercado para a
                 indústria estrangeira
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   Viabilização Rápida da Automação
          ♦   EUA não possui:
               – Mão de obra altamente qualificada e barata
                 como a de Cingapura
               – Infra-estrutura de manufatura tecnológica forte
                 como a do Japão
               – Custo da mão de obra tão cara quanto a do
                 Japão
          ♦   Japão utiliza automação de precisão para
              fabricar seus produtos, principalmente
              robôs.
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Viabilização Rápida da Automação
          ♦   Aumento da miniaturização:
               – Vários produtos possuem dimensões tão
                 reduzidas que somente robôs podem monta-los:
                     » VCR, HD’s, Guias de Micro-ondas, camcorders,...
          ♦   Aumento no rendimento:
               – Sony - 0,1% de defeitos em montagens manuais
                 3 meses após o lançamento de um novo
                 produto. Essa taxa era de 20% nos EUA.
               – Sony - 20ppm a 0,01% na linha automatizada

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   Viabilização Rápida da Automação
          ♦   Reutilização do capital
              – Linha de walkman da Son”:
                     » Redução de novo capital de 17% para 1,5%
                     » Tempo para troca de produto de 45 para 6
                       dias
                     » Número de engenheiros de 5 para 0,5




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Viabilização Rápida da Automação
          ♦   Em 1991
               – Japão - 22000 dos 50000 robôs instalados naquele ano
                 eram utilizados em montagem (assembly)
               – EUA - 900 dos 4500 robôs instalados naquele ano eram
                 utilizados em montagem.
          ♦   Japão aplica 70% dos montante de P&D em
              melhoria de processos
          ♦   EUA aplica 70% do montante de P&D em
              melhoria do produto.


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   Viabilização Rápida da Automação
          ♦   Robótica
               – Redução no custo de 5-8% a.a.
               – Aumento no custo de mão de obra de 5% a.a.
          ♦   Tecnologia de Sensores
               – Ganho em preço/desempenho de 10-15% a.a.
          ♦   Tecnologia de Controle
               – Melhoria de 15-20% a.a.


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Introdução — Histórico
          ♦   1921 – ROBOTA
                     » palavra checa que significa “trabalhador forçado”,
                       usada por Karel Capek em um drama, em 1921,
                       entitulado R.U.R. (Rossum’s Universal Robots)
          ♦   1926 – Elektro e Sparko no filme
                         alemão Metrópolis
          ♦   1942 – ROBÓTICA
                     » Palavra inventada por Issac Asimov (1942), para
                       denominar a ciência que lida com robôs.


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   Introdução — Histórico
      ♦   As “Três Leis da Robótica” de Asimov:
                1. Um robô não deve ferir um ser humano, ou por
                  negligência em suas ações, permitir que um ser
                  humano venha a ser ferido;
                2. Um robô deve obedecer as ordens dadas por seres
                  humanos, exceto quando essas ordens forem
                  conflitantes com a Primeira Lei.
                3. Um robô deve sempre garantir sua própria
                  existência, somente enquanto tal proteção não
                  contrariar a Primeira ou a Segunda Leis.


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Introdução — Histórico
          ♦    1940 - Oak Ridge e Argonne National Labs
               manipuladores mecânicos remotos para materiais
               radioativos
          ♦    1950 - Handyman (General Electric) e Minotaur I
               (General Mills) com atuação elétrica e pneumática
          ♦    1954 - George C. Devol — “programmed articulated
                                   transfer device”
          ♦    1959 - George C. Devol e Joseph F. Engelberger —
                            Unimate – primeiro robô industrial
          ♦    1962 - H.A. Ernst - MH-1 - mão mecânica com
                           sensores táteis, controlada por computador

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   Introdução — Histórico
           ♦    1968 - Shakey – Robô móvel desenvolvido no SRI
                                   (Stanford Research Institute)
           ♦    1973 - WAVE – primeira linguagem de programação
                                   para robôs (SRI).
           ♦    1978 - PUMA – Programmable Universal Machine for
                                   Assembly)
           ♦    1981 - Direct-Drive Robot – CMU
           ♦    1987 - Subsumption Architectures – Rodney Brooks
                                   (MIT)
           ♦    1995 - AGV – Autonomous Guided Vehicle – costa a
                                   costa EUA com 92% de autonomia
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Robótica e Automação
          ♦   Automação                   ♦   Robótica
               – Robôs de produção            – Robôs de exploração
               – Ambientes estruturados       – Ambientes não
               – Possibilidade limitada         estruturados
                 de percepção e decisão       – Dotados de múltiplos-
               – Células Integradas de          sensores
                 Manufatura                   – Utilização em
                                                ambientes
                                                hostis/perigosos



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   Caracterização de Manipuladores
          ♦   Origem
               – Telemanipuladores – Mestre/Escravo
               – Máquinas de controle numérico




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Mestre-escravo


          Operador                            Ambiente
          Humano                               Hostil




                      Manipulador      Manipulador
                        Mestre          Escravo



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   Caracterização de Manipuladores
          ♦ Adaptabilidade
          ♦ Polivalência
          ♦ Versatilidade ou flexibilidade
          ♦ Grau de automatismo
          Ex.: Telemanipuladores: extremamente
                    polivalentes, automatismo quase nulo
               Máquinas-ferramenta: alto grau de
                    automatismo, polivalência quase nula

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Caracterização de Manipuladores
          ♦   Definição (RIA - 1979) - “um manipulador multifuncional
              reprogramável projetado para mover materiais, partes,
              ferramentas ou dispositivos especializados através de
              movimentos programados para o cumprimento de tarefas
              variadas”.
               (RIA - 1989) “... máquinas estas equipadas com sistemas
              de visão e/ou outras modalidades de dispositivos
              sensores.”

          * RIA - Robotic Institute Association


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   Exemplos Manipuladores




              PUMA 560                       Milacron T3


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Caracterização de Manipuladores
          ♦   Robôs Sequenciais (2 a 4 d.o.f.)
               – Sequência Fixa
               – Sequência Variável
          ♦   Robôs Programáveis (4 a 8 d.o.f.)
               – Playback
               – Linguagem
          ♦   Robôs Inteligentes


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   Tipos e Manipuladores

        ♦   Articulado ou Rotacional
        ♦   Cilíndrico
        ♦   Esférico ou Polar
        ♦   Cartesiano ou Retangular
        ♦   SCARA (Selective Compliance Assembly Robot Arm)
        ♦   Spine
        ♦   Pórtico
        ♦   Móveis



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Tipos de Manipuladores




              Cartesiano              Cilíndrico


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   Tipos de Manipuladores




         Revoluto



                           Esférico

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Robótica na Automação Industrial
                 ♦              Sete operações básicas:
                                –   Estudos e concepção
                                –   Preparação e Métodos
                                –   Fabricação
                                –   Controle de Qualidade
                                –   Acondicionamento
                                –   Estocagem
                                –   Venda e Manutenção

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   Robótica na Automação Industrial

                                                                Operação Manual
         Custo Unitário




                                                                         Controle Numérico


                                                Linha de Transferência




                          100       101   102   103       104      105        106      107

                                                      Tamanho do Lote



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Densidade de robôs na indústria

                           Número de robôs/10.000 industriários

      400

      300

      200

      100

         0
          1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994

                                                 Japão


©1998 Mario Campos                                                                                               27




   Densidade de robôs na indústria
                                   Robôs/10.000 industriários

        100


         80


         60


         40


         20


             0
             1981   1982   1983   1984   1985   1986    1987    1988   1989   1990   1991   1992   1993   1994

                             Suécia                    Itália                  Alemanha
                             Estados Unidos            França                  Reino Unido



©1998 Mario Campos                                                                                               28
Suprimento de robôs mundialmente

     120.000

     100.000

      80.000
      60.000

      40.000

      20.000
                        0
                        1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998
                                     Japão   Big 5   Europa   Asia-4   Outros Países


©1998 Mario Campos                                                                     29




   Mercado Mundial
                            7
                            6
           Milhões de US$




                            5
                            4
                            3
                            2
                            1
                            0
                            1990                                       1994
                                   Japão     EUA     Outros Paises



©1998 Mario Campos                                                                     30
Aplicações Industriais
              100%




               50%




                 0%
                                EUA            JAPÃO                EUROPA
                      AUTOMOBILÍSTICA   ELETROTÉCNICA          METALÚRGICA
                      MECÂNICA          MÁQUINAS/FERRAMENTAS   PLÁSTICOS
                      VIDRO             DIVERSOS




©1998 Mario Campos                                                                  31




   Aplicações por tipos de robôs
                        Manipuladores Sequenciais
              – Serviços de prensas                – Serviço de prensas de
              – Serviços de máquinas-                estamparia
                ferramenta                         – Alimentação de máquinas
              – Transferencia de peças para          de moldar (injeção sob
                montagens                            pressão)
              – Micromanipulação de                – Extração de moldes de
                circuitos                            máquinas de moldar
              – Manipulação de                     – Serviço de fornos e forjas
                micromecânica                      – Manipulação de cargas
              – Montagens repetitivas                pesadas
                (enroscar peças)                   – Pintura de objetos especiais


©1998 Mario Campos                                                                  32
Aplicações por tipos de robôs
                     Manipuladores Programáveis
              – Solda (a arco ou ponto)     – Rebitagem
              – Pintura                     – Paletização
              – Montagens                   – Acabamento de peças
              – Serviço de máquinas-        – Posicionamento de
                ferramenta                    peças para solda
              – Controle de qualidade       – Manipulação de cargas
              – Serviço de fornos,            pesadas
                forjas e fundições


©1998 Mario Campos                                                    33




   Aplicações por tipos de robôs
                     Manipuladores Inteligentes

             – Montagem e inserção de peças
             – Manipulação com controle visual (laser)
             – Soldagem com controle visual (câmera)




©1998 Mario Campos                                                    34
Linhas de Pesquisa em Robótica
          ♦   Representação e                  ♦   Sensores
              modelagem                            –   Hardware
               – Objetos, sistemas                 –   Interpretação
               – Leis da natureza                  –   Interação
               – Processos                         –   Fusão




©1998 Mario Campos                                                                 35




   Linhas de Pesquisa em Robótica
          ♦   Manipulação e                    ♦   Inteligência
              locomoção                            –   Hardware
               – Hardware                          –   Organização
               – Otimização de modelos             –   Linguagens
                 geométricos, cinemáticos e        –   Aquisição de conhecimento
                 dinâmicos                         –   Resolução de problemas
               – Identificação de parâmetros
               – Controle e coordenação de
                 movimentos
               – Desempenho, destreza,
                 precisão



©1998 Mario Campos                                                                 36
Linhas de Pesquisa em Robótica
          ♦   Percepção                      ♦   Móvel
               – Coordenação                     – Controle
                 percepção/ação                  – Agentes múltiplos
               – Sensores (hápticos,             – Coordenação
                 visão, força/torque,            – Comunicação
                 proximidade, etc.)
                                                 – Planejamento
               – Fusão de sensores
                                                 – Evitar colisões
                                                 – Tempo-real




©1998 Mario Campos                                                       37




   Robótica e a Sociedade
          ♦   Enquete no Japão:
               –     Economizar mão-de-obra                     44,5%
               –     Melhorar condições de trabalho             25,0 %
               –     Aumentar flexibilidade                     13,5 %
               –     Melhorar controle de qualidade              8,0 %
               –     Outros                                      9,0 %
          ♦   Segunda revolução industrial
          ♦   Adequação da mão-de-obra
          ♦   Utilização em ambientes hostis/perigosos

©1998 Mario Campos                                                       38
Robótica no Brasil
          ♦   1983 – SEI - Secretaria Especial de Informática
              cria CEAM - Comissão Especial para a
              Automação da Manufatura;
          ♦   Qualificação de 16 empresas para
              desenvolvimento, fabricação, integração e
              comercialização de sistemas em robótica;
          ♦   Mão-de-obra barata;
          ♦   Poucos robôs (< 200) concentram-se
              principalmente na indústria automotiva.

©1998 Mario Campos                                              39




              DESCRIÇÃO DE POSIÇÃO
                 E ORIENTAÇÃO




©1998 Mario Campos                                              40
Descrição: Posição e Orientação

          ♦ Localizar objetos no espaço 3D;
          ♦ Relacionar a posição e orientação relativas
            entre objetos;
          ♦ Transformar ou mudar a descrição de
            atributos;




©1998 Mario Campos                                                 41




   Referenciais (Frames)
                                          Zt


                                               Yt

                                                         Zo
                                     Xt
                Zb

                               Zc
                                    Xc
                     Yb
                                                    Xo        Yo

                Xb
                          Yc




©1998 Mario Campos                                                 42
Cinemática Direta

                                              θ3
                                                                  Zt
                               θ2
                                                                       Yt
                         θ1
                                                             Xt
                          Zb                  P(x,y,z) = ?

                                    Yb




                          Xb




©1998 Mario Campos                                                                  43




   Cinemática Direta
                     y
                                                                            (x,y)
                                                   l2


                               l1                            θ2

                                         θ1
                                                                                x




©1998 Mario Campos                                                                  44
Cinemática Inversa

                                                 θ3 = ?
                                                                    Zt
                                   θ2 = ?
                                                                         Yt
                         θ1 = ?
                                                               Xt
                             Zb                     P(x,y,z)


                                            Yb


                              Xb




©1998 Mario Campos                                                                45




   Cinemática Inversa
                     y
                              Configuração II




                                                   Configuração I

                                                                              x




©1998 Mario Campos                                                                46
Espaço de Trabalho
                             y
                                                Raio = |l1 - l2|




                                                           x


                                                  Raio = l1 + l2



©1998 Mario Campos                                                 47




   Velocidades, forças estáticas,
   singularidades

                         ω            .
                                      θ2


                     ν
                                                  .
                                                 θ1
                                 .         Zb
                                 θ3


                                                      Yb


                                           Xb




©1998 Mario Campos                                                 48
Dinâmica de Manipuladores

                                    τ3
                     V
                                                    τ2



                         A
                                             τ1
                                                                Zb



                                                                         Yb


                                                         Xb




©1998 Mario Campos                                                            49




   Geração de Trajetória

                                                  θ3 i               A
                                    θ2 i


                             θ1 i
                                           θ2f
                             θ1 f
                                                         θ3 f




                                                                     B




©1998 Mario Campos                                                            50
Projeto de Manipuladores

                                 τ3
                          τ2


                     τ1


                               50 kg




©1998 Mario Campos                     51




   Controle de Posição
          ♦ linear
          ♦ não-linear




©1998 Mario Campos                     52
Controle de Força


                                        F
                               V

                                    F




©1998 Mario Campos                             53




   Programação de Robôs
          ♦ Programação off-line e simulação
          ♦ Teach-and-play
          ♦ Linguagens
          ♦ Tempo-real
          ♦ Múltiplos robôs




©1998 Mario Campos                             54
Robôs Móveis
          ♦ Submarinos (underwater)
          ♦ Aéreos (aerial)
          ♦ Terrenos (ground)




©1998 Mario Campos                    55




   Robôs Móveis
          ♦ Telecontrolados
          ♦ Semi-autônomos
          ♦ Autônomos




©1998 Mario Campos                    56
Robôs Móveis
          ♦   Aéreos
               – Empuxo por flutuação
               – Empuxo aerodinâmico
          ♦   Terrenos
               – Rodas
               – Pernas




©1998 Mario Campos                      57




   Robôs Móveis
          ♦ Missão
          ♦ Planejamento
          ♦ Navegação
          ♦ Controle




©1998 Mario Campos                      58
Navegação
          ♦ Dirigir o curso de um robô móvel durante o
            seu deslocamento em um ambiente
            (subaquático, sobre a terra ou no ar)
          ♦ Envolve três tarefas:
               – Mapeamento
               – Planejamento
               – Direcionamento



©1998 Mario Campos                                                   59




   Hierarquia de Controle
                         Objetivo da Tarefa

                       Planejamento da Tarefa

  Modelo do Ambiente                            Mapa do Ambiente

                     Planejamento do Caminho       Aprendizado/Adaptação


                        Seguindo o Caminho            Fusão de Sensores

    Controle                                         Sensoriamento
      de                                                  do
   Movimento             Evitar Obstáculos             Ambiente


©1998 Mario Campos                                                   60
Processo de Navegação
          ♦ Medidas
          ♦ Modelagem
          ♦ Percepção
          ♦ Planejamento
          ♦ Ação




©1998 Mario Campos                           61




   Medidas
          ♦ Sentir o ambiente
          ♦ Detectar objetos
          ♦ Odometria
          ♦ Entrada de comandos do usuário




©1998 Mario Campos                           62
Modelagem
          ♦ Mapear o ambiente
          ♦ Extrair características
          ♦ Modelar objetos
          ♦ Mapear caminhos




©1998 Mario Campos                          63




   Percepção
          ♦ Encontrar caminhos
          ♦ Detectar situações de colisão
          ♦ Aprendizado do mapa




©1998 Mario Campos                          64
Planejamento
          ♦ Decompor a tarefa em sub-alvos
          ♦ Selecionar um caminho
          ♦ Escolher alternativas quando um caminho
            estiver obstruído




©1998 Mario Campos                                      65




   Ação
          ♦ Navegar
          ♦ Percorrer o caminho evitando colisões
          ♦ Controle baseado nos modelos cinemático e
            dinâmico do robô




©1998 Mario Campos                                      66
Sensores
          ♦   Sensores de “range”
               – Triangulação
               – Luz estruturada
               – “Tempo-de-vôo”
          ♦   Sensores de Proximidade
               –     Indutivos
               –     Capacitivos
               –     Efeito Hall
               –     Ultrasônicos
               –     Ópticos
©1998 Mario Campos                      67




   Sensores
          ♦   Sensores de Toque
               – Binários
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          ♦   Sensores de Posição
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               – Encoders
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          ♦   Calibração

©1998 Mario Campos                      68
Visão Computacional
          ♦   Seres Vivos
               – Sentido mais poderoso
               – O mais complexo
          ♦   Visão Computacional
               – Objetivo – produzir descrição (modelo 3D) de objetos a
                 partir de imagem(s).
          ♦   Áreas relacionadas
               – Processamento Digital de Imagens - PDI
               – Classificação de Padrões
               – Análise de cenas
©1998 Mario Campos                                                        69




Processamento Digital de Imagens

                              Processamento
                                Digital de
                                 Imagens
              Imagem                                 Imagem
                de                                     de
              Entrada                                 Saída




©1998 Mario Campos                                                        70
Classificação de Padrões

                          Classificação
                               de
                            Padrões
            Vetor                          Número
              de                             de
        Características                    Classe




©1998 Mario Campos                                    71




   Análise de Cenas

                           Análise
                            de
                           Cenas
          Descrição                       Descrição
             de                              de
           Entrada                         Saída




©1998 Mario Campos                                    72
Sistema de Visão Computacional

          Iluminação
                        Dispositivo
                                                  Visão
                            de
                                               Computacional
                       Imageamento



                Cena                  Imagem                   Descrição



                                      Feedback
                                         da
                                      Aplicação


©1998 Mario Campos                                                         73




   Sistema de Visão Computacional




©1998 Mario Campos                                                         74

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  • 1. TCC: ROBÓTICA MÓVEL Prof. Mario F. Montenegro Campos Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Minas Gerais ©1998 Mario Campos 1 Ementa ♦ Introdução à Robótica – Motivação – Introdução – Descrições espaciais e transformações – Cinemática Direta – Cinemática Inversa ♦ Robôs Móveis ♦ Sensores ♦ Visão Computacional ©1998 Mario Campos 2
  • 2. Motivação ♦ Máquinas inteligentes – Tecnologia estratégica na era da globalização – Quatro grandes desafios (EUA): » Viabilização rápida de máquinas inteligentes » Viabilização de altos ganhos em flexibilidade » Sistemas robóticos com desempenho humano quanto a mobilidade, relação força/peso e dexteridade » Sistemas de Visão Computacional com desempenho similar ao humano ©1998 Mario Campos 3 Viabilização Rápida da Automação ♦ Indústria eletro-eletrônica – Segmento com o maior número de empregos – US$ 36 bilhões é o tamanho do mercado americano de VCR, Camcorder, Áudio, Disk Drivers » Produtos eletro-mecânicos e eletro-ópticos de precisão. » 95% da produção fora dos EUA » Não há companhias nos EUA que tenham o know- how para produzir um VCR que tem cerca de 2000 componentes, a um custo inferior a US$ 100,00! ©1998 Mario Campos 4
  • 3. Viabilização Rápida da Automação ♦ Aplicações militares(EUA): – Altíssimo custo – Tecnologias e designs atrasados de mais de duas décadas. ♦ Indústria Automotiva – Segundo maior empregador nos EUA – US $300 bi/ano – Em 1992 perdeu 28% do mercado para a indústria estrangeira ©1998 Mario Campos 5 Viabilização Rápida da Automação ♦ EUA não possui: – Mão de obra altamente qualificada e barata como a de Cingapura – Infra-estrutura de manufatura tecnológica forte como a do Japão – Custo da mão de obra tão cara quanto a do Japão ♦ Japão utiliza automação de precisão para fabricar seus produtos, principalmente robôs. ©1998 Mario Campos 6
  • 4. Viabilização Rápida da Automação ♦ Aumento da miniaturização: – Vários produtos possuem dimensões tão reduzidas que somente robôs podem monta-los: » VCR, HD’s, Guias de Micro-ondas, camcorders,... ♦ Aumento no rendimento: – Sony - 0,1% de defeitos em montagens manuais 3 meses após o lançamento de um novo produto. Essa taxa era de 20% nos EUA. – Sony - 20ppm a 0,01% na linha automatizada ©1998 Mario Campos 7 Viabilização Rápida da Automação ♦ Reutilização do capital – Linha de walkman da Son”: » Redução de novo capital de 17% para 1,5% » Tempo para troca de produto de 45 para 6 dias » Número de engenheiros de 5 para 0,5 ©1998 Mario Campos 8
  • 5. Viabilização Rápida da Automação ♦ Em 1991 – Japão - 22000 dos 50000 robôs instalados naquele ano eram utilizados em montagem (assembly) – EUA - 900 dos 4500 robôs instalados naquele ano eram utilizados em montagem. ♦ Japão aplica 70% dos montante de P&D em melhoria de processos ♦ EUA aplica 70% do montante de P&D em melhoria do produto. ©1998 Mario Campos 9 Viabilização Rápida da Automação ♦ Robótica – Redução no custo de 5-8% a.a. – Aumento no custo de mão de obra de 5% a.a. ♦ Tecnologia de Sensores – Ganho em preço/desempenho de 10-15% a.a. ♦ Tecnologia de Controle – Melhoria de 15-20% a.a. ©1998 Mario Campos 10
  • 6. Introdução — Histórico ♦ 1921 – ROBOTA » palavra checa que significa “trabalhador forçado”, usada por Karel Capek em um drama, em 1921, entitulado R.U.R. (Rossum’s Universal Robots) ♦ 1926 – Elektro e Sparko no filme alemão Metrópolis ♦ 1942 – ROBÓTICA » Palavra inventada por Issac Asimov (1942), para denominar a ciência que lida com robôs. ©1998 Mario Campos 11 Introdução — Histórico ♦ As “Três Leis da Robótica” de Asimov: 1. Um robô não deve ferir um ser humano, ou por negligência em suas ações, permitir que um ser humano venha a ser ferido; 2. Um robô deve obedecer as ordens dadas por seres humanos, exceto quando essas ordens forem conflitantes com a Primeira Lei. 3. Um robô deve sempre garantir sua própria existência, somente enquanto tal proteção não contrariar a Primeira ou a Segunda Leis. ©1998 Mario Campos 12
  • 7. Introdução — Histórico ♦ 1940 - Oak Ridge e Argonne National Labs manipuladores mecânicos remotos para materiais radioativos ♦ 1950 - Handyman (General Electric) e Minotaur I (General Mills) com atuação elétrica e pneumática ♦ 1954 - George C. Devol — “programmed articulated transfer device” ♦ 1959 - George C. Devol e Joseph F. Engelberger — Unimate – primeiro robô industrial ♦ 1962 - H.A. Ernst - MH-1 - mão mecânica com sensores táteis, controlada por computador ©1998 Mario Campos 13 Introdução — Histórico ♦ 1968 - Shakey – Robô móvel desenvolvido no SRI (Stanford Research Institute) ♦ 1973 - WAVE – primeira linguagem de programação para robôs (SRI). ♦ 1978 - PUMA – Programmable Universal Machine for Assembly) ♦ 1981 - Direct-Drive Robot – CMU ♦ 1987 - Subsumption Architectures – Rodney Brooks (MIT) ♦ 1995 - AGV – Autonomous Guided Vehicle – costa a costa EUA com 92% de autonomia ©1998 Mario Campos 14
  • 8. Robótica e Automação ♦ Automação ♦ Robótica – Robôs de produção – Robôs de exploração – Ambientes estruturados – Ambientes não – Possibilidade limitada estruturados de percepção e decisão – Dotados de múltiplos- – Células Integradas de sensores Manufatura – Utilização em ambientes hostis/perigosos ©1998 Mario Campos 15 Caracterização de Manipuladores ♦ Origem – Telemanipuladores – Mestre/Escravo – Máquinas de controle numérico ©1998 Mario Campos 16
  • 9. Mestre-escravo Operador Ambiente Humano Hostil Manipulador Manipulador Mestre Escravo ©1998 Mario Campos 17 Caracterização de Manipuladores ♦ Adaptabilidade ♦ Polivalência ♦ Versatilidade ou flexibilidade ♦ Grau de automatismo Ex.: Telemanipuladores: extremamente polivalentes, automatismo quase nulo Máquinas-ferramenta: alto grau de automatismo, polivalência quase nula ©1998 Mario Campos 18
  • 10. Caracterização de Manipuladores ♦ Definição (RIA - 1979) - “um manipulador multifuncional reprogramável projetado para mover materiais, partes, ferramentas ou dispositivos especializados através de movimentos programados para o cumprimento de tarefas variadas”. (RIA - 1989) “... máquinas estas equipadas com sistemas de visão e/ou outras modalidades de dispositivos sensores.” * RIA - Robotic Institute Association ©1998 Mario Campos 19 Exemplos Manipuladores PUMA 560 Milacron T3 ©1998 Mario Campos 20
  • 11. Caracterização de Manipuladores ♦ Robôs Sequenciais (2 a 4 d.o.f.) – Sequência Fixa – Sequência Variável ♦ Robôs Programáveis (4 a 8 d.o.f.) – Playback – Linguagem ♦ Robôs Inteligentes ©1998 Mario Campos 21 Tipos e Manipuladores ♦ Articulado ou Rotacional ♦ Cilíndrico ♦ Esférico ou Polar ♦ Cartesiano ou Retangular ♦ SCARA (Selective Compliance Assembly Robot Arm) ♦ Spine ♦ Pórtico ♦ Móveis ©1998 Mario Campos 22
  • 12. Tipos de Manipuladores Cartesiano Cilíndrico ©1998 Mario Campos 23 Tipos de Manipuladores Revoluto Esférico ©1998 Mario Campos 24
  • 13. Robótica na Automação Industrial ♦ Sete operações básicas: – Estudos e concepção – Preparação e Métodos – Fabricação – Controle de Qualidade – Acondicionamento – Estocagem – Venda e Manutenção ©1998 Mario Campos 25 Robótica na Automação Industrial Operação Manual Custo Unitário Controle Numérico Linha de Transferência 100 101 102 103 104 105 106 107 Tamanho do Lote ©1998 Mario Campos 26
  • 14. Densidade de robôs na indústria Número de robôs/10.000 industriários 400 300 200 100 0 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Japão ©1998 Mario Campos 27 Densidade de robôs na indústria Robôs/10.000 industriários 100 80 60 40 20 0 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 Suécia Itália Alemanha Estados Unidos França Reino Unido ©1998 Mario Campos 28
  • 15. Suprimento de robôs mundialmente 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 Japão Big 5 Europa Asia-4 Outros Países ©1998 Mario Campos 29 Mercado Mundial 7 6 Milhões de US$ 5 4 3 2 1 0 1990 1994 Japão EUA Outros Paises ©1998 Mario Campos 30
  • 16. Aplicações Industriais 100% 50% 0% EUA JAPÃO EUROPA AUTOMOBILÍSTICA ELETROTÉCNICA METALÚRGICA MECÂNICA MÁQUINAS/FERRAMENTAS PLÁSTICOS VIDRO DIVERSOS ©1998 Mario Campos 31 Aplicações por tipos de robôs Manipuladores Sequenciais – Serviços de prensas – Serviço de prensas de – Serviços de máquinas- estamparia ferramenta – Alimentação de máquinas – Transferencia de peças para de moldar (injeção sob montagens pressão) – Micromanipulação de – Extração de moldes de circuitos máquinas de moldar – Manipulação de – Serviço de fornos e forjas micromecânica – Manipulação de cargas – Montagens repetitivas pesadas (enroscar peças) – Pintura de objetos especiais ©1998 Mario Campos 32
  • 17. Aplicações por tipos de robôs Manipuladores Programáveis – Solda (a arco ou ponto) – Rebitagem – Pintura – Paletização – Montagens – Acabamento de peças – Serviço de máquinas- – Posicionamento de ferramenta peças para solda – Controle de qualidade – Manipulação de cargas – Serviço de fornos, pesadas forjas e fundições ©1998 Mario Campos 33 Aplicações por tipos de robôs Manipuladores Inteligentes – Montagem e inserção de peças – Manipulação com controle visual (laser) – Soldagem com controle visual (câmera) ©1998 Mario Campos 34
  • 18. Linhas de Pesquisa em Robótica ♦ Representação e ♦ Sensores modelagem – Hardware – Objetos, sistemas – Interpretação – Leis da natureza – Interação – Processos – Fusão ©1998 Mario Campos 35 Linhas de Pesquisa em Robótica ♦ Manipulação e ♦ Inteligência locomoção – Hardware – Hardware – Organização – Otimização de modelos – Linguagens geométricos, cinemáticos e – Aquisição de conhecimento dinâmicos – Resolução de problemas – Identificação de parâmetros – Controle e coordenação de movimentos – Desempenho, destreza, precisão ©1998 Mario Campos 36
  • 19. Linhas de Pesquisa em Robótica ♦ Percepção ♦ Móvel – Coordenação – Controle percepção/ação – Agentes múltiplos – Sensores (hápticos, – Coordenação visão, força/torque, – Comunicação proximidade, etc.) – Planejamento – Fusão de sensores – Evitar colisões – Tempo-real ©1998 Mario Campos 37 Robótica e a Sociedade ♦ Enquete no Japão: – Economizar mão-de-obra 44,5% – Melhorar condições de trabalho 25,0 % – Aumentar flexibilidade 13,5 % – Melhorar controle de qualidade 8,0 % – Outros 9,0 % ♦ Segunda revolução industrial ♦ Adequação da mão-de-obra ♦ Utilização em ambientes hostis/perigosos ©1998 Mario Campos 38
  • 20. Robótica no Brasil ♦ 1983 – SEI - Secretaria Especial de Informática cria CEAM - Comissão Especial para a Automação da Manufatura; ♦ Qualificação de 16 empresas para desenvolvimento, fabricação, integração e comercialização de sistemas em robótica; ♦ Mão-de-obra barata; ♦ Poucos robôs (< 200) concentram-se principalmente na indústria automotiva. ©1998 Mario Campos 39 DESCRIÇÃO DE POSIÇÃO E ORIENTAÇÃO ©1998 Mario Campos 40
  • 21. Descrição: Posição e Orientação ♦ Localizar objetos no espaço 3D; ♦ Relacionar a posição e orientação relativas entre objetos; ♦ Transformar ou mudar a descrição de atributos; ©1998 Mario Campos 41 Referenciais (Frames) Zt Yt Zo Xt Zb Zc Xc Yb Xo Yo Xb Yc ©1998 Mario Campos 42
  • 22. Cinemática Direta θ3 Zt θ2 Yt θ1 Xt Zb P(x,y,z) = ? Yb Xb ©1998 Mario Campos 43 Cinemática Direta y (x,y) l2 l1 θ2 θ1 x ©1998 Mario Campos 44
  • 23. Cinemática Inversa θ3 = ? Zt θ2 = ? Yt θ1 = ? Xt Zb P(x,y,z) Yb Xb ©1998 Mario Campos 45 Cinemática Inversa y Configuração II Configuração I x ©1998 Mario Campos 46
  • 24. Espaço de Trabalho y Raio = |l1 - l2| x Raio = l1 + l2 ©1998 Mario Campos 47 Velocidades, forças estáticas, singularidades ω . θ2 ν . θ1 . Zb θ3 Yb Xb ©1998 Mario Campos 48
  • 25. Dinâmica de Manipuladores τ3 V τ2 A τ1 Zb Yb Xb ©1998 Mario Campos 49 Geração de Trajetória θ3 i A θ2 i θ1 i θ2f θ1 f θ3 f B ©1998 Mario Campos 50
  • 26. Projeto de Manipuladores τ3 τ2 τ1 50 kg ©1998 Mario Campos 51 Controle de Posição ♦ linear ♦ não-linear ©1998 Mario Campos 52
  • 27. Controle de Força F V F ©1998 Mario Campos 53 Programação de Robôs ♦ Programação off-line e simulação ♦ Teach-and-play ♦ Linguagens ♦ Tempo-real ♦ Múltiplos robôs ©1998 Mario Campos 54
  • 28. Robôs Móveis ♦ Submarinos (underwater) ♦ Aéreos (aerial) ♦ Terrenos (ground) ©1998 Mario Campos 55 Robôs Móveis ♦ Telecontrolados ♦ Semi-autônomos ♦ Autônomos ©1998 Mario Campos 56
  • 29. Robôs Móveis ♦ Aéreos – Empuxo por flutuação – Empuxo aerodinâmico ♦ Terrenos – Rodas – Pernas ©1998 Mario Campos 57 Robôs Móveis ♦ Missão ♦ Planejamento ♦ Navegação ♦ Controle ©1998 Mario Campos 58
  • 30. Navegação ♦ Dirigir o curso de um robô móvel durante o seu deslocamento em um ambiente (subaquático, sobre a terra ou no ar) ♦ Envolve três tarefas: – Mapeamento – Planejamento – Direcionamento ©1998 Mario Campos 59 Hierarquia de Controle Objetivo da Tarefa Planejamento da Tarefa Modelo do Ambiente Mapa do Ambiente Planejamento do Caminho Aprendizado/Adaptação Seguindo o Caminho Fusão de Sensores Controle Sensoriamento de do Movimento Evitar Obstáculos Ambiente ©1998 Mario Campos 60
  • 31. Processo de Navegação ♦ Medidas ♦ Modelagem ♦ Percepção ♦ Planejamento ♦ Ação ©1998 Mario Campos 61 Medidas ♦ Sentir o ambiente ♦ Detectar objetos ♦ Odometria ♦ Entrada de comandos do usuário ©1998 Mario Campos 62
  • 32. Modelagem ♦ Mapear o ambiente ♦ Extrair características ♦ Modelar objetos ♦ Mapear caminhos ©1998 Mario Campos 63 Percepção ♦ Encontrar caminhos ♦ Detectar situações de colisão ♦ Aprendizado do mapa ©1998 Mario Campos 64
  • 33. Planejamento ♦ Decompor a tarefa em sub-alvos ♦ Selecionar um caminho ♦ Escolher alternativas quando um caminho estiver obstruído ©1998 Mario Campos 65 Ação ♦ Navegar ♦ Percorrer o caminho evitando colisões ♦ Controle baseado nos modelos cinemático e dinâmico do robô ©1998 Mario Campos 66
  • 34. Sensores ♦ Sensores de “range” – Triangulação – Luz estruturada – “Tempo-de-vôo” ♦ Sensores de Proximidade – Indutivos – Capacitivos – Efeito Hall – Ultrasônicos – Ópticos ©1998 Mario Campos 67 Sensores ♦ Sensores de Toque – Binários – Analógicos ♦ Sensores de Posição – Resolvers – Encoders – Potenciômetros ♦ Calibração ©1998 Mario Campos 68
  • 35. Visão Computacional ♦ Seres Vivos – Sentido mais poderoso – O mais complexo ♦ Visão Computacional – Objetivo – produzir descrição (modelo 3D) de objetos a partir de imagem(s). ♦ Áreas relacionadas – Processamento Digital de Imagens - PDI – Classificação de Padrões – Análise de cenas ©1998 Mario Campos 69 Processamento Digital de Imagens Processamento Digital de Imagens Imagem Imagem de de Entrada Saída ©1998 Mario Campos 70
  • 36. Classificação de Padrões Classificação de Padrões Vetor Número de de Características Classe ©1998 Mario Campos 71 Análise de Cenas Análise de Cenas Descrição Descrição de de Entrada Saída ©1998 Mario Campos 72
  • 37. Sistema de Visão Computacional Iluminação Dispositivo Visão de Computacional Imageamento Cena Imagem Descrição Feedback da Aplicação ©1998 Mario Campos 73 Sistema de Visão Computacional ©1998 Mario Campos 74