O documento discute asma relacionada ao trabalho, definindo asma ocupacional como asma causada pela exposição a agentes no ambiente de trabalho e asma agravada no trabalho como asma pré-existente agravada por fatores ocupacionais. Detalha os principais agentes causadores de asma ocupacional, incluindo sensibilizantes, agentes de alto e baixo peso molecular, e discute a importância, incidência e prevalência da asma relacionada ao trabalho.
2. Asma
Relacionada
ao
Trabalho
Asma
Ocupacional
(asma
causada
pelo
trabalho)
Asma
Agravada
no
Trabalho
(asma
pré-‐existente
agravada
por
fatores
ocupacionais)
3. Asma
Ocupacional
Definição
“Asma
ocupacional
é
a
obstrução
variável
das
vias
aéreas
causada
pela
exposição,
no
ambiente
de
trabalho,
a
poeiras,
gases,
vapores
ou
fumos”.
(Newman
Taylor
AJ,
1980”)
4. Asma
Ocupacional
Asma
por
Sensibilizantes
Asma
por
agentes
de
alto
peso
molecular
Asma
por
agentes
de
baixo
peso
molecular
Asma
por
Irritantes
RADS
Exposição
Crônica
a
Baixos
Níveis
de
Irritantes
5. Importância
Em
países
industrializados,
a
asma
ocupacional
tornou-‐se
uma
das
pneumopatias
ocupacionais
mais
comuns.
Tem
graves
consequências
médicas
e
sócio-‐
econômicas.
O
diagnóstico
precoce,
afastamento
da
exposição
e
tratamento
melhoram
o
prognóstico.
6. Incidência
Em
geral,
estimada
entre
22-‐40
casos
novos/
milhão
trabalhadores
ativos/ano
Países
Industrializados:
Países
escandinavos:
7-‐18
casos/100
000
trab./ano.
Europa
ocidental
e
EUA:
2,4-‐4,3/100
000
Países
em
Desenvolvimento:
África
do
Sul:
1,8/100
000
trab./ano.
Brasil
(SP):
1,7/100
000
trab./ano.
7. Prevalência
A
asma
afeta
aproximadamente
7,7%
dos
adultos
em
idade
produtiva
(EUA,
2003-‐2005).
Asma
ocupacional
–
responsável
por
17,6%
dos
casos
de
asma
iniciada
na
idade
adulta
(Toren
and
Blanc,
2009).
Asma
agravada
no
trabalho
–
Nos
EUA,
21,5%
dos
casos
de
asma
em
adultos
(Henneberger,
2006).
No
Brasil,
13%
dos
adultos
com
asma
(Caldeira,
2006)
8. Em
adultos
com
obstrução
ao
fluxo
aéreo,
indagar:
“Sua
asma
melhora
nos
dias
de
folga
ou
nas
férias
?”
Em
cerca
de
50%
dos
que
respondem
afirmativamente,
pode-‐se
confirmar
o
diagnóstico
de
asma
relacionada
ao
trabalho.
9. Asma
Ocupacional
por
Sensibilizantes
(asma
com
latência)
Mais
de
400
sensibilizantes
descritos
em
literatura:
• Agentes
nos
quais
a
sensibilização
pode
ser
demonstrada
na
maioria
dos
pacientes
(geralmente
IgE
específica)
–
exemplo:
látex.
• Agentes
com
mecanismo
imunológico
fortemente
suspeito
mas
não
facilmente
demonstrável
–
ex:
químicos
reativos.
10. Agentes
de
Alto
Peso
Molecular
(1)
Antígenos
de
Origem
Animal
• Animais
de
laboratório:
cobaias,
ratos
(trabalhadores
de
laboratórios)
• Aves
(trab.
de
granjas)
• Mamíferos:
porco,
gado
bovino
(criadores)
• Peixes
diversos
e
crustáceos
como
lagosta,
caranguejo
e
ostra
(pescadores,
trabalhadores
de
indústrias
alimentícias)
• Lacto-‐albumina
(padeiros)
• Proteínas
do
ovo
(produtores
de
ovos)
•
Artrópodes:
ácaros
dos
grãos
(trabalhadores
em
silos),
besouro,
larvas
de
insetos,
borboletas,
bicho
da
seda
•
Fungos:
Aspergillus,
Alternaria
(padeiros)
12. Agentes
de
Alto
Peso
Molecular
(3)
Antígenos
de
Origem
Vegetal
• Farinhas
de
trigo,
centeio
e
soja;
glúten
(padeiros)
• Grãos
• Látex
(trab.
indústria
da
borracha,
trabalhadores
da
saúde)
• Mamona
(ind.
de
óleo)
• Psyllium
(enfermeiros)
• Chá
,
chá
de
ervas.
• Flores
–
ex:
rosa
e
crisântemo
(produtores,
floristas).
• Henna
(cabeleireiros)
• Batatas
(donas
de
casa),
espinafre
(trab.
na
ind.
de
massas),
chicória
(verdureiros),
cogumelos
(produtores,
cozinheiros)
• Temperos
como
alho,
cebola
e
ervas
aromáticas
(trab.
na
ind.
de
alimentos)
13. Agentes de Baixo Peso Molecular (1)
Di-‐isocianatos
• Estão
entre
as
mais
importantes
causas
de
asma
ocupacional
em
todo
o
mundo.
• Sua
utilização
começou
na
segunda
guerra
mundial.
• Precursores
dos
poli-‐isocianatos,
são
usados
em
diversas
indústrias
na
produção
de
plásticos,
elastômeros,
espumas,
adesivos,
tintas
e
vernizes.
14. Agentes de Baixo Peso Molecular (2)
Di-‐isocianatos
Di-‐isocianato
de
tolueno
(TDI)
–
poliuretano
(trab.
na
ind.
de
espumas,
plásticos
e
vernizes);
pré-‐polímero
de
TDI
(aplicadores
de
verniz
em
pisos)
Combinação
de
di-‐isocianatos:
di-‐isocianato
de
tolueno
(TDI),
de
difenilmetileno
(MDI),
de
hexametileno
(HDI)
–
pintores
em
spray
Di-‐isocianato
de
difenilmetano
–
trab.
de
fundições
15. Agentes de Baixo Peso Molecular (3)
Anidridos
Ácidos
• Anidrido
ftálico,
tetracloroftálico,
trimelítico,
maleico,
hímico
e
o
dioctilftalato
(DOP).
• Usados
em
todo
o
mundo
há
pouco
mais
de
50
anos.
• Empregados
na
producão
de
plastificantes,
de
resinas
epóxi
e
poliéster
(usadas
em
tintas,
vernizes,
adesivos,
plásticos
reforçados),
corantes,
inseticidas
e
outros.
• Podem
causar
efeitos
pulmonares
e
sistêmicos
por
hipersensibilidade
(mediada
por
IgE
ou
outras)
ou
toxicidade
direta.
16. Agentes de Baixo Peso Molecular (4)
• Medicamentos:
penicilinas,
cefalosporinas,
amoxicilina,
tetraciclina,
metildopa,
intermediário
do
salbutamol,
isoniazida,
cimetidina
(trab.
da
ind.
farmacêutica
e
de
hospitais).
• Poeira
de
madeira:
cedro,
mogno,
carvalho,
imbuia,
pau
marfim,
cabriúva,
ipê.
• Corantes
Reativos
:
indústrias
têxtil,
de
alimentos
e
química.
• Metais:
sulfato
de
níquel
(trab.
de
galvanizações),
sais
de
cromo
(cromeações,
trab.
com
cimento),
cobalto
(polimento
de
metal
duro),
sais
de
platina
(refinarias
de
platina),
fumos
de
zinco
(trab.
com
solda
de
metal
galvanizado).
17. Agentes de Baixo Peso Molecular (4)
• Aminas
–
etilenodiaminas
(produção
de
borrachas
e
cosméticos),
etanolaminas
(tintas
acrílicas,
cosméticos,
solda
de
alumínio)
e
outras.
• Colofônio
(resina
de
pinheiro)
–
fluxo
de
solda
de
equipamentos
eletrônicos,
tintas
e
outros.
• Formaldeído
–
trab.
em
hospitais,
no
isolamento
de
edifícios,
na
ind.
de
móveis,
ind.
de
borracha,
fundições.
• Plásticos
–
produtos
da
degradação
térmica
de
polivinilcloreto
(PVC),
polietileno,
polipropileno
e
poliester
• Névoa
de
óleo
–
trab.
na
ind.
metalúrgica
e
nos
processos
de
usinagem
de
peças
metálicas.
18. Asma
Agravada
no
Trabalho
Exposições
a
níveis
baixos
ou
moderados
de
irritantes:
poeiras,
fumaça
(inclui
fumo
passivo),
produtos
de
limpeza,
fatores
físicos
como
temperatura
no
ambiente
de
trabalho
ou
exercícios
físicos,
alérgenos
comuns
no
trabalho
(ácaros,
antígenos
animais,
esporos
de
fungos),
vírus
e
outras
infecções
respiratórias,
fatores
emocionais.
19. Asma
Agravada
no
Trabalho
-‐
Causas
• Químicos
Irritantes
• Poeiras
• Fumo
passivo
• Alergenos
comuns
presentes
no
ambiente
de
trabalho
• Estresse
emocional
• Baixa
temperatura
do
ambiente
de
trabalho
• Exercícios
físicos
20. Asma por Irritantes
Trabalhadores
Expostos:
limpadores,
trabalhadores
nas
indústrias
de
plásticos,
de
borracha,
ind.
química,
bombeiros.
• Exposição
Aguda
(inclui
RADS)
–
sintomas
iniciam
após
exposição
a
altas
doses
de
irritantes,
como
cloro,
amônia,
ácidos
(acético,
sulfúrico,
hidroclorídrico
e
outros),
fumaça
de
incêndios,
dióxido
de
enxofre
e
outros.
• Exposição
crônica
a
baixos
níveis
ou
exposição
intermitente
a
altos
níveis
de
irritantes.
21. Disfunção
ReaJva
das
Vias
Aéreas
(RADS)
Asma
iniciada
após
exposição
única
a
altos
níveis
de
irritantes
na
forma
de
vapores,
fumos
ou
fumaça
–
ex:
cloro,
fumaça
de
incêndio,
di-‐isocianatos,
misturas
acidentais
ou
reações
químicas.
22. Causas
mais
comuns
de
asma
ocupacional
em
países
industrializados
e
em
desenvolvimento*
Países
Industrializados
Países
em
Desenvolvimento
Isocianatos
Agentes
de
limpeza
Farinhas
de
cereais/Poeira
de
grãos
Produtos
da
degradação
térmica
de
plásticos
ou
borracha
Fumos
de
solda
Látex
Poeira
de
madeira
Isocianatos
Antígenos
animais
Farinhas
de
cereais/Poeira
de
grãos
Aldeídos
Produtos
agrícolas
Látex
Produtos
metálicos
Persulfatos
Solventes
derivados
do
petróleo
Fluxos
de
solda
Poeira
de
Madeira
Peixes
e
crustáceos
*retirado
de
Jeebhay
and
Quirce,
2007
23. Asma Ocupacional em São Paulo, 1995-2000
Agentes Implicados (394 pacientes)
Sexo
Feminino
(n=156)
• Produtos
de
Limpeza
–
38,5%
• Agentes
Biológicos
–
23,7%
• Solventes
–
20,5%
• Plásticos
ou
Borracha
(aquecimento)
–
18,0%
• Tintas
não
Poliuretânicas
–
11,5%
• Resinas
–
11,5%
• Isocianatos
–
7,0%
• Fibras
Têxteis
–
7,0%
24. Asma Ocupacional em São Paulo, 1995-2000
Agentes Implicados (394 pacientes)
Sexo
Masculino
(n=
238)
• Isocianatos
–
24,8%
• Plásticos
ou
Borracha
(aquecimento)
–
19,7%
• Metais
–
18,9%
• Solventes
–
17,6%
• Resinas
–
17,2%
• Tintas
não
Poliuretânicas
–
13%
• Agentes
Biológicos
–
10,1%
• Poeira
de
madeira
–
10,1%
25. “Morbidade Respiratória em Trabalhadores da Limpeza Interna
na Região Metropolitana de São Paulo”*
346 limpadores avaliados
Agentes citados como relacionados aos sintomas de vias aéreas:
Agente
Alvejantes com cloro
Citações
157 (25%)
Poeira 122 (20%)
Ácidos 48 (8%)
Detergentes amoniacais 47(8%)
Desinfetantes 37(6%)
Outros 181 (29%)
Não sabe 33 (5%)
Total de agentes citados 625 (100%)
*Elayne de Fátima Maçãira. Tese de mestrado, FSP –USP, 2004
26. Confirmação
do
diagnóstico
de
asma
• História
clínica
• Diagnóstico
funcional
–
espirometria
e
provocação
brônquica
inespecífica.
Estabelecimento
da
relação
entre
asma
e
exposição
ocupacional
• História
ocupacional
-‐
Exposição
a
agente
suspeito,
relação
com
a
jornada
de
trabalho,
com
fins
de
semana
e
férias.
• Evidência
de
obstrução
reversível
associada
à
exposição
ocupacional
27. Espirometria
• Importante no diagnóstico de asma e
prognóstico da AO - freqüentemente é
normal, mas pode apresentar padrão
obstrutivo ou restritivo. Quando anormal,
está relacionada a pior prognóstico
• Antes e após a jornada de trabalho - deve
ser feita após o fim de semana ou após um
dia de folga, buscando-se observar redução
significativa do VEF1 com a jornada de
trabalho. São freqüentes falsos negativos.
28. Testes de Broncoprovocação
Inespecífica
Histamina,
metacolina
e
carbacol
são
os
agentes
mais
empregados.
Administração
de
aerossol,
através
de
um
nebulizador
de
jato
ou
dosímetro,
em
concentrações
progressivas,
observando
a
função
pulmonar
(curva
dose-‐resposta)
e
calculando
a
dose
e
concentração
da
droga
capaz
de
reduzir
o
VEF1
em
20%
do
basal
(PD20
ou
PC20).
30. Brocoprovocação Inespecífica -
Indicações
1. Quando
a
espirometria
é
normal,
para
diagnóstico
de
asma.
Já
foram
descritos
casos
de
asma
ocupacional
com
provocação
inespecífica
negativa.
2. Para
avaliar
o
prognóstico
da
asma
ocupacional.
Quanto
maior
a
responsividade
brônquica,
pior
o
prognóstico.
3. Para
avaliar
o
efeito
de
medidas
terapêuticas,
como,
por
exemplo,
o
afastamento
do
trabalho.
31. Testes Cutâneos e Sorológicos
Específicos
Quando positivos, indicam sensibilização
• Testes
Cutâneos
-‐
prick-‐tests
ou
testes
intradérmicos
com
extratos
de
alergenos
proteicos,
como
antígenos
de
animais,
enzimas
biológicas,
poeira
de
farinha
e
com
alguns
agentes
de
baixo
peso
molecular,
como
sais
de
platina
e
níquel
ou
antibióticos.
• Testes
Sorológicos
-‐
determinam
a
presença
de
anticorpos
IgE
ou
IgG
pelo
RAST
ou
ELISA
específicos
para
antígenos
de
alto
peso
molecular
ou
antígenos
de
baixo
peso
conjugados
a
proteínas,
como
os
anidridos
ácidos
e
isocianatos.
Raramente
disponíveis
em
nosso
meio.
32. Curvas de Pico de Fluxo Expiratório
Método mais freqüentemente empregado
para o diagnóstico de asma ocupacional
• Usar
aparelhos
portáteis
já
testados
e
de
boa
qualidade.
•
Ensinar
o
trabalhador
a
realizar
as
medidas
corretamente.
•
Orientar
o
trabalhador
para
realizar
a
atividade
onde
ocorre
a
exposição
ao
agente
suspeito.
•
Manter
a
medicação
constante
durante
o
período
de
registro.
33. Curvas de Pico de Fluxo Expiratório
Realizar
no
mínimo
4
medidas
de
PFE
ao
dia,
em
intervalos
regulares,
com
pelo
menos
3
manobras
reprodutíveis
por
vez.
Ideal
ter
2
períodos
de
trabalho
intercalados
por
um
de
afastamento
(≥
3
semanas).
OASYS
é
um
programa
disponível
que
constrói
as
curvas
e
faz
análises
estatísticas
dos
dados.
O
sistema
OASYS,
através
da
análise
discriminante,
produz
um
escore.
O
sistema
também
exibe
um
gráfico
com
os
valores
médios,
máximos
e
mínimos
diários.
36. Curvas de Pico de Fluxo Expiratório
Interpretação
Análise
Visual
(tem
se
mostrado
superior
às
análises
estatísticas)
Padrões
mais
freqüentes
de
deterioração
e
recuperação:
Padrões
Diários
Deterioração
diária
progressiva
com
recuperação
no
fim
de
semana.
Deterioração
equivalente
com
recuperação
nos
fins
de
semana.
Recuperação
nos
finais
de
semana
e
nos
períodos
de
afastamento.
Padrões
Semanais
Deterioração
progressiva
sem
recuperação
nos
fins
de
semana.
Deterioração
equivalente
sem
recuperação
nos
fins
de
semana.
Recuperação
nos
períodos
de
afastamento.
37. S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
A
A
A
A
A
S
D
A
A
A
A
A
0
100
200
300
400
500
600
700
37 anos, masc., operador de extrusora.
Padrão Diário.
38. A
A
S
D
A
A
A
A
A
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
0
50
100
150
200
250
42
anos,
fem.,
faxineira.
Padrão
de
deterioração
semanal
progressiva
39. Curvas de Pico de Fluxo Expiratório
Incovenientes
• O
trabalhador
precisa
estar
trabalhando
e
exposto.
•
O
próprio
indivíduo
faz
o
registro,
o
que
exige
colaboração
e
capacidade.
•
Desaconselháveis
em
casos
de
asma
severa.
•
Tratamento
com
corticosteróides
e
infecções
intercorrentes
podem
dificultar
a
interpretação.
40. Curva de PFE em Casos de Asma Ocupacional
(n= 394 ) em São Paulo/SP – 1995-2000
Realizou
38%
Demitido
23%
Afastado
21%
Asma Grave
8%
Transferido
3%
Analfabeto
4%
Outros
3%
41. Testes de Broncoprovocação Específica
Considerados testes padrão para o diagnóstico de
asma ocupacional.
Etapas:
Dia
1:
Exposição
ao
placebo
e
monitorização
da
função
pulmonar.
Dia
2:
Exposição
ao
agente
suspeito
e
monitorização
da
função
pulmonar.
Se
necessário,
repetir
em
outros
dias
em
concentrações
maiores.
Métodos:
Administração,
via
nebulizador,
de
extratos
de
alergenos
hidrossolúveis
de
alto
peso
molecular.
Administração,
em
câmaras
de
broncoprovocação,
de
agentes
em
forma
de
poeiras,
gases
ou
vapores.
42. Testes de Broncoprovocação Específica
•
Raramente
disponíveis
em
nosso
meio
•
Podem
induzir
reações
asmáticas
graves.
•
Podem
ser
negativos
se
a
exposição
já
cessou.
•
São
demorados
e
trabalhosos.
•
Exigem
hospitalização
para
observação,
no
caso
de
ocorrerem
reações
tardias.
•
Não
estão
indicados
para
fins
médico-‐
legais.
•
Indicados
quando
há
asma
ocupacional
por
agente
ainda
não
descrito
em
literatura
ou
em
casos
de
exposições
múltiplas.
45. Testes de Broncoprovocação Específica.
Padrões de Resposta
Típicas:
1-‐Imediata
-‐
começa
no
máximo
10-‐20
minutos
após
a
exposição
e
dura
de
1
a
2
horas.
2-‐Tardia
-‐
pode
ocorrer
1-‐2
horas
ou
4-‐8
após
a
exposição,
e
se
associa
a
eosinofilia
e
inflamação
das
vias
aéreas.
Combinada
(imediata
e
tardia).
Atípicas:
1-‐Progressiva
2-‐Imediata
prolongada
3-‐Quadrada
4-‐Asma
noturna
recorrente
após
exposição
única.
49. PB com poeira de madeira
Reação imediata e na manhã seguinte.
50
60
70
80
90
100
110
120
Basal 1h 5h 10 24h
PFE (%
basal)
Jatobá
Ipê
50. Sensibilidade
e
Especificidade
dos
Métodos
para
DiagnósJco
de
Asma
Ocupacional*
Método
Sensibilidade
(%)
Especificidade
(%)
PFE
seriado
(OASYS)**
78
92
Espirometria
pre/pós
turno
de
trabalho
50
91
Variação
da
resposta
à
metacolina
≥
3,2
vezes
48
64
Provocação
no
local
de
trabalho
desconhecida
desconhecida
Provocação
Específica
desconhecida
(<100%)
desconhecida
(<100%)
*Retirado
de
Burge
S.,
2010.
**≥
4
medidas
/
dia
e
≥
3
semanas
51. Asma Ocupacional - Conduta
Emissão
de
CAT
e
afastamento
imediato
e
definitivo
da
exposição.
Notificação
do
caso
(SINAN).
Tratamento
da
asma.
Acompanhamento
do
caso
junto
ao
INSS.
Reabilitação
profissional
quando
possível.
Maioria
dos
pacientes
tornam-‐se
asmáticos
crônicos
(persistência
dos
sintomas
após
remoção
da
exposição:
29-‐100%)
A
continuidade
da
exposição
agrava
a
asma
e
pode
causar
reações
graves
e
até
fatais.
52. Prevenção
Primária:
identificação
e
substituição
de
agentes
causadores
de
asma
ocupacional
(ex:
substituição
de
luvas
de
látex).
Secundária:
controle
dos
níveis
de
exposição
(medidas
ambientais)
e
dos
indivíduos
expostos.
Terciária:
diagnóstico
precoce
da
doença
e
afastamento
da
exposição.
54. Caso
nº
1
• Paciente:
JCSC,
sexo
masc.,
24
anos,
REG
3028,
avaliado
em
agosto/
2011.
• História
ocupacional:
trabalha
em
ind.
da
borracha
desde
maio/2008,
sendo
3
anos
como
prensista
e
depois
no
acabamento,
transportando
peças
da
produção
para
a
rebarba
e
depois
para
a
embalagem.
• História
clínica:
assintomático
até
fev/2010,
quando
começou
a
sentir
prurido
nasal,
dispnéia
e
chiado,
piorando
no
trabalho
e
melhorando
nas
folgas.
Transferido
para
o
acabamento
a
pedido
do
médico
da
convênio,
melhorou
da
asma
mas
não
da
rinite.
• Exames
realizados:
prick-‐test
positivo
para
ácaros
e
barata.
IgE
total
e
Ig
E
específica
para
poeira
doméstica
aumentadas.
• Espirometrias:
distúrbio
ventilatório
obstrutivo
que
melhora
após
BD.
• Valores
menores
de
função
pulmonar
trabalhando
no
acabamento
e
nas
prensas.
56. Curva
de
PFE
-‐
Caso
n°1
Período
N°
de
dias
PFE
(média)
PFE
(DP)
Trabalhando
32
467,7734
9,6445
Afastado
16
487,4218
6,7309
T
de
Student
=
7,29
(p<0,0001)
OASYS
work
effect:
3,00
57. Caso
nº
2
Paciente:RDF,
46
a,
masc.,REG
3022,
avaliado
em
09/06/2011.
História
ocupacional:
trabalha
há
25
anos
como
funileiro
e
pintor
de
autos.
História
clínica:
Refere
há
3-‐4
anos
dispnéia
ao
se
expor
a
tintas
automotivas,
particularmente
o
catalisador
de
tinta
poliuretânica.
Antecedente
de
“bronquite”
até
os
11
anos.
Permaneceu
assintomático
até
há
cerca
de
4
anos.
Exames
realizados:
prick-‐test
positivo
para
ácaros
Espirometria:
normal.
59. Curva
de
PFE
-‐
Caso
n°2
REG
3022
Período
N°
de
dias
PFE
(média)
PFE
(DP)
Trabalhando
20
506,10
20,0965
Afastado
7
515,40
43,5703
OASYS
work
effect:
3,00
60. Caso
nº
3
Paciente:JNCS,
25
a,
masc.,REG
3014,
avaliado
em
31/03/2011.
História
ocupacional:
trabalha
há
um
ano
em
ind.
de
autopeças
como
operador
de
solda
a
ponto,
exposto
a
fumos
de
solda
e
névoa
de
óleo.
História
clínica:
Antecedente
de
asma
leve
dos
9
aos
15
anos.
Refere
que
7
meses
após
ser
admitido
na
empresa
voltou
a
ter
sintomas
de
rinite
e
asma,
começando
cerca
de
uma
hora
após
o
início
da
jornada
de
trabalho
e
melhorando
no
final
da
mesma.
Necessita
usar
broncodilatador
a
cada
2
horas
durante
o
trabalho.
Exames
realizados:
prick-‐test
positivo
para
ácaros
Espirometria:
distúrbio
obstrutivo
leve
com
resposta
a
Bd.
62. Curva
de
PFE
-‐
Caso
n°3
Período
N°
de
dias
PFE
(média)
PFE
(DP)
Trabalhando
36
553,8888
22,1798
Afastado
14
571,0714
26,7415
T
de
Student
=
2,32
(p<0,0246)
OASYS
work
effect:
3,00
63. 36 anos, masc.funileiro, trabalha com massa plástica (poliéster),
exposto também a tinta PU e esmalte sintético (usado na pintura de
autos na oficina). Fase 1: máscara de duplo filtro. Fase 2: Afastado
Fase 3: máscara descartável.
64. S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
A
A
A
A
A
S
D
A
A
A
A
0
200
400
600
800
1000
33
anos,
masc,
operador
de
moinho
de
polietileno.
Padrão
de
deterioração
semanal
progressiva
65. T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
T
T
T
T
T
S
D
A
A
A
A
A
S
D
A
A
A
A
A
S
D
A
0
100
200
300
400
500
600
20
anos,
masc,
exposto
a
verniz
poliuretano
e
poeira
de
madeira.
Padrão
de
deterioração
semanal
progressiva.