(1) A dengue é uma doença endêmica no Brasil, com aumento significativo no número de casos nas últimas décadas.
(2) Fatores como crescimento populacional, urbanização desordenada, saneamento básico precário e mudanças climáticas contribuíram para a expansão da dengue no país.
(3) Crianças são mais afetadas pelas formas graves da doença, com aumento das taxas de hospitalização nessa faixa etária.
5. < 50
50 - 100
> 100 - 200
> 200
Sin datos
No existem casos
autoctonos
1990-19991990-1999
Incidencia* de dengue nas
Americas 1980-2007
* Tasa de incidencia x 100,000 habitantes
1980-19891980-1989 2000-20072000-2007
Fonte:OPS/OMS
6. Determinantes para a Expansão da Dengue
Aumento da densidade populacional em áreas urbanas
- Concentração de indivíduos susceptíveis/risco de epidemias
• Abastecimento irregular de água e aumento da
produção do lixo urbano
- Oferta de criadouros artificiais do Aedes aegypti
7. Determinantes para a Expansão da Dengue
• Aumento no transporte de pessoas e cargas
- Disseminação da transmissão e dispersão do vetor
Aumento na mobilidade da população e do fluxo de
turistas (interno e externo)
- Potencial para ocorrência de epidemias
• Mudanças climáticas
- Novas áreas geográficas com transmissão
8. Crescimento da População
Fonte: IBGE, Anuários Estatísticos do Brasil; planetageo.sites.uol.com.br
População dobrou
entre 1970 e 2000.
2000 – 2004: de 10
milhões de pessoas
2000: 81% da pop. em
áreas urbanas
2050: Seremos 259,8
milhões de brasileiros
9. Abastecimento de água
18 milhões de pessoas sem
acesso a água encanada em
áreas urbanas
Entre os atendidos, boa
parte convive com serviços
prestados de forma precária
A intermitência no
abastecimento afeta 20% dos
distritos abastecidos
Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento - 2000
10. Lixo
Produção de 125 mil ton/dia
32% do lixo urbano concentrado
em 13 cidades com mais de 1
milhão de habitantes
63,6% dos municípios utilizam
lixões (sem destino adequado)
Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento - 2000
11. Turismo Internacional
De 250 mil para 4,8 milhões de
turistas de 1970 - 1998
38% dos turistas internacionais
visitaram o Rio (2002 a 2004)
Previsão de 14 milhões de
turistas internacionais até 2020
Fontes: Instituto EcoBrasil
12. Viagens aéreas
2007
• 45,0 milhões de passageiros
domésticos
• 4,9 milhões passageiros
internacionais
• Transporte regular de passageiros
para 31 países
Fontes: Anuário do Transporte Aéreo – VolI - ANAC
13. Casos de dengue e hospitalizações, Brasil, 1982 a
2008*
*Dados de Hospitalizações de Janeiro a Setembro em 2008
Ondas epidêmicas em
áreas localizadas
Endêmico/Epidêmico - Circulação
do vírus em todas regiões
Aumento de Casos
Graves em crianças
Dengue no BrasilDengue no Brasil
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
800000
900000
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08
Casosnotificados
0
10000
20000
30000
40000
50000
60000
70000
80000
Hospitalizações
Casos notificados Hospitalizações
DENV2DENV1
DENV3
14. Casos notificados e internações de dengue por mês, Brasil,
1998 – 2008*
* Barras escuras representam o mês de janeiro
0
50,000
100,000
150,000
200,000
250,000
300,000
98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08
Casosnotificad
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
Hospitalizaçõ
Casos notificados Hospitalizações
Dengue no BrasilDengue no Brasil
16. (1) Casos x 100.00
Curva de Incidência (1) Brasil, 1986 a 2007Curva de Incidência (1) Brasil, 1986 a 2007
0
100
200
300
400
500
Incidência
BR 35 65 1 4 27 71 1 5 37 88 117 156 327 128 144 254 455 196 66 135 185 296
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07
Dengue no BrasilDengue no Brasil
17. Sorotipos Isolados em 2008*Sorotipos Isolados em 2008*
*Atualizado em 30.09.2008.
** No Estado de SC e RS não há registro de casos autóctones de dengue.
AM
AC
MS
GO
SP
PR
TO
PI
AL
PE
CE
SC**
Fonte: LRN/LRR/LRE
MA
MG
ES
RJ
AP
RR
AC
RN
PB
PA
BA
RO
MT
RS
SE
DEN 2
DEN 3
DEN 1 e 2
DEN 1 e 3
DEN 2 e 3
DEN 1, 2 e 3
Sem Informação / sem positividade
18. Casos notificados de dengue por sexo e categoria de
população do município
Pop 50 - 100 mil
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2000 2001 2002 2003 2004
Percentualdecasosnotificados
Pop >100 - 500 mil
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2000 2001 2002 2003 2004
Percentualdecasosnotificados
Pop >500 mil - 1 milhão
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2000 2001 2002 2003 2004
Percentualdecasosnotificados
Pop > 1 milhão
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2000 2001 2002 2003 2004
Percentualdecasosnotificados
Fem
Masc
CaracterCaracteríísticas da dengue no Brasilsticas da dengue no Brasil
19. Casos de dengue e febre hemorrágica da dengue, de
acordo com a idade, Brasil, 1998-2002
20022001200019991998
Idade 100
80
60
40
20
0
DC
FHD
CaracterCaracteríísticas da dengue no Brasilsticas da dengue no Brasil
20. Casos de dengue e febre hemorrágica da dengue, de
acordo com a idade, Manaus-AM, 1998-2003
200320022001200019991998
Idade 80
60
40
20
0
DC
FHD
CaracterCaracteríísticas da dengue no Brasilsticas da dengue no Brasil
21. Casos confirmados de acordo com idade, Brasil, 2000
– 2008*
*Dados preliminares em 2008
CaracterCaracteríísticas da dengue no Brasilsticas da dengue no Brasil
22. Casos confirmados de acordo com idade e categoria de
população, Brasil, 2000 – 2008*
CaracterCaracteríísticas da dengue no Brasilsticas da dengue no Brasil
23. Casos notificados e hospitalizados de acordo com idade,
Brasil, 2000 – 2008*
24. >1000
100 - 500
50 -100
500 -1000
Casos notificados e hospitalizados de acordo com idade e porte do
município - Brasil, 2000 – 2008*
25. Proporção de casos hospitalizados de dengue de
acordo com faixa etária, Brasil, 1998 – 2008*
*Dados preliminares em 2008
0%
20%
40%
60%
80%
100%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
< 5 5 to 9 10 to 14 15 to 19 20 to 39 40 to 59 >= 60
CaracterCaracteríísticas da dengue no Brasilsticas da dengue no Brasil
26. Taxa de hospitalização* por dengue / FHD por faixa etária,
Brasil, 1998, 2002 e 2008**
Faixa Etária (anos) 1998 2002 2008
<1 1.2 8.0 53.0
1 a 4 1.1 10.8 33.7
5 a 9 1.6 15.9 65.1
10 a 14 2.6 23.1 57.4
15 a 19 3.7 32.8 38.0
20 a 39 4.8 37.7 32.9
40 a 59 5.3 38.3 30.7
>=60 7.0 44.7 31.1
Total 2.7 20.9 38.2
*Hospitalizações por 100 mil habitantes **Dados preliminares em 2008
CaracterCaracteríísticas da dengue no Brasilsticas da dengue no Brasil
27. 0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
1 3 5 7 9 11 13 15 17
Primeiros 18 Anos de FHD na Ásia e nas Américas
Anos após o início da FHD
(1955-1973) (1984-2001)
CenCenáários narios na ÁÁsia e Amsia e Amééricasricas
28. Prevalence of severe clinical manifestations of dengue in infants,
children, and adults
Signs of plasma leakage (hemoconcentration, pleural effusion, and/or ascites
Infants, < 1 year old; children, 1–14 years old; adults, > 14 years old.
Fonte: Hammond et al, 2005. Differences in dengue severity in infants, children, and
adults in a 3-year hospital-based study in Nicaragua - Am. J. Trop. Med. Hyg., 73(6).
CaractCaractééristicas da dengue na Nicarristicas da dengue na Nicarááguagua
29. ComentComentááriosrios
• Epidemiologia da dengue no Brasil
– Características incomuns
– Dengue/FHD: adultos
– Predomínio de quadros clínicos leves /
moderadas
– Surgimento de outras formas graves e
deslocamento de gravidade para crianças
– 2002 - numero de óbitos por dengue (n=150)
superou óbitos por malária
– 2007/2008 Aumento no número de óbitos
incluindo crianças
30. Resumo 2008*Resumo 2008*
*Dados provisórios sujeitos à alteração
Entre os meses de Janeiro e Setembro (semanas 1 a 39) foram
notificados 764.040 casos, o que representa um aumento de
45,8% se comparado ao mesmo período de 2007.
Dezenove estados apresentam aumento no número de casos:
RO, AC, AM, RR, PA, TO, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA, MG, ES,
RJ, SC, GO e DF.
Confirmação de 3.848 casos de FHD e 213 óbitos;
16.104 casos de Dengue com Complicação e
163 óbitos
31. Desafios Atuais do PNCDDesafios Atuais do PNCD
Limitações dos métodos de controle disponíveis
Vulnerabilidade sócio-ambiental
Epidemias em grandes centros com aumento das formas graves
e de óbitos
Estratégias sustentáveis de mudança de comportamento da
população
A execução de ações intersetoriais e integradas
O controle em regiões metropolitanas: heterogeneidade das
atividades de combate ao vetor entre os municípios
Monitoramento e acompanhamento
33. Rede Nacional de Monitoramento da ResistênciaRede Nacional de Monitoramento da Resistência
100 municípios
avaliados
Laboratório
SES/CE
Laboratório o Ageu
Magalhães/PE
Laboratório
SUCEN
Fiocruz /RJ
Laboratórios de
referência
Protocolo de avaliação
34. Bacillus thurigensis israelensisBacillus thurigensis israelensis -- BTIBTI formulações existentes no mercado
Reguladores de CrescimentoReguladores de Crescimento –– IGRsIGRs
Metoprene
Pyriproxifen
Diflubenzuron
Triflumuron
Novaluron
Análogos de
hormônio Juvenil
Inibidores de
síntese de quitina
AvaliaAvaliaçção de novos larvicidasão de novos larvicidas
35. Qualificando os indicadores larvQualificando os indicadores larvááriosrios
LIRAa- Levantamento Rápido de Aedes
aegypti
Método simplificado para determinação
dos índices larvários de A. aegypti ,
realizado em amostras de dois estágios
(casas/quarteirões)
Vantagens
• Status de infestação da cidade em uma
semana
• Informação rápida e oportuna
• Identifica principais criadouros e áreas
críticas
I I P
<1
1,0 a 3,9
>3,9
Satisfatório
Alerta
Risco de surto
Região Sudeste – LIRAa 2007
36. Avaliação de Armadilhas para a Vigilância Entomológica de Aedes
aegypti com Vistas à Elaboração de Novos Índices de Infestação
(FIOCRUZ/SVS)
Estudo em
Andamento
MosquiTRAP
AdulTRAP
BGS TRAP
Ovitrampa
Busca de Novos Indicadores EntomolBusca de Novos Indicadores Entomolóógicosgicos
38. AAçções de Saneamento Ambientalões de Saneamento Ambiental
Destinação de Pneus – Cooperação com Iniciativa Privada
85
135
220
283
323
0
50
100
150
200
250
300
350
2004 2005 2006 2007 2008
Evolução do número ecopontos
39. Formas Graves eFormas Graves e ÓÓbitosbitos
Médicos de referência (clínicos e pediatras) em todas UF
Protocolo de manejo de pacientes – Médicos e enfermeiros
Material para capacitações
Ficha de investigações de óbitos
380 mil 330 mil 5 mil 300 mil
41. Critério: maior potencial
de circulação do tipo 2
da dengue
Reuniões:
SE: 14 e 15/7
MG: 19 e 20/8
ES: 21 e 22/8
RO: 28 e 29/8
RN: 2 e 3/9
CE: 2 e 3/9
PA: 4 e 5/9
AL: 18 e 19/9
BA: 18 e 19/9
SP: 30/9 e 1/10
GO: 2 e 3/10
RJ: 9 e 10/10
Planos de Enfrentamento da DenguePlanos de Enfrentamento da Dengue
42. InformaInformaçção e Mobilizaão e Mobilizaççãoão
Sociedade civil
• Plano de mobilização social para universalizar as mensagens da
dengue a todas as regiões, estados e municípios brasileiros, e
incentivar a criação de comitês e mutirões comunitários.
Parceria com instituições
• Públicas: Caixa, Infraero, Banco do Nordeste, Petrobras, etc.
• Privadas: Coca-Cola, McDonalds, Carrefour, TVs, Unilever, etc.
• Terceiro setor: CFM, Associação Brasileira de Supermercados,
Pastoral da Criança, etc.
43. Oferta de novas tecnologias aos municípios:
Armadilha para mosquito com sistema de monitoramento em tempo real
Capacidade de resposta rápida em surto
Potencial de racionalização das medidas de controle
Adesão: 11 municípios, sendo 7 capitais
Teste NS1
Monitoramento do sorotipo viral com teste de sangue
Maior capacidade de detecção da entrada de novos sorotipos
Diagnóstico em 15 minutos.
Adesão: 10 municípios, sendo 6 capitais
Net Dengue
Detecção precoce de epidemias
População informa via internet sobre transmissão ou suspeita
Adesão: 3 municípios
Novas tecnologiasNovas tecnologias
44. Instituído em 10 de outubro de 2008 (portaria nº 2.144)
Objetivo: Implementar, dentro de cada área de atuação,
ações de prevenção e controle da dengue e atenção ao
paciente.
Composto pelos seguintes órgãos:
Ministério da Saúde (coordenador)
Casa Civil da Presidência da República
Secretaria de Comunicação Social
Ministério das Cidades
Ministério da Defesa
Ministério da Educação
Ministério da Integração Nacional
Ministério da Justiça
Ministério do Meio Ambiente e
Ministério do Turismo
ArticulaArticulaççãoão
Grupo Executivo InterministerialGrupo Executivo Interministerial